Jornal independente, político
e noticioso
Redactor secretario — ALPHEU ABOIM
A Razão
Director — MONTE ARRAES
DIÁRIO MATUTINO
Endereço telegraphico — «RAZÃO»
Praça General Tiburcio, 158
Gerente — GODOFREDO ALENCAR
ANNO I FORTALEZA, TERÇA-FEIRA, 0 DE AGOSTO DE 1929 NUM.
125
SOL POENTE
QUINTINO CUNHA
O MOMENTO
POLITT-O décimo quadriennio da nossa Republica co-meça a terminar e tudo dessa temporada tem terminado em começo, des'dos evoívimentos ás revoluçõis. Tais aconte-cimefítos sempre foram
para ser assim: um paiz que descuia a integrali-zação territorial, que não equilibra o ensino libe-ral ao conservador, que age entre o favoritismo
político e as isençõis pes-soais, que em quarenta
ânos faz dous leves arre-medos de estatística, que corrompe o sentimento
pátrio de estimulo ao voto; que não preenche as lacunas demonstradas
pela experiência, que não centralisa as suas
capi-tais, nem o seu capital è comparado com a socie dade, e durante esses
quarenta novembros só serviu ao povo com dous arremedos de balanços;
que de economia, política só tem querido conhecer os emprestimos e os
im-postos; que prodigdisa pelas suas naturais pos-sibilidades; este paiz,
pa-tricios, que è o nosso, carece da piedade dos exceptos!
Brasil monarchico
cam-contra o castilhismo fio-rianesco, alçado a joco-bino, ministro que
se demissiona é um ene-fe de revolta, as escolas
militares e naval destro-em-se pelo virus da po-liticamento nacional, a anarchia enche o coração e o corpo da Patria, os
generais são presos e depostos, ás carradas, emitem-se clandestina-mente centenares de mil contos em papel moeda, sem lastros para cobertu-ras, em notas originaes de 30$000, que nunca se recolheram, o cambio
os-tes estão formadas, em campo diametralmente oposto; resta que uma cáia, em projecção de gran deza.
Uma será o Governo,
quer dizer a força bruta beijando as plantas do
autocracismo, alcolitado
pela onda dos malandros de fim do mês, dos que não trabalham e]recebem, dos que não merecem ser escravos e fazem-se
de senhores; dos que têm mêdo de morrer a fôme, se lhes faltar o suor do
povo, conservadores do mal e arruinadores dos
CO NACIONAL
A successão
presiden-ciai da Republica
O povo brasileiro está solidário com a alliança liberal
cila entre 5 e 7; o des- nossos desejos políticos, credito beija a face da | O outro é a reação vi-miséria nacional, como
noivos, um simples cabo
marinheiro chega a
sub-jugar todos os poderes da Republica, só tendo sido domado pela farça da força de promessas
garantidoras da sua rein-gressão na ordem legal, um outro fanatico e anal-fabeto anniquilla a flor e a massa pesada das
nos-sas forças de terra! Agora, nos interticios desses horrores, os pre-sidentes põem-se na
di-recção nacional, cercados de
palmas, de arcadas, de auriflamas, de vivas e de bio 28 e pace! Brasil re-1 flôres doirando as amar-publicano cambio a 5!_E'guras esperadas, com o progresso mundial, não
| p romessas costumeiras, fôra, porque inflecte erri|sahindo do quadrienio todas as partes e a ini-
j para um longincuo re-riativn ra nnrticular. particular, não fô-! nmer, não fô- levando a mente
poiso
ra, onde nósestariamosV!...! abrazada de decepçõis, Um paiz alimentado
| assimilando, somente para por uma fixa de conso- a sua resignação intima a frase nitcheríana de Zaratrustra:
— «Estes meus lábios íação, um instituto fede
rativo j[quadriennalmente alcanforado pela
esperan-ça de um governo me-1 não se fizeram para tais lhor! Isso quarenta ve- ouvidos»—, ao tem-zes !... po em que a massa
po-jular como uma cobra erida letalmente na ca-íeça, tulmutuariamente fi-ca a contocer-se, sem a razão de si mesma. Vêja-se a pfova real:
—O Brasil repleto de
minas, aflorando a sua supeificie, visíveis ao
primeiro golpe de alvião, na sua totalidade inter-ditas pelas contençõis
judiciais; com as suas fio-restas, ou devoradas sem um critério economico, ou desapreciadas pela vossa ignorancia sienti-fica; as classes liberais em constantes atritos pe-la exploração excepcio-nal das literaturas de fó-ra, as conservadoras enu-viadas no imperismo e na desordem, umas e ou-trás mal servidas de meios
para uma cultura eleva-da; disso resultou a ine-ficacia de reformas con-tinuas, bebidas sem gra-dação nos povos alta-mente cultos, com a nossa
própria Carta Magna! Assim nós temos sido nestes quarenta séculos— anuais de governo repu-blicano.
Os resultados seriam fatalmente estes;
—À Republica batisàda
na benevolenciá de um Escravo Augusto, teve o seu crisma no sangue
dos exceptop; dahi por deante es revoluçõis
se-guindo-se-lhe com único
protesto dos melhores, dos mártires, dos justos embora infrutíferas dean-te da eloqüência muda, do Thesouro.
-A Constituição quasi antes de impressa é vio-lada. Veio o Golpe de Estado, veio o Contra-Golpe, a Dictadura. A Armada engalfinha-se
cor-po a corpo com o Exer cito; os gaúchos reagem
Na tarde deste sói po-ente, em que se feixa um
grande circulo todas essas misérias .nacionais,
cremos haver terminado a missão do
canalhocra-cismo nacional. Não nos sejam possíveis mais re-cursos prolectotarios. O instante épropricio. A con-vulsão operou-se na mas-sa, invadindo-lhe o
ama-
go-Duas poderosas
corren-vá de forças qualificadas, é o golpe do liberalismo orientado pelos exceptos, aliados aos mãos que se tornaram bons, aos
expe-Grandes manifestações de
sym-pathia á chapa Getulio
Vargas-João Pessôa
A' reunião das bancadas
allia-das compareceram noventa e
cinco congressistas
A adhesão dos democráticos á alliança rimentados da mentaiida- Compareceram 95 congressistas á reunião
de colectiva, aos bem da alliança
intencionados, aos que
não querem persistir no Rio, 5—Está produzindo viva impressão nos erro, aos que creiem meios
políticos, o facto de haverem comparecido prep.iram um termino pessoalmente á reunião no Hotel Gloria 78 depu-este inferno de males, aos tados e 17 senadores dos que formam ao lado do mártires de todo gene- movimento liberal iniciado por Minas e secundado ro, todos amalgamados pelos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e no esquecimento de odios Parahyba,
de descrentes, de
dereli-ções, para que aberto em o enthusiasmo do po vo mineiro pela
gran-de campanha cívica
de justiça ^aos
gêmeos
I3ell° Horizonte. 5 (A. I. T.) — O povo mineiro
exilados que pontilham
^^f^P0'^0
p^a8ra?.de campanha civica que
as nosses fronteiras, san- ^ V- TI / d?
sV(:cle>ss0r) ,d°
sr> WaS"
gue do nosso sangueJbm^nL"*Tn" da
Republica.
vida da nossa vida. comi K TU? i l «T ^ FT'? Ra88eata® *£s os olhns ardendo em la- rUaS desta caP"al< sendo 0 dr- Alltomo CailoS
de-Simas de dVse os de uma "r^temente aclamado pela multidão.
Pátria feliz i ® povo foi ao Palacio da Liberdade, onde fa-T-ilé 1 nnssn neraneetiva laram diversos oradores.
nPBtn «ni nnpitB nMo nn« O presidente Antonio Carlos pronunciou
vi-brante discurso, tendo formosas palavras de
civis-E a vós, Senhor ulti-
mo e idéas flameÍ«ntes de liberalismo.
?idado%mTosdsontpíopdrio I Uma entrevista do dr. Bias Forte nome pela ironia do Des- t
tino, em quem ha de Bello Horizonte, 5 (A. I. 1.)—O dr. Bias For-nascer a saudade doman- re' cm entrevista concedida a um jornal desta
ca-do justamente quando PÍta!' disse <lue Minas não alimenta idéas incen- Vae ser feita a propaganda no interior da houver extinto a única oianas e quer a lueta dentro de toda a plenitude Parahvba
esperança do povo, a vós, e hegemonia dos princípios gravados na Constitui- * Senhor caberé normal- |ção d» Republica, para fortaleza moral do reglmen|
Parilhybai 5 (A. P)—Annunciam
que os mem-bros do partido democrata iniciarão,
por estes dias, Rio, 5 (A. 1. T.l—A imprensa commenta
lon-gamente a adhesão dos democráticos á alliança Mi-nas—Rio Grande do Sul.
O sr. J. J. Seabra vae presidir a convenção
do partido democrata bahiano
Rio, 5 (A. I. T.) — O dr. J. J. Seabra, embar-cará para a Bahia no dia 15 do corrente, a fim de
presidir a convenção do partido democrata bahiano annunciada para o dia 7 de Setembro proximo.
Comparecerão a essa convenção os represen-tes de todas as municipalidades da Bahia.
«Meetíng»
pró-candidatura Júlio Prestes
Rio, 5 (A. P.) — Informam de S. Paulo que se realizou, hontem, na Praça da Republica, em San-tos, um grande comicio de propaganda da candi-datura Júlio Prestes á presidencia da Republica.
A propaganda nos Pampas
Porto Alegre, 5 (A. P.)—Seguiu, hoje, para o interior do Estado um comitê de acadêmicos de diversas escolas superiores, o qual vae realizar «meetings» de
propaganda da chapa da alliança li-beral.
-mente uma linda cóva no e regeneração política da nação,
ultimo plano do cemite- _ .... , ,
O movimento das classes proletarias
de Minas rio das aventuras
nacio-nais, christianisada, so-bre a altura do vosso
peito de sportman
imper-uma excursão ao interior do Estado, para fazer a
|propapanda da chapa alliada.
Mais dois Estados adherirão 4 alliança Bello Horizonte, 5 (A. I. T.)—Cresce o
movi-ierrito, um cruzeiro res-|ment» d.»s classes proletarias do Estado em 1avor n;0 5 (\ pi_o «O Globo» informa mi#» n
plendente encimado com da alliança Minas-Rio'Grande do Sul, senador
Pires Rebello declarou que mais dois E s os dizeres da Cruz de con- Reina, também, grande agitaçao no seio da
tadoB adherirão á alliança Minas-Rio Grande do
stantmo, malmente, modi- classe estudantal. gui N
ficado pela ação corro-siva do vosso mérito o
presidente Antonio Carlos telegrapha ao
In hoc signo vinceris — ... - 1
Convenção adiada
Amnistia ampla!
Rio, 5 — A minoria
parlamentar desobrigou-se, hoje, de seu compro-misso com a Nação,
a-presentando á Camara, o seguinte projecto:
-«Art. 1*.—E'
concedi-da amnistia ampla, ge-ral e absoluta a todos os militares e| civis que, por
qualquer forma, se achem envolvidos em crimes In-surrecionaes commetti-dos det 1922 até esta
da-ta. -• >.*
Art 2*.— Fica, em eon se^uencia, vedado íns
sr. -Washington Luiz I Rio, 5 (A. P.)—Foi adiada para o dia 3 de
Se-tembro proximo vindouro a convenção do partido Rio, 5 (A. I. T.)—O
presidente Antonio Car- democrático nacional, a fim de tratar da successão los telegraphou ao sr. Washington Luiz, reaffir-
presidencial da Republica, mando manter a attitude que assumiu no caso da
successão, considerando inviável qualquer negocia- Conferencia demorada
ção tendente a um accordo.
Ímu-"I f\ a v t a iv i j j I Ri°i (5 A. P.)—-O dr. Mello Vianna teve dí por esses crimes, postos a O senador Vespucio de Abreu vae iniciar morada conferencia mm O sr Washington Iuizna
cam anha parlamentar | da transpirando a respeito. em perpetuo silencio,
como se nunca, tiveram existido, os processos e
proferidas ^oT^motivo IAbreU
iniciará hoÍe n0 Senado a discussão em
Selles t0rn0 da
successa°
presidencial da Republica,
pre-Art' 3* — Revogam-se conizando
a ca»didatüra do dr. Getulio Vargas
MdlspoaiçSe. em con-|
A propaganaa da n0 Paraná
Rio, 5 (A. i. T.) — o senador Vespucio de O deputado Flores da Cunha foi a São
Paulo
Rio, 5 (A. P.)—O deputado Florea da Cunha
se-guiu para S. Paulo, devendo regressar na próxima
quarta-feira.
ReConstrucçfio de locomotivas
'
na R, V. C.
(aa) Francisco Morato,| Curi}y^' 5t/A-T.)
— Foi fundado aqui o
a política financeira do sr. Júlio Prestes
Moraes Barros, Adolpho I Ofmitê pr^-Getulio Vargas-João Pessôa,
desenvol-Bergamini, Plinio Casa- vendo graftde actividade. Rio, 5 fA. P.)-«A Esquerda» diz que é
che-do, Marrey Júnior e Ba- Foram enviados ao interior do Estado diver- ga(|a a hora do balanço da política financeira do
ptista Luzardo». |aos
emissários incumbidos da propaganda da cha- sr.
julio Prestes, que trouxe os mais perniciosos
pa da alliança liberal. I resultados.
O «O Paiz»
Diz aquejle jornal que o balanço virá provar
a affirmativa de sempre, isto é, que o grosseiro
Em nossa próxima
edi-ção publicaremos interes-sante reportagem colhida nas officinas da Rede de
prepara o recúo do Cattete a sua
empirismo ciue inspiiara ò sr. Julio Prestes nâo po-Rio, 5 (A, P.) — O «O Paiz», em longo artigo dia deixar de acarretar
a ruina econômica da
pau-j
sobre o actual momento político, critica a attitude licéa, constatada de múltiplos modos, quando *e Viação Cearense, onde, da maioria dos jornaes, dizendo que, atê agnra, o attenta na siti».,ç;*«> afilie tiva que ora iltlí.ve^^,l o de abril a esta data, já I sr. Washington Luiz não deu uma só p.ilavra sobre I Estado, considerando-se em declínio a activi«1adc foram reconstruídas 8 lo-Io assumpto, não mostrando preferencia por
qual- jdos paulistas, comotivas | quer dos candidatos á presidencia jda Republica.
0 0
tmmmmmootm mmttm 90*09098090 wm 99048989040*
Nem mesmo
para
Cuba
Vi*
intuito
dt
beiH
orientar
a opinião
pu-blica
do
paiz.
"O
Jornal",
apreciado diário
ca-rioca
vem de
interrogar at
o rganisaçoes
política-partidárias,
sobre os motivos
em que
escudam o
apoio que ora dispensam
ds
candidaduras
lan-Çü
Jftm
melhor serviço poderia,
no
momento,
prestar á
causa publica o
fogoso
órgão.
De
um
lado,
registrará,
por certo, a opinião
unamine
c unioa, dos que não sentem
a
coragem
cívica
mira dissentir
do
autocratismo do
Cattete.
Do
outro,
as
múltiplas razões
dos
que,
isentos
da*i algemas applicadas pelo
sr.
Washington Luiz,
ainda'velam
jietTi pureza
do
regimen e ainda
so-nham
eom
melhores dias para
a nossa pátria.
iqueües,
não
escudam
o gesto que
lhes foi
impoito
sinão
na
absurda
razão
de
uma
neces-sidade
mal comprehendida, da
continuação de um
proaramma
financeiro,
que,
quer
o
nosso
pas-sado
monarchico, como
o
republicano,
auetori-tam-nos
a
repelil-o,
gerador, como
vem
sendo,
da
maior crise econômica
e
financeira que
tem
pesado
sobre
o
Brasil.
.
Muito
ao
contrario,
os
que
se
enfileiram
ao
movimento
reinvitidicudor dos
nossos direitos
e
dos
nossos
brios,
levarão
ao
"O
Jornal', como
razões das candidaturas
Getulio
Vargas
e Joao
Pessoa, todo
um
ideal
de
patriotismo
e
de fe,
em torno
do qual, só não
se
sentirão
bem,
os
déspotas
e
ot
ali/garchas, ora
ameaçados
com
o
extermínio
do
ininterrupto
poderio.
E isso fíeará patente, estamos
certos, quando,
reunidas
as
respostas provocadas pelo
órgão
ca-rioca, melhor sc possa
aquilatar dos verdadeiros
motivos que geraram
o
movimento liberal,
inicia-do
por -Minas
Geraes, seceundado pelo Rio
Gran-de do Sul,
reforçado
pela
Parahyba
e
apoiado
por quantos,
fugindo
ds
injuneções políticas
su-badernas, affrontam
as
iras dos
potentados,
for-mando
sob
a
mesma bandeira que
ha
de
servir
de marco
mili tuario
d
historia de uma
epocha.
Limilemo-nos, porém, cm
nossa
apreciação,
d
resposta firmada
pelo
sr.
José Peixoto,
que
além
de presidente do Estado,
é tolerado
pelospo-litiqueiros, como chefe das duas principaes
orga-nisações partidárias do
Ceará,
Conservadores e
Democratas.
Homem de hábitos
matutos, forçado,
de um
momento para outro, a se traveslir
de gran senhor,
as suas gafes <• os seus deslizes
vão
assignalan-do
uma
excepcional phase de nossa
administra-ção publica, si
ella
melhormente se não
assigna-lasse, pela perfídia politica,
pelos
desmandos e
peles
esbanjamentos.
1
elle,
num
açodamenlo
de
quem
aspira
uma pasta ministerial
no
futuro quadrienio,
diz-se
ler
cabido
o
primeiro
pronunciamento
em
torno,
não
simplesmente do
apoio
ao
sr.
Was-hinqton
Luiz,
no caso
da suecessão
presidencial,
mas
no do próprio nome,
que
o
morador
do
palácio das
águias não ousava lançar como
can-didato
a seu
suecessor.
No
caso,
constituiu
isso
uma
manifestação
do
seu
dezacisamento,
sem
nenhuma
decepção
para os
que,
como
nós,
consideram o
sr. José
Peixoto de
uma prodígios idade capaz dos
maiores
surtos da
insensatez e da
politiquice malsã.
Ouçiimol-o, portanto, ao
justificar a sua at
titude como
responsável pela politica
dominante
no
Ceará.
....
.
*
São
palavras
suas .—..."sena
inconveniente
aos altos interesses do
paiz, qualquer solução
do
problema
da suecessão
presidencial
que
impli-casse na alteração
ou suspensão
do
programma-financeiro posto em pratica pelo
actual presidente
da Republica.
Consultando
esses superiores
inte-resses ao Urasil, julgo que a politica
a que
deve-mos a
reforma
estatilisadora, estando com
a
res-ponsabilidade
da
sua execução integral deve
cen-tralizar o movimento nacional para
a escolha do
futuro
chefe
da Nação de modo
que este, tendo o
apoio
e a confiança do actual presidente da
Re-publica,
traga
a
segurança
da
continuidade da
sua politica financeira no próximo quadrienio".
Até ahi,
não
fez o
sr.
José
Peixoto,
sinão
ferir a mesma
tecla que fazem
vibrar
todos
os
adeptos
da candidatura Júlio Prestes,
que
só se
procura recommendar, pela
obdiencia cega e
in-condicional,
ao plano de saneamento
da moeda,
com que o sr.
Washington vem desmoronando as
finanças du paiz
e
ullinyindo
deshumanameidc
á fortuna particular.
Certo,
porém,
da
necessidade de um engodo,
qne podesse
recommendar melhor ao eleitorado
ce-arense o candidato paulista,
o sr. Peixoto
arris-cou
mais o
seguinte motivo, que só pode ser
aco-Ihido com
um
desprêsivel
soerguer de
hombros,
atribuído como é,
a
quem,
acima do instituto do
Café. só
poderá
ver
o
saneamento
da
moeda, e
isto mesmo porque, neste se assenta a base
prin-cipal
dos interesses
paulistas:—«Finalmente,
do
ponto
de
vista do Sordeste,
que
numa
questão
dessa
ordem
o
Ceará
não poderia desprezar, este
$90009990
o seu
apoio
d
candidatura do
Presi-denta de São
1'auio.
levando em
conta a sua
af-firmativa.
que ja
tornei
publica
em
entrevista
largamente dit ulgada,
de
que as
obras
contra
as seccas,
não
constituem
um problema regional,
mas
um
problema
nacional que
deve ser
resol-vido quanto antes etc*.
Si,
entretanto,
o sr.
Mattos
Peixoto,
não
fosse
o homem
que,
ascendendo ao
governo
do
Estado, hypvthtcou
desde
lopo a
sua consciência
juritlica ao partido
que lhe era adverso,
ao
pon-lo dt
elaborar
uma
lei de
intervenção municipal,
que,
etn
dadu
nnm ento.
lhe permitisse
retirar o
poder das
mõo.s
dos seus
antigos
corretigiona-O presidente do
Es-tado visita á escola
da Associação dos
Merceeiros
jm00j0JJ88*0M
n
Comitê Acadêmico
pró-Getulio Vargas
Um
telegramma
do
presidente
gaúcho
O DISCURSO DO ORADOR OFFICIAL DAQUELLA
SOCIEDADE.
-A RESPOSTA DO CHEfTdO
ESTADO
Ao telegramma que um
dos
membros
do
«Comi-té
Acadêmico
pró-Getu-lio
Vargas» endereçou ao
illustre
presidente
gaú-cho,
sobre
o
palpitante
assumpto
da
suecessão
presidencial
da
Republi-ca,
foi
dada
hontem,
a
honrosa
e
expressiva
resposta
telegraphica,
que
a
seguir
estampa-mos:
l
"Grato
deferencia
seul
A
Associação dos
Mer-ceeiros experimentou, na
noite
de hontem,
um dos
seus
momentos
da
mais
franca
alegria.
Estava
annunciada
a
visita
do
sr.
presidente
do
Estado
á
escola que,
com sacrifícios,
mas
pa-trioticamente,
vem
man-tendo aquella 1 uturosa
so-ciedade.
A's
1() 1x2
horas,
quan-do
as
aulas
funeciona-vam
regularmente,
e já
se achavam presentes
va-rios merceeiros,
directo-res
da Associação,
con-vidados e representantes
da imprensa,
deu
entra-da
no
edificio
osr. José
Peixoto,
que se
fazia
a-companhar
dos
srs.
drs.
Oetavio
Lobo,
deputado
estadual,
e
Mozart Pinto,
fiscal
da
Faculdade
de
Direito.
Recebido
pela
dire-etoria incorporada,
o
sr.
presidente do Estado
per-correu
todas
as
aulas,
colhendo dos professores
as
informações
que
se
faziam
necessarias e
vi-sitou
as
diversas
depen-dencias da Associação.
Conduzido ao salão
no-bre
da
sociedade,
o sr.
José
Peixoto foi alvo das
manifestações de
profes-sores e
alumnos que
for-raavam em alas, ladeando
a
mesa,
entoando,
com
enthusiasmo,
o
Hymno
do
Ceará.
Falou, então, em
nome
da Associação,
o sr.
Le-andro
Lyra, que
pronun-ciou
a significativa
ora-ção,
cuja integra
damos
abaixo:
«Exmo.
sr.
Presidente
do Estado.
«devemos
proceder
co-mo
quem tem a
consci-encia duma
missão
es-plendida que
deve
rea-lizar neste mundo».
Esta sentença
resume
admiravelmente
todo
o
progresso desta
Associa-ção.
Assim
é
que
nós os
merceeiros,
classe
hu-milde
e
classe
trabalha-dora, desde
15
annos
a
esta parte, mantemos
es-ta
attitude
dignificante.
qual
seja
a de
fazer o
Bem e
propagar
a
Ins-trucção.
Muitas
coroas
de
es-pinhos temos
sentido
cru-ciar-nos
e
tambem,
mui-tos
louros
temos
colhi-do, na
defesa
de nosso
ideal,
por
todos
admira-do.
E não podia ser de ou*»
tro modo, destacados
co-mo foco-mos
pelo
Destino,
para seguir esta
trajec-toria, rra
qual
olhamos
de frente
para
todos.
telegramma
commun.can-do
realisação
ahi
«mee-ting»
propaganda
chapa
alliança liberal suecessão
presidencial
Republica pt,
Desvaneceu-me e
confor-tou-me
sobremodo
essa
espontânea demonstração
solidariedade
por
parte
mocidade estudiosa e
po-vo
cearense.
Cordeaes
saudações.
GETULIO
VARGAS'.
Senhores
Escreveu Marden
em
seu
primoroso
livro
«A
Attitude
Victoriosa»
que
Exmo.
sr.
Presidente
do Estado.
A visití-
de
V.
Excia.
hoje
á nossa sede
social
traz-nos um conforto que
muito nos
estimula.
Parcella
do Povo
que
somos,
sentimo-nos bem
em poder
fallar-vos
di-rectamente,
sentimo-nos
bem em explicar ao
Che-fe
do
Estado,
que
um
núcleo de
seus
governa-dos. aqui
labutam,
sob
uma
bandeira,
aqui
vi-vem,
empunhnndo
em
uma
das mãos, um ramo
de
oliveira e na
outra
um livro
que
diffunde a
luz do
ensino
escolar.
Lentamente
marcha-mos,
collaborando,
tal-vez
incognitamente,
na
grande
obra
da
civilisa-ção
da
raça,
que
tem
como causa a
educação
do povo.
rios; si não
fosse o
politiqueiro
que,
chefiando
dois
partidos,
trahe o
mandato de um
delles,
para affastar, por
uma
lei de
compulsória
des-forçada, os juizes que se não prestam aos
pape-is que lhes são
rezervados no
interesse
de
seu
plano, de
verdadeira perfídia politica; si não es
patenteasse o individuo
que,
para vingar
ódios
pessoaes,
oriundos de reles
fuchicos
palacianos,
extingue
comarcas e annexa
termos judiciários,
pretendendo com
taes desmandos
diminuir o
va-lor de homens
da envergadura
de José
Saboya;
—e talvez, collocando-se
acima das
competições
partidárias,
valorizando-se e
valorizando a sua
terra, desprezasse as futeis razões que lhe foram
ministradas pelo Cattete, para
responder a este,
com a altivez de João
Pessoa,—que
o
Ceará
ne-gava o
seu
apoio a mais essa empreitada de
en-sandecimento.
E' que o sr. José Peixoto, despido
das
qua-lidades que o
desrecommendam no
conceito
pu-blico, veria como o presidente
parahybano,
con-cluiria como nós, que preciso se
tomava
oppor
embargos á
ligeireza da
autocratica
attitude do
sr.
\4ashington Luiz.
Infelizmente,
para
o
Ceará, o
sr. Peixoto,
não
cogita
no
momento,
sinão de
fingir
que
pretende elevar o partido
Rabellista, organisação
que não podia,
em caso
algum, ser
amparada
pelo
sr.
Antonio vários, figura principal do
mo-rimento
liberal
que
ora
se
opera
em
todo o
paiz.
Dahi
um dos
motivos
subalternos
do
seu
gesto de apoio ao
Cattete,
com
o
qual
vem de
anniquilar as duas possantes organizações
poli-ticas do
Ceará.
Que
estas
lhe
agradeçam,
com
o
prêmio
que ja anteremos
reservado, si para Cuba não o
poderem
mandar
romo
addido commereial,
ga-lhardão
que ainda conseguiu o
sr.
Ildefonso
Al-bano e que dificilmente
será
conquistado
pelo
sr. José Peixoto.
E digo
incognitamente
porque
aqui
actuamos
eomo
fogo
sob
cinzas.
Necessário
se
faz
que
uma força
superior, nos
alimente
o
brazeiro.
O
bem
que
produzi-mos
não
é
para
cada
um de nós em particular,
a ínstrucção
que
diffun-dimos
não
é
somente
approveitada
pela
cias-se:
é
para a
collectivi-dade,
é
para
o
povo,
que
necessita
ser
Ins-truido, para ser
organi-zado.
E si o
povo se
apro-veita
de
nossa
iniciati-va, o
Poder
Publico,
di-gnamente
substanciado
na pessoa
de
v.
excia,
ha
de
nos
olhar
com
sympathia,
ha de nos
es-timular para
proseguir-mos.
E
quantas vezes
o
fo-go
sagrado que
alimen-tamos
com
tanto
sacri-ficio, tem ameaçado
apa-gar!
Quantas
vezes
nossa
Escola,
que
considera-mos uma verdadeira
hos-tia de luz,
não
tem
fica-do na imminencia de
mu-dar de
sacrario,
com
o
fechamento do templo!
Falia
uqui, sr.
Presi
dente,
a
alma
do
mer-ceeiro
humilde
e
igno-rante, embora
sincero e
consciente,
faliam
aqui
sr. Presidente, os
reben-tos juvenis
destos
mes-mos merceeiroa
que
de-sejam para a prole,
me-lhores
dias
e
melhores
ensinamenios.
Falia aqui sr.
Preslden-te, um bloco respeitável
de contribuintes
do
era-rio publico,
que
sabem
cumprir os seus deveres
Nada
exigem
de v.
excia., nada
Impõem
a
v. excia. porque v. excla.
tem a exacta
noção
da
alta funeção
que oceupa.
Apenas
desejam
que
v.
excia.,
pondere
a
fi-nalldade
de
uma
asso-ciação
como
esta.
Apenas
desejam
que
v. excia.
no
tempo
em
que for
governo
e
de-pois fora delle,
em
vos-sa gloriovos-sa
carreira
de
estadista,
reserve
para
nós uma parceira de
jus-tiça,
reserve
para
nós
uma
parcella
de
atten-ção carinhosa,
em
prol
de nossa Escola
de
Com-merclo.
E
os
agradecimentos
pelos actos
governamen-taes que v. excla.
prati-car,
em
beneficio
dos
merceeiros,
não
serão
dados pelo proprlo povo,
serão dados
pelo
gran-de publico, justiceiro em
seus
julgamentos,
cedo
ou tarde.
E
v.
excla. não
se
ar-rependerá,
porque
aci-ma
da
consciência
do
chefe, está
a
conscien-cia do
cidadão,
acima
da conscienca do homem
publico, está a
conscien-cia do patriota, que ama
verdadeiramente
a
gle-ba, eternamente querida,
embora seja
eternamen-te
soffredora.
E
ficamos
confiantes
que v.
excia.
compre-henderá as
nossas
boas
intenções.
Nossa
bandeira | a do
bem, nosso
dilemma é a
ínstrucção.
E v. excia.
governo,
v.
excia.
magistrado,
v.
excia.
cearense
tem
co-mo
nós, a attitude
victo-rios a, pela
qual
«deve-mos proceder como quem
tem
a consciência
duma
missão
explendida
tue
deve realisar neste
mun-do».
Em seguida, a graciosa
e intelligente menina Nila
Gomes de
Andrade,
ap-plicada alumna
daquella
escola, com
muito
des-embaraço,
pronunciou
o
brinde
que
damos ein
se-guida, offertando
ao
sr.
José Peixoto uma bonita
carbeille
de
flores
natu-raes:
Jornalista
Monte
Arraes
Pelo horário
de
domin-go
ultimo,
seguiu
para o
sul
do
Estado
o
illustre
jornalista
Monte
Arraes,
director
da
«A
Razão».
O
nosso
prezado
dire-ctor
pretende demorar-se
alguns
dias
naquella
zo-na,
devendo
regressar
a
esta Capital
na
próxima
Semana.
"Exmo
Sr.
Presidente
do Estado,
A
vossa visita
a
esta
Escola
Irouxe-nos
uma
alegria
infinda
a
tradu-zir-se
nos
nossos
risos
que
são
o desdobrar
ma-ravilhoso
das
nossas
al-mas
de
creanças.
E, no
vergel
da
vida,
as creanças são florações
divinas que enfeitiçarrt
a
existência
com
a
belleza
das
suas
cores e
a
MM*
vidade
dos
seus
perfu-mes.
Como
as flores brotam
da
natureza, espontâneas
e
bellas,
abrindo
as
pe-talas ao
orvalho
e á luz,
assim
os
risos
brotam
das
nossas
almas,
puros
e immaculos a uma
pro-messa fagueira, a uma
es-perança ditosa.
E' que na vossa visita
a
sabedoria
dos
nossos
instinetos divisa qualquer
cousa
que seja para
nós
como é
para as
flores
a
luz e o
orvalho.
E vendo-as
como
um
symbolo
das
nossas
al-mas, as enfeixámos
num
ramalhete,
que
tenho
o
Krazer
e
a alegria de
of-.recer-vos,
numa
mani-festaçâo espontânea,
sim-pies e sincera
ao
Chefe
de Estado de quem
mui*
to
espera
a
nossa
Es-cola.
Salve!
Exmo.
Dr.
Ma-*
tos Peixoto!
Usou
da palavra o sr.
José
Peixoto,
em
agra-decimento
aquellas
ma-nifestações.
Disse
que
no
Ceará
quasi
todos
os
empre-hendimentos
devemos
á
iniciativa
particular,
co
mo, momentos antes,
af-firmara ao presidente da*
quella prospera
socieda-Deu
como
exemplo
a-quella escola
dos
mer-ceeiros que, luetando com
as maiores diffieuldades,
vem prestando
grandes
benefícios
á
causa
da
ínstrucção, ao
engrande-cimento da
Pátria.
Affirmou que, pelo que
acabava de
ver e ouvir,
cabia ao governo do
Es-tado vir
em auxilio
da-quella patriótica
iniciati-va dos merceeiros.
Nes-te
sentido,
prometteuau-xiliar aquella
escola no
que
estivesse ao Beu
al-cance e nas
possibilida-des do
Estado.
Ao
ser
levantada
a
sessão, os alumnos
can-taram
o
Hymno
Nacio-nal.
O
sr.
Peixoto
deixou
aquella Associação,
en-tre
alas de
alumnos
que
lhe lançavam pétalas de
flores e
o
vivavam.
Do
crescido
numero
de
pessoas que affluiram
aquella Associação,
Con-seguimos
annotar os srs.
drs.
Paula
Rodrigues
e
Oetavio
Lobo, deputados
estaduaes;
Mozart Pinto,
fiscal
da
Faculdade
de
Direito;
cel.
Guilherme
Ellery,
presidente da
Ca-mara Municipal;
Conego
José
dc
Lima,
director
de o «O Nordeste»;
Rosen-do
Bindá, presidente
da-quella
Associação;
Le-andro
Lyra,
vereador
Costa Mello, Miguel
Soa-res,
lgnacio
Costa,
Eu-clydes Cavalcante,
Anto-nio Pio de
Moraes, prof.
Joel
Linhares, dr.
Josa-phat
Linhares,
acad.
Adherbal
Freire,
acad.
Hermes
Barroso,
repre-sentante
do
«Correio
do
Ceará» e
acad.
José
Gil
de
Carvalho,
represen-tante desta folha.
Em
seguida,
houve
animada
e
Interessante
sessão da «caixa escolar»
daquella
associação,
pre-sidida
pelo sr.
Rosendo
Bindá.
Os
alumnos
fizeram,
então,
alegres
recitatl-vos e
brindes
aos
dire-ctores
daquella
socieda-de. que não se
cançam
de
batalhar pelo seu
en-grandecimento.
A'
Associação
dos
Merceeiros a
«A Razão»
apresenta
seus
cumpri-mentos, desejando-lhe
lni-terminas
vlctorias.
Annunciae na
A
RA*
ZÃO—Preços módicos.
Corrigenda
No
discurso
proferido
pela distineta e talentosa
senhorinha Alayde
Car-valho, por
oceasião
da
inauguração
da
fabrica
de
oleo
de
oiticica,
da
firma C. N.
Pamplona &
Cia., desta praça, e
pu-blicado
em a
nossa
edi-ção de
domingo
ultimo,
escaparam
á revisão va*
rios erros, entre os quaes
o
que aqui
vae seguido
da
competente corrigem
da.
Sahiu:
«desta terra que
não é
martyr,
ao
que
subscreveu, ha pouco, o
sr.
engenheiro-chefe
da
Inspectoria de Obras
Con-tra as Seccas».
Corrija-se para:
«des-ta
terra martyr, ao
que
subscreveu, ha
pouco, o
sr.
engenhciro-cliefe
de
districto
da
Repartição
Geral dos
Telegraphos».
Terça-Feira B de Agosto de 1928 A RAZÃO n (onaervog I I I ff>n«groamobonipglodo^^| FLORILEGIO 49 D. Julia Vasconcellos um Educpdora e possuído-ra de uma illustraçao, acima das necessidades
de seu ministério. Com um gosto pronunciado
pelas letras,
dentre as
professoras da
Escola
Normal, foi sempre a mais acatada pela sua competencia. D- Julia Vasconcellos, sendo uma
professora que zela pelo ensino, imparcial e justi-ceira, teve o cond&o de coptar as mais extraor-dinarias sympathias, en-tre as suas numerosas alumnas.
De um trato dehcadis-simo, revelador de uma educação aprimorada, o seu nome é pronunciado com respeito e admira*
ção por todos quantos conhecem a seriedade de seus estudos e a ele-vaçáo de seus nobres sentimentos.
Não é uma didact i qu se limite exclusivamente
a cumprir os seus
devê-res de professora,
pre-parando a sua lição quo-tidiana. Tem uma Histo-ria do Brasil quasi con-ciuida acompanhada da Geographia e dedesenhos Vários são os seus tra-balhos traduzido» do al
lemão.
Nos assumptos em que se especialisou, isto é em
Historia e em Geographia,
pouca gente haverá que a supere nesta terra
quiçá em outras terras do Brasil. Desnecessária
mente e por m é r; diversão intellectual do seu espirito applicadn
aperfeiçoou-se no estudo das linguas, ingleza e
al-lema que escreve, traduz e fala com facilidade
in-vejavel.
Um illustre cearense
que acato como Mestre querido e de quem sou apenas uma victrola em assumptos sociologicos membro da Sociedade de Geographia do Rio de Janeiro referiu-se á ella com tal justiça e louvor ao presidente daquella
e8peitavel associação que r
obteve desse dlustre bra-sileiro, o compromisso formal de ser D. Julia
Vasconcellos. incluída no
quadro de socios corres-pondentes daquella insti-tuiçào, desde que a nos-sa talentosa
homenagea-da se dignasse a escre-ver uma monographia sobre assumptos
geogra-phicos brasileiros.
Acciescentou o illustre informante haver dito ao
general Moreira Guima-rães, que a única diffe-rença que poderia haver entre o saber e o pre-)aro de D. Julia
Vascon-cellos e a notável femme savan>e portugueza D.
Carolína Michaelis, con-sistia em ser a primeira demasiado modesta e re-sidir num meio em que
os intellectuaes, além de jagarem a edição de suas obras de seu propiio boi-so, recebem em troco,
apellidos, pedradas, casca le banana, ovos pôdres, coices, dentadas de co
ira, b;ildes d'agua quente, assovios, guinchossimies-cos e as mais inéditas descortezias.
Sendo assim, não é de
admirar que espíritos pri-vilegiados, mentalidades cultas, que tantas as há nesta linda terra cearen-se, vivam aferrolhando os seus thesouros inte!-lectuaes, a sete chaves, ou dialogando a portas fechadas com receio que os visinhos venham a ter Inveja. Eis a razao
porque o
«Ceará não
progrede» na phrase la
pidar do finado poeta
fu-turista Dr. Manoel
Cavai-canti da Rocha, vulgo Manézinho.
As pessôas de talento e cultura, retrahem-se
porque não ignoram o
grande mal-estar, e as boccas hydrophobicas da maldicta" e inextinguivel grole do fallecido Cel. accadura de Oliveira Caim, respeitável ancião de barbas millenarias. Este cavalheiro, fez uma viagem numa caravéla do
W. Mala
End. teleg.—WMAIA
Rua PpssAft Anta, 69 e 71 (Antlja rua da Praia) Ceará Fortaleza COMPRAS E VENDAS DE Caroço de algodão Milho-Paina
e outros generos de exportação
Ideal de
con-fraternização
HERMES BARROSO
Parahyba, 5 (A. P-)— Por motivo de se sentir injuriado com um artigo
publicado na imprensa ocal pelo jornalista A d-íerbal Piràgibe, o depu-;ado Antônio Botto
pro-curou-o com o fim de pe-dir satisfações.
O encontro se deu 110
inissimas meias de seda Mouselline >'-S
28$, 25$, 20$, 18$, 15$, 14$, 13$, 11$ e Manon 25$ e rancezas 25S e 3ic e Bic 42 17$ e Toscas 17$, 15$ e «Café Mbdemo». Depois de acalorada discussão, o deputado Antonio Botto desfechou dois tiros naquelle jorna-lista, indo um dos
pro-jectis alojar-se na omo-plata. O estado da victima e lisongeiro. 10$(XX) 18$000 20$000 12S8U0 Senhor de Belmonte, Pe-
(Jpp jor nalista Parahybano alvejado
dro Albares Cabróte, por hala
vias desconhecidas á Ame- « Uai a
rica do Sul, vindo cres-cer e multiplicar-se
inde-finidamente, numa zona
que, segundo a
Geogra-phia do Sobreira, fica as-sim situada: ao N. e a
NE. com o Oceanu
Atlan-tico; a L. com o Rio Grande do Norte; a SE. com a Parahyba, ao S. com Pernambuco e a
Oeste com o Piauhy. Caim atravessou o de-serto do Gobbi, palmilhou
o Sahára e veio morar, numa outra terra, cuja origem, segundo Antonio Bezerra, é uma corrupte-la do nome Sahára, nome
que lhe puzeratn os- nos-sos talentosíssimos avós lusitanos, Pero Ca<Mho de Soiza e Martim Suares Muraino.pvramidaesedes-compassadas cavalgadu
ras, cujos actos e faça-nhas estupéfHCientes. jus-tificam haver-se creado uma seita intellectual an-thropophagica que tem
por fim o louvável ser viço de devorar toda i
cohorte de idolos de bar-ro, rebocados de boçali dade e maldade e que formaram os 3 séculos da nossa imaginaria exis-tencia social e política
Desculpe D. Julinha essa divagação pelos rei nos historico e geogra
phico.
E' o respeito, a ven< ração, a homenagem aos seus bellos talentos que nos levam a procurar, e a explicar a nós mesmos as razões pelas quaes V. Exc., não é tão conheci-da quanto merecia.
Euclydes César
A alma moça do Bra-sil deixa-se empolgar,
agora, pelo ideal de con-fraternização. E' um an-seio que convulsiona a
nacionalidade.
O Brasil, por causa da sua vastidão territorial,
devido as suas variedades de clima,permanece des-conhecido,em grande
par-te, dos seus proprios ha-bitantes.
O norte e o sul são
extremos que, até. ha
pouco, não se tocavam. 1'elo contrario, uma má compreensão das coisas,
a mosidade do sul e n do norte. Ü conhecimen-te directo das possibili-dades economicas e do valor intellectual é a fascinação que seduz aos espiritos, arrastando-os a
formarem caravanas. Desse intercâmbio de
ideas, fixü-se nos cere-bros, uma concepção do homem e do meio, de-sabrocha um novo
esta-do mental.
Os ideaes que
empol-gam aos jovens, deman-dam, quase sempre, de cohesão de disciplina e
Especialidade
d'A CEARENSE
O maior varejo do Ceará Phone, 421
OBSERVAÇÕES PLUVIOMETRICAS
DO
«MUSEU ROCHA»»
Chuvas cahidas em Fortaleza de janeiro a julho de
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho 1928 10 dias » 18 » 18 » 10 » () » » 77.HO 47,01 343,79 252,98 ' 111,85 63.72 7,30
Total 73 » mim. 905,TO
Janeiro Fevereiro Marco Abril Maio Junho Julho 1929 8 dias 23 » 23 » 20 » 13 » 13 » » 31,78 437,81 238,42 189,94 196,74 157,35 9,73 Total 103 » mim. 1.261,77 Fortaleza, 5 — VIII — 929. 1.000 pares de
knaipe de verniz, a 250 réis o ponto,—do
melhor fabricante, acaòa de receber
A LIBANEZA
tinha determinado que,Ide solidariedade
por diversas vezes, se! E durante esssas excur-tentasse rasgar os laços Isões, é que se vae
com-que nos uniam. binando o programma A identidade de lingua, de acção, assentando
as
a uniformidade de ori- suas bases, afim
de que
cem de crenças,eram ol- a harmonia de esforços vidadas, sob falsos pro- conduza as correntes mo-nositos de supremacia ças á concretização de
econômica. seus sonhos. Não se
con-Só agora, é que se seguiriam resultados posi tenta' approximar os ha- tivosnemse.estabeleceria bitantes das diversas zo- uma união indissolúvel nas mostrando-lhes o va- si não houvesse affeição
lor da confraternização, mutua entre os empre-evidenciando-lhes a in- endedores das campa-tensidade da vida de ca- nhas civicas.
da estado. 0 orgulho, a vaidade Essa obra que virá ro- e qualquer outro senti-bustecer a Federação, si mento indigno,
as imposições da torça desapparecer afim de
ou do sentimento oly- que não se perturbe nem
«archico não impedirem se adulterem
o alcance
a marcha, nem anorma- desses movimentos, lizarem o rythmo da vi-1 Viza-se, apenas,
en-da nacional, é producto grandecer
a Patrlii,
tor-da Juventude moderna, nando-a robusta
a
vigo-Os Jovens compreende» rosa, juvenescendo a sua
ram que o seu papel não soberania, se circumscreve, apenas, Para essa
finalidade,
ao apprendizado de the talvez, que valha
mais a
orias scientíiicas, mais collaboração continua e
ou menos engenhosas, decidida de alguns com-mas antes de tudo, cabe- batentes que a
empáfia
lhes' o direito de inter- e a petulancia de uma vir em todos os assurn- mediocracia agonizante.
Dtos que sacodem o am- Todos os grandes
a--biente espiritual. contecimentos
todas as
Os cruzeiros que se mutações sociaes, não
teem realizado, vão pro- se operam sem que se
duzindos surprehenden- satisfaçam
as condições
tes effeitos, manifestados de tempo
e de espaço,
pela modificação
de con- Mas, é inegável que
ceitos que, não obstante uma
actividade
inte»"-serem filhos da ignoran- gente, guiada no sentido cia ou do egoísmo, ha- de altos objectivos, a-viam creado um anta- pressa, por vezes,
gonismo de nefastas
con- marcha desses íacto8*
«Anuências Porque, realmente,
as
Já, agora nota-se
uma reorganizações ou as
sympathia existente en-1 mudanças
só se
verifi-Reproductores
ZEBU'.
Devemos receber pele vapor
«ARACATY» . ehegar em noséo porto até 10 de
Agosto proximo, uma partida de reproductores
indianos «GUZERAT» «NELORI» e
«GYR» inclusive 10 NOVILHAS ,jA ENXERTADAS.
Os interessados na acqutalç*. de qualquer quantidade
de cabe,» de retererido gado. poderão desde
logo dirigir suas encommendas
| M 1 V K V bem como pedido
de informações & K H ü B B B
Augusto Carlos i
& Cia.
Rua b. Pedro Borges, 30|32
Telegr. Soli
Telepli. MS
D B