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Exercícios de Aprofundamento História Primeiro Reinado

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Academic year: 2021

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Página 1 de 10 1. (Unicamp 2015) Um elemento importante nos anos de 1820 e 1830 foi o desejo de

autonomia literária, tornado mais vivo depois da Independência. (…) O Romantismo apareceu aos poucos como caminho favorável à expressão própria da nação recém-fundada, pois fornecia concepções e modelos que permitiam afirmar o particularismo, e portanto a identidade, em oposição à Metrópole (…).

CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2004, p. 19. Tendo em vista o movimento literário mencionado no trecho acima, e seu alcance na história do período, é correto afirmar que

a) o nacionalismo foi impulsionado na literatura com a vinda da família real, em 1808, quando houve a introdução da imprensa no Rio de Janeiro e os primeiros livros circularam no país. b) o indianismo ocupou um lugar de destaque na afirmação das identidades locais,

expressando um viés decadentista e cético quanto à civilização nos trópicos. c) os autores românticos foram importantes no período por produzirem uma literatura que

expressava aspectos da natureza, da história e das sociedades locais.

d) a população nativa foi considerada a mais original dentro do Romantismo e, graças à atuação dos literatos, os indígenas passaram a ter direitos políticos que eram vetados aos negros.

2. (Fuvest 2015) Considerando-se o intervalo entre o contexto em que transcorre o enredo da obra Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e a época de sua publicação, é correto afirmar que a esse período corresponde o processo de

a) reforma e crise do Império Português na América.

b) triunfo de uma consciência nativista e nacionalista na colônia. c) Independência do Brasil e formação de seu Estado nacional.

d) consolidação do Estado nacional e de crise do regime monárquico brasileiro. e) Proclamação da República e instauração da Primeira República.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

TEXTO PARA A(S) PRÓXIMA(S) QUESTÃO(ÕES)

Tornando da malograda espera do tigre, 1alcançou o capanga um casal de velhinhos, 2que seguiam diante dele o mesmo caminho, e conversavam acerca de seus negócios particulares. Das poucas palavras que apanhara, percebeu Jão Fera 3que destinavam eles uns cinquenta mil-réis, tudo quanto possuíam, à compra de mantimentos, a fim de fazer um moquirão*, com que pretendiam abrir uma boa roça.

- Mas chegará, homem? perguntou a velha. - Há de se espichar bem, mulher!

Uma voz os interrompeu:

- Por este preço dou eu conta da roça! - Ah! É nhô Jão!

Conheciam os velhinhos o capanga, a quem tinham por homem de palavra, e de fazer o que prometia. Aceitaram sem mais hesitação; e foram mostrar o lugar que estava destinado para o roçado.

Acompanhou-os Jão Fera; porém, 4mal seus olhos descobriram entre os utensílios a enxada, a qual ele esquecera um momento no afã de ganhar a soma precisa, que sem mais deu costas ao par de velhinhos e foi-se deixando-os embasbacados.

ALENCAR, José de. Til. * moquirão = mutirão (mobilização coletiva para auxílio mútuo, de caráter gratuito).

3. (Fuvest 2015) Considerada no contexto histórico-social figurado no romance Til, a brusca reação de Jão Fera, narrada no final do excerto, explica-se

a) pela ambição ou ganância que, no período, caracterizava os homens livres não proprietários. b) por sua condição de membro da Guarda Nacional, que lhe interditava o trabalho na lavoura. c) pela indolência atribuída ao indígena, da qual era herdeiro o “bugre”.

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Página 2 de 10 d) pelo estigma que a escravidão fazia recair sobre o trabalho braçal.

e) pela ojeriza ao labor agrícola, inerente a sua condição de homem letrado.

4. (Unicamp 2015) Com a partida de D. João VI, permaneceu como regente do reino do Brasil o príncipe herdeiro. Contrário à ideia de submissão do monarca a uma assembleia, que ele considerava despótica, mas incapaz de deter o rumo dos acontecimentos, D. Pedro habilmente se aproximou de uma facção da elite brasileira, a dos luso-brasileiros.

Adaptado de Guilherme Pereira das Neves, “Del Imperio lusobrasileño al imperio del Brasil (1789-1822)”, em François-Xavier Guerra (org.), Inventando la nación. México: FCE, 2003, p. 249. Considerando os processos de independência no continente americano,

a) apresente duas diferenças importantes entre o processo de independência no mundo colonial espanhol e o processo de independência do Brasil.

b) explique a importância dos luso-brasileiros no governo de D. Pedro I e por que eles foram a causa de diversos conflitos no período.

5. (Fuvest 2015) O movimento político conhecido como “Confederação do Equador”, ocorrido em 1824 em Pernambuco e em províncias vizinhas, contou com a liderança de figuras como Manuel Carvalho Paes de Andrade e Frei Joaquim do Amor Divino Caneca. Relacione esse movimento com

a) o projeto político desenvolvido pela Corte do Rio de Janeiro, na mesma época; b) outros dois movimentos ocorridos em Pernambuco, em anos anteriores.

6. (Fgv 2015) Observe o mapa.

Os dados do mapa mostram que a emancipação política do Brasil

a) efetivou-se com o chamado Grito do Ipiranga, porque todas as províncias do Brasil, imediatamente, passaram a obedecer às ordens vindas do Rio de Janeiro na pessoa do Imperador Dom Pedro I e romperam todos os laços com as Cortes de Lisboa, defensoras da recolonização brasileira.

(3)

Página 3 de 10 b) ocorreu de forma homogênea, com a divisão da liderança do movimento emancipacionista

entre os principais comandos regionais do Brasil e com a constituição de acordos políticos que garantiram a unidade territorial e a efetivação do federalismo.

c) dividiu as regiões brasileiras entre as defensoras de uma emancipação vinculada ao fim do tráfico de escravos, caso das províncias do Norte e do Nordeste, e as províncias do Centro-Sul, contrárias à separação definitiva de Portugal e favoráveis à constituição de uma monarquia dual.

d) foi um processo complexo, no qual não houve adesão imediata de algumas províncias ao Rio de Janeiro, representado pelo poder do imperador Dom Pedro I, pois essas províncias continuaram fiéis às Cortes de Lisboa, levando à guerras de independência.

e) diferencia-se radicalmente das experiências da América espanhola, porque a América portuguesa obteve a sua independência sem que houvesse qualquer movimento de

resistência armada por parte dos colonos ou da metrópole, interessados em uma separação negociada.

7. (Unicamp 2014) Para Portugal, não era interessante trazer para o Brasil imigrantes de estados possuidores de colônias, tais como França, Inglaterra, Holanda e Espanha. Abrir as portas da colônia e, depois, do recém-criado império do Brasil poderia significar um risco. Daí, a preferência por imigrantes dos estados alemães, da Suíça, e da Itália. Pedro I continuou essa política enfatizando que era necessário apoiar o desenvolvimento da agricultura, pelo

aliciamento de bons colonos que aumentassem o número de braços dos quais necessitávamos.

(Adaptado de João Klug, “Imigração no Sul do Brasil, em Keila Grinberg e Ricardo Sales (org.). O Brasil Imperial. v. III. 1870-1889. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, p. 247.) Assinale a alternativa correta.

a) A grande entrada de imigrantes no Brasil ocorreu a partir do Primeiro Reinado, em função do fim do tráfico negreiro e da maciça propaganda promovida pelo governo brasileiro na

Europa.

b) No Primeiro Reinado, a entrada de imigrantes associava-se ao incremento da produção agrícola e tinha em conta o cenário internacional, no qual as metrópoles europeias disputavam territórios e riquezas.

c) Em meio à corrida imperialista do século XIX, Portugal empenhou-se pelo fim da escravidão em Lisboa e do tráfico negreiro em suas colônias africanas.

d) A imigração no Brasil surgiu como questão a partir da implantação da Lei Áurea, que alterou os modos de pagamento do trabalho livre.

8. (Espcex (Aman) 2013) Era “exclusivo do imperador e definido pela Constituição como ‘chave mestra de toda organização política’. Estava acima dos demais poderes”.

(COTRIM, 2009) O texto em epígrafe aborda a criação no Brasil, pela Constituição de 1824, do Poder

a) Moderador. b) Justificador. c) Executivo. d) Judiciário. e) Legislativo. 9. (Enem 2013)

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Página 4 de 10 As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir determinadas

representações políticas acerca dos dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia que cada imagem evoca é, respectivamente

a) Habilidade militar — riqueza pessoal. b) Liderança popular — estabilidade política. c) Instabilidade econômica — herança europeia. d) Isolamento político — centralização do poder.

e) Nacionalismo exacerbado — inovação administrativa.

10. (Unesp 2013) O Brasil assistiu, nos últimos meses de 1822 e na primeira metade de 1823, a) ao reconhecimento da Independência brasileira pelos Estados Unidos, pela Inglaterra e por

Portugal.

b) ao esforço do imperador para impor seu poder às províncias que não haviam aderido à Independência.

c) à libertação da Província Cisplatina, que se tornou independente e recebeu o nome de Uruguai.

d) à pacífica unificação de todas as partes do território nacional, sob a liderança do governo central, no Rio de Janeiro.

e) à confirmação, pelas Cortes portuguesas e pela Assembleia Constituinte, do poder constitucional do imperador.

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Página 5 de 10 11. (Fgv 2013) A independência, porém, pregou uma peça nessas elites. Um ano após ser convocada, a Assembleia Constituinte foi dissolvida e em seu lugar, o imperador designou um pequeno grupo para redigir uma Constituição “digna dele”, ou seja, que lhe garantisse poderes semelhantes aos dos reis absolutistas. Um exemplo disso foi a criação do Poder Moderador (...)

(Mary del Priore e Renato Venancio, Uma breve história do Brasil)

Esse poder

a) ampliava os direitos das Assembleias Provinciais, restringia a ação do Imperador no tocante à administração pública e a ação do Senado.

b) permitia que o Imperador reformasse a Constituição por decreto-lei e que escolhesse parte dos deputados provinciais.

c) sofria de uma única limitação institucional, pois o Estado brasileiro não tinha direito de interferir nos assuntos relacionados com a Igreja Católica.

d) proporcionava ao soberano poderes limitados, o que permitiu alargamento da autonomia política e econômica das províncias do Império.

e) oferecia importantes prerrogativas ao Imperador, como indicar presidentes de províncias, nomear senadores e suspender magistrados.

12. (Unicamp 2012) Passar de Reino a Colônia É desar [derrota]

É humilhação

que sofrer jamais podia brasileiro de coração.

A quadrinha acima reflete o temor vivido no Brasil depois do retorno de D. João VI a Portugal em 1821. Apesar de seu filho Pedro ter ficado como regente, acirrou-se o antagonismo entre "brasileiros" e "portugueses" até que, em dezembro de 1821, as Cortes de Portugal

determinaram o retorno do príncipe. Se ele acatasse, tudo poderia acontecer. Inclusive, dizia d. Leopoldina, "uma Confederação de Povos no sistema democrático como nos Estados Livres da América do Norte".

(Adaptado de Eduardo Schnoor,"Senhores do Brasil", Revista de História da Biblioteca Nacional, no. 48. Rio de Janeiro, set. 2009, p. 36.) a) Identifique os riscos temidos pelas elites do centro-sul do Brasil com o retorno de D. João VI

a Lisboa e a pressão das Cortes para que D. Pedro I retornasse a Portugal. b) Explique o que foi a Confederação do Equador.

13. (Enem 2012) Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro I fora recebido com grande frieza, seus partidários prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio de Janeiro, armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março, tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das Garrafadas, durante os quais os “brasileiros” apagavam as fogueiras “portuguesas” e atacavam as casas iluminadas, sendo respondidos com cacos de garrafas jogadas das janelas.

VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado). Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo aumento da tensão política. Nesse sentido, a análise dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela a) estímulos ao racismo. b) apoio ao xenofobismo. c) críticas ao federalismo. d) repúdio ao republicanismo. e) questionamentos ao autoritarismo.

14. (Fuvest 2012) Não parece fácil determinar a época em que os habitantes da América lusitana, dispersos pela distância, pela dificuldade de comunicação, pela mútua ignorância,

(6)

Página 6 de 10 pela diversidade, não raro, de interesses locais, começam a sentir-se unidos por vínculos mais fortes do que todos os contrastes ou indiferenças que os separam, e a querer associar esse sentimento ao desejo de emancipação

política. No Brasil, as duas aspirações – a da independência e a da unidade – não nascem juntas e, por longo tempo ainda, não caminham de mãos dadas.

Sérgio Buarque de Holanda, “A herança colonial – sua desagregação”. História geral da civilização brasileira, tomo II, volume 1, 2ª ed., São Paulo: DIFEL, 1965, p. 9. a) Explique qual a diferença entre as aspirações de “independência” e de “unidade” a que o

autor se refere.

b) Indique e caracterize ao menos um acontecimento histórico relacionado a cada uma das aspirações mencionadas no item a).

15. (Espm 2012) Principal artífice da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva nasceu no porto de Santos, em 1763, filho de família das mais ricas da cidade, dedicada à exportação de açúcar. Após estudar com religiosos em São Paulo, partiu em 1783 para estudar Ciências Naturais na Universidade de Coimbra, cursando as Faculdades de Filosofia e de Matemática, especialidades em que aí se formou.

Como bolsista, efetuara longa viagem de estudos pela Europa: esteve vários anos na França, entre 1790 e 1799, em Freiburg, na Áustria, na Itália e por mais dois anos na Suécia e Dinamarca. Em Paris, entre outros cientistas, esteve em contato com Lavoisier.

Ao voltar a Lisboa, destacou-se como cientista, geólogo e metalurgista, tendo organizado a cadeira de Metalurgia da Universidade de Coimbra. Ocupou vários postos técnico-

administrativos, tendo sido nomeado intendente geral das minas de Portugal. Como oficial do Corpo Voluntário Acadêmico, lutou contra as tropas de Napoleão que invadiram Portugal (...) Monarquista de índole reformista e liberal, foi engolfado nas contradições do processo de independência (...)

Em 1823, eleito deputado à Assembleia Geral Constituinte, atuou durante curto período, tendo proposto dois projetos de lei importantíssimos. Um sobre a integração dos índios na sociedade brasileira, e o outro sobre a abolição da escravatura, prevendo a emancipação gradual dos escravos.

(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil) Sobre a participação de José Bonifácio, durante o Primeiro Reinado, em episódios como a Assembleia Constituinte, é correto afirmar que:

a) foi o ideólogo da Constituição outorgada por D. Pedro I, em 1824, sendo transformado no principal ministro do imperador;

b) juntamente com seus irmãos, Martim Francisco e Antônio Carlos, apoiou o fechamento da Assembleia Constituinte, em 1823, através de jornais como O Tamoio e Sentinela da Liberdade;

c) no projeto constitucional de 1823, defendia a concentração da autoridade política no imperador e a existência de quatro poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador; d) liderou o Partido Brasileiro, que queria um governo mais democrático e que restringisse o

poder do monarca, concedendo maior autonomia às províncias e voto universal; e) rompeu com D. Pedro I e apoiou o Projeto da Mandioca, redigido por seu irmão Antônio

(7)

Página 7 de 10 Gabarito:

Resposta da questão 1: [C]

[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]

Somente a alternativa [C] está correta. A questão remete à chegada do Romantismo ao Brasil. O texto do escritor Antônio Cândido aponta para o desejo de autonomia literária brasileira nas décadas de 1820 e 1830. Do ponto de vista político também havia o desejo do Brasil de buscar sua emancipação política frente a metrópole portuguesa, o que ocorreu em setembro de 1822 com o “Grito do Ipiranga”. No dia 7 de Abril de 1831 D. Pedro I abdicou ao trono: era o início do Período Regencial que durou de 1831 até 1840. Neste contexto, consolidou-se a

independência do Brasil considerando que pela primeira vez o Brasil foi governado por brasileiros, e surgiu o Estado Nacional Brasileiro através de uma gradativa substituição dos portugueses por brasileiros. Daí havia uma necessidade de construir uma identidade nacional mostrando nossas particularidades em relação às demais nações. Os autores do Romantismo foram importantes ao expressar elementos da nossa “brasilidade tupiniquim”.

[Resposta do ponto de vista da disciplina de Português]

O Romantismo é um estilo literário nacionalista por natureza; aliás, não só nacionalista como ufanista, em muitos casos. Considerando que tal estilo literário sofre influências dos ideais da Revolução Francesa, “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, é esperado que as nações

busquem expressar aquilo que lhe é próprio – fato ocorrido inclusive no Brasil. Assim, enquanto a Europa valorizava a Idade Média, o Brasil valorizou o indígena: o governo chegou a viabilizar financeiramente a publicação do poema Conferência dos Tamoios, escrito por Gonçalves de Magalhães. A temática indígena, portanto nacionalista, foi bastante desenvolvida pelo poeta Gonçalves Dias. Vale ainda ressaltar que o nacionalismo se fez presente na Literatura

Brasileira na prosa, inclusive com o Regionalismo, por meio da escrita de romances de José de Alencar, Visconde de Taunay e Bernardo Guimarães.

Resposta da questão 2: [C]

[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]

A história do livro citado se passa no Rio de Janeiro do início do século XIX e a obra foi publicada, em forma de folhetim, originalmente, na década de 1850. Logo, esse período de tempo engloba a Independência do Brasil e a formação do Estado nacional brasileiro. [Resposta do ponto de vista da disciplina de Português]

Memórias de um Sargento de Milícias inicia-se com a célebre colocação: “Era no tempo do Rei”; dessa forma, ao apresentar o período joanino, percebe-se que o autor faz referência ao processo de Independência do Brasil. Já a publicação da obra se deu entre 1852 e 1853, momento de apogeu do Império brasileiro, cuja preocupação era modernizar o país – inclusive com a proibição do tráfico negreiro – contribuindo para a formação do Estado nacional. Resposta da questão 3:

[D]

[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]

O romance Til, de José de Alencar, passa-se na Campinas da década de 1830. Nesse

contexto, a escravidão estava enraizada no Brasil, marcando e marginalizando as pessoas que viviam do trabalho braçal, característico dos escravos.

[Resposta do ponto de vista da disciplina de Português]

Ao ver a enxada, Jão Fera associa o trabalho braçal que prestaria ao casal de velhinhos às atividades desempenhadas pelos escravos, percebido de forma preconceituosa por muitos daqueles que viviam o contexto histórico-social retratado por Til, obra de 1872.

(8)

Página 8 de 10 Resposta da questão 4:

a) DUAS DIFERENÇAS: o caso brasileiro foi relativamente pacífico e não contou com a participação popular.

b) Os luso-brasileiros – ou, simplesmente, os integrantes do Partido Português – deram sustentação política a D. Pedro, apoiando a sua autoridade, e, por isso, por diversas vezes, entraram em conflito com o Partido Brasileiro, formado pela aristocracia rural brasileira.

Resposta da questão 5:

a) A Confederação do Equador foi um movimento deflagrado em Pernambuco como

resposta a centralização de poder nas mãos do Imperador Pedro I, conferida pela outorga da Constituição de 1824.

b) Guerra dos Mascates (1710), que foi igualmente “anti-Portugal” e Revolução Pernambucana (1817), de caráter liberal, federalista e anti-Portugal.

Resposta da questão 6: [D]

Somente a proposição [D] está correta. O mapa aponta para o processo de independência do Brasil. O processo de independência do Brasil foi bem complexo começando em 1808 com a vinda da corte portuguesa para o Brasil e a Abertura dos Portos rompendo com o pacto colonial e foi concluído em 1831 quando D. Pedro I abdicou ao trono deixando para seu filho de apenas 5 anos de idade. Havia dois grupos: os brasileiros compostos pela elite agrária e favoráveis a independência e o grupo português muito forte no nordeste e contrário a independência. Assim, quando ocorreu o grito do Ipiranga no dia 7 de setembro de 1822, era preciso nacionalizar a independência considerando que boa parte era contrário a ela. Daí surgiram as guerras de independência em 1823 constituindo praticamente uma guerra civil.

Resposta da questão 7: [B]

Como o próprio texto deixa claro, d. Pedro I preferiu trazer imigrantes de nações que não possuíam colônias, numa forma de evitar possíveis rebeliões de imigrantes que ameaçassem a soberania brasileira. O texto afirma, também, que o incremento da agricultura era o principal objetivo que d. Pedro I queria atingir com a vinda de imigrantes.

Resposta da questão 8: [A]

O Poder Moderador foi uma criação da Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, e dava ao imperador o controle sobre as estruturas políticas e judiciais do país, caracterizando seu governo como centralizador e autoritário.

Resposta da questão 9: [B]

A questão deve ser respondida a partir da interpretação das imagens fornecidas. Na primeira, D. Pedro I aparece no "ato" da Independência, rodeado de brasileiros, numa clara

demonstração de "liderança popular", ainda que nossa Independência não tenha sido um movimento do povo. Na segunda imagem, D. Pedro II aparenta calma e tranquilidade, denotando a "estabilidade política" pela qual seu governo passava.

Resposta da questão 10: [B]

O período que se seguiu a proclamação da independência foi marcado por um conjunto de conflitos e denominado de “guerras de independência”. A cultura social foi marcada

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Página 9 de 10 das populações urbanas e das elites agrárias regionais, destacando-se as províncias do norte (nordeste) do Brasil. Tais conflitos se deram pela resistência de militares e mercadores lusitanos, contrários à Independência, e, em diversas casos, a vitória ocorreu com a ajuda de mercenários.

Resposta da questão 11: [E]

O Poder Moderador dava a d. Pedro I a prerrogativa de intervir nos demais três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). Tal poder dava ao imperador, na prática, todo o poder político do Brasil independente.

Resposta da questão 12:

a) As elites brasileiras temiam a recolonização do Brasil. Este temor estava baseado na política desenvolvida pelas cortes portuguesas que adotaram medidas liberais em Portugal, como a elaboração de uma Constituição e a limitação do poder real, mas, frente ao Brasil, desenvolveram uma política conservadora que pretendia o fechamento dos portos, restaurando o monopólio comercial perdido em 1808 e a situação colonial. Essa política restauradora dos portugueses contrariava os interesses da elite, formada por grandes proprietários rurais, que lucravam mais com os portos abertos e o comércio realizado diretamente.

b) Após a Independência do Brasil, iniciou-se o processo de organização do Estado, caracterizado pelos choques de interesses, principalmente de “brasileiros” e “portugueses” (defensores de Portugal, mas residentes no Brasil e ligados ao comércio). Nesse contexto, D. Pedro I outorgou a Constituição, autoritária e centralizadora. A luta contra o autoritarismo imperial manifestou-se no mesmo ano quando da eclosão de uma grande rebelião em Pernambuco, que se alastrou pelo nordeste, com caráter separatista e republicano, denominada Confederação do Equador.

Resposta da questão 13: [E]

O Primeiro Reinado foi marcado pelo confronte entre “portugueses”, partidários do Imperador, que governava de forma autoritária e centralizado a partir da Constituição outorgada, e “brasileiros”, que faziam oposição ao imperador e utilizaram diversas formas de pressão para dificultar a acabar com seu reinado.

Resposta da questão 14:

a) Os primeiros movimentos de emancipação frente à metrópole surgiram com força no decorrer do século XVIII e foram fortemente influenciados pela percepção de que a exploração portuguesa impedia o desenvolvimento, assim como pelos ideais iluministas, mas nesse momento não havia a preocupação em discutir a unidade territorial. Na década de 1820, enquanto o desejo de independência era percebido em toda a elite colonial de diferentes regiões do Brasil, o “unitarismo” era rejeitado, pois as elites regionais,

principalmente do nordeste, defendiam uma situação de autonomia ou mesmo de separação em relação ao restante do Brasil.

b) diversos movimentos emancipacionistas podem ser destacados, sendo o mais conhecido a “Inconfidência Mineira”, liderado pela elite econômica e intelectual da região, que vivia a decadência da mineração e os abusos da política lusitana desde a implantação da derrama. Quanto à questão da unidade territorial, destaca-se a “Confederação do Equador”, nascida em Pernambuco e espalhada pelo nordeste, contra a centralização e autoritarismo do imperador D. Pedro I, pretendeu a formação de um Estado independente na região.

Resposta da questão 15: [E]

(10)

Página 10 de 10 Apesar da ligação de José Bonifácio com o príncipe regente D. Pedro I, no período que

antecede a Independência do Brasil, na função de ministro de Estado, depois de declarada a independência e ao se estruturar o processo político da primeira constituição do Brasil, D. Pedro e José Bonifácio passaram a se opor, principalmente no que se refere à forma de como deveria ser organizado o poder executivo no primeiro reinado. Enquanto D. Pedro I tinha uma posição política mais centralizadora e autoritária, José Bonifácio defendia um poder legislativo mais participativo. Nesse sentido, deveria ocorrer uma certa diminuição dos poderes do imperador. Devido ao debate intenso sobre como deveria ser organizado o Estado brasileiro e após a demissão de José Bonifácio, as relações entre o Imperador e a Assembleia Constituinte se tornaram mais ainda insuportáveis, levando à ocorrência da Noite da Agonia, quando, a mando do Imperador, o exército cercou o recinto onde se reunia a Assembleia, decretando o seu fechamento e a prisão dos irmãos Andrada e sua transferência para a Europa na qualidade de exilados políticos.

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