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RESPONSABILIDADE CIVIL

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Academic year: 2021

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Conceito

Uma obrigação derivada — um dever jurídico sucessivo — de assumir as consequências jurídicas de um fato, consequências essas que podem variar (reparação dos danos e/ou punição pessoal do agente lesionante) de acordo com os interesses lesados.

- natureza jurídica: sancionadora

- Responsabilidade jurídica x responsabilidade moral

CIVIL CRIMINAL

Responsabilidade patrimonial Penas previstas em lei

Dolo e culpa idênticos Dolo

Compensação de culpas (art. 945) Culpas não compensáveis

Condenação não interfere no criminal Condenação pode ou não interferir no cível (art. 935)

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Extracontratual ou aquiliana Contratual Danos morais, materiais e estéticos (art. 186,

187 e 927)

Art. 389 (perdas e danos, multas e juros moratórios)

Violação de dever negativo de não causar dano Vínculo prévio

Culpa deve ser provada Culpa presumida

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Elementos da responsabilidade

Conduta humana positiva ou negativa

- culpa em sentido extenso (art. 186, CC): ilicitude e dano.

* culpa como elemento acidental em face da responsabilidade objetiva

a.1) responsabilidade por fato de 3º. (art. 932)

I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;

- a única hipótese em que poderá haver responsabilidade solidária do menor de 18 anos com seus pais é ter sido emancipado nos termos do art. 5º, parágrafo único, inc. I, do novo Código Civil (Enunciado 41).

- Se o casal se encontra separado judicialmente, responde pelo ato do filho somente o cônjuge que ficou com a guarda, pois o outro não tem poderes de vigilância sobre o menor. (TJ-SC - AC: 676425 SC 2008.067642-5, Relator: Mazoni Ferreira, Data de Julgamento: 16/06/2009, Segunda Câmara de Direito Civil, Data de Publicação: Apelação Cível n. , de Lages).

II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;

Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.

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III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;

IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;

A instituição hospitalar privada responde, na forma do art. 932, III do CC, pelos atos culposos praticados por médicos integrantes de seu corpo clínico.

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a.2) responsabilidade pelo fato do animal

Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior. a.3) responsabilidade pelo fato da coisa

Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.

a.4. Responsabilidade objetiva e subjetiva

- Teoria do Risco: sociedade do Risco (Ulrich Beck)

1. Teoria o risco integral ou risco excepcional: em que qualquer fato deve obrigar o agente a reparar o dano, bastando a existência de dano ligado a um fato para que surja o direito à indenização;

2. Teoria do risco proveito: baseada na ideia de que quem tira proveito ou vantagem de uma atividade e causa dano a outrem tem o dever de repará-lo – ubi emolumentum ibi ônus

3. teoria do risco criado: adotada pelo novo Código Civil, pela qual o dever de reparar o dano surge da atividade normalmente exercida pelo agente, que cria risco a direitos ou interesses alheios

4. teoria do risco profissional;

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Art. 927, Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.

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B) DANO

- certeza do dano

- teoria da perda de uma chance (dano não indenizável, dano moral ou modalidade autônoma?)

A teoria da perda de uma chance (perte dune chance) visa à responsabilização do agente causador não de um dano emergente, tampouco de lucros cessantes, mas de algo intermediário entre um e outro, precisamente a perda da possibilidade de se buscar posição mais vantajosa que muito provavelmente se alcançaria, não fosse o ato ilícito praticado. Nesse passo, a perda de uma chance. desde que essa seja razoável, séria e real, e não somente fluida ou hipotética. é considerada uma lesão às justas expectativas frustradas do indivíduo, que, ao perseguir uma posição jurídica mais vantajosa, teve o curso normal dos acontecimentos interrompido por ato ilícito de terceiro. " (REsp 1.190.180/RS, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, DJe 22/11/2010)

No tocante à indenização pela perda de uma chance decorrente da conduta ilícita de outrem, a doutrina e jurisprudência nacional têm admitido a teoria quando: A) devidamente comprovado o ato ilícito; b) verificada a viabilidade séria e real da chance, sendo esta conseqüência natural do desdobramento que os fatos teriam se não houvesse a conduta ilícita; c) há nexo de causalidade entre a conduta e o resultado. 3. Não comprovado o nexo de causalidade entre a conduta da Administração Pública e os supostos danos causados à autora, resta afastada a responsabilidade da ré quanto a estes. (TRF 04ª R.; AC 5017011-82.2013.404.7200; SC; Quarta Turma; Rel. Des. Fed. Luís Alberto d'Azevedo Aurvalle; Julg. 25/01/2017; DEJF 27/01/2017)

- perda da chance de cura - perda da chance de êxito

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- subsistência do dano - Dano em ricochete

indenização devida tanto ao menor quanto à sua genitora, pois me parece inequívoco que os transtornos no atendimento à criança também causaram abalos emocionais e psicológicos em sua mãe. Dano ricochete. (TJ-PE; APL 0190724-90.2012.8.17.0001; Rel. Des. Cândido José da Fonte Saraiva de Moraes; Julg. 07/12/2016; DJEPE 09/01/2017)

- transmissibilidade: Art. 943. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.

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B. 1. material

- emergente: o que perdeu;

- cessante: o que deixou de ganhar; - pensão por morte (art. 948)

Termo inicial e final pelo falecimento do filho: Normalmente, o STJ utiliza os seguintes critérios: • No período em que o filho falecido teria entre 14 a 25 anos: os pais devem receber pensão em valor equivalente a 2/3 do salário mínimo; • No período em que o filho falecido teria acima de 25 anos até 65 anos: os pais devem receber pensão em valor equivalente a 1/3 do salário mínimo.

Termo final para a viúva: data que o esposo provavelmente viveria (71 anos) Termo final para viúva não se dá com novas núpcias

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A indenização, sob a forma de pensão, é calculada com base na renda auferida pela vítima, descontando-se sempre 1/3, porque se ela estivesse viva estaria despendendo pelo menos 1/3 de seus ganhos em sua própria manutenção. Os seus descendentes, ascendentes, esposa ou companheira (os que dela recebiam alimentos, ou de qualquer forma estavam legitimados a pleitear a pensão) estariam recebendo somente 2/3 de sua renda (Carlos Roberto Gonçalves)

Súmula nº 490. A pensão correspondente à indenização oriunda de responsabilidade civil deve ser calculada com base no salário-mínimo vigente ao tempo da sentença e ajustar-se-á às variações ulteriores.

Súmula nº 491. É indenizável o acidente que cause a morte de filho menor, ainda que não exerça trabalho remunerado.

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B. 2. moral - conceito

- direito (fere direito de personalidade)

- indireto (fere patrimônio com valor sentimental)

- pessoa jurídica - STJ: Súmula 227 (“A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”). - prova (presumido)

- modalidades:

- dano moral difuso - dano moral coletivo

- dano existencial: redução da qualidade de vida - dano psicológico (depressão, fobias)

- perda de tempo livre

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-

quantificação

- função compensatória (primeira função)

- função punitiva (segunda função)

- função dissuasora (terceira função

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B) NEXO DE CAUSALIDADE

teoria da equivalência de condições (conditio sine qua non): adotada pelo Código Penal. - crítica: retrocesso ao infinito

- Nessa linha, se o agente sac a arma e dispara o projétil, matando o seu desafeto, seria considerado causa, não apenas o disparo, mas também a compra da arma, a sua fabricação, a aquisição do ferro e da pólvora pela indústria etc., o que envolveria, absurdamente, um número ilimitado de agentes na situação de ilicitude.

1. a teoria da causalidade adequada;

2. a teoria da causalidade direta ou imediata (interrupção do nexo causal).

Caio é ferido por Tício (lesão corporal), em uma discussão após a final do campeonato de futebol. Caio, então, é socorrido por seu amigo Pedro, que dirige, velozmente, para o hospital da cidade. No trajeto, o veículo capota e Caio falece. Ora, pela morte da vítima, apenas poderá responder. Pedro, se não for reconhecida alguma excludente em seu favor. Tício, por sua vez, não responderia pelo evento fatídico, uma vez que o seu comportamento determinou, como

efeito direto e imediato, apenas a lesão corporal.

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Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os luas cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.

1. Causas concorrentes

Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização seria fixada, tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.

Muito embora vários julgados sigam o critério da partilha dos prejuízos em partes iguais (Ri’, 564/146, 575/136, 582/94, 585/127), bem estabeleceu este artigo que na fixação da indenização será levada em consideração a existência de culpas concorrentes, sob o critério da gravidade da culpa da vítima em comparação com a culpa do agente causador do dano, cabendo, portanto, ao juiz, na verificação do caso concreto, estimar O valor da indenização segundo o grau da participação culposa da vítima.

* CDC, art. 12, parágrafo 3º. 2. Causas supervenientes

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1. Causas excludentes de responsabilidade

Estado de necessidade (art. 929, 930)

A empresa cujo preposto, buscando evitar atropelamento, procede à manobra evasiva que culmina no abalroamento de outro veículo, causando danos, responde civilmente por sua reparação, ainda que não se configure na espécie a ilicitude do ato, praticado em estado de necessidade. Direito de regresso assegurado contra o terceiro culpado pelo sinistro, nos termos do art. 1.520 c/c o art. 160, II, do Código Civil.

Legítima defesa (art. 188, I, CC

Exercício regular de direito e estrito cumprimento do dever legal - médicos

- protestos

- abuso do direito

Caso fortuito ou força maior (humano e natural) Culpa exclusiva da vítima

Fato de terceiro

Referências

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