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TÍTULO: CHAPEUZINHO VERMELHO: NOVAS RELEITURAS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

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Academic year: 2021

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TÍTULO: CHAPEUZINHO VERMELHO: NOVAS RELEITURAS

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO

CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

ÁREA:

SUBÁREA: LETRAS

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): JULIA FUNICELLI SPAZIANI

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): LILIAN CRISTINA CORRÊA

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Resumo

Com o passar dos anos, adaptações de narrativas clássicas como Alice no País das Maravilhas (Carroll, 1865) e A Bela Adormecida (Irmãos Grimm, 1812) data?), foram transpostas para o cinema, mas sempre com pontos de vistas diferentes, pois os cineastas podem fazer sua própria releitura, imprimindo sua visão daquelas obras. Este trabalho tem como finalidade apresentar as adaptações cinematográficas do conto Chapeuzinho Vermelho, escrito pelos Irmãos Grimm, e como os cineastas o adaptaram: A Garota da Capa Vermelha (HARDWICKE, 2011) e Deu a Louca na Chapeuzinho (EDWARDS, 2005) serão os filmes analisados, com base nos estudos da teoria da personagem da composição do conto e da transposição da literatura para o cinema, todos sob a vertente da intertextualidade.

Introdução

A importância deste trabalho é apresentar adaptações literárias que foram transpostas para o cinema, sendo neste caso, A Garota da Capa Vermelha (HARDWICKE, 2011) e Deu a Louca na Chapeuzinho (EDWARDS, 2005), ressaltando elementos que se igualam e se diferem do conto original de Chapeuzinho Vermelho dos Irmãos Grimm. Pois isto se deu com a origem do conto que se remonta a um período de 4000 a.C e que, nesta época, este gênero era transmitido oralmente e depois ganhou sua forma escrita.

Mas, hoje em dia, os contos são transmitidos por meio de imagens no cinema, além de ganharem novas versões, pois o cineasta pode transpô-las de acordo com o seu ponto de vista. Antes, as pessoas liam os livros de contos e depois assistiam aos filmes, mas este processo se inverteu, principalmente entre crianças e jovens nos dias de hoje.

Este trabalho tem como ponto principal ressaltar elementos que semelhantes e díspares entre o conto original e duas de suas versões adaptadas para a tela, analisando depois, o contexto, personagem, tempo, espaços e, também, os elementos literários utilizados para dar humor aos filmes, ou até mesmo, dar um tom de seriedade a estes. Além de apresentar estes elementos, o trabalho

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também confere importância também ao público que vai assistir às adaptações e o que estas visam deixar como mensagem a eles.

Objetivos

 Mostrar as origens do conto e suas definições;

 Definir o que é cinema, seus elementos e processos;

 Diferenciar cinema e literatura;

 Definir o que é intertextualidade;

 Verificar a transposição da literatura para o cinema.

Metodologia

Nos estudos que dizem respeito ao conto Chapeuzinho Vermelho nota-se, além de aspectos intertextuais, elementos literários como a estilização e a paródia. Mas, antes de iniciar a análise dos filmes A Garota da Capa Vermelha (HARDWICKE, 2011) e Deu a louca na Chapeuzinho (EDWARDS, 2005) estabelecemos o conceito de conto a partir de diferentes definições dadas por teóricos como Gotlib (2006), Jolles (apud Gotlib, 2006), La Fontaine (Apud Gotlib, 2006.), Moisés (2002) e Propp (1984).

Em seguida, apresentamos a personagem Chapeuzinho Vermelho no conto, para em seguida, fazê-lo a partir dos filmes, já com a definição teórica de personagem a partir de Moisés (1997) e Brait (2002), além de Antonio Candido et al (2003), que menciona a personagem no cinema e Wladimir Propp (1984), que trata das personagens e como elas agem em determinadas circunstâncias.

Após a análise do conto e das personagens, passamos a analisar em detalhes aspectos do cinema, pois algumas obras clássicas ganharam adaptações cinematográficas, sendo, inclusive sobre Chapeuzinho Vermelho. Antes de apresentar esta personagem, apresentamos sobre o cinema, sua definição, como este é transmitido, pois hoje em dia, as pessoas preferem assistir ao filme do que ler o conto clássico. Depois foram vistos pontos positivos e

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negativos sobre esta sétima arte. Para falar sobre o cinema, foi lida a obra Introdução à teoria do cinema (STAM, 2003).

Depois de ser apresentado o conceito de cinema e a recepção do público com os filmes, foi vista as transposições que os diretores fazem com o mesmo conto, porém com pontos de vistas diferentes e estilos, os elementos utilizados e os gêneros que estão no cinema para agradar o público, além de falar sobre a personagem no cinema. Para isto, foram lidas as obras de Stam (2003), (Pellegrini et al (2003) )e Balogh (2006).

Após proceder à análise do cinema e sobre os elementos utilizados para fazer a adaptação cinematográfica, inserimos ao processo analítico as questões voltadas à intertextualidade, ou seja, relação entre dois ou mais textos, mas sempre com estilos diferentes visto nos filmes A Garota da Capa Vermelha (Hardwicke, 2011) e Deu a Louca na Chapeuzinho (Edwards, 2005) e os elementos que fazem parte deste processo para compor as adaptações cinematográficas. Para analisar o processo da intertextualidade nos filmes de Chapeuzinho Vermelho dos Irmãos Grimm, foi lida a obra Intertextualidade e Contos de Fada (DISCINI, 2002).

Depois de analisar o processo intertextual em ambas as adaptações cinematográficas, foram apresentados elementos literários dentro dos filmes como a estilização em A Garota da Capa Vermelha (HARDWICKE, 2011) e a paródia em Deu a Louca na Chapeuzinho (EDWARDS, 2005) e como estes se compões dentro da narrativa cinematográfica e sua definição. Pra isto, foram lidas as obras Intertextualidade e Contos de Fada (DISCINI, 2002) e Introdução aos Estudos de Bakhtin (FIORIN, 2008).

Na estilização de Chapeuzinho Vermelho, a personagem Valerie está produzida de acordo com o ponto de vista da cineasta, sendo aquela mais sombria, já na paródia do conto Chapeuzinho Vermelho, a personagem principal, sendo esta a Chapeuzinho está engraçada, além de apresentar aspectos como a inteligência. Outro personagem que ganha destaque é o Lobo

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Mau, pois no filme A Garota da Capa Vermelha (HARDWICKE, 2011) esta personagem é assassina, cruel, além de ser sedutora, pois se utiliza desta para conquistar meninas inocentes. Já no filme Deu a Louca na Chapeuzinho, o Lobo é visto como uma ironia, pois este é uma personagem amedrontada, além de ser amiga de Chapeuzinho Vermelho.

Desenvolvimento

As adaptações cinematográficas do conto Chapeuzinho Vermelho, dos Irmãos Grimm, ganharam mais vida a partir de estilos diferentes. Além disso, o público que assiste a estes filmes também é diferente, pois os diretores utilizam- se de elementos para atraí-los, além de poder despertar a curiosidade do jovem ou da criança.

No filme A Garota da Capa Vermelha (HARDWICKE, 2011) Chapeuzinho Vermelho, que seria, neste caso, Valerie (estrelada por Amanda Seyfried) é mais sombria, mais submissa, pois em sua época os homens que tomavam as decisões pelas mulheres, além de arranjar um marido a elas, como visto no próprio filme. Outra questão que é colocada no filme é a religião e a bruxaria, pois as personagens dos filmes acreditam que Valerie seja uma bruxa por conseguir falar com o Lobo Mau, sendo este, a animalização do homem sedutor e assassino.

Já no filme Deu a louca na Chapeuzinho (EDWARDS, 2005) a personagem-desenho, portanto uma imagem do real Chapeuzinho, mesmo sendo criança, já tem consciência dos perigos na floresta o que Valerie não tinha, mesmo sendo alertada pela mãe. Além disso, na cena mais famosa quando a avó/lobo está na cama, no desenho de Edwards, a garota percebe que há algo de errado com sua avó, começando então, uma luta de caratê. Já no filme de Hardwicke, a garota é devorada pelo Lobo, mesmo sendo um sonho.

Quanto às épocas em que se passam as adaptações literárias, no filme A Garota da Capa Vermelha (HARDWICKE, 2011) se passa na Idade Média quando meninas inocentes eram facilmente enganadas pelo Lobo Mau, além

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disso, elas não podiam fazer suas escolhas, mesmo sendo quase adultas. Já a época no desenho Deu a Louca na Chapeuzinho (EDWARDS, 2005) se passa nos dias de hoje, além disso, a maioria das meninas estão conscientes do perigo que há na floresta, principalmente Chapeuzinho.

Quanto ao cenário do filme A Garota da Capa Vermelha (HARDWICKE, 2011) este é mais sombrio, triste e frio e as personagens apresentam sobriedade. Já no desenho Deu a Louca na Chapeuzinho (EDWARDS, 2005) o cenário é colorido e alegre e a maioria das personagens são bichos.

Resultados

Por meio da intertextualidade, foi possível observar elementos literários como a estilização e a paródia. O primeiro elemento, uma mudança de estilo, que não pretende modificar o sentido real da história verdadeira, pode ser visto no filme A Garota da Capa Vermelha (Hardwicke, 2011) quando a personagem Valerie pode ser facilmente identificada com a Chapeuzinho dos Irmãos Grimm em relação ao seu comportamento. A estilização aparece também nas personagens, no contexto histórico e no cenário, sendo este sombrio e triste. Já o segundo elemento pode ser visto no filme Deu a Louca na Chapeuzinho (Edwards, 2005) desqualificando o sentido da verdadeira história quando a personagem Chapeuzinho é mais atenta aos perigos mesmo sendo uma criança, o Lobo Mal é visto como uma ironia, pois este sente medo o tempo todo, a avó é moderna e, além disso, o cenário visto no desenho é colorido e cheio de bichos.

Dentre os resultados também foi possível montar um quadro comparativo entre as duas obras cinematográficas e algumas de suas características, quando as consideramos como releituras do conto dos Irmãos Grimm:

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Releituras Chapeuzinho Vermelho

A Garota da Capa Vermelha (Hardwicke, 2011) Deu a Louca na Chapeuzinho (Edwards, 2005)

Valerie, mesmo sendo quase uma adulta, desconhece os perigos da floresta. Esta, devido à

sua época, veste roupas medievais.

Chapeuzinho, mesmo sendo uma menina, conhece os perigos que circulam a floresta por estar em uma

época mais avançada que Valerie, e a própria Chapeuzinho dos Irmãos Grimm.

Paráfrase- Não altera ou nega o sentido do texto Paródia- Ridiculariza o texto base, criando-se assim,

graça.

Lobo Mau- figura que representa a antropofagia, o medo, o perigo e a sedução.

Lobo Mau- figura que está sendo desconstruída pelo diretor sendo aquela engraçada, amedrontada e

amiga de Chapeuzinho.

Cenário: Sombrio e triste Cenário: Colorido e alegre.

Narração: Primeira Pessoa do Singular (Valerie), fazendo parte da história.

Narração: 3ª pessoa do singular e o narrador não faz parte da história.

Música: Aterrorizante Música: Alegre

Personagens: Pessoas, sendo uma animalesca. Personagens: A Maioria são bichos e poucos

Considerações Finais

Pode- se concluir que com a aparição do cinema, os contos de fadas ficaram mais atrativos e mais democráticos, pois os diretores dos filmes A Garota da Capa Vermelha (HARDWICKE, 2006) e Deu a Louca na Chapeuzinho (EDWARDS, 2005) puderam fazer suas próprias versões de Chapeuzinho Vermelho, conto escrito pelos Irmãos Grimm, podendo colocar ou extrair elementos, ou até mesmo, modificar personagens, como foi visto nos filmes A Garota da Capa Vermelha (HARDWICKE, 2011) e Deu a Louca na Chapeuzinho (EDWARDS, 2005) com Chapeuzinho Vermelho. A primeira é mais engraçada e mais inteligente, já a segunda é mais sóbria, medrosa e inocente ante o perigo.

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O Lobo Mau que é considerado como o símbolo da antropofagia e da sedução é visto do mesmo jeito no filme A Garota da Capa Vermelha (HARDWICKE, 2011), já no desenho Deu a louca na Chapeuzinho (EDWARDS, 2005) esta figura é desqualificada, além de não saber manipular as personagens e a própria Chapeuzinho e também, aquele passa a ser amigo desta na hora de encontrar as receitas sumidas da avó da menina.

Além disso, os elementos da estilização e da paródia podem ser encontrados na cena quando a avó/lobo está na cama e Chapeuzinho vai visitá-la dando-se de maneiras diferentes. No filme A Garota da Capa Vermelha (HARDWICKE, 2011) esta cena é parecida com a do conto original, dando um toque sombrio fazendo com que a cena fique mais forte e imprópria para as crianças assistirem.

Já no desenho Deu a Louca na Chapeuzinho (EDWARDS, 2005) a cena em que avó/lobo está na cama é parodiada quando a Chapeuzinho fala para a avó o seguinte: “Que bafo horrível que você tem!” e depois, o lobo tira a máscara de avó começando, então, uma luta de caratê, fazendo com que a cena fique mais engraçada.

Fontes Consultadas

BALOGH, Anna Maria. Conjunções, disjunções, transmutações: da literatura ao cinema e à TV. São Paulo: ANNABLUME: ECA-USP, 1996.

BRAIT, Beth. A personagem. 8ed. São Paulo: Ática, 2006.

CÂNDIDO, Antonio; ROSENFELD, Anatol; PRADO, Décio de Almeida; GOMES, Paulo Emílio Salles. A personagem de Ficção. 11ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2005.

DISCINI, Norma. Intertextualidade e conto maravilhoso. São Paulo: Humanitas, 2002.

FIORIN, José Luiz. Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo: Ática, 2008.

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GRIMM Jacob; GRIMM Wilheim. Grimms’ Fairy Tales. London: CRW, 2004 MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. 12ª ed. São Paulo: Cultrix, 2004. p243.

MOISÉS, Massaud. Criação Literária. São PAULO: Cultrix, 1997.

PELLEGRINI, Tania [et al] Literatura, Cinema e Televisão. São Paulo: Senac Instituto Itaú Cultural, 2003.

PROPP, Vladmir Iakovlevitch. Morfologia do conto maravilhoso. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1984.

Referências Cinematográficas:

HOODWINCKED. Direção de Cory Edwards, Todd Edwards e Tony Leech. Produção de Katie Hooten, Maurice Kanbar, David K. Lovegren, Sue Bea Montgomery e Preston Stutzman. Estados Unidos: Kanbar Entertainment, 2005.

RED Riding Hood. Direção de Catherine Hardwicke. Produção de Jennifer Davisson Killoran, Julie Yorn, Leonardo DiCaprio. Estados Unidos; Reino Unido: Warner Bros Pictures, 2011.

Referências da Internet:

http://cinemaeafins.com/2011/02/22/os-cartazes-nacionais-de-a-garota-da-capa-vermelha/ (acesso em: 01/08/2014)

http://www.collectors-library.com/series (acesso em: 01/08/2014)

Referências

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