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Avaliação de aprendizagem no ensino da física: o que pensam professores do Curimataú Paraibano / Learning evaluation in physics teaching: what teachers think of Curimataú Paraibano

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 7, p. 49865-49876 jul. 2020. ISSN 2525-8761

Avaliação de aprendizagem no ensino da física: o que pensam professores do

Curimataú Paraibano

Learning evaluation in physics teaching: what teachers think of Curimataú

Paraibano

DOI:10.34117/bjdv6n7-585

Recebimento dos originais:08/06/2020 Aceitação para publicação:22/07/2020

Francisco José Dias da Silva

Mestre na área de Formação e Profissionalização Docente, professor na Universidade Federal do Piauí

Endereço: Rua Cícero Duarte, nº 905 - Junco, Picos - PI E-mail: franjosedias@gmail.com

José Rodrigues do Nascimento

Graduando em Física pela Universidade Estadual da Paraíba

Endereço: Rua Paraíba, n° 45 – Conjunto Velho, Cacimba de Dentro – PB E-mail: jose.rodrigues.geo@gmail.com

Maria Wedna Soares de Souza

Graduanda em Física pela Universidade Estadual da Paraíba

Endereço: Rua Joaquim Lins de Albuquerque, n° 196 – centro, Tacima – PB E-mail: wedna.sabino97@gmail.com

Rita de Cássia Canuto da Silva

Graduanda em Física pela Universidade Estadual da Paraíba

Endereço: Rua Deputado Márcio Marinho, n° 203 – São Pedro, Passa e Fica – RN E-mail: cassiacanuto28@gmail.com

Érica Tamires da Silva Francelino

Graduanda em Física pela Universidade Estadual da Paraíba Endereço: Rua Jesuína Targino Moreira, n° 332 – Centro, Araruna – PB

E-mail: erica.12francelino@gmail.com

José Ronaldo dos Santos

Licenciado em Física pela Universidade Estadual da Paraíba

Endereço: Rua Tenente Raimundo Cosmo, 3020 – Bairro Quixaba – Riachão – PB E-mail: ronnaldojr@outlook.com

Louise Tereza da Silva Pereira

Licenciada em Física pela Universidade Estadual da Paraíba Endereço: Av. dos Caiapós, n° 121, Pitimbu – Natal-RN

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 7, p. 49865-49876 jul. 2020. ISSN 2525-8761

RESUMO

Em nosso país a prática de avaliação vem sendo desenvolvida com vistas a verificação da aprendizagem dos nossos alunos nas instituições de ensino e isso nos leva a ter um olhar preocupante, de poucos avanços. Quando se avalia a aprendizagem em sala de aula, não está sendo utilizado preceitos para edificar a plenitude dos discentes, bem como com elementos que os auxiliem no processo ensino-aprendizagem, perdendo-se tempo com o mensurar e quantificar o saber, deixando de identificar e estimular os potenciais dos educandos. O ato de avaliar tem sido utilizado como forma de classificação e não como meio de diagnóstico, fato que fragiliza a prática pedagógica. A aprendizagem, neste contexto, deixa de ser algo prazeroso e solidário, passando a ser um processo solitário e desmotivador contribuindo para a seletividade social, principalmente para atender às exigências do sistema econômico vigente. Este estudo, em forma de artigo científico, fundamentado em Rodrigues e Esteves (1993) – em relação às necessidades formativas e, em Luckesi (2002); Vasconcellos (2003) no tocante à avaliação da aprendizagem – se propõe a identificar o processo de avaliação da aprendizagem de professores que atuam no ensino da Física, no Ensino Médio do Curimataú Oriental Paraibano, região compreendida pelos Municípios de Araruna, Cacimba de Dentro, Casserengue, Dona Inês, Riachão, Solânea e Tacima. Participaram desta pesquisa 14 professores, sendo 11 do sexo masculino e 03 do sexo feminino. Nesse processo empírico utilizou-se a pesquisa do tipo descritiva quantitativa. Ao se coletar os resultados, verificou-se espaços significativos no processo de avaliação por parte dos professores a serem melhor trabalhados, dentre estes, as possibilidades de os docentes virem a fazer uma licenciatura na área de Física, pois a maioria exerce a função sem ser graduado para tal.

Palavras-Chave: Avaliação, Necessidades Formativas, Professores de Física. ABSTRACT

In our country, the practice of assessment has been developed with a view to verifying the learning of our students in educational institutions and this leads us to have a worrying look, with little progress. When assessing classroom learning, precepts are not being used to build the fullness of students, as well as elements that assist them in the teaching-learning process, wasting time with measuring and quantifying knowledge, failing to identify and stimulate the students' potentials. The act of evaluating has been used as a form of classification and not as a means of diagnosis, a fact that weakens the pedagogical practice. Learning, in this context, ceases to be something pleasant and solidary, becoming a solitary and demotivating process contributing to social selectivity, mainly to meet the requirements of the current economic system. This study, in the form of a scientific article, based on Rodrigues and Esteves (1993) - in relation to training needs and, on Luckesi (2002); Vasconcellos (2003) with regard to the assessment of learning - proposes to identify the process of assessment of the learning of teachers who work in the teaching of Physics, in the High School of Curimataú Oriental Paraibano, a region comprised by the Municipalities of Araruna, Cacimba de Dentro, Casserengue , Dona Inês, Riachão, Solânea and Tacima. 14 teachers participated in this research, 11 of whom were male and 03 were female. In this empirical process, quantitative descriptive research was used. When collecting the results, there were significant spaces in the evaluation process on the part of the teachers to be better worked, among them, the possibilities for the teachers to come to make a degree in the area of Physics, since the majority exercises the function without being graduated to do so.

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Avaliar a aprendizagem ao longo do tempo vem sendo um dos maiores problemas da docência, por vezes, dentro do ato avaliativo, professores, por mais que tenham conhecimento do teórico do que venha a ser avaliação, na prática, sentem o peso da ação. Nesse sentido, como e para quem precisa-se avaliar faz crescer o nível de responsabilidade docente, fato que por vezes, leva os professores a uma sensação de não ter cumprido com os seus objetivos.

Este estudo, em forma de artigo científico, está fundamentado em Rodrigues e Esteves (1993) – em relação às necessidades formativas e, em Luckesi (2002); Vasconcellos (2003) acerca da avaliação da aprendizagem. Nesse sentido, busca-se, nesse percurso, conhecer a concepção de avaliação da aprendizagem escolar utilizada por professores que lecionam no Ensino Médio do Curimataú Oriental Paraibano, região compreendida pelos Municípios de Araruna, Cacimba de Dentro, Casserengue, Dona Inês, Riachão, Solânea e Tacima.

Nessa perspectiva, é objetivo geral deste trabalho compreender a concepção de avaliação da aprendizagem na docência da Física dos professores da região do Curimataú Oriental Paraibano, no sentido de se fazer um diagnóstico inicial com vistas a pesquisa e, intervenções pedagógicas, subsidiando, via universidade, um apoio pedagógico aos professores que lecionam na região.

Sabe-se que avaliar corretamente, contribui para a construção do conhecimento uma vez que o significado da avaliação está relacionado ao modelo político pedagógico vigente. Nas práticas pedagógicas onde a avaliação é vista como um mecanismo de diagnóstico da situação, pois a mesma, se bem aplicada, promove o aluno levando-o a um processo de enaltecimento da sua aprendizagem e o conduzindo à cidadania (HOFFMANN, 2003).

Portanto, este trabalho tem como objetivos específicos:

• Destacar as principais dificuldades no processo de avaliação de aprendizagem no ensino da Física;

• Perceber as formas de avaliação da aprendizagem usuais no ensino de Física;

• Sensibilizar nos professores que lecionam a disciplina de Física a necessidade de fazer uma graduação pela Universidade Estadual da Paraíba.

Espera-se, através deste estudo, que a docência na área da Física e, por que não dizer, nas Ciências Exatas, seja sensibilizada pela importância do ato de avaliar a aprendizagem; a necessidade de se ter um conhecimento teórico-prático, porém com comprometimento político e de classe para os educandos.

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2 O QUE É AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

A avaliação da aprendizagem escolar é uma tarefa didática necessária e permanente no trabalho do professor, ela deve acompanhar todos os passos do processo de ensino e aprendizagem. É através dela que vão sendo comparados os resultados obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos, conforme os objetivos propostos, a fim de verificar progressos, dificuldades e orientar o trabalho para as correções necessárias. Nesse sentido, a avaliação é a articulação com as mudanças estruturais da própria escola, do sistema educacional e da sociedade (VASCONCELLOS, 2003).

Nessa perspectiva, a avaliação é um elemento muito importante no processo de ensino e da aprendizagem, porque é através dela que se consegue fazer uma análise dos conteúdos tratados num dado capítulo ou unidade temática. A avaliação reflete sobre o nível do trabalho do professor como do aluno, por isso a sua realização não deve apenas culminar com atribuição de notas aos alunos, mas sim deve ser utilizada como um instrumento de coleta de dados sobre o aproveitamento dos alunos.

Quanto ao conceito, a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho (LUCKESI, 2002); é entendida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático que acompanha o desenrolar do ato educativo. Torne-se, portanto, um processo contínuo de pesquisas que visa a interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos discentes, tendo em vista mudanças esperadas dos alunos, propostas nos objetivos, a fim de que haja condições de decidir sobre alternativas de planificação do trabalho e da escola como um todo.

Para Libâneo (1996) a avaliação como um componente do processo de ensino visa, através da verificação e qualificação dos resultados obtidos, a determinar a correspondência destes com os objetivos propostos e, daí, orientar a tomada de decisões em relação às atividades didáticas seguintes. Na ótica de Sacristán (1998) avaliar se refere a qualquer processo por meio do qual alguma ou várias características de um aluno/a, de um grupo de estudantes, de um ambiente educativo recebem a atenção de quem avalia, analisam-se e valorizam-se suas características e condições em função de alguns critérios ou pontos de referência para emitir um julgamento que seja relevante para a educação.

Em relação aos formatos, o primeiro tipo de avaliação é a diagnóstica, pois neste tipo de avaliação realizada no início do curso, do ano letivo, do semestre ou trimestre, da unidade ou de um novo tema e pretende identificar alunos com padrão aceitável de conhecimentos; constatar deficiências em termos de pré-requisitos, além de perceber particularidades entre os discentes.

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Uma outra forma de avaliação é a formativa, pois esta ocorre ao longo do ano letivo. É através desta avaliação que se faz o acompanhamento progressivo do aluno; ajuda-o a desenvolver as capacidades cognitivas, ao mesmo tempo fornece informações sobre o seu desempenho. Neste tipo de avaliação, sabe-se sobre os objetivos se estão ou não a ser atingidos pelos alunos; identifica obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem.

Um outro formato de avaliação é a somativa que classifica os alunos no fim de um semestre ou trimestre, do curso, do ano letivo, segundo níveis de aproveitamento. Tem a função classificadora. A verificação e a quantificação dos resultados de aprendizagem no início, durante e no final das unidades visam a sempre diagnosticar e superar dificuldades, corrigir falhas e estimular os alunos para que continuem se dedicando aos estudos, sendo uma das funções da avaliação determinar o quanto e em que nível de qualidade estão sendo atingidos os resultados.

3 NECESSIDADES FORMATIVAS PARA A DOCÊNCIA EM FÍSICA

Por ser considerado um componente curricular de difícil compreensão, seja pelo conteúdo ou seja pela forma didática como é ensinado, a Física no Ensino Médio contribui sobremaneira no alto índice de evasão dos discentes neste nível de ensino. Dessa maneira, o ato avaliativo do professor se envolve num contexto de dificuldade e desafios. Daí a necessidade de se compreender as necessidades formativas de professores, aqui, no caso em estudo, as necessidades formativas de avaliação da aprendizagem escolar.

O sistema educacional brasileiro tem demonstrado preocupação pelos altos índices de reprovação em todas as escolas públicas, notadamente no Ensino Médio, mas, em contrapartida, as políticas educacionais não contribuem o suficiente com recursos econômicos que permitam aos educadores melhorar sua formação no sentido de amenizar esta situação. E a avaliação da aprendizagem faz parte desse cenário, pois professores continuam avaliando sem uma fundamentação teóricas que lhes deem uma melhor competência para tal.

Nesse contexto, para melhorar a qualidade do ensino como um todo, e a aprendizagem dos alunos, avaliar a aprendizagem é um dos requisitos essenciais. A escola precisa compreender a importância de se entender que sem considerar as necessidades formativas dos professores, parte das conquistas cognitivas dos alunos serão penalizadas. Dessa maneira, a complexidade do conceito de necessidades pode expressar os contextos em que ocorrem, do que resulta, por conseguinte, as dificuldades.

Rodrigues; Esteves (1993) afirmam que existem necessidades fundamentais específicas dos indivíduos, definidas como aquelas que [...] emergem em contextos histórico-sociais concretos,

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sendo determinadas exteriormente ao sujeito e podem ser comuns a vários sujeitos ou definir-se como necessidades estritamente individuais. Diante de um processo avaliativo, este cenário bem explica o que envolve o papel dos professores. Expressam-se através das expectativas, dos desejos, das preocupações e das aspirações, o que as remete para diferentes planos da sua expressão. Umas, as necessidades preocupações, reportam-se à situação atual, tal como ela é vivida; outras, as necessidades-expectativas, referem-se à situação ideal e traduzem, geralmente, os meios suscetíveis de satisfazer as aspirações e os desejos (RODRIGUES; ESTEVES, 1993, p. 13).

Conforme Garcia (1995) podem ser estabelecidos diferentes níveis e categorias quanto ao tipo de necessidades de formação assinaladas pelos professores, mais ligadas à abordagem dos docentes enquanto profissionais e como pessoas, do que ao ensino. Considerando estas tipologias, é interessante considerar os apontamentos da literatura relativamente ao significado da palavra como necessidades fundamentais ou autênticas, ou seja, necessidades de cuja satisfação depende o desenvolvimento do ser humano, tanto a nível biológico quanto psicológico ou social. Diante disso, este estudo assume, em concordância com Rodrigues e Esteves (1993) que a formação docente e o processo de avaliação no ensino da Física serão tanto mais produtivos quanto implicados na formação do professor. A expectativa de que a análise de necessidades contribua para uma maior adequação da formação à singularidade dos contextos escolares, como no caso da avaliação da aprendizagem, credita este estudo.

4 PROFISSIONALIDADE DE PROFESSORES E AVALIAÇÃO

O termo profissionalidade engloba capacidades, saberes, cultura, identidade e refere-se às noções de profissão e de profissionalização, isto é, diz respeito mais à pessoa, às suas aquisições, à sua capacidade de utilizá-las em uma dada situação, ao modo de cumprir as tarefas. São, portanto, as ferramentas internas da profissão do professor. Ela é instável, sempre em construção, surgindo mesmo do ato de trabalho; facilita a adaptação a um contexto de crise.

O conceito de profissionalidade docente, explicitado como a subjetividade pedagógica do ato de avaliar aprendizagens, apreendida e utilizada frente aos requisitos do cotidiano escolar, principalmente, na diversidade de turbulências encontradas no processo de ensino e aprendizagem, como é o caso de avaliar o rendimento dos discentes. É um ‘saber fazer’ construído individualmente, a partir de referenciais externos, porém, tornando-os próprios e únicos. São instrumentos construídos pelo próprio professor para deles se utilizar na profissão, tornando-se um saber pessoal. Este saber não se refere somente à prática, mas também à maneira de postar-se diante da profissão e entendê-la na interação e contribuição social, ética e política.

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A profissionalidade é um conceito em construção e deve ser analisado com base no contexto sócio histórico ao qual se remete. Sacristán (1995) a define como sendo “[...] a afirmação do que é específico na ação docente, isto é, o conjunto de comportamentos, conhecimentos, destrezas, atitudes e valores que constituem a especificidade de ser professor” (SACRISTÁN,1995). Contreras (2002) utiliza a expressão profissionalidade referindo-se “às qualidades da prática profissional dos professores em função do que requer o trabalho educativo”. Segundo o autor, essa forma de expressar o conceito reflete, também, a dialética entre as condições da realidade educativa e as expectativas em relação ao desempenho profissional dos professores, por um lado e por outro, as formas de viver e desenvolver a profissão na prática docente.

Com base nessas abordagens, podemos considerar que a avaliação da aprendizagem e profissionalidade e mantêm uma relação dialética, ou seja, o desenvolvimento da profissionalidade dos professores, que envolve os conhecimentos e habilidades necessárias ao seu exercício profissional, leva-o ao ato avaliativo com mais competência e compromisso político-social para com os seus alunos.

5 METODOLOGIA

A metodologia aplicada neste estudo intencionou o diagnóstico das necessidades formativas dos docentes pesquisados objetivando, a partir dos resultados obtidos, um melhor trabalho avaliativo em sala de aula, com mais fundamentação teórica, consciência profissional e zelo pela carreira docente. Para tal, identificar e caracterizar suas necessidades formativas para este fim, são fundamentais nesse processo.

O percurso deste trabalho se apoia teoricamente na expectativa de que a análise de necessidades possibilite um maior impacto da formação sobre a prática profissional docente (RODRIGUES, 2006) e que venha a ser um dos caminhos para que os professores possam apresentar a partir da sala de aula, vozes e encaminhamentos da urgente necessidade de se saber melhor acompanhar a aprendizagem dos alunos, fazendo a avaliação ser bem compreendida e melhor trabalhada objetivando a aprendizagem dos nossos discentes. Quanto ao procedimento de análise dos dados nas questões abertas, utilizou-se da técnica de Análise de Conteúdo, na perspectiva de Bardin (1977).

5.1 O UNIVERSO DA PESQUISA

Salas de aulas do Ensino Médio de escolas públicas da rede pública estadual paraibana nos municípios pertencentes a região do Curimataú Oriental Paraibano.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 7, p. 49865-49876 jul. 2020. ISSN 2525-8761 5.2 OS SUJEITOS PESQUISADOS

Participaram deste estudo 14 professores que lecionam física no Ensino Médio, sendo 11 homens e 03 mulheres.

5.3 O TIPO DE PESQUISA

Neste trabalho utilizou-se a pesquisa do tipo descritiva quantitativa. De acordo com Minayo (2010) “o uso de métodos quantitativos tem o objetivo de trazer à luz dados, indicadores e tendências observáveis ou produzir modelos teóricos de alta abstração com aplicabilidade prática”. Pesquisas descritivas servem para encontrar e descrever características de certa população. Gil (1999, p.44) explica que “são inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coletas de dados”. 5.4 O INSTRUMENTO UTILIZADO

A elaboração de um questionário com questões abertas e fechadas, se deu, de acordo com Chizzotti (1995) considerando os fatores que influenciaram a confecção deste; da ideia à elaboração das questões, além da validação deste instrumento.

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao se coletar os resultados desta pesquisa, quando os professores foram perguntados se as suas formações acadêmicas lhes deram a base necessária para compreender e aplicar a avaliação da aprendizagem em sala de aula, 64% afirmaram que sim e 34% responderam que não. Ao se considerar que a maioria dos professores não possui formação em licenciatura para o ensino da Física, não se pode, num primeiro momento, levar em consideração esta resposta se os docentes não estão graduados.

Ao serem perguntados se os resultados obtidos após a sua aplicação da avaliação da aprendizagem em Física podem ser aceitos como a concretização de aprendizagem dos seus alunos, obteve-se os seguintes resultados, conforme quadro abaixo:

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Quadro 1

Após avaliar a aprendizagem os alunos você considera que os alunos foram bem Avaliados?

Fonte: os autores

Setenta por cento dos alunos afirmam que concordam e 60% dizem não concordar. Isto leva-nos a crer que existe por parte da maioria uma confiança no que fazem quando avaliam. Porém, nem sempre, a concepção de avaliação, sem uma fundamentação teórica consistente, pode ser confiável.

Quando perguntados sobre qual o fim da avaliação em sala de aula, os professores responderam, conforme o gráfico abaixo:

Gráfico 1

Para que se avaliam os alunos

Fonte: os autores

A maioria, 86% dos docentes, informou que avaliam os seus alunos pela importância da mesma em relação à verificação da aprendizagem dos alunos.

Ao serem perguntados sobre o tipo de avaliação que julga mais utilizado por si e pelos colegas professores de Física, os pesquisados apresentaram as seguintes informações:

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Quadro 2

Concepção de avaliação utilizada com mais frequência na sala de aula

Fonte: autores

Cinquenta por cento dos professores não sabem responder ao certo, enquanto que 40% declaram fazer uso da avaliação somativa. Luckesi (2011) afirma que para saber avaliar é preciso conhecer os conceitos teóricos sobre avaliação e o mais importante aprender a prática da avaliação, pois para saber conceitos teóricos é só buscar as fontes e estudar, mas a prática é algo mais complexo. Passar da teoria para a prática requer experimento, análise, compreensão acima de tudo a busca de novas formas do saber fazer.

Grande parte dos docentes pesquisados, 60% disse que pretende fazer um curso de Licenciatura antes mesmo de fazer uma Especialização ou Mestrado. Isto nos anima a levar à academia, especificamente à Universidade Estadual da Paraíba, este chamamento em forma de necessidade formativa por parte dos professores que atuam na área de Física na região pesquisada. De acordo com o que se pôde verificar, existe necessidades formativas declaradas, entre a maioria dos pesquisados, pretendendo fazer a graduação na área da Física, para assim, terem

7 CONCLUSÃO

Ao final dos primeiros resultados, verifica-se resultados significativos no processo de avaliação da aprendizagem por parte dos professores. De acordo com o que se pôde verificar, existe necessidades formativas declaradas, embora que as falas se deem sem fundamentação teórica entre os pesquisados. Daí a importância deste trabalho que se propôs a ir até o chão da escola, onde lá se insere uma fotografia do cotidiano da educação do país, de uma região do Nordeste brasileiro.

A análise de necessidades tem sido utilizada como etapa preliminar ao planejamento de ações formativas, em nível da profissionalidade ou mesmo na profissionalização docente, sendo encarada como instrumento diagnóstico fundamental em qualquer área a ser direcionada

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(RODRIGUES e ESTEVES, 1993). Dessa forma, a análise de necessidades atende a uma concepção de formação continuada considerada como algo complementar à formação inicial, sendo necessidade concebida como um déficit ou uma lacuna de formação.

Corroborando com isso, entre os docentes pesquisados, 70% pretendem fazer uma graduação na área de Física, fato que merece destaque numa região em que a docência está entregue a profissionais de outras áreas. Os professores só terão competências consolidadas à medida que adquirirem autonomia intelectual, a qual se dá por meio da pesquisa – da produção de conhecimento, passando de meros transmissores aos produtores do conhecimento. Portanto, a atualização da prática pedagógica do professor deve ser constante e engajada num processo de formação continuada.

Nessa perspectiva, verifica-se espaços significativos no processo de avaliação da aprendizagem por parte dos professores a serem trabalhados, ampliando as possibilidades de os docentes virem a fazer uma licenciatura na área de Física, detalhe por demais importante que fez este estudo cumprir uma das funções sociais da academia, que é a de devolver à sociedade, em especial aos docentes que atuam no ensino da Física, um novo olhar, tanto ao seu fazer avaliativo, como desenvolver própria carreira docente.

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REFERÊNCIAS

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HOFFMANN, J. Avaliar para Promover. 7. ed. Porto Alegre: Mediação, 2005.

GARCIA, C. M. A formação de professores: novas perspectivas baseadas na investigação sobre

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GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

LIBÂNEO, J. C. Pedagogia, Ciência da Educação? Selma G. Pimenta (org.). São Paulo: Cortez, 1996.

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_____________ Avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico. São Paulo: Cortez, 2011.

MINAYO, M. C. O desafio do conhecimento. São Paulo: Hucitec, 2010.

RODRIGUES, A.; ESTEVES, M. A análise de necessidades na formação de professores. Portugal: Porto Editora, 1993.

SACRISTÁN, G. GÓMEZ, P. A.I. Compreender e transformar o ensino. 4. ed. São Paulo: Artmed, 1998.

VASCONCELLOS, C. S. Avaliação da Aprendizagem – Práticas de Mudança: por uma práxis

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