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Avaliação da composição corporal, da ingestão nutricional e dos conhecimentos sobre alimentação de futebolistas adolescentes : Trabalho de Investigação : Assessment of body composition, nutritional intake, and knowledge about food in young soccer players

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Academic year: 2021

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Texto

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conhecimentos sobre alimentação de futebolistas adolescentes

Assessment of body composition, nutritional intake, and knowledge about

food in young soccer players

Bruno Araújo

Orientado por: Mestre Isabel Pinto

Co-orientado por: Prof. Doutor Vitor Hugo Teixeira

Trabalho de Investigação

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Agradecimentos

Ao Professor Doutor Vitor Hugo, pela prontidão no apoio prestado ao longo do desenvolvimento deste trabalho, tanto na clarificação das dúvidas que surgiram como nos reparos e sugestões fornecidas.

À Mestre Isabel Pinto, pelo acompanhamento interessado e atento, e pela dicas imprescindíveis na definição do desenho do estudo.

A todos os profissionais do Futebol Clube de Paços de Ferreira, que prontamente se disponibilizaram para auxiliar o meu trabalho.

A todos os atletas que aceitaram participar no estudo.

Ao Engenheiro Rui Chilro, pela disponibilidade e prontidão exemplar na resolução de problemas de foro informático que surgiram ao longo da elaboração deste documento.

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Índice Agradecimentos...i Lista de Abreviaturas... iv Resumo ...v Abstract ... vii 1. Introdução... 1 2. Material e Métodos ... 4 2.1. Amostra... 4 2.2. Desenho do Estudo... 5 2.3. Critérios de inclusão... 5

2.4. Recolha de dados e procedimento do estudo... 6

2.4.1. Avaliação das Características Antropométricas ... 6

2.4.2. Avaliação de Conhecimentos sobre Alimentação... 6

2.4.3. Avaliação da Ingestão Nutricional ... 7

2.5. Técnicas de medições ... 7 2.6. Informatização da informação... 8 2.7. Análise de dados ... 8 3. Resultados... 9 3.1. Características Antropométricas ... 9 3.2. Ingestão Nutricional ... 10 3.3. Avaliação de Conhecimentos... 14 4. Discussão ... 15

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4.1. Características Antropométricas... 15 4.2. Ingestão Nutricional ... 16 4.2.1. Energia e Macronutrientes ... 16 4.2.2. Micronutrientes... 22 4.3. Avaliação de Conhecimentos ... 26 4.4. Limitações... 28 5. Conclusão ...29 Referências Bibliográficas ...30 Índice de Anexos...38

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Lista de Abreviaturas

AGMI – Ácidos Gordos Monoinsaturados AGPI – Ácidos Gordos Polinsaturados AGS – Ácidos Gordos Saturados AHA – American Heart Association AI – Adequate Intake

DC – Densidade Corporal DP – Desvio Padrão

DRI – Dietary Reference Intakes

EAR – Estimated Average Requirements EM – Escolha Múltipla

FCPF – Futebol Clube de Paços de Ferreira GEM – Gasto Energético Médio

HC – Hidratos de Carbono IMC – Índice de Massa Corporal MET – Equivalente Metabólico MG – Massa Gorda

NE – Necessidades Energéticas RA – Registo Alimentar

SPSS - Statistical Package for Social Sciences VF – Verdadeiro/Falso

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Resumo

Nos últimos anos, o interesse em determinar os atributos físicos e fisiológicos que podem ser úteis na identificação precoce de talentos no futebol tem crescido significativamente. Contudo, há ainda muito pouca informação acerca do estado nutricional e hábitos alimentares dos jogadores adolescentes. Na literatura, está bem definido que a nutrição associada à prática de exercício físico regular é um dos determinantes cruciais na optimização da performance desportiva do atleta.

Na adolescência, uma alimentação equilibrada e adaptada aos níveis intensos de exercício físico, é essencial não só ao sucesso desportivo mas também ao correcto crescimento e desenvolvimento do atleta.

Este estudo teve como objectivo avaliar a composição corporal, a ingestão nutricional e os conhecimentos sobre nutrição de 140 jogadores de futebol adolescentes com idades compreendidas entre os 13 e 18 anos (média = 15,53 ± 1,7). Foram medidas as variáveis antropométricas (altura, peso, índice de massa corporal e 4 pregas cutâneas) e a ingestão nutricional foi obtida através de um registo alimentar de um dia. Todos os atletas responderam a um questionário específico de avaliação de conhecimentos sobre alimentação.

Os jogadores de futebol adolescentes apresentaram uma índice de massa corporal médio de 21,8 ± 23 kg.m-2 e uma percentagem de massa gorda média de 13,9 ± 4,1%.

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A percentagem de respostas correctas no questionário de avaliação dos conhecimentos sobre alimentação revelou alguns conceitos errados nos jogadores de futebol adolescentes.

Os resultados traduziram um padrão nutricional desadequado. O consumo de proteína (19,01% do total energético; 2,0 ± 0,5 g.kg-1.dia-1), de gordura (33,5% do total energético) e de colesterol (345,6 mg.dia-1) excederam os valores recomendados enquanto que a ingestão de hidratos de carbono (47,4% do total energético; 5,0 ± 1,3 g.kg-1.dia-1) e de fibra (21,8 ± 13,8 g.dia-1) foram inferiores ao recomendado. A ingestão de cálcio (983,2 ± 410,2 mg.dia-1) e vitamina C (55,1 ± 37,1 mg.dia-1) foram inferiores às recomendações enquanto que o sódio (2,6 ± 0,8 g.dia-1) superou as recomendações. A ingestão de ferro (19,1 ± 7,4 mg.dia-1) satisfez as necessidades dos atletas.

Com base nestes resultados, parece evidente a necessidade de fornecer educação alimentar aos atletas numa idade precoce e de forma contínua ao longo da adolescência, não só para melhorar a performance desportiva, mas também para promover práticas alimentares mais saudáveis.

Palavras-chave; Futebol; atletas adolescentes; composição corporal; ingestão

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Abstract

In recent years there has been a large interest in determining the physical and physiological attributes that may be useful in the early identification of talented soccer players. However, there is very little information about nutritional status and food habits of adolescent soccer players. In the literature, is well known that nutrition associated to regular physical exercise practice is one of the crucial determinants in athletic performance optimization.

In adolescence, an appropriate dietary intake adapted to intense physical exercise is essential not only to the sport success but also for optimal growth and development.

The aim of this study was to evaluate the body composition (height, mass, skinfolds), nutritional intake and nutrition knowledge of 140 adolescent soccer players aged between 13 and 18 years (mean = 15.53 ± 1.7). Anthropometric variables of participants (height, weight, body mass index and 4 skinfolds) were measured and dietary intake was assessed using a one day dietary record. Individuals were asked to fill in a specific questionnaire to acess nutrition knowledge.

The adolescent soccer players showed a mean body mass index of 21,8 ± 2,3 kg.m-2 and a mean body fat of 13,9 ± 4,1%.

The percentage of correct answers on the nutrition knowledge questionnaire (57 to 70%) shown some misconceptions in adolescent soccer players.

The results showed that the diet was unbalanced. Protein (19.1% of energy intake; 2.0 ± 0,5 g.kg-1.day-1), fat (33.5% of energy intake) and cholesterol (345.6

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mg.day-1) intake were above the recommendations, while carbohydrates (47.4% of energy intake; 5.0 ± 1.3 g.kg-1.day-1) and fiber (21.8 ± 13.8 g.day-1) intake were below. Calcium (983.2 ± 410.2 mg.day-1) and vitamin C (55.1 ± 37.1 mg.day-1) intake were lower than that recommended for athletes, while sodium (2.6 ± 0.8 g.day-1) was higher. Iron (19.1 ± 7.4 mg.day-1) intake reached the athletes requirements.

On the basis of these results, it seems clear that nutritional education should be given to soccer players at an early age and should continue throughout adolescence, not only to improve athletic performance, but also to promoting more healthy dietary practices.

Key-words: soccer; young athletes; body composition; nutritional intake; nutrition

knowledge

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1. Introdução

O futebol é o desporto mais popular em todo o mundo e é praticado por homens, mulheres e crianças com diferentes níveis de profissionalização (1).

A performance no futebol é um resultado da interacção entre factores inerentes ao atleta, tais como a capacidade física e técnica, a capacidade mental de análise de jogo (1-4) e os factores externos, como sejam a temperatura ambiente, a altitude e as alterações de fuso horário (5).

Tal como outros desportos, o futebol não é uma ciência, mas a ciência pode, sem qualquer margem de dúvida, melhorar a performance de quem pratica este desporto.

Durante um jogo de futebol, com duração de 90 minutos, um atleta corre, em média, 10 a 13 quilómetros, dependendo da posição que ocupa em campo (6). Do ponto de vista fisiológico, é interessante realçar que esta distância é percorrida de um modo diversificado, alternando entre períodos de passo e corrida de baixa intensidade e momentos de alta intensidade envolvendo o “sprint”, o salto, e as mudanças bruscas de velocidade e direcção (1, 6). Esta particularidade faz do futebol um desporto intermitente do ponto de vista energético, ou seja, apesar de cerca de 70% das movimentações de um jogador durante um jogo serem consideradas de baixa intensidade, constata-se, através da medição da frequência cardíaca e da temperatura corporal, que o consumo de oxigénio de um jogador de futebol profissional ronde os 70% do seu valor máximo (VO2máx) (6). São precisamente estes

momentos de alta intensidade que distinguem os jogadores com diferentes níveis de profissionalização (7).

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A nutrição associada ao treino regular é um dos determinantes fundamentais para a optimização da performance desportiva do atleta (8, 9). A satisfação das necessidades energéticas (NE) de treino e competição de um atleta requer um padrão alimentar equilibrado (10). Nestas condições, está assegurada a variedade nutricional e a quantidade adequada de energia necessária (11). Uma correcta alimentação tem um papel determinante na manutenção das reservas de energia para competição, nomeadamente o glicogénio muscular e hepático (12, 13), para além de promover uma rápida recuperação entre sessões de treino/competição e manter um bom estado de saúde em geral (11).

Segundo a FIFA, cerca de 18 milhões de jovens em todo mundo praticavam futebol, no ano 2000. Em 2006, o número ascendeu aos 21 milhões (14).

Na adolescência, as NE são superiores a qualquer outro momento da vida, uma vez que é uma fase tipicamente anabólica, caracterizada por um elevado ritmo de crescimento e desenvolvimento corporal (15-18). Se tal se aplica a qualquer adolescente, com certeza que para um atleta este correcto aprovisionamento energético e nutricional se reveste ainda de uma maior importância. Aliás, um aporte energético inadequado propicia um crescimento deficitário, um atraso das alterações pubertárias e um risco acrescido de lesões no futuro (19-23), traduzindo-se em última análise numa performance desportiva limitada (24).

De facto, vários estudos têm sido desenvolvidos com o objectivo de delinear as óptimas características físicas, psicológicas e biológicas na identificação de novos talentos (20, 25-29).

Os jogadores de futebol adolescentes têm necessidades energéticas e nutricionais tão singulares que a nutrição desempenha um papel muito mais vasto do que o simples fornecimento de “combustível” para o jogo (30).

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Actualmente, o cálculo das NE de um futebolista adolescente representa um grande desafio dada a falta de informação nesta área (15, 31). O extrapolamento das recomendações energéticas e nutricionais para adultos na prática do cálculo das necessidades para futebolistas adolescentes é uma prática comum (31). Do mesmo modo, também os equivalentes metabólicos (MET) (32) são adoptados para a avaliação do gasto energético médio (GEM). Sendo este método uma importante ferramenta na nutrição desportiva, torna-se evidente uma subestimação das NE do atleta adolescente. Também a idade biológica do atleta deve ser tida em conta, sendo até mais importante do que a própria idade cronológica, uma vez que são as alterações pubertárias que determinam o aumento das NE (15).

Sendo a alimentação do atleta um importante determinante do seu rendimento desportivo, torna-se imperativo o correcto acompanhamento do estado nutricional dos jovens futebolistas. Dado que os hábitos alimentares adquiridos durante a infância e adolescência têm tendência a manter-se na idade adulta, o acompanhamento precoce dos atletas reveste-se ainda de maior relevância (33).

Estudos realizados nos últimos anos sugerem, também, que um dos determinantes do correcto aprovisionamento nutricional nos atletas, para além das preferências alimentares, (34) são os conhecimentos que estes possuem acerca dos padrões alimentares adequados (35-37).

Apesar de os trabalhos desenvolvidos no sentido de avaliar a ingestão alimentar em atletas adolescentes serem ainda escassos, os que foram realizados demonstram uma ingestão energética insuficiente, bem como uma desadequada contribuição dos macronutrientes para o total energético (16, 30, 38-41). Também a nível dos micronutrientes são visíveis algumas carências, nomeadamente das vitaminas e

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minerais essenciais ao período de crescimento e maturação que o adolescente experimenta (10, 30, 38).

Assim, é do consenso geral que há necessidade de implementação de programas de educação alimentar para esta população (17, 30, 38, 39, 42).

Neste contexto, o objectivo deste estudo descritivo é caracterizar o perfil antropométrico, avaliar os conhecimentos sobre alimentação e a ingestão nutricional de futebolistas. Pretende-se também comparar os valores da ingestão nutricional com as recomendações preconizadas para esta faixa etária e avaliar a sua adequabilidade.

2. Material e Métodos

2.1. Amostra

Neste estudo participaram 140 jogadores de futebol do sexo masculino dos escalões de formação do FCPF, com idades compreendidas entre os 13 e 18 anos, sendo que apenas 70 participaram na avaliação da ingestão alimentar. No decorrer do estudo todos os atletas se encontravam em fase de competição e treino regular (4 treinos e um jogo por semana). Todos os atletas foram informados sobre os objectivos do estudo, tendo a participação destes sido voluntária. O anonimato e a confidencialidade dos dados foi-lhes garantida.

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2.2. Desenho do Estudo

Este estudo foi organizado em três momentos de avaliação.

Na Fase 1, durante o final do mês de Fevereiro e mês de Março, os atletas foram informados acerca dos objectivos deste estudo e foi realizada a avaliação antropométrica dos mesmos. Durante esta avaliação, os atletas foram abordados quanto à sua disponibilidade em responderem a um questionário de avaliação de conhecimentos sobre nutrição e alimentação.

Na Fase 2, em meados de Março foram administrados os questionários de avaliação de conhecimentos (Anexo 1).

Na Fase 3, em Maio, procedeu-se à distribuição de um registo alimentar (RA) (Anexo 2) para avaliação da ingestão alimentar.

2.3. Critérios de inclusão

Foram incluídos no estudo os atletas pertencentes aos escalões de formação do FCPF, com idade compreendida entre os 13 e 18 anos e que estivessem a cumprir a carga semanal de treinos e competição durante o estudo.

Foram excluídos da Fase 3 do estudo os atletas que não entregaram o RA, assim como os que não o preencheram correctamente (omissão de quantidades e porções dos alimentos). Aqueles que referiram que o dia do RA não reflectiu um dia normal, no que respeita aos hábitos de ingestão alimentar, foram excluídos da amostra. Os atletas lesionados também não participaram neste estudo.

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2.4. Recolha de dados e procedimento do estudo

2.4.1. Avaliação das Características Antropométricas

Na etapa de avaliação antropométrica, foram recolhidos o peso, a altura e espessura de quatro pregas cutâneas (bicipital, tricipital, subescapular, suprailíaca). Considerou-se como valor final a média de 3 medições consecutivas das pregas cutâneas. Para o cálculo da densidade corporal (DC) dos atletas dos sub-14 foi usada a fórmula de Brook (43, 44) e para os atletas dos sub-15 aos sub-18 usou-se a equação de Durnin & Womersley (45). A percentagem de massa gorda (MG) foi estimada usando a equação de Weststrate e Deurenberg (44, 46).

2.4.2. Avaliação de Conhecimentos sobre Alimentação

A avaliação dos conhecimentos acerca da alimentação foi realizada através de um questionário elaborado pelo investigador com base em questionários desenvolvidos e validados para o efeito (47-49). O questionário era constituído por 2 secções (5 questões de escolha múltipla (EM) e 25 questões de verdadeiro/falso (VF)) que avaliam 2 domínios diferentes de conhecimento sobre alimentação: regras de alimentação saudável e alimentação do desportista em particular, perfazendo no total 30 questões. O questionário foi preenchido pelos atletas na presença do investigador para salvaguardar a correcta resolução de algum problema que pudesse deturpar os resultados.

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2.4.3. Avaliação da Ingestão Nutricional

Os atletas pertencentes à amostra deste estudo procederam ao registo da ingestão alimentar de um dia de treino. Todos os atletas receberam instrução detalhada, oral e escrita, acerca do modo como registar as quantidades dos alimentos ingeridos. Pediu-se a todos os atletas uma descrição detalhada e rigorosa de todos os alimentos e bebidas consumidas, solicitando-se ainda o registo do método culinário, hora, companhia e local de consumo. Ademais, foi-lhes solicitado que não alterassem a ingestão alimentar habitual, por pensarem que o consumo de um determinado alimento deveria ser evitado ou promovido.

Para a conversão de dados de ingestão alimentar expressos em medidas caseiras para unidades de massa (g), recorreu-se a apoio bibliográfico (50, 51).

2.5. Técnicas de medições

O peso foi medido numa balança digital SECA, com precisão de 0,1 kg, com o atleta na posição vertical, no centro da balança com o peso bem distribuído sob os dois pés, com o olhar dirigido em frente e imóvel até o valor ser registado. O atleta esteve, sempre que possível, em roupa interior.

A altura foi medida num estadiómetro SECA, com precisão de 1 mm, com o atleta descalço, de costas para o estadiómetro, com os calcanhares unidos, pernas direitas e braços ao longo do corpo e ombros relaxados e cabeça no plano horizontal de Frankfurt.

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O peso foi avaliado em relação à altura através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) ou Índice de Quetelet, que é obtido dividindo o peso em quilogramas pela altura em metros quadrados (IMC=Peso(kg)/Altura(m2)) (52).

Para a medição das pregas cutâneas foi usado um lipocalibrador Harpenden®, procedendo-se às medições segundo a metodologia internacionalmente aceite (53).

2.6. Informatização da informação

O armazenamento de todos os dados recolhidos foi efectuado numa base de dados criada no programa informático Statistical Package for Social Sciences (SPSS) para Windows (versão 16.0).®

A conversão dos alimentos em nutrientes foi feita no programa Food Processor for Windows (Food Processor, Nutrient Analysis Software, version 8.0, 2002 ESHA Research) ®, proveniente de tabelas de composição de alimentos do Departamento de Agricultura dos EUA, à qual foi acrescentada informação relativa a alimentos e pratos culinários tipicamente portugueses, a partir da Tabela de Composição dos Alimentos Portugueses (54).

2.7. Análise de dados

Os dados foram analisados no programa informático SPSS para Windows (versão 16.0) ®.

A análise descritiva dos parâmetros avaliados foi efectuada a partir da determinação de medidas de tendência central (média) e medidas de dispersão (desvio padrão – dp).

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Para testar a normalidade utilizou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov. Para avaliação do significado estatístico dos parâmetros avaliados foi usado o teste One-Sample T Test. O nível de significância adoptado foi de 5%.

3. Resultados

3.1. Características Antropométricas

As características antropométricas, demográficas e de composição corporal dos atletas avaliados estão descritas na Tabela 1. A idade média da amostra foi de 15,53 ± 1,7 anos. Analisando a amostra, é visível uma grande heterogeneidade em parâmetros como o peso médio (de 50,1 ± 10,1 a 72,7 ± 5,8kg) e a altura média (de 157,3 ± 0,8 a 178,5 ± 0,7cm) entre os escalões de formação. No que respeita à %MG, à excepção dos sub-14 (18,4 ± 5,2%), todas os escalões de formação apresentam valores semelhantes (de 12,5 ± 2,7 a 13,6 ± 3,3%).

Tabela 1. Características antropométricas dos atletas (média ± desvio padrão) ƐĐĂůĆŽĚĞ&ŽƌŵĂĕĆŽ;ŶсϭϰϬͿ  ^Ƶďϭϰ ;ŶсϮϲͿ ^Ƶďϭϱ;ŶсϮϲͿ ^Ƶďϭϲ;ŶсϮϯͿ ^Ƶďϭϳ;ŶсϮϱͿ ^Ƶďϭϴ;ŶсϮϬͿ ^Ƶďϭϵ;ŶсϮϬͿ /ĚĂĚĞ;ĂŶŽƐͿ ϭϯ͕ϮцϬ͕ϰ  ϭϰ͕ϮцϬ͕ϰ  ϭϱ͕ϮцϬ͕ϰ  ϭϲ͕ϰцϬ͕ϱ  ϭϳ͕ϮцϬ͕ϰ  ϭϴ͕ϭцϬ͕ϱ ůƚƵƌĂ;ĐŵͿ ϭϱϳ͕ϯцϬ͕ϴ  ϭϲϳ͕ϭцϬ͕ϲ  ϭϳϬ͕ϰцϬ͕ϲ  ϭϳϭ͕ϯцϬ͕ϳ  ϭϳϱ͕ϳцϬ͕ϲ  ϭϳϴ͕ϱцϬ͕ϳ WĞƐŽ;ŬŐͿ ϱϬ͕ϭцϭϬ͕ϭ  ϲϬ͕ϴцϴ͕ϲ  ϲϭ͕ϴцϲ͕ϭ  ϲϲ͕ϰцϴ͕Ϭ  ϲϵ͕ϳцϲ͕ϳ  ϳϮ͕ϳцϱ͕ϴ /D;ŬŐ͘ŵͲϮͿ ϮϬ͕ϬцϮ͕ϲ  Ϯϭ͕ϲцϮ͕ϰ  Ϯϭ͕ϱцϮ͕ϭ  ϮϮ͕ϲцϮ͕ϭ  ϮϮ͕ϴцϭ͕ϲ  ϮϮ͕ϵцϭ͕ϲ йD' ϭϴ͕ϰцϱ͕Ϯ†  ϭϮ͕ϵцϰ͕Ϭ  ϭϮ͕ϱцϮ͕ϳ  ϭϯ͕ϲцϯ͕ϯ  ϭϮ͕ϳцϮ͕Ϯ  ϭϮ͕ϴцϮ͕ϭ

† Significado estatístico comparativamente aos restantes escalões 

  

(20)

3.2. Ingestão Nutricional

De acordo os resultados apresentados na Tabela 2, a ingestão energética média, situa-se entre as 2179 e as 2627 Kcal.dia-1. No que respeita à ingestão de macronutrientes ajustada ao peso corporal, observa-se uma média de ingestão de hidratos de carbono (HC) entre 4,5 e 5,3 g.kg-1 sendo assim inferior às recomendações (8) (6-10g.kg-1.dia-1). A média de ingestão proteica varia entre 1,9 a 2,2 g.kg-1, ultrapassando assim o valor recomendado (8) (1,2-1,7g.kg-1.dia-1).

Relativamente à ingestão de açúcar, à excepção dos sub-15, todos os escalões de formação apresentam uma média de ingestão significativamente superior aos 10% do total calórico recomendados (55).

Tabela 2. Ingestão energética de macronutrientes dos atletas (média ± desvio padrão) ƐĐĂůĆŽĚĞ&ŽƌŵĂĕĆŽ;ŶсϳϬͿ  ^Ƶďϭϰ;ŶсϮϯͿ ^Ƶďϭϱ;ŶсϳͿ ^Ƶďϭϲ;ŶсϭϴͿ ^Ƶďϭϳ;ŶсϭϭͿ ^Ƶďϭϴ;ŶсϭϭͿ ŶĞƌŐŝĂ          WŽƌĚŝĂ;ŬĐĂů͘ĚŝĂͲϭͿ Ϯϭϳϵцϯϴϲ  Ϯϯϴϰцϯϴϲ  ϮϱϵϯцϱϮϲ  ϮϱϴϬцϯϮϬ  ϮϲϮϳцϯϵϲ WŽƌŬŐƉĞƐŽ;ŬĐĂů͘ŬŐͲϭͿ ϰϯ͕ϵцϭϭ͕Ϭ  ϰϭ͕Ϯцϭϭ͕ϱ  ϰϯ͕ϯцϭϬ͕Ϭ  ϰϬ͕Ϭцϳ͕ϴ  ϯϴ͕ϴцϲ͕ϵ           ,          WŽƌĚŝĂ;Ő͘ĚŝĂͲϭͿ ϮϲϮ͕Ϭцϱϲ͕ϭ Ϯϲϯ͕ϵцϰϵ͕ϲ ϯϬϵ͕ϲцϵϮ͕ϭ Ϯϵϯ͕ϵцϰϳ͕ϲ ϯϯϬ͕ϵцϱϯ͕Ϭ WŽƌŬŐƉĞƐŽ;Ő͘ŬŐͲϭͿ ϱ͕ϯцϭ͕ϯ ϰ͕ϱцϭ͕ϯ ϱ͕ϭцϭ͕ϲ ϰ͕ϲцϭ͕ϭ ϰ͕ϵцϬ͕ϵ       WƌŽƚĞşŶĂ      WŽƌĚŝĂ;Ő͘ĚŝĂͲϭͿ ϭϬϲ͕ϵцϮϬ͕ϵ ϭϭϵ͕ϱцϮϯ͕ϱ ϭϭϰ͕ϱцϮϰ͕ϳ ϭϮϭ͕Ϭцϭϵ͕ϲ ϭϮϲ͕ϯцϭϬ͕ϲ WŽƌŬŐƉĞƐŽ;Ő͘ŬŐͲϭͿ Ϯ͕ϮцϬ͕ϳ Ϯ͕ϭцϬ͕ϲ ϭ͕ϵцϬ͕ϴ ϭ͕ϵцϬ͕ϰ ϭ͕ϵцϬ͕ϱ       'ŽƌĚƵƌĂ      WŽƌĚŝĂ;Ő͘ĚŝĂͲϭͿ ϴϬ͕ϭцϮϱ͕Ϯ ϵϯ͕ϲцϮϳ͕ϭ ϵϵ͕ϳцϮϮ͕ϱ ϭϬϱ͕ϰцϭϱ͕ϰ ϵϰ͕ϯцϮϲ͕ϲ WŽƌŬŐƉĞƐŽ;Ő͘ŬŐͲϭͿ ϭ͕ϲцϬ͕ϲ ϭ͕ϲцϬ͕ϲ ϭ͕ϳцϬ͕ϰ ϭ͕ϲцϬ͕ϯ ϭ͕ϰцϬ͕ϰ       ĕƷĐĂƌ      WŽƌĚŝĂ;Ő͘ĚŝĂͲϭͿ ϭϬϬ͕ϭцϰϯ͕ϵ ϳϲ͕ϴцϯϴ͕ϳ ϭϯϱ͕ϯцϰϳ͕ϳ ϭϭϳ͕ϳцϰϱ͕ϳ ϭϯϭ͕Ϯцϯϵ͕Ϯ WŽƌŬŐƉĞƐŽ;Ő͘ŬŐͲϭͿ Ϯ͕Ϭϳцϭ͕Ϭϭ ϭ͕ϯϭцϬ͕ϳϬ Ϯ͕ϮϳцϬ͕ϴϯ ϭ͕ϴϭцϬ͕ϳϬ ϭ͕ϵϭцϬ͕ϱϭ йsd ϭϴ͕ϱй† ϭϮ͕ϵй ϮϬ͕ϵй ϭϴ͕ϰй ϭϵ͕ϴй

(21)

Gráfico 1. Contribuição energética dos macronutrientes para o valor da ingestão energética total

No gráfico 1 observa-se que os atletas parecem ter um consumo excessivo de gordura, comparativamente ao que se recomenda, embora apenas os atletas dos Sub-16 e Sub-17 apresentem significado estatístico (<30%). (15)

Analisando a ingestão média diária de HC e proteína expressa em percentagem (%) do total calórico, os resultados vão ao encontro dos observados na Tabela 2. A contribuição média dos HC e da proteína para o valor energético total é de 19,1% e de 47,4%, respectivamente, observando-se diferenças estatisticamente significativas entre a ingestão e as recomendações em todos os escalões de formação. Não existem diferenças com significado estatístico entre os escalões de formação em nenhum dos macronutrientes.

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Tabela 3. Perfil de ingestão lipídica e colesterol dos atletas e respectiva contribuição energética para o valor energético total (média ± desvio padrão)

ƐĐĂůĆŽĚĞ&ŽƌŵĂĕĆŽ;ŶсϳϬͿ  ^Ƶďϭϰ;ŶсϮϯͿ  ^Ƶďϭϱ;ŶсϳͿ  ^Ƶďϭϲ;ŶсϭϴͿ  ^Ƶďϭϳ;ŶсϭϭͿ  ^Ƶďϭϴ;ŶсϭϭͿ '͘^ĂƚƵƌĂĚĂ          WŽƌĚŝĂ;Ő͘ĚŝĂͲϭͿ Ϯϴ͕ϬцϭϬ͕ϱ  ϯϯ͕ϰцϭϬ͕ϴ  ϯϲ͕ϮцϭϬ͕ϱ  ϯϮ͕ϰцϲ͕ϳ  ϯϮ͕ϭцϭϬ͕ϰ йsd ϭϭ͕ϰй  ϭϮ͕ϲй  ϭϮ͕ϱй  ϭϭ͕ϰй  ϭϬ͕ϴй           '͘DŽŶŽŝŶƐĂƚƵƌĂĚĂ          WŽƌĚŝĂ;Ő͘ĚŝĂͲϭͿ ϯϬ͕ϲцϵ͕ϭ  ϯϲ͕ϴцϭϯ͕ϯ  ϯϳ͕ϭцϵ͕ϴ  ϰϲ͕ϭцϲ͕ϯ  ϯϴ͕Ϭцϭϭ͕ϴ йsd ϭϮ͕ϳй  ϭϯ͕ϲй  ϭϮ͕ϴй  ϭϲ͕ϭй  ϭϮ͕ϴй           '͘WŽůŝŶƐĂƚƵƌĂĚĂ          WŽƌĚŝĂ;Ő͘ĚŝĂͲϭͿ ϭϭ͕ϯцϯ͕ϲ  ϭϱ͕ϳцϳ͕ϱ  ϭϲ͕ϱцϳ͕ϵ  ϭϴ͕Ϯцϰ͕ϭ  ϭϰ͕Ϭцϯ͕ϲ йsd ϰ͕ϴй  ϱ͕ϴй  ϱ͕ϴй  ϲ͕ϯй  ϰ͕ϴй           ŽůĞƐƚĞƌŽů          WŽƌĚŝĂ;ŵŐ͘ĚŝĂͲϭͿ ϯϬϳ͕ϯцϭϬϱ͕ϯ  ϯϳϱ͕ϱцϴϮ͕ϰ  ϯϯϴ͕ϬцϭϯϮ͕ϱ  ϯϵϭ͕ϳцϭϬϭ͕ϳ  ϯϳϮ͕ϴцϭϲϭ͕ϵ йƌĞĐŽŵĞŶĚĂĕĆŽ ϭϬϮ͕ϰй;ϭϮͿ  ϭϮϱ͕Ϯй;ϲͿ  ϭϭϮ͕ϲй;ϭϭͿ  ϭϯϬ͕ϲй;ϵͿ  ϭϮϰ͕ϯй;ϴͿ

indica o número de atletas com uma ingestão de colesterol superior ao recomendado (300mg.dia-1

)

Analisando o perfil de ingestão lipídica, observa-se que os valores de ingestão média de gordura saturada e monoinsaturada se encontram acima dos valores recomendados (55), ultrapassando, em todos os escalões de formação, os 10% do valor calórico total. A média de ingestão de gordura polinsaturada encontra-se de acordo com as recomendações (55).

No que respeita ao colesterol, a ingestão média encontra-se acima dos 300mg.dia-1 recomendados, em todos os escalões de formação (15). Dos 70 atletas avaliados, o consumo excessivo de colesterol está presente em 46.

(23)

Gráfico 2. Prevalência de inadequação de vitamina C e ferro nos atletas

Tabela 4. Ingestão de cálcio, sódio e fibra dos atletas (média ± desvio padrão) ƐĐĂůĆŽĚĞ&ŽƌŵĂĕĆŽ;ŶсϳϬͿ  ^Ƶďϭϰ;ŶсϮϯͿ ^Ƶďϭϱ;ŶсϳͿ ^Ƶďϭϲ;ŶсϭϴͿ ^Ƶďϭϳ;ŶсϭϭͿ ^Ƶďϭϴ;ŶсϭϭͿ /Ă ĄůĐŝŽ;ŵŐ͘ĚŝĂͲϭͿ ϭϬϴϱцϰϲϵ† ϴϬϵцϮϴϬ ϴϵϴцϯϰϭ ϳϳϱцϯϱϳ ϭϮϮϴцϯϲϮ ϭϯϬϬ ^ſĚŝŽ;Ő͘ĚŝĂͲϭͿ Ϯ͕ϲцϬ͕ϵ Ϯ͕ϯцϬ͕ϱ Ϯ͕ϴцϬ͕ϳ Ϯ͕ϯцϭ͕Ϭ Ϯ͕ϴцϬ͕ϴ ϭ͕ϱ &ŝďƌĂ;Ő͘ĚŝĂͲϭͿ Ϯϭ͕Ϭцϭϭ͕ϲ† ϭϯ͕ϴцϰ͕ϰ ϮϬ͕ϭцϭϯ͕ϵ Ϯϭ͕ϱцϭϰ͕ϴ ϯϭ͕ϲцϭϳ͕ϭ ϯϴ͕Ϭ a Adequate Intake

† Significado estatístico entre valores de ingestão e recomendações (p≤0,05)

De acordo com a literatura (56), a ingestão de ferro e vitamina C foi comparada com as Estimated Average Requirements (EAR) e a ingestão de cálcio, sódio e fibra foi comparada com as Adequate Intakes (AI). Analisando o Gráfico 2, verifica-se uma prevalência de inadequação de vitamina C superior a 80% em todos os escalões de formação, à excepção dos Sub-18 (55%) (57). A prevalência de inadequação de ferro é de 17%, 6% e 9% nos Sub-14, Sub-16 e Sub-17, respectivamente, sendo que nenhum atleta dos Sub-15 e Sub-18 apresenta uma ingestão inadequada de ferro (58). Na Tabela 4 observa-se que, à excepção dos sub-18, todos os escalões de formação apresentam uma média de ingestão de fibra e de cálcio abaixo das AI, com significado estatístico (59, 60). O consumo de sódio superou largamente as recomendações com significado estatístico em todos os escalões de formação (61).

(24)

3.3. Avaliação de Conhecimentos

Tabela 5. Percentagem de respostas correctas às questões do questionário de avaliação de conhecimentos ƐĐĂůĆŽĚĞ&ŽƌŵĂĕĆŽ;ŶсϭϰϬͿ  ^Ƶďϭϰ;ŶсϮϲͿ ^Ƶďϭϱ;ŶсϮϲͿ ^Ƶďϭϲ;ŶсϮϱͿ ^Ƶďϭϳ;ŶсϮϯͿ ^Ƶďϭϴ;ŶсϮϬͿ ^Ƶďϭϵ;ŶсϮϬͿ ƐĐŽůŚĂDƷůƚŝƉůĂ       ϭ ϱϴй ϳϯй ϱϳй ϴй ϳϱй ϳϬй Ϯ ϭϵй ϰй ϯϱй Ϭй ϭϬй ϱй ϯ ϴϱй ϵϲй ϴϳй ϳϮй ϳϱй ϴϱй ϰ ϲϵй ϲϱй ϴϯй ϱϲй ϲϱй ϴϱй ϱ Ϯϳй Ϯϳй ϲϭй ϳϮй ϱϱй ϳϬй        sĞƌĚĂĚĞŝƌŽͬ &ĂůƐŽ       ϭ ϱϰй ϱϬй ϴϳй ϵϲй ϵϬй ϭϬϬй Ϯ ϭϱй ϴй ϰй Ϭй ϮϬй ϯϱй ϯ ϭϬϬй ϯϱй ϵϭй ϭϬϬй ϵϬй ϵϱй ϰ ϲϱй ϲϱй ϭϬϬй ϰϰй ϳϬй ϴϱй ϱ ϲϵй ϵϮй ϭϬϬй ϴϬй ϯϱй ϴϬй ϲ ϳϯй ϳϯй ϰϴй ϳϮй ϱϱй ϰϱй ϳ ϴϵй ϵϮй ϵϲй ϴϰй ϭϬϬй ϭϬϬй ϴ ϲϮй ϭϬϬй ϭϬϬй ϴϴй ϵϱй ϭϬϬй ϵ ϴϱй ϴϱй ϵϭй ϳϮй ϵϬй ϵϬй ϭϬ Ϯϳй Ϯϳй ϯϬй ϭϲй ϮϬй ϭϱй ϭϭ ϳϯй ϴϱй ϳϰй ϳϲй ϵϱй ϵϱй ϭϮ ϭϵй ϭϮй ϯϵй ϴй ϭϬй ϮϬй ϭϯ ϯϱй ϯϵй ϲϱй Ϯϴй ϱϱй ϳϬй ϭϰ ϴϭй ϵϲй ϱϳй ϴϴй ϳϱй ϴϱй ϭϱ ϱϬй ϴϭй ϱϳй ϯϮй ϴϬй ϲϬй ϭϲ ϯϵй ϯϵй ϯϵй ϰϰй ϭϬй ϲϬй ϭϳ ϰй ϭϵй ϭϳй ϯϮй ϱй Ϯϱй ϭϴ ϴϵй ϴϭй ϵϲй ϴϰй ϭϬϬй ϵϬй ϭϵ ϱϴй ϱϬй ϰϰй ϮϬй ϭϱй ϯϬй ϮϬ ϯϵй ϰϲй ϰϴй ϯϮй ϲϬй ϱϱй Ϯϭ Ϭй Ϯϳй ϳϬй ϰй ϯϬй ϳϱй ϮϮ ϴϭй ϲϮй ϲϱй ϰϴй ϵϱй ϵϱй Ϯϯ ϲϮй ϳϯй ϲϱй ϰϰй ϴϱй ϵϱй Ϯϰ ϵϲй ϴϵй ϴϳй ϴϬй ϵϱй ϵϱй Ϯϱ ϭϬϬй ϴϭй ϵϲй ϴϴй ϭϬϬй ϵϬй  dŽƚĂů ϱϳй ϱϵй ϲϲй ϱϮй ϲϮй ϳϬй

(25)

A análise dos resultados do questionário de avaliação de conhecimentos mostra que existem alguns conceitos errados no que diz respeito aos conceitos básicos sobre nutrição e alimentação (Tabela 4). De facto, em 10 questões, mais de 50% dos atletas inquiridos responderam incorrectamente (EM2, VF2, VF10, VF12, VF13, VF16, VF17, VF19, VF20, VF21), o que representa uma necessidade de educação alimentar nestes tópicos. Aliás, há perguntas (EM2 e VF2) com uma percentagem nula de respostas correctas em alguns escalões de formação (sub-14 e sub-17).

4. Discussão

4.1. Características Antropométricas

A caracterização antropométrica dos atletas representa uma etapa necessária ao cálculo das suas necessidades energéticas e respectiva adequação alimentar. Tendo em conta que actualmente a selecção e identificação de jogadores talentosos, assim como a própria definição da posição a ocupar em campo é uma prática cada vez mais recorrente em idades precoces, a caracterização do perfil antropométrico dos escalões de formação é cada vez mais importante (28, 62).

A heterogeneidade de alturas é uma das principais características físicas nas equipas de futebol (63). Este aspecto tem especial evidência nos escalões de formação devido ao facto de os atletas serem agrupados pela sua idade cronológica e não por outro qualquer critério relacionado com a maturação destes. Os resultados obtidos neste estudo estão de acordo com estes dados, observando-se que a altura média dos atletas dos sub-14, por exemplo, varia entre 144,7 e 177,6 cm.

(26)

Rico-Sanz (1998), num estudo desenvolvido com uma amostra de jovens futebolistas de vários países entre os 14 e 18 anos, compilou um conjunto de características antropométricas que caracterizam essa amostra (64). O peso médio observado foi de 67,2kg (62,5 a 72,3kg) e a %MG média era de 13,4 ± 2,52%. Do mesmo modo, outros estudos foram realizados com futebolistas adolescentes da mesma faixa etária, observando-se que o peso variava entre 55,8 ± 9,0 kg e a %MG se situava entre os 9,0 e 15,0% (16, 30, 33, 36, 38, 39, 41, 47). Os resultados deste estudo assemelham-se aos obtidos nos estudos supracitados, observando-se na totalidade da amostra um peso médio de 63,5kg e uma média de %MG de 13,8% traduzindo assim um excesso de massa gorda, comparativamente aos 12% preconizados na literatura (11).

Analisando os resultados por escalão de formação, é visível uma grande diferença entre a %MG dos sub-14 e os restantes escalões. Tal facto pode estar relacionado com o pico de crescimento típico da puberdade. Estas alterações de crescimento, associadas às restantes alterações pubertárias, são, em regra, responsáveis por uma diminuição da %MG.

4.2. Ingestão Nutricional

4.2.1. Energia e Macronutrientes

Energia

Na adolescência é fundamental uma adequada ingestão energética para assegurar o crescimento, desenvolvimento e maturação do indivíduo. Os atletas

(27)

têm, geralmente, necessidades aumentadas devido ao gasto energético extra proveniente do exercício físico (65, 66). Entre os diferentes escalões de formação, a média da ingestão energética total variou entre 2179 e 2627 kcal.dia-1 (de 38,8 ± 6,9 a 43,9 ± 11,0 kcal.kg-1). Em estudos desenvolvidos com amostras semelhantes os valores de ingestão energética variaram entre 2345 e 3478 kcal.dia-1 (16, 30, 36, 38, 41). Os resultados deste estudo mostram uma ingestão energética superior aos observados por Boisseau et al.(2002) e por Leblanc et al. (2002) em diferentes grupos de futebolistas franceses (2345 kcal; 38,9 ± 3,5 kcal.kg-1 e 2352 kcal respectivamente) (38, 39). Contudo, a ingestão energética é consideravelmente inferior aos resultados obtidos por Ruiz et al. (2005) e por Garrido et al. (2007) numa amostra de futebolistas espanhóis (3478 kcal; 48,4 ± 2,4 kcal.kg-1 e 3148 kcal; 45,1 ± 10,0 kcal.kg-1 respectivamente) (33, 41). A razão para esta grande margem de variação deve-se, provavelmente, à grande variabilidade intra- e inter-individual típica destas idades (66). Outra possível razão para esta heterogeneidade de resultados reside no facto de em alguns estudos haver uma sub- ou sobrestimativa da ingestão energética. Aliás, este fenómeno é considerado um dos principais factores influenciadores dos resultados em estudos deste género (67, 68).

Hidratos de Carbono

Na literatura, está bem definido que os HC são a principal fonte de energia em desportos como o futebol e que as suas necessidades em atletas estão aumentadas, sob pena de haver um comprometimento da performance desportiva

(69)

. De facto, este macronutriente é necessário para repor as reservas de glicogénio, que é o principal substrato energético durante exercícios prolongados de elevada intensidade (70). Em adolescentes, tal facto reveste-se ainda de maior relevância

(28)

dado que as suas reservas de glicogénio são menores comparativamente às dos adultos (71).

De acordo com as recomendações de macronutrientes para adolescentes (15), a contribuição energética aceitável dos HC deverá ser de 55-60%. Contudo, no contexto desta amostra, esta distribuição não se adequa na totalidade. A American College of Sports Medicine (8) preconiza que, para atletas, a contribuição energética dos HC deve ser no mínimo de 60% ou 6-10g.kg-1.dia-1.

No presente estudo, a ingestão média de HC variou entre 4,5 ± 1,3 e 5,3 ± 1,3 g.kg-1.dia-1, não atingindo por isso os valores recomendados. Nestas condições sabe-se que o atleta experimentará a fadiga mais cedo (devido à diminuição da concentração de glicogénio muscular), comprometendo a capacidade de drible, a precisão de passe, a potência de remate e a performance de corrida (72, 73).

Considerando que para a maximização das reservas de glicogénio em situação de recuperação ou preparação para uma competição, são requeridas ingestões de HC na ordem dos 7-10 g.kg-1.dia-1 (11), e que durante o estudo os atletas se encontravam em fase competitiva, estes resultados traduzem uma necessidade ainda maior de intervenção educativa.

Quando expressa como percentagem da ingestão calórica total, observa-se uma média de ingestão situada entre os 45,1 e 49,4%, ficando igualmente abaixo da percentagem mínima recomendada (60%).

Para além da quantidade de HC consumidos por esta amostra não ser suficiente para um atleta, também a proporção entre os tipos de HC não é adequada. A quantidade média de fibra ingerida pelos atletas avaliados neste estudo não atingiu, em nenhum dos escalões de formação, o valor mínimo recomendado (38g.dia.-1), apresentando valores entre 13,8 ± 4,4 e 31,6 ± 17,2 g.dia-1 (36,3% e

(29)

83,2% das recomendações, respectivamente). Resultados semelhantes foram obtidos por Ruiz et al. (2005), relatando consumos médios diários de fibra entre 13,8 ± 0,8 e 16,2 ± 1,0 g.dia-1 e por Garrido et al. (2007) que regista uma média de 23,3 ± 6,9 g.dia-1 (33, 41). Não obstante da fiabilidade de tais resultados, há que referir uma provável subestimativa do consumo de alimentos ricos em fibra (hortícolas) aquando o preenchimento dos RA uma vez que estes são normalmente consumidos como constituintes de saladas e/ou sopas. Sendo certo que o baixo consumo de fibra está associado a numerosos problemas de saúde, tais como a doença coronária, patologias gastrointestinais e obstipação, torna-se evidente a necessidade de promoção do consumo de fruta e hortícolas nomeadamente em contexto escolar (74).

Para além disso, observando o Gráfico 2, parece haver uma tendência para a diminuição do consumo de fibra à medida que a idade aumenta. Tendo em conta que as escolhas alimentares nesta idade são, em parte, condicionadas pela família

(16)

, esta tendência pode estar associada ao menor controlo parental na selecção dos alimentos (nomeadamente no consumo de sopa), nos atletas mais velhos.

Proteína

Para a manutenção de um balanço azotado positivo, as DRI’s actuais preconizam que a ingestão proteica diária deve rondar os 0,85 g.kg-1.dia-1, para a faixa etária dos 14-18 anos. Contudo, estudos demonstram que esta quantidade é insuficiente para atletas adolescentes (39, 75). O futebol é um desporto que requer força e resistência durante 90 minutos e como tal deve ser providenciada uma quantidade adequada de proteína para sustentar a oxidação aminoacídica que, apesar de contribuir com menos de 10% para o total de produção energética (76), ocorre efectivamente durante a competição. Para além disso, um correcto

(30)

aprovisionamento proteico é também necessário para reparar as fibras musculares após exercício e promover o aumento de massa muscular. Assim, acredita-se que jovens que praticam exercício físico regular podem beneficiar de ingestões proteicas na ordem dos 1,2–1,7 g.kg-1.dia-1, dependendo do momento de ingestão (77) e da intensidade, frequência e duração do exercício (8, 78).

Em estudos realizados neste contexto (30, 33, 38, 41), observaram-se ingestões médias de proteína entre 1,4 a 2,2 g.kg-1.dia-1. Os resultados observados nesta amostra (1,9 a 2,2 g.kg-1.dia-1) inserem-se nesta margem de variação e traduzem um consumo excessivo na totalidade dos atletas. Tal facto, pode estar relacionado com um elevado consumo de produtos cárneos, uma prática errada mas bastante comum nos atletas. De facto, ao analisar o questionário de avaliação de conhecimentos aplicado neste estudo, é bem visível que a maioria dos atletas possui o errado conceito de que a carne é o grande fornecedor de energia para os treinos/jogos.

Face a estes resultados, há uma questão que naturalmente se coloca: “o consumo excessivo de proteína acarreta riscos para a saúde dos atletas?”. Várias afirmações têm sido feitas em materiais educacionais focando os efeitos prejudiciais, tais como o comprometimento da saúde óssea (devido a uma maior excreção de cálcio), a transformação da proteína em excesso em gordura, a sobrecarga da função renal e mesmo morte (79, 80). Por outro lado, alguns investigadores classificam estas afirmações de “infundadas” e “sem evidência científica”, nomeadamente para indivíduos que praticam exercício físico com regularidade (81). Este tópico de discussão é, por isso, ainda alvo de grande controvérsia.

(31)

Gordura

O consumo excessivo de gordura é um problema comum entre atletas, o que dificulta a ingestão das quantidades preconizadas de HC (82). Simultaneamente, a ingestão de gordura em quantidades superiores às recomendadas vão promover uma alteração prejudicial na composição corporal do atleta, o que em última análise, vai comprometer a sua performance desportiva.

Contudo, tal como os restantes macronutrientes, a gordura também é essencial para a manutenção do correcto funcionamento do nosso organismo e da saúde em geral. É fundamental no controlo da temperatura corporal, no transporte de vitaminas lipossolúveis e para garantir o fornecimento de ácidos gordos essenciais (66). Para além disso, as reservas de gordura são também uma importante fonte energética nas fases finais de exercícios prolongados do tipo endurance (83, 84).

A média ingestão de gordura dos escalões de formação estudadas variou entre os 80,1 ± 25,2 e 105,4 ± 15,4g.dia-1. Quando expressa em percentagem da ingestão energética total, observa-se que a média de ingestão dos atletas varia entre 31,3 e 36,4%, o que reflecte um consumo excessivo de gordura.

Na totalidade da amostra, e à semelhança do que se observa relativamente à ingestão energética o consumo de gordura (33,8%) é superior ao registado por Boisseau et al. e por Leblanc et al. (30,8 e 32,7% respectivamente), mas é inferior aos resultados obtidos por Ruiz et al. e por Garrido et al. (38,4 e 35,7%, respectivamente) (33, 38, 39, 41).

Não obstante, tão ou mais importante do que a quantidade é a distribuição qualitativa da gordura. Segundo a American Heart Association (AHA)(85), a contribuição percentual da gordura saturada para o total energético não deve exceder os 7%, o que não se verificou nos atletas avaliados neste estudo (10,8 –

(32)

12,6%). Contudo, um estudo desenvolvido por Boisseau et al. (2002) revelou uma assombrosa contribuição dos ácidos gordos saturados (AGS) para o total energético (25,6%) (39). Esta diferença pode estar associada ao uso corrente de azeite como gordura de adição tradicionalmente observada em populações mediterrâneas. Aliás, esta suposição é reforçada ao observarmos que os ácidos gordos monoinsaturados (AGMI) são consumidos em maior quantidade que os AGS (12,7 - 16,1% vs 10,8 – 12,6%).

Simultaneamente, observa-se uma ingestão média de colesterol de 357,1mg.dia-1, sendo que do total dos 70 atletas avaliados neste parâmetro, 46 deles ingeriram mais que 300mg.dia-1.

Esta desadequação quantitativa e qualitativa na ingestão de gordura pode ser representativa do moderno consumo tendencialmente focado em alimentos do tipo “fast-food” ricos em gordura e pobres em HC.

4.2.2. Micronutrientes

A literatura preconiza que as necessidades vitamínicas e minerais dos atletas não estão aumentadas relativamente às da população em geral, exceptuando os minerais perdidos no suor (66). Contudo, observam-se deficiências no aporte de alguns micronutrientes tanto em jovens atletas como em sedentários e, como tal, torna-se prioritário identificar as principais carências nutricionais (47).

Os adolescentes possuem características fisiológicas que os distinguem dos adultos e, como tal, requerem considerações nutricionais específicas. Assim, neste estudo, apenas foram analisados os micronutrientes cuja ingestão é comumente desadequada em futebolistas adolescentes e que, por isso, justificam uma monitorização mais regular.

(33)

Cálcio

O cálcio é um mineral particularmente importante durante a adolescência, sendo que as suas necessidades aumentam substancialmente nesta fase (59). Um correcto aporte de cálcio é fundamental no desenvolvimento ósseo, na contracção muscular, na condução dos impulsos nervosos, na regulação da pressão arterial, entre outros (86, 87). Aliás, no caso particular do futebolista, a saúde óssea é um factor determinante na prevenção da contracção de lesões, nomeadamente fracturas ósseas (66). Para além disso, um aporte de cálcio inferior a 1000mg.dia-1, pode mesmo comprometer o efeito positivo do exercício físico na mineralização óssea (88).

Neste estudo, a deficiência no aporte de cálcio está bem presente, sendo que apenas 12 atletas conseguiram ingerir os 1300mg diários recomendados. Estes resultados foram também observados nos estudos desenvolvidos por Boisseau et al (848mg.dia-1), Leblanc et al. (1108mg.dia-1), Garrido et al. (1095mg.dia-1) (33, 38, 39). Uma possível razão para estes resultados, reside no facto de se ter observado, aquando a análise dos RA, que a omissão do pequeno-almoço é uma prática comum entre os atletas. De facto, o consumo de leite é consumido preferencialmente durante esta refeição. Simultaneamente, as escolhas alimentares dos adolescentes nas escolas baseiam-se, muito provavelmente, em sumos e refrigerantes em detrimento de leite e produtos lácteos. Neste aspecto, a escola parece ter um importante papel nomeadamente no controlo e selecção da oferta alimentar nos bufetes e máquinas de venda automática (38).

Ferro

Tal como o cálcio, também o aporte adequado de ferro é fundamental para a manutenção de um estado de saúde pleno (89). Este mineral é particularmente

(34)

importante na performance dos atletas devido ao seu papel no transporte de oxigénio em exercícios maioritariamente aeróbios, como o futebol. Assim, uma ingestão insuficiente de ferro diminuirá a performance do atleta e em casos de inadequação crónica a função cognitiva poderá estar também comprometida (90).

Apesar de a ingestão insuficiente de ferro ser comum entre atletas (30, 38), os resultados obtidos neste estudo demonstram exactamente o oposto (151 – 189% EAR). Sendo a carne e derivados alimentos ricos em ferro, os resultados observados podem estar associados mais uma vez ao elevado consumo destes alimentos.

Vitamina C

Durante o exercício físico, o trabalho muscular induz a produção de espécies reactivas de oxigénio, capazes de gerar um estado de stress oxidativo (91). Este estado fisiológico, quando não rebatido, é responsável por danos musculares e por uma redução da função imunológica comprometendo assim a performance desportiva do atleta (92).

A vitamina C é um potente antioxidante e, como tal, é essencial para anular o efeito prejudicial destas moléculas. Alguns investigadores defendem que as necessidades desta vitamina estão aumentadas nos atletas, dado o seu elevado consumo endógeno, não só para efeitos antioxidantes mas também devido ao seu papel em algumas vias metabólicas, nomeadamente na produção de carnitina, noradrenalina e colagéneo (93, 94).

À semelhança do que se verifica noutros estudos (95), à excepção dos sub-18, todos os escalões de formação apresentam ingestões médias de vitamina C aparentemente insuficientes (62,4 – 76,5% da EAR).

(35)

Admitindo que os atletas têm necessidades aumentadas desta vitamina em relação a indivíduos sedentários, importa realçar que uma alimentação equilibrada é capaz de satisfazer as recomendações preconizadas não havendo qualquer necessidade de suplementação, salvo raras excepções de carência nutricional evidente.

Sódio

As elevadas taxas de sudação verificadas nos atletas resultam em perdas consideráveis de sódio, podendo atingir os 2g durante um jogo de futebol (96, 97).

Tendo em conta que o sódio é um mineral fundamental na manutenção da função fisiológica e da performance desportiva, nomeadamente na prevenção de cãibras, torna-se evidente a necessidade de monitorizar as perdas deste mineral (98).

A ingestão média de sódio dos escalões de formação variou entre os 2,3 e 2,8g. O consumo excessivo de sódio pode trazer consequências graves para a saúde, tais como a hipertensão, o que leva a que se crie a ideia que uma dieta rica em sódio é sempre prejudicial à saúde.

Apesar da alimentação em geral fornecer sódio em quantidades que excedem as recomendações, tal não é necessariamente verdade em atletas que praticam exercício físico diariamente e até mais do que uma vez por dia (99). Devido às elevadas perdas de sódio no suor, as recomendações preconizadas podem, inclusivamente, não ser suficientes para repor o equilíbrio electrolítico.

Assim, é evidente a dificuldade em estabelecer recomendações de ingestão de sódio para atletas por duas razões: a produção de suor durante o exercício depende de vários factores, como a intensidade e duração do exercício, o vestuário,

(36)

o estado de hidratação e condições ambientais (100); as perdas de suor apresentam grandes variações interindividuais (101).

4.3. Avaliação de Conhecimentos

Parece evidente que os atletas que compõem a amostra deste estudo apresentam várias lacunas no que respeita aos conceitos básicos sobre nutrição e alimentação saudável e a algumas práticas importantes para desportistas.

A percentagem de respostas correctas totais dos diferentes escalões de formação variou entre 57 e 70%, sendo que os sub-14 foram os que revelaram piores resultados enquanto que os sub-18 foram os que tiveram melhor prestação.

Analisando as respostas ao questionário de avaliação de conhecimentos verifica-se que apenas 12,1% dos atletas conseguiram identificar a fruta como um alimento não fornecedor de proteína, sendo que 63,3% pensavam ser o ovo o alimento que não fornece este macronutriente.

Quando questionados acerca da prática comum de bochechar a boca com água e deitar fora para efeitos de hidratação, 87,1% dos atletas referiram ser uma boa prática. Tendo em conta o impacto que o estado de desidratação tem na performance do atleta, estes resultados devem ser tidos em conta numa futura intervenção de educação alimentar.

Nas questões relativas à prática da suplementação (VF12, VF16, VF20) verifica-se que 58,6% dos atletas acreditam que a suplementação aumenta sempre o rendimento desportivo, e 50,7% têm a ideia de que quanto maior for a dose de suplementação, melhores serão os resultados. Apenas 17,9% dos atletas têm noção de que os suplementos vitamínicos não fornecem energia e força muscular. Assumindo que a suplementação em adolescentes é uma prática cada vez mais

(37)

comum, estes resultados traduzem uma necessidade urgente de informar os atletas do risco que esta prática representa quando não supervisionado por um profissional na área (102).

Relativamente à composição nutricional das bebidas isotónicas, 75,7% dos atletas julgam que a proteína é o principal nutriente presente nestas soluções.

Apesar de a maioria dos atletas (72,9%) terem a noção de que o aporte proteico não é o único parâmetro a ter em conta no processo de aumento de massa muscular, está fortemente presente nesta amostra (75,7%) o falso conceito de que há uma relação directamente proporcional entre a quantidade de proteína ingerida e o aumento de massa muscular, um dado importante tendo em conta as eventuais consequências de uma ingestão excessiva de proteína, tais como a sobrecarga renal, o aumento da excreção urinária de cálcio, e a desidratação.

Provavelmente, os atletas obtêm também alguma informação adicional por parte dos treinadores, sendo então legítimo equacionar a necessidade de realizar sessões de educação alimentar para a equipa técnica do clube.

Contudo, há alguma disparidade entre os conhecimentos que os atletas possuem e as suas escolhas alimentares (36).

É importante realçar que a avaliação da ingestão alimentar foi realizada em ambiente familiar, cuja influência nos hábitos alimentares está bastante presente nesta faixa etária (103). Na realidade, grande parte dos atletas refere ter feito as principais refeições em casa na companhia da família. Assim, as escolhas alimentares dos atletas nestas refeições são, em parte, definidas pela família, não sendo tanto uma escolha ponderada de acordo com os conhecimentos que estes possuem. Simultaneamente, as mensagens transmitidas pelos media,

(38)

nomeadamente a publicidade na televisão e em revistas, podem afectar negativamente os hábitos e escolhas alimentares dos adolescentes (104, 105).

4.4. Limitações

Este estudo apresenta algumas limitações: o questionário de avaliação de conhecimentos administrado foi uma adaptação de questionários validados para outros estudos e como tal não foi validado para esta população; o método de avaliação da ingestão nutricional não foi o mais apropriado. O número de dias necessário para avaliar a ingestão nutricional varia de acordo com as características da amostra e com os nutrientes que se pretendem analisar, contudo a literatura define que, para atletas, um RA de 3 a 7 dias fornece estimativas fiáveis da ingestão nutricional habitual (106). Os RA de um dia não são, por norma, adequados a este tipo de estudo devido à variação intraindividual na ingestão nutricional diária, contudo podem ser aplicados em grandes tamanhos amostrais uma vez que o aumento do número amostral dilui esta variação (106). O tempo disponível para a realização deste estudo também foi um factor determinante na escolha deste método; os registos efectuados pelos atletas apresentavam algumas lacunas, tais como a quantificação dos alimentos ingeridos, condicionando assim a obtenção de resultados mais fiáveis; as recomendações adoptadas como termo de comparação com os resultados obtidos podem não estar de acordo com a realidade da amostra deste estudo.

(39)

5. Conclusão

A ingestão nutricional dos jogadores de futebol adolescentes avaliados neste estudo revelou-se inadequada. Observou-se um consumo excessivo de gordura e proteína em detrimento de um consumo insuficiente de HC.

Estes resultados parecem representar um argumento para a necessidade de transmitir aos atletas a importância do conhecimento e controlo do padrão alimentar de modo a melhorar as suas atitudes e comportamentos em relação aos hábitos alimentares. Só assim será possível promover a mudança no sentido de optimizar a condição física, reduzir a prevalência de lesões, promover a recuperação e acima de tudo manter o correcto crescimento, desenvolvimento e maturação dos nossos atletas.

A baixa percentagem de respostas correctas obtidas através do questionário de avaliação de conhecimentos não deixa margem para dúvidas de que há, entre os atletas, muitos conceitos errados no que respeita à prática de uma alimentação saudável e às particularidades alimentares e nutricionais a que estes estão sujeitos. Tal facto, sugere que a implementação de um programa de educação alimentar é necessário em organizações desportivas, nomeadamente em clubes de futebol.

O futebol é um dos desportos mais populares do mundo e nos últimos anos muita investigação tem sido desenvolvida nos vários aspectos deste desporto. Contudo, a maioria dos estudos são desenvolvidos com base em jogadores profissionais adultos, notando-se ainda uma falta de informação em crianças e adolescentes. Seria interessante explorar as percepções sobre a alimentação e o “pool” de mitos e falsos conceitos existentes nesta população. Assim, justifica-se mais investigação neste sentido.

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Tabela 1.  Características antropométricas dos atletas (média ± desvio padrão)
Tabela 2 .  Ingestão energética de macronutrientes dos atletas (média ± desvio padrão)
Gráfico 1.  Contribuição energética dos macronutrientes para o valor da ingestão energética total
Tabela 3.  Perfil de ingestão lipídica e colesterol dos atletas e respectiva contribuição energética para o valor  energético total (média ± desvio padrão)
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