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MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE CONFLITO EXISTENTES ENTRE O USO DA TERRA E A LEGISLAÇÃO MUNICIPAL NO ENTORNO DO RESERVATÓRIO DE SALTO GRANDE (SP), ATRAVÉS DO USO DE GEOPROCESSAMENTO

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MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE CONFLITO EXISTENTES

ENTRE O USO DA TERRA E A LEGISLAÇÃO MUNICIPAL NO

ENTORNO DO RESERVATÓRIO DE SALTO GRANDE (SP),

ATRAVÉS DO USO DE GEOPROCESSAMENTO

Marcelo Fernando Fonseca1

Ederson Nascimento1

Lindon Fonseca Matias1

Resumo

Este trabalho se propôs a identificar e mapear os usos da terra no entorno do Reservatório de Salto Grande, no município de Americana (SP), visando o estudo e a comparação com o uso definido pela legislação municipal, o que permitiu um diagnóstico específico para a área nesta temática, após análises empreendidas através da aplicação de metodologia e técnicas próprias do geoprocessamento. Os dados levantados e as informações extraídas referentes ao uso da terra corroboram para a tendência da constituição de um cenário preocupante para o entorno do reservatório, marcado por conflitos socioambientais em andamento e outros com potenciais indicativos de surgimento. Diante deste quadro, fica evidenciada a necessidade de um aprofundamento das discussões acerca do planejamento e práticas de gestão concebidas até o momento para a área de estudo.

Palavras-chave: Uso da terra, legislação municipal, conflitos, geoprocessamento, reservatório de Salto Grande.

1. Introdução

O reservatório de Salto Grande está inserido na sub-bacia do rio Atibaia, principal formador do reservatório. A represa foi construída entre 1940 e 1949, visando o aproveitamento de energia pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), com início de operação da usina em 1950 (DEBERDT, 1997), estando localizada em área de grande pressão antrópica, seja pela significativa ocupação urbana já consolidada na margem esquerda do reservatório ou pela especulação imobiliária crescente nas terras de sua margem direita (área conhecida como pós-represa, com ocupação urbana ainda

1 Departamento de Geografia – Instituto de Geociências – IG

Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP

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///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// incipiente, porém com grande potencial de ocupação). A Figura 1 mostra uma perspectiva da área através de imagem de satélite:

Figura 1 – Área de estudo sobreposta à imagem de satélite

Área de estudo (município de Americana/SP)

Nova Odessa Paulínia Cosmópolis

Limeira

Área mais densamente urbanizada

Área do Pós-Represa

Com o objetivo de identificar e mapear as áreas de conflito no tocante ao uso da terra no entorno do reservatório a partir da constituição de uma base de dados geográficos, fez-se uso de levantamentos de campo, documentos cartográficos, técnicas e metodologia associadas ao geoprocessamento, buscando também compreender através da ótica geográfica a dinâmica dos processos urbanos que ali se desenvolvem.

Os produtos geocartográficos resultantes das análises permitiram a comparação do mapa de uso da terra atual com as prerrogativas e diretrizes estabelecidas na legislação municipal. Este mapeamento é apresentado através de um sistema de classificação dividido em três categorias (uso da terra adequado, inadequado e conflitante), destacando a distribuição espacial destas áreas. Merecem a atenção nas análises os impactos socioambientais decorrentes do uso inadequado e/ou conflitante da terra e suas implicações para a comunidade local. A apresentação do mapa com o diagnóstico do uso da terra, segundo a classificação proposta, precede as discussões finais deste artigo.

2. Procedimentos Metodológicos

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///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// Inicialmente foram levantados os principais instrumentos de gestão oficialmente aplicáveis referentes ao uso e ocupação da terra no entorno do reservatório, tratando-se da legislação municipal representada pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI) do município de Americana, SP, ano base de 1999; Lei nº 3.271, ano base 1999, que dispõe sobre o uso e ocupação do solo no município de Americana e dá outras providências; e Plano de Desenvolvimento Pós-Represa (PDPR), ano base 2004, elaborado pela Prefeitura Municipal de Americana. Dentre os materiais geocartográficos utilizados, encontram-se duas cenas do satélite EROS A (Earth Remote Observation

Satellite), pancromáticas e com resolução espacial de 1,8 metros, abrangendo uma área

de 12,5 x 12,5 km por cena; sete cartas topográficas, ano base 2002, obtidas junto ao Instituto Geográfico e Cartográfico (IGC) do Estado de São Paulo, no formato analógico, convertidas para o formato raster e inseridas na base de dados construída através do software ArcGIS®, permitindo a posterior vetorização das classes de uso e ocupação da terra.

Foram consideradas as seguintes classes de uso: vegetação natural, eucalipto-pinus, pastagem, corpos d’água, cana-de-açúcar, citrus, fruticultura perene, cultura anual, mineração, comércio e serviços, industrial, urbano consolidado e urbano em consolidação (referenciadas pelas cartas do IGC). A caracterização geográfica foi complementada com as incursões de campo, que permitiram a verificaçãoe atualização da base de dados constituída em ambiente computacional, já que as informações obtidas junto às cartas topográficas do IGC datavam de 2002, ano base de sua elaboração. As análises em campo foram auxiliadas pelo uso de GPS, máquina fotográfica digital e mapas bases. Suertegaray (2002) salienta que levantamentos de campo constituem-se em um instrumento de análise geográfica que permite o reconhecimento do objeto e que, fazendo parte de um método de investigação, permite a inserção do pesquisador no movimento da sociedade como um todo. Esta dinâmica, captada com atenção no trabalho de campo, mostrou-se fundamental para as discussões apresentadas neste trabalho.

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///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// dados coletados e armazenados em um Sistema de Informação Geográfica (SIG)2 sem

jamais perder de vista as particularidades que envolvem estas estruturas e a complexidade das relações socioespaciais que estão ali apenas representadas. Desta forma, é possível obter um sólido material de apoio para as análises empreendidas e para a consequente compreensão de uma dada realidade local.

A tentativa de empreender análises sobre os problemas socioambientais que se configuram a partir do uso inadequado ou conflitante da terra no entorno do reservatório de Salto Grande, implica, sobretudo, em compreender os processos de ocupação que ali se desenvolvem, suas nuances, suas dinâmicas e agentes sociais atuantes, os fatores políticos, sociais e econômicos ao longo de seu histórico de ocupação, ou como bem coloca Rodrigues (1998, p. 64), a dimensão do tempo-espaço como condição para compreender a globalidade da natureza e da sociedade; para compreender a complexidade da dinâmica da produção social do espaço não podemos esquecer o tempo histórico e a natureza.

Sob esta perspectiva, e considerando-se as classes de uso e ocupação da terra citadas anteriormente como base, realizou-se uma análise espacial envolvendo a classificação das zonas de uso da terra segundo o que determina a legislação municipal em sua Lei nº 3.271/99 e o uso atual da terra, o que permitiu a identificação das áreas de inadequação e conflito. No que se refere especificamente às Áreas de Proteção e Preservação Ambiental, seguiu-se também o que define a Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, que instituiu o Código Florestal e suas diretrizes, referenciado também na legislação municipal.

Por fim, através de um mapa síntese de uso da terra, elaboramos uma classificação para as áreas no entorno do reservatório, segundo a Tabela 1:

2Sistemas computacionais capazes de capturar, armazenar, consultar, analisar e imprimir dados

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///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// Tabela 1 – Notação utilizada para classificação das áreas segundo o uso da terra

Situação Descrição

Adequado O uso atual da terra é compatível com o definido no PDDI municipal e legislações específicas aplicáveis, estando, portanto, adequado.

Inadequado

O uso atual da terra é inadequado quando confrontado com o que define o PDDI municipal e legislações específicas aplicáveis, porém, não se constitui em conflito, podendo ser de caráter transitório e/ou temporário.

Conflito

O uso atual da terra é juridicamente irregular e incompatível com o definido no PDDI municipal e legislações específicas aplicáveis, estando, portanto, em situação de conflito.

Elaboração: Fonseca; Matias, 2007.

Apesar desta classificação se basear no que define a legislação municipal e demais leis complementares, é importante lembrar que tal fato não implica no completo atendimento das reais necessidades da comunidade local, ou seja, mesmo que o PDDI represente legalmente os pressupostos de uso e ocupação da terra para a área, por se tratar de um instrumento político e norteador da questão, por vezes ele apresenta limitações, decorrentes dos embates ocorridos nos atos de sua constituição.

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///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// 3. Resultados e Discussão

A aquisição de dados e os trabalhos realizados no entorno do reservatório trouxeram a tona a necessidade de se fomentar a discussão acerca dos conflitos e inadequações quanto ao uso da terra, tanto privado como público. É evidente que a ocupação urbana desordenada e crescente na margem esquerda do reservatório contribuiu para o agravamento de determinados problemas socioambientais identificados neste trabalho, como a supressão de nascentes, impermeabilização do solo e destruição da mata ciliar. A lógica responsável pelo modelo de desenvolvimento urbano visto na maioria das cidades brasileiras nas décadas de 1950 a 1970 em que não há, costumeiramente, qualquer incorporação da dimensão e problemática ambiental na ideologia política e por consequência, na implementação das questões ambientais nas políticas (CARVALHO & MATIAS, 2008; ALMEIDA et.al., 2002), fica evidente na área de estudo e assim, o entorno do reservatório tornou-se representativo neste sentido.

O Mapa 1 mostra o uso da terra no entorno do reservatório de Salto Grande definido pela legislação municipal, segundo a classificação das áreas de planejamento definidas pelo poder público:

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///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// Nota-se que o zoneamento definido pelo PDDI faz referência também à legislação estadual e federal, principalmente no que diz respeito à questão das Áreas de Proteção e Preservação Ambiental (APPAs). A Tabela 2 apresenta o detalhamento da classificação adotada neste documento que se coloca como instrumento para a gestão municipal:

Tabela 2 – Classificação das zonas de uso da terra segundo a Lei nº 3.271/99

Sigla Descrição

ZR1 Zona Residencial 1 ZR2 Zona Residencial 2 ZR3 Zona Residencial 3

ZCS Zona Comercial e de Serviços ZRE Zona de Recreação

ZU Zona Urbanizável

APPA Área de Proteção e Preservação Ambiental ZI1 Zona Industrial 1

ZI2 Zona Industrial 2

AUC Área de Urbanização Controlada Fonte: PMA, Lei nº 3.271/99.

É possível observar através do Mapa 1 que as áreas urbanas destinadas ao uso residencial, comercial e industrial, ou mesmo as que possuem status de urbanizáveis, estão distribuídas, sobretudo, na área sudoeste do reservatório de Salto Grande, onde a realidade identificada em campo é caracterizada pela presença de áreas com significativo processo de urbanização corrente, e por consequência, bairros que apresentam uma maior demanda quanto à necessidade de infraestrutura, e áreas com maior potencial de geração de impactos socioambientais. Já a grande Área de Urbanização Controlada (AUC), localizada no pós-represa, é considerada pelo poder público como uma área passível de expansão urbana, sendo que a mesma deverá ser objeto de lei própria e específica para ordenamento (PDDI, 1999).

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///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// o objetivo de se confrontar estas informações colhidas com o previsto no PDDI do município de Americana.

Mapa 2 – Uso da terra segundo IGC e levantamentos de campo – Americana/SP (2007)

O uso predominante no entorno do reservatório se dá pela cultura da cana-de-açúcar, que ocupa grandes áreas especialmente no pós-represa, cuja expansão está ligada a fatores de ordem histórica e comercial. Existem impactos já conhecidos para esta cultura no que tange principalmente a algumas práticas incorretas de manuseio do solo, que contribuem para o assoreamento do reservatório (ESPÍNDOLA et al., 2004).

A área urbana ou urbanizável encontra-se em expansão principalmente no sentido noroeste-sudeste do reservatório, na área delimitada pela rodovia Anhanguera, vetor de grande fluxo e que também funciona como corredor de escoamento e movimentação de produtos, mercadorias e pessoas.

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///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// e já descritas anteriormente: uso adequado da terra, uso inadequado e uso da terra com status de conflito.

Mapa 3 – Uso da terra definido pela legislação municipal x uso da terra segundo IGC e levantamentos de campo – Americana/SP (2007)

Ao adotar uma classificação com os termos de uso da terra adequado, inadequado e em conflito, procuramos a diferenciação entre os dois últimos para reforçar que o uso conflituoso da terra pressupõe a infração grave de irregularidades cometidas contra a lei, como a degradação deliberada de APPAs em prol do plantio da cana-de-açúcar, prática observada repetidas vezes no entorno do reservatório. Já o uso inadequado foi classificado quando observado uma situação que não condiz com o que está estabelecido no PDDI, muitas vezes não por infração legal, e sim por se tratar de área ainda não ocupada devidamente com o que estabelece o zoneamento, denotando a possibilidade de que esta situação seja apenas transitória. O fato preocupante, neste caso, é a de que esta situação de inadequado possa evoluir para um uso conflitante da terra, caso os mecanismos de gestão não sejam discutidos e implementados para a área.

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Tabela 3 – Diagnóstico do uso da terra no entorno do reservatório

Classificação quanto ao uso Área (km2) %

Adequado 26,11 38,81

Inadequado 34,42 51,16

Conflito 6,75 10,03

Total

67,28 100,00

No que diz respeito ao uso da terra classificado como inadequado, merecem destaque a presença da cana-de-açúcar e pastagens em áreas destinadas a outros fins pelo instrumento legislativo municipal. Já quanto ao uso classificado como conflito, destacam-se as classes de cana-de-açúcar, pastagem, urbano consolidado e em consolidação, que acabam por avançar e ocupar Áreas de Proteção e Preservação Ambiental e algumas nascentes, degradando tais áreas a ponto de causar sua extinção parcial e até mesmo integral.

Pelo exposto, observa-se que foram identificadas inúmeras áreas de inadequações e conflitos quanto ao uso da terra, na comparação com o que estabelece a legislação municipal. A ocupação urbana desordenada e crescente na margem esquerda do reservatório contribuiu para o agravamento de determinados problemas socioambientais identificados neste trabalho, como os impactos oriundos da supressão e aterramento de nascentes e destruição da mata ciliar.

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///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// assoreamento e peixes doentes, além de ocupações irregulares. É preciso lembrar aqui que esta visão de um espaço degradado nem sempre foi a tônica do lugar em questão, visto que em meados da década de 1960 o lugar era palco de festividades, reuniões familiares aos finais de semana e centro de atividades de recreação, como a pesca e competições aquáticas (ESPÍNDOLA, 2004).

Com base nos dados e informações trabalhadas, constatamos que o quadro atual de uso e ocupação da terra no entorno do reservatório encontra-se em latente processo de transformação e, sobretudo, caracteriza uma situação de perigo em virtude de cenários de inadequações e conflitos que se mostram cada vez mais passíveis de consolidação e ampliação, em virtude de processos especulativos e da ausência de fiscalização por parte do poder público, que deveria ser o mediador de discussões mais aprofundadas com toda a comunidade. Soja (1993, p.101) coloca que o espaço socialmente produzido é uma estrutura criada, comparável a outras construções sociais resultantes da transformação de determinadas condições inerentes ao estar vivo, exatamente da mesma maneira que a história humana representa uma transformação social do tempo. Dado as especificidades da área de estudo, o tempo vem construindo ao longo da história uma geografia cada vez mais dispare do uso da terra no entorno do reservatório, que traz consigo consequências socioambientais que precisam ser discutidas de forma mais ampla por todos os agentes socais que ali medem forças: poder público, organizações não governamentais, comunidade em geral, especialistas, e todos que, direta ou indiretamente, se relacionem aos assuntos de planejamento e gestão de áreas similares.

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///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// 4. Considerações Finais

Para vislumbrar perspectivas de resolução no tocante ao levantamento das áreas de conflitos entre o atual uso da terra e o definido pela legislação, é preciso enxergar além da área propriamente delimitada para esta pesquisa, adentrando nos espaços que se encontram fragmentados dentro de um contexto territorial total no entorno do reservatório, como os espaços de produção industrial, os espaços de lazer, os espaços do ser e fazer político, econômico, social, educacional, ambiental, entre tantas outras interfaces da vida cotidiana. Não se trata aqui de compartimentar o estudo da área, mas sim de compreender como as partes estão relacionadas com o todo, ou como nos ensina Santos (1996, p. 74), quando a sociedade muda, o conjunto de suas funções muda em quantidade e qualidade (...) e a totalidade é o conjunto de todas as coisas e de todos os homens, em sua realidade, isto é, em suas relações, e em seu movimento.

A expansão do uso privado do espaço no entorno do reservatório já é evidenciado pelas construções de alguns condomínios fechados, de médio e alto padrão, e pela presença das chácaras e casas de veraneio, que se configuram, na maior parte dos casos, em moradias temporárias voltadas para o lazer. Assim, o espaço na margem esquerda vem, a cada dia, sendo ocupado gradativamente e o uso da terra no local parece estar sujeito atualmente unicamente a este capital restrito e muitas vezes especulativo. A indagação que nos parece pertinente é se esta ocupação seletiva continuará sendo a tônica para esta área, em detrimento da necessidade de um planejamento que venha a contemplar as necessidades da população que reside e tem sua cotidianidade exacerbada no local.

O papel do poder público torna-se inquestionável na mediação e resolução destes problemas tão preeminentes no entorno do reservatório. A área localizada na margem direita – pós-represa – onde pesquisas ressaltam ainda mais o aumento das áreas de campo em virtude de desmatamentos e da criação de gado, além da expansão da cultura da cana-de-açúcar sobre as áreas de APPAs (CRUZ, 2008), traz a tona as dificuldades existentes para a realização de um controle eficaz sobre os usos da terra, e demonstra as contradições existentes nas práticas de sua ocupação.

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///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// melhores diretrizes de uso e ocupação da terra no entorno do reservatório, o que poderá acarretar em enormes ganhos sociais para todos os envolvidos.

5. Referências Bibliográficas

ALMEIDA, F.G; GUERRA, A.J.T. Impactos Ambientais Urbanos no Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.

ALMEIDA, J.R. et al. Planejamento ambiental: caminho para participação popular e gestão ambiental para nosso futuro comum. Uma necessidade. Um desafio. 2º ed. Rio de

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AMERICANA, Prefeitura Municipal de. Lei nº 3.271: Dispõe sobre o Uso e Ocupação do Solo no Município de Americana e dá outras providências. Americana: 15 de jan. 1999.

AMERICANA, Prefeitura Municipal de. Plano de Desenvolvimento Pós-Represa -

PDPR. Americana: SEPLAN/PMA, 2004.

CARVALHO, J.B.C; MATIAS, L.F. Concepções teóricas e metodológicas do modelo digital do ambiente aplicadas ao zoneamento ambiental. 1º Simpósio de Pós-graduação em Geografia do Estado de São Paulo – SIMPGEO-SP. VIII Seminário de Pós-graduação em Geografia da Unesp. Rio Claro, 2008, p.88-104.

CRUZ, J.R. da. Mapeamento dos impactos socioambientais no entorno da represa de Salto Grande no município de Americana (SP). Relatório final de iniciação científica submetido à FAPESP. 2008. 56p.

DEBERDT, G.L.B. Produção primária e caracterização da comunidade fitoplanctônica no Reservatório de Salto Grande (Americana, SP) em duas épocas do ano. Dissertação de Mestrado, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 1997. 105 p.

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///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// ESPÍNDOLA, E.L.G.; LEITE, M.A.; DORNFELD, C. B. Reservatório de Salto Grande (Americana, SP): caracterização, impactos e propostas de manejo. São Carlos: RIMA, 2004, 484p.

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MAGUIRE, D.J.; GOODCHILD, M.F.; RHIND, D.W. (Ed.). Geographical Information Systems. New York: John Wiley and Sons, 1991, v.1, p.21-43.

RODRIGUES, A.M. Produção e Consumo do e no Espaço: problemática ambiental urbana. São Paulo. Hucitec, 1998.

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Figura 1 – Área de estudo sobreposta à imagem de satélite
Tabela 1 – Notação utilizada para classificação das áreas segundo o uso da terra
Tabela 2 – Classificação das zonas de uso da terra segundo a Lei nº 3.271/99
Tabela 3 – Diagnóstico do uso da terra no entorno do reservatório  Classificação quanto ao uso  Área (km 2 )  %

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