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Os "filhos de homem" na Bíblia hebraica

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Academic year: 2020

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Bünê ´îš

±RV³¿OKRVGHKRPHP´QD%tEOLD+HEUDLFD

Osvaldo Luiz Ribeiro1

RESUMO

(VWHHQVDLRDQDOLVDDVVHLVRFRUUrQFLDVGDH[SUHVVmRBünê ´îš (“os ¿OKRVGHKRPHP´ QD%tEOLD+HEUDLFDSDUDFRQFOXLUSHORSRWHQFLDOHTXt-voco de a tradição judaica e cristã medieval e moderna considerá-las VLQ{QLPRVGH³KRPHQVQREUHV´TXDQGRjOX]GDVSDVVDJHQVVRPHQWH GXDV*QSHUPLWHPXPDLGHQWL¿FDomRLQGHSHQGHQWHHGLUHWD do grupo social contemplado pelo sentido do termo – os “homens” em geral, não, os “nobres”, sentido esse que deve sobredeterminar o sen-tido das demais ocorrências não-determinadas. No conjunto, o ensaio postula que a tradição deve inverter o sentido com que trata Bünê ´îš – passando de “nobres” para “plebeus” – e ben-´ädäm – passando de “plebeus” para “nobres”.

PALAVRAS-CHAVE

“Filhos de homem”, Bünê ´îš, Bíblia Hebraica, povo.

ABSTRACT

7KLVSDSHUDQDO\]HVWKHVL[RFFXUUHQFHVRIWKHH[SUHVVLRQBünê ´îš ³WKHVRQVRIPDQ´ LQWKH+HEUHZ%LEOHFRQFOXGLQJE\WKHSRWHQWLDO PLVXQGHUVWDQGLQJ RI WKH PHGLHYDO DQG PRGHUQ -HZLVK DQG &KULVWLDQ tradition that considers it to be a synonym of “noble men”. In fact, in

1 Osvaldo Luiz Ribeiro, doutor em Teologia Bíblica pela PUC-Rio, é professor da

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OLJKWRIWKHVL[RFFXUUHQFHVRQO\WZRRIWKHP*HQDOORZD GLUHFWDQGLQGHSHQGHQWLGHQWL¿FDWLRQRIWKHVRFLDOJURXSFRQWHPSODWHG E\WKHPHDQLQJRIWKHZRUG±WKH³PHQ´LQJHQHUDOQRWWKH³QREOHV´ a meaning that should override the meaning of other occurrences – not determined. The essay posits that the tradition should reverse the me-aning of Bünê ´îš – from “nobles” to “commoners” – and ben-´ädäm – from “commoners” to “noble”.

KEYWORDS

“Sons of man”, Bünê ´îš+HEUHZ%LEOHSHRSOH

Introdução

São apenas seis as ocorrências do termo Bünê ´îš na Bíblia Hebrai-FD*Q6OH/P$OLGHL[DVHSHU¿ODUDR lado de outros termos com os quais seu sentido costuma ser algumas YH]HV SURSRVLWDGDPHQWH FRQIXQGLGR Bünê-´ädäm, ´ädäm, ben-´énôš e bar ´énäš2. A importância de uma histórico-socialmente

ade-quada determinação do sentido de Bünê ´îš deve-se, fundamentalmente, DRIDWRGHTXHHOHpXVDGRSDUDUDWL¿FDURVHQWLGRGRWHUPRTXHOKHVHULD HYHQWXDOPHQWHRSRVWRBünê-´ädäm. Desde pelo menos Maimônides e

Calvino

TXHVHHVWDEHOHFHX±H>DPHXYHU@HTXLYRFDGDPHQWH±R³FRQ-2 Cf. GOWAN, The Westminster Theological Wordbook of the Bible, pp. 126-127.

Os termos Bünê ´îš e Bünê-´ädäm são dados como “paralelos” e, mesmo, sinôni-PRV±RTXH>DPHXMXt]R@QmRSURFHGH FI6OH ±HP+$$*~d”a’-!B, – ben-´ädämHPBOTTERWECK e RINGGREN, (ed), Theological dictionary of

the Old TestamentS3DUDRTXHPHSDUHFHXPDUHIXWDomRGH%RWWHUZHFNH

Ringgren, cf. RIBEIRO, Bünê-´ädäm ±RVµ¿OKRVGH$GmR¶QD%tEOLD+HEUDLFDSS 

 Cf. MAIMÔNIDES. The Guide for the Perplexed 1).

 Cf. CALVIN. Commentary on the Book of Psalms – IISJá então se atribuía

D³UDELQRVMXGHXV´HD³FULVWmRVPRGHUQRV´DLGHQWL¿FDomRGRVBünê-´ädäm com os “pobres” e dos Bünê ´îš com os “nobres”. Contemporâneo de Calvino, Sebastian 0QVWHU   D¿UPDYD R PHVPR FI BURKETT, The Son of Man Debate, p.

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 3RXFRGHSRLVMiQRVpFXOR;9,,+HQU\$LQVZRUWKD¿UPDYDDPHVPDFRL-senso” de que Bünê-´ädäm nomeia o “povo” em geral, o povo pobre, os “plebeus”, e, por sua vez, Bünê ´îš, o povo “rico”, os nobres. A análise das ocorrências de Bünê ´îš, contudo, revela o fato de que não se pode, LPSXQHPHQWHUDWL¿FDUHVVDWUDGLomR

Análise das ocorrências

de Bünê ´îš na Bíblia Hebraica

Gn 42,11.13

Bünê ´îš-´eHäd

$IyUPXODGH*QpSHFXOLDUHSRULVVRSUDWLFDPHQWHLQH-TXtYRFD$SULPHLUDRFRUUrQFLDWUD]DVHQWHQoDBünê ´îš-´eHäd – “todos QyVVRPRV¿OKRVGRPHVPRKRPHP´ 7(%±QHVVHFDVRHUDPWRGRV ¿OKRVGH-DFy ,QVLVWHPTXHVmRKRQHVWRVSRUTXHRVHJtSFLRVRVDFX-savam de serem espiões. Os egípcios, orientados por José, insistem que HOHVHUDPHVSL}HVHGLDQWHGLVVRRVLUPmRVGH-RVpH¿OKRVGH-DFyUH-SHWHPTXHHUDP³¿OKRVGRPHVPRKRPHP´HP&DQDmBünê ´îš-´eHäd Bü´erec Künä`na ±³¿OKRVGHXPPHVPRKRPHPQDWHUUDGH&DQDm´ (TEB). O restante do enredo não é determinante para que se reconheça a função meramente genérica do termo Bünê ´îš nessa passagem em particular. Aliás, ela é a única em que o sentido genérico – “homens” – de Bünê ´îš ¿FDHYLGHQWHQDSUySULDSDVVDJHP

2VLUPmRVGH-RVpH¿OKRVGH-DFyHPSUHJDQGRRWHUPR Bünê ´îš,

GL]LDPH[DWDPHQWHLVVRVRPRVLUPmRVHLVVRSRUTXHVRPRVWRGRV¿-sa, assumindo que ´ädämPHVPRQDH[SUHVVmRBünê-´ädämJXDUGDDUHIHUrQFLDj ´ádämâ, conforme estabelecido e Gn 2,7 – daí que, então, esses Bünê-´ädäm são ³WKHEDVHUVRUWRISHRSOH´GHPRGRTXHQR6ORVBünê ´îš são, ao contrário, os “nobres” (cf. MULLER³+HQU\$LQVZRUWKDQGWKH'HYHORSPHQWRI3URWHVWDQW ([HJHVLVLQWKH(DUO\6HYHQWHHQWK&HQWXU\´HPMULLER. After Calvin: studies

in the development of a theological traditionS O presente artigo tem por

objetivo corrigir esse ponto da tradição, invertendo a relação proposta.

 &I SRU H[HPSOR *5$17 µDGDP DQG µLVK 0DQ LQ WKH 27 SS  -$&2%

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lhos de um mesmo homem. “Mesmo”, aí, traduz ´eHäd. Jacó é o pai de WRGRVHOHV±WRGRVVmR¿OKRVGHXPPHVPRKRPHP 7(% GRPHVPR homem, Jacó6. No entanto, o nome de seu pai permanece não revelado,

GHPRGRTXHDH[SUHVVmRVHWRUQDJHQpULFDHDQ{QLPD7. A ausência de

´eHädVLPSOHVPHQWHWRUQDULDDH[SUHVVmRPDLVJHQpULFDPHQRVGHWHU-PLQDGDWRGRVVRPRV¿OKRVGHKRPHP

1DGDDEVROXWDPHQWHQDGDHP*QSHUPLWHTXHVHDSOLTXH ao termo Bünê ´îš outra coisa que não o sentido muito amplo e trivial GH³¿OKRVGHKRPHP´1mRVHWUDWDGHJHQWHQHFHVVDULDPHQWH³LPSRU-tante”. Não se trata de gente “nobre”. O sentido é apenas genérico – “somos homens”, e pronto. Homens como todos os outros. Homens comuns. Eventualmente, até, homens de fome.

Sl 4,3 (em Almeida, v. 2)

Bünê ´îš

³Ï¿OKRVGHKRPHPDWpTXDQGR8 minha glória será para

despre-]R"´ E±HPAlmeidaYE 6HLPSRUWDGDGH*QYLQJDD tese de que os Bünê ´îš emprestam-se justamente a esse tipo de referên-FLDQR6O³¿OKRVGHKRPHP´FRQVWLWXLULDXPWHUPRGHDGPRHVWDomR JHQpULFD2V³¿OKRVGRKRPHP´TXHDtHVWmRVREDFXVDomRVHULDPVLP-SOHVPHQWH³KRPHQV´±FRPRTXHUD7(%³yKRPHQVDWpRQGHLUHLV"´ 7RGDYLD QmR p HVVH R HQWHQGLPHQWR SRU H[HPSOR GH $ORQVR-6FK|NHOH&HFtOLD&DUQLWL³bny ’ysh  'LVWLQJXHPVHGRVbny ’dm como nobres de plebeus, autoridades de plebe”9. Em consonância

6

&I67(,1%(5/,1)5$1.(/H0(<(567KH&RQWHPSRUDU\7RUDKDJHQGHU-VHQVLWLYHDGDSWDWLRQRIWKH-36WUDQVODWLRQS

7 Cf. KLAUS. Pivot Patterns in the Former Prophets, p. 169.

8 ³$WpTXDQGR"´FI`ad-mè em ALONSO-SCHÖKEL, Dicionário Bíblico

Hebrai-co-PortuguêsS

9 Cf. ALONSO-SCHÖKEL e CARNITI. SALMOS I – 1-72: tradução, introdução

e comentárioS7DPEpPQmRRTESH e ZORN. Psalms. Volume 1, p. 107.

(EDVWD6DPXHO7HUULHQpFDWHJyULR³RV¿OKRVGRVQRWiYHLV´FRQVWLWXLULDXPDH[-SUHVVmR³UDUD´±HFLWD6O>@>@H/P(VVHV³¿OKRVGRVQRWiYHLV´

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FRP HVVD SUHVVXSRVLomR RV DXWRUHV WUDGX]HP ³6HQKRUHV DWp TXDQ- GRVHXOWUDMDUiPLQKDKRQUD´"6HQGRDVVLPD¿UPDPTXHQDHVWUXWX-UDRVYFRQVWLWXHP³'LVFXUVRDRVnobresSHUJXQWDUHWyULFDHVHWH imperativos”10. 0DVFRPRFKHJDUDPRVDXWRUHVjFRQVWDWDomRGHTXHRVBünê ´îš, aí, UHIHUHPVHDRV³QREUHV´"3RLVEHPLQGLFDVHin locoSDUD6O>@ H>@6mRHVVDVDVGXDVSDVVDJHQVGD%tEOLD+HEUDLFDRQGHRV termos Bünê ´îš e Bünê ´ädäm encontram-se justapostos em clara opo-sição de sentido, um termo indicando para o povo comum e, o outro, indicando a gente da classe alta. Essa distinção é inequívoca. Mas quem p TXHP" &RPR VH YLX D ³WUDGLomR´ GHVGH 0DLP{QLGHV H &DOYLQR11,

GHFLGLXTXHVHWUDWDGDUHODomRBünê ´ädäm designando os pobres, os plebeus, a gente comum, e Bünê ´îš, ao contrário, os ricos, os nobres, a gente importante. A “tradição” assim quis, e assim tem sido.

É com base, pois, nessa tradição, que a identidade dos Bünê ´îš QR6O>@VHHVWDEHOHFH$ORQVR6FK|NHOH&DUQLWLSRGHPLGHQWL¿Fi--los, ao passo que não o fazem em relação aos raBBîm do v. 7 (6, em

Almeida DSRQWDQGRDSHQDVDGLVWLQomRHQWUHDPERV³VmRGLYHUVRVGRV rabbim do v. 7, formam outro grupo”12. Entretanto, é o salmista que fala

QRYGLULJLQGRVHD'HXVQRVYGLULJLQGRVHDRVBünê ´îš, e, ain-da, nos v. 7-9, em que, dirigindo-se, novamente, a Deus, refere-se aos “muitos”, depois de ter-se dirigido diretamente aos Bünê ´îš. Os

“mui-são os Bünê ´îšHPRSRVLomRDRV³¿OKRVGRSRYRFRPXP´HPVXDV³YH]HV´DSH-nas nos Salmos – com o que se refere aos Bünê ´ädäm (cf. TERRIEN. The Psalms:

Strophic Structure and Theological Commentary, p. 97). O presente ensaio não

pode acompanhar os autores citados.

10 IdemSJULIRPHX FIDLQGDS  11&IQRWDVH

12 IdemS

 Não é decisivo, mas registre que recentemente Marti J. Steussy interpretou o

salmo como um lamento da liderança da cidade em face do abandono que o povo lhe reserva, sob a alegação de que Deus abandonara o governo. Assim, o vocativo Bünê ´îš e os raBBîm, ao contrário do que postula Alonso-Schökel, seriam as mesmas pessoas, o mesmo grupo, o povo, em oposição a líder que lhes condena a atitude de deserção (cf. 67(866<. Psalms, p. 76-77). Por outro lado, a opinião de Erhard Gerstenberger vai na direção oposta e, dessa vez,

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mencio-tos” podem ser os próprios Bünê ´îš. Também podem ser outras pessoas. Não há como se determinar absolutamente seja a identidade de um, seja a identidade do outro grupo. Como disse Mark David Futato, “nós não VDEHPRVTXHPVmRRVKRPHQVTXHHVWmRHP´. Não, pelo menos,

SRUPHLRGH6O(LVVRDGHVSHLWRGDJUDQGH³WUDGLomR´PHGLHYDO 4XDQGRVHD¿UPDTXHRVBünê ´îš constituem os “nobres”, ela o diz por força de se estar, aí, a repetir, acriticamente, uma “tradição”.

Por outro lado, se se assume a possibilidade de importação do UHVXOWDGRGDDQiOLVHGH*QSDUDR6O>@DEDODQoDSHQGH PXLWRPDLVSODXVLYHOPHQWHSDUDDLGHQWL¿FDomRGRVBünê ´îš com o povo genérico – “homens” –, e, ai, a “tradição” de relacioná-los aos nobres revela-se sem fundamento sustentável. E, além disso – e, a PHXLQDSHODYHOPHQWHVHVHDSOLFDD6O>@RUHVXOWDGRGDDQiOLVH aplicada aos Bünê ´ädäm, nesse caso resulta muito pouco discutível (salvo, se não há coerência semântica nos termos hebraicos, quando DSOLFDGRVDHVWDRXjTXHODSDVVDJHP TXHVHWUDWHHQWmRGRKRPHP comum.

QDQGRH[SOLFLWDPHQWHRVBünê ´îš. Gerstenberger considera que ainda que pouca, a evidência sobre a identidade dos Bünê ´îš na Bíblia Hebraica apontaria para a sua caracterização como sendo os “nobres”, o que seria corroborado pelo v. 8, ³TXHFODUDPHQWHUHÀHWHWHQVmRVRFLDO´ FIGERSTENBERGER, Psalms: part

1: with an introduction to cultic poetryS &RQWXGRVHKiWHQVmRVRFLDO

e Marti J. Steussy igualmente o pressupõe, há que se admitir que, nesse caso, DTXHOHVTXHVmRLQWHUSHODGRVSHORRUDQWHVHMDPDTXHOHVGRYVHMDPDTXHOHV dos v. 7-9, constituam o mesmo grupo. Se o orante representa a liderança da ci-dade, segue-se que os Bünê ´îš não poderiam ser os nobres (mas Gerstenberger admite poder tratar-se de gente do próprio grupo do orante, e, com isso, torna-se cada vez mais difícil determinar-se por meio do próprio salmo a identidade dos Bünê ´îš), mas, nesse caso, o “povo”, como pressupõe Marti J. Steussy. Salvo, QDWXUDOPHQWHVHpRSRYRTXHPIDOD±PDVQHVVHFDVRIDULDDOJXPVHQWLGR" -DPHV/LPEXUJFRQVLGHUDTXHVHGHYDDVVRFLDUR6ODRUHLHTXHKDMDDOJXP WLSRGHSUREOHPDQDFRPXQLGDGH±LVVRSRGHULDVLJQL¿FDUTXHR³OtGHU´ 0DUWL- Steussy) se dirigisse, por essa razão (James Limburg), isto é, por conta de uma tensão social (Erhard Gerstenberger), ao povo (isto é, os Bünê ´îš)? (cf. LIM-BURG. Psalms, p. 11-12).

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Sl 49,3 (em Almeida, v. 2 – cf. Sl 62,10[9] e Is 2,9)

Gam-Bünê ´ädäm Gam-Bünê-´îš yaHad `äšîr wü´ebyôn

³7DQWRµRV¿OKRVGH$GmR¶TXDQWRµRV¿OKRVGHKRPHP¶MXQWDPHQ-te, rico e pobre” $HVWUXWXUDSRpWLFDGR6O>@GHYHVHULQWHUSUH-WDGD FRPR"7UDWDVH GH XP SDUDOHOLVPR SRpWLFR VLQRQtPLFR FOiVVLFR A – B – A’ – B’, ou, antes, de um paralelismo poético sinonímico quias-PiWLFR$±%±%¶±$¶"2EVHUYHVH

Gam-Bünê ´ädäm Gam-Bünê-´îš também os “nobres”, também os “plebeus” yaHad `äšîr wü´ebyôn juntamente, rico e pobre

Por meio da estrutura poética em si não se pode determinar indiscu-tivelmente o que equivale a que. Se a estrutura for clássica, Bünê ´ädäm equivale a “rico”, se a estrutura for quiasmática, Bünê ´ädäm equivale a “pobre”. Igualmente, se a estrutura for clássica, Bünê-´îš equivale a “pobre”, se for quiasmática, a “rico”. A tradição não pode ter-se basea-GRHP6O>@SDUDD¿UPDUTXHBünê-´îš indica os “nobres”. Se o fez, foi improcedentemente que o fez, porque ela terá de ter, primeiro, de-cidido, por si mesma, que se trata de um paralelismo quiasmático. Mas FRPEDVHHPTXHDXWRULGDGHRIH]"1mRWHULDVLGRPXLWRPDLV³QDWXUDO´ WHUVHFRQVLGHUDGRHVVHXPPRGHORFOiVVLFRGHSDUDOHOLVPR"

$~QLFDLQIRUPDomRVHJXUDTXHVHSRGHH[WUDLUGH6O>@pTXH RVGRLVWHUPRVVmRDQWDJ{QLFRVLVWRpTXHTXDQGRDSOLFDGRVjVRFLHGD-GHXPVHUHIHUHjFODVVHDOWDHQTXDQWRRRXWURVHUHIHUHjFODVVHEDL[D16.

 Mas há quem, em lugar de “ricos” e “pobres” ou “plebeus” e “nobres”, “teste” os

sentidos “históricos” de “adamitas” e “não-adamitas” (cf. FISCHER, Historical

Genesis: From Adam to AbrahamSS 

16 Ao menos se o antagonismo entre “rico” e “pobre”, que lhes vai na seqüência,

igualmente se aplica aos dois termos. Para “rico” versus “pobre”, também em Sl >@FI52''Glimpses of a strange land: studies in Old Testament ethics, SS

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Um fala de “nobres”, outro, de “plebeus”. Todavia, quem fala de quem, FRPEDVHQR6O>@LVVRQmRVHSRGHD¿UPDU(QRHQWDQWRD³WUD-GLomR´±SRUHVVHFDPLQKR±RD¿UPRX $UJXPHQWHVH FRQWXGR R VHJXLQWH SULPHLUR R FDVR GH *Q ±DOLPXLWRSODXVLYHOPHQWHHSRXFRGLVFXWLYHOPHQWHBünê-´îšLQGLFDXPFRQMXQWRJHQpULFRGH³KRPHQV´VHJXQGR6O>@S}H nos pólos opostos de uma totalidade17 os Bünê-´îš e os Bünê ´ädäm,

D¿UPDQGRTXHXPGHQWUHHOHV TXDO" GHVLJQDRULFRHRXWUR TXDO" R SREUHWHUFHLURXPDYH]TXH*QSHUPLWHUHODFLRQDURVBünê-´îš aos “homens” genericamente falando, resulta plausível que se aplique DtHVVDLQIRUPDomRUHVXOWDQGRQDLGHQWL¿FDomRGRVBünê-´îš com o “po-bre”; quarto, a estrutura mais simples – paralelismo poético sinonímico FOiVVLFR±UDWL¿FDULDHVVDSRVVLELOLGDGHMiTXHQHVVHFDVRBünê-´îš en-contrar-se-ia em paralelo com “pobre”, ao passo que Bünê ´ädäm, com “rico”. Por essa via de raciocínio, que me parece razoável, a “tradição” – e a literatura especializada que a segue – revela(m)-se equivocada(s), TXDQGRLGHQWL¿FD P RVBünê-´îš com os “nobres”.

Sl 62,10 (em Almeida, v. 9 – cf. Sl 49,3[2] e Is 2,9)

´ak hebel Bünê-´ädäm Käzäb Bünê ´îš

$SOLTXHVH DR 6O >@ ULJRURVDPHQWH R TXH VH GLVVH GR 6O >@±FRPEDVHHVWULWDPHQWHQRWH[WRQmRVHSRGHGHWHUPLQDUTXHP é quem18, com o agravante de que, aqui, não há termos em paralelismo

com Bünê-´ädäm e Bünê ´îš – é apenas um diante do outro, opondo--se-lhe. Sim, evidencia-se uma referência a um conjunto de pessoas, GHVLJQDQGRWDOFRQMXQWRSRUPHLRGHGRLVWHUPRVSRODUHVBünê-´ädäm

17 Para a totalidade pressuposta, cf. BRIGGS e BRIGGS. A Critical and Exegetical

Commentary on the Book of Psalms. 9ROXPH,S

18&I,V³GHUUXEDVHR$GmRHDEDWHVHRKRPHPHWXQmRRVOHYDQWDV´³$GmR´

(´ädäm) e “homem” (´îš), aí, designam partes opostas da sociedade, como, em Sl HRVBünê-´ädäm e os Bünê ´îš"6HVLPQmRVHSRGHFRQWXGRSRUDt GHWHUPLQDUTXHPpTXHP3RURXWURODGRFRPEDVHHP-UQmRVHSRGHDUJX-mentar a favor da condição popular de ´ädäm.

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e Bünê ´îš. Mas a que pólo pertence Bünê ´îš"$RSyORGRV³QREUHV´" &RPEDVHHPTXHVHSRGHD¿UPDULVVR"1mRFHUWDPHQWHVREQHQKXPD FLUFXQVWkQFLDFRPEDVHQRWH[WR

+DYHULDDSHQDVXPPRGRGHRXYLQGRRVVDEHUVHGRTXHVHWUDWD RVRXYLQWHVRULJLQDLVWDQWRGR6O>@TXDQWRGR6O>@VDELDP porque se tratava de uma informação de sua própria cultura, quem era quem, quem eram os Bünê-´ädäm e quem eram os Bünê ´îš. A nós, leito-res outsiders, somente de posse, primeiro, da informação cultural é que nos cabe a igual compreensão histórico-social da intenção semântica com que os termos foram, então, empregados e pronunciados19.

2UDFRPEDVHHP*QVHSRGHULDDGTXLULUDLQIRUPDomR cultural de que os Bünê ´îš são pessoas “comuns”, que Bünê ´îš constitui designação para um grupo genérico de pessoas, de homens, naquele caso, RVLUPmRVGH-RVpH¿OKRVGH-DFyHVWUDQJHLURVQR(JLWRDWUiVGHSmR'H SRVVHGHVVDLQIRUPDomRDLVLPVHSRGHULDHQWUDUWDQWRQR6O>@TXDQ- WRQR6O>@H>@GHFRGL¿FDQGRRVWDPEpPDtFRPRGHFRGL¿-FDGRVHVWmRHP*Q±RVBünê ´îš são pessoas comuns, o termo, aí, designando, então, não os nobres, mas, ao contrário, os plebeus.

Lm 3,33

Bünê-´îš

Foi com Alonso-Schökel que, metodologicamente, se introduziu, DFLPDDFHOHXPDBünê ´îšVmRRVQREUHVQR6O>@0DVOiYLXVH QmRHVWiRIXQGDPHQWRGDD¿UPDomR±HOHpEXVFDGRIRUD(FRPRVH 6O>@RX>@SXGHVVHPVXSULUDLQIRUPDomRHUDGHVGHOiTXH supostamente, se resolvia a questão. Equivocadamente, julgo certo.

$JRUD HQWUHWDQWR TXDQWR D /P  R SUySULR$ORQVR6FK|NHO abre a possibilidade de se tratar do povo da cidade, logo, de plebeus20.

3DUD$ORQVR6FK|NHO/PYrDSDUHFHUXPSHUVRQDJHPDQ{QLPRTXH

19 Quanto a isso, cf. GOTTWALD. Introdução Socioliterária à Bíblia HebraicaS 20 Da mesma forma, Adele Berlin vê, aí, “meros” seres humanos (cf. BERLIN,

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IDODHPQRPHGDFLGDGH$UULVFDVHXPDLGHQWLGDGH-HUHPLDVRXDO-guém se pondo no lugar de Jeremias21. Ora, com isso, desfaz-se a

pos-sibilidade de os Bünê ´îš GRYVHUHPRV³QREUHV´SRUTXH-HUHPLDV QmRVHID]FRQWDUHQWUHHOHV6REUH/P$ORQVR6FK|NHOFKHJDD D¿UPDU³GHDFRUGRFRP-UHVVHFDVWLJRHUDGHVWLQDGRDR povo. As sortes do povo e do profeta se fundem”22. Alonso-Schökel põe

lado a lado, como uma grandeza social, “Jeremias” e o “povo”, e volta DUHODFLRQiORVQRVY³QRVWHPSRVGH-HUHPLDVHPUHODomRDHOH diante da perseguição, e em relação ao povo diante da invasão”. E, con-WXGRFDODVHGLDQWHGH/P1HQKXPDSDODYUDVREUHRVBünê ´îš que DtDSDUHFHP7RGDYLDVHpFRUUHWRD¿UPDUTXHDWpDtVHYDLIDODQGRGH “Jeremias” e do “povo”, nada mais natural – e tão natural que se tenha considerado desnecessário referir-se a eles – do que ver aquele mesmo “povo” nestes Bünê ´îš(VVDSDUHFHVHUSRUH[HPSORDLQWHQomRFRP TXH(OL]DEHWK%RDVHVHUHIHUHDHVVDSDVVDJHPD¿UPDQGRTXH'HXVQmR VHDJUDGDULDGHDÀLJLU³QLQJXpP´±EHP³QLQJXpP´pVX¿FLHQWHPHQWH JHQpULFRSDUDVHUVXSRUWDGRSHODH[SUHVVmRBünê ´îš23. A autora não é

H[DWDPHQWHH[SOtFLWDHODWHPHPYLVWDRXWUDVFKDYHVGHDSUR[LPDomRD

Lamentações, mas parece ser adequado admitir que, se ela tivesse em

YLVWDRVHQWLGRGH³QREUHV´WHULDHPSUHJDGRXPWHUPRPDLVHVSHFt¿FR para Bünê ´îš, e não “anyone”.

2UDQR6O>@$ORQVR6FK|NHOH&DUQLWLD¿UPDUDPTXHRVBünê ´îš diferem dos Bünê ´ädäm. E, uma vez que os tratam, lá, de “senho-res”, consideram os Bünê ´îš como “nobres” – “senhores”. E, contudo, DTXLHP/PDLQGDTXHVHVLOHQFLH$ORQVR6FK|NHOIRUoDQRVD uma interpretação dos Bünê ´îš como sendo o “povo”. Mas quem são, D¿QDORVBünê ´îš"26O>@HR>@WUDWDPQRVFRPRRSRVWRV aos Bünê ´ädäm/RJRRV³¿OKRGHKRPHP´VmRXPWLSRGHJHQWHHRV ³¿OKRVGH$GmR´RXWURWLSR6HUiSRVVtYHOTXHRVBünê ´îš sejam “no-EUHV´QR6OH³SOHEHXV´HP/P"

21 Também Norman Karol GOTTWALD, op. citS

22 Cf. ALONSO-SCHÖKEL, Bíblia do Peregrino, pp. 1989-1992.

 Cf. BOASE. 7KH )XO¿OPHQW RI 'RRP"7KH GLDORJLF LQWHUDFWLRQ EHWZHHQ WKH

Book of Lamentations and the pre-exilic/early exilic prophetic literature,

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Não seria mais adequado pressupor-se que, a rigor, apenas Gn GHL[DSRXFDPDUJHPGHG~YLGDVREUHDLGHQWLGDGHVHPkQWLFD de Bünê ´îš, e que, ali, se trata muito mais plausivelmente da gente co- PXPGRSRYRGRTXHGH³QREUHV´"1mRVHULDPDLVDGHTXDGRDGPLWLU-VHTXHR6O>@HR6O>@DSHQDVDFUHVFHQWDPD*QD informação de que os Bünê ´îš são um grupo diferente e polar em rela-ção aos Bünê ´ädämHTXHVHQGRDVVLPVH*QGmRRVBünê ´îš SRUJHQWHGRSRYRUHVXOWDQHFHVViULRLGHQWL¿FDUVHRRXWURJUXSR±RV Bünê ´ädäm±FRPRRJUXSRRSRVWRORJRRV³QREUHV´"6HQGRDVVLP não seria mais adequado, então, aplicar-se essa informação tanto ao Sl >@TXDQWRD/PHDVVXPLUVHSRUPHLRGHVVHUDFLRFtQLRTXHDt também, como em toda a Bíblia Hebraica, então, os Bünê ´îš são o povo FRPXPDJHQWHVLPSOHVDJHQWHGRSRYR±RV³SOHEHXV´"

Conclusão

Das seis ocorrências de Bünê ´îš na Bíblia Hebraica, apenas duas ±*Q±SRGHPVHUFRQVLGHUDGDVFRPRUHODWLYDPHQWHVHJXUDV para a determinação da identidade do grupo político-social por esse ter- PRGHVLJQDGRWUDWDUVHLDPGDVSHVVRDVFRPXQVGHQWUHRSRYRDJHQ-WHVLPSOHVHYHQWXDOPHQWHUHIXJLDGDGDIRPHLUPmR¿OKRVSDUHQWHV amigos, isto é, um grupo genérico de homens, o povo, os “plebeus”. De nenhuma outra ocorrência se pode dizer indiscutivelmente o mesmo, se se conta apenas com a própria ocorrência, conquanto se possa aplicar o VHQWLGRDGTXLULGRHP*QHDVVLPLQWHUSUHWDUVHSHUIHLWDPHQWH a passagem. Em todas, “povo” cabe perfeitamente bem.

'DVRFRUUrQFLDVGH6O>@H>@REWrPVHPDLVXPDLQ-IRUPDomRRVBünê ´îš constituem um grupo político-socialmente oposto aos Bünê ´ädäm3DUWLFXODUPHQWH6O>@GHL[DFODURTXHVHWUDWD

 Ganha força essa hipótese se a ela for acrescentada a argumentação de Erhard

*HUVWHQEHUJHUTXDQWRDWUDWDUVH/PGHXPDSHoDOLW~UJLFDSUySULDGHXPDFRPX-QLGDGHVLQDJRJDOSyVH[tOLFDDTXHPGL¿FLOPHQWHFDLULDEHPRDGMHWLYRGH³QREUHV´ (cf. GERSTENBERGER. Psalms, Part 2, and LamentationsS 

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num caso, dos “plebeus”/pobres e, no outro, dos “nobres”/ricos. To-davia, não se pode, desde apenas aí, determinar quem é o pobre, quem é o rico, quem é o nobre, quem é o plebeu, salvo se se determina a

priori qual o caso de paralelismo poético sinonímico cabe aplicar na

interpretação da passagem – se clássico, os nobres são os Bünê ´ädäm, se quiasmático, os nobres são os Bünê ´îš. Todavia, pode-se aplicar, aí, DLQIRUPDomRGH*Q±VHOiRVBünê ´îš são o povo comum, os “homens”, resta necessário que aqui também eles o sejam, de modo que *QSRGHGHYHIXQFLRQDUFRPRFKDYHKHUPHQrXWLFDSDUDDGH-terminação da relação entre Bünê ´îš H³SOHEUHXV´³SREUH´QR6O>@ H³SOHEHXV´QR6O>@

Finalmente, por meio da informação articulada pelas passagens de *Q6O>@H6O>@GHTXHRVBünê ´îš correspondem ao “povo” pobre, a gente comum, as pessoas de modo geral, os “ho-mens”, genericamente referidos, mas não os “nobres”, que, nesse caso, são designados pelo termo Bünê ´ädäm, pode-se, agora, aplicar esse VHQWLGRDUWLFXODGR¿QDOPHQWHD6O>@HD/PGHWHUPLQDQGRVH assim que, em toda a Bíblia Hebraica, e contrariamente ao que reza a tradição, os Bünê ´îš não são os “nobres”, mas “os pobres”.

5HVXPLQGRQD%tEOLD+HEUDLFDSRGHVHD¿UPDUTXHRVBünê ´îš constituem um grupo político-social formado pelo povo comum, pe-las pessoas das cpe-lasses populares, pelos “plebeus”, pelos “homens” ge-QpULFRVHPJHUDOLVVRHPRSRVLomRWpFQLFDDRV³QREUHV´HjVSHVVRDV das classes altas, nesse caso, designadas pelo termo polar Bünê ´ädäm. 2TXr"$WUDGLomRQmRRGLVVH"%RPVHPSUHpWHPSRGHFRUULJLUDWUD-dição. Ou não...

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