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A teoria de Marx no contexto de análise do programa mulheres mil: buscando aproximações / The theory of Marx in the analysis context of the thousand women program: searching for approaches

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.81813-81825, oct. 2020. ISSN 2525-8761

A teoria de Marx no contexto de análise do programa mulheres mil: buscando

aproximações

The theory of Marx in the analysis context of the thousand women program:

searching for approaches

DOI:10.34117/bjdv6n10-565

Recebimento dos originais: 08/09/2020 Aceitação para publicação: 26/10/2020

Márcia Cecília Ramos Lopes

Mestre

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, Brasil Endereço: Rua 75, nº46. Centro. CEP: 74055-110. Goiânia-GO

E-mail: marciaceciliah@gmail.com

Lúcia Helena Rincón Afonso

Doutora

Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Brasil

Endereço: R. 227, 119 - Setor Leste Universitário, Goiânia - GO, 74605-080 E-mail: luciarincon@gmail.com

Maria Esperança Fernandes Carneiro

Doutora

Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Brasil

Endereço: R. 227, 119 - Setor Leste Universitário, Goiânia - GO, 74605-080 E-mail: esperancacarneiro@outlook.com

Maria Cristina das Graças Dutra Mesquita

Doutora

Pontificia Universidade Católica de Goiás, Brasil

Endereço: R. 227, 119 - Setor Leste Universitário, Goiânia - GO, 74605-080 E-mail: mcristinadm@yahoo.com.br

RESUMO

Neste artigo apresenta-se reflexões sobre como o materialismo histórico dialético poderia dar suporte à elaboração da pesquisa, que se encontra em andamento, sobre o programa Mulheres Mil desenvolvido no IFG, no período de 2011 a 2013. Para melhor compreender o legado marxista e como este propõe o conhecimento da sociedade moderna, regida pelo modo de produção capitalista, além de Marx e Engels, optou-se também por pesquisar autores que estudaram sua obra ou que se referenciaram em sua teoria para tratar a educação, o trabalho, as políticas educacionais, dentre estes Paulo Netto (2011); Löwy (1998); Frigotto (2010) e Gamboa (2014).

Palavras-chave: Modo de produção capitalista, Mulheres e formação para o trabalho, Exclusão

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ABSTRACT

This article presents reflections on how historical dialectical materialism could support the elaboration of the research, which is underway, on the program Thousand Women developed at IFG, in the period from 2011 to 2013. To better understand the Marxist legacy and as this proposes the knowledge of modern society, governed by the capitalist mode of production, in addition to Marx and Engels, it was also chosen to research authors who studied his work or who referenced in his theory to treat education, work, educational policies, among them Paulo Netto (2011); Löwy (1998); Frigotto (2010) and Gamboa (2014).

Keywords: Capitalist mode of production, Women and job training, Productive exclusion. 1 INTRODUÇÃO

Uma das características da atividade científica é a utilização do conhecimento já produzido para nortear a construção de novos conhecimentos e, por isso, se torna fundamental que o pesquisador determine sob que bases do pensamento científico, já edificado e consolidado, serão conduzidas as investigações.

O propósito desse estudo é justamente chegar à compreensão da pertinência da teoria elegida para subsidiar as análises do tema da pesquisa em andamento, já que o olhar crítico pressupõe a adoção de uma lente, a qual possibilitaria realçar aspectos da realidade não visíveis ao olhar ingênuo. A pesquisa que conduzimos, é direcionada a investigar o programa Mulheres Mil que foi implementado no Instituto Federal de Goiás (IFG), no período de 2011 a 2013. O Mulheres Mil foi concebido como um programa de governo cuja ação objetiva era ofertar formação profissional a mulheres de baixa escolaridade, baixa renda e desempregadas, ou seja, em situação de extrema vulnerabilidade social.

O Mulheres Mil teve início em 2005, proveniente de uma cooperação entre o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), na época Centro Federal de Educação Profissional e Tecnológica (Cefet), e os colleges canadenses. Posteriormente, de 2007 a 2010, a Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional (CIDA) e o governo brasileiro reconfiguraram o programa para o atendimento a mil mulheres em 12 Institutos Federais da região norte e nordeste. Em 2011 o Mulheres Mil foi ampliado para todo o território nacional. (Brasil, 2011).

A opção por localizar a pesquisa no intervalo entre 2011 a 2013 foi motivada pelo acompanhamento profissional das atividades do Mulheres Mil no IFG que realizamos desde sua adesão, em 2011, até o ano de 2014, quando passou a integrar o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego1 (PRONATEC). A proposta aqui é buscar, no marxismo, ferramentas que contribuam para compreender que relações se estabeleceram entre as pessoas envolvidas na execução desta ação, a partir do momento quando a comunidade escolar recebeu o Mulheres Mil

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como mais uma frente de trabalho. Mais precisamente, como esta comunidade lidou com esta ação, que percepções e noções tinham sobre a condição da mulher na sociedade em situação de vulnerabilidade. Também nos interessava saber como, e se, essas alunas influenciaram a visão de mundo e de função da escola dessa comunidade.

Os conceitos básicos para análise foram constituídos através de consultas e pesquisas realizadas com o intuito de compreender como as mulheres integram a estrutura social vigente, construída historicamente sob orientação androcêntrica e heteronormativa.

2 CONTEXTUALIZANDO A TEMÁTICA

De acordo com Del Priori (2014), desde a colônia, a família patriarcal vigorou mesmo que a maior parte da população não pudesse arcar com os custos de um casamento legal ou em consonância com os ideais definidos pela Igreja Católica. Entretanto, havia também, desde muito cedo, famílias chefiadas por mulheres, fato que se dava não pelo questionamento da estabilidade e solidariedade do vínculo familiar, na vigência do casamento ou do concubinato, mas pela precariedade das condições de sobrevivência da família, o que muitas vezes levava o homem a se ausentar para ganhar a vida longe de casa. Para esta autora,

Algumas marcas do passado sobrevivem: a família continua a correia de transmissão de valores e tradições. É “em casa” que aprendemos sobre o certo e o errado, sobre nossa cultura e nosso passado. Encontramos também aquelas famílias em que o papel dos “agregados” – padrinhos e madrinhas, afilhados, parentes, pobres – ainda é muito forte, assim como as chefiadas por mulheres independentes, uma velha tradição no país. (DEL PRIORI, 2014, p. 65).

No cenário em que se constituiu a população brasileira na ultima década deste século XXI, ocorreram mudanças marcantes para as mulheres, por exemplo, nos “núcleos formados por casal sem filhos, a proporção de mulheres como pessoa de referência3 passou de 6,6% para 19,4% e, no de casais com filhos, de 5,1% para 20,3%”, desde 2004 até 2013 (BRASIL, 2014, p. 73). Mesmo alcançando melhores índices que os homens na redução do nível de ocupação, o avanço da valorização da figura da mulher no âmbito doméstico não foi diretamente proporcional à possibilidade de melhoria do seu rendimento. Verificamos nos dados de 2004 que “70,6% dos arranjos de casal onde a mulher era a pessoa de referência, os cônjuges tinham rendimento igual ou superior a elas”, e que, no ano de 2013 essa proporção avançou apenas para 76,3% (BRASIL, 2014, p. 75). Outros fatores importantes ainda contribuem para a desigualdade entre homens e mulheres, dentre eles, a jornada dupla4, que impõe às mulheres uma jornada quase cinco horas superior à dos

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homens, e a menor remuneração das mulheres tanto na formalidade quanto na informalidade, onde tem maior participação que os homens (BRASIL, 2014).

As conquistas de espaço e valorização pelas mulheres têm ocorrido paulatinamente e nem sempre representando ganhos absolutos. No Brasil, signatário de vários compromissos firmados com a legislação internacional, o desenvolvimento dos debates sobre os direitos e as políticas para as mulheres ocorreu concomitantemente ao processo de redemocratização política (BARSTED, 2014). Esse capítulo da história, ainda muito recente, aos poucos supera e também resguarda ideias e práticas utilizadas para definir e instaurar identidades sociais de homens e mulheres.

Em si, a diferença sexual não é positiva nem negativa, mas torna-se política quando é marco de desigualdade, criada a partir de uma evidência corpórea “natural”, o que oculta os mecanismos de poder de sua construção. Se a diferença pode ser filosófica ou biológica em seu ponto de partida, torna-se forma de poder político ao estabelecer a desigualdade, a inferioridade social. (SWAIN, 2009, p. 2-3).

Na trajetória das lutas pela superação das condições históricas de desvalorização social, que delega papéis inferiores às mulheres (reprodução social na esfera doméstica enquanto que aos homens é delegada a responsabilidade pela atividade produtiva no espaço público), baseando-se na divisão sexual do trabalho e consequente hierarquização das atribuições de homens e de mulheres, se sobrepõe o que atualmente Godinho e Brito (2014) denominam “novas fronteiras da desigualdade”. Fato que pudemos perceber nos indicadores sociais apresentados anteriormente.

Para Scott, “A igualdade é um princípio absoluto e uma prática historicamente contingente. Não é a ausência ou a eliminação da diferença, mas sim o reconhecimento da diferença e a decisão de ignorá-la ou de levá-la em consideração” (SCOTT, 2005, p. 15). Partindo desta afirmação, a autora esboça situações em vários contextos históricos em que a igualdade, anunciada como princípio geral, representou, ao menos inicialmente, a garantia de cidadania apenas a “iguais” que não possuíssem traços de diferença (relacionadas à riqueza, cor e gênero). Analisando as ações afirmativas, que considera paradoxais por pretenderem combater a discriminação categorizando grupos e evidenciando as diferenças entre eles, esta autora defende que as políticas direcionadas a solucionar os problemas de injustiça e desigualdade devem, ou deveriam, refletir ações que interviessem considerando a igualdade ou a discriminação em contextos históricos, na dinamicidade de seus processos políticos e sociais.

Assim, apoia-se em Ciavatta (2009) para situar que, a inserção no mundo, através da educação e do trabalho, nas sociedades capitalistas, vem provocando o distanciamento da classe trabalhadora, e nela, a maioria das mulheres, “da riqueza social e dos saberes que desenvolve”

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(CIAVATTA, 2009, p.4). Outros autores, como Gomez (2002), Machado (1989) e Freire (2009), dentre outros, apontam perspectivas que sustentam que, na relação educação-trabalho projetada pelo capitalismo, toda e qualquer responsabilidade sobre as diferenças salariais, que geram todas as formas de exclusão, são retirados da estrutura social e atribuídos ao indivíduo, tornando-o duplamente responsável: pelo próprio fracasso e pela falta de desenvolvimento econômico.

A cientista social Míriam Limoeiro Cardoso salienta que esse viés de pensamento, herdeiro das concepções do nacional desenvolvimentismo5, tem produzido no Brasil um deslocamento do discurso do Estado para a economia – influenciando as análises, as discussões e as ações (incluindo aí as políticas públicas) – e para o futuro. Na mesma medida,

A crença no mito do desenvolvimento desvia a reflexão crítica. Desvia-se da produção do conhecimento das relações essenciais para a organização e para a transformação desta sociedade, conhecimento esse que poderia vir a tornar- se uma contribuição relevante para as lutas pela transformação efetiva da sociedade. Sob a ideologia do desenvolvimento, em lugar de centrar a discussão na natureza das relações sociais que constituem a sociedade, a reflexão é deslocada para o que possa impelir “o desenvolvimento” e para o que possa dificultar ou impedir “o desenvolvimento”. (FREIRE e BECHER, 2013, p. 210).

De acordo com Deitos e Lara (2012), ao privilegiar a produtividade e a competitividade no contexto da globalização econômica, as políticas educacionais nacionais, ou programas educacionais como é caso do nosso objeto de estudo, são articulados e difundidos como pontes para acesso ou inserção ao mercado de trabalho. “Desse modo, a política educacional, como uma política social importante, fica comprimida como responsável por criar o locus invocatório da mediação que seria a ‘solução’ entre o desemprego estrutural e o processo de acumulação de capital” (DEITOS e LARA, p. 53, 2012).

Visualizando essas contradições e reconhecendo que no meio social de onde vem as alunas do Mulheres Mil é que elas impactam mais fortemente, buscamos uma leitura de mundo que nos propiciasse o conhecimento das relações instituintes da organização e produção da sociedade, a da teoria marxista. Nos ampara nessa consideração o que diz Triviños (2013) sobre a base filosófica de Marx, o materialismo dialético, que se propõe construir “[...] uma concepção científica da realidade, enriquecida com a prática social da humanidade” (TRIVIÑOS, 2013, p. 51). Entendemos que nesse conjunto, nas teorias que se aproximem da visão marxista e nela própria, poderemos amparar a reflexão que conduza a pesquisa sobre o Mulheres Mil no IFG.

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3 A CONSTITUIÇÃO DO CONTEXTO EXCLUDENTE

O pensamento dialético, que na Grécia Antiga, desenvolvia explicações sobre o mundo em sua dinamicidade e mutabilidade, só foi retomado com expressividade após o século XVI, por Montaigne e Diderot. Em Hegel, no início do século XIX, a dialética alcança seu apogeu. Posteriormente, os estudos de Marx o levam a superar o pensamento Hegeliano, tido como idealista por subordinar a matéria ao espírito, pois, segundo este, somente o espírito acompanha as mudanças do universo e, de acordo com essas mudanças, modifica a matéria. Marx irá estruturar a dialética materialista de forma a alterar essa ordem de subordinação, postulando que diante do movimento contínuo do pensamento e do universo, a modificação das coisas irá levar à modificação das ideias (LAKATOS e MARCONI, 2011).

Para construir sua perspectiva acerca da ciência da economia política, Marx estudou a produção dos economistas clássico6, sobretudo Ricardo, tendo concluído segundo Löwy (1998, p. 117), que “[...] apesar de sua boa fé, de sua imparcialidade, de sua honestidade, de seu amor à verdade, a economia política clássica é burguesa, e sua ideologia7 de classe impõe limites à

cientificidade”. Por isso, esse teórico buscou uma forma de ver o mundo que, ampliando perspectivas da simples verificação dos fatos sociais como aparentemente se configuravam, pudesse trazer à tona as contradições neles imbricadas. Dessa forma, “O marxismo foi a primeira corrente a colocar o problema do condicionamento histórico e social do pensamento e a ‘desmascarar’ as ideologias de classe por detrás do discurso pretensamente neutro e objetivo dos economistas e outros cientistas sociais” (LÖWY, 1998, p.99).

Marx construiu sua teoria estudando principalmente “[...] a gênese, a consolidação, o desenvolvimento e as condições de crise da sociedade burguesa, fundada no modo de produção capitalista” (PAULO NETTO, 2011, p.17) e, além de se constituir em um proeminente pensador, se preocupou em estabelecer uma teoria social impregnada de seu engajamento político, profundamente comprometido com transformações sociais. Exatamente por isto, concomitantemente à visibilidade alcançada, essa teoria fez surgir muitas críticas e foi alvo de intensa resistência, mesmo assim se mantendo atual (PAULO NETTO, 2011; LÖWY, 1998).

Com Friedrich Engels, Marx elabora um arcabouço teórico que subentende o mundo como um conjunto de processos e não de coisas acabadas, ou seja, os indivíduos constituem o mundo e no mundo em suas condições materiais de vida, as que ele já encontrou produzidas e as que ele produz em um processo dinâmico (PAULO NETTO, 2011). Nesse sentido, não existiria um fim em si mesmo para o desvelamento da realidade, ao contrário, a consciência da realidade só teria finalidade

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para a transformação dessa mesma realidade, guiada pela teoria edificada na esfera do processo de vida real, ou seja, na própria existência (FRIGOTTO, 2014).

A análise para a qual buscamos referência nesta teoria, também está identificada com este particular da reflexão teórica que tem como perspectiva a ação transformadora, tanto nos objetivos das autoras como no locus onde se forja e constitui o objeto em análise, a política pública em foco.

A partir da constatação de que a sociedade burguesa possuía “a mais desenvolvida organização da produção” (PAULO NETTO, 2011, p. 47), Marx e Engels dedicaram-se a identificar suas categorias (formas de ser, elementos que identificam aspectos específicos) e múltiplas determinações (delineamentos constitutivos da realidade). Para ambos, o ser social – e a sociabilidade resulta elementarmente do trabalho, que constituirá o modelo da práxis – é um processo, movimento que se dinamiza por contradições, cuja superação o conduz a patamares de crescente complexidade, nos quais novas contradições impulsionam a outras superações.

A teoria marxista assenta a acuidade no exame do contexto social à consideração do indivíduo como um ser determinado assim como determinadas são as relações deles entre si, com a produção e com a política (Marx, 2011). Concebe esse conceito a partir da análise do processo de desenvolvimento das organizações sociais, da Antiguidade até a Idade Média, dos sistemas de propriedade (tribais, comunais, feudais) que estas estruturaram e, consequentemente, da divisão social do trabalho instituído. Adverte que a observação empírica, livre de especulação ou mistificação, deve se pautar no seguinte entendimento:

A estrutura social e o Estado nascem continuamente do processo vital de indivíduos determinados, porém esses indivíduos não como podem parecer à imaginação própria ou dos outros, mas tal e qual realmente são, isto é, tal como atuam e produzem materialmente e, portanto, tal como desenvolvem suas atividades sob determinadas limitações, pressupostos e condições materiais, independentemente de sua vontade.

A produção de ideias, de representações e da consciência está, no princípio, diretamente vinculada à atividade material e o intercâmbio material dos homens, como a linguagem da vida real. As representações, o pensamento, o comércio espiritual entre os homens, aparecem aqui como emanação direta de seu comportamento material. (MARX e ENGELS, 2011, p. 50-51).

Essa recomendação à “observação empírica” (sic) evidencia a indispensável atenção que se deve dispensar, na análise da vida social, à ligação entre a estrutura social e política e a produção. Na mesma medida, para a elaboração teórica de Marx e Engels, visava combater a forma com que as análises sócio históricas até então eram apresentadas pelos empiristas, como coletânea de fatos inanimados, e pelos idealistas, como ação imaginária de entidades imaginárias. Ao nosso estudo

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indica o grau de aprofundamento a que o pesquisador deve ascender se pretende abarcar substancialmente a conjuntura social vivenciada.

O elemento fundante para o ser social e a sociabilidade, para Marx e Engels, é o trabalho, que exprime as relações de produção que os homens estabelecem entre si e com a natureza (MARX, 2010). As relações estabelecidas socialmente, para a produção (trabalho) ou reprodução (procriação) da vida, traduzem a interdependência material dos homens e do intercâmbio de forças produtivas das quais decorrem o aumento populacional e o incremento da indústria e do comércio (MARX e ENGELS, 2011). No percurso da evolução da sociabilidade humana o que, originalmente, se constituía em uma divisão do trabalho no ato sexual, passou pela divisão “natural” do trabalho, determinada por disposições particulares, e chegou à divisão efetiva quando instituiu e distinguiu o trabalho material do trabalho intelectual. Nesse momento,

A divisão do trabalho, na qual estão dadas todas essas contradições e que repousa, por seu turno, na divisão natural do trabalho na família e na separação da sociedade em diversas famílias que se opõem entre si, envolve ao mesmo tempo a distribuição, e, com efeito, a distribuição desigual, quantitativa e qualitativamente, do trabalho como de seus produtos; isto é, envolve a propriedade, que já tem seu germe, sua primeira forma, na família em que a mulher e os filhos são escravos do marido. A escravidão na família, embora ainda rudimentar e latente, é a primeira propriedade, que aqui, aliás, corresponde exatamente à definição que deram os economistas modernos, pela qual a propriedade é o poder de dispor da força de trabalho de outrem. Além do que, divisão do trabalho e assim como propriedades privadas, são expressões idênticas: pois na primeira se enuncia em relação à atividade aquilo que se enuncia na ultima em relação ao produto dessa atividade (MARX e ENGELS, 2011, p. 59, grifo dos autores).

O ponto de vista apresentado anteriormente nos fornece uma dupla aproximação: em primeiro lugar o modo de examinar a forma de produção capitalista que, na instituição de relações de trabalho desiguais, impelem a uma manutenção da condição de precariedade da classe trabalhadora e, em segundo lugar, uma forma de considerar a situação da mulher nessa conjuntura, como estrato social duplamente subjugado. Evidências dessa afirmação podem ser encontradas nos dados da pesquisa apresentada neste trabalho, dentre outras elaboradas com o mesmo fim.

O poder e o alcance que o Estado exerce sobre a coletividade faz parte das investigações que Marx e Engels realizam e, de acordo com suas análises, o Estado pretende ser unificador dos interesses, ou seja, obter legitimidade e exercer controle por possuir o atributo de traduzir o interesse geral. Porém, o Estado é sempre constituído pela luta de interesses de classe e, sendo representado pela classe dominante, resguarda seus interesses. A classe dominante, por sua vez, possuindo “[...]

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os meios de produção material dispõe também dos meios de produção espiritual, o que faz com que sejam a ela submetidas, ao mesmo tempo, as ideias daqueles que não possuem os meios de produção espiritual” (MARX e ENGELS, 2011, p. 78).

De acordo com suas análises, na sociedade burguesa, as relações de produção estão submetidas ao capital e este abarca produtos materiais e valores de troca, um dos quais é a força de trabalho do operário (MARX, 2010). A baixa remuneração conferida ao trabalho das mulheres e sua atuação em ocupações menos prestigiadas, fato que perdura aos nossos dias, foi uma das práticas exploratórias instituídas pelas grandes fábricas do capitalista industrial que Marx e Engels (2005) estudaram. Segundo estes autores, quando as oficinas dos mestres artesãos patriarcais foram transformadas em indústrias, a organização do trabalho gerou mais que servos da burguesia, gerou escravos da maquinaria, dos capatazes e dos próprios fabricantes, resultando em numa relação em que

Quanto menos habilidade e força exige o trabalho manual, quer dizer, quanto mais a indústria moderna se desenvolve, mais o trabalho dos homens é suplantado pelo das mulheres e crianças. As diferenças de sexo e de idade não tem mais valor social para a classe operária. Ficam apenas os instrumentos de trabalho, cujo custo varia conforme a idade e o sexo. (MARX e ENGELS, 2005, p. 73).

O papel da educação no âmbito doméstico e da mulher na esfera privada e sua função de perpetuação do poder da classe dominante, a burguesia, também foram duramente criticados por Marx e Engels (2005) que propunham, juntamente com revolução comunista, além de outros quesitos, a educação pública e gratuita de todas as crianças (e a combinação desta com a produção material) e a suprimir das relações sociais a “posição das mulheres como simples instrumentos de produção” (MARX e ENGELS, 2005, p.84).

Com este fundamento, a partir do estudo rigoroso do movimento social de seu tempo, Marx e Engels delineiam as relações de produção capitalistas, fundam e disseminam ideias almejando o protagonismo da classe trabalhadora na luta por uma nova ordem social (MARX, 2005; 2010), cujo sucesso só poderia ser conquistado através da representatividade política o que, para o proletariado ainda dependeria da “[...] superação de toda forma antiga de sociedade e de dominação em geral” (MARX e ENGELS, 2005, p. 45-46; 2011, p. 61).

As contribuições dessa teoria para o nosso estudo não se encerram nas considerações que conseguimos descrever neste trabalho, no entanto, uma ultima orientação proposta por Marx que não poderíamos deixar de mencionar evidencia a necessidade do exame minucioso do condicionamento das relações sociais de produção, seu contínuo movimento histórico e a constante

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análise do fenômeno ligando aspectos que vão do particular ao universal e vice-versa (MARX, 2014).

4 CONCLUSÃO

Como temos verificado, nos discursos oficiais a erradicação da miséria e o combate à pobreza são muitas vezes atrelados à promoção da educação. Mas no decorrer das investigações e estudos já realizados encontramos um grande abismo nesse argumento. Em uma margem estão as propostas das políticas de formação contemplando a promoção da cidadania, mas estas acabam se efetivando, na outra margem, proeminentemente, sob a configuração de programas de formação aligeirados com cursos voltados a atividades que, na maior parte das vezes, não garantem a “empregabilidade” pretendida. Do ponto de vista de um olhar informado pelo materialismo histórico, não há nesta práxis a materialização do entendimento da possibilidade do salto qualitativo no processo educativo.

No caso do Mulheres Mil o que percebemos até o momento é que a produção de renda de forma autônoma tem sido atingida mais que a inclusão produtiva, mas a maior colaboração do programa tem sido relacionada à promoção do bem estar. Por isso, acreditamos que, para que outro abismo pudesse ser efetivamente combatido pela educação profissional, o abismo social que separa o operário do capitalista, como observou Marx, dependeria de uma ação muito mais abrangente do que a implantada na maioria dos IFs, superando a crença no mito do desenvolvimento que, nas palavras de Miriam Limoeiro, desvia a reflexão crítica.

Concluímos, a partir desse estudo, que a teoria elaborada por Karl Marx e suas análises sobre a sociedade moderna poderão nos oferecer a contribuição mais acurada para que possamos explorar o contexto social, ancorado no modo capitalista de produção, concentrando a atenção na articulação deste com a educação e o trabalho.

NOTAS

1 Criado em 2011, o PRONATEC oferta cursos de educação profissional e tecnológica de curta

duração. Maiores informações em: http://pronatec.mec.gov.br/.

2 “[...] heteronormatividade se conecta diretamente com o androcentrismo e a misoginia; primeiro,

porque sustenta a idéia do governo homem/masculino sobre o mulher/feminino, inclusive sobre o que é produzido pelo e com o corpo da mulher; segundo porque ao exigir a tarefa de governo do homem e de governada da mulher, lhes obrigam a relações intrínsecas e reprodutivas do sistema em uma lógica binária”. (CAETANO, 2011, P. 64)

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CAETANO, Márcio. Masculinidades, androcentrismo e heteronormatividade em experiências escolares. In: SILVA, Fabiane Ferreira; MELLO, Elena Maria Billig (orgs.). Corpos, gênero, sexualidades e relações étnico-raciais na educação [recurso eletrônico]. Uruguaiana, RS: UNIPAMPA, 2011. p. 59-73. 182 p. Disponível em: < http://porteiras.r.unipampa.edu.br/portais/sisbi/files/2013/07/Corpos-2011.pdf>. Acesso em: 11 Fev. 2015.

3 A pessoa de referência, segundo o IBGE, não é necessariamente aquela da qual se depende para a

subsistência no domicílio: “Entende-se por dependência doméstica a relação estabelecida entre a pessoa de referência e os empregados domésticos e agregados da família, e por normas de convivência as regras estabelecidas para o convívio de pessoas que moram juntas, sem estarem ligadas por laços de parentesco ou dependência doméstica. (PNAD 1992, 1993, 1995, 1996)”. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/i

ndicadoresminimos/conceitos.shtm. Acesso em: 19/12/2014.

4 “[...] um aspecto invisível da estrutura do mercado de trabalho, mas que afeta principalmente o

trabalhoras mulheres: a realização de afazeres domésticos [...]” (BRASIL, 2014, p. 127).

5Termo que, segundo a cientista, se convencionou designar a matriz teórico-política originada em

meados do século passado com as disputas entre regiões do planeta, inaugurando as denominações polares:

“desenvolvidos” (poucos países ricos/avançados) e “subdesenvolvidos” (vários países pobres/atrasados). Posteriormente surgiu uma categoria intermediária e mais flexível sob o ponto de vista das possibilidades de subdivisão, a dos países “em desenvolvimento”. Essas noções foram substituídas pelas teorias da modernização, utilizando o par de opostos tradicional/moderno, que postulam a capacidade de modernização por qualquer Estado, desde que o padrão de referência ideal seja a sociedade norte- americana

6 Marx considerava “clássicos” os economistas que, embora não completamente, foram capazes de

“descobrir a conexão interna das relações de produção burguesa” possuindo sua obra, portanto, “valor científico”. Considera “vulgares” os economistas que apenas alcançaram “a superfície imediata das coisas” e, além disso, procuraram negar ou acobertar as contradições do capitalismo. (LÖVY, 1998, p. 102-103).

7 Para Löwy (1998) está na obra O Dezoito Brumário de Luís Bonaparte a melhor definição de

ideologia como expressão de uma classe social determinada, quando Marx conceitua superestrutura: “Sobre as diferentes formas de propriedade, sobre as condições de existência social, se eleva toda uma superestrutura de impressões, de ilusões, de formas de pensar e de concepções filosóficas particulares. A classe inteira as cria e as forma sobre a base destas condições materiais e das relações sociais correspondentes.” (MARX apud LÖVY, 1998, p. 100).

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