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O Aljube do Porto : alguns documentos para a sua história

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Academic year: 2021

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I

Congresso

s o b r e

a

Diocese

do

Porto

Tempos e Lugares

de

Memória

H o m e n a g e m

a

D.

Domingos de Pinho Brandão

ACTAS

V O L U M E I

PORTOIAROUCA, 2002

Centro de Estudos D. Domingos de Pinho Brandão Universidade Catolica - Centro Regional do Porto Faculdade de Letras da Universidade do Porto - Departamento de Ciéncias e Técnicas do Património

(3)

O ALJUBE DO PORTO: ALGUNS

DOCUMENTOS PARA A SUA HISTÓRIA

Joaqui~n Jaime B. Ferreira-Alves

Dcpartomenro de Ciéncirr e Técnicas da Prtrim6nio Frculdrde de L e t n s da Universidade do Poria

No Porto existiram dois aljubes: o primeiro, provavelmente construído no século XVI, estava localizado "numa casa contígua ao Arco ou Porta de Vandoma, para o lado da Rua Escura"; e o segundo, levantado a partir de 1749, foi edificado na rua de São Sebastião. O primitivo aljube, ou "Carcel Ecclesiastico"', sobre o qual pouco sabemos, teria sido construído no Último quartel do século XVI, sendo bispo' D. Frei Marcos de Lisboa'. Num documento, de 17 de Agosto de 1726, da autoria de António Cerqueira Pinto diz-se: "Alem das obras que os mesmos escri- tores apontam que fez nesta cidade he de saber que tambem foi obra deste PreladoJ o Aljube della, em que existiraõ muitos annos gravadas as suas Armas, de que uzava; até que sendo Bispo desta cid.' D. Niculao Monteiro reformou e reedificou o mesmo Aljube, pondo-lhe as suas armas, no lugar em que estavão as do Bispo D. Fr. marco^"^. Em 1749, foi feito um contrato de troca do primitivo aljube por umas casas na rua de São Sebastião, o que levou não só

i

mudança de local, como

i

construção de uma nova prisão eclesiástica.

'

NOVAIS. Manuel Pereira de: A,incrisis Hisrorial. Porto: Typ. Progresso, 1913, vol. 11, p. 40.

'

Confirmada Bispo da Porto por "Lettras apastolicas", de 1 de Novembro de 1581. expedidas por Grcgório XIII (1572-1585). D. Frei Marcos de Lisboa "sagrou-se em Lisboa no Convento de S. Fran- cisco da Cidade aos 21 de Janeiro de 1582". Entrou solenemente no Pono em 8 de Abril de 1582. Cf. FERREIRA, J. Augusto - Metriorios Arclzeologico-hirtoNcos da Cidade d o Porto (Fastos Episcopaes

e Poliricos). Sec. VI - Sec. X X . Bragu: Cruz & Comp.' - Editores, 1924, vol. 11, p. 181-182.

'

Faleceu em 3 de Setembro de 1591.

'

D. Frei Marcos dc Lisboa.

"ASTOS, Artur de Magalhães - Notícias curiosas sobre assuntos ponuenses extraidos dos "Papeis" do académico setecentista k t 6 n i o Cerqueira Pinto. Bolerim ~ ~ r l n r r o l d o Câniora Mrozicipal d o ~ o r i o .

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JOAQUIM JAIME E. FERREIRA-ALVES

O

antigo aljube

Dois contratos notariais permitem conhecer um pouco melhor a história do primitivo aljube. O primeiro documento está relacionado com a reedificação refe- rida por António Cerqueira Pinto. Em 14 de Junho de 16716 foi feito, "no passo

do bispo", um contrato entre D. Nicolau Monteiro (1581-1672), bispo do Porto de 1671 a 1672, e os mestres pedreiros Pantaleão Vieira7 e Manuel do Couto8. No

referido dia, na presença do cónego Manuel Álvares Moutinhog, vigário geral, os referidos mestres de pedraria foram contratados para "o conserto e obra do aljube", que haviam arrematado por 224.000 réis. Pantaleão Vieira e Manuel do Couto, que deveriam iniciar os trabalhos no dia 1 de Julho, teriam de executá-los segundo os apontamentos que, para o efeito, foram feitos: "far se há o cunhal de novo com pedras de olear compridas que apanhem o grosso da parede e do cunhal velho se aproveitarão as pedras que pera fechos servirem tudo de piquão meudo = As jinellas das grades de baixo se ham de acresentar os tranqueiros na largura da pa- rede o que for nesesario e se hão de meter leadouros pera segurança nas grades que tenham de groso coatro palmos fiquando tudo limpo de piquam meudo e se há de meter hum fecho emtre as soleiras e padieyras e não estando alguma pedra boa ou rendida nestas jenellas velhas das grades se farão de novo as que forem nesesarias e farão a parede de larguo athe altura de doze palmos sinco palmos e meio tudo de juntouros e oleadouros sendo pedras mais grandes que fasão pezo dahy pera sima athe as traves sera de coatro palmos e meio e das traves athe o telhado de tres palmos larguos ficando o de mais para roleixo das traves = As jenellas de sima se aproveitarã a pedraria lavrada que puder ser as demais pedras seram de novo = A porta se fara de novo o que nella for nesesario pera fiquar segura pera esta obra

[...I

e sendo nesesario reformar as paredes que repartem as cadeas por dentro tambem se há de dar as braças

[...I

se há de fazer outra janella

I...]

na caza livre tambem se há de fazer huma fresta pera a porta de Sam Roqueio

Arquivo Distrital da Pano (A. D. P.), Secsao Notarial, Po -,S. livro 39, tis. 112-114". Doc. Referido par: FERREIRA-ALVES. Joaquim Jaime B

-

O Porto rio Epoca dos Alnlodas. Arqriitecti<rn. 06ros PNDlicas. Pono: 1988, vol. I, p. 86. nata 292.

'

"morador na rua de Santo Ilefonso estramuros desta cidade". "morador fora da porta da rua de Carros desta dita cidade".

PINTO, António Ferreira - O Cabido da do Por~o. Sifbsidios para a sua história. Porto:

CBmara Municipal do Porto. 1940, p. 212.

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I CONGRESSO SOBRE A DIOCESE DO PORTO

no casere dos cleriguos que tenha coatro palmos de comprido e hum d e alto em forma que leve ou não grades e s e feche com postiguo e chave pela banda d e fora

[...I

tudo se farn com muita segurança". As obras referidas nos apontamentos per-

mitem concluir que a intervenção feita no aljube, por iniciativa de D. Nicolau Monteiro, não levou à construção de um novo edifício, mas sim a alterações que procuram melhorar o cárcere quinhentista.

Fac-simile das assinaturas dos outoigantes d o documento de 14 de Junho de 1671

U m novo documento notaria1 dá-nos mais informações sobre o aljube. Em 11 de Janeiro de 1709", os mestres pedreiros António da Costa, o novo, e Pantaleão das Neves", que haviam arrematado a obra da torre do aljubei3, com a obrigação de a começarem no dia 15 de Janeiro, trespassam-na a Pedro João, José de Sousa, Bartolomeu da Costa, Manuel Gomes e Custódio Ferreira, também mestres de pedraria". Os apontamentos para a obra foram feitos por J o i o Pereira dos Santos, nessa altura, um dos principais arquitectos que trabalhavam na cidade. Este con- trato fornece-nos duas importantes informnções: a primeira, é a existência de uma torre na estrutura do primitivo aljube, provavelmente parecida com a da Casa da Câmara: a segunda, é a intervenção nesta obra de João Pereira dos Santos, a quem se atribui também o risco da Casa do Cabido, cujo contrato é do mesmo ano, ainda

"

A. D. P., SecçSo Notarial, Pa-9, 3."sCiie, livro 14, f l s . 58-59. Documento referido por: FERREIRA--ALVES, Joaquim Jaime B.

-

ob. cit., p. 86. N3 data em quc foi elaborado este documento a Diocese do Pano encontiuva-se na situaçSo de S é vaga devido ao falecimento d o bispo D. José de Santa Maria Saldanha em 28 de Setembro de 1708.

" Residentes na frcçuesia d e Santo Ildefonso.

" "em presso de cento c corenta mil reis".

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JOAQUIM IAIME B. FERREIRA-ALVES

que só fosse cumprido anos depois. A presença de João Pereira dos Santos na obra do aljube velho é uma informação com o maior interesse pois permite ir-se re- constituindo o percurso daquele que deve ter sido, entre os últimos anos do século XVII e o primeiro quartel de Setecentos, uma das figuras mais importantes da arquitectura portuense.

Fac-símile das assinaturas dos outorgantes do documento de 1 de Janeiro de 1709

Para os presos ouvirem missal5 foi mandada construir a capela de São Gregório, "defronte do Aljube"I6, pelo bispo D. Fr. Gonçalo de Morais, que esteve à frente da diocese de 1602 a 1617. A capela de São Gregório que estava situada "onde hoje existe a Secretaria da Devoção do SS. Sacramento", foi demolida em 1791".

"

Num contrato, de 7 de Março de 1643, para celebruft de missas lê-se: "na Capella d e SZa

Gregorio que esta defronte do Aljube. de que a Cabido d Administrador, in Solidum. conforme o

Testamento d o Senhor Bispo Dom Gonçalo de Moraes, a qual missa será resada, dita em todos os Domingos e dias Santas d o anno, piiru sempre para que as pessoas que estiverem presas no dito aljubc possam ouvir missa nos ditos Domingos e dias Santos". Cf. Aljube. O Tripeiro. Pono. 1." ano. 31 (1909) p. 210.

' O FERREIRA, J. Augusto

-

ob. cit.. p. 215.

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I CONGRESSO SOBRE A DIOCESE DO PORTO

O

novo aljube

O aljube, que pela notícia anterior teria uma estrutura com uma torre, como a da Casa do Senado que lhe ficava próxima, seria mudado de lugar a partir de 1749. Em 1 de Maio desse anoi8 na Casa de Vandoma, estando presentes o Dr. Manuel de Sousa e Silva, como procurador de D. Fr. José Maria da Fonseca e Évora (1690- -1752), bispo do Porto de 1741 a 1752, o proprietário da casa, o reverendo Jerónimo de Távora e Noronha, "Deão da Santa Seê Cathedral", o arcediago de Oliveira do Douro Vicente José de Freitas e o cónego Dr. António de Deus Campos, como pro- curadores do Cabido, foi feita uma escritura para a mudança do antigo aljuhe".

A razão principal, apresentada pelo representante do Bispo do Porto para tal medida, foi a seguinte: "haver ueçessidade de fazer se novo aljube ecclesiastico nesta cidade; por o antigo que athe o prezente havia i existia se achar totalmente incapax assim por ser muito pequeno, e não ter as comodidades precizas, e ne- çessarias para recolhimento dos prezos, e aljuheiro, e porque a prizão de clerigos e sacerdotes de missa como por se achar tam velho, que não podia guardar segu- ramente os prezos, como hera notorio nesta mesma cidade; pois por muitas e repetidas vezes o havião minado os prezos rompendo as paredes e fugindo pellas roturas, o que tudo fazia evidente a falta de segurança de maneira que quando suçedia haverem prezos de culpas maiores se fazia e tinha feito precizo recorrer ao Chanceller Governador das Justiças para os haver de mandar recolher nas cadeas da sua Relaçam secular, o que alem de depender do dito consentimento alheio não ficava muito decente a prizão de ecclesiasticos em cadeas seculares". Além destes inconvenientes, o aljube estava muito próximo da Sé e na passagem dos Bispos para a catedral e paço episcopal, o que não era desejável.

Sendo o Deão possuidor de "duas moradas de cazasXz0 no terreiro junto

a

A. D. P., Secçáo Not&riiil. Po-9,3.'sCrie. livro 81. fls. 32-35", Documenta referida por: CAMPO BELLO, Conde dc (D. Hcnriquc) - Os oljzibes cio Porto, Boletim Cultural da Cãmara Municipal do Porta. voi. 11. Porta, 1939, pp. 315-319 e FERREIRA-ALVES. Joaquim Jaime B. -ob. cit., p. 86. Esta mudança do aljube é também referida por: MAGALHÃES BASTO. Artur de - Sioi?Úrio rie a~irigrtido-

&r do aiui nobre cidade do Porto. Parto: Editora-Livraria Piogredior, 1963. p. 68-69.

I q "part~: do sul e poente com ma e terreiro da Sée; none com viella do aljube, e trazeiras das caras

da rua da Senhora do Ferro nucente com cappeia as Senhora de Bandoma c cazas delle De&".

'O "com seus quintais e penenps". Confrontações: nascente "com rua publica de São Sebastiáo;

norte com cazas do padre Antonio Alvares e os mais da ma da Banharia. poente com cazas e quintais da mesma, sul com cappela e cuzas que f i c b asima do dito arco que comprou a Caza da Mizericordia

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JOAQUIM JAIME B FERREIRA-ALVES

capela de São Sebastião, estava na disposição de "largar as ditas propriedades", onde seria construído o novo aljube, ficando em troca "com o velho, e antigo por se achar este junto, e immediato âs cazas" onde vivia. Esta troca convinha também ao proprietário da Casa de Vandoma para não ter como vizinhos os presos e "poder aproveitarçe do dito aljube velho" para "augmentar as suas proprias cazas em que vive". Estando ambas as partes de acordo, fizeram "troca, escambo e per- mutação do dito aljube velho com sua torre, quartos, emxovia, escada" com as duas casas do Deão, onde o novo aljube teria, além de outras vantagens2', a de ter água próxima e os presos poderem ouvir missa, já que "das cazas do Reverendo Deão havia e hâ porta para" a capela de São Sebastião.

Fac-símilc das ussinntur&s dos outorgantes do documento de 1 de Maio de 1749

O contrato para a construção do novo aljube foi feito alguns dias depois do documento de troca do velho aljube pelas casas de Jerónimo de Távora e Noronha. Em 7 de Maio'Voi contratado o mestre pedreiro José da Costa (morador na

"

"commadidade L...] por S C ~ o dito sitio e propriedades de cezar e quintais dc muito mayor vallor

e cstimasão do que o dito uljube velho".

" A . D. P.. S e c ~ á o Notarial, Po-9, 3.'série, livro 81, fls. 48v.-49". Foram terternunlias da contrato: Joáo Anrónio. lavradoi, morador na aldeia de Frudelos, freguesia de Santo Ildefonso e Manuel Fran- cisco. pedreiro, morador no lugar da Carvalhido, freguesia de Moreira.

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I CONGRESSO SOBRE A DIOCESE DO PORTO

freguesia de Leça do Balio) para executar o novo aljube, que o bispo D. Fr. José Maria da Fonseca e Évora mandava levantar "no sitio de São Sebastiam desta cidade", segundo "huma planta admiravel que mandou fazer".

José da Costa (ou José da Costa Ferreira) teria que executar a obra de pedrana, "toda a esquadria na forma da dita planta e apontamentos", por "hum conto de reis", e a alvenaria "e propianho, por braça medida na forma dos mesmos apon- tamentos, a dois mil e quinhentos reis". Foram fiadores do mestre pedreiro: Ma- nuel Tomé Morzira; António Moreira Gomes; António Moreira (os três mestres pedreiros da freguesia de Moreira): José Francisco (da freguesia de Paranhos) e

Nicolau da Silva Moreira (da freguesia de "Pena Mayor", comarca de Penafiel).

Fuc-rimile dar aisiiiaturas dos autargantes do documento dc 7 de Maio de 1749

Em Novembro do mesmo ano') o mestre pedreiro que arrematara a obra do novo aljubez4, juntamente com Manuel Tomé Moreiraz', António Moreira da Sil- vaZ6 e José Francisco", todos também mestres pedreiros, que "avião tomado toda a obra de pedraria do novo aljube desta cidade que com efeito andavão fazendo",

"

29 de Novembro de 1749. A. D. P., S e c ~ s o Notariul. Pa-I, 4." série, livro 292, fls. 38v.-40.

"

José da Casta ou José da Corta Ferreira.

"

Ambos moiadores em Lesa do Balio.

"

Residente na freguesia de Moreira.

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ioAQuiM JAIME B FERREIRA-ALVES

fizeram um contrato com Inácio Pinto, lavradorz8, que lhes conduziaz9 a pedra ne- cessária para a referida obra". Tendo sido decidido pôr pronta metade do aljube, "para se mudarem os prezas do aljube velho", os mestres pedreiros pagariam a Inácio Pinto metade do que estava estipulado para

a

condução da pedra, "athe a metade da dita obra se acabar"". Determinava ainda o contrato que "sendo cazo que ajão alguns acresentamentos alem da planta que se acha feita ou desmenuição della tambem avera acresentamento ou desmenuesão na condução e carretas da pedra".

Fac-simile das assindturas das outorgantes do documento de 29 de Novembro de 1749

Estes dois documentos relacionados com a construção do novo aljube, ainda que não sejam muito ricos em informações acerca da obra, referem alguns aspec- tos importantes sobre um edifício do qual pouco se sabe. Em primeiro lugar, após. a decisão da mudança de localiza~ão do aljube, as obras da nova construção co- meçaram de imediato, o que nos permite datar a sua construção entre 1749-1750. Em segundo lugar, os documentos referem os nomes dos mestres de pedraria que tomaram a empreitada e nomeiam a "planta admiravel" pela qual deveria ser le- vantado o edifício, mas cuja autoria silencia. Sem querermos atribuir o projecto a alguma das figuras que pontuavam no risco arquitectónico naquela época, quere- mos só lembrar os nomes, entre outros, de António Pereira, Miguel Francisco da Silva. Nicolau Nasoni e Manuel Álvares Martins.

Residente em Santo Ildefonso.

"

"do monte donde se anda cobrando".

"

"cobrando em presso de trezentos e sincoentu mil reis".

"

InScio Pinto "confesava ter já repetido da mão delles ditas mestres pedreiros sincoenta e outo

mil c novecentos e seçenta reis em que vXo [...I descotitudos as curretos que os ditos mestres pedreiras paguráo a outros lavradares''.

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I CONGRESSO SOBRE A DLOCESE DO PORTO

Pela imagem que chegou até nós, o novo aljube nada tinha de admirável. O projecto deveria ter provavelmente três corpos separados por pilastras, que ficaram reduzidos a um corpo lateral e uma parte inacabada do corpo central. A aljube tinha rés-do-chão (com uma portada e duas janelas) e um andar (com três janelas), ao nível da rua de São Sebastião. O seu aspecto nunca entusiasmou qualquer memorialista da cidade, razão das poucas referências sobre a sua estrutura, e as que existem designam a prisão eclesiástica de "casa, pequena, e de aspecto ingrato à vista"32 ou de "pequeno edifício"". Se o projecto foi admirável, a sua concre- tização foi bem mais modesta.

''

"Junto à rua de S. Sebastião jaz esta casa. pequena. e de aspecto ingrato à vista. Foi primitiva- mente prisáa de ecclcsiasticos, e serve agora para reclusão dos calcetas". Gnia Hisiorico do Viajnnre

rio Porro e Arrabaldes. Porto: Na Livraria c Typographia de F. G. da Fonseca - Editor, 1864, p. 80.

I' "Pequeno edifício, cansuuído extnmuros da circunvala$ão, mandado fazer por D. Gon$alo Pereira.

bispo do Porto. mas encostado à muralha (da qual ainda aqui proximo existe um l a n p bem conservado). Está logo abaixo da Si, na principio da ma de São Sebastiáo, e o chafariz do mesmo nome. Depois que term- nau o fora ecclesiustico, ficou sendo cadeia publica, n'clla se recolhiam as toleradas que infrigiam as regu- lamentos sanituios, c mais algumas criminosas que conseguiam que conseguiam poder para aqui vir. em vez de hirem para os medonhas covis da relaqão. Desde 17 de Abril de 1875, esobeleceu-se aqui asylo das rapazes vádios. que ate entáo estava na ma dar Cuvalheins". PWHO LEAL, Augusto Soures de Azevedo Barbosa de - Ponr<gnl Anrigo e Modenro. Lisboa: Livraria Editoia de Matos Moreira. 1876, val. 7, p. 448.

* Pormenor da fotografia inserida na obra: Porro esql>irins do tempo (Grupo IF). Porto: C2mara Municipal do Porto, 1982.

Referências

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