Getúlio Vargas: um estudo comparativo entre a revista
ilustrada “Careta” e a imprensa comunista (1945‐1954)
Resumo
Utilizando como fontes a revista “Careta” e os periódicos da imprensa comunista, buscar‐se‐á fazer um estudo comparativo de como essas publicações desenharam a figura de Getúlio Vargas no período de 1945‐54. Traços, conceitos de caricatura e charge, abordagens, público‐alvo, busca do riso, da ironia e da denúncia serão abordados neste texto. Palavras‐chave: Getúlio Vargas; “Careta”; Imprensa Comunista; Caricatura; Charge. Alberto Gawryszewski Doutor em História Econômica pela Universidade de São Paulo. Professor do Programa de Pós‐Graduação em Comunicação, da Universidade Estadual de Londrina. Brasil agawry@sercomtel.com.br Para citar este artigo: GAWRYSZEWSKI, Alberto. Getúlio Vargas: um estudo comparativo entre a revista ilustrada “Careta” e a imprensa comunista (1945‐1954). Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 9, n. 20, p. 186 ‐ 229. jan./abr. 2017. DOI: 10.5965/2175180309202017186 http://dx.doi.org/10.5965/2175180309202017186
Getúlio Vargas: um estudo comparativo entre a revista ilustrada “Careta” e a imprensa comunista (1945‐1954) Alberto Gawryszewski Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 9, n. 20, p. 186 ‐ 229. jan./abr. 2017.
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Argumento
Getúlio Vargas :a comparative
study of the illustrated
magazine " Careta” " and the
communist press (1945‐1954)
Abstract
Using as sources the magazine “Careta” and periodicals of the communist press, we will seek to make a comparative study of how these publications drew a picture of Getulio Vargas in the period of 1945‐ 1954. Traits, cartoon and comedic strips concepts, approaches, target audience, the search for laughter, irony and delation will be addressed in this text. Keywords: Getúlio Vargas; “Careta”; Press Communist; Caricature; Cartoon.
Getúlio Vargas :un estudio
comparativo de la revista
ilustrada "Careta" y la prensa
comunista (1945‐1954)
Resumen
Utilizando como fuentes de la revista "Careta" y las revistas de la prensa comunista, buscan hacer acá un estudio comparativo de cómo estas publicaciones dibujaron la figura de Getulio Vargas en el período 1945‐1954. Traces, conceptos de caricatura, enfoques, público objetivo, buscar la risa, la ironía y la denuncia se abordará en este texto. Keywords: Getúlio Vargas; "Careta"; Prensa Comunista; Caricatura; Viñeta.
Introdução
Getúlio Vargas foi, provavelmente, um dos políticos brasileiros mais retratados em caricaturas e charges, não só pela sua figura “caricaturável”, mas principalmente por sua longevidade política (COSTA, 2011; FLORES, 2001; GARCIA, 2005; SILVA, 2014, entre outros).Este trabalho visa fazer uma comparação entre traços, temas e abordagens de duas fontes diversas: a imprensa comunista brasileira (em especial as publicações editadas na cidade do Rio de Janeiro), com seus periódicos diários, semanários e mensais, direcionados às classes pobres, sindicalizados, intelectuais,na maior parte contrários ao político Vargas, e o periódico “Careta”, uma revista comercial, semanal, direcionada a um público variado, destacadamente de médio e alto poder aquisitivo, com um lado cômico importante e, também, crítica à figura de Vargas em todo o período estudado. Nos primeiros, encontramos cerca de 60 charges e caricaturas de Vargas e, no segundo, um número altíssimo, já que era uma revista eminentemente ilustrada e tinha em Getúlio Vargas um de seus objetos preferidos de retratar.
Evidentemente, não poderíamos colocar neste trabalho todas as charges localizadas; assim, optamos por fazer uma seleção. No caso da imprensa comunista, procurou‐se mostrar aquelas que sintetizassem as principais mensagens dos artistas e redatores do Partido Comunista do Brasil(PCB). Serão apresentadas por ordem cronológica e por tema. No caso da revista “Careta”, procurou‐se, igualmente, apresentar as principais linhas de construção da imagem de Vargas e como se desenvolveu com o tempo. Ao fim, discutir‐se‐á o conceito de charge e caricatura e buscar‐se‐á mostrar as semelhanças e diferenças pontuais entre as formas e as mensagens pretendidas e construídas nessas duas imprensas diversas.
Um ligeiro histórico das fontes ora utilizadas
A partir de 1945, na volta à legalidade, o PCB deu início à construção de uma vasta rede de publicações nacionais e regionais, revistas, romances, discursos, pensamentos, clássicos do marxismo (Lênin, Marx etc.), jornais e panfletos. Tal rede foi chamada de Imprensa Popular. A composição desta era ampla e buscava atingir diversos setores da população. Para os leitores comuns e setor de massas, a “Imprensa Popular” (antes “Tribuna Popular”); para o simpatizante e militante, a “Voz Operária”; e para o militante, “A Classe Operária”. O primeiro, diário, com notícias da cidade, do mundo e do Partido. O segundo, semanário, com notícias sobre o movimento agrário, operário e sobre os partidos comunistas do Brasil e do mundo. Também existia o “Gazeta Sindical”, editado na cidade do Rio de Janeiro pela Frente Sindical. Para os jovens, “Novos Rumos”, e para os intelectuais, as revistas culturais, como "Fundamento", "Seiva" e "Esfera". O jornal diário “Tribuna Popular”, editado na cidade do Rio de Janeiro, chegou às bancas em maio de 1945. Em seu primeiro número, na primeira página, encontra‐se uma carta de Luiz Carlos Prestes, dirigente máximo do PCB: "O povo terá enfim o seu jornal, a tribuna popular que reclamava e de onde poderá expor suas reivindicações e debater os grandes problemas nacionais e que só ele pode de fato resolver". Nessa missiva, acompanhada pela sua foto, incluía outros escritos que tinham por mesmo objeto: “Saúdo [...] o advento em nossa terra de uma nova imprensa ‐ a imprensa popular capaz
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de esclarecer, orientar e unir o nosso povo no caminho da democracia e do progresso”(“A saudação de Prestes", Tribuna Popular, 22/05/45, p.01). A referência aqui não é somente ao jornal, mas à imprensa popular, ou seja, uma nova rede de jornais que, ao contrário da então existente, seria um espaço para o povo propor e resolver os seus problemas. Mas a orientação correta seria dada pelo PCB.
No mesmo jornal acima citado, no seu editorial intitulado "O jornal que o povo espera", lemos outras frases que iam ao encontro dos dizeres de Prestes.
Nosso jornal chega na hora certa. Chega quando o povo necessita de uma tribuna a que possa assomar com a sua voz clara e firme, e através da qual receba mais diretamente a palavra orientadora de seus guias. Jornal que quer ser companheiro, amigo de todos, sem outro desejo que o de falar a verdade, esclarecer dúvidas, pôr fim a confusões, indicar o rumo seguro das aspirações comuns dos brasileiros [...]. ("O jornal que o povo esperava”.Tribuna Popular, 22/05/45, p.03)
Se havia espaço para o povo expor suas ideias, debater, quem daria a palavra orientadora e definitiva seriam os guias. Como uma publicação de um partido que se intitulava seu representante, o sentido da "Tribuna Popular" era esclarecer as dúvidas do povo, pôr a cabo as confusões existentes nas mentes dos brasileiros, enfim, orientar, conforme as palavras de seus guias (Prestes – "guia de todos os brasileiros" – e Stálin – "guia de todos os povos").
A revista “Careta”, junto com a revista “O Cruzeiro”, é uma das publicações mais usadas hoje como fonte de pesquisa, em especial iconográfica (uma busca simples na internet ajuda a visualizar tal afirmação). Muitas razões existem para isto, seja a facilidade de encontrá‐la completa (em Bibliotecas no formato impresso ou em sites, no formato digital), seja pela sua longevidade (52 anos ininterruptos), e logicamente pela grande quantidade de imagens contidas (fotografias, charges, caricaturas e propagandas). Seu conteúdo atrai pesquisadores de diversas áreas de pesquisa.
“Careta” foi criada em 1908 na cidade do Rio de Janeiro, em um momento distinto de nossa história e da história da imprensa. A cidade carioca tinha passado por profundas transformações urbanísticas e arquitetônicas na perspectiva de mostrar ao mundo um
novo Brasil, mais dinâmico e moderno. “Careta” fazia parte desse novo mundo, dividindo espaço com outras publicações ilustradas (em especial “Fon‐Fon” e “O Malho”) que surgiram nesse período. O desenvolvimento de novas técnicas de impressão, que possibilitavam a inclusão de imagens, até em cores, e grandes tiragens, levou ao barateamento do valor unitário das publicações e à capacidade de atingir um público inédito e variado, tanto local, como nacional e internacional. Além da grande tiragem possível, a expansão da propaganda – com uso de imagens e diversos formatos de fontes – ajudou na arrecadação monetária para as revistas, dando um caráter profissional e permanente aos seus colaboradores.
Fundada pelo empresário Jorge Schmidt, ex‐diretor e fundadorde outras revistas ilustradas, “Careta”era um semanário (saía aos sábados), com cerca de 40 páginas, e tinha um caráter eminentemente comercial, como dito no próprio editorial de abertura: "Todavia, nossa esperança é justamente que o público morra pela Careta, a fim de que ela viva. E, feita cinicamente essa confissão egoísta [...]". Ainda conforme este: "[...] Careta é feita para o público, o grande e respeitável público, com P maiúsculo!" (Careta Ano I, nº 01, 06/06/1908, p.03).Este seria um público seleto, formador de opinião, intelectual e refinado. Mas não quer dizer que seu alvo também não fossea população mais humilde. As charges e caricaturas coloridas em sua capa, a qualidade gráfica, as colunas variadas (criadas no decorrer do tempo),repletas ou não de fotografias (de festas, bailes, esportes, solenidades, etc.), caricaturas, charges, charadas, tiradas de humor,etc. atraíam um público maior do que a elite financeira e intelectual, seja pelo acesso direto pela compra, seja pelo acesso indireto em locais públicos (barbearias, engraxates, etc.). Portanto, o alcance da revista “Careta” foi extraordinário para o período de sua existência. Deve‐se dar destaque ao fato de que a maioria da população brasileira era analfabeta e, assim, as imagens possuíam um potencial de atração e, também, de uma interpretação diferenciada.
Se no início a proposta da “Careta” era unicamente fazer "caretas", isso foi mudado no decorrer do tempo, em especial a partir de 1930, quando a situação política a exigiu menos humorística. Na realidade, o debate político, econômico e social do país
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adquiriu um maior papel em seu conteúdo, incluindo o uso da charge e da caricatura nesse viés.
Em editorial de 1953, “Careta” escreveu: "[...]Fomosanti‐revolucionários em 1930 como em 32; em 1935 como em 45 e sê‐lo‐emos hoje como amanhã. Do mesmo modo, somosanti‐comunistas pelos mesmos motivos por que somos anti‐fascistas e anti‐ nazistas, e porque somos anti‐franquistas, anti‐peronistas e anti‐getulistas" (Careta, 01‐04‐ 1953, p.03).Assim, “Careta” nunca foi imparcial, promovendo debates sob sua óticasobre o que estava ocorrendo no país nas áreas econômica, social e, especialmente, política.
No período da ditadura de Getúlio Vargas ("Estado Novo", 1937‐45), a imprensa foi duramente reprimida. Para o lançamento ou manutenção de uma publicação, era necessária a concordância do órgão regulador do Estado, em especial no período do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Assim, a partir de 1940, 420 jornais e 346 revistas foram interditados, fechados ou impossibilitados de existir (SILVA, 2014, p. 17).
Na órbita da criação da charge e da caricatura, o “Estado Novo” foi frustração; o sentimento reinante para os caricaturistas de humor no Brasil foi o da decadência de seu campo de produção, atribuída à violência da censura. A caricatura política deixou de existir para ceder lugar à caricatura de costumes (SGARBI, 1942, p. 27). Álvaro Cotrim (1965, p. 25), famoso caricaturista brasileiro, sobre o mesmo período disse:
A partir de 1937, com a implantação do celerado DIP, a caricatura, especialmente a política, que havia dado tão belos frutos, perdeu, naturalmente, seu ímpeto, [...]. Como na França de Luiz Felipe, em 1834, ao rigor da censura, os nossos caricaturistas também se voltariam, como seus ancestrais franceses, para a caricatura de costumes, um tanto anódino.
Lima (1963, p. 30) também reforça essa tese da liberdade de criação do caricaturista citando um de nossos maiores caricaturistas, J. Carlos:
Era assim que em pleno Estado Novo, falado à Revista da Semana, em agosto de 1944, o mesmo J. Carlos afirmava categoricamente a decadência vertiginosa da caricatura, entre nós, por falta de ambiente propício, porque ‘reproduzir nos jornais, deformando‐a, a cara de pessoas ilustres, famosas ou conhecidas por qualquer motivo não tem nenhuma significação. ’[...].
Portanto, tanto o PCB, que se encontrava na ilegalidade, com seus principais líderes presos, como a imprensa, em geral, sofreram com a repressão e a censura no período estadonovista.
Getúlio Vargas e a revista “Careta”
Viu‐se no item anterior que “Careta” foi atingida em cheio com a censura e com a frustração no criar. A figura de Getúlio Vargas, um personagem constantemente presente nas capas e páginas, tinha desaparecido (GARCIA, 2005, p. 140). Com a crise do regime ditatorial estadonovista e com a fragilização da censura, uma abertura ocorreu possibilitando uma reação da imprensa, em especial, no caso, de “Careta”.Esta, em maio de 1945, em sua capa, apresentava um desenho de um bolo de 15 anos. "Quinze anos, formosa idade! Tanta, tanta mocidade que chega tão cedo ao fim! Abandonada, esquecida, terás, encerrando a vida, a mesa vazia assim?" (Careta, 12/05/1945, capa "O Bolo".)Nesse mesmo número, a seção Loopingthe loop voltava a ser publicada, com o artigo "os semi‐deuses", no qual relatavaa calamidade de uma nação que tivesse por líder alguém que se achasse insubstituível, um iluminado com atributos de semideus. Citava os exemplos de Alexandre, Cesar, Aníbal, Mussolini e Hitler.Ao pé do artigo informou que o mesmo havia sido censurado pelo DIP, em julho de 1942, com a alegação de que "em casa de enforcado não se fala de corda!". A partir dessa censura,a revista resolveu suprimir a coluna (Careta, 12/05/1945, p.03. Assinado pelo pseudônimo N.R). Não só colunas voltaram a ser publicadas em 1945, mas a figura de Vargas também voltou a ser caricaturada e chargeada. Nesse sentido, uma campanha que desejava a realização de uma Constituintecom a manutenção de Getúlio no poder (Queremismo) foi amplamente contestada pela “Careta”. Essa questão se somou à crítica anterior, segundo a qual o país não precisava de um "semi‐deus".
Na charge 01, de junho de 1945, a revista denunciava a falsa mobilização popular em apoio à permanência de Getúlio Vargas no poder. O "QG", abreviaturageralmente associada a Quartel General, poderia ter na charge um sentido diverso,mas também
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p.195
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Argumento
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p.197
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Argumento
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tar o verbete oso, que se v sto de vida. es dos mércio,revis ividida). Po perseguido s Fumaças; ão serem DIP, que fa ã‐finos mili inalmente, eira, enqua va claro co ão de Varg adores, ladr galinha. A sive denun e espaço pa dade. ais classes p Charge 9, m
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lucros sores dos or que vot os pela po o "pai dos molestado acilitava se ionários (P a classe d nto os ladr mo se repr gas no tem
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TB, com M dos ladrõe rões de cas resentam. A mpo do “E asaca, atrav ra a censur scondições a aos puxa‐ o autor Verbete: tub para aument dinários1,fa ensurados, im? As res andarem e oi a "mãe mprensa im ; pelas neg Marcondes s de galinh aca continu Assim, de m stado Nov vessadores ra à impren de vida sacos e ao barão ‐ Bras. tar os seus lu
bricantes novos ric spostas se espremidos dos ricos"; mpedida d gociatas e Filho, Napo has que es uavam solt maneira cô vo”, quando do comér nsa na époc da popul uso da máq . Fig. Industr ucros, contrib de cos e eriam, s nos pelo de se pela oleão staria tos. O mica, o fez rcio e ca da ação. quina rial ou buindo
Getúlio Vargas: um estudo comparativo entre a revista ilustrada “Careta” e a imprensa comunista (1945‐1954) Alberto Gawryszewski Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 9, n. 20, p. 186 ‐ 229. jan./abr. 2017.
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Nos quadros acima (charge 09), chama a atenção a ausência de negros. No primeiro quadro, está escrito: "Nós, os pobres, votaremos no Brigadeiro que não tem casa própria e sempre morou em vila, como qualquer de nós. Vargas é milionário e amigo de magnatas!...". Quem mais não votava em Getúlio? Citam‐se: os torcedores que não queriam o estádio municipal como sucursal do DIP; o soldado da borracha, que morreu nos seringais da Amazônia; a dona de casa que sofreu com a queima do café e a exportação de carne na época da guerra; o "Jeca" que relembrou uma frase de Vargas na época da ditadura:"voto não enche barriga"; os funcionários públicos, que tiveram o aumento na carga de trabalho, o fim da licença‐prêmio e a anarquização da repartição e, por fim, o açougueiro, que ganhou com o câmbio negro, mas perdeu com os achacadores que com este vieram. Em síntese, apenas um voto era para o Brigadeiro que era uma pessoa comum, diferente do milionário Vargas; os demais apenas afirmaram que não votariam em Vargas pelas suas ações ou omissões.Noves fora, Getúlio Vargas receberia os votos dos homens das negociatas, desonestos, contraventores e do povo humilde que obteve melhorias ridículas (de trem movido por carvão para trem movido por energia elétrica).
“Careta”novamente apoiou, para as eleições de 1950, o Brigadeiro Eduardo Gomes por meio de charges (na capa e no seu interior), com editorais ("cidadão ínclito e patriota") e com frases soltas no pé da página. Da mesma forma, foi assim com os adversários do Brigadeiro: Getúlio seria "um politiqueiro matreiro e insincero" ou"Quem tiver saudade do mercado negro da gasolina não deixe de votar em Getúlio Vargas".
Com a eleição de Getúlio Vargas ou com mais uma derrota de seu candidato,restou à“Careta” a manutenção de uma posição crítica e a denúncia por meio da escrita e da imagem chargística do governo Vargas.Já foi vista a denúnciaà ideia de continuísmo de Vargas, incluindo o desrespeito à Constituição, mas vejamos outras no mesmo sentido. Com a manutenção da crise alimentícia, habitacional, de transporte e falta de água que vinha desde o “Estado Novo”, “Careta” se posicionou na relembrança desse período e da falta de palavra de Vargas ao não cumprir promessas eleitorais. Nessa linha seguem as charges abaixo, publicadas bem no início do governo Vargas, em janeiro e abril de 1951.
Na “Careta” açambarca Polícia Es identificad com sua le redações d paramenta Nunca pen "Desgraça do Estado o presiden de exceçã ditador na A c momentos das eleiçõ casas para Jeca plant se o Walde charge 10 alertava p ador (câm special (po dos, o rico entidão e b da imprens ada. Getúlio nsei encont adamente t de sítio e d nte eleito, n ão. Mas com ada valia e s charge 11t s, um antes ões) – Eu c a morar!”. tar mais feij emar coloc Ch 0, intitulada para o peri bio negro olítica), se açambarca burocracia, sa com as n o, com os b trá‐los vivos temos que da Polaca, c não poderia mo já foi v suas prome ambém po s das eleiçõ conheço um No segund jão, o feijão ar mais tijo harge 10, Car a "Revendo igo da vol dos alime ja pela ce dor, a eleg , o corpule notas de ce braços ergu s e gozand lamentar a com seu fa a contar co isto, a Con essas eram ossui um ões e outro m meio de do diálogo, o cairá de p olos, teremo reta, 13/01/19
o os bons, lta, ou per entos), da ensura do gante e obe nto agente ensura e, po uidos dand o tanta saú a morte da moso 177!. m a Constit nstituição p em vão. título, apr o depois. N termos fe , o “Getúlio preço, se c os onde mo 951. pp. 28/9 ,(sic) temp rmanência, burocracia o antigo D esa inflação e da PE, o or fim, a sin o vivas aos úde!...". Ent a Censura, d ..". Enfim, n tuição de 19 poderia ser resenta a o primeiro eijão barato o (depois d riar mais bo orar...".
pos e velho , da misér , da repre DIP. Todos o, o velho B agente do nistra mort s velhos am tão, o DIP a do Tribuna nem tudo e 937e nem c mudada, a fala de V diálogo, o o, carne em da chuva d ois, teremo os conheci ria, inflação essão, seja s devidam Barnabé (D DIP a visit te, devidam migos: "Ora advertiu Ge al de Segur eram flores com um trib a palavra d Vargas em "Getúlio (a m abundân e votos) – os mais car dos", o, do pela mente DASP) tar as mente viva! etúlio: ança, s para bunal o ex‐ dois antes ncia e Se o nes e
Revis Getúlio Varg imprensa co Alberto Ga sta Tempo e A O c um vaque presidente vaqueiro, Mais uma era pela investimen atravessad Estado, do remuneraç demagogo Ou seja, p então. Na na capa de Na Charge de 26 de sobre os “Papai No mas você você...". C gas: um estud omunista (194 awryszewski Argumento, F chargista Th
eiro e um e dos dema com ar des
vez a conta baixa pro nto em est dores, do c o excesso ção adequa o de Vargas projetava‐se mesma lin e “Careta” e 12, um exe dezembro dois, um t oel – Não se prometeu Considerand do comparativ 45‐1954) Florianópolis, Cha héo aprese pedreiro, a ais persona sanimado, e a recaía sob odutividade trada, cons câmbio neg de emissão
ada etc. A s antes das e a manute
ha, encont , Papai Noe emplo que de 1953, v título ("Faz ei por que, ...; Papai N do a conju
vo entre a rev v. 9, n. 20, p. arge 11, Caret enta uma u além, é cla agens. Jeca e o pedreiro bre o povo e do trab strução de gro, do tab o de moed charge foi s eleições e enção dos tra‐se um p el. Este com atingiu dir veem‐se as zendo conf mas todos Noel ‐ Eu n untura eco vista ilustrada 186 ‐ 229. jan ta, 03/03/195 rna sobre a aro, da figu lavrador f o Waldema o. Assim, a c balhador, n e silos, arm
elamento d das, do des
i direto ao e uma falta problemas personagem m suas cart retamente figuras de fusão...") e s esperam q não promet nômica e a “Careta” e a n./abr. 2017. 51. pp. 6/7 a qual "cho ura de Var icou de boc ar (outro Je culpa da fal nada relac mazéns de dos preços svio de din ponto da de solução s sociais e m que apar tas, estas p o president e Papai No e um diálog que eu faça ti coisa alg social de c a ovem" voto rgas. Desto ca aberta, p eca) com ol lta de alime cionado co estocagens , da falta d nheiro públ existência o para depo econômico eceu quase pedindo pã te Getúlio V el e Vargas go entre o a milagres!; guma. Quem
crise que v
os; um lavr oa o sorris paralisado; lhar de esp entos e mo om a falt s, existênc de repressã
lico, da falt de um disc ois das mes os que exis
e todos os ão, leite, ca Vargas. Na s, cartas ca os persona ; Getúlio – m promete vivia o país
rador, so do ; Jeca anto. oradia a de ia de ão do ta de curso smas. stiam anos rne... capa aindo gens: Bem, eu foi s e o
p.201
&
Argumento
momento Vargas. De políticos b casava com Se uma const a mesma f um person figura de T por exemp qual nos f quando Va apoio do B disse a Ge festivo do estaca‐se a brasileiros, m a descriç durante o tante na ca foi perdend nagem bem Tio Sam nã plo, foi pou faz lembra argas conq Brasil aos A etúlio que o Natal, ess a palavra e que, em ção acima d período d pa e no int do espaço. m presente ão predomi uco explora ar o períod quistou a s Aliados. Na c não tinha sa charge a em negrito" geral, não e Vargas, a Charge 12, C a Segunda terior de “C Como uma e, inclusive nou na est ado, quando
do da apro iderúrgica charge 13, d soldados p atingia de m "prometeu cumprem ao denomin Careta, 26/12 a Guerra (1 Careta”, a p a revista de em muita tudada pub o se pôde e oximação d de Volta R de julho de para enviar maneira gra u". Um verb o tratado ná‐lo como 2/1953 937‐45) a t partir de 194 nominada d s capas no blicação. O encontrar, p do Brasil co Redonda co 1951, Estilla r para a Co ave a figura bo comum o. Assim, e "insincero" temática in 46 e, em es deanticomu o período 4 tema da gu pelo menos
om os EUA omo moeda ac Leal, Min oreia, ao qu a do presid m nas bocas essa image ". nternaciona special, de unista, Stál 46‐50. Mes uerra da Co s, uma char A nos ano a de troca nistro da G ue o presid
dente s dos m se al era 1950, lin foi mo a oréia, rge, a s 40, pelo uerra dente
Revis Getúlio Varg imprensa co Alberto Ga sta Tempo e A respondeu para“Care político‐ide "Adeus 'd economia A em“Careta em 1953, (charge 14 explicou p americano aquele em sua surpre "cuento" e gas: um estud omunista (194 awryszewski Argumento, F u:"Mas, se eta”, o apo eológico, m ivisas'", ou brasileira.
crítica à p a”, e igualm na capa, T
4). O conto para o Jec os.O Jeca, d mpréstimo, c esa, o mini e sim "cuen do comparativ 45‐1954) Florianópolis, você não oio ou não mas apenas u seja, iron
política ec mente à p Théo conte
o do vigár ca que foi de boca ab certamente stro respon nta". Mais u vo entre a rev v. 9, n. 20, p. o manda s o do gover s com a ne
iza tal form
Charge 13,
conômica olítica econ emplou os
io? Para qu i um gran berta e feliz e imaginand ndeu: "Par uma vez,est vista ilustrada 186 ‐ 229. jan oldados el rno aos am ecessidade ma de entr
, Careta, 12/0 de Vargas nômica ext leitores da uem? O M de golpe, z, exclamou do investim ra pagar ao ta ficou par a “Careta” e a n./abr. 2017. les não m mericanos n de dólares rada de dó 06/1951. P.39 s, como v terna, conf a revista c inistro da já que to u "Oba!" e mentos para os american ra o Jeca pa a andam din nada tinha s ao país. C lares (ou a 9 visto, foi u forme char com a char Fazenda O omaram 30 perguntou a melhorar nos!...". Por agar. nheiro!". A a com o id Curioso o t ao contrário
uma const rge acima. rge "El cue Oswaldo Ar 00 milhões u para que r a sua vida. rtanto, nad Assim, deário título o) na tante Mas, ento" ranha s dos seria . Para da de
p.203
&
Argumento
Por campanha combate a os govern incompetê advertia: r fim, entr a do "Petr a um Estad nos pós‐30 ência admi C re tantas róleo é no o intervent tinham se inistrativa Já estava tornasse p país, inte realmente França. Ela pagarão j 48, p.39) Charge 14, Ca opções, u osso!". Pela tor na econ caracteriza –, mais um a tardando pedra de es eressar aos e, adquiriu r as serão, po uro módico areta, abril d um tema p a linha edi nomia – vis ado pelo e ma estatal
que o Pet scândalo, co s negocista refinarias, la orém, explor ao governo de 1953 palpitante itorial prop sto que, pa empreguism l não seria róleo (escr omo sucede as sem es ançando mã radas por fel o, ficando c na época posta de a ra os edito mo, falcatru
a bem vist
evamos com com tudo q crúpulos ( ão de saldo
lizardos con om os lucro
estudada alinhament ores de “Ca uas, imobil ta. Já em m maiúscul que possa, ...) O Gov os congelad nsessionários os. (Careta, é a to ao reta” ismo, 1948 la) se neste verno, os na s, que 30‐10‐
Revis Getúlio Varg imprensa co Alberto Ga sta Tempo e A No palpitante cumprime Luxembur preço da edição de Res temerária) gas: um estud omunista (194 awryszewski Argumento, F mês segu es para o m
ntos. Entr rgo, Stálin e água mine fevereiro d sumindo, “ ) aomonop do comparativ 45‐1954) Florianópolis, Cha uinte ao e momento, re pergun etc., há um eral?" A res de 1953, ou Em um p natural qu estatal', s para os p de um litr recear gas 02‐53, p.15 “Careta”, n pólio estata vo entre a rev v. 9, n. 20, p. rge 15, Caret escrito acim deixando a tas sobre ma pertinen sposta? Be seja, cinco
aís em que ue tenhamos
ejamos forç reços da ba ro de gasolin
solina cara e 5) no decorre al do petról vista ilustrada 186 ‐ 229. jan ta, novembr ma, em um ao leitor a a bomb te à questã m, ela pod anos depo
e meia garra s razões par çados a pag anana e conf na. E depois e ordinária, r de 1948 leo por con a “Careta” e a n./abr. 2017. ro de 1948 ma capa, J s possíveis a atômica ão presente de ser enco ois, onde se
afa de água ra recear que gar gasolina fortemo‐nos s digam‐nos com o 'petr a 1954, po nsiderar qu a J. Carlos m s respostas a, ataque e: "Teremo ontrada, po pode ler: a Caxambú e amanhã, c a Cr$5,00 o s com o pre s se temos o róleo é noss osicionou‐s e as prátic misturou t s, com dire da URSS os petróleo or exempl custa Cr$3, com o 'mono
o litro... Ate eço real (Cr$ ou não razõ so' .... (Caret se contrária cas do desv emas eito a por o pelo o, na ,00, é opólio entem $0,80) ões de ta, 14‐ a (ou vio de
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Argumento
verbas, abrigo de parentes e políticos, incompetência na gestão da estatal não traria vantagens para o país, que tinha muito para investir em educação, saúde etc., e que não dispunha de verbas, pessoal qualificado e tecnologia para manter de forma lucrativa a Petrobrás.
Vejamos, no item a seguir, como Vargas foi visto pela imprensa comunista.
Getúlio Vargas na imprensa comunista
Em 1945, o ditador Getúlio Vargas anistiou os presos políticos do “Estado Novo” (1937‐45). Era um novo momento político para o país. O Partido Comunista do Brasil (PCB) foi legalizado e Luiz Carlos Prestes, que havia passado 10 anos em cárcere, despontou como um dos políticos mais populares de então. Preocupado com as forças que considerava “reacionárias”, desejando derrubar o poder constituído e visualizando um futuro mais “seguro” com uma constituinte com Getúlio, o PCB aderiu ao movimento que pedia a permanência do ditador até a confecção de uma nova Constituição ("Queremismo").
Vitorioso o golpe que destituiu Vargas, ao PCB restou seguir uma linha conciliatória denominada “ordem e tranquilidade”, apostando em uma possível aliança entreburguesia e camadas proletárias. A luta era pela ocupação dos espaços democráticos existentes nas casas legislativas e nos cargos do Poder Executivo para realizar seus projetos políticos, econômicos e sociais, ou seja, as mudanças seriam executadas em plena democracia burguesa. Ocupar esses espaços exigia organização popular e combate nas esferas do debate político; lutava‐se por votos pelo crescimento do PCB. Vargas, líder popular, surgiu como elemento a ser combatido, ou melhor, desmascarado por todos os tipos de linguagem (escrita, falada e visual).
Assim, Vargas somente apareceu na imprensa comunista carioca em janeiro de 1947, às vésperas das eleições para os Governos Estaduais e Municipais, Câmaras Federal, Estadual e Municipal, quando estava estruturando o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e, em discurso, teria dito que “Ele” era a esperança dos humildes. À semelhança de Dutra, tinha sido poupado de ser caricaturado até então.
Revis Getúlio Varg imprensa co Alberto Ga sta Tempo e A As primeira p caricaturas ajudavam um anjo, c segurança o desmasc nenhum m população gas: um estud omunista (194 awryszewski Argumento, F caricaturas página, mas s que unid a transmit com seu in a), afirmand caramento, momento te o brasileira do comparativ 45‐1954) Florianópolis, Charge s que estã s cada uma das formam tir a mensa nseparável do que era , no qual o eria feito q (“boca de s Charge vo entre a rev v. 9, n. 20, p. 16, Tribuna P ão acima fo em um ca m uma cha gem deseja charuto, co ainda a úni ex‐preside ualquer de siri”), desca 17, Tribuna vista ilustrada 186 ‐ 229. jan Popular”, 11/ oram coloc nto. Uma n arge, ou se ada. De um om uma ân ica esperan ente, neste claração ou ansando ca Popular, 14/ a “Careta” e a n./abr. 2017. /01/1947, p. 0 cadas isola notícia as s eja, havia m lado, Varg ncora na m nça dos hum momento u denúncia almamente 01/1947, p. 0 a 01. adas, ou se eparava. N uma ruptu gas aparec mão esquer mildes. De o Senador da frente às n em sua cad 02. eja, estavam a realidade ura,mas, un ceu na form rda (símbo outro lado, a República necessidad deira senat m na e, são nidas, ma de lo de , vem a, em es da tória.
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Argumento
Em coluna do “Tribuna Popular”, de 11 de janeiro de 1947, no mesmo dia das charges acima, duas páginas após, o editorialista escreveu sobre Vargas, considerando que sua estrela política estaria empalidecendo a olhos vistos, ou seja, era um político sem futuro. Não negou que em certo momento Vargas tenha marchado com o povo, como quando se colocou ao lado dos anseios deste, enviando a FEB para combater o fascismo. Entretanto, afirmou que não se podia deixar de lado o seu caráter autoritário, “demagógico golpista”:
Quando se lança numa campanha pelo fortalecimento de um falso Partido Trabalhista Brasileiro dos Marcondes Filho, dos Borghi, dos Pasqualini, dos Alencastro Guimarães e outros tubarões, ele visa, unicamente, a salvação dos interesses de sua classe, da classe dos fazendeiros reacionários, das negociatas, dos patrões imperialistas que mais servem aos seus interesses. (“O desmascaramento de Vargas nas eleições”,Tribuna Popular, 11/01/1947, p.03.)
Por fim, acusou‐o de ser o principal responsável pela carestia, fome, salários baixos em que vivia a população brasileira, encobrindo suas responsabilidades com “chavões demagógicos”.
O autor das charges foi o artista plástico e crítico de arte, Quirino Campofiorito, membro do PCB, que a partir deste momento fez uma série de tiras de “Ele disse...Ele Fez...” com o objetivo político de desmascarar, mostrar as contradições de Vargas entre seu discurso e sua prática como político e administrador. Quirino fez críticas diretas ao ex‐ ditador, pelas condições de moradia, de alimentação e de saneamento básico em que deixou a população brasileira e, em especial, a carioca. Foram publicadas nos dias 12, 14, 15 e 16 de janeiro de 1947, às vezes na primeira página, às vezes não. Não vinham acompanhadas de qualquer texto, pois suas mensagens eram cristalinas: seus títulos, suas imagens e as legendas já davam conta ao receptor da ideia pretendida pelo autor.
Revis Getúlio Varg imprensa co Alberto Ga sta Tempo e A Com seu partid charge 18 intervençõ Viação, e todos rico caricaturas Getúlio só ouvintes t desmascar “mentiros Apó com o go redação e jornal “Im governo D Entretanto período de de 1951 no gas: um estud omunista (194 awryszewski Argumento, F mo no edit do, o PTB, a vemos Mo ões nos si Mário de A os, quase to s que criti ó, desvincu trabalhador rar, destru sas”. ós o ano d overno Dut das oficina mprensa Po Dutra, no pe
o, ao cons e 1947/51, p o diário “Im do comparativ 45‐1954) Florianópolis, Charge torial anter associando rvan Figuei ndicatos, d Andrade, ca odos utiliza icavam os ulando sua res que o P ir o discurs de 1948, a i tra, com em as gráficas) opular”, sub eríodo 1949 ultarmos o percebemo mprensa Po vo entre a rev v. 9, n. 20, p. 18, Tribuna riormente o‐os à misé iredo, ex‐m diretor da andidato a ando o sím patrões e a imagem PTB era o so de Varga
mprensa c mpastelam ) e dificulda bstituto do 9/50, o que os jornais “ os a escasse opular”, jus vista ilustrada 186 ‐ 229. jan Popular, 16/ apresentad ria e ao po ministro do FIESP, Ale ao Senado mbolo da ri e burguese dos “ricos partido de as e mostr omunista c mentos (inv ades financ o “Tribuna e certamen “Momento ez de imag stamente c a “Careta” e a n./abr. 2017. /01/1947, p. 0 do, buscou oder. Tinha Trabalho d encastro G pelo PTB, iqueza, mu s: a cartol s”, afirman les. Mais u rar suas “fa
carioca sof asão e des ceiras. Não Popular”, nte limitou o Feminino gens de Get com o prim a 01 u desmoral um efeito e Dutra, re Guimarães, “testa de f uito comum a. De outr ndo de seu uma vez bu alsas verdad reu consta struição da nos foi pos proibido d um pouco ” e “Gazet túlio. Só re meiro quadr lizar Vargas o detonado esponsável ex‐ministr ferro da Li m nas charg ro lado, ve u palanque uscou desn des”, suas ntes probl as máquina ssível locali de circular nosso trab ta Sindical” etornou em ro da charg s e o or. Na pelas ro de ght”, ges e emos e aos udar, falas emas as da izar o pelo balho. ”, no m abril ge 18,
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Argumento
ou seja, Ge a seguinte direto ao do Brasil” reportage conter a interessad governo p Popular, 10 Log possivelm retomou a vinculando Logo abaix nenhuma 2Acreditamo governo etúlio Varga e legenda: cargo de p ”, onde an m, que era alta do cu dos na crise pela miséria 0/04/1951, p go após, fo ente, esta a ideia de Q o‐o à figura xo vinha um notícia, faz os que a pres Dutra pela cr as no palan “‐ De prom presidente d nalisou a a ilustrada p usto de vid e, os “tubar a do povo” p. 01). Charge 1 oi publicad seria a re Quirino e de a do preside ma reporta zia parte de sente charge rise social e e nque, mas s messas, o p da Repúbli crise econ pela charge da e por c
rões”. Cham (“Respons
19, Imprensa
da na prim gra: as de emonstrou ente, semp agem sobre e uma estra seja de auto conômica. sem o título povo já es ca, Vargas nômica e e, acusava o colocar nos mava‐se a r sável o gove a Popular, 11 meira págin enúncias co de forma c pre com um e a exporta tégia da re ria de Matza, o “Ele disse tá cheio‐”. fez um dis social por o governo s postos‐ch referida rep erno pela m 1/04/1951, p.
na a charg ontra o go cristalina o a m sorriso no ção de carn dação do jo , visto a seme e” e seu dis Já recond scurso no p qual pass Vargas de have da ad portagem: miséria do p 01 e 19, demo verno Varg aumento d o rosto e co ne, isto é, e ornal.2 elhança com scurso, mas duzido por programa “ sava o pa nada fazer dministraçã “Responsá povo”, Imp onstrando gas. O des do custo de om seu cha ela não ilus a charge crít s com voto “Hora aís. A r para ão os ável o rensa que, senho vida, aruto. trava tica ao
Revis Getúlio Varg imprensa co Alberto Ga sta Tempo e A No Vargas no qualcritica somente m desse mo Imprensa P A c comunista Proibição ilustraram e do Brasi criar uma i A c seria um gas: um estud omunista (194 awryszewski Argumento, F jornal “Vo mês de m ava a tentat mais uma c ovimento e Popular, 10/ campanha a carioca n das Armas de forma l. O Partido identidade charge 20, d exemplo d do comparativ 45‐1954) Florianópolis, oz Operária aio de 1951 tiva do gov ampanha c era irreprim /04/1951, p. pela Paz M no período s Atômicas contunden o Comunist coletiva na Charg de autoria da forma d vo entre a rev v. 9, n. 20, p. a”, somente , ilustrando verno de p comunista. mível (“Res 01). Mundial tom o estudad s”, caricatu nte as págin a pretende acional pró‐ e 20, Voz Op de Jorge B de express vista ilustrada 186 ‐ 229. jan e encontra o uma colu assar a ima Afirmou, a sponsável mou uma o. Engajad uristas e ch nas dos pri eu traçar as ‐paz mundi perária, 25/0 Brandão, pu são visual a “Careta” e a n./abr. 2017. amos uma n una intitulad agem de q ao concluir o governo boa parte dos no “M hargistas d ncipais jorn s linhas de ial. 08/1951, p. 03 ublicada no da campan a nova carica da “Força i ue o “Apel a reportag o pela mis
das págin Movimento e diversas nais comun uma polític 3 o “Voz Ope nha.Nela é atura de Ge rreprimíve lo pela Paz gem, que a séria do po
as da impr o Nacional nacionalid nistas do m ca internaci erária” em possível v etúlio l”, na z” era força ovo”, rensa pela dades undo ional, 1951, ver o
p.211
&
Argumento
presidente americano Truman, o Secretário de estado Acheson e o general MacArthur, ao lado de um saco com um cifrão marcado, observando o “enrosco” de Vargas, Góes Monteiro e João Neves. Na mão de um desses personagens (provavelmente Góes) encontra‐se um papel amassado com os dizeres “envio de tropas para a Coréia”, e pela boca de João Neves escorre uma longa baba. Um enorme abaixo‐assinado feito por brasileiros procurava impedir que o governo brasileiro aderisse aos anseios norte‐ americanos. A mensagem é compreensível para o leitor, pois as figuras do governo são identificáveis e mostrou que somente com a união (abaixo‐assinado) seria possível derrotar a política guerreira, identificada por meio da bomba, dos governos brasileiro e norte‐americano. O saco de dinheiro com seu cifrão, tema constante das caricaturas e charges, simbolizava o suborno realizado ou empréstimos sempre disponíveis ao Brasil, caso apoiasse os interesses norte‐americanos. Assim, ao lado da União Nacional, vemos a desmoralização de um governo corrupto e belicoso.
Um mês depois, em setembro de 1951, ”Voz Operária” atacou o presidente Vargas com a charge 21, denunciando‐o como responsável pelo aumento dos preços e pelo rebaixamento dos salários dos operários. No pé da imagem,o seguinte texto:"A política 'trabalhista' de Getúlio: enquanto os trabalhadores lutam por aumento de salários, os tubarões são favorecidos com novos aumentos dos preços." A figura clássica de Vargas com seu charuto à boca, olhando para o leitor e com um sorriso no rosto, como que debochando. Puxando os salários para baixo (reduzindo‐os), usa seu peso para conseguir. O trabalhador (com um macacão) tenta reverter a solução. Aparentemente Vargas está vencendo. Utilizando‐se um uma linguagem visual simples, de fácil identificação e entendimento, não necessitava do texto para fazer‐se compreender. Uma denúncia clara à política econômica e social empreendida pelo presidente. O texto apenas reforça a imagem relacionando Vargas aos interesses dos "tubarões" e contrários aos trabalhadores.
Revis Getúlio Varg imprensa co Alberto Ga sta Tempo e A A c este char culturais e papel das quedissert frequência que tal ilu publicação cotidiano trabalho e promessa três manto gas: um estud omunista (194 awryszewski Argumento, F charge 22, rgista), pub e pertencen s condiçõe tava sobre a de doença ustração er o caberia d do pobre b e alimentaç de campan os, pois a m do comparativ 45‐1954) Florianópolis, Charg de autoria blicada em nte à rede d es sociais o problem as mentais ra totalme denunciar V brasileiro: a
ção) e a fa nha. Veja‐s morte, a ca vo entre a rev v. 9, n. 20, p. ge 21, Voz Op de DAN (n m “Fundam de publicaç na gêne ma da saúd
na União S ente fora d Vargas. No a pobreza, lta de esco e que o ch arestia e o vista ilustrada 186 ‐ 229. jan perária, 29/0 não foram mentos”, u ções comun se e evo de mental Soviética. A de sentido. caso em q a doença olas. Vêm c argista rep analfabetis a “Careta” e a n./abr. 2017. 09/1951, p. 12 obtidas m uma revist nistas, ilust lução das nos Estado Assim, perce . Ou melho questão, te (vinculada cobrar de V presentou o smo não qu a 2 maiores info a voltada rava o artig doenças os Unidos ebe‐se, ao o or, em qua emos três p às condiçõ Vargas o c os problem ueriam ser ormações s para assu go intitulad mentais", e a reduçã olhar a ima alquer luga personagen ões de mor cumpriment mas do povo extintos. Q sobre untos do "O , em ão da agem, ar ou ns do radia, to da o sob Quem
p.213
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Argumento
queria seu charuto (d houvesse Faz bem as po mudança que esta d pela impr conhecido manifesto inaudita” ( Ess acirramen industrial das empre
us fins era denominad dito tal cou z‐se necess osições assu significativ deixava de rensa com o como o causou u (FALCÃO, 1 se manife toda “Guer do país foi esas indust
a o povo, p do de "des usa." Charge 2 sário, entre umidas pelo va ocorreu ser uma p unista, um “Manifest m grande 988, p. 378 sto foi g rra Fria”. A abandona triais e com
propriamen smemoriad 22, Fundame etanto, volt o PCB pera em relação possível alia m documen to de Ago impacto e 8). gestado d A ideia de um da, o que g merciais pe nte dito. A do") respo entos, março tarmos um ante o gove o ao gover ada, a part nto pelo osto de 19 entre os m dentro de ma frente d gerou a de lo Estado. Assim, Varg ndeu: "Nã o de 1951, p. m pouco no erno Vargas rno e à bur tir de 1950. Comitê Ce 950”. Segu militantes. E uma sit democrátic efesa da na O “Manife gas, gorduc o... Não m 13. o tempo pa s. Podemo rguesia nac Em agosto entral, que undo João Era de uma
tuação int ca para o de cionalizaçã esto” pode
cho e com me lembro
ara localiza s dizer que cional, uma o, foi publ e passou a o Falcão, “ a agressivi ternaciona esenvolvim ão dos ban e ser sintet
m seu o que armos e uma a vez icado a ser “este idade l de mento cos e izado
Getúlio Vargas: um estudo comparativo entre a revista ilustrada “Careta” e a imprensa comunista (1945‐1954) Alberto Gawryszewski Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 9, n. 20, p. 186 ‐ 229. jan./abr. 2017.
p.215
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Argumento
em oito pontos: 1) adoção de um governo democrático e popular; 2) luta pela paz e contra a guerra imperialista; 3) luta contra a submissão brasileira ao jugo imperialista; 4) terra para quem nela trabalhasse; 5) desenvolvimento independente da economia nacional; 6) liberdade para o povo brasileiro; 7) condições melhores de vida para as massas trabalhadoras; 8) instrução e cultura para o povo, e 9) criação de um exército popular de libertação nacional (CARONE, l982, pp.109‐111).
Impedido de participar das eleições de 1950 para os cargos majoritários e para o legislativo, a situação do PCB ficou ainda mais delicada. Assim, foi nesse ano eleitoral que ocorreu o grande rompimento do discurso político do partido. O governo Dutra (1946‐ 1950), que já era atacado, foi definido no chamado “Manifesto de Agosto” como “uma ditadura feudal‐burguesa a serviço do imperialismo”, que deveria ser substituída por um governo democrático popular. Propunha‐se a criação de um exército de libertação nacional, sob sua direção para executar essa tarefa.
Posicionando‐se pelo voto nulo nas eleições de 1950, o PCB se isolou mais ainda das massas, pois colocou no mesmo lado da moeda pessoas declaradamente nacionalistas, democráticas e de defesa dos interesses dos trabalhadores com outras de caráter nitidamente reacionário e antipopular. A vitória esmagadora de Vargas, demonstrando o fraco desempenho político do PCB, não mudou a postura deste, acusando também Vargas de “entreguista”. Assim, as caricaturas e as charges foram armas poderosas da imprensa comunista carioca para construir uma visão sobre esse político. Ao lado das imagens, expressões como “vendilhão’, “traidor”, “demagogo”, “agente do imperialismo” entre outras, tornaram‐se constantes.
Um exemplo dessa visão é dado na notícia seguinte ("Chegou a Washington a quadrilha de João Neves", Imprensa Popular, 25/03/51, p. 01), publicada no jornal “Imprensa Popular”, em quese relatava o envio para Washington, da comissão brasileira que participaria da Conferência de Chanceleres. O jornal chamou a comitiva de "quadrilha", seus membros de “os vende‐pátria”, pois estariam indo à capital americana para receber as ordens para a mobilização das forças latino‐americanas para a guerra da Coreia.Acompanhando o texto, colocado na primeira página da edição, vemos a caricatura de três membros da comissão ou "quadrilha", com suas respectivas "relações":
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