DOI: 10.17271/2318847242320161309
RECONCILIANDO RIOS URBANOS COM A PAISAGEM: LEVANTAMENTO DE
ESTUDOS DE CASO
Fernanda Moço Foloni
Mestranda, UNESP, Brasil fe_foloni@hotmail.comNorma R. T. Constantino
Professora Doutora, UNESP, Brasil nconst@faac.unesp.brRESUMO
O crescimento acelerado das cidades nas últimas décadas vem causando graves complicações ao meio ambiente, e é possível perceber cada vez mais as consequências dessas ações no cotidiano da população. Um exemplo disso é a situação da maioria dos rios urbanos, que antes foram fundamentais para as primeiras formações de povoados e hoje são vistos como insalubres e causadores de inundações. Mas graças à crescente consciência ambiental, várias organizações vêm se empenhando em pesquisas relacionadas à requalificação da paisagem urbana e revitalização de rios. Por meio de estudos de casos brasileiros, este texto busca apresentar várias alternativas para as cidades modernas que enfrentam problemas urbanos ligados à degradação do meio ambiente e da paisagem urbana, além de explicar quais as causas e consequências do descaso com os rios urbanos. Para isso, o estudo realizado através de pesquisa bibliográfica irá apresentar os dados obtidos por meio de dois quadros comparativos, apontando os procedimentos de recuperação ambiental mais utilizados nos estudos de caso, além de detalhar alguns desses projetos que já foram executados e vem apresentando melhoras consideráveis na dinâmica da cidade.
PALAVRAS-CHAVE: Paisagem urbana. Rios urbanos. Infraestrutura verde.
Reconciling urban rivers with the landscape: survey of case studies
ABSTRACT
The accelerated growth of the cities on the last decades has been causing serious complications to the environment, and it is possible to perceive more and more that the consequences of these actions on the populations day-to-day. An example is the situation of most of the urban rivers, which were before fundamental for the first villages forming and today are seen as unhealthy and responsible for inundations. However, due to the increasing environmental conscience, many organizations have been working on researches related to the requalification of the urban landscape and revitalization of rivers. Based on Brazilian studies, this text aims to present many alternatives to the modern cities that face urban problems connected to the degradation of the environment and of the urban landscape, in addition to explaining which are the causes and consequences of the disregard with urban rivers. With this objective, the research done with the bibliographic sources will present the data obtained through a couple of comparative charts, pointing the environmental procedures the most used case studies, in addition to detailing some of these projects that have been executed and have been presenting considerable improvements to the cities dynamics.
DOI: 10.17271/2318847242320161309
La reconciliación de los ríos urbanos con el paisaje:
levantamiento de estudios de caso
RESUMEN
El rápido crecimiento de las ciudades en las últimas décadas está causando complicaciones graves para el medio ambiente, y se puede ver cada vez más las consecuencias de las acciones en la vida cotidiana de la población. Un ejemplo es la situación de la mayoría de los ríos urbanos, que antes fueron fundamentales para las primeras formaciones de pueblos y hoy son vistos como insalubres y responsables por las inundaciones. Pero gracias a la creciente conciencia ambiental, diversas organizaciones han empeñado esfuerzos para desarrollar pesquisas relativas al recalificación del paisaje urbano y la revitalización de los ríos. Por medio de los estudios de casos brasileños, este texto tiene como objetivo presentar alternativas para las ciudades modernas que enfrentan problemas urbanos ligados a degradación del medio ambiente y del paisaje urbano, además explicaremos cuáles son las causas y las consecuencias de la negligencia con los ríos urbanos. Para esto, el estudio realizado a través de pesquisa bibliográfica presentará los datos obtenidos por medio de dos tablas comparativas, apuntando los procedimientos de recuperación ambiental más utilizados en los estudios de caso, además de detallar algunos de estos proyectos que ya se han ejecutados y vienen presentando considerables mejoras en la dinámica de la ciudad.
PALABRAS-CLAVE: Paisaje urbano. Ríos urbanos. Infraestructura verde.
INTRODUÇÃO
Os projetos de revitalização de rios urbanos que tiveram sucesso no exterior, como o Rio
Tamisa em Londres ou o Rio Cheonggyecheon em Seul, são bastante divulgados, mas nem
sempre é preciso buscar modelos estrangeiros de recuperação de áreas degradadas na
tentativa de aplica-las no Brasil. Estão disponíveis vários estudos de casos em território
nacional, alguns até já executados com sucesso, e realizados por profissionais e pesquisadores
brasileiros.
A água é sinônimo de vida, não só permite a existência de um ecossistema inteiro como
também é fundamental para sobrevivência do ser humano. Apesar da maioria das formações
urbanas ter sido iniciada nas várzeas dos rios, com o passar do tempo a crescente urbanização
e a necessidade por mais espaço fez com que a cidade desse as costas para o rio, poluindo-o
com despejo de lixo e esgoto não tratado, retificando e canalizando para ocupar suas margens,
esquecendo-se da memória de uma época em que era possível nadar e pescar em suas águas
sem risco de adoecer. O desrespeito pela natureza fez com que cada vez mais a população
passasse a enfrentar enchentes e inundações, desconforto pelo mau cheiro, intoxicação e risco
de morte. A busca por uma reconciliação entre a cidade e o meio ambiente vem crescendo
cada vez mais nas últimas décadas. Entretanto, é preciso compreender o que é paisagem antes
de modificá-la, para então analisar que tipo de medidas estão disponíveis para essa
intervenção, e assim buscar aquela mais adequada.
DOI: 10.17271/2318847242320161309
A paisagem, para Assunto (2011, p.341-344) é um espaço. Mas não deve ser tratado como um
espaço vazio, pois é um objeto de experiência estética e, portanto, é tema de um juízo
estético. A paisagem não representa o infinito, mas abre-se a ele (o céu), e como coloca
Corajoud (2011, p.214), é o lugar onde o céu e a terra se tocam, na linha do horizonte. Para
este autor, a paisagem urbana “tem todas as qualidades aparentes de uma paisagem, [...] mas
é uma montagem cuja unidade é apenas artefato” (COURAJOUD, 2011, p. 219), ou seja, em
sua visão, a paisagem urbana é feita pelo homem, e não teria significado qualquer se este não
tivesse agido sobre ela. No máximo, a paisagem da natureza poderia se abrir à cidade, quando
por exemplo um rio entra nela. (COURAJOUD, 2011, p. 220).
Ao dizer que a cidade invade as águas e a água invade as cidades, Costa (2006, p.10) está
simplificando claramente a relação entre cidades e rios urbanos nas últimas décadas. Os
corpos d’água podem oferecer oportunidades de interação e convívio para as pessoas, são
corredores biológicos que trazem para a cidade a presença e circulação da fauna e da flora,
podem ser fonte de alimento, energia, navegação, mas sua intimidade com a cidade desde as
formações coloniais vem sido abalada pelas ocupações irregulares de suas várzeas, e os
córregos são transformados em coletores de lixo e esgoto. Em alguns casos acontecem
inundações devastadoras, em outras os cursos d’água desaparecem completamente da
paisagem urbana. E as relações entre rio e cidade são tão únicas, que ao mesmo tempo que
existem casos semelhantes em todo o mundo, também há aqueles bem específicos,
relacionados à história, à cultura, e à memória do lugar (COSTA, 2006, p.10).
Tratando dessa relação de um ponto de vista histórico, Marx (1980, p.31) alerta sobre o
crescimento cada vez mais acelerado dos núcleos urbanos, e como o modelo de vida
urbanizada passou a predominar, alterando rapidamente o quadro social: mais pessoas saindo
do campo para morar na cidade. Canholi (2005) explica a necessidade de “uma mudança
radical na filosofia das soluções estruturais em drenagem urbana”, já que o uso da canalização
para acelerar a drenagem, direcionando as águas pluviais para o esgoto provou causar
sobrecarga no rio receptor.
Segundo Sheaffer e Wright (1982), o plano de drenagem deve delinear alguns objetivos. Entre eles: manter as regiões ribeirinhas ainda não urbanizadas em condições que minimizem as interferências com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue; reduzir gradativamente o risco de inundações a que estão expostas pessoas e propriedades; reduzir o nível existente de danos por enchentes; assegurar que os projetos de prevenção e correção sejam consistentes com os objetivos gerais do planejamento urbano; minimizar problemas de erosões e assoreamentos; controlar a poluição difusa; e incentivar a utilização alternativa de aguas de chuvas coletadas, para uso industrial, irrigação e abastecimento. (CANHOLI, 2005, p. 24).
DOI: 10.17271/2318847242320161309
Para minimizar os danos das inundações, é necessário o emprego de medidas de controle,
estruturais e não estruturais, para que não apenas se corrija o problema, mas que também
seja evitada sua recorrência.
As medidas estruturais são, em sua maioria, obras capazes de acelerar o escoamento,
construção de reservatórios, restaurações de calhas naturais e elaboração de tuneis e
canalizações. As medidas não estruturais, de menor custo, são aquelas que envolvem a criação
de leis e instrumentos para regulamentação de ocupação do solo, educação ambiental,
sistema de alerta e previsão de enchentes, desapropriação para construção de áreas
permeáveis, entre outros. O melhor aproveitamento dessas medidas está no uso conjunto e
balanceado, através da formulação de Planos Diretores focados em conservação ambiental,
macrodrenagem, gerenciamento das bacias hidrográficas e o que mais for considerado
necessário (CANHOLI, 2005, p.25-27).
OBJETIVOS E METODOLOGIA
A principal intenção do artigo é buscar na bibliografia estudos de caso relacionados aos rios
urbanos e a ocorrência de enchentes e inundações nas cidades, qual a conexão entre essas
condições e as mudanças na paisagem urbana, e descrição das soluções viáveis propostas ou
executadas para reintegração dos rios à sociedade.
Para isso, será feito um levantamento comparativo entre algumas bacias hidrográficas
brasileiras estudadas por diversos autores com essa mesma temática – águas urbanas e
enchentes – descrevendo a análise geral das problemáticas dessas bacias e medidas
preventivas propostas ou executadas em cada situação. Esses dados serão apresentados na
forma de um quadro geral, informando o local do objeto de estudo e a referência do texto
onde os dados foram obtidos.
A partir desses dados serão apresentados detalhadamente alguns dos estudos de casos citados
e a sua situação atual, com a intenção de compreender os fatores semelhantes que causaram
essas adversidades urbanas e explicar as intervenções mais eficientes na revitalização dos rios,
solução de problemas estruturais urbanos e melhora da qualidade de vida da população e do
meio ambiente.
RESULTADOS
Os textos pesquisados que tratam da paisagem da cidade e rios urbanos podem ser divididos
em duas formas de abordagens: crítica analítica e a crítica propositiva. O presente trabalho
levantou os estudos de caso com a segunda abordagem, dissertando sobre o descaso com o
meio ambiente ou a ineficiência da infraestrutura urbana existente, e propondo sugestões
alternativas para amenizar a situação.
DOI: 10.17271/2318847242320161309
Os projetos foram divididos em dois quadros, sendo que o primeiro relaciona as propostas
apresentadas e ainda não executadas por órgãos públicos ou privados, e o segundo contendo
as obras que já foram iniciadas ou concluídas.
DOI: 10.17271/2318847242320161309
Quadro 1: Estudos de Caso: Propostas Ainda não Executadas
Cidade Bacia / rio
analisado Análise geral Medidas indicadas Fonte
R io d e Jane iro /R J Ba ci a d o ri o A cari (Pa rq u e Un id o s d e A cari )
Despejo de efluentes nas galerias fluviais; comprometimento da qualidade das águas;
inundações; assoreamentos; erosões; impedimento do escoamento das águas;
acúmulo de lixo; ocupação irregular das margens do rio; problemas de saneamento e
doenças.
Construção de redes de esgoto previstas; maior frequência de dragagem do rio; áreas de
polder para armazenamento das águas de enchente; aumento da largura do canal;
delimitação de logradouros públicos nas margens do rio; uso de pavimentação permeável; reassentamento da população; política de proteção da faixa marginal e recuperação dos
recursos hídricos; criação de áreas de lazer e parques lineares nas margens liberadas; tratamento paisagístico e implantação de equipamentos; recuperação de mata ciliar e áreas
de mangue; implantação de um programa de coleta de lixo adequado.
BRITTO; SILVA, 2006, p. 17-32 R io d e Jan ei ro /R J R io Cab eç a
Córregos canalizadas; adensamento urbano no trecho canalizado; dejetos de esgoto ligados
indevidamente a rede pluvial.
Projeto urbano voltado para a valorização do rio no Horto Florestal: tombamento da área antiga da chácara para criação de um parque para cidade do Rio de Janeiro, voltado para contemplação e preservação do rio. Acessível à população; desapropriação das quadras de
tênis particulares existentes para garantir a preservação do rio nesse trecho; cobrança de ingresso por uma organização responsável pela preservação da memória do rio.
ESCARLATE, 2006 São Jo sé d o R io Pre to /S P Có rr eg o A u fer vil le
Várzea em meio a laranjais abandonados; densa ocupação urbana prevista.
Parque linear de Auferville: conservação das funções de várzea e restauração da mata ciliar; sistema de espaço verde para uma subdivisão prevista de moradores de baixa renda.
FRISCHEN-BRUDER; PELLEGRINO, 2006 N o vo H o ri zo n te / SP Có rr eg o d a Es ti
va Erosão do solo e contaminação da água; terrenos abandonados, com resíduos sólidos e
vegetação natural em regeneração.
Parque linear do córrego da Estiva: restauração do principal canal de drenagem com controle da erosão; paisagismo urbano com novas vias de circulação e atividades de
recreação com programa de educação ambiental para os jovens.
FRISCHEN-BRUDER; PELLEGRINO,
DOI: 10.17271/2318847242320161309
Cidade Bacia / rio
analisado Análise geral Medidas indicadas Fonte
São P au lo /S P Ba ci a d o R io Cab u çu d e B aix o
Córrego quase totalmente canalizado; inundações frequentes; intenso processo de
urbanização; ocupação desordenada; desmatamento da mata ciliar; instabilidade e contaminação do solo; riscos à saúde pública; comprometimento do potencial hídrico da bacia
pela contaminação das águas.
Controle de cheias: medidas não estruturais (uso e ocupação do solo; realocação da população; recuperação de áreas de várzea; sistema de alerta) e estruturais (piscinões,
gabião, parques lineares, valetas verdes, caixas de infiltração, jardins de chuva, pisos drenantes); preservação e recuperação ambiental: criação de uma infraestrutura verde para
a sub-bacia do Bananal (caminhos verdes, reflorestamento de encostas, alagados construídos); programa de educação ambiental; controle de poluição difusa e saneamento
básico: medidas estruturais (jardins de absorção de chuvas, valetas gramadas, bacias de detenção secas e alagadas, pisos drenantes) e não estruturais (uso do solo, jardins dentro
dos lotes particulares, controle de sedimentos de construção, controle das ligações clandestinas de esgoto). GORSKI, 2010 Blu me n au /S C R io Itaja í-A
çu desmatamento de forma extensiva e Aumento da área impermeabilizada; impensada, visando a urbanização; ocupação
das áreas de várzea; todos esses pontos são causas de maior frequência de enchentes
urbanas.
Planejamento de rios urbanos em escala regional, a partir de bacias hidrográficas e equipes interdisciplinares; legislação amplamente divulgada e fiscalizada; preservação da mata ciliar
e inserção de vegetação nativa; dragagem somente nos rios que suportam esse procedimento; evitar impermeabilização das margens dos rios; construção de pontes para
visibilidade e valorização do rio; respeitar a faixa de preservação em fundos de vale; as construções devem voltar-se para os rios e não trata-los como fundo de lote e local de despejos; criação de parques nas várzeas para conter enchentes; ocupações das margens restritas a equipamentos de lazer e recreação; tratamento de efluentes nas diversas cidades
da bacia hidrográfica; incentivo a navegabilidade e o turismo fluvial.
PORATH; AFONSO, 2006, p. 163-176 R io d as O str as /R J R io d as O str
as Ocupação irregular das margens; uso de fossas e sumidouros (que contaminam o lençol freático); erosão; assoreamento; enchente; despejo de esgoto in natura; deslizamentos; drenagem inadequada; mau destino do lixo.
Execução do Plano Diretor para controle do uso do solo; gestão por ecossistemas (limite
DOI: 10.17271/2318847242320161309
Cidade Bacia / rio
analisado Análise geral Medidas indicadas Fonte
São P au lo /S P Sub -b ac ia d o c ó rr eg o d o S arac u ra Peq u en o (G ro ta d o B ex ig a)
Rio canalizado; contribuição de enchentes às bacias da jusante; erosão; intensa verticalização
da área central da cidade e do espigão; aumento da emissão de calor; ocupação significativa do fundo do vale; escassa cobertura
vegetal; aumento da poluição; desconformo térmico; alta taxa de impermeabilização do
solo; quantidade pequena de áreas livres e verdes.
Requalificação ambiental: Introdução maciça de vegetação arbórea; criação de parque densamente arborizado no fundo de vale e nascentes; arborização das ruas e alargamento
das calçadas. Combater as enchentes: combater a impermeabilização do solo; criar mecanismos de retenção da água da chuva para retardamento e reuso; tanques de retenção
no parque. Recuperação da vivência social com a água: fazer renascer o córrego; introdução de espelhos d’água; economia de água e energia. Desenvolver a multifuncionalidade do espaço: novos espaços de lazer; novos caminhos de pedestres; resgatar a calçada como
ambiente de estar e de passeio.
SCHUTZER, 2012 N o va Fri b u rg o /R J Ba ci a am b ie n tal d o Có rr eg o D' A n tas
Urbanização desordenada: ocupação de áreas de risco pela população de baixa renda; moradias precárias; lançamento de esgoto em
cursos d’água, falta de rede de drenagem; acúmulo de lixo nas margens dos rios; acidentes
decorridos de chuvas intensas (inundações e enxurradas).
Uso de infraestrutura verde; direcionar a vocação da área para o turismo (ecoturismo); manter e estimular as áreas produtivas (criação e cultivo) com incentivo à produção sustentável; conter e monitorar a expansão; dar um tratamento e um controle específicos para as zonas de transição; revisar o zoneamento do Plano Diretor, aumentando as Zonas de
Especial Interesse Ambiental (ZEIA), revisando as Zonas de Especial Interesse Social (ZEIS) e criação de Zonas de Especial Interesse de Recuperação Ambiental (ZEIRAS).
VASCON-CELLOS, 2015
Fonte: quadro elaborado pela autora a partir das seguintes fontes: BRITTO; SILVA, 2006, p. 17-32; ESCARLATE, 2006; FRISCHENBRUDER; PELLEGRINO, 2006; GORSKI, 2010; PORATH; AFONSO, 2006, p. 163-176; RIBEIRO, 2013; SCHUTZER, 2012; VASCONCELLOS, 2015.
DOI: 10.17271/2318847242320161309
Quadro 2: Estudos de Caso: Propostas Executadas ou em Andamento
Cidade Bacia / rio
analisado Análise geral Medidas propostas Fonte
Bel o H o ri zo n te /MG R ib ei rão d o A rr u d
as canalização do rio, problemas de Ocupação de áreas de risco, saneamento, alta taxa de
impermeabilização.
Projeto de Requalificação Urbana Ambiental do Ribeirão do Arrudas – PAC Arrudas: prevê obras de drenagem; tratamento de fundo de vale; requalificação viária do entorno; implantação de parque linear; construção de equipamentos públicos de lazer e
convivência; novas unidades habitacionais; educação ambiental; revitalização e saneamento do rio. ARAUJO, 2016, p. 165-180 Campi n as /S P R ib ei rão d as P e d ras
Deposição irregular e inadequada de resíduos sólidos; assoreamento;
poluição; inundação; ocupação irregular em planícies de inundação;
desmoronamento de margens; instalação de processos erosivos em áreas desmatadas; quase inexistência
de mata ciliar
Parque Linear do Ribeirão das Pedras: recuperação de matas ciliares; formação de corredor ecológico com (lagoas e ciclovia; recuperação da qualidade da água com a construção de uma ETE; alterações nas travessias viárias; criação de bacias de detenção e retenção; criação de dispositivos no processo de licenciamento ambiental, no qual os grandes empreendimentos são comprometidos a implementar o parque no seu trecho
de influência. COSTA, 2011 Campi n as /S P R ib ei rã o d as A n h u mas
Cursos d'água urbanos em diferentes níveis de degradação, com remanescentes de mata ciliar em vários pontos do entorno urbano.
Plano de Conservação Natural do Ribeirão das Anhumas: conservação de rios e restauração do ecossistema; inventário de áreas em potencial para criação de corredores verdes que possam ligar espaços abertos urbanos com os principais remanescentes de florestas regionais, oferecendo a moradores urbanos a oportunidade
de acessar um espaço natural aberto das áreas mais densas através de áreas ambientalmente sensíveis.
FRISCHEN-BRUDER; PELLEGRINO,
DOI: 10.17271/2318847242320161309
Cidade Bacia / rio
analisado Análise geral Medidas propostas Fonte
Cu ri ti b a/P A R io Igu aç
u Enchentes urbanas; inundações; segregação social; doenças; falta de
saneamento básico; acúmulo de resíduos sólidos; poluição; despejo de
esgoto in natura.
Criação de um programa para controle de enchente; limpeza de canais e reforma de pontes; construção de um canal lateral para bloquear a pressão pública de invasão; criação de um parque interno (área de amortecimento e de lazer); elaboração do Plano
Diretor da Região Metropolitana de Curitiba.
PARKINSON, at. al, 2003 Es te io /R S A rr o io S ap u
caia Impactos causados pela urbanização; despejo de efluentes industriais e
esgoto; ocupação irregular; alagamentos.
Recuperação da mata ciliar; revitalização do rio; criação do projeto de Renaturalização do Arroio Sapucaia; reassentamento de moradores ribeirinhos; realização de obras viárias; implantação de parques lineares; reservatórios de amortecimento de cheias; adequação de canais para redução da velocidade de escoamento; sistemas de drenagem
por infiltração; construção de um dique e uma ETE no município; recuperação de várzea e renaturalização de curso de água.
COSTA, 2011 G u arap iran ga/ SP R io E mb u Mi ri m
Várzea com aterros sanitários periféricos e contaminação da água
decorrentes da invasão industrial urbana.
Estudo de proteção da várzea do rio Embu Mirim: Conservação das várzeas existentes e tomada de sua capacidade de depuração da água como um recurso para a bacia; sistema
de circulação proposto como uma barreira para usos urbanos ao longo das várzeas, criando um parque público de escala regional.
FRISCHEN-BRUDER; PELLEGRINO,
DOI: 10.17271/2318847242320161309
Cidade Bacia / rio
analisado Análise geral Medidas propostas Fonte
Piracica b a/S P R io P iracica b a
Rio retificado, canalizado e tubulado; despejo de esgoto e depreciação das margens, tornando o rio insalubre e
degradando sua paisagem; perturbação na cadeia ecológica e
prejuízo no abastecimento dos aquíferos por conta da poluição
hídrica.
Redução do escoamento do lixo e resíduos para o leito do rio; implantação de coletor tronco; uso de pisos drenantes; plantio de árvores; criação de Áreas de Proteção Ambiental (APAs); comportas ao lado do rio (controle das enchentes); melhoria da acessibilidade; aumento das áreas públicas; remodelação das calçadas e ruas; melhoria
das vias de pedestres, infraestrutura e mobiliário urbano; valorização da paisagem da cidade vista do eixo do rio; uso da margem pelo pescador; passarelas de pedestres;
deques; criação de trilha junto ao leito
GORSKI, 2010 R io G ran d e/R S A rr o io V ie ira
Alto nível de degradação; canalização; recebimento de efluentes in natura;
contaminação difusa pela rede de drenagem pluvial; hiperparcelamento do solo na Área Funcional de Interesse Ambiental; aprovação para construção de residências sobre a APP do leito
original do Arroio.
Projeto Pró-Vieira: proposta da renaturalização e criação do Parque do Arroio Vieira; recomposição do ambiente natural; reconfiguração estrutural do espaço (heterogeneidade ecossistêmica e retorno da fauna e flora); devolução da água ao seu curso natural; proposição de um uso socioambiental, com criação de equipamentos para
comunidade. COSTA, 2011 San to A n d ré /S P Man an ci
ais segregação social; doenças; falta de Enchentes urbanas; inundações; saneamento básico; acúmulo de resíduos sólidos; poluição; despejo de
esgoto in natura.
Criação de uma autarquia de Saneamento Ambiental (SEMASA) e transferência do sistema de drenagem, gestão ambiental, gerenciamento de resíduos sólidos e defesa
civil para a autarquia; gestão integrada do saneamento ambiental; manutenção do sistema de drenagem; educação ambiental; Plano Diretor de Drenagem; sistema de supervisão e controle da drenagem; gerenciamento por bacias; mapeamento dos pontos
de inundação; inversão do fluxo de algumas canalizações e uso de válvulas para evitar o retorno da água para os bairros; sistema de alerta.
PARKINSON, at. al, 2003
DOI: 10.17271/2318847242320161309
Cidade Bacia / rio
analisado Análise geral Medidas propostas Fonte
São P au lo /S P Sub -b ac ia d o c ó rr eg o Ba n an al
Enchentes urbanas; processos desordenados e caóticos de urbanização no entorno do córrego até o sul da bacia; muitas áreas com ocupação irregular (favelas) ao longo das margens; em 2006 a sub-bacia do córrego Bananal possuía cerca de 50% de urbanização e 50% de vegetação.
Plano de Bacia Urbana: programa de recuperação ambiental (sustentabilidade socioambiental) que apresenta um sistema de parques e áreas verdes associado aos
sistemas de drenagem e tratamento das águas em um trecho da bacia; focado na restauração e preservação do ambiente natural e melhoria da qualidade do espaço urbano aberto ao público; abertura dos fundos de vale para conexão com a Serra da
Cantareira e espaços livres (para recuperação e integração dos espaços naturais urbanizados). PELLEGRINO, et. al, 2006, p. 57-76 Tupã/SP Bacia do rio do Peixe e bacia do Aguapeí
Ocupação de nascentes, retirada da mata ciliar, ocupação dos fundos de
vales, emissão de efluentes industriais, comerciais e domiciliares, depósito irregular de resíduos sólidos
urbanos trazidos pelas galerias pluviais, erosão, sistema insuficiente,
inexistência, obsolescência ou subdimensionamento de galerias, enchentes, inundações, eliminação de
Áreas de Preservação Permanente (APP)
Implantação de estudos de macrodrenagem urbana, com diretrizes para o controle de águas pluviais; convênio com o Governo Federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); combate à erosão; aumento da permeabilidade urbana; implantação de equipamentos urbanos e áreas verdes; recuperação dos córregos urbanos; parques
lineares; demarcação dos canais de drenagem no Zoneamento Urbano; controle do processo de urbanização; proibição de depósito de resíduos e desmatamento; recuperação da cobertura vegetal; execução de reservatórios de detenção à céu aberto;
contenção e estabilização de taludes (gabiões); implantação do Parque Ecológico; criação de corredores verdes (proteção de nascentes e retenção de água)
BENINI, 2015
Fonte: quadro elaborado pela autora a partir das seguintes fontes: ARAUJO, 2016, p. 165-180; BENINI, 2015; COSTA, 2011; FRISCHENBRUDER; PELLEGRINO, 2006; GORSKI, 2010; PARKINSON, at. al, 2003; PELLEGRINO, et. al, 2006, p. 57-76; SARAIVA; VAZ, 2007.
DOI: 10.17271/2318847242320161309
A partir dos quadros apresentados, ficam claras as semelhanças entre os problemas que as
cidades e seus rios vêm enfrentando, assim como um padrão nas soluções propostas para
amenizar a situação.
Observando a análise geral, é possível notar a relação entre a ocupação dos fundos de vale de
forma desorganizada com as enchentes urbanas. Historicamente, as cidades brasileiras
retificaram seus rios entre meados do século XIX e a década de 1920, num período conhecido
como “fase higienista”: o crescimento populacional junto do leito dos rios, surgimento de vilas
operárias e consequentes surtos epidêmicos pela falta de saneamento (coleta de esgoto
despejado direto no rio), fez com que a situação se agravasse em períodos de cheia, forçando
a necessidade de retificar os rios para o controle da situação. Posteriormente, o crescente
número populacional – e de automóveis – resultou na necessidade de novas avenidas, que
passaram a ser construídas sobre os rios, agora canalizados (OSEKI; ESTEVAM, 2006, p.84-85).
Com a canalização, a situação de enchentes urbanas se agravou, e os trechos dos rios que
corriam a céu aberto continuaram poluídos e perderam boa parte de sua mata ciliar. Quanto
às propostas projetuais, a principal medida a ser comentada é a infraestrutura verde:
Denomina-se infraestrutura verde (tradução do termo inglês green
infraestructure) uma rede de espaços abertos e áreas vegetadas (corredores
verdes, alagados, parques, florestas preservadas ou plantadas com espécies nativas) e contando, na microescala, com jardins de infiltração, biovaleta e outras medidas de infiltração das águas pluviais, visando a intervenções urbanas de baixo impacto e incorporando práticas sustentáveis de manejo das águas, que incluem medidas não estruturais e estruturais não convencionais, de baixo custo e mais efetivas a médio prazo (GORSKI, 2015, p. 223).
A infraestrutura verde ressalta a importância da existência de uma cobertura vegetal, capaz de
proteger corpos d’água, trazer conforto térmico para os bairros, ocupar vazios urbanos, e ligar
todos esses elementos e a própria cidade com as grandes manchas vegetais das matas nativas
ainda restantes.
Um exemplo da eficiência de sua aplicação que é perceptível no projeto já executado do
Parque Linear do Ribeirão das Pedras, em Campinas/SP, desenvolvido em 1998, baseado em
um diagnóstico de sua microbacia. Foi premiado como a Melhor Prática em Gestão Ambiental
Urbana pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Departamento de
Revitalização de Bacias do MMA (COSTA, 2011, p.65).
DOI: 10.17271/2318847242320161309
Figura 1: Parque Linear do Ribeirão das Pedras, Campinas/SP
DOI: 10.17271/2318847242320161309
O início dessa recuperação partiu da iniciativa de duas associações de moradores comunitárias
em 1993, que pediram a prefeitura a urbanização da praça do bairro Alto Taquaral, onde se
localizava a nascente do Ribeirão das Pedras. O projeto para recuperação ambiental de uma
área intensamente urbanizada envolveu uma parceria público-privada, que conseguiu
recuperar boa parte da mata ciliar, e formando um corredor ecológico ao longo de 23 bairros
do município de Campinas (Figuras 1 e 2). Com a construção de uma Estação de Tratamento de
Esgoto (ETE) a qualidade da água aumentou, e os problemas de alagamento em vários trechos
ao longo do rio foram resolvidos com a criação de bacias de detenção e retenção, que foram
bem aproveitadas pela fauna nativa
1.
Figura 2: Vista aérea atual do Parque Linear do Ribeirão das Pedras, Campinas/SP
Fonte: Google Earth, 2016.
1
Informações mais detalhadas sobre o projeto e imagens anteriores e posteriores à
implantação do parque linear, estão disponíveis no site da Prefeitura Municipal de Campinas:
<http://www.campinas.sp.gov.br/governo/meio-ambiente/estudos-projetos.php>.
DOI: 10.17271/2318847242320161309
A implantação desse sistema de parques lineares foi capaz de envolver as manchas verdes
remanescentes nesses bairros, equipado também de ciclovias pelo percurso partindo da
nascente do rio, pois mesmo sendo uma Área de Proteção Permanente (APP), sua ocupação é
permitida por se tratar de praças públicas ao longo do corpo hídrico, segundo o Estatuto da
Cidade. Também houve uma melhoria no ecossistema da região, pois o plantio de mais de
50.000 mudas de árvores nativas para recuperação da mata ciliar permitiu abrigo e alimento
para a fauna silvestre. Além disso, a criação de dispositivos no processo de licenciamento
ambiental no município permitiu que grandes empreendimentos se comprometessem a
implementar o parque em seu respectivo trecho de influência, trazendo mais benefícios a
qualidade ambiental simultâneo ao desenvolvimento da cidade (COSTA, 2011, p.65-72).
CONCLUSÃO
Por conta do processo de formação de cidades nas proximidades de rios, a relação de
dependência das águas urbanas para seu desenvolvimento, e do abandono dessa
potencialidade pela necessidade de maior ocupação urbana, com o passar do tempo, a relação
entre esses dois elementos é cada vez mais delicada, na qual um corre o risco de destruir o
outro. Hoje, há uma busca intensa por meios para requalificar as cidades, torná-las mais
seguras, bonitas, modernas, produtivas, sustentáveis.
O uso de recursos como a infraestrutura verde para recuperação de corpos d’água provou ser
eficiente por apresentar recomendações tanto no âmbito construtivo quanto no
gerenciamento das cidades. A elaboração de um Plano Diretor, uso das bacias e sub-bacias
hidrográficas para zoneamento urbano e administração dos territórios, multidisciplinaridade
dos profissionais envolvidos e a busca por medidas sustentáveis, mostram que o caminho para
a recuperação dos rios anda lado a lado com a necessidade uma boa gestão. Não basta apenas
um projeto bem elaborado; para sua implantação é necessário a busca por financiamento e
medidas de baixo custo, políticas de conscientização ambiental para a inclusão da população e
a manutenção das obras realizadas para que não caiam no abandono. São passos importantes
para que a simbiose entre rio e cidade seja sempre saudável, trazendo benefícios para todos.
AGRADECIMENTO
Agradeço o apoio dos meus amigos, professores e familiares, e em especial a arquiteta Larissa
Kobori que ajudou na elaboração dos quadros.
DOI: 10.17271/2318847242320161309
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAUJO, E. C. Requalificação ambiental urbana na cidade Metropolitana: reflexões para um debate. In: BENINI, S. M.; ROSIN, J. A. R. G. (Org.) Estudos urbanos: uma abordagem interdisciplinar da cidade contemporânea. 2. ed. Tupã: ANAP, 2016. p. 165-180.
ASSUNTO, R. A paisagem e a estética. In: SERRÃO, A. V. (Coord.). Filosofia da paisagem: uma antologia. Lisboa: Centro de Filosofia Univ. Lisboa, 2011, p. 339-376.
BENINI, S. M. Infraestrutura verde como pratica sustentável para subsidiar a elaboração de planos de drenagem
urbana: estudo de caso da cidade de Tupã. Tese (Doutorado) Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências
e Tecnologia Presidente Prudente, 2015.
BRITTO, A. L.; SILVA, V. A. C. Viver às margens dos rios: uma análise da situação dos moradores da Favela Parque Unidos de Acari. In: COSTA, L. M. S. A. (Org.) Rios e paisagens urbanas em cidades brasileiras. Rio de Janeiro: PROURB/UFRJ, 2006. p. 17-32.
CANHOLI, A. P. Drenagem urbana e controle de enchentes. São Paulo: Oficina de Textos, 2005, p. 15-72.
CORAJOUD, M. O lugar onde o céu e a terra se tocam. In: SERRÃO, A. V. (Coord.). Filosofia da paisagem: uma antologia. Lisboa: Centro de Filosofia Univ. Lisboa, 2011, p.213-225.
COSTA, L. M. S. A. Rios urbanos e o desenho da paisagem. In: COSTA, L. M. S. A. (Org.) Rios e paisagens urbanas em
cidades brasileiras. Rio de Janeiro: PROURB/UFRJ, 2006. p. 9-15.
COSTA, R. C. Parques fluviais na revitalização de rios e córregos urbanos. Dissertação (Mestrado em Geografia) Universidade Federal do Rio Grande, Instituto de Ciências Humanas e da Informação, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Rio Grande do Sul, 2011.
ESCARLATE, C. O Rio Cabeça: paisagem, memória e convívio. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: UFRJ/PROURB, 2006.
FRISCHENBRUDER, M. T. M.; PELLEGRINO, P. R. M. Using greenways to reclaim nature in Brazilian cities. In:
Landscape and Urban Planning, Holanda, v. 76, n.1-4, 2006. p. 67-78.
GORSKI, M. C. B. Rios e cidades: ruptura e reconciliação. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010. MARX, M. Cidade Brasileira. São Paulo: Melhoramentos/Edusp, 1980.
OSEKI, J. H.; ESTEVAM, A. R. A fluvialidade em rios paulistas. In: COSTA, L. M. S. A. (Org.) Rios e paisagens urbanas
em cidades brasileiras. Rio de Janeiro: PROURB/UFRJ, 2006. p. 77-94.
PARKINSON, J.; MILOGRANA, J.; CAMPOS, L. C.; CAMPOS, R. F. Drenagem urbana sustentável no Brasil. Relatório do Workshop em Goiânia-GO. Goiânia, maio de 2003.
PELLEGRINO, P. R. M. et. al. A paisagem da borda: uma estratégia para a condução das águas, da biodiversidade e das pessoas. In: COSTA, L. M. S. A. (Org.) Rios e paisagens urbanas em cidades brasileiras. Rio de Janeiro: PROURB/UFRJ, 2006. p. 57-76.
PORATH, S. L.; AFONSO, S. A paisagem do rio Itajaí-Açu na cidade de Blumenau. In: COSTA, L. M. S. A. (Org.) Rios e
DOI: 10.17271/2318847242320161309 RIBEIRO, A. R. P. Corredores Verdes Multifuncionais: Estudo de caso – Rio das Ostras. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Programa de Engenharia Urbana, Rio de Janeiro, 2013. SARAIVA, M.G.; VAZ, L. Requalificação de margens e cursos de água urbanos: como avaliar o sucesso? In: VII Congresso Ibérico de Urbanismo, Paisagem, Frentes de Água e Território: aprender com os casos de sucesso, 2007, Ponta Delgada, Açores, Portugal. Anais do VII Congresso Ibérico de Urbanismo – Planejamento Municipal: Casos de Sucesso. Lisboa: Universidade Técnica de Lisboa, 2007. p. 1-18.
SCHUTZER, J. G. Cidade e meio ambiente: apropriação do relevo no desenho ambiental urbano. São Paulo: EDUSP, 2012.