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Financiamento da Seguridade Social

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Academic year: 2021

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1

Financiamento da

Seguridade Social

Prof. Eduardo Tanaka

2

Receitas das contribuições

sociais dos Empregadores

Domésticos

Prof. Eduardo Tanaka

3

Receitas do Empregador

Doméstico

• (Decreto 3.048/99)Art. 211. A contribuição do

empregador doméstico é de doze por cento do salário-de-contribuição do empregado

doméstico a seu serviço.

• O recolhimento deve ser feito até dia 15 do mês seguinte ao da prestação, pelo

empregador doméstico.

4

Receitas do Empregador

Doméstico

• Uma empregada doméstica foi contratada, com salário de R$ 500,00.

• A parte patronal será: 500 x 12% = R$60,00 • A parte do segurado descontada será: 500 x

8% = R$40,00.

• Total recolhido: R$ 60,00 + R$ 40,00 = R$ 100,00

5

Receitas das contribuições

sociais da EMPRESAS

Prof. Eduardo Tanaka

6

Receitas das Empresas

• (Decreto 3.048/99)Art. 201. A contribuição a cargo da

empresa, destinada à seguridade social, é de: • I - 20% sobre o total das remunerações pagas,

devidas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregado e trabalhador avulso, além das contribuições previstas nos arts. 202 (GILRAT - grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho) e 204 (contribuições provenientes do faturamento e do lucro – COFINS e CSLL) ;

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7

Receitas das Empresas

• Por exemplo: Um empregado que recebe R$10.000,00, lhe será descontado sobre o teto, R$ 3.218,90 x 11%= R$ 354,08.

• Já na parte da empresa não se limita a este valor, portanto esta recolherá: R$ 10.000,00 x 20% = R$ 2.000,00.

8

Receitas das Empresas

• Podemos, didaticamente, dividir as contribuições das empresas em:

• A- Incidentes sobre remunerações de contribuintes individuais.

• B- Incidentes sobre remunerações de empregados e segurados avulsos.

• C- Substitutivas, em relação à parte patronal da regra geral de custeio.

9

Receitas das Empresas

• A- Incidentes sobre remunerações de contribuintes individuais.

• A cota patronal da empresa que toma serviço de contribuinte individual, da mesma forma que dos empregados, é de 20%.

• Lembrando que, neste caso, a empresa é responsável pelo desconto e recolhimento de 11% do contribuinte individual (abatimento de 9% sobre salário de contribuição).

10

Receitas das Empresas

• A- Incidentes sobre remunerações de contribuintes

individuais.

• não havendo comprovação dos valores pagos ou creditados aos segurados empresários, sócios, diretores de empresas, diretores de cooperativas quando remunerados (de que tratam as alíneas "e" a "i" do inciso V do art. 9o), em face de recusa ou

sonegação de qualquer documento ou informação, ou sua apresentação deficiente, a contribuição da empresa referente a esses segurados será de 20% (vinte por cento), sendo aferida sobre:

11

Receitas das Empresas

• A- Incidentes sobre remunerações de contribuintes individuais.

• I - o salário-de-contribuição do segurado nessa condição;

• II - a maior remuneração paga a empregados da empresa; ou

• III - o salário mínimo, caso não ocorra nenhuma das hipóteses anteriores.

12

Receitas das Empresas

• A- Incidentes sobre remunerações de contribuintes individuais.

• no caso de sociedade civil de prestação de serviços profissionais relativos ao exercício de profissões legalmente regulamentadas, (como por exemplo o dentista, advogado, médico) a contribuição da empresa referente aos segurados contribuintes individuais será de 20% sobre:

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13

Receitas das Empresas

• A- Incidentes sobre remunerações de contribuintes

individuais.

• I - a remuneração paga ou creditada aos sócios em decorrência de seu trabalho, de acordo com a escrituração contábil da empresa; ou

• II - os valores totais pagos ou creditados aos sócios, ainda que a título de antecipação de lucro da pessoa jurídica, quando não houver discriminação entre a remuneração decorrente do trabalho e a proveniente do capital social ou tratar-se de adiantamento de resultado ainda não apurado por

meio de demonstração de resultado do exercício. 14

Receitas das Empresas

• A- Incidentes sobre remunerações de contribuintes individuais.

• A remuneração paga ou creditada a condutor autônomo de veículo rodoviário, ou ao auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, em automóvel cedido em regime de colaboração, nos termos da Lei nº 6.094, de 30 de agosto de 1974, pelo frete, carreto ou transporte de passageiros, realizado por conta própria, corresponde a vinte por cento do rendimento bruto.

15

Receitas das Empresas

• A- Incidentes sobre remunerações de contribuintes

individuais.

• Por exemplo, o caminhoneiro recebeu R$ 1.000,00 pelo frete, a base de cálculo para efeitos de

contribuição previdenciária será de: R$ 1.000,00 x 20% = R$ 200,00. E, a contribuição da empresa será de: R$ 200,00 x 20% = R$ 40,00.

• Da mesma forma, no nosso exemplo, esta base de cálculo (R$ 200,00) será utilizada para empresa fazer o desconto e recolhimento da parte deste segurado contribuinte individual: R$ 200,00 x 11% =

R$ 22,00. 16

Receitas das Empresas

• B- Cooperativas de Trabalho – A Contribuição de 15% sobre o Valor Bruto da Nota Fiscal ou Fatura de Serviços.

• Cooperado é contribuinte individual. • Cooperativas de Trabalho se propõem a

prestar serviços de cessão de mão-de-obra, através de contratos de obras, tarefas, trabalhos ou serviços públicos e particulares; coletivamente por todos ou por grupo de alguns.

17

Receitas das Empresas

• B- Cooperativas de Trabalho – A Contribuição de 15% sobre o Valor Bruto da Nota Fiscal ou Fatura de Serviços.

• A contribuição a cargo da empresa, destinada à seguridade social, é de 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhes são prestados por

cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.

18

Receitas das Empresas

• B- Cooperativas de Trabalho – A Contribuição de 15% sobre o Valor Bruto da Nota Fiscal ou Fatura de Serviços.

• Exemplo: Imagine uma cooperativa de trabalho, (que é formada por contribuintes individuais) formada por faxineiras, que preste serviço de limpeza a uma empresa. Foram utilizadas 10 cooperadas para prestação deste serviço. Pelo serviço prestado, a Cooperativa emite uma nota fiscal ou fatura. Vamos supor que o valor do serviço foi de R$ 1.000,00.

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Receitas das Empresas

• B- Cooperativas de Trabalho – A Contribuição de 15% sobre o Valor Bruto da Nota Fiscal ou Fatura de Serviços.

• Então, a empresa contratante da cooperativa deverá recolher como contribuição social o valor de: R$ 1.000,00 x 15% = R$ 150,00.

20

Receitas das Empresas

• B- Cooperativas de Trabalho – A Contribuição de

15% sobre o Valor Bruto da Nota Fiscal ou Fatura de Serviços.

• Já, a cooperativa trabalho é obrigada a descontar 11% do valor da quota distribuída ao cooperado por serviços por ele prestados, por seu intermédio, a empresas. As 10 faxineiras prestaram o serviço e dos R$ 1.000,00 cobrados, foram repassados R$ 100,00 para cada uma. A cooperativa de trabalho (e não a empresa) irá descontar e recolher o valor de: R$ 100,00 x 11% = R$ 11,00 para cada faxineira.

21

Receitas das Empresas

• B- Cooperativas de Trabalho – A Contribuição de 15%

sobre o Valor Bruto da Nota Fiscal ou Fatura de Serviços.

• Resumindo, no nosso exemplo:

• - Quem pagou a parte patronal de 15% foi a empresa tomadora dos serviços, no valor de R$ 150,00. • - Quem descontou e recolheu a parte do segurado

contribuinte individual (faxineira) foi a cooperativa de trabalho, no valor de R$ 11,00 para cada faxineira. Num total de R$ 110,00 (pois, no exemplo eram 10

faxineiras x R$11 = R$110,00). 22

Receitas das Empresas

• B- Cooperativas de Trabalho – A Contribuição de 15% sobre o Valor Bruto da Nota Fiscal ou Fatura de Serviços.

• Só lembrando:

• Se neste exemplo, as 10 faxineiras tivessem prestado serviço a pessoa física, a

Cooperativa deveria descontar de cada uma, 20%, pois não há dedução da cota patronal.

23

Receitas das Empresas

• B- Cooperativas de Trabalho – A Contribuição de

15% sobre o Valor Bruto da Nota Fiscal ou Fatura de Serviços.

• Os cooperados, que prestam serviços de transporte rodoviário de carga ou passageiro, têm seus gastos de combustível e manutenção de seus veículos, de modo que a base de cálculo é reduzida em até 20% do valor da nota fiscal ou fatura.

• O valor da alíquota que a empresa utilizará para os cálculos será o mesmo de 15%, a única coisa que muda é que antes de realizar este cálculo, a empresa deverá reduzir a base de cálculo para até

20% do valor da nota fiscal ou fatura. 24

Receitas das Empresas

• B- Cooperativas de Trabalho – A Contribuição de

15% sobre o Valor Bruto da Nota Fiscal ou Fatura de Serviços.

• Será devida contribuição adicional de nove, sete ou cinco pontos percentuais, a cargo da empresa tomadora de serviços de cooperado filiado a

cooperativa de trabalho, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, conforme a atividade exercida pelo cooperado permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.

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25

Adicional – Cooperativas

de Trabalho

20% 5% 15% 25 anos de contribuição 22% 7% 15% 20 anos de contribuição 24% 9% 15% 15 anos de contribuição TOTAL adicionado Adicional Alíquota (normal) Aposentadoria especial 26 Receitas das Empresas – sobre remunerações de empregados e

avulsos

• A contribuição a cargo da empresa, destinada à seguridade social, é de 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregado e trabalhador avulso, além das contribuições previstas nos arts. 202 (Gilrat)e 204 (Cofins e CSLL).

27 Receitas das Empresas – sobre remunerações de empregados e

avulsos

• Adicional das Instituições Financeiras

• A Lei 8.212/91, art. 22, parágrafo 1o, determina que, no caso

de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas, além das contribuições sociais básicas, é devida a contribuição adicional de 2,5% (dois vírgula cinco por cento) sobre a base de cálculo dos segurados empregados, avulsos e contribuintes individuais que prestarem serviços a estas instituições

financeiras. 28

Receitas das Empresas – sobre remunerações de empregados e

avulsos

• Adicional das Instituições Financeiras

• É importante frisar que somente a alíquota da cota patronal é que sofre o acréscimo de 2,5%; já a parte do segurado, assim como a GILRAT (grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho), não há alteração. • Por exemplo, o Banco Itaú recolherá sobre os

salários de seus empregados, a alíquota de 22,5% (e não 20% como as demais empresas em geral).

29

Receitas das Empresas

• Adicional das Cooperativas de Produção

• Considera-se cooperativa de produção aquela em que seus associados contribuem com serviços laborativos ou profissionais para a produção em comum de bens, quando a cooperativa detenha por qualquer forma os meios de produção.

30

Receitas das Empresas

• Adicional das Cooperativas de Produção

• Sendo assim, a cooperativa de produção equipara-se a empresa, devendo recolher os 20%, (cota patronal), sobre a remuneração paga ou creditada aos cooperados (que são contribuintes individuais), como toda empresa o faz.

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31

Receitas das Empresas

• Adicional das Cooperativas de Produção

• Entretanto, será devida contribuição adicional de doze, nove ou seis pontos percentuais, a cargo da cooperativa de produção, incidente sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao cooperado filiado, na hipótese de exercício de atividade que autorize a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. 32

Adicional – Cooperativa

de Produção

26% 6% 20% 25 anos de contribuição. 29% 9% 20% 20 anos de contribuição. 32% 12% 20% 15 anos de contribuição. TOTAL adicionado Adicional Alíquota normal Aposentadoria Especial 33 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho

• A Contribuição decorrente do: Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho – GILRAT.

34 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho

• GILRAT.

• É chamado por alguns autores como Seguro de Acidentes no Trabalho – SAT.

• Porém, o termo técnico atual que está presente na Lei 8.212/91 é o Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho – GILRAT.

35 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho

• GILRAT.

• Termo utilizado nas GFIPs é:

• RAT – Risco ambiental do trabalho.

36 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho • (Decreto 3.048/99)A contribuição da empresa,

destinada ao financiamento da aposentadoria especial e dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GILRAT) corresponde à aplicação dos seguintes percentuais, incidentes sobre o total da remuneração paga, devida ou

creditada a qualquer título, no decorrer do mês, ao segurado empregado e trabalhador

(7)

37 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho • I - 1% - para a empresa em cuja atividade

preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado leve;

• II - 2% - para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado médio; ou

• III - 3% - para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado grave.

• Considera-se preponderante a atividade que ocupa, na empresa, o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos.

38 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho

• O enquadramento no correspondente grau de risco é de responsabilidade da

empresa, observada a sua atividade econômica preponderante e será feito mensalmente, cabendo ao Instituto Nacional do Seguro Social rever o auto-enquadramento em qualquer tempo.

39 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho

• RESUMINDO;

• A parte patronal sobre a folha de pagamentos será de:

• 20% + GILRAT (1%, 2% ou 3%)

• Não há limites (teto) para o pagamento da cota patronal.

40 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho

• Por exemplo: Uma empresa metalúrgica possui 1000 empregados. Destes, 900 trabalham na linha de produção, cuja atividade enquadra-se como grave (3%). Outros 100 empregados trabalham no escritório da empresa, em local seguro, sem contato com a linha de produção, e cuja atividade ensejaria risco “leve” (1%).

41 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho

• Por exemplo:

• Como a atividade preponderante desta empresa, levando em conta o maior número de empregados, considera-se como “risco de acidentes de trabalho grave”, esta empresa deverá recolher 3% (risco grave) sobre TODOS seus

empregados, inclusive sobre aqueles que trabalham no escritório.

42 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho • EXEMPLO

• Uma empresa, cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado

médio , possui 3 empregados.

• João e José, trabalham operando máquina, recebem remuneração de R$500,00 cada, e Antônio, que trabalha no escritório, recebe R$ 10.000,00. Qual será o valor da cota patronal da contribuição social devida à previdência? E qual será o valor descontado de cada empregado à previdência?

(8)

43 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho • RESPOSTA:

• João e José:

• cota patronal: 20% + 2% (GILRAT)=22% • 500 x 22% = R$ 110,00

• Desconto do segurado: 8% (conforme tabela) • 500 x 8% = R$ 40,00

• Antônio:

• cota patronal: 20% + 2% (GILRAT)=22% • 10.000 x 22% = R$ 2.200,00

• Desconto do segurado: 11% (conforme tabela)

• 3.038,99 (limite máximo) x 11% = R$ 334,293.038,99

44 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho • (Dec 3.048/99) Art. 203. A fim de estimular investimentos

destinados a diminuir os riscos ambientais no trabalho, o Ministério da Previdência e Assistência Social poderá alterar o enquadramento de empresa que demonstre a melhoria das condições do trabalho, com redução dos agravos à saúde do trabalhador, obtida através de investimentos em prevenção e em sistemas gerenciais de risco.

• § 1º A alteração do enquadramento estará

condicionada à inexistência de débitos em relação às contribuições devidas ao Instituto Nacional do Seguro Social e aos demais requisitos estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social.

45 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho

• (Lei 10.666/03) Art. 10. A alíquota de contribuição de um,

dois ou três por cento, destinada ao financiamento do benefício de aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, poderá ser reduzida, em até cinqüenta por cento, ou aumentada, em até cem por cento, conforme dispuser o regulamento, em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica, apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir dos índices de

freqüência, gravidade e custo, calculados segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social. 46

Alíquotas GILRAT

6% 3% 1,5% 4% 2% 1% 2% 1% 0,5% Máximo acréscimo alíquota GILRAT (100%) Alíquota normal GILRAT Máxima redução alíquota GILRAT (50%) 47 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho • As alíquotas referentes ao GILRAT serão

acrescidas de 12, 9 ou 6 pontos percentuais, respectivamente, se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição.

• Este acréscimo incide exclusivamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.

48 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho 6% 25 a 9% 20 a 12% 15 a ACRÉSCIMOS PERCENTUAIS GILRAT APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS

(9)

49 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho

• Este acréscimo (12, 9, 6%) incide

exclusivamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.

50 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho • Por exemplo: numa empresa com 100 empregados,

5 trabalham em contato habitual e contínuo com substâncias tóxicas que ensejam aposentadoria especial aos 20 anos de contribuição. A maioria dos trabalhadores desta empresa exercem atividades que se enquadram como risco grave (3%).

• Nesta situação, a empresa recolherá 3% sobre as remunerações de todos os empregados.

• SOMENTE, sobre as remunerações daqueles 5 empregados é que serão recolhidos os adicionais de 9%. Num total de 9 + 3 = 12%.

51 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho • EXEMPLO

• José, trabalha com atividade que prejudica a saúde e enseja aposentadoria especial, após 20 anos de trabalho (contribuição), em uma

empresa, cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado grave. • Ele recebe remuneração mensal de R$2.000,00.

Qual será o valor da cota patronal da

contribuição social devida à previdência? E qual será o valor descontado de José à previdência?

52 Grau de Incidência de Incapacidade

Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho

• Resposta:

• Cota patronal: 20% + 3% (GILRAT) + 9% (adicional do GILRAT) = 32%

• 2.000 x 32% = R$ 640,00

• Desconto do José: 11% (conforme tabela) • 2.000 x 11% = R$ 220,00

53

Lei 11.774/08

Redução de Alíquota Patronal das Empresas dos Setores de Tecnologia de Informação – TI e de Tecnologia de Informação e da

Comunicação - TIC.

54

Lei 11.774/08

• Art. 14. As alíquotas de que tratam os incisos I e III

do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991 (patronal dos empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais) , em relação às empresas que prestam serviços de tecnologia da informação - TI e de tecnologia da informação e comunicação - TIC, poderão ser reduzidas pela subtração de um décimo do percentual correspondente à razão entre a receita bruta de venda de serviços para o mercado externo e a receita bruta total de vendas de bens e serviços, após a exclusão dos impostos e contribuições incidentes sobre a venda.

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55

Lei 11.774/08

• § 1o Para fins do disposto neste artigo, devem-se considerar as receitas auferidas nos doze meses imediatamente anteriores a cada trimestre-calendário.

• § 2o A alíquota apurada na forma do caput e do § 1oserá aplicada uniformemente nos meses que compõem o trimestre-calendário. • § 3o No caso de empresa em início de

atividades, a apuração de que trata o §

1o poderá ser realizada com base em período inferior a 12 meses, observado o mínimo de 3 meses anteriores.

56

Lei 11.774/08

• § 4o Para efeito do caput, consideram-se serviços de TI e TIC:

• I - análise e desenvolvimento de sistemas; • II - programação;

• III - processamento de dados e congêneres; • IV - elaboração de programas de

computadores, inclusive de jogos eletrônicos; • V - licenciamento ou cessão de direito de uso

de programas de computação;

57

Lei 11.774/08

• § 4o Para efeito do caput, consideram-se serviços de TI e TIC:

• VI - assessoria e consultoria em informática; • VII - suporte técnico em informática, inclusive

instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados; e

• VIII - planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas.

• § 5o O disposto neste artigo aplica-se também para empresas que prestam serviços de call

center. 58

Lei 11.774/08

• § 9o Para fazer jus as reduções de que tratam o caput e o § 7o, a empresa deverá:

• I - implantar programa de prevenção de riscos ambientais e de doenças ocupacionais

decorrentes da atividade profissional, conforme critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência Social; e

• II - realizar contrapartidas em termos de capacitação de pessoal, investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica e certificação da qualidade.

59

Lei 11.774/08

• § 10. A União compensará o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar no101, de 4 de maio

de 2000, no valor correspondente à estimativa de renúncia previdenciária decorrente da desoneração de que trata este artigo, de forma a não afetar a apuração do resultado financeiro do Regime Geral de Previdência Social.

60

Contribuições Substitutivas

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61

Contribuições Substitutivas

das Empresas

• Acabamos de ver as contribuições das empresas em geral: os 20% sobre a folha de pagamento e o GILRAT (1%, 2% ou 3%). • Estas contribuições sociais, referentes à

parte patronal da regra geral de custeio, são obrigatoriamente substituídas em situações especiais previstas em lei.

62

Contribuições Substitutivas

das Empresas

• As contribuições substitutivas são: • A- do Clube de Futebol Profissional; • B- do Produtor Rural.

63

Associações Desportivas

que mantêm equipe de

Futebol Profissional

• Dec. 3.048/99 - Art. 205. A contribuição empresarial da associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional, destinada à seguridade social, em substituição às previstas no inciso I do caput do art. 201 e no art. 202 (contribuição patronal sobre empregados e avulsos e o GILRAT), corresponde a

5% da receita bruta decorrente dos espetáculos

desportivos de que participe em todo território nacional, em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e

símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de

espetáculos desportivos. 64

Associações Desportivas

que mantêm equipe de

Futebol Profissional

• Dec. 3.048/99 - Art. 205.

• § 2º Cabe à associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional informar à entidade promotora do espetáculo desportivo todas as receitas auferidas no evento, discriminando-as detalhadamente.

65

Associações Desportivas

que mantêm equipe de

Futebol Profissional

• Dec. 3.048/99 - Art. 205.

• § 1º Cabe à entidade promotora do espetáculo a responsabilidade de efetuar o desconto de cinco por cento da receita bruta decorrente dos espetáculos

desportivos e o respectivo recolhimento ao Instituto Nacional do Seguro Social, no prazo de até dois dias úteis após a

realização do evento.

66

Associações Desportivas

que mantêm equipe de

Futebol Profissional

• Dec. 3.048/99 - Art. 205.

• § 3º Cabe à empresa ou entidade que repassar recursos a associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional, a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e

transmissão de espetáculos, a responsabilidade de reter e recolher, no prazo estabelecido na alínea "b" do inciso I do art. 216 (dia 10 do mês seguinte) , o percentual de 5% da receita bruta, inadmitida qualquer dedução.

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67

Associações Desportivas

que mantêm equipe de

Futebol Profissional

• Vamos supor que o “melhor time do mundo”, o

glorioso Palmeiras, jogue pelo campeonato paulista, cuja entidade promotora seja a Federação Paulista de Futebol.

• Neste caso, ela deve descontar e recolher os 5% sobre a receita bruta do “espetáculo”. Assim como, o Palmeiras deverá informar à Federação Paulista de Futebol, todas as receitas auferidas no evento, discriminando-as detalhadamente, visando a habilitar a entidade promotora a efetuar a retenção

corretamente.

68

Associações Desportivas

que mantêm equipe de

Futebol Profissional

• E se o Palmeiras receber da Rede Globo pela transmissão do espetáculo, caberá à Rede Globo a responsabilidade pela retenção e recolhimento dos 5% da receita bruta decorrente desta transmissão.

69

Associações Desportivas

que mantêm equipe de

Futebol Profissional

• Suponha que o Palmeiras tenha os seguintes empregados:

• Jogador de futebol - salário R$ 100.000,00 • Jogador de voleibol – salário R$ 1.000,00 • Secretária – salário R$ 400,00

70

Associações Desportivas

que mantêm equipe de

Futebol Profissional

• Neste caso, apenas descontará a parcela referente ao

segurado, pois a cota patronal será paga

substitutivamente, conforme estudamos (5% sobre renda do espetáculo, etc):

• Jogador de futebol - salário R$ 100.000,00 • R$ 3.218,90 3.218,90 x 11% = R$ 354,08.

• Jogador de voleibol – salário R$ 1.000,00 • R$ 1.000,00 x 9% = R$ 90,00.

• Secretária – salário R$ 400,00 • R$ 600,00 x 8% = R$ 48,00.

71

Associações Desportivas

que mantêm equipe de

Futebol Profissional

• Como vimos neste exemplo, a cota patronal de TODA folha de pagamento, referente a

empregados (e trabalhadores avulsos, se fosse o caso), do clube de futebol profissional é substituída (não somente dos jogadores de futebol)

72

Contribuição Substitutiva

do PRODUTOR RURAL

• Além do segurado especial (que não será aqui tratado) tem-se três outras espécies de produtores rurais:

• Produtor Rural Pessoa Física (PRPF) • Produtor Rural Pessoa Jurídica (PRPJ) • Agroindústria.

(13)

73

Contribuição Substitutiva

do PRODUTOR RURAL

• Os Produtores Rurais, por possuírem empregados, contribuem com sua cota patronal, na condição de empresa, de modo diferenciado.

• A base de cálculo da cota patronal será a comercialização da produção rural.

74

Contribuição Substitutiva

do PRODUTOR RURAL

• A composição da base de cálculo da contribuição e a responsabilidade pelo

recolhimento da contribuição sobre a produção, seguem a mesma regra para o segurado especial.

75

Contribuição Substitutiva

do PRODUTOR RURAL

• Integram a base de cálculo, a produção os produtos

de origem animal ou vegetal, em estado natural ou submetidos a processos de beneficiamento ou industrialização rudimentar, assim compreendidos, entre outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroçamento, pilagem, descascamento,

lenhamento, pasteurização, resfriamento, secagem, fermentação, embalagem, cristalização, fundição, carvoejamento, cozimento, destilação, moagem, torrefação, bem como os subprodutos e os resíduos obtidos através desses processos.

76

Contribuição Substitutiva

do PRODUTOR RURAL

• Esta contribuição substitui somente a parte patronal incidente sobre a remuneração dos segurados empregados e avulsos e o GILRAT (ou SAT), inclusive seu adicional. Estão excluídas desta, as contribuições sobre a remuneração de contribuintes individuais e a incidente sobre as faturas das cooperativas de trabalho.

77

Produtor Rural Pessoa

Física

• A contribuição do produtor rural pessoa física, na condição de equiparado à empresa (cota patronal) é de:

• 2% + 0,1% (GILRAT) = 2,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção.

78

Produtor Rural Pessoa

Física

• Equipara-se ao empregador rural pessoa física o consórcio simplificado de produtores rurais, formado pela união de produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores para prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes,

mediante documento registrado em cartório de títulos e documentos.

(14)

79

Produtor Rural Pessoa

Física

• Considera-se processo de beneficiamento ou industrialização artesanal aquele realizado diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física, desde que não esteja sujeito à incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI.

80

Produtor Rural Pessoa

Física

• Integra a receita bruta, além dos valores decorrentes da comercialização da produção rural, a receita proveniente:

• I – da comercialização da produção obtida em razão de contrato de parceria ou meação de parte do imóvel rural;

81

Produtor Rural Pessoa

Física

• Integra a receita bruta, além dos valores decorrentes da comercialização da produção rural, a receita proveniente:

• II – da comercialização de artigos de artesanato de que trata o inciso VII do § 10 do art. 12 desta Lei; • Obs.: inciso VII do § 10 do art. 12 da Lei 8.212/91:

atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de prestação continuada da

Previdência Social. 82

Produtor Rural Pessoa

Física

• Integra a receita bruta, além dos valores decorrentes da comercialização da produção rural, a receita proveniente:

• III – de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de produtos comercializados no imóvel rural, desde que em atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção, recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de visitação e serviços

especiais;

83

Produtor Rural Pessoa

Física

• Integra a receita bruta, além dos valores decorrentes da comercialização da produção rural, a receita proveniente:

• IV – do valor de mercado da produção rural dada em pagamento ou que tiver sido trocada por outra, qualquer que seja o motivo ou finalidade; e

84

Produtor Rural Pessoa

Física

• Integra a receita bruta, além dos valores decorrentes da comercialização da produção rural, a receita proveniente:

• V – de atividade artística de que trata o inciso VIII do § 10 do art. 12 desta Lei.

• Obs.: Inciso VIII do § 10 do art. 12 da Lei 8.212/91: “atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social.”

(15)

85

Produtor Rural Pessoa

Física

• A contribuição substitutiva do produtor rural pessoa física será recolhida:

• I - pela empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou a cooperativa, que ficam sub-rogadas no cumprimento das obrigações do produtor rural pessoa física,

independentemente de as operações de venda ou consignação terem sido realizadas

diretamente com estes ou com intermediário pessoa física, exceto nos casos do inciso III

(abaixo); 86

Produtor Rural Pessoa

Física

• A contribuição substitutiva do produtor rural pessoa física será recolhida:

• II - pela pessoa física não produtor rural, que fica sub-rogada no cumprimento das obrigações do produtor rural pessoa física, quando adquire produção para venda, no varejo, a consumidor pessoa física; ou

• III – pelo próprio produtor rural pessoa física caso comercialize sua produção com adquirente domiciliado no exterior, diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física, a outro produtor rural pessoa física ou a outro segurado especial.

87

Produtor Rural Pessoa

Física

• Exemplo: Suponha que um produtor rural pessoa física tenha um empregado cujo salário é de R$ 500,00.

• O empregador deverá descontar do

empregado e recolher o valor de R$ 500,00 x 8% = R$ 40,00.

88

Produtor Rural Pessoa

Física

• Exemplo: Suponha que um produtor rural pessoa física tenha um empregado cujo salário é de R$ 500,00.

• Já a parte patronal não será de 20% sobre o salário de seu empregado, como nas empresas em geral. Será de 2,1% sobre a comercialização de sua produção rural. Se o produtor rural vendeu, naquele mês, R$ 2.000,00 de sua produção ao mercado da cidade, então este mercado deverá reter do produtor rural e recolher o valor de R$ 2.000,00 x 2,1% = R$ 42,00.

89

Produtor Rural Pessoa

Física

• Exemplo: Suponha que um produtor rural pessoa física tenha um empregado cujo salário é de R$ 500,00.

• Vamos supor que naquele mês não houve comercialização da produção rural, então, conseqüentemente, não haverá o

recolhimento dos 2,1%. Neste caso, somente a parte descontada do empregado deverá ser recolhida normalmente (pois esta não é contribuição patronal).

90

Produtor Rural Pessoa

Física

• O próprio produtor rural pessoa física será obrigado a recolher, diretamente, a contribuição incidente sobre a receita bruta proveniente:

• a) da comercialização de artigos de artesanato elaborados com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar;

• b) de comercialização de artesanato ou do exercício de atividade artística; e

(16)

91

Produtor Rural Pessoa

Física

• O próprio produtor rural pessoa física será obrigado a recolher, diretamente, a contribuição incidente sobre a receita bruta proveniente:

• c) de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de produtos comercializados no imóvel rural, desde que em atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no próprio imóvel, inclusive

hospedagem, alimentação, recepção, recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de visitação e serviços especiais.

92

Produtor Rural Pessoa

Física

• A Lei 5.889/73, alterada recentemente pela Lei 11.718/08, traz novidades a respeito da possibilidade de contratação de trabalhador rural por pequeno prazo, pelo produtor rural pessoa física.

• Assim, o produtor rural pessoa física poderá realizar contratação de trabalhador rural por pequeno prazo para o exercício de atividades de natureza temporária.

93

Produtor Rural Pessoa

Física

• A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo não poderá exceder 2 meses dentro do período de 1 (um) ano. Caso isto ocorra, esta relação de trabalho fica convertida em contrato de trabalho por prazo indeterminado, observando-se os termos da legislação aplicável.

94

Produtor Rural Pessoa

Física

• A filiação e a inscrição, na Previdência Social, do trabalhador rural por pequeno prazo decorrem, automaticamente, da sua inclusão pelo empregador na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social – GFIP, cabendo à Previdência Social instituir mecanismo que permita a sua identificação.

95

Produtor Rural Pessoa

Física

• O contrato de trabalho por pequeno prazo deverá ser formalizado mediante a inclusão do trabalhador na GFIP, e:

• I – mediante a anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social e em Livro ou Ficha de Registro de Empregados; ou

96

Produtor Rural Pessoa

Física

• II – mediante contrato escrito, em 2 (duas) vias, uma para cada parte, onde conste, no mínimo:

• a) expressa autorização em acordo coletivo ou convenção coletiva;

• b) identificação do produtor rural e do imóvel rural onde o trabalho será realizado e indicação da respectiva matrícula;

• c) identificação do trabalhador, com indicação do respectivo Número de Inscrição do Trabalhador – NIT.

(17)

97

Produtor Rural Pessoa

Física

• A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo só poderá ser realizada por produtor rural pessoa física, proprietário ou não, que explore diretamente atividade agroeconômica.

98

Produtor Rural Pessoa

Física

• A contribuição do segurado trabalhador rural contratado para prestar serviço na forma deste artigo é de 8% (oito por cento) sobre o respectivo salário-de-contribuição. Neste caso, não segue a regra da aplicação das alíquotas de 8%, 9% ou 11%. A alíquota será única de 8% para este tipo de empregado.

• A não inclusão do trabalhador na GFIP pressupõe a inexistência de contratação na forma deste artigo, sem prejuízo de comprovação, por qualquer meio admitido em direito, da existência de relação jurídica diversa.

99

Produtor Rural Pessoa

Física

• Compete ao empregador fazer o recolhimento das contribuições previdenciárias nos termos da legislação vigente, cabendo à Previdência Social e à Receita Federal do Brasil instituir mecanismos que facilitem o acesso do trabalhador e da entidade sindical que o representa às informações sobre as contribuições recolhidas.

• São assegurados ao trabalhador rural contratado por pequeno prazo, além de remuneração equivalente à do trabalhador rural permanente, os demais direitos

de natureza trabalhista. 100

Produtor Rural Pessoa

Física

• Todas as parcelas devidas a este tipo de trabalhador serão calculadas dia a dia e pagas diretamente a ele mediante recibo.

• O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS deverá ser recolhido e poderá ser levantado nos termos da Lei no8.036, de 11 de maio de 1990.

101

Produtor Rural Pessoa

Jurídica

• É a empresa legalmente constituída que se dedica à atividade agropecuária, pesqueira ou silvicultural, em área urbana ou rural, bem como a extração de produtos primários, vegetais ou animais.

102

Produtor Rural Pessoa

Jurídica

• A contribuição do produtor rural pessoa

jurídica, em substituição à contribuição patronal sobre a remuneração dos trabalhadores

empregados e avulsos, é de:

• 2,5% + 0,1% (GILRAT) = 2,6% da receita bruta proveniente da comercialização da sua

(18)

103

Produtor Rural Pessoa

Jurídica

• Para o PRPJ, a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições é sempre do próprio, não cabendo qualquer ônus ao adquirente (como ocorre no PRPF).

104

Produtor Rural Pessoa

Jurídica

• Assim como no PRPF, esta contribuição substitui somente a parte patronal incidente sobre a remuneração dos segurados

empregados e avulsos e o GILRAT (ou SAT),

inclusive seu adicional. Estão excluídas desta, as contribuições sobre a remuneração de contribuintes individuais e a incidente sobre as faturas das cooperativas de trabalho.

105

Agroindústria

• A agroindústria é o produtor rural pessoa jurídica, cuja atividade econômica é a industrialização de produção própria ou de produção própria e adquirida de terceiros.

106

Agroindústria

• A contribuição da Agroindústria é semelhante ao do produtor rural pessoa jurídica:

• 2,5% + 0,1% (GILRAT) = 2,6% da receita bruta proveniente da comercialização da sua

produção.

107

Agroindústria

• Também, na Agroindústria, esta contribuição substitui somente a parte patronal incidente sobre a remuneração dos segurados

empregados e avulsos e o GILRAT (ou SAT),

inclusive seu adicional. Estão excluídas desta, as contribuições sobre a remuneração de contribuintes individuais e a incidente sobre as faturas das cooperativas de trabalho.

108

Agroindústria

• Esta forma de contribuição não se aplica às operações relativas à prestação de serviços a terceiros, cujas contribuições previdenciárias continuam sendo devidas na forma comum. • Caso isto ocorra, a receita bruta

correspondente aos serviços prestados a terceiros será excluída da base de cálculo deste tipo de contribuição substitutiva.

(19)

109

Agroindústria

• São igualmente excluídas desta forma de contribuição as agroindústrias de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura. • Também, não se aplica na agroindústria que

dedique-se apenas ao florestamento e ao reflorestamento como fonte de matéria-prima para industrialização própria mediante a utilização de processo industrial que modifique a natureza química da madeira ou a transforme

em pasta celulósica. 110

RECEITAS DA

SEGURIDADE SOCIAL

Prof. Eduardo Tanaka

111

Receitas da Seguridade

Social

• A partir deste ponto estudaremos, brevemente, as demais contribuições sociais (receitas de concursos de prognósticos, Cofins, Pis, CSLL). • Estas contribuições não constituem receita da

Previdência, mas sim, da Seguridade Social.

112

Concurso de

Prognósticos

• Decreto 3.048/99 - Art. 212. Constitui receita da seguridade social a renda líquida dos

concursos de prognósticos, excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crédito Educativo.

113

Concursos de

Prognósticos

• Decreto 3.048/99 - Art. 212.

• § 1º Consideram-se concurso de prognósticos todo e qualquer concurso de sorteio de

números ou quaisquer outros símbolos, loterias e apostas de qualquer natureza no âmbito federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, promovidos por órgãos do Poder Público ou por sociedades comerciais ou civis.

114

Concursos de

Prognósticos

• Entende-se por renda líquida o total da

arrecadação, deduzidos os valores destinados ao pagamento de prêmios, de impostos e de despesas com a administração, conforme fixado em lei, que inclusive estipulará o valor dos direitos a serem pagos às entidades desportivas pelo uso de suas denominações e símbolos.

(20)

115

Concursos de

Prognósticos

• Decreto 3.048/99 - Art. 212.

• § 2º A contribuição de que trata este artigo constitui-se de:

• I - renda líquida dos concursos de prognósticos realizados pelos órgãos do Poder Público destinada à seguridade social de sua esfera de governo;

116

Concursos de

Prognósticos

• Decreto 3.048/99 - Art. 212.

• § 2º A contribuição de que trata este artigo constitui-se de:

• II - cinco por cento sobre o movimento global de apostas em prado de corridas;

117

Concursos de

Prognósticos

• Decreto 3.048/99 - Art. 212.

• § 2º A contribuição de que trata este artigo constitui-se de:

• III - cinco por cento sobre o movimento global de sorteio de números ou de quaisquer modalidades de símbolos.

118

Receitas de Outras

Fontes

• Lei 8.212/91

• Art. 27. Constituem outras receitas da seguridade social:

• I - as multas, a atualização monetária e os juros moratórios;

119

Receitas de Outras

Fontes

• II - a remuneração recebida por serviços de

arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a terceiros.

• Hoje, a Receita Federal do Brasil é quem arrecada e fiscaliza as contribuições ditas de “terceiros”, são estes, aqueles participantes do sistema “S”, quais sejam: Sesi, Senac, Sesc, Senai, Senar, etc. • Este inciso está tacitamente revogado pela Lei

11.457/07, art. 3o, parágrafo 4o. Por este serviço prestado, é a Receita Federal do Brasil quem recebe 3,5% do montante arrecadado, que será creditado ao “Fundo Especial de Desenvolvimento e

Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização”. 120

Receitas de Outras

Fontes

• III - as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ou arrendamento de bens;

• IV - as demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras;

• V- as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais;

(21)

121

Receitas de Outras

Fontes

• VI - 50% da receita obtida na forma do parágrafo único do art. 243 da

Constituição Federal (apreensão de todo e qualquer bem de valor econômico

proveniente do tráfico de entorpecentes), repassados pelo Instituto Nacional do Seguro Social aos órgãos responsáveis pelas ações de proteção à saúde e a ser aplicada no tratamento e recuperação de

viciados em entorpecentes e drogas afins; 122

Receitas de Outras

Fontes

• VII - 40% do resultado dos leilões dos bens apreendidos pela Secretaria da Receita Federal; e

• VIII - outras receitas previstas em legislação específica.

123

Receitas de Outras

Fontes

• As companhias seguradoras que mantêm o seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres, de que trata a Lei nº 6.194, de dezembro de 1974, deverão repassar à Seguridade Social 50% (cinqüenta por cento) do valor total do prêmio recolhido e destinado ao Sistema Único de Saúde-SUS, para custeio da assistência médico-hospitalar dos segurados vitimados em acidentes de trânsito.

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