Cantinho da Oração em família
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º ANO
| Catequese 6
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A família reúne-se no seu «Cantinho da Oração». Sugere-se a colocação de uma cruz, uma vela acesa e uma imagem de Nossa Senhora. Podem usar-se estatuetas ou estampas. Se a família tiver alguma devoção especial a um santo ou santa em particular, pode também colocar-se a sua imagem. A cruz deve ser sempre central. Convém que haja perto cadeiras para todos se sentarem.
Antes de começar a oração, é preciso combinar tarefas: uma pessoa preside (sugere-se que seja a criança) e são necessários 2 leitores. Caso no momento de oração participem apenas duas pessoas, então uma preside e a outra responde e faz as leituras.
Após alguns momentos de silêncio, todos rezam como se segue (o V. marca as intervenções de quem preside e o R. a resposta de todos):
V. Em nome do Pai, (†) do Filho e do Espírito Santo.
R. Ámen.
A seguinte jaculatória repete-se três vezes. Na primeira e na terceira vez, rezam todos; na segunda vez, reza a criança sozinha:
Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam. [3 vezes]
Então, a criança que preside explica o sentido da celebração:
O projeto de Deus para o mundo é a comunhão com Ele e entre nós. Este é maravilhoso plano de Deus para a criação e para a Humanidade. Foi para isto que Deus criou todas as coisas e ainda os seres humanos. Mas os seres humanos afastaram-se d’Ele. Deus, embora triste, não desanimou. E continuou a abençoar o mundo. Mas era preciso mais: era necessário que Deus dissesse às pessoas qual a Sua vontade – era preciso Deus revelar-Se. Foi para isso que o próprio Deus começou a intervir na história, dando início à «História da Salvação». A «História da Salvação» é a história que começa a partir do momento em que Deus Se revela pela primeira vez a um ser
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humano. E como se chamou esse primeiro homem a quem Deus falou pessoalmente? O seu nome é Abraão. Vamos conhecê-lo.
Todos se sentam. Então, entoa-se o seguinte cântico (repete-se várias vezes):
Bendiz o Senhor, louva o Seu Santo Nome! Bendiz o Senhor que à vida nos conduz.
O leitor 1 proclama a seguinte leitura (Gn 12, 1-9). Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias, O Senhor disse a Abrão: «Deixa a tua terra, a tua família e a casa do teu pai, e vai para a terra que Eu te indicar. Farei de ti um grande povo, abençoar-te-ei, engrandecerei o teu nome e serás uma fonte de bênçãos. Abençoarei aqueles que te abençoarem, e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem. E todas as famílias da Terra serão em ti abençoadas». Abrão partiu, como o Senhor lhe dissera, levando consigo Lot. Quando saiu de Haran, Abrão tinha setenta e cinco anos. Tomou Sarai, sua mulher, e Lot, filho do seu irmão, assim como todos os bens que possuíam e os escravos que tinham adquirido em Haran, e partiram todos para a terra de Canaã, e chegaram à terra de Canaã. Abrão percorreu-a até ao lugar de Siquém, até aos carvalhos de Moré. Os cananeus viviam, então, naquela terra.
O Senhor apareceu a Abrão e disse-lhe: «Darei esta terra à tua descendência». E Abrão construiu ali um altar ao Senhor, que lhe tinha aparecido. Deixando esta região, prosseguiu até ao monte situado ao oriente de Betel, e montou ali as suas tendas, ficando Betel ao ocidente e Ai ao
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oriente. Construiu também um altar ao Senhor e invocou o seu nome. Abrão continuou a sua viagem, acampando aqui e ali, em direcção ao Négueb.
Palavra do Senhor.
R. Graças a Deus. Segue-se o Salmo Responsorial:
Todos os vossos caminhos, Senhor, são amor e verdade.
1| Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos, ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me, porque Vós sois Deus, meu Salvador.
2| Lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias e das vossas graças que são eternas.
Lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência, por causa da vossa bondade, Senhor.
3| O Senhor é bom e reto,
ensina o caminho aos pecadores. Orienta os humildes na justiça e dá-lhes a conhecer a sua aliança. O leitor 2 faz a seguinte leitura:
Afinal, é «Abrão» ou «Abraão»? Na verdade, são os dois. Abrão foi um homem que viveu no início do segundo milénio antes de Cristo, há cerca de
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4000 anos, na região de Ur, na Mesopotâmia. Foi aí que o Senhor o chamou – e foi essa a primeira vez em toda a História que Deus falou diretamente a um ser humano. Depois de chamar Abrão, o Senhor decidiu mudar-lhe o nome, passando aquele homem a chamar-se «Abraão». Na nossa língua, trata-se apenas de acrescentar um «a». Mas em Hebraico faz toda a diferença: «Abraão» significa «pai de uma multidão». É precisamente essa a promessa que Deus faz a Abraão: «Farei de ti um grande povo». Desde então, conhecemos este homem pelo nome que Deus lhe deu depois de o chamar e não por aquele que tinha antes. Por isso, dizemos sempre «Abraão». Mas, quando lemos o texto do capítulo 12 do Livro do Génesis, temos de dizer o nome que ele tinha antes de ser chamado («Abrão»). Já agora, uma curiosidade: também a esposa de Abraão muda de nome – primeiro chama-se «Sarai», depois chamar-chama-se-á apenas «Sara», nome que significa «princesa», já que ela será mãe de muitos príncipes.
Abraão foi, é e sempre será um exemplo da verdadeira fé. Primeiro, porque foi o primeiro homem a quem Deus falou pessoalmente; depois, porque foi o primeiro homem que conheceu e amou o verdadeiro Deus. E o Senhor Deus deu-lhe uma ordem surpreendente: deixar tudo – a casa, a terra, a família – e partir para outra terra. Abraão partiu, apenas com Sara do seu lado, atravessou a Mesopotâmia e chegou à Terra de Canaã, que percorreu de lés-a-lés. É em Canaã que Deus fez uma aliança com ele: Deus será o seu Deus e dar-lhe-á uma terra e uma grande descendência.
O exemplo de Abraão inspira-nos. Como ele, somos desafiados a percorrer os caminhos da nossa vida, recusando o comodismo e o conformismo, para encontrar os verdadeiros projetos de Deus. O Senhor
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chama-nos a ser verdadeiros crentes, com um coração enorme, capaz de respeitar a liberdade e a dignidade de cada um. Amando, respeitando e partilhando, poderemos ser tão fortes como foi Abraão, ultrapassando todos os obstáculos que nos forem aparecendo pelo caminho, agradando a Deus. Tal como falou com Abraão, Deus também quer falar connosco, quer construir uma história connosco. Tantas vezes ignoramos a confiança que Deus deposita em nós, para todos os dias melhorarmos as nossas atitudes, comportamentos e compromissos! No entanto, seguir o chamamento de Deus, como Abraão, está ao nosso alcance. De que precisamos? De saber escutar a Deus, de aceitar o Seu chamamento, de seguir as Suas indicações e, finalmente, de percorrer os caminhos que Ele nos propõe. Em silêncio, vamos pedir a Deus a graça de um coração atento à Sua voz, para O seguirmos para onde quer que Ele nos venha a chamar.
No final da meditação, vem um momento longo de silêncio (3 minutos). Todos são convidados a pedir a Deus a graça de um coração atento para encontrar o caminho a que Deus nos chama. Quem quiser, pode ajoelhar-se.
Ao fim do tempo assinalado, todos se levantam e cantam ou recitam:
Deus precisa das tuas mãos, Deus precisa do teu olhar, Deus precisa da tua boca, do teu coração para amar. Deus precisa de ti, amigo. Deixa os sonhos, ilusões. «Deixa as redes e vem comigo», pescador de corações.
A criança que preside inicia as preces:
Estamos a iniciar o Advento, tempo de preparação para a solenidade do Natal. Peçamos a Deus Pai que está nos céus que nos próximos tempos haja
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luz e esperança no coração de todos nós, sobretudo no coração daqueles que mais sofrem com a pandemia. Digamos com toda a confiança:
Cristo, ouvi-nos. Cristo, atendei-nos. Os leitores 1 e 2, alternadamente, propõem as preces.
1| Pelas nações do mundo inteiro e seus governantes, para que, abandonando os caminhos da guerra, convertam as armas em instrumentos de paz, oremos.
2| Por quantos se cansaram no seu caminhar e desistiram de viver, para que o Pão da Eucaristia se torne para eles alento e força, oremos.
3|Por todos os cristãos, para que sejam testemunhas do amor de Deus, dando bom exemplo da sua fé, através de gestos e palavras, oremos.
4| Pelas crianças e jovens dos grupos de catequese, para que em Cristo, Filho de Deus e de Maria, descubram Aquele que dá sentido às suas vidas, oremos.
5| Pelos que, nas nossas comunidades paroquiais, estão de vela junto aos doentes e aos moribundos, para que o Senhor seja a sua recompensa, oremos.
6| Por todos nós, para que saibamos dizer «sim» a Deus, como Abraão, e dar graças por fazer parte do Povo de Deus, oremos.
A criança que preside inicia o Pai-nosso, que todos rezam juntos. No final, conclui com a seguinte oração:
V. Senhor Deus, que chamastes Abraão e o mandastes sair da sua terra para ser o pai do Povo de Deus, iluminai a nossa mente e o nosso coração para seguirmos a Vossa voz para onde quer que nos chameis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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O momento de oração conclui-se do seguinte modo:
V. O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.
R. Ámen.
E, voltados para a imagem de Nossa Senhora, rezam em conjunto:
Ó Senhora minha, ó minha Mãe, eu me ofereço todo(a) a vós, e em prova da minha devoção para convosco, Vos consagro neste dia e para sempre, os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca, o meu coração e inteiramente todo o meu ser. E porque assim sou vosso(a), ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como propriedade vossa. Lembrai-vos que vos pertenço, terna Mãe, Senhora nossa. Ah, guardai-me e defendei-me como coisa própria vossa.
Então, em silêncio, todos se benzem.
Desafio…
Para se fazer parte de um povo é preciso «cultivar a memória». E isso começa na própria família. Desafiamos-te a estudares a tua própria família, os seus membros, as suas origens. Conheces os nomes de todos os teus avós? Bisavós? Trisavós? E de onde eram? Toca a procurar!
No final,
escreve uma oração a agradecer a Deus pela tua família
.Envia para: catequese@paroquiasvaledoodresetamega.pt
