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V Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar 19 a 23 de outubro de 2009

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A LEI E SEU CAR

Uma discussão crítica a

Este trabalho tem o em confronto com a interp textos aristotélicos aponta p esta leitura não é pacífica en aristotélica com a função contempla a lei operando Entretanto, entendemos qu indispensáveis à realização

Para tanto será anal apoio do artigo La Loi420, a de lei para Aristóteles. Em entre a ética e a política aris modernidade o filósofo anti do homem aos fins da cid plenamente na cidade, onde estagirita a invenção do te práticas distintas, mesmo nã

No Livro I, capítulo afirma que a política é a ciê por objeto o supremo bem, 419

AUBENQUE, P.. “Politique e 1980.

420

Id., “La Loi”. Archives de Phi

421

AUBENQUE, P., “Politique e

422

“Ninguém duvidará de que o

verdadeiramente se pode chamar determina quais as ciências que aprender e até que ponto”

423

Aristóteles define a eudaimon

ARÁTER EDUCATIVO EM ARISTÓ

a aos artigos Politique et éthique chez Aristote

Pierre Aubenque

Ana Paula

Mestrado – Universid São C anadezem o objetivo de analisar o caráter da lei positiva terpretação do comentador Pierre Aubenque. a para um duplo papel da lei: a coerção e a edu

entre os comentadores. Para Aubenque, a lei s o única e exclusiva de coerção social. Este c do como instrumento de educação dos cida que ambas as funções legais, coercitiva e ão da vida boa, a eudaimonia.

nalisado o artigo Politique et éthique chez Ar , ambos de Pierre Aubenque, nos quais é conte m Politique et éthique chez Aristote, Aubenque aristotélica, iniciando com a afirmação que Ari ntigo que mais fortemente subordinou a ética à cidade, já que para Aristóteles o homem só p nde realiza sua humanidade pela cidadania. Atr termo “ética”, por ter tratado política e ética não exprimindo claramente em suas obras tal d tulo 2, 1094a21-1094b2 da Ética Nicomaquéia ciência suprema e mais arquitetônica de todas,

m, a eudaimonia.423 Mas está primazia da polít

e et éthique chez Aristote”. Ktema. Universidade de Estr

hilosophie du Droit. Paris, Tome 25, 1980.

e et éthique chez Aristote”, p. 214.

e o seu estudo (eudaimonia) pertença à arte mais pres ar a arte mestra. Ora, a política mostra ser dessa natur ue devem ser estudadas numa cidade, quais são as que onia como “atividade da alma conforme à virtude” (EN,

TÓTELES

ote e La Loi de la Dezem Amorim rsidade Federal de Carlos (UFSCar) Bolsista CAPES em@yahoo.com.br iva em Aristóteles, e. A análise dos educação; todavia, ei surge na política e comentador não idadãos na pólis. e educativa, são Aristote419 , com o ntemplada a noção ue trata da relação ristóteles é para a a à política, os fins ó pode se realizar Atribui ao filósofo ica como ciências

l distinção.421 éia422, Aristóteles

as, aquela que tem olítica não é aceita

stransburgo, nº 5,

restigiosa e que mais tureza, pois é ela que ue cada cidadão deve

(2)

por Aubenque. Segundo a ele de restrita, é função da dos cidadãos, pois a educ fundamental.424 Conforme arquitetônica, de comando, tendo em vista o bem da cid Outro argum concepção mediana desta ciência estritamente human de tudo um meio em vista libertaria a política de sua como uma disciplina particu

Ora, legis final que Afirma Aubenque q sentido limitativo devemos ética e política tem existênc virtude.427 O conteúdo da le o conteúdo da virtude, isto passar pela virtude por exce Entretanto, para Au ilusória, já que a moralid suficientemente enraizada n 424

AUBENQUE, P., op. cit, p. 21

425

Este argumento também é des destacamos a seguinte passagem

animaux seraient d’autre part humaine, sont précisément celle doivent être subordonnées à des r

426

EN, I, 2, 1094b 4-7.

427

“E a lei nos ordena praticar ta

posto, nem fugir, nem abandona cometer adultério nem entregar ninguém, nem caluniar); e do prescrevendo certos atos e conde as leis concebidas às pressas as f

428

AUBENQUE, P., op. cit, p. 2

a interpretação deste comentador, interpretaçã a política decidir quais são as ciências necessá ucação é uma das tarefas da cidade, e talv

e esta interpretação a política seria apena o, pois serviria a outras ciências por meio da ed cidade.

mento de Aubenque contra uma alta função da ta ciência.425 A política segundo a noção ari

ana, não é assunto nem de bestas nem de deus sta de um fim mais alto que é a eudaimonia. sua pretensão à primazia, deixando-a livre pa ticular e autônoma, como a arte da legislação (n

ra, como a política utiliza as demais ciências e, gisla sobre o que devemos e o que não de nalidade dessa ciência deve abranger as das o ue essa finalidade será o bem humano.426

que, no livro V da Ética Nicomaquéia, encon os entender a aparente universalidade da polít ência simultâneas, o domínio da lei coexiste co a lei, aquela que é corretamente estabelecida, r sto porque “a justiça legal ( ) corr

celência”.428

Aubenque, esta coexistência entre política e v lidade precisa que a lei lhe dê força legal, a nos homens para poder orientar corretamente

. 214.

desenvolvido por Aubenque no artigo citado acima La em : “On remarquera que ces actions ‘indignes des di

rt incapables, et qui définissent donc la sphère d’a les dont Aristote montre, au livre V de l’Ethique à N es règles de ‘justice’, c’est-à-dire de droit.”

r tanto os atos de um homem corajoso (por exemplo, não nar nossas armas) quanto os de um homem temperante

ar-se à luxúria) e os de um homem calmo (por exem o mesmo modo com respeito às outras virtudes e fo denando outros, a lei bem elaborada faz essas coisas re s fazem menos bem”. (EN, V, 3, 1129b 19 ss).

. 216

ação chamada por ssárias à educação lvez a sua tarefa enas uma ciência educação, sempre

da política está na aristotélica é uma euses, sendo antes . Esta concepção para constituir-se nomothétique).

s e, por outro lado, devemos fazer, a s outras, de modo

ontramos em qual olítica. Neste livro com o domínio da , recobre também orre o risco de se

e virtude é apenas l, pois ela não é nte suas ações. Lei

a loi, p. 150, do qual dieux’, mais dont les d’activité proprement Nicomaque, qu’elles não desertar de nosso nte (por exemplo, não emplo, não bater em formas de maldade, s retamente, enquanto

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e disposição moral, isto é, o ainda, a lei tem somente a f de seu poder coercitivo.429 pois a lei é apenas uma forç

La l d’ap ni l quoi extr voir C’es conf insti acco cond rôle cons Aubenque atribui ap coerção exercida pela lei q homens bons, virtuosos. A moralidade, mesmo que am ética não podem ser confu uma moral ausente pelo con de fornecer à cidade cond homens, sem nenhuma funç este comentador que para A les actions humaines: rien d

Entretanto, o texto Aubenque, vejamos. No c descreve os meios possíveis “o homem comum não obe ao medo, e não se abstém d castigo.” Se isolarmos esta p 429 EN, X, 9, 1179b11-13. 430 AUBENQUE, P., op. cit, p. 21 431 Id., p. 217

- 296 - PP , o hábito ( ) que funda a virtude, não se co a função de suprir um hábito enfraquecido ou a

29 Segundo Aubenque, não é possível confun rça coercitiva auxiliar a uma moral fraca ou au

a légalité n’est donc pas la moralité, même s ’application se confondent, car ni leurs fondem i leurs modes d’action ne coïncident. Legal uoique complémentaires, n’entretiennent q xtrinsèque: la légalité est l’adjuvant d’une mora oire, dans les cas extrêmes, le substitut d’une m ’est beaucoup, mais ce n’est pas assez po onfondre politique et éthique: la cite, par la lég stitue et plus encore par la force constraig ccompagne cette législation, se contente de four onditions extérieures de possibilité de l’action

le de la politique est de rendre les homm onstrainte d’une législation.430

apenas uma função à lei, a coercitibilidade. i que a política desempenha o seu papel na c A lei não se confunde com o hábito, já que l ambas tenham o mesmo campo de atuação. A fundidas, pois a legislação tem apenas a funç constrangimento. A legislação se contenta apen

ndições exteriores de possibilidade das açõe unção interior, como a educação para a virtude. a Aristóteles, “les lois ont pour fonction de rég n de mois, rien de plus”.431

to aristotélico parece não fundamentar a ar capítulo 9 do livro X da Ética Nicomaqu eis para tornar os homens virtuosos. Em 1179b bedece por natureza ao sentimento de pudor, m

de praticar más ações porque elas são vis, ma ta passagem do restante do texto, como o faz Au

. 217.

PPG-Fil - UFSCar confundem. Mais u ausente por meio fundir lei e moral, ausente. e si leurs champs ements respectifs, galité et moralité, qu’une relation oralité défaillante, e moralite absente. pour autoriser à législation qu’elle ignante dont elle ournir le cadre, les ion vertueuse . Le mes bons par la

e. É por meio da cidade, tornar os e legalidade não é . Assim, política e nção de substituir penas com o papel ões virtuosas dos de. E ainda afirma régir et d’ordonner

argumentação de quéia, Aristóteles 9b3-19 afirma que r, mas unicamente mas pelo temor ao Aubenque, parece

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que Aristóteles apenas cont bons. Entretanto, ao contin pelos quais os homens se to Alguns pensam que receberam esta fortuna do estando acima dos homens, Aristóteles suspeita que nã seguir explica ser necessár hábito, para que ele possa sentir aversão do que é m condição prévia e indispens

Ora, pelo natu de verd ensi em t estu aleg nutr não com com argu indi afini que Como bem observou humano, a eudaimonia, e a das ações boas e justas, comunidade política.435 Ent 432 EN, 1179b, X, 9, 1179b20-30

Ética Nicomaquéia, uma pergunt

esse motivo, também se pergunta pelo hábito ou por qualquer out divina ou mesmo por acaso.”

433 EN, 1179b, X, 9, 1179b20-30. 434 Complementado, Aubenque t

mais um moyen. Prolongeant les politique, condition elle-même de

435 EN, V, 3, 1129b 20 e ss.

ontempla a coerção como meio possível para to tinuarmos a leitura, veremos que este filósofo tornam bons: por natureza, pelo hábito e pelo e ue a virtude é natural, isto é, aqueles que na dos deuses, sendo a virtude uma contribuiçã ns, independente deles, portanto. Já a argument não tenham grande influência em todos os sário cultivar a alma do ouvinte, daquele qu

a reconhecer e sentir prazer com o que é bom mal, criando um caráter em afinidade com a

nsável.

ra, alguns pensam que nos tornamos bons por elo hábito e outros ainda pelo ensino. A c atureza evidentemente não depende de nós, m e certas causas divinas, está presente naq erdadeiramente afortunados. Quanto à argum nsino, suspeitamos de que não tenham uma infl m todos os homens, mas é preciso cultivar prim studioso por meio de hábitos, tornando-a ca legrias e nobres aversões, como se prepara a utrir a semente. Como efeito, o que se deixa dir ão ouvirá o argumento que o dissuade; e, se ompreenderá. E como persuadir a mudar de v om tal disposição? Em geral, a paixão não p rgumento, mas à força. É, portanto, uma c dispensável a existência de um caráter q finidade com a virtude, amando o que é nobre ue é vil.433

ou Aubenque434, a finalidade da política é o be e a lei é um dos instrumentos políticos essenci s, as quais produzem ou conservam a euda Entretanto, diferentemente do que é afirmando

30. O filósofo está retomando, como bem aponta J. Tric unta colocada por ele em 1099b9, ao identificar felicida

nta se a felicidade é uma coisa que pode ser adquirida p outro exercício, ou se enfim ela nos é conferida por a

30.

e também afirma em seu artigo La Loi, p. 156: “La lo

les intentions de la nature, elle a pour fin l’harmonie de l’accomplissement de l’homme.” tornar os homens fo lista três meios o ensino.432 nascem virtuosos ição da natureza, ntação e o ensino, s homens, mas a que aprende pelo om, e se afastar e a virtude, como

or natureza, outros contribuição da mas em resultado aqueles que são gumentação e ao nfluência poderosa rimeiro a alma do capaz de nobres a terra que deve dirigir pela paixão se o ouvir, não o vida uma pessoa o parece ceder ao condição prévia que tenha certa bre e detestando o bem propriamente nciais ao comando udaimonia para a do por Aubenque, ricot em comentário à dade e virtude: “Por

a pela aprendizagem, r alguma providência loi n’est pas une fin, ie de la communauté

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este instrumento político, a e educativa. Coercitivamen seus apetites e prazeres desconhecem o que é nobre de assegurar as condições q nos manda praticar todas as que tendem a produzir a vir pela lei tendo em vista a e tendem a produzir a virtud em conformidade com as d tornando-se fonte de educaç

Agindo como mó boa (eudaimonia), é função A lei deve ordenar o que é n que poderá ser formado o segundo Aristóteles, não su adquiridas pelo hábito, pelo como as suas ocupações, de

Mas virtu levar pess man lei; deix

Vale destacar que s homens bons e possibilitar a recebam criação e cuidado adultos, têm que continuar homens virtuosos, não have virtude cumpriria o seu pa 436 EN, X, 9, 1179b 10-15 e 1180 437 EN, V, 2, 1130b 23-25. 438

“a virtude moral é adquirida p natureza.” (EN, 1103a 15-20); “C como também sucede com as arte aprendemo-las fazendo” (EN, 110

439

EN, X, 10, 1179b 32-35.

, a lei, surge na cidade ao mesmo tempo como ente, ela impõe castigos e penas àqueles que s e evitam todas as dores que lhes são c bre e justo.436 Móbil exterior e coercitivo, ela t s que permitam a vida na cidade. Mas além des as virtudes e nos proíbe de praticar qualquer v virtude considerada como um todo são aqueles a educação para o bem comum”.437 Os atos p ude nos homens, visto que prescrevem uma m s diversas virtudes particulares e proíbe a prá cação do homem que vive na comunidade políti

óbil interior e educativo, condição de possib ão da lei prescrever comportamentos que expli é nobre e bom, e é por meio da prática destes at o caráter virtuoso do cidadão, já que as v surgem naturalmente, mas são disposições de elo exercício.438 Por isso, tanto a maneira de ed devem ser fixadas pela lei.

as é difícil receber desde a juventude uma educaç rtude quando não somos criados debaixo das leis var uma vida temperante e esforçada não sedu ssoas, especialmente quando são jovens. Por ess aneira de criá-los como as suas ocupações deveriam i; pois essas coisas [amar o que é nobre e dete

ixam de ser penosas quando se tornam habituais.439

e somente o caráter educativo da lei não basta ar a vida em comum na cidade. Não é suficiente dos adequados por meios das leis desde joven ar praticando nobres ações. Numa cidade form averia necessidade de leis que os constrangess

papel em sua totalidade e bastaria, pois o pró

80a 20.

a pelo hábito (...) e nenhuma das virtudes morais surge em “Com as virtudes dá-se exatamente o oposto: adquirimo

rtes. Com efeito, as coisas que temos de aprender antes d 11031a 33-34).

o força coercitiva ue seguem apenas o contrárias, pois la tem a finalidade esta função, “a lei r vício. E as coisas les atos prescritos s previstos em lei maneira de viver prática dos vícios, lítica.

sibilidade de vida plicitem a virtude. s atos prescritos lei s virtudes morais, de caráter (héxis), educar os jovens,

cação correta para a is apropriadas; pois duz a maioria das essa razão, tanto a iam ser fixadas pela etestar o que é vil]

39

sta para tornar os nte que os homens vens, pois quando rmada apenas por esse do exterior, a próprio homem se

em nós por

o-las pelo exercício, es de poder fazê-las,

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comportaria como lei para próprios são a lei”.440 Como garantam a vida social, inst (re)coloquem o homem no mais aos castigos do que ao

Este duplo papel le livro La loi dans la pensé assunto “a educação pelas l autoridade à lei seria dar à a natural entre os gregos. Pa somente de proibição e vigi a lei coercitiva é mais im precisada por Aristóteles, q une fonction coercitive, do capítulo, a autora cita a m apenas o caráter coercitivo pode-se pensar que as leis para punir aqueles que se de portanto, previstos em lei; quem somente caberia espa Mas, seguindo a leitura do criar leis que eduquem os ho

Por os h parti cons sens pena incu (pen que hom com 440 Pol., III, 13, 1284a 13-14. 441 ROMILLY, J. La loi dans la p

2002.

442Id., p. 228.

ra si mesmo: “contra estes seres superiores n mo isso é impossível, são necessários outros in nstrumentos que operem exteriormente, de mo no caminho da virtude, já que a maioria dos h ao sentimento nobre.

l legal também é observado por Jacqueline de sée grecque.441 Neste livro, a autora destina s leis na Grécia”, no qual afirma que um meio à ação legal um prolongamento de ordem mora Para os gregos a lei sempre teve uma função igilância. Estas funções são bem distintas e a pr importante e mais específica, afirma Romi , que apresentou “la loi comme étant avant tou dont son autorité lui assure le privilège”.442

mesma passagem destacada por Aubenque a o (EN, X, 9, 1179b11-13), e afirma que diante is teriam validade somente para os homens m desviassem dos atos estabelecidos pela cidade i; e, por outro lado, o papel educativo restaria spalhar o receio, o medo da punição pela deso

o texto, Aristóteles revela outra função aos leg homens tornando-os virtuosos.

or isso pensam alguns que os legisladores dev s homens à virtude e instigá-los com o mo artindo do princípio de que aqueles qu onsideráveis progressos, mercê da formação d ensíveis a tais influências; e que conviria im

enas aos que fossem de natureza inferior curavelmente maus seriam banidos de todo. ensam eles), vivendo como vive com o pens ue é nobre, submeter-se-á à argumentação, a omem mau, que só deseja o prazer, será corr omo uma besta de carga. E por isso dizem tamb

a pensée grecque, des origins à Aristote. 2e éd., Paris: L

s não há leis: eles s instrumentos que modo coercitivo, e s homens obedece e Romilly em seu na um capítulo ao eio de estabelecer oral, atitude muito o educativa e não priori, parece que milly, observação tout désignée pour A seguir, neste ao destinar à lei nte destas palavras medíocres, isto é, de como corretos e ria à autoridade a sobediência legal. legisladores, que é everiam estimular motivo do nobre, que já fizeram de hábitos, serão impor castigos e ior, enquanto os o. O homem bom nsamento fixo no , ao passo que o orrigido pela dor, bém que as dores

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infli que A lei educativa fo legal ao elaborá-las. Assim revela a importância, na ed um lado, a força da lei v gradativamente os homens. educativas, é essencial aos existe sem a educação, amb Aubenque, com a fin entre ética e política aris instrumento que possibilita Não é difícil entender o m interpretação, já que a le indissolúveis, ética e polít distintas, mas a política, tã independente, com função moral, a lei educativa. Este garante à lei autoridade, e, p moral fraca ou ausente defe

Não há como neg analisadas, a presença evide bom exercício político, mat vida virtuosa, hábitos que excelência: a vida boa, eud juntamente com a coerci indispensável à realização d

443 EN, X, 9, 1180a5-13.

444 Id., p. 238.

445 Afirma Romilly que este duplo

filosóficos e não somente em Ari

- 300 - PP fligidas devem ser as que forem mais contrári ue esses homens amam.443

forma os hábitos e o legislador deve ter em v im, o papel em destaque do hábito na vida m educação, dos valores comuns e da lei que os

i vem do hábito, por outro, ela cria o háb ns.444 Conclui Romilly que essa dualidade, le os olhos gregos445, sendo que a função repressi

bas estão interligadas.

finalidade de provar sua argumentação em fav aristotélicas, acaba por excluir um importan ita tanto a ética quanto a política em Aristóteles,

motivo pelo qual este importante comentado lei em seu papel educativo une, fortement lítica. É claro que ambas continuam sendo , tão fortemente defendida por Aubenque com ão única de criar leis coercitivas, receberá u ste prolongamento de ordem moral, como já af e, por conseguinte, maior estabilidade à moral, d

fendida por Aubenque.

negar, diante das passagens dos textos ar idente do caráter educativo da lei para este filó

aterializado em boas leis é capaz de cultivar, p ue tornam os homens capazes de realizar sua udaimonia. Assim, a dupla função legal, isto é, rcitiva, está presente na obra Aristotélica o da eudaimonia, tanto para a cidade quanto par

plo caráter legal é encontrado em vários textos gregos li ristóteles. (Id., p. 229).

PPG-Fil - UFSCar rárias aos prazeres

vista este caráter moral aristotélica s exprime. Se por ábito, que forma , leis coercitivas e ssiva das leis, não

favor da separação rtante e essencial les, a lei educativa. ador optou por tal ente e com laços o ciência práticas como uma ciência uma intervenção afirmou Romilly, l, diversamente da

aristotélicos aqui filósofo. Apenas o , por meio de uma ua essência e sua é, a lei educativa, a como condição para os cidadãos.

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ÉTICA NICOMAQUÉIA

TRICOT, J. Éthique à Nico par J. Tricot. Paris: Vr VALLANDRO, L. & BOR G. Bornhein da vers Seleção de textos

POLÍTICA

AMARAL E GOMES. Po Edição bilíngüe. Lisbo

COMENTADORES

AUBENQUE, P. “La Loi éditions Sirey, 1980, p _____. “Politique et ethique ROMILLY, J. La loi dans

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Referências

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