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O Cristianismo através dos séculos - Earle E. Cairns - cap. 34

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AACIONALISMO, AEAVtVAMENTOS E

OENOMtNACIONAUSMO,I&48-1789

CAPITULO

34

RACIONALISMO, REAVIVAMENTOS E

CATOLICISMO ROMANO

o séculO XVI foi marcado pelo surgimento do protestantismo e do desenVOlvi·

mento de suas idéias básicas graças 80s esforços de lideranças criativas como 85 de calvino e Lutero, Inlelivnente, durante o século XVII o protestantismo desenvolveu apenas um sistema ortodollO de doutrina para ser aceito intelectualmente, Este sistema gerou um novo escolasticismo, particularmente entre os luteranos da Alema­ nha, interessados mais na teologia do que na prática da doutrina na vida. Esta Iria vivência Intelectual do cristianismo, junto com IS duras guerras religiosas de

.1560 a

1648

e o surgimento da filosolia racionalista e da ciência empirica, deu origem ao lormalismo religioso entre

1660

e

1130 na Inglaterra, na Europa e, mais tarde. nos

Estados Unidos. Por outro lado, O cansaço da Iria ortodoxia dos filósofos e cientistas racionalistas, o aparecimento da religiao natural e a Idéia da Igreis como um grupo de crentes em harmonia com Deus e o próllimo. estão nas bases da libefdadereligiosa e do denomlnacionalismo.

Nos séculos XVII e XVIII. desenvOlveram·se duas respostas aeste escolasticismo protestante; a primeira foi o racionalismo, que leve no deismo a sua expreS660

religiosa: a outra foi o reaYlvamento. Esteúltimoexpressou-se, em algunsC8SOS. numa

espécie de teologia da luz interior e. em oulros CMOS. numa ênlase

à

importância da Biblia e á piedade pessoal. O diagrama seguinte ilustrará a relação entre estes vários movimentos antre

1648

e

1789.

I.

RACIO NALISMO E RELIGIÃO

O

pensamento moderno encarece a importáncla da razão e do método cienl(fico na descoberta da verdade e reluta a possibilidade de se chegar a ela pelas tradlçOes do passadO. Estas idéias apareceram no periodo compreendido entreofim da Guerra dOS

30

AnOS e o inicio da Revolução Francesa.

Em

virtude do impacto dessas idéias sobre a religião. alguma atenção será dada aos 'atores que as determinafilm.

A. A Origam do

De/smo

Vérios fatores contrlbulram para o surgimento do racionalismo no século XVII

O

""

tw:OIAlIIIal � I t.tI!l.ClSMO � li'1

REACOEs ORTOOOXIA PROTESTANTE

-Mnxk_

W�'�I

'NhItel'ield

'c.MniJUlI

f'lETlSMO

Icooçto. .'ooç6w)

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s ... s. ""'"

(2)

-hoolOl"lle cientifico .r.tgou-se grandemente .Ita"'" óo IllIblIlho de

renom

ados c:lefl.­

tlsl.n. A

.... ,1'\11

\eoI1a de um univer$l g

aoctn

lnco cedeu lugar

/I;

teoria de um uni_50

halloç6nlrico.como desenYCI'lida por Nicolau Copérnico

"-473-1543). II

popularizada

por Galileu GaMIei (1564-1642).

Isaac Newton tl642-112n,

linda jovem se interessou

pela QtlestAo das leis béslcas que 8tUIIVlm n o universo) Em

1681,

escreveu

0$

Principia Ma/flemar/ca. em que desenvolveu

II

teona da lei da gravidade que daria .

chave par. unificar o dominio da ciência. Até

11&1

substitulcsa pelo

conce

ito darwlnl.­

no de evolução. o principio da lei natural foi tklo como básico; os homens, enlllO,

contemplavam o universo como uma m6quina ou

meca

nismo operado por leis

naturais Imutévels. O principio das leis naturai, descober1as pela raUlo foi aplicado

II

multas outras éreasdo conhecimento, como

II

ciência politica. ecoooty1la

II II

rellgl80.

Oe

(luropel.ll enlraram também em contata com outra. culturas, quando comar­

clantes aventureiros chegaram aos mais distantes rlrlCOes da terra em busca de bons

negócios. A descoberta de religiões nàCKriStas UlCudiu a Europa e os l.IStudlosos

começaram a compará-lascom o cristianismo. Como encofuraram semelhanças

nos

princlplos, muitos comoçaram a il'llJagar se

1'160

havia uma roligllo natural básica

para lodos os homens independentemente da Biblla ou dos sacerdotes. AssIm.

01

homens

10lllm

levaoos ao deismo, que parecia estabelecer uma religiAo

eo

mesmo

tempo natullll e cientifica.

O emplrilmo e o racionalismo também desaliaram a lnldiçlo em

flOme

da

razio,

ao substltulrem

I

revetaçlo peLa IlIdo e peJos sentidos como os caminhos naTurais

para o saber. Euas filosotlas 8(am seculares p o r se preocuparem mais com o sujello

con

heced

or, O homem, do que com a realidade a ser conhecida, DeUs.

O

empirismo olereceu

ii

ciência um método, método eSle que seria dei·

ricado pelos potitlvlstas e pragmatistas. Francis Bacon

(1561-1626)

pUblicou em

1620

o iklU Novum

Organum,

ondedesenvol�eu um método indutivo de Interpretaçlo

da natureza. Este método, para ele. dell8ria substituir o método deóutivo de Aristóte­

les. de uso amplo pelos escolésticos na Idade Média. Pelo método indutivo, também

conhecido como método cientllico.

O

cientista relelta tudo O que seja baseado apenu

na aUlOrldlcle.

Ele

desenvotll8 uma hipótese. obler"\ll

01

latos relacionados

i IUI:

idéia-tantativa, checa os latOl pela experimenlaçlo repetida e entlo desenvolve uma

lei geral. No anligo método

dedutivo,

concebia-se um principio geral. aceito

i base

da

autoridade. e se propunha uma conclU!lAo sem

sequer

testar a validade do principiO

geral.

A fi

losofi

a emplries de John Locke

(1632-1704)

reforçou a argumentaçlo de

Bacon.

Em seu "Ensaio Sobre a Compreensão Humana"

IEsuy

Cooceming

Human

lInderslancling). de

1690.

Locke negou a existência de Idéias

1i1\15

na mente, como

tempa e espaço. e afirmou que

a

mente de uma criança

é

uma

lábula

rasa. O

conhecimento 118m

i

criança através dOI sentidos que pr

ovoca

m sensações

ii

mente,

a qual palo rellexo das sensaçOes cria o conhecimento. Esta IIgsçlo doconheclmen­

to

ii

sensaçlo criou uma abordagem materialista da vida. embora Locke losse um

cri.tAo ortodoxo. A combinaçAo da!

Idéias

de Locke com as de Bacon provou

exaltaçAo do método cientifico como melhor caminho par. se obter o conhecimento,

\

A

esçota racionalista também exaltou de inicio a capacidade do homem para

descobrir a Wlrdlde

pela

razão

sem o concurso da revelaçAo. A teologia natural

deveria l8f O ponto de partida da teologia Rene

Desca

rtes (1596-1650)

desenvolYeu

uma filosofl. C\Jjo ponlO central era O de dlJllidar de tudo. eJtCefo de sua própria

consciêncl. e de SUl: capacidade de pensar. A partir

desta

aUlo-evidência, ele erigiu

�'Q()!!.'l5Ma. IIl.II/NIJ,I(fITOIl �"-IQI'\O -o 32:1

um lI.tem. de pensamento em que �ários axiomas seriam relacionados

i

certeza

m"emjtica. Para

Descartes,

c8f1os

concei

tos inerentes

ii

rado humana como tem­

po e

espaço,

capacitam a mente

I

organil8.J' os dados que os sentid

lhe levam.

Embolll

losse

um

dualista que 'ceitava

existência de um munclo mental e outro

material, ele .achava que poderia aceitar. existência de

0eIJ.

e d. alms apenas pela

rllAo. Estas idéias. ampliadas por leibnitz e Spinoza, acaballlm porrelorçar . crença

do

homem

�.sua ca�cld�de de alcançar o conheclmenlO apenas pela IlIdo e pelo

m�

o cientifico. A Illosofia raCionalista e as leis cientt1icu de Newton suscitaram .

OPl.mlo de que pela razio e pelo rn4Itodo cientifico O homem deSCobriria leis naturais

e Viveria de

acordO

com elaa�

O delsmo. resultado natural destal �isoes cientlllcas-l!loa6t1cas do

conheclmen-10, �urglu na lnglate�ra no século XVII e

81:1

propagou por França, Alem.nh. e Estados

Unidos.

Era

uma rehgllo natural ou uma religiloda razlo. O delsmo Criou um Sistema

de

�um Deus transcendenle que abandonou sua criaçAo ao gOV8fno das leis

oeturals descobertas pela razio. Deus, entao. tor

nou-se

um "Oeus susente'".

Para

o

deí.ta.

o.;n.

s está

.

acima e além da Sua criaçAo. Enquanto o pantelsta procura dar

ênlase

i

Imanência de

Deus

em

5l.1li

criaçAo, o de

i

sta laz questllo de afirmar que o

Oe

u� tra �ndente nlo é parte da

Sua

criaçAo. embolll esteja Imanente nela como

Providência

e

como

um Redentor através de Cristo.

a

03

Dogmas do Deismo

.

Deismo. uma rellgllo sem reYelaçlo escrita, enfalil!8

o

céu estrelado em clma e a

I� m01ll1 oe Temi. Um do. principais dogmas do Deismo - porqueos delsta.também

tinham seus dogmas: as leis naturais cta rellgilo encontrjvels pela razto

_

era

I

crença

num Deus

_

transcendente entendido como a Causa Primeira de umacriaçAomarcada

pelas seqüências de um plano.

Os

delstas criam que Deus del�ou aUB crlaçAo

reger-se por lei. natural.; assim, nlo havia lugar para milagres, para a Blblla CQmo

rewlaçAo de Deus, para pratecia, para

s

providência ou para CrIsto como um Oeus­

homem. Para eles, Cristo era apenu um mestre e por isto,

Deus deWlria 58r

�ultuadO. Outro dog�

era

a crença em que

"'li

virtude e a P!edade-eram o c ulto mei.

'�portante que se podia prestar . Deu&, cujas leis éticas estlo na Blblia, um manual

étiCO,_

e na natureza do homem, onde seriam descobenas pela IlIz1Q.

O

homem

deveria.

�r

epeoder

_

do

8(1"0

e

Yiver

conl

orme

as leis

éócas.

potque a alma j

lmorta

l e

está suleita

i

recom

pensa ou ao castigo depois da mone.

O

deísmo dominou o pensamento

das

dasses altas da Ingla\eml desde a epre­

sentaçAo dOI

seus

pontOl bUicos por Edward

Herbert, Iord

de Cherbury

(1583-1648)

em

t624,

i

publicaçlo claobra cte David

Hume(1711-1776j.

O pensamantodeHerbert

pode SIr resumido na seguInte frase: Oeusexiste. e podeser cultuado pelo arrependl­

mento e por uma vida de tal modo digna que a alma imortal possa receber a

recompensa eterne em vez do castigo. Olarles Btount

(1654-1693)

loi oulro deísta

inlluente

:

�Ohn Tolard

(1670-1722).

Lord 5haltesbury

(1671-1713)

e outros pregaram

que o cn5llanlsmo não 8(a um mistério e poderia

tEM"

sua autenticidade �ermcada pela

razAo.

<?

que nlio losse pro�ado pela rado deveria ser recusado.

MUItas

vozes

se levantaram para defender o cristlanlSlTlO ortodoxo. Wiliam

la ....

(1

176

J,

escrall8U em

1728

um livro ellCelente sobre

vida devoclonal do crlstAO"

IntItulado Uma Chamada Séria a uma

Vida

De�ta e Santa�

IA

Serlous Gil/I 10 a

081'00'

and

Holy Ufa).

além de'O Problema da Razao· (The

Gilsa

,'"

ReasonJ de

1132,

onde sustenta que o homem nlo pode

compreenóef

o sentido da religrlo

(3)

lpen .. pelo proceslO racional. porque Deva estê Iclma óa razio. Ao "Analogll ÓI Religl6o"

(An.ogy

of

ReltgIoo�

óe 1736. de JoseptIButlElf (1682-1752). mostl'l que 01

argumentos óos deistas usaóos pal'l o Deus óa Bíblia se aplicariam ao Deus Ól natureu se s razAo fosse a aulOfidade. ButLer usou a teoria óa probabllld&de plrl óemonstl'lr que o criSlilU1iamo ortodoxo rlaponCIla melhOr aos problemu que o deismO. WiLliam Paley (1713-1805)

seMU-se 00

argumento teleológico para provar I existência de um Deus que se reYelou na Blb�l. em Cristo e pelos milagres. I fim óe que o homem pudesse ser levaóo

I

uml vidl de obediêncila Deus e

ele

p!'eparaçlo para

I

ImortallÓaóe.

C. Difuúo do

Deismo.

O deismo óilundiu-se na Fl'lnça, encontrando II um clima propicio entre 01

I�ósofos do .1.110 XVIII. e: que Ilguns óelstas Ingleses,como Herbert e Shaftesbury. 10000m " França I ti .... flm

seus h'fos traóuzlóOlJ I publicados amplamente; ademais.

algunl deiltallrance_. entre os qual, RouS$Nu I Voltaire. também toram à Ingll­ lerra.

O

deismo Ól Rousseau 10i ólsenYOMóo 1'\0

Em/Ia

e o ó e Voltaire estáem lodot

os

seus escritos

contra

a Ig"eJa

e

a lavor

da toIeJãncia. O' AIembert I Denis Diderot

(1713-1784)

adil

aram

a Endc:.",....

sobra

o c:onhecimento u

n

lYefSllJ

amplamente

racionalista e óelsla. Na

França a Igreja

católica

Romana lulava conba

esses óels­

tas.

l

ivres

pensadores

que

acabaram eK81coudo

uma in/luência

fortlssima sobra I

RevoluçAo de 1789. que se reHetlu em toda

a Europa..

Alt!im ÓOS escritos dOi delstas. I visita óe TOlanCI a Hanover e a estada de VOltaIre na corte óe Frederico. O Grandl. Introduziu a rellgl60 da razio na Alemanha. onóe encontrou terreno propicio. apesar do trabalho anterior óos pietistas.

A Imlgraçlo de delstas Ingleses. a dlvulgaçlo óo. escritos delstas e a presença óe oficiais deillas ÓO exército Inglês nos E3tadoa Unidos durante a guerra de 1756-1763 ajudaram a introduzir O delsmo nlS col6nlll5. Benjamin Frar'lklin. Thomas JeUerson. Ethan Allen e Thomas Palne estavam entre os lideres d o deismo nO!J Estados Unidos. "A Idade da Razio" (AgfJ 01

Reuon),

de Paine (1795). contribuiu para popularizar IS idéias deis Ias. Foi desse modo que os E3tados Unidos. a Inglater" ra. a França e a Alemanha. se expuseram

às

Inl!uênclas destn.Jtivas do deísmo.

D.

O Llfgad() do

Defsmo.

O delsmo ajudou na rulstênc!a

à

idéia da oniPQténcl8. do Eslado; auto,." como Rousseav InsiSllram na orlgfJm natural do Eslldo. O argumento era de que oestado originou nvm contrato social Intre o

povo e o

rei.

sobefanamentl escolhido pelo

povo

. OS

governantes

eram di tal modo responsâveis perante o

povo que se lracas­

sassem em svas larelas. o povo teria O direito de mtJdê-los..

O

estado, aujeito somentl li soberania do povo, é absoluto em tOdos os setOfM da vida, Foi o deismo ql.llaludou na lomentaçlo óa Id� di que a razjo humana, pelo

uso

do método cientifico. poderia descobrir uma ... dade da validade universal. Contribuiu também no desen­

volvimento do COOC8lto de bondade e per1e1ç1o essenciais. pelo que se

poderia

esperar que o continuo progresso humal'\O produzisse urna ordem mais perfeita na tElfra. Claramente olimi!ta. o delsmo parecia ignorar o pecado humano. O liberalismo '

modema com lua ênlase sobrl o racionalismo deve multo ao deisrno. OS deistas

também ajudaram a criar o sistema moc\efno de aJIa...ç ;. ",·

;

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;B9'.;,é'a� · "' ,"'d",, � " "

Enlnltanto. o cristianismo também lucrou com o u

YltOria da tolerlnc,a religiosa. em par1e devida aOl! de/slas. "'Ira quem as idéias

rellglolli que losaem racionais seriam livremente aceitas. Por crerem nl dignldada do homem como ser racionai. oa delstas também cooperaram com O!J crlstAoa ortOdOxOS em vérl .. lIiVldades humanltlirias.

O

impvlso ao estudo também deixou um saldo benltUco no camPQ da critica lelllual e da exegese. Os eapeclalistu se empenharam em deeenllOlver um 1f!�to delinitivo da Bíblia. para demonstrar que ela chegou a nós !XIS autores originais em Ixcelente estado de pre$8rvaçAo.

O uso

d. gramêtica e dIIl'IlSlooa pal'l uma cor

reta

exegese da Bíblia loi indlretamenteestlmula­

do pelo movimento racionalista.

Concomitantemente ao racionalismo e .o deísmo. aurgiram na Europa Conti­ nental. na Inglaterra e nos Estados Uniclos Inú

rnefQ$

mOYimenlOS reaVlvamanllJtal Em algun. casos. estes movimentos se baseavam numa ênfase

à

,UZ InterIOf". pela qual o homem seria iluminado espiritualmente. independentemenle de Bíbli

•. O

OuJellsmo católico rom.no

I

o Ouakerismo Inglês Ilustram esta tendência.

O

reaYlva­ mento de base biblica

pode

sef ilustrado pelo pietismo e pelo metodlSfTlO nas Igrejas luterana e Anghcana.

II. MISTICISMO E RELIGIÃO

A.

Os

Movimentos

n.

Europa Comlnenl,'.

O Oulelismo 101 um movimento mlstlco dentro) da tgreJa CatOlica Romana duran­ le o séculO )(\III que acentuava o acesso intuitivo Imediato a Deus pela alma passl�a. aberta

à

Inlluêncla da luz Interior. Esta reaçlo contra a idéia d. racionaJlzaçAo dos

dogmas 1f! .... precursorM como Carlos Borromeo (1538-1584). cardeal e arcebispo de Mllao. Ignéclo de Loyola. Sta. Teresa. da Espanha. e Francisco de Sale. (1567-1622). da França. A

'Int,oduç'o fi Vld. DellOta"

(1609). deste ultimo. poderia ser Ilda hojl com proveito pelos prOleslantes. No séculO XVII. estes mfSlicos d. Ganll'l­ Relorma toram sucedidOS pelos quietistas.

MIChael Mollnos (l640-t697) em

setJ "Guia Espiritual" (Spirifual Guide)

(1675) dest.cou a passividade da slma como uma torma de abertura

à

comunlcaçlo da luz de Deus: neste HtaÓO. a vontade hum.na nAo deveria serellltn::fda. Suas Idéias/oram _dotadas por Madama Guyon (1648-1717) que encareceu . contemplaçlo passiva como objetlllO d. experi'nCil mlstlca do divino. Francis Fenelon (1651-1715).lutor real. de/enóou-a

cio.

lIaqves de Bosauet.eem sua obra.

"A Perfelçjo

Cm"",

que tem contriooldo para

a

vida

devoclonal

oe

pr

o

t

eSlll

n

te

s

e

catóticos. lez u

m

a apresentaçao

poIItiva

cio

quietismo.

O misticISmo proteSlanle pode ser Ilustrado peJa obra do 9

rande

cientista 1UeCO. Emanuel Sweó8nborv (1688-1772). que

chegou à

conclusao de que a

espinha óO,..

do mundo lisic:o da naturlZl correspondia a um mundoespirituat. Para

eIe .•

comunl" caçlo entre HI8I dois mul'ldos era

PQssSveI

alra" da comunicaçlo com se,." celestiais. Ele espiril\Ja/izou a SIbila para

poder

relacionà-18 com a f811Et1.çlo que esse. vlsltanlet celMtiais the laziam. Por \loIIa de 1787. uma igreja 10i ol'ganizada na Inglalerl'l. sendo que atê

hoje

a denominaç4o ainda existe.

8. N. Ingl.terra.

Os

quaklrs apareceram 1'\0 cenário religioso Inglês no perfodo ca6tico entre a GuElfI'l CiVIl e a Commonweallh. Eles se afastaram da igreja organizada. da crença na Bíbli. como re .... l.çlo única I linal da IIOnladedeOeus. substitulndO-'. peJa óOutrina d. luZ Interior, atra ... de qual o Espirito Santo daria conhecimento lmedlalo e dlreto

(4)

de Deu .. Independentemente da BlbHa. Embora se assemelhassem aos montanlstas. suai tendências misticas foram equilibradas felizmente peta sinceridade moral e

pot'

um grande amor pefo próJcimo.

George

Fo)t

(1624-1691),

filho de um tecetao e aprendiz de sapateiro. que tam­ bém comerciava

la.

interessolrl8 peta "",rdade espiritual em 1643quandolold8lllfla­ do por

6011

puritanos a uma rodada de bebida, em que o que parasse primeiro pagaria e conta. Desgostoso, deixou a Igreja e só em 1646, depois de ume interessante expe­ riência religiosa, sua busca

cheQOu

ao fim.

O

cristienismo, entlo. tornou-se para ele uma forma de viver, uma axperitncla mlstica em quese poderla lr diretamenta a Deus Ele começou a pregar, formando em 1652 um grupo de teguldore5. que se Intitula­ vam

Amigos.

também

chalTllldos

de quacres. Em 1652. Margar8lh Fell (1614-1702).

de

Swarthmora

Hall, se conYII(\eu 80

quacrl5mO

e sua C8$II se tomou o centrooficioso

do movimento. Mais tarde.

Fu)t 18

casou com ela. A expando do quacrlsmo

to.

rãpkla. depois que o seu ardor mUlsiooário e a perseguição que lhes moveram I'

autoridades lorçararn--nos a sair da Inglaterl'll. Quando visitou as Treze Colónlls (1672-'713), Fox encontrou muitos grupos

de

quacres. Em 1666, criaram-$EI reunlOM mensais para 8stabe!acer a ordem II supervisionar a conduta da membresia.

Roberto Barclay (1648-1690) tornou-se o teólogo do movimento. Sua -Defeu dOI qlAcres'

(ApoJogy

for lha QIJ,kers). de

1678,

I

essência de teologia

QU8cre'

Era

o Esponlo. o Revelador unlCO de Deus e a Fonteda Luz Interlor"denlro do homem.

qlJ9

lhe Humlfl8va a

alma. COmo a Slblll era mail uma regra acessóna de lé, SUl! Insplraçâo foi colocada no mesmo nlvel da in.spiraçAo de Fox ou de qualquer quacre As revelaçOu a um Amigo nAo contradiriam -nem

I

Blblla nem a razao correta e perleila". Com esta Luz Inlerior. prescindia� do mInistério prolissionat: os doi, sacramentOI, por serem Inleriores e espirilU8Js. nAo precisavam de slmbolOS e Cen­ mOnlas materiais. Os quacres mo deviam se engajar na guerra: entre eles, a escrevi· dao

101

abolida. Jonh WOOIman

(172G-ln2).

quacre norte-americano,

101

um dos primeiro. a pregar e ElSCrever em prol da abollçào da escravldao. Os juramentos nos tribunais foram proibidos e 1$

honrarias

humanas nao deviam ser aceitas. IsIO trouxe aos quacres muitas dificuldades (li Inglaterra elItista. em que a dasse atta

ambiCiona-WI�m Pem. t...-..ilOor dt

Ponlsytvarnl

�ma repu­

tacllo pot ..sar �$

eleilanles,

rrene.-as cortews

e laia

8Ioquente

� �IiTOS I t.l.11lDSI«l fUNoIIO 321

va titulas pomposos pata que os pobres lhes tirassem o chapéu. Em

1661.

muitos q�cres foram presos, mas o m()VImento cresceu a despeito ou por causa da�­

gUlo;lo. Em

1660,

havia cerca de 50 moil quacres na Inglaterra.

William Penn (1644-1718) conseguiu atenuar a persegUlç;!lO quando Carlos Illhe deu em

1681

uma grande faixade181111 r'ICIsEstados Unidos como pagamento das 16míl libras devidas ao seu paI. Penn fundou Pennsylvanla em

lsa2

/I ba$e de uma completa liberdade religiosa e convidou asseitasperseguldlllda Europa, Inclusive os Quacres. a se refugiarem lã. Foi ai e e m West Jersey que os quacres se tomaram mais numerosos.

.

Os A,:"igoe têm

ressaltado a pregaçio de sua te atravéa de um forte programa mlsslonáno em que é dedicada lIençêo especial ao serviço social e /I educaçkJ,

A

lama das Universidades ele

HaIel100:t e Swarthmore. como de outras InstitulçOes 6

um testemunho do interesse dos quacres na edtJC:açào. O movimento, entretanto. nio este"", livre das ameaças de cismas e de enfraquecimento do vigor espiritual

O

desinteresse pela doutrina e II lalta de um modelo histórico abjetivo. como a slbiia, têm levado em alguns casos a um misticismo exagerado

00

em oulrOI a um teísmo vago em que a pessoa de Cristo nlo é sulicientemente exaltada.

III. REAVIVAMENTO E RELIGIAO

A. No COnfmente.

Bem d.lerente do misticismo da luz Interior

101

o movimento pietista da Alema­

nha. surgido como uma correçao evangéfica para a ortodoxia Iria da igreja lulerana

d? século XVII.

O

pletismo acentuava um retorno sub)etivo e individual ao estudo

blbllco e

./I

oraç;!lo. A verdade blbllca se ITIIInifestarla diariamente numa vida de

piedade. a leigos e a ministros Indistintamente.

Embora houvessem outros IlIores. o movimento pietista surgiu inicialmente

como fesultado dos esforço$ de

Phll1p

Spener (1635-1105), pastor luterano em

Frankfurt.

desde

1666. Em '670. ele organizou aquilo que chamou ele "I;offegia

pietafl.". reuniOes para eSlwo blblJco prático e para • MSçA(} em casa. Seu

"�

DesiO

er/

a" (1615) destacava estes ''ençonlros

(:Ie

oraçlo em (;41"'" como

um auxilio para o cultfvo da piedade pessoal entre os luteranol. Ele também sugeriu que a educaçao mlnlster1al deveria ser blbllca e prática. com "táglos para os futuros minIstros. Em 1696.loi para Dresden como pregador da corte. Dar saiu em 1691 para

um Inlll.l9nle pastotado em Barlln. onde permaneceria até a morte.

O

Pietlsmo

lIoresceu na Alemanha. Holanda e Escandinávia.

August Francke (1663-1721) e alguns amigos da Unl't'&ralclflele ele Leipzig tam­ bém lom'Iaram um grupo para o estudo da Biblia. Numa visita 41 Oresclen, Francke foi

infl.ueociado por Spener. que finalmente conseguiria em 1691 um prolessorado na

Untversióade de Halle. logo transformada no centro do Plellsmo. Francke organizou o -Paedagoglllm", uma 85(:oIa elementar livre para crianças pobres, em 1695, e dois anos depois. uma escola secundária. Fundou também um orlana1o e inlluenclou na cria�o de um in$tltuto blbllco. lundado por um grande amigo, para publIcar e distribuIr exemplares da Blblla.

O pletismo provocou um novo Interesse peto estudo. alscussAo da Blblla e aphcaçâo dela

à

v

i

d

a dIária e no cullivo de uma vida pia. A énfase recaia �re a funçao do Esplnto Santo como Iluminador da Biblla e sobfe as boas obras como

(5)

e�press.ao da \ll&fdadeira religl60. Infundiu .. um novo vrgor espiritual na Igreja Luterana. Halle 10m ou-se um cenlro deeslOfço missionário. Um trabalho plO<'Ieiro lOi começado na A/rica e nas Ilhasdo Pac/llco por missionários de Halle. Estimulou-se o estudo cientifico de linguas e di história da Igreja. na IntençAo de se chegar ao

verdadeiro

slgnilieado da mensagem bíblica para a vida diiria. A negligência

dos

pietistas quanto l doutrina IeYOU-OS a adotar a filosofia do iOealismo.

Além

deste

revigoIamenlo espiri

tu

a

l na

Igreja

llJterana,

o pielismo resultou

na

lormação

da Igreja Moniliia. pelo Condede Zinuodorl

(1100-11601.

Que estudou em

Halle, no "Paedagoglllm"

de FrancIle, e em

'Mttenberg,

onde

tez Direilo.

Zlnzen.

dor! Pfegava uma vida de

0eY0çj0 passeei.

CriSl0. Em

1722.

reltlgladol

bo6mios

fundaram Hemntlul em Berthelsdorl. propriedade de Zinzendor!. que em

1127

se

lornou

o "der da Of'ganizaçAo. Reconhecida como Independente em

1742,.

Igreja Unhei em 1745 uma organizaçlo trlpllce de bt�. anciao e dlécono.

O

movimento de lorte vrsao mlsslonéria, enviou obreiros

li

[ndla Ocidental. Groenliodia e Alrica, nos meados do século. Noo Estados Unidos. após um pequeno periodo na Geórgia. os morávios mudaram-se pilr8 a Pennsylvilnia. onda Zinzendorl, em sua estada no pais, tentou reunir todoR 0$ alemaes protestantes em tomo

dos morá'fios. A

apaixonada devoçào a

CrÍ'Sto.

de Zinzendorl. e�pressa praticamente, 101 colocada em lin.guagem teológica por AugUSI Spangei1Oerg. o teólogo do movrmento.

Interessante notar Que o circulO da InlhJência se completou quando Westey fol levaoo /I fé pessoal em Crislo pelos

morlivios. Os

ensinos de 'NycIlfle tinl'lam inlluenciado HIJS, o

IInIacb

dos

IrmAos

Botmios.

a

panir

dll

qual emergiria a Igreja Mof{lvia, que e�erceria influência marcante

sobre

a vida espiritual do Inglês John Wesley. Inlelizmente. a Inl1uência Inglesa !.Obre a Europa Continental nOl séculOl XVII e XVlll lal'Orec:eu o delsmo e ° racionalismo.

B. N& Inglarerr

•.

O reavivamento metodista fOi o terceiro despert

amento religioso na Inglaterra.

depois da

reforma

do século XVI e

o

Puritanismo do

séclllO

XVII. Ele está ligado ao

nome de John Wesley

(1703-179\),

que dominou o cenáriO religioso do século. Os

historiadores nAo têm dificuldade em reconhecer Que o metodismo é. Junto com a Aevoluçlio Francesa e a Ael'OluçAo Industrial. um dos grandes fenOmenosda história

do século. Alguns acham até que a pregaçAo de WesIey" saNou a Inglaterra de uma

revolUçlio semelhante

à

da

EurOpa. O

Metodismo foi para o AnglicaniSmO O que o

Pielismo tol para o Luteranismo

Cedo.

no

Pais de Gales.

o reavivamento 'leio

através

de Howeli

Hams

(1714-73),

professor em Telgaith, e

GriHilh Jonas (1683-1761),

pastor.

A

Igreja Me\().

dista-Catvinista Galesa surg

i

u

desse avi

v

ameolo

.

Jonas também deserwoIveu

o s

i

$<

tema

de M:ui1OS de

evangelizaçio.

Vimos que a rellgllio racionalista do oosmo fOI amplamente 3Ceita entre as classes

altas.

Os

sermos.

na Igreja Oficiat

eram geralmente apenas longas homilias sobre

trivialidades morais.

O

alto clero era regiamente pago enquanto o baiJ(() clero. com o

pequeno satário anuel de 20 a 50 libras. dificilmente poderia ser eficiente. Muitos

deles depencliam parasitariamente do senhor local e se envolviam em esport� grOS5elrooe em rodas de bebidas. A moral. porCOf'lseguinte.atioglu oseu ponto maIS

bai�o Na prlfTlB1ra melade do Século. o indleede mortalidade. que cresceu assustado­

ramente. matou muita gente e mandou mUitos outros

para

OS hospicios. Jogava-se

excessivamente. Conta-se que Charles James Fo.>l. 11m lider potitico. perdeu cem mil

libras

aos v

i

n

te e quatro

anos.

Briga

s

de

lOUros,

ursos.

raçosas e

galos

presos eram

o

passatempo predileto e uma série de e_BOJÇ6es por enlolcamenlo no Tybum Hill

era um momento de gala

para a tamílla. Sem dúvida. este 101 um "século e

ntermo"_ Wesley era o

15�

dos 191ilhos de Samuel e Susannah Wesiey. Ele quase nao

escapou 110 ineêndlo de sua casa em

1709.

A partir desta experiência. ele geralmente se referia a si mesmo como um

"tição

arrancado do fogo".

Em 1720.

W9$ley ganhou uma bolsa de estudos

para

a Llniversidadede Oxtord

Oe 1126

a

1151

foi um "fellow" do Lincoln Collegfl e em

1728

lo! ordenado ao mInistério DepoiS de ajudar por dois

anos seu pai numa pequena parOquia perto ele Epworth,

Wesley�oltouàs'uastarefa,

de '1ellow" Tornou-se. enl60 o lidar do "Clube Santo", de que fBZla parte seu irmlo. Charles.

Os

membros áeste grupo foram apeJfdadosóe Metodistas pelos estudantes. por causa

do seu

estlJdo blbhco melódico. seus hábltoo de oraçlo e 'UU iniclati'las treQUentes de aÇao SOCial nas prlsOes e entre os pobres.

De

1735

I

1737

Wesley

serviU como capellio na

cOlôma

de Og'elhorpe. na

Geórgiaf. Ele 101 obrigado a VOltar porque sua lilurgia cerimonia lista. sev rigor para com 05 membros. 5\1a Inoenuidade e candura no !rato com n mulhel'fl� criAram-lhe

algUmas

diliculdades,

otirigarm.o a voltar para

casa em

1

TJ7. Em

2 4

de maio de

1738,

enquanto

ouvia

a

leitura do

prefacio

ao Comenl�rio de Rom.IIO •• de lJJtero,

'IesIey

sen

t

iu

seu

coração

estramamente

-aquecido"

e aceitou

a

CriSIo como

único

capaz de sal

v

á-Io

de

seu

pecado.

Seu Irmlio Charles tivera

uma experiência seme­

l

ha

n

t

e

dois

dias antes. Como a

coragem dos rnorávios

numa

t

e

mpestade

no mar a

camInho

ela

Geórgia, as pal

a

Vf8S

de

Spangenberg

n

a

Geórgia� e os esfOlÇOS de Ps. t

e

r

BohIer",

exerceram grande Influência em sua

c:onv8fSâo:

Wesley

fez

�tão de ir

a Hermhul para estudar

a Igreja MooWI8

mais

de perto.

Em

1739.

George Whltell8ld

(1714-70).

com quem Wesley mais tllde romperia

por causa da velha teolooia calvinista. convidou W8$ley para p�rtlcJpar de

uma

(6)

ao fim Cla qual tinha aneladO

200.000

milhas a cavalo, pela In.glaterra, ElCÕCla a

Irlanela. pregado cerca da 42 mil Hrmoe" escrito cerca oe

200 I"'ros

I organizado

seul seguiClores. Ele organizou uml comunidade metodlstleconstruiu em 1139 urna

capela em Bristol. No mesmo ano. comprou lambem o edlllcio �Founelary" em

Londr ... que se tomou o quartel OIneral de seu trabalho. Whitefield, que se tomou

cl1stlo em 1735, começou a pregar ao ar-llvre em 1139, organizou os conver1Ie108 em socledaelal. usou pregaelores leigos. e tinha uma ênlase social com seu or!anato.

Os

belos hinos que Charles Wesley (1101-88) compOs prestaram uma granda aJucla nol cunos. Charles escreveu mals ele seis mil hinos. enltl os quais "Jasu., Amante di! Minha AJITIlI" (Jesus LOY8r 01 my Soul) I "Natal- Eis dos Anjos a Hannonla" (Hark lhe

HeraJeI Ange" Sing)

sao uniYefSllmenle conhecittos. Seguindo as

tnlhu

abertas poi" t$llllC Watts (1614-1748), tllÓlogocongregaclOOlll 1 "pai da hinódia ing!a­ se",

Charles COIT'IIlÓS ainda outros hinos famosos. com Irect'os bIbIlcos.

Wealey MO quis romper com a Igreja Anglicana e. poi" Ilto. reuniu seus conll8rti­ dos em comunidades semelhantel ao -col/egia

pierads-de

Spaner. Eslas sociedades eram lubdividldas em grupos e depoi, em classes de 12 pessoas dirigidas por um Ilder leigo. Em 1144. reuniu-se em Londres a primeira conlerêncla anual de seus pregaclore. e em 1146. Wesley dividiu a Inglaterra em cinco circuitos.

Em

1184, 111 ordenou dois ministros e

óeu

a Thomas Coke o cargo de superintendente da Igreja Metodista nos

EUA.. Nessa

ano. o Ato cfe DecIaraç.ao legalizou

a

conferência,

permi­

tindo

a propriedade e as capelas metodistas,

e

a Igreja organI

zou-se com

bases

na­

cionals próprias naquele pars.

Somente depois

da

lTO'Ie

de

Wesley,

os

metodistu

da Inglaterra organlz

aram-se numa igreja Metodista separada da

Igreja Anglicana.

A Inllu/lncla anglicana na Igreja Metodista permaneceu com a admlnlstraçlo episcopal e a pr�tlca ela genulleKAo para receber a Ceia na barra do aliar.

Depoll que Wealey rompeu com Whltelleld, a Igreja Melodlsla aceitou a teologia anniniana, embora a principal dOlJtrina destacada por Weslay losse a da lustlllcaçto pala

I.

atraOlés de uma e"periéncia subita de conversao. Ele também deu granele d8$taque

l

doutrina di! perfrlçao cristA ou do perfeito amor, segunclo a qual era

poss/Yat

a parlelçlo crislA absoluta alnela nesta vida, porque o amOt de Deu. de tal forma encheria o coraçlo do uentl que acabaria e"pulunelo o pecadoe produ�ndo a untldl!dl absoluta.

Este pr

ocesso progressivo d8Yta se Iniciar com um ato de fé.

Weally dli"ou bem claro que nlo propunha a perleiçlo sam pecadO nem a perlelçlo InlaUvel. maa, antes, a possibilidade ela santidade no coraçAo que 10$$11 completamen­ te cheio pelo amor de Deus.

OS Irro. de juIzo poderiam trazlr sérias conseqOênclas

morais, mas a possibllldade da realizar o Ideal permanecia.

e:

isto que parecem ensinar luaS cartas"e sau livro ·Um Sincero Rellllo sobre a

PtJrleiçlJo CrisllJ-(A

P/llln AccOl.lnt aI cn,isrllln PlrlecrlonJ.

Par. WesJey. o evangelh<l ÓlVia lnfluenciar a sociedadl. e ninguém Pode negar o Impacto elo reallivamento metodista sobre a 5OCI8Oacfe Inglesa. Ele se oPÔ'

ao

tlcool,

guerra e escravidlo . .... algumas razOes para se admitir que a Inglaterra teria uma revolta de trabalhadores semelhante ii ocorrida na França SI eles nao seconll8r· Ie,sem a Crilto. A maioria cos futuros lideres oper�rlos aprenderam a falar em publico nu clulu. A I18ndl de bebida cessou. em parta devido !I Influência do raavlv.mento, Wesley advogcu a aboliçAo da escravatura e mantinha vinculo, de amlzadl com os primeiros abollciOnl,tas. Seu Interesse pala medicina humanltérla amadora lellOu-o a criarem 1;460 primeiro dispensarlO m6dico gratuito da lnglater­

ra, Ele

também Inlluenciou grandemente o fundadOt

cio

movimento de ",coi ..

elomlnlcal., Rober1 RaikH. I o lidar da retornl-l penltencllrta. John

Howard.

Ao tempo da $UI mOr1e, urna Igreja Metodista torta ié eKlstla nos Estados Unidos.

Cerca

da

70

mM seguidores na Inglaterra Jormaram uma Igreja nacional

Iog?

após a sua mOr1e. Foi, pois. este 1'Iomem, elegante. bailiO II abneQldo, que, a?&llIO de Deus, IransfOtrrM)U a vida religiosa dos trabalhadores da Inglaterr

•. O

Reavovamento Evan­ gélicO na Igreja Anglicana, C()(ol�rlo do reavlvamento metodista. transformaria a classe alta da Inglaterra e ajudaria a Inglaterra a se tornar. grande IIder no conClrto das naçOH e prOf1lo-.ef a paz mundial no século XIx. lMlitefleld 101 o proleta, John Wesley o organizador,

I

Charles o compositor do reallivamento metodista.

IV. O CATOLICISMO ROMANO

O

grande e,fOtço mlssionArio da Igrlja Cat6llca nos séculos XVf e XVII. leito pelos jlSU!tas, cfomlniCllflOs e franciscanos: o movimlnto lan .. nl." do século XVII e. no mesmo século. o movimento ml$tlco Quietista. bem como a eKpulsAo dos hugue­ notes da França, em 1685, IA loram descritos.

Durante O perioclo da absolutismo real. de 1648 a

1789.

011 monarcas procuraram

limitar o poder papal em seus palses. A Sançlo PragmAUca da

1438

foi uma tentativa trancesa nessa Unha Essa tenelência na França foi conhecida como gaUcanlsmo em

oposlçto ao Ultramontanismo,

I

elltendo do poder politico do papa acima das hierarquias naciOnais.

Os Artigos Gallcanot:de

1682,ISCritos por Bossuet. afirmav�

Que o rei 010 estA sujeito ao papa em assuntos temporall:1 que o papaestava sujeijlo aos concllioa gerais. sendo aeu poder IImitaclo pela conslilulçlo da Igreja francesa e do reino: e que embora ele! lICeltatsem suas definições de

IA

ele MO estava acima de correçao. !:sle movimento francês teve sua conlraparte no Santo Império Romano. no Josefl,mo, do reIno de Joseph I( (1741-90) de cujo nome o termo se derivou.

O

tenno "Febronlanl,mo-. o nome lItenlriO de Nikolas von Hontheim {1701-99).10I usado na Alemanha para esta mesma tendência, a 11m deallrmar queo poder real ast! acima doi lidere, da Igreja enquanto obediente ii lé ela igreja. 1110 representou o progresso elo poder dos gOYlrTlan,es das novas naçoe.-estadol e o principio de

sentimentos de nacionalismo.

V. A IGREJA ORTODOXA NA RÚSSIA

A Igreja Russa alcançou, em 1589, o patriarcado para seu arcebispo. 's.tollldela uma Igreja nacional com seu lidar lanelo o mesmo papel doa outros palnarCIIS das 19re]aa ol1ental,. A queda de Roma para os bârbaros e a de ConstantinoPI� para os muçulmanos 1m

1453 levou os ruSSOl a pensarem da MoscOU como a terceira Roma.

Logo depois de 1650, o f1OIIO patriarca, N1kon. procurou reformar o rlhJ�1 da

Igreja oom prélicas tai, como lazer o sinal da crw: com tJts dadOll leva�ao ln'"

de doi. como era o costume antigo. Um grupo liderado poi" um clérigo de nome Avvakum opOs-se II esta e a outras muelanças eloram conhecidos como os "Antigos

Crentea". Quando Avvakum 101 queimado numa estaca,em 1682. seus seguidores SI

opuseram abertamente

ii Igreja e formar3m um novo grupo. que ainda eKisle.

A Igreja entrou mais dlretamlnte sob o controle estatal quando Pedro.o Grande. ' aboliu o patriarcado em 1121 e colocou a Igreja sob o controle dO Santo Slnodo, que

era dirIgido por um oficiai civil, responsável dlretamante a Pedro. Assim. a Igreja e o

(7)

umdeparta-mento do estado até 1917,

Quando a igreja e oeSlado foram separados pelo Comunis­

mo, e a igreja elegeu novo patriarca.

REAVIVAMENTOS, MISSOES E

MODERNISMO.

llat-1914

CAPiTULO

35

AS VITORIAS E AS VICISSITUDES DO

CATOLICISMO ROMANO (1789-1914)

A Igreja Católica Romana perdeu SUllll posses temporais e muito de sua influên­

cia politica no perlado entre 178ge ,9,4.

O

destino ignominioso do papedoduranle a

Revoluçlo Francesa contrastou com os avanços raatlzados

A

época da Contra­

Relom18. Com a reaçlo romlntlca que se seguiu

às

guerras napoleõoicas, a Igreja

católica recuperou seu prestigio e seu poder. A partir de

1870.

até a Primeira Grande

Guerra. sua história é de perda de prestigio e do nascimento do anticlericalismo em

muitos países da Europa. Estes problemas su/glram com

a

questão do relacionamen­

to entre as igrejas nacionais e a Igreja universal do papa.

I. REVOLUçAo E O PAPADO,

1789--1815

Antes de se dellagrar a re�oluçlo na França. as péssimascondlçOes eoonOmicas.

politicas. sociais e juridicas e o bem sucedido exemplo da Revolução Inglesa de

1689

e

a Revolução Norte-americana de !776, lavoreceram aemergênciade uma ideologia

Que legitima�a o direito da re.voluçlo popular contra Luis XVI. Esta Ideologia loi a

conseqüência dos ensinos

005

filósolos, entre os quais Rousseau. Montesquieu.

Oiderot e François Mo ·AroUet. ou como é melhor conhecido. Voltaire. Enquanto

Rousseau e Montesquieu lamentavam a ideologia politica para a RevoiuçAo. Voltaire

criticava

a Igreja de Roma e pedia por liberdade. Tinha fundamentos sua

criUca

à

Igreja Católica Romana na França. cujas muitas terras eram a lonte de renda para a

maioria do alto clero. Voltaire Interessava-se mals por uma rellgl!lO da rauo

00

que

pela religi!lo dos corruptos lideres da Igreja Católica Aomana do seu pais. Mas esses homens queriam mais uma relorma do que revoluç!lo.

A Assembléia Nacional da França declarou em novembro de 1789 que as terras da igreja eram publicas e emitiu bónus resgatáveis nestas t8fras. Mais tarde. este bOnus passaram a circular como dinheiro. No principio de 1790 os mosteiros foram fechados por lei. No ver!lo de !790, a Assembléia aprol/Ou a ConstituiçAo Civil do Clerol• pela qual o numero de bispos foi reduzido a 83.oque correspondiaao numero

de unidades provinciais.

Os

bispos seriam escolhidos pelos mesmos eleit� que

esco

1

hlam 05 dirigentes civis e o papa seria apenas notificado desta escolha.

Os

'"

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