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AVALIAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS ALTERNATIVAS PARA ATENDER AS OLARIAS DO SUL DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA

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AVALIAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS ALTERNATIVAS PARA ATENDER AS OLARIAS DO SUL DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA

Loyola, Luciano Cordeiro de; Santiago, Roberto Eustáquio dos Anjos Minerais do Paraná S.A. / MINEROPAR

Rua Máximo João Kopp, 274 – Bloco 3 / M 82.630-900 – Curitiba – PR

E-mail: luciano@mineropar.pr.gov.br

RESUMO

A região sul da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) tem cerca de 250 olarias em atividade. Estas dependem em grande parte das argilas lavradas pelas empresas de extração de areia que atuam nas várzeas do rio Iguaçu e seus afluentes. A argila é lavrada como subproduto, pois os mineradores têm que retirar a argila para poder alcançar os bancos de areia. Estas lavras não garantem o fornecimento futuro. São também lavradas argilas (solos) oriundas do perfil de alteração de rochas graníticas, para compor as misturas. O projeto realizado pela MINEROPAR objetivou analisar estas matérias-primas e também o folhelho Campo do Tenente, que aflora cerca de 70 km distante, visando dar a este mercado opções de fornecimento que aumentem a vida útil das reservas. As amostras coletadas foram analisadas e testadas para várias composições de massas cerâmicas. Os resultados permitem afirmar que é possível alcançar o resultado almejado.

Palavras-chave: Argilas, Cerâmica Vermelha, Curitiba, Cerâmica, Ensaios.

INTRODUÇÃO

Dentre os objetivos do trabalho, destaca-se aquele que previa a pesquisa regional para descobrir, caracterizar e avaliar fontes alternativas de argila que pudessem suprir as necessidades das olarias do setor sul da RMC.

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As olarias deste setor da RMC utilizam atualmente como fonte de matéria-prima as argilas lavradas juntamente com a areia, ao longo dos rios Iguaçu, Miringuava e Maurício, principalmente. Nestas lavras a areia é o principal produto e, a argila produto secundário, que é extraída como parte dos trabalhos de retirada da cobertura estéril.

Devido ao esgotamento das reservas e ao fato de que as lavras estão cada vez mais distantes das olarias, nos últimos anos estas empresas optaram por utilizar na mistura a chamada argila de barranco, que nada mais é que o solo essencialmente argiloso formado a partir da alteração de rochas graníticas e migmatíticas.

Estes solos, ou melhor, estas argilas, têm coloração variando do amarelo ao roxo, passando por tons de laranja, marrom e vermelho. Nos perfis de alteração são encontrados abundantemente pequenos veios e grãos de quartzo. São argilas que tendem a ser arenosas e seu argilo mineral é a caulinita, como pode ser comprovado pelos altos teores de Al2O3 nas análises químicas efetuadas nestes materiais.

Nas lavras de argila de barranco, os encarregados de produção diferenciam pacotes mais plásticos de argila vermelha, os mais arenosos formados por argilas marrons e a tabatinga, denominação local para a argila que consideram ter a melhor qualidade.

Foto 1: Imagem da lavra de argila de barranco em São José dos Pinhais. Nesta foto a argila mostrada é a considerada mais arenosa. LL-661.

Foto 2: Outra imagem da lavra de argila de barranco em São José dos Pinhais. Nesta foto a argila mostrada é a vermelha, considerada mais plástica. LL-662.

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As argilas que formam as porções superiores dos pacotes nas lavras de areia têm sido lavradas em maior quantidade no Areal Costa, nas margens do rio Iguaçu, em Araucária. Devido à coloração que são encontradas, os oleiros usam de maneira diversa as argilas pretas a cinzas das amostras amarelas a cinza. A maneira como são encontradas e lavradas podem ser vistas nas próximas fotos.

Foto 3: Argila plástica, de coloração preta a acinzentada, lavrada na várzea do rio Iguaçu, Araucária, Paraná. Amostra LL-664.

Foto 4: aspecto geral da lavra de argila da várzea do rio Iguaçu. A argila deste local é de coloração amarela a cinza. Amostra LL-665.

As olarias costumam misturar em proporções variáveis a argila de barranco, sendo mais comum 15% desta e 85% de argila de várzea. Uma típica pilha de estocagem pode ser observada abaixo.

Foto 6: aspecto de uma pilha de estocagem onde foram misturadas as argilas de barranco e de várzea.

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PESQUISA

Para atender o objetivo de se encontrar fonte alternativa para compor a massa cerâmica das olarias da região sul da RMC, optou-se por testar a mistura de argilas de barranco coletadas em diversos pontos e misturadas em proporções variáveis com o folhelho Campo do Tenente, matéria-prima já pesquisada anteriormente pela MINEROPAR (1).

Sabia-se de antemão que dificilmente se poderia interromper o uso das argilas de várzea, porém com as misturas testadas a vida útil desta matéria-prima poderia ser prolongada. Todas as ocorrências pesquisadas apresentam potencial para virem a se tornar lavras deste tipo de argila.

Inicialmente, foram percorridas as principais rodovias e estradas vicinais entre os municípios de Curitiba, Fazenda Rio Grande, Mandirituba, Araucária, Contenda, Lapa e Campo do Tenente.

Após este reconhecimento prévio, concluiu-se que são diversos os locais onde poderia, eventualmente, ser lavrada argila de barranco. Ou seja, a escolha de um ou mais locais para se lavrar este material dependerá de estudos de viabilidade a serem efetuados pelos ceramistas.

Foram coletadas amostras para envio ao laboratório da MINEROPAR e posteriormente para o SENAI Tijucas/SC.

A amostra LL-642 é de folhelho Campo do Tenente, utilizada para compor as misturas em proporções de 30%, 50% e 70% de composição da massa com amostras de solo e queimadas a temperatura de 950ºC. O laboratório da MINEROPAR utilizou a seguinte metodologia de trabalho:

¾ Coleta de amostras representativas da ocorrência;

¾ O material obtido pelo método acima é exposto aos seguintes tratamentos mecânicos: secagem, moagem, peneiramento e prensagem;

¾ A secagem do material deve ser feita preferencialmente ao ar livre, com boa ventilação e baixo teor higrométrico do ar, até atingir grau de umidade adequado à moagem;

¾ O material seco deve ser moído em gral de ágata ou de porcelana, evitando-se deste modo, a contaminação com partículas metálicas ou óxidos, que poderiam alterar as características das argilas;

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¾ A argila moída deve ser peneirada em malha quadrada de 80 mesh (abertura de 0,177 mm), sendo utilizada a fração passante;

¾ Para se obter um corpo de prova resistente ao manuseio, é adicionada uma certa porcentagem de água suficiente para permitir ligação entre as partículas;

¾ O corpo de prova de perfil retangular de 60 x 20 x 5 mm é moldado sob pressão de 200 kgf/cm2 em massa semi-seca, pesando ao redor de 10g. Com este corpo de prova é possível medir as seguintes características cerâmicas: perda ao fogo, retração linear, absorção de água, porosidade aparente, módulo ou tensão de ruptura e cor após a queima;

¾ Uma vez moldados, os corpos de prova são levados à secagem a 110ºC em estufa elétrica por 24 horas, para determinação da água de amassamento, e posteriormente queimados em atmosfera oxidante, com velocidade de aquecimento constante. Os corpos de prova são mantidos por 3 horas na temperatura de queima, perfazendo o ciclo de queima completo em 10 horas, deixando-se o forno resfriar naturalmente;

¾ A velocidade de queima dos corpos de prova deverá ser preferencialmente lenta, acompanhando a progressão de aumento de temperatura, conforme as normas de queima dos cones pirométricos. Atingida a temperatura desejada, esta deverá permanecer durante três horas, para que todas as reações se completem, fechando um ciclo de 10 horas de confinamento, deixando-se esfriar por um período nunca inferior a três horas.

Foram utilizadas nove amostras de solo para estas composições, resultando em 27 amostras compostas. A Tabela 1 mostra que os melhores resultados foram obtidos com a mistura de 70% de folhelho Campo do Tenente. Utilizou-se como parâmetro de comparação nas tabelas deste relatório os valores do Módulo de Ruptura e Absorção de Água.

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Amostra LL Mistura 636 637 638 639 640 643 644 645 646 MR 77,68 51,79 77,82 51,00 80,09 56,71 66,07 76,36 39,80 30% AA 29,66 22,92 18,76 23,31 24,17 20,26 21,79 29,23 26,20 MR 134,79 75,45 109,38 107,78 130,96 102,51 97,20 106,82 66,57 50% AA 24,49 21,80 17,07 20,04 20,78 18,63 20,40 25,69 24,63 MR 194,15 161,10 155,73 190,44 184,87 131,08 143,30 154,55 148,76 70% AA 19,10 17,01 15,10 16,65 17,88 18,59 17,25 21,51 18,81

Tabela 1: Resultados laboratoriais cerâmicos de amostras queimadas a 950º C. Laboratório da MINEROPAR.

Mistura = Percentagem de Folhelho Campo do Tenente MR = Módulo de Ruptura em kgf/cm2

AA = Absorção d’água em %

Na tabela seguinte, estão os resultados de mais 4 amostras de solo e também de 4 massas de argila utilizadas por olarias locais. As amostras de solo foram misturadas na proporção de 50% com o folhelho Campo do Tenente.

Os resultados mostraram nestes ensaios realizados com corpos de prova prensados, que as misturas têm qualidade equivalente as massas cerâmicas.

Amostra LL Mistura 653 654 655 656 657 658 659 660 MR 103,05 67,34 66,83 44,70 Massa AA 21,96 21,11 36,73 23,11 MR 96,08 135,05 105,43 111,86 50% AA 26,73 18,10 21,18 22,93

Tabela 2: Resultados laboratoriais cerâmicos de amostras queimadas a 950º C. Laboratório da MINEROPAR.

Massa = Percentagem de Folhelho Campo do Tenente MR = Módulo de Ruptura em kgf/cm2

AA = Absorção d’água em %

Foram coletadas, também, para serem analisadas isoladamente, amostras de argila de barranco dos três tipos: arenosa (LL-661), plástica (LL-662) e tabatinga (LL-663), além de argila plástica de várzea preta (LL-664) e amarela (LL-665).

Amostra LL Argila 661 662 663 664 665 MR 61,27 78,75 64,81 118,27 90,77 Pura AA 24,83 22,74 24,27 20,39 20,15

Tabela 3: Resultados laboratoriais cerâmicos de amostras queimadas a 950º C. Laboratório da MINEROPAR.

MR = Módulo de Ruptura em kgf/cm2 AA = Absorção d’água em %

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RESULTADOS DOS ENSAIOS COMPLEMETARES

Em função dos resultados, as amostras LL-636 e LL-653 a LL-656, de solo, foram enviadas ao laboratório do SENAI Tijucas e passarem por ensaios cerâmicos puras e misturadas ao folhelho LL-642.

Sabe-se que as composições químicas, granulométricas e mineralógicas destes solos variam lateralmente nas próprias jazidas e, evidentemente, na escala regional. As amostras escolhidas serviram apenas como parâmetro para avaliação inicial de viabilidade.

Além destas, foram encaminhadas aquele laboratório 4 amostras (657 a LL-60) de massas de olarias, para que suas características sejam confrontadas com as massas compostas para os ensaios.

Na tabela a seguir, pode-se comparar as composições químicas das amostras enviadas a Santa Catarina com as argilas plásticas lavradas nas várzeas do rio Iguaçu (LL-664 e LL-665) e com 2 amostras de solo (LL-661 e LL-662) que atualmente estão sendo lavradas e utilizadas pelas cerâmicas locais. As localizações em mapa dessas amostras podem ser observadas no mapa anexo.

SiO2 Al2O3 Fe2O3 CaO MgO K2O Na2O MnO TiO2 P.F.

Amostras % % % % % % % % % % LL-636* 57,47 24,35 6,07 0,04 <0,10 0,06 0,08 0,02 0,95 10,89 LL-653* 32,07 33,80 12,64 0,04 <0,10 0,08 0,06 0,03 1,93 19,29 LL-654* 51,67 23,04 9,98 0,06 0,57 4,34 0,22 0,14 1,88 7,64 LL-655* 45,99 25,71 14,48 0,04 0,10 0,20 0,07 0,09 1,83 11,23 LL-656* 50,35 23,55 12,89 0,05 0,03 0,16 0,22 0,13 1,45 10,97 LL-661** 46,07 28,85 7,53 0,09 0,37 0,31 0,01 0,04 1,55 15,09 LL-662** 45,49 29,03 11,41 0,02 0,22 0,87 0,01 0,10 2,01 10,46 LL-664** 56,93 24,01 3,02 0,28 0,55 1,03 0,27 0,01 1,11 11,78 LL-665** 57,39 22,00 6,26 0,18 0,53 1,05 0,27 0,01 1,11 9,87 LL-642* 49,24 24,19 11,22 0,03 1,60 5,27 0,08 0,10 0,89 7,20

Tabela 4: Resultados de análises químicas por fluorescência de raio-X. * CTCMat (Criciúma, SC) e ** Laboratório de Análise de Minerais e Rochas – LAMIR, UFPR (Curitiba, PR).

Os ensaios realizados pelo SENAI Tijucas concluíram que a argila de barranco apresenta características de ser refratária, com baixa sinterabilidade e baixa retração de queima. Das amostras encaminhadas para aquele laboratório, algumas apresentaram muito resíduo (areia), o que facilita a secagem, mas diminui a sua plasticidade e resistência mecânica.

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Já a amostra LL-642, de folhelho Campo do Tenente, apresentou boa sinterabilidade e baixa absorção d’água, além de bons resultados de resistência a flexão.

Nas tabelas a seguir são apresentados os resultados analíticos dos ensaios realizados no SENAI/Tijucas, e referem-se as seguintes amostras:

• Argila de barranco: LL-636, LL-653, LL-654, LL-655 e LL-656; • Folhelho Campo do Tenente: LL-642;

• Massas utilizadas por cerâmicas locais: LL-657 a LL-660;

AMOSTRA RMFS RMFQ AA RE # 65 CL Argila 653 19,85 16,90 42,42 13,80 % 3,61 Argila 654 11,82 9,86 35,14 36,92 % 0,62 Argila 655 5,30 3,27 N 11,19 % 2,44 Argila 656 16,23 11,27 34,18 29,16 % 1,90 Massa Comparativa 657 58,50 105,72 23,68 18,12 % 2,31 Massa Comparativa 658 41,30 76,88 26,06 17,70 % 2,28 Massa Comparativa 659 58,35 97,20 24,78 36,02 % 1,40 Massa Comparativa 660 44,75 43,28 26,00 21,32 % 0,60 Argila Solo 636 22,20 12,87 37,34 28,47 % 1,96 Folhelho Campo do Tenente 642 19,90 82,82 32,61 22,50 % 5,00

Tabela 5: Resultados de ensaios físicos realizados pelo SENAI/Tijucas.Valores em %. Sendo: Resistência Mecânica a Flexão em Seco e Queimado (RMFS e RMFQ); Absorção de Água (Aa); Resíduo na malha 65 (Re # 65); Contração Linear após Queima(CL).

AMOSTRA RMFS RMFQ AA RE # 65 CL

F 01 ( 9 p 636 + 1 parte 642 ) 20,94 25,52 34,93 22,21 2,23 F 02 ( 8 p 636 + 2 parte 642 ) 21,22 23,45 36,98 25,85 2,19 F 03 ( 6 p 636 + 4 parte 642 ) 20,23 44,85 33,70 25,40 2,73

Tabela 6: Resultados de ensaios físicos realizados em formulações de massa pelo SENAI/Tijucas.Valores em %. Sendo: Resistência Mecânica a Flexão em Seco e Queimado (RMFS e RMFQ); Absorção de Água (Aa); Resíduo na malha 65 (Re # 65); Contração Linear após Queima(CL). AMOSTRA RMFS RMFQ AA% RE # 65 CL F 04 ( 8 p 653 + 2 parte 642 ) 22,16 32,26 39,61 29,74 4,11 F 05 ( 8 p 654 + 2 parte 642 ) 14,56 25,60 31,54 24,95 2,19 F 06 ( 8 p 655 + 2 parte 642 ) 11,03 32,56 28,70 33,56 1,15 F 07 ( 8 p 656 + 2 parte 642 ) 7,5 22,49 36,21 20,05 2,43

Tabela 7: Resultados de ensaios físicos realizados em formulações de massa pelo SENAI/Tijucas.Valores em %. Sendo: Resistência Mecânica a Flexão em Seco e Queimado (RMFS e RMFQ); Absorção de Água (Aa); Resíduo na malha 65 (Re # 65); Contração Linear após Queima(CL).

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Os laudos do SENAI/Tijucas apontam como uma boa mistura a massa contendo 8 partes de argila de barranco para 2 partes do folhelho. Este laboratório também concluiu pela necessidade da adição de outra argila mais plástica para compor a massa cerâmica.

A metodologia utilizada pelo laboratório do SENAI/Tijucas está descrita no tópico seguinte.

METODOLOGIA DE ANALISE DO SENAI/TIJUCAS: ¾ Coleta de aproximadamente 2kg de amostras; ¾ Secar em estufa a 100 ºc por 24 horas;

¾ Moer em moinho martelo a amostra referente a matéria-prima folhelho. Sem este procedimento não haveria a possibilidade de sua conformação;

¾ As demais argilas não sofreram processo de moagem; ¾ Separar 200 gramas para aferir o resíduo bruto;

¾ O restante do material foi dissolvido, individualmente, com água em um liquidificador, para uma dissolução e maior homogeneidade de cada uma das amostras a serem testadas;

¾ Com o líquido formado a partir da dissolução, iniciou-se o processo de retirada de água, a fim de tornar a pasta consistente e permitir sua conformação em uma maromba de laboratório. Este processo se trata de depositar o liquido em um recipiente de alta porosidade com a finalidade de eliminar o excesso de água; ¾ Com a pasta na consistência ideal, após acerto de adição de água quando

necessário, a massa foi conformada para a confecção dos corpos de prova; ¾ Após a confecção dos corpos de prova o material foi submetido a uma

pré-secagem natural, com posterior pré-secagem na estufa a 100 ºc por 2 horas ou até peso constante;

¾ Com os corpos de prova secos foi realizado ensaio de Contração Linear de Secagem, bem como a Resistência Mecânica à Flexão a seco;

¾ Os demais dos corpos de prova foram queimados em forno de laboratório em um ciclo que totalizou 3 horas, com aquecimento progressivo até 400ºC, onde permaneceu por 20 minutos, daí voltou a aquecer até 600ºC onde novamente permaneceu 20 minutos a esta temperatura, e após novo aquecimento chegou a 900ºC onde permaneceu por mais 20 minutos, para depois passar por um

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resfriamento progressivo até temperatura ambiente. O ciclo utilizado foi baseado nos ciclos já definidos neste laboratório, utilizado na queima de matérias-primas para cerâmica estrutural.

¾ A partir da queima foram realizados os ensaios de Absorção de água, e Resistência Mecânica à Flexão Após Queima. Em função da deformidade das peças confeccionadas pelo processo de extrusão, foram realizadas com as peças prensadas

¾ Após a realização dos ensaios, com argilas e novas composições foram realizadas as analises e avaliados os resultados.

CONCLUSÕES DESTE TRABALHO

• As ditas argilas de barranco têm utilidade para compor massas cerâmicas das olarias da RMC, como atestam os laudos e pelo fato de estarem sendo utilizadas pelas olarias;

• O folhelho Campo do Tenente, se devidamente moído, pode vir a ser incorporado nesta massa cerâmica, pois tem alta sinterabilidade e boa resistência mecânica após a queima;

• A massa cerâmica a ser definida na seqüência dos trabalhos deverá conter um percentual de argila de várzea, que é mais plástica;

• A possibilidade comercial de que seja desenvolvida e utilizada uma massa cerâmica pelas olarias da região sul da RMC só acontecerá com a participação e interesse das olarias desta região.

• Os resultados considerados melhores de algumas destas argilas deve ter uma menor ênfase neste momento, pois a caracterização completa destas ocorrências e suas matérias-primas só acontecerá com uma pesquisa de detalhe.

• Na prática estas misturas terão que ser testadas em escala industrial, passando pela mesma seqüência e tecnologia de fabricação dos produtos atuais, onde são utilizadas argilas oriundas da várzea do Iguaçu misturadas a solo de alteração do embasamento cristalino.

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REFERÊNCIAS

1. LOYOLA, L.C.; SIEDLECKI, K.N. O folhelho da Formação Campo do Tenente e seu uso na indústria cerâmica. In : CONGRESSO BRASILEIRO DE CERÂMICA, 37., 1993, Curitiba. Anais...Curitiba : ABC, 1993. v. 1, p. 432-439.

ALTERNATIVE RAW-MATERIALS EVALUATION TO SUPPLY THE SOUTH CURITIBA METROPOLITAN REGION CERAMICS

ABSTRACT

The South Curitiba Metropolitan Region (RMC) has 250 ceramic brick factories, that depend on the Iguaçu River sand and clay mining. These mining will not meet the future demand. MINEROPAR tried to find a solution for this problem, analysing alternative raw materials to be used in addition to the usual clay. The results allow assert that the they could be used after further and conclusive works.

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Referências

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