DO GRAMA PARA O KILOGRAMA:
Quais os desafios de uma
Ampliação de Escala?
Prof. Dr. Angelo H. L. Machado Grupo Tecnologia em Síntese Orgânica
Universidade de Brasília – UnB Instituto de Química
III Jornada de
Inverno de Química
A maravilhosa história da química orgânica sintética
Biotina Uma das vitaminas B
K. C. Nicolaou e E. Sorrensen: Uma feliz comparação
Fonte: Classics in Total Synthesis. (1996) New York, VCH
Ulisses (Odisseu) Uma visão de Ítaca.
O mundo nos tempos de Ulisses.
A rota de Ulisses
Polifemos Cila
Sirenes
O Real Desejo de Ulisses
Caminhos que conduzem a uma molécula.
Materiais de Partida Princípio Ativo Materiais de Partida (2) Intermediário (2)
A ampliação da escala durante o desenvolvimento de um novo produto farmacêutico – IFA Inovador
10 mg
1 ano 6 - 8 anos 1 ano
Desenvolvimento
inicial Desenvolvimento completo Submissão Comercialização
Estudos
Pré-clínicos EstudosFase I EstudosFase II EstudosFase III Registro EstudosFase IV
10 kg 100 kg > 100 kg
Laboratório Planta Piloto Planta Industrial
A ampliação da escala durante o desenvolvimento inicial de um processo industrial para um IFA Inovador.
Desenvolvimento inicial
Ampliação Inicial Otimização da Ampliação Lotes Estudos Toxicológicos Regulat. Lotes Piloto
10 g 200 g 1 kg 2 kg 10 kg
1 ano
2 3 4 8
Ampliação de Escala de um IFA Genérico Ampliação Inicial Otimização da Ampliação Lotes Piloto e Estudos de Degradação 10 g 200 g 1 - 10 kg 10 kg 1 ano 2 3 4 8 1 5 6 7 9 10 11 12 Lotes Piloto e Estudos de Estabilidade 100 kg
Ampliação de Escala de um IFA Genérico
Ampliação Inicial Otimização da Ampliação Lotes Piloto e Estudos de Degradação 10 g 200 g 1 - 10 kg 10 kg 1 ano 2 3 4 8 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 5 6 7 9 10 11 12 Lotes Piloto e Estudos de Estabilidade 100 kg
A ampliação da escala durante o desenvolvimento inicial de um processo industrial para um IFA Genérico.
Descoberta Kilo Lab. ToxicológicoLotes Est. Planta Piloto Início LotesProdução Rotina
O bse rv açã o de d et al he s
Nível de detalhamento de um procedimento durante o desenvolvimento inicial de um processo industrial.
Momentos Críticos Comuns a Processos Industriais Preparo de Soluções Ajuste de Temperatura Adição de Reagentes e Catalisadores Período de reação
Purificação Destilação Separaçãode fases FinalizaçãoFinalizaçãoda reaçãoda reação Reação
Tratamento da Reação
Finalização da reação
Molécula alvo Seleção da rota Ampliação Inicial Work-up Purificação Refinamento e Scale-up Produção Industrial Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA)
Etapas da ampliação da escala durante o desenvolvimento de um processo industrial.
Ampliação Inicial
Diagrama de Fluxo de Processo; Prospecção de Metodologia Analítica; Prospecção de Segurança de Processo; Cadeia de Fornecedores de Insumos.
Work-up Purificação
Atributos de Qualidade;
Parâmetros Críticos e Controles em Processo; Perfil Impurezas;
Recuperação de Solventes;
Consolidação da Segurança de Processo. Molécula alvo
Seleção da rota
Rota definitiva; Estimativa de Custo; Plano de Projeto;
Produção Comercial
Validação de Processo; Estudos de Estabilidade;
Submissão de Drug Master File (DMF).
Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) Refinamento e Scale-up Parâmetros Físicos; Especificações;
Validação de Metodologias Analíticas;
Submissão de Pedido de Depósito de Patente; Definição de Equipamentos.
Equipes envolvidas durante a ampliação da escala de um processo industrial.
Químico de Processo
Desenvolvimento de
Metodologia Analítica Engenheiro Químico
Controle de Qualidade Assuntos Regulatórios
Garantia da Qualidade
Produção
Químico Farmacêutico
SEGURANÇA
ROBUSTEZ QUALIDADE
CUSTO AMBIENTALIMPACTO
Requisitos que caracterizam um Processo Industrial.
Diferenças entre os requisitos para uma rota de síntese
Química Medicinal Ampliação de Escala
Diversidade para garantir o
conhecimento das relações entre estrutura química dos protótipos e sua ação no receptor, bem como ele se
comporta no organismo.
Objetividade para garantir
um processo seguro, robusto, ambientalmente sustentável, com qualidade
e de custo competitivo da molécula alvo de interesse. Molécula Alvo
Chemical Process Research and Development in the 21st Century: Challenges, Strategies, and Solutions from a Pharmaceutical Industry Perspective
Hans-Jürgen Federsel
Accounts of Chemical Research 2009, 42, 671-680
Chemical Process Research and Development in the 21st Century: Challenges, Strategies, and Solutions from a Pharmaceutical Industry Perspective
Hans-Jürgen Federsel
Seleção da rota de síntese
Química Medicinal Processo Industrial
node etapas reduzido
convergente x divergente grupos de proteção
reagentes comercialmente disponíveis e baratos rendimento global elevado
pouco relevante divergente pouco relevante pouco relevante pouco relevante necessário convergente evitar necessário necessário estereosseletividade extremos de temperatura concentração das operações purificação e retrabalho
Química Medicinal Processo Industrial Seleção da rota de síntese
proteção intelectual produtos sólidos pouco relevante pouco relevante pouco relevante pouco relevante necessária pouco relevante necessária evitar elevadas necessários necessária importante
SEGURANÇA
ROBUSTEZ QUALIDADE
CUSTO AMBIENTALIMPACTO
Requisitos que caracterizam um Processo Industrial.
Segmento Industrial Produtividade (Toneladas/ano) E Factor * Petroquímica 106– 108 < 0,1 Química de Base 104– 106 < 1 – 5 Química Fina 102– 104 5 – 50 Farmoquímica 10 – 103 25 – 100
Relação entre a Produtividade e Quantidade de Resíduos gerados nos segmentos da Indústria Química
* E Factor = (massa de resíduos gerados) (massa de produto desejado)
III Jornada de
Os doze princípios da Química Ambientalmente Sustentável
Green Chemistry
1) prevenir formação de resíduos; 2) maximizar economia de átomos;
3) reduzir a toxicidade de reagentes e produtos; 4) desenvolver produtos seguros e eficientes;
5) eliminar ou tornar seguros solventes e outros auxiliares de reação; 6) otimizar uso da energia;
7) utilizar matérias-primas com fontes renováveis;
8) evitar a derivatização (por exemplo grupos de proteção) desnecessária; 9) empregar catalisadores os invés de reagentes estequiométricos; 10) planejar reagentes e produtos de fácil degradação após seu uso; 11) lançar mão de análises em tempo real durante os processos; 12) desenvolver processos intrinsecamente seguros.
Anastas, P. T.; Warner, J. C. Green Chemistry: Theory and Practice; Oxford University Press: 1998;
B. M. Trost, Science, 1991, 254, 1471 e Angew. Chem., Int. Ed., 1995, 34, 259.
Antes de tudo, verificar a literatura com respeito ao projeto!!!
Cuidado com a pesquisa bibliográfica, em especial a de patentes!!! Busque mais de um banco de dados e cruze as informações. Muito de propriedade intelectual está mascarado.
Leia com atenção as patentes, apesar de enfadonho.
Procure se a patente esta depositado nos mercados de interesse. Verifique a literatura atual sobre uma dada transformação.
Até que o projeto não esteja finalizado, a pesquisa bibliográfica não deve ser interrompida.
Sempre haverá a possibilidade de que aquilo que você planeja ou está executando esteja sendo feito por um colega em outra parte do mundo. Não deixe brechas para que um deles coloque seu trabalho a perder.
Etapa 1
Etapa 2 Etapa 3
Etapa 4 Etapa 5
Exemplo de avaliação de uma rota de síntese
Nenhum intermediário sólido Impurezas no produto final
Antagonista de 5HT-1A Abstinência de Tabaco OH Ph Ph O Ph N N OMe O Ph N N OMe 2 Br O Ph OEt OEt 2 O Ph OEt OEt O Ph
EP0924205 e Chem. Rev. (2006), 106, 2583
Etapa 1
Etapa 2 Etapa 3
Etapa 4 Etapa 5
Etapa 6
Nova rota de síntese proposta
Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3
A + B A-B C A-B-C D A-B-C-D E A-B-C-D-E F A-B-C-D-E-F G A-B-C-D-E-F-G H A-B-C-D-E-F-G-H I A-B-C-D-E-F-G-H-I
Rota Convergente vs Rota Linear
A-B-C-D-E-F-G-H-I E-F-G-H-I A-B-C-D A + B C + D A-B C-D E + F E-F G-H-I G + H G-H I Rota Convergente Rota Linear
Rota Convergente vs Rota Linear
• Seletividade e redução no uso de grupos de proteção; • Reduz o tempo total de processo (Time Cycle);
• Facilita a purificação do produto final (diferença estrutural):
• Aumenta o fluxo de massa através do processo.
Chem. Rev. (2006), 106, 2583 A-B-C-D-E-F-G-He A-B-C-D-E-F-G-H-Isão similares
A-B-C-De E-F-G-H-I não são similares à A-B-C-D-E-F-G-H-I; em contrapartida
• Rendimento da rota convergente é maior que a da linear; • Rendimento da rota convergente é maior que a da linear ????
Rota Convergente vs Rota Linear Linear Convergente C u st o T o ta l / k g Chem. Rev. (2006), 106, 2583 SEGURANÇA ROBUSTEZ QUALIDADE
CUSTO AMBIENTALIMPACTO
Avaliação do custo de um processo industrial
custo dos insumos/kg custo das operações/kg custo do desenvolvimento
pagamento de royalty
custo de produto/kg
+
Uma boa ferramenta para estimar custo dos insumos é uma
PLANILHA DE PROJEÇÃO DE CUSTOS.
onde TODOS OS INSUMOS devem ser considerados!!!
Custo dos insumos
Razões para preços dos insumos • Dificuldade de Fabricação • Ambientalmente desfavorável
• Fonte natural limitada (metais preciosos)
• Produtos Naturais
• Fornecedores limitados • Compradores limitados • Substâncias controladas por Orgãos Regulatórios
• Transporte delicado
Tendência dos preços à longo prazo Queda (P&D)
Aumento (sem alternativas) ou Queda (P&D)
Aumento (monopólio) ou Manutenção
aaaaaaaa
Aumento (escassez) ou Queda (alternativas)
Queda (novos fornecedores) Queda (aumento demanda)
Aumento (legislação mais restritiva)
aaaaaaaa
Aumento (legislação mais restritiva)
Incremento do custo dos intermediários ao longo da seqüência de síntese. Linear Convergente C u st o T o ta l / k g Chem. Rev. (2006), 106, 2583
Situações desejáveis para última etapa da rota de síntese
• Seja um ponto de convergência;
A-B-C-D-E-F-G-H-I A-B-C-D A + B C + D A-B C-D E + F G + H E-F I E-F-G-H-I G-H-I G-H A-B-C-D-E-F-G-H-I A-B-C-D A + B C + D A-B C-D E + F G + H E-F I E-F-G-H-I G-H-I G-H
• Os insumos devem apresentar pureza elevada; • Solventes clorados devem ser evitados;
• Não tenha metais em meio aos reagentes;
• Seja a etapa mais trabalhada durante a otimização; • O produto deve ser de fácil purificação ou retrabalho;
• Seja ponto de introdução de algum dos insumos mais caros. Situações desejáveis para última etapa da rota de síntese
Introdução de algum dos insumos mais caros na última etapa da rota de síntese
N H O O OHC + N O O N O N OH N F N OH N S . . N OH N SO N O CBZ F N + NCBZ OH N F NCBZ OH N S . . NCBZ OH N SO OHC BH3.pyr MeOH, PhMe HCl LDA THF NaSEt tBuOOH (-)-DET Ti(O iPr) 4 tBuOOH (-)-DET Ti(OiPr) 4 N F LiTMP THF NaSEt H2 Pd/C BH3.pyr MeOH, PhMe 85% 89% 55% 85% 85% 65% 89% 48% Custo do aldeído para produzir
1 kg de produto na rota antiga £ 910
Custo do aldeído para produzir 1 kg de produto na nova rota
£ 294
ZD-3638 Anti-psicótico
Introdução da Quiralidade •Chiral pool;
• Auxiliares quirais;
• Catálise assimétrica (química ou biológica); • Resolução tradicional ou resolução cinética;
Etapas com estereoseletividade pobre devem ser movidas para o início da rota de síntese
III Jornada de
Inverno de Química
Evolução na Introdução da Quiralidade em um Processo
1aRota (Chiral Pool)
Lotrafiban
Antagonista Glicoproteína IIb/IIIa
2aRota (Resolução Enzimática)
Lotrafiban
Rendimento Global (%) 1aRota 2aRota 3aRota 4aRota 9 17 25 34 3aRota Lotrafiban Último desenvolvimento Catálise Assimétrica
Org. Process. Res. Dev. 2003, 7, 655 e 663
SEGURANÇA
ROBUSTEZ QUALIDADE
CUSTO AMBIENTALIMPACTO
A escolha dos solventes de um Processo Industrial Solvente Éter etílico (iPr)2O HMPA Pentano Hexano Benzeno CHCl3 CCl4 ClCH2CH2Cl Etilenoglicol HOCH2CH2OR 1,2-dimetóxietano 1,4-dioxano Amônia líquida Característica indesejável inflamável formação de peróxidos toxicidade inflamável discarga eletroestática toxicidade mutagenicidade e ambiental mutagenicidade e ambiental suspeita de carcinogenicidade toxicidade toxicidade teratogenicidade suspeita de carcinogenicidade p.e. –33oC Solvente Alternativo MTBE MTBE NMP ou NEP Heptano Heptano Tolueno CH2Cl2 CH2Cl2 CH2Cl2 1,2-propanodiol 1,2-propanodiol Dimetóximetano Dimetóximetano Et2NH (p.e. 55oC) ou EtNH2 (p.e. 17oC) Anderson, N. G. Practical Process Research & Development
A formação de carga eletrostática a transferência de solventes orgânicos
Electrostatic Hazards in Liquids and Relevance to Process Chemistry
Matthew R. Giles
A escolha dos solventes de um Processo Industrial
i) ClSO3H
ii) H2O, extração com CH2Cl2,
troca por PhMe, N-metilpiperazina
71 %
ClSO3H é reagente e solvente!!!
Grande quantidade de ClSO3H em função da massa molar.
Realizar a clorossulfonação em um intermediário de menor massa molar.
Sildenafila (Viagra)
Rota empregada na descoberta do IFA – Química Medicinal
Rota linear.
Usa reagentes tóxicos. Dificuldade de realizar a
clorossulfonação em larga escala.
Clorossulfonação no final da
síntese causa problemas com resíduos e ambientais.
Etapa chave, levava a
hidrólise da amida para ácido 5. Avaliação da Rota Original
Rendimento Global 7,5 % a partir de 1
OEt OH O OEt OH O SO2Cl OEt OH O O2S N N Me N N O O H Pr O2N Me N N O N H2 Pr O2N Me N N O O H Pr N H2 Me OEt N H O O2SN N Me N N Me Pr O N H2 OEt N H N O2SN N Me O N N Me Pr ClSO3H SOCl2 25 °C N-metilpiperazina H2O 25 °C SOCl2, DMF Tolueno, NH3 (aq) 92 % H2, Pd/C EtOAc 100% CDI 96% KtBuO, t BuOH 95% ácido cítrico 2-butanona 99% citrato de sildenafila 83% de rendimento global Org. Process. Res. Dev. 2000, 4, 17
e Green Chem. 2004, 6, 43
Rota convergente e com uso racional de solvente
Sólido passível de purificação
Ciclização com elevado rendimento e reagentes “Green” na etapa final Etapa de Clorossulfonação realizada
com intermediário barato e de baixa massa molar no início do processo
Hidrogenação não usa mais SnCl2
Rota de Síntese Convergente
Sildenafila Disfunção erétil
Sobre redução dos solventes de um Processo Industrial
A escolha dos solventes de um Processo Industrial
Anderson, N. G. Practical Process Research & Development
A escolha dos solventes de um Processo Industrial
Por falar em água nos solventes.
• Dar preferência para destilações azeotrópicas na remoção de água de solventes puros ou soluções oriundas de workup’s
• Determinação da quantidade de água presente em um solvente, solução ou mesmo amostras sólidas é facilmente feita por titulação do tipo Karl-Fischer:
I2+ SO2+ H2O + 3 Py + CH3OH → 2 Py.HI + Py.HOSO2OCH3 • Reagentes que também reagem com Karl Fischer:
Ácido ascórbico; Hidrazinas; Mercaptanas;
Carbonatos e bicarbonatos alquílicos; Ácido bórico e óxidos;
Sais cúpricos; Sais férricos; Hidróxidos metálicos;
Óxidos metálicos; Tetraborato de sódio; Cloreto estanoso;
Tiossulfato de sódio
Anderson, N. G. Practical Process Research & Development
Solventes que removem solventes
A escolha dos solventes de um Processo Industrial
Anderson, N. G. Practical Process Research & Development
Que reações e reagentes não devo utilizar???
• Aqueles que sua unidade produtiva não for capaz de operar com segurança, exceto quando investimentos para sua utilização sejam assegurados
De uma etapa para outra sem isolamento de intermediário: o Telescoping
Anderson, N. G. Practical Process Research & Development
De uma etapa para outra sem isolamento de intermediário: o Telescoping R2 N R1 R2 N R1 H R2 N+ R1 H H 1. H2, Pd/C, MeOH 2. Filtração, concentração 1. HCl, solvente 2. Filtração, Secagem Cl -R2 N R1 O H3CO 1. H2, Pd/C, MeOH 2. Filtração R2 N R1 H
1. Acrilato de metila, MeOH, H2O 1. NaHCO3, H2O e CH2Cl2 2. Na2SO4, Filtração e concentração 3. Acrilato de metila, MeOH, H2O
Cuidado a ser tomado: A etapa de purificação do produto obtido por telescoping deve ser capaz de retirar as impurezas oriundas
das etapas anteriores.
III Jornada de
Inverno de Química
Uma referência que não pode faltar para um Químico Orgânico, independente se da academia ou indústria.
"...We believe that every newcomer to the exciting field of process research and development should read this book, but also experienced process chemists and even academics will find it very useful and stimulating. As the language of stock analysts and brokers is very popular today, we recommend Practical Process Research and Development, by Neal G. Anderson, as a "strong buy" because this investment will pay off very quickly. "
--Hillmar Weinmann, Ulf Tilstam, Schering AG, Berlin Ger., ANGEWANDTE CHEMIE, INTERNATIONAL EDITION, 2001, 40, No. 7.
Bem, já temos a rota de síntese.
Materiais
de Partida Princípio Ativo
Materiais de Partida (2) Materiais de
Partida (2) Intermediário (2)Intermediário (2)
Intermediário (1)
Intermediário (1) Materiais de Materiais de Materiais de Partida (3)Partida (3)Partida (3)
III Jornada de
Inverno de Química
Op. Vol (L) 2,5 kg catechol 6,8 kg K2CO3 40 23 kg Diethyl Ether 5,8 kg 2,3-DBP 40 40 10 30
10 kg water 17 aqueous waste
16
22
6,2 kg 0.1 N NaOH 7,2 aqueous waste
15
21
6 kg water 6,3 aqueous waste
14
14 2,6 solvent waste
12
4,3 kg EBC in toluene 17 (kg total solution weight)
kg solvent waste 27,5 Heat to Reflux Distillation 4 Hour reflux Extraction Extraction Distillation Extraction Diagrama de Fluxo do Processo.
Os insumos e suas características
• Grau de pureza dos insumos: P.A. ou Técnico???
• Manuseio dessas substâncias: MSDS (Material Safety Data Sheet) e FISPQ (Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico) 1. Identificação do produto químico e da empresa
2. Composição e informações sobre os ingredientes 3. Identificação dos perigos
4. Medidas de primeiros socorros 5. Medidas de combate a incêndio
6. Medidas de controle para derramamento ou vazamento 7. Manuseio e armazenamento
8. Controles de exposição e proteção individual 9. Propriedades físico-químicas
10. Estabilidade e reatividade 11. Informações toxicológicas 12. Informações ecológicas
13. Considerações sobre tratamento e disposição 14. Informações do transporte
15. Regulamentações 16. Outras informações
DSC e a estabilidade de reagentes MSH NH O O MSH Rearranjo de Beckman
Amostras secas são instáveis
Meio alcalino acelera a decomposição do MSH
Estável se estocado à 0oC
Decompõe violentamente à 60oC
DSC e a estabilidade de reagentes
Organic Process Research and Development 2009, 13, ASAP ∆H = ʃ Q dt
∆Tad= ∆H/Cp
∆tadé a variação de
temperatura promovida pelo calor liberado ou absorvido de uma reação.
SEGURANÇA
ROBUSTEZ
QUALIDADE
CUSTO AMBIENTALIMPACTO
Requisitos que caracterizam um Processo Industrial.
O Controle Inadequado da Troca Térmica Pode Promover o Acontecimento de Reações Não Desejadas.
Temperatura Ideal
—— Sistemas com Controle Adequado
- - - - Sistemas com Controle Inadequado
Produto de Interesse
A Transferência de Calor por Difusão e Falta de Homogeneidade na Temperatura de Um Vaso de Reação.
190 170 150 130 110 90 70 50 T/o C
O aquecimento de um vaso de reação ocorre, na grande maioria das vezes, por meio do aquecimento das paredes do reator. Quando se aquece um meio líquido na ausência de agitação ou em sistemas com agitação ineficiente, a maior parte do calor fornecido por este aquecimento das paredes do vaso fica concentrado nesta região. Isso faz com
que a temperatura dentro do vaso não seja homogênea.
Donde vem as Impurezas de um IFA ?
Materiais de Partida Produto de Interesse Reagentes
Catalisadores Solventes
Todos os insumos que são utilizados na preparação de um Produto de
Interesse (materiais de partida, reagentes, catalisadores e solventes) trazem consigo impurezas.
Tanto esses insumo quanto suas impurezas podem reagir entre si e gerar outras impurezasque estarão presentes no produto de interesse.
As impurezas que são oriundas dos insumos empregados no processo ou das transformações químicas que estes sofrem são definidas como
Produto de Interesse Impurezas Condições de Reação Condições de Work-up Condições de Cristalização Condições de Secagem Condições de Armazenamento
O Produto de Interesse também pode sofrer reações posteriores que dão origem a impurezas.
As impurezas que são oriundas das transformações químicas que um Produto de Interesse sofre são definidas como
Impurezas de Degradação.
Definindo especificações de Produtos
Fonte: United States Pharmacopea
RITONAVIR N H N O O CH3 N S N H O O O N S N H
Perfil Cromatográfico das Impurezas de Síntese e Degradação do Ritonavir
Fonte: United States Pharmacopea
Perfil Cromatográfico das Impurezas de Síntese e Degradação do Ritonavir
Perfil Cromatográfico das Impurezas de Síntese e Degradação do Ritonavir
Perfil Cromatográfico das Impurezas de Síntese e Degradação do Ritonavir
Perfil Cromatográfico das Impurezas de Síntese e Degradação do Ritonavir
Perfil Cromatográfico das Impurezas de Síntese e Degradação do Ritonavir
Método descrito na USP utiliza Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) em fase reversa com gradiente de solventes de 130 minutos.
21 impurezas conhecidas descritas na monografia.
14 impurezas de síntese, 6 de degradação e 1 que pode vir tanto do
processo de síntese quanto de um evento de degradação. Perfil Cromatográfico das
Impurezas de Síntese e Degradação do Ritonavir
Quando falamos de Formação de Impurezas, sejam as de síntese ou de degradação, até o que parece impossível acontece.
Química Orgânica nos Livros-Texto (Resultados Assegurados)
Química Orgânica no Mundo Real dos IFA’s (Resultados Improváveis) vs
Como Classificar todas as Possíveis Impurezas de um IFA?
Impurezas
Químicas Físicas
Orgânicas Inorgânicas
Orgânicas Inorgânicas
Voláteis Não Voláteis
Polimôrfos Contaminação Cruzada Degradação e Síntese Solventes Residuais Particulados Carvão Ativado Polímeros Sais e Catalisadores
Ainda Sobre Como Conviver com as Impurezas de um IFA?
O ICH define limites para impurezas orgânicas não voláteis relacionadas ao insumo baseados:
1) na Toxicidade Crônica de substâncias orgânicas sabidamente tóxicas;
2) e na Máxima Dose Diária.
Máxima dose diária Limite para reportar Limite de identificação Limite de qualificação ≤ 2g/day 0,05% 0,10%ou 1mg por dia (o que for menor)
0,15%or 1mg
por dia (o que for menor)
Importância da última etapa da rota de síntese Fases Clínicas I e II Comercial BPF pré-clínico BPF básico BPF completo comercial Insumos Iniciais Materiais de Partida do IFA
Intermediários
Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA)
BPF completo desenvolvimento A-B-C-D-E-F-G-H-I A-B-C-D A + B C + D A-B C-D E + F G + H E-F I E-F-G-H-I G-H-I G-H Insumos Intermediários Materiais de Partida IFA Situação Ideal
Importância da última etapa da rota de síntese
Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Etapa 6 Material de Partida IFA Substância sólida e de purificação viável mais adequada os rigores das Boas Práticas de Fabricação
Momentos Críticos Comuns a Processos Industriais
Preparo
de Soluções TemperaturaAjuste de
Adição de Reagentes e Catalisadores
Período de reação
Purificação Destilação Separaçãode fases FinalizaçãoFinalizaçãoda reaçãoda reação Reação
Tratamento da Reação
Finalização da reação
Destilação Extração Cristalização
O que conhecemos para purificação? Cromatografia
Momentos Críticos Comuns a Processos Industriais
Preparo
de Soluções TemperaturaAjuste de
Adição de Reagentes e Catalisadores Período de reação Adição de solvente Destilação Separação de fases Finalização da reação Ajuste de Temperatura Adição de Anti-solvente ou Reagente? Separação de fases Secagem Finalização da reação Reação Tratamento da Reação Cristalização Finalização da reação