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Direito do Consumidor

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

2017

Nathália Stivalle Gomes

Direito do

Consumidor

Organizadores

Frederico Amado | Lucas Pavione Coleção

Resumos

ä

para

Concursos

38

2

ª

revista,

(2)

NOTA DA AUTORA À 2ª EDIÇÃO

É com muita satisfação que apresentamos a 2ª edição da obra de Direito do Consumidor revista e atualizada com as recentes decisões dos tribunais superiores, em especial STF e STJ, sobre matéria con-sumerista. A obra faz referência ao posicionamento de doutrinadores renomados visando contribuir para um estudo mais aprofundado dos temas tratados.

ʹ͐‡†‹­ ‘ƒ„‘”†ƒƒŽ±†‘‡ƒ•ƒŽ–‡”ƒ­Ù‡•”‡…‡–‡•†‘׆‹‰‘ (Lei nº 13.425/2017, que altera o rol de cláusulas abusivas do CDC), –ƒ„±Ž‡‰‹•Žƒ­Ù‡•‡•’‡…Àϐ‹…ƒ•‡•—ƒ•ƒŽ–‡”ƒ­Ù‡•ȋ‡‹͑ͳ͵ǤͶͷͷȀʹͲͳ͹ǡ que estabelece ao fornecedor o dever de informar o consumidor, em local e formato visíveis, eventuais descontos oferecidos em função do prazo ou do instrumento de pagamento utilizado.)

A obra não tem a pretensão de esgotar temas e discussões, mas de ‘ˆ‡”‡…‡”—‡•–—†‘”ž’‹†‘ǡ‘„Œ‡–‹˜‘‡ƒ–—ƒŽ‹œƒ†‘…‘‘ϐ‹†‡ƒ—š‹Žƒ” o candidato nas provas dos principais concursos e OAB.

(3)

Capítulo

1

INTRODUÇÃO AO DIREITO

DO CONSUMIDOR

\ Leia a lei:

ͳ Arts. 1º e 7º do CDC; arts. 5º, inciso XXXII, 170, inciso V, da CF e art. 48 de suas Dispo-sições Transitórias

1. NOÇÕES INICIAIS

O Código de Defesa do Consumidor (Lei n° 8.078/90) constitui um microssistema jurídico, de natureza principiológica, de ordem pú-blica e interesse social, que estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, nos termos dos arts. 5º, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal/1988 e art. 48 de suas Disposições Transitórias.

O CDC protege o consumidor, que é a parte vulnerável na relação de consumo, objetivando, assim, o reequilíbrio da relação jurídica en-tre fornecedor e consumidor, invariavelmente desigual.

2. DEFESA DO CONSUMIDOR E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL

A defesa do consumidor tem respaldo na Constituição Federal de 1988, a saber:

¾ Art. 5º, inciso XXXII: estabelece a defesa do consumidor

(4)

vol. 38 – DIREITO DO CONSUMIDOR • Nathália Stivalle Gomes 20

¾ Art. 170, caput e inciso V: estabelece a defesa do consumidor

como princípio da atividade econômica: “a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre inicia-–‹˜ƒǡ–‡’‘”ϐ‹ƒ••‡‰—”ƒ”ƒ–‘†‘•‡š‹•–²…‹ƒ†‹‰ƒǡ…‘ˆ‘”‡ os ditames da justiça social, observados os alguns princípios”, dentre eles, a defesa do consumidor;

¾ Art. 48 da ADCT: determinou a elaboração do CDC.

Defesa do consumidor e a CF/88 ԘÆ ¾ Direito fundamental;

¾ Princípio da ordem econômica;

3. PECULIARIDADES DAS NORMAS DE PROTEÇÃO AO CONSUMIǧ DOR

O CDC tem as seguintes peculiaridades: ¾ CDC é um microssistema jurídico; ¾ CDC é lei principiológica;

¾ CDC contém normas de ordem pública e de interesse social.

3.1. Microssistema jurídico

JOSÉ GERALDO BRITO FILOMENO (2014, p. 12) assinala que o CDC é um microssistema jurídico por conter:

¾ “(a) princípios que lhe são peculiares (isto é, a vulnerabilida- †‡†‘…‘•—‹†‘”ǡ†‡—Žƒ†‘ǡ‡ƒ†‡•–‹ƒ­ ‘ϐ‹ƒŽ†‡’”‘†—-tos e serviços, de outro);

¾ (b) por ser interdisciplinar (isto é, por relacionar-se com inú-meros ramos de direito, como constitucional, civil, processual civil, penal, processual penal, administrativo, etc.);

¾ (c) por ser também multidisciplinar (isto é, por conter em seu bojo normas de caráter também variado, de cunho civil, pro-cessual civil, propro-cessual penal, administrativo, etc.)”.

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Cap. 1 • INTRODUÇÃO AO DIREITO DO CONSUMIDOR 21

\ ATENÇÃO

O CDC é um microssistema jurídico que disciplina as relações de consumo, o que não ŝŵƉĞĚĞ͕ŶŽĞŶƚĂŶƚŽ͕ĚĞŽũƵůŐĂĚŽƌƐĞƐŽĐŽƌƌĞƌĚĞŽƵƚƌĂƐĨŽŶƚĞƐůĞŐŝƐůĂƟǀĂƐ͕ƋƵĞĚŝĂ-ůŽŐĂŵĞŶƚƌĞƐŝ͕ƉĂƌĂƐŽůƵĕĆŽŵĂŝƐũƵƐƚĂĚŽĐŽŶŇŝƚŽ͘ƐƐĂƚĠĐŶŝĐĂĠĚĞŶŽŵŝŶĂĚĂƉĞůĂ doutrina como diálogo das fontes.

ƚĞŽƌŝĂĚŽĚŝĄůŽŐŽĚĂƐĨŽŶƚĞƐĨŽŝĚĞƐĞŶǀŽůǀŝĚĂƉĞůŽĂůĞŵĆŽƌŝŬ:ĂLJŵĞĞĚŝĨƵŶĚŝĚĂŶŽ Brasil pela doutrinadora Claudia Lima Marques.

EĂƐůŝĕƁĞƐĚĞ&>s/KdZdh;ϮϬϭϰ͕Ɖ͘ϭϱͿ͕ĂĞƐƐġŶĐŝĂĚĞƐƐĂƚĞŽƌŝĂĠ͞ĚĞƋƵĞĂƐŶŽƌ-mas jurídicas não se excluem – supostamente porque pertencentes a ramos jurídicos ĚŝƐƟŶƚŽƐ Ͳ͕ ŵĂƐ ƐĞ ĐŽŵƉůĞŵĞŶƚĂŵ͘ EŽ ƌĂƐŝů͕ Ă ƉƌŝŶĐŝƉĂů ŝŶĐŝĚġŶĐŝĂ ĚĂ ƚĞŽƌŝĂ ƐĞ ĚĄ ũƵƐƚĂŵĞŶƚĞŶĂŝŶƚĞƌĂĕĆŽĞŶƚƌĞŽĞŽͬϮϬϬϮ͕ĞŵŵĂƚĠƌŝĂĐŽŵŽƌĞƐƉŽŶƐĂďŝůŝĚĂĚĞ ĐŝǀŝůĞŽŝƌĞŝƚŽŽŶƚƌĂƚƵĂů͘;͘͘͘Ϳ͘ƉŽƐƐşǀĞůƋƵĞĂŶŽƌŵĂŵĂŝƐĨĂǀŽƌĄǀĞůĂŽĐŽŶƐƵŵŝĚŽƌ esteja fora da própria Lei Consumerista, podendo o intérprete fazer a opção por esse ƉƌĞĐĞŝƚŽĞƐƉĞĐşĮĐŽ͘͟

Segundo o doutrinador, a teoria do diálogo das fontes tem como fundamento legal o Ăƌƚ͘ϳΣĚŽ͕ƋƵĞĂĚŽƚĂƵŵŵŽĚĞůŽĂďĞƌƚŽĚĞŝŶƚĞƌĂĕĆŽůĞŐŝƐůĂƟǀĂ͘

KĂƌƚ͘ϳΣĚŽĞƐƚĂďĞůĞĐĞƋƵĞ͞ŽƐĚŝƌĞŝƚŽƐƉƌĞǀŝƐƚŽƐŶĞƐƚĞĐſĚŝŐŽŶĆŽĞdžĐůƵĞŵŽƵƚƌŽƐ ĚĞĐŽƌƌĞŶƚĞƐĚĞƚƌĂƚĂĚŽƐŽƵĐŽŶǀĞŶĕƁĞƐŝŶƚĞƌŶĂĐŝŽŶĂŝƐĚĞƋƵĞŽƌĂƐŝůƐĞũĂƐŝŐŶĂƚĄƌŝŽ͕ da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades admi-ŶŝƐƚƌĂƟǀĂƐĐŽŵƉĞƚĞŶƚĞƐ͕ďĞŵĐŽŵŽĚŽƐƋƵĞĚĞƌŝǀĞŵĚŽƐƉƌŝŶĐşƉŝŽƐŐĞƌĂŝƐĚŽĚŝƌĞŝƚŽ͕ ĂŶĂůŽŐŝĂ͕ĐŽƐƚƵŵĞƐĞĞƋƵŝĚĂĚĞ͘͟

3.2. Lei principiológica

O CDC é lei principiológica das relações de consumo.

Nas lições de NELSON NERY JUNIOR (1999, p. 432), o CDC é uma Ž‡‹’”‹…‹’‹‘Ž×‰‹…ƒ’‘”“—‡…‘–±’”‡…‡‹–‘•‰‡”ƒ‹•ǡ“—‡ϐ‹šƒ‘•’”‹…À-pios fundamentais das relações de consumo.

Segundo o doutrinador, todas as demais leis que se destinarem, de ˆ‘”ƒ‡•’‡…Àϐ‹…ƒǡƒ”‡‰—Žƒ”†‡–‡”‹ƒ†‘•‡–‘”†ƒ•”‡Žƒ­Ù‡•†‡…‘•—-mo deverão submeter-se aos preceitos gerais do CDC.

š‡’Ž‹ϐ‹…ƒǣDz•‘„”‡˜‹†‘Ž‡‹“—‡”‡‰—Žƒǡ˜Ǥ‰Ǥǡ–”ƒ•’‘”–‡•ƒ±”‡‘•ǡ deve obedecer aos princípios gerais estabelecidos no CDC. Não pode, ’‘” ‡š‡’Ž‘ǡ ‡••ƒ Ž‡‹ ‡•’‡…Àϐ‹…ƒǡ •‡–‘”‹œƒ†ƒǡ ’‘•–‡”‹‘”ǡ ‡•–ƒ„‡Ž‡…‡” responsabilidade subjetiva para acidentes aéreos de consumo, con-trariando o sistema principiológico do CDC. Como a regra da lei prin-cipiológica (CDC), no que toca à reparação de danos, é a da responsa-bilidade objetiva pelo risco da atividade (art. 6°, n° VI, CDC), essa regra se impõe a todos os setores da economia nacional, quando se tratar de relação de consumo. Destarte, o princípio de que a lei especial derroga

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vol. 38 – DIREITO DO CONSUMIDOR • Nathália Stivalle Gomes 22

a geral não se aplica ao caso em análise, porquanto o CDC não é ape-nas lei geral das relações de consumo, mas, sim, lei principiológica das relações de consumo”.

3.3. Normas de ordem pública e interesse social

O art. 1° do CDC estabelece que as normas de proteção e defesa do consumidor são de ordem pública e interesse social, sobrepondo-se a vontade das partes.

As normas de ordem pública são indisponíveis e inderrogáveis por convenção das partes, sob pena de nulidade absoluta.

”ƒœ ‘†ƒƒ–—”‡œƒ’ï„Ž‹…ƒ†ƒ•‘”ƒ•ǡ‘Œ—‹œ†‡˜‡ƒ‰‹”†‡‘ϐÀ-cio na apreciação das questões consumeristas.

A ressalva a ser feita diz respeito aos contratos bancários, nos quais, segundo entendimento do STJ, é vedado ao juiz apreciar a abu-•‹˜‹†ƒ†‡†ƒ•…Žž—•—Žƒ••‡’‡†‹†‘‡š’”‡••‘†‘…‘•—‹†‘”Ǥ

Relações de consumo ԘÆ ũƵŝnjĚĞǀĞĂŐŝƌĚĞŽİĐŝŽ

\ POSIÇÃO DO STJ

^ƷŵƵůĂϯϴϭ͗͞EŽƐĐŽŶƚƌĂƚŽƐďĂŶĐĄƌŝŽƐĠǀĞĚĂĚŽĂŽũƵůŐĂĚŽĐŽŶŚĞĐĞƌ͕ĚĞŽİĐŝŽ͕ĚĂĂďƵ-ƐŝǀŝĚĂĚĞĚĂƐĐůĄƵƐƵůĂƐ͘͟

As normas do CDC são de interesse social porque destinadas a tu-telar toda uma coletividade de consumidores, garantindo-lhes o aces-so à justiça tanto de forma individual quanto coletiva.

(7)

Cap. 1 • INTRODUÇÃO AO DIREITO DO CONSUMIDOR 23

ͶǤV ǧA

Introdução ao direito do consumidor

Defesa do consumidor e CF/88 ʹഩĚĞĨĞƐĂĚŽĐŽŶƐƵŵŝĚŽƌƚĞŵĂŵƉĂƌŽŶĂŽŶƐƟƚƵŝĕĆŽ&ĞĚĞƌĂů de 1988, a saber: ͻഩĂƌƚ͘ϱǑ͕ŝŶĐŝƐŽyyy//͖ ͻഩĂƌƚ͘ϭϳϬ͕ŝŶĐŝƐŽs͖ ͻഩĂƌƚ͘ϰϴĚĂd͘ Peculiaridades do CDC ʹഩKƚĞŵĂƐƐĞŐƵŝŶƚĞƐƉĞĐƵůŝĂƌŝĚĂĚĞƐ͗ ͻഩKĠƵŵŵŝĐƌŽƐƐŝƐƚĞŵĂũƵƌşĚŝĐŽƋƵĞĐŽŶƚĠŵƉƌŝŶĐşƉŝŽƐƉƌſ-ƉƌŝŽƐ͕ĐĂƌĄƚĞƌŝŶƚĞƌĞŵƵůƟĚŝƐĐŝƉůŝŶĂƌ͖ ʹഩ Atenção͗ K  Ġ Ƶŵ ŵŝĐƌŽƐƐŝƐƚĞŵĂ ũƵƌşĚŝĐŽ ƋƵĞ ĚŝƐĐŝƉůŝŶĂ ĂƐƌĞůĂĕƁĞƐĚĞĐŽŶƐƵŵŽ͕ŽƋƵĞŶĆŽŝŵƉĞĚĞ͕ŶŽĞŶƚĂŶƚŽ͕ĚĞŽ ũƵůŐĂĚŽƌ ƐĞ ƐŽĐŽƌƌĞƌ ĚĞ ŽƵƚƌĂƐ ĨŽŶƚĞƐ ůĞŐŝƐůĂƟǀĂƐ͕ ƋƵĞ ĚŝĂůŽ-ŐĂŵĞŶƚƌĞƐŝ͕ƉĂƌĂƐŽůƵĕĆŽŵĂŝƐũƵƐƚĂĚŽĐŽŶŇŝƚŽ͘ƐƐĂƚĠĐŶŝĐĂ ĠĚĞŶŽŵŝŶĂĚĂƉĞůĂĚŽƵƚƌŝŶĂĐŽŵŽdiálogo das fontes. ͻഩK  Ġ ůĞŝ ƉƌŝŶĐŝƉŝŽůſŐŝĐĂ ƉŽƌƋƵĞ ĐŽŶƚĠŵ ƉƌĞĐĞŝƚŽƐ ŐĞƌĂŝƐ͕ ƋƵĞĮdžĂŽƐƉƌŝŶĐşƉŝŽƐĨƵŶĚĂŵĞŶƚĂŝƐĚĂƐƌĞůĂĕƁĞƐĚĞĐŽŶƐƵŵŽ ;E>^KEEZz:hE/KZ;ϭϵϵϵ͕Ɖ͘ϰϯϮͿ͖ ͻഩKĐŽŶƚĠŵŶŽƌŵĂƐĚĞŽƌĚĞŵƉƷďůŝĐĂ͕ƋƵĞƐĆŽŝŶĚŝƐƉŽŶş-ǀĞŝƐĞŝŶĚĞƌƌŽŐĄǀĞŝƐƉŽƌĐŽŶǀĞŶĕĆŽĚĂƐƉĂƌƚĞƐ͖ ͻഩKũƵŝnjĚĞǀĞĂŐŝƌĚĞŽİĐŝŽŶĂĂƉƌĞĐŝĂĕĆŽĚĂƐƋƵĞƐƚƁĞƐĐŽŶƐƵ- ŵĞƌŝƐƚĂƐ͘ƌĞƐƐĂůǀĂĂƐĞƌĨĞŝƚĂĚŝnjƌĞƐƉĞŝƚŽĂŽƐĐŽŶƚƌĂƚŽƐďĂŶ-ĐĄƌŝŽƐ͕ŶŽƐƋƵĂŝƐ͕ƐĞŐƵŶĚŽĞŶƚĞŶĚŝŵĞŶƚŽĚŽ^d:͕ĠǀĞĚĂĚŽĂŽ ũƵŝnjĂƉƌĞĐŝĂƌĂĂďƵƐŝǀŝĚĂĚĞĚĂƐĐůĄƵƐƵůĂƐƐĞŵƉĞĚŝĚŽĞdžƉƌĞƐƐŽ ĚŽĐŽŶƐƵŵŝĚŽƌ;^ƷŵƵůĂϯϴϭĚŽ^d:Ϳ͘ ͻഩK  ĐŽŶƚĠŵ ŶŽƌŵĂƐ ĚĞ ŝŶƚĞƌĞƐƐĞ ƐŽĐŝĂů ƋƵĞ ƚƵƚĞůĂŵ ƵŵĂ ĐŽůĞƟǀŝĚĂĚĞĚĞĐŽŶƐƵŵŝĚŽƌĞƐ͘

(8)
(9)

Capítulo

2

RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO

\ Leia a lei:

ͳ Arts. 2º, 3º, 17, 26, I e II e 29 do CDC; art. 3º do CTN

1. FORMAÇÃO DA RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO

ƒ”ƒ“—‡—ƒ”‡Žƒ­ ‘Œ—”À†‹…ƒ•‡Œƒ‹†‡–‹ϐ‹…ƒ†ƒ…‘‘†‡…‘•—‘ǡ ƒ–”ƒ‹†‘ƒƒ’Ž‹…ƒ­ ‘†‘׆‹‰‘†‡‡ˆ‡•ƒ†‘‘•—‹†‘”ǡ†‡˜‡‡•–ƒ” presentes todos os seguintes elementos:

¾

subjetivoǣ• ‘‘••—Œ‡‹–‘•†ƒ”‡Žƒ­ ‘ǡ‹•–‘±ǡ…‘•—‹†‘”‡ˆ‘”-necedor;

¾ objetivo: diz respeito ao objeto sobre o qual recai a relação

Œ—”À†‹…ƒǡ‹•–‘±ǡ’”‘†—–‘‘—•‡”˜‹­‘Ǣ ¾ ϐ‹ƒŽÀ•–‹…‘ǣ ”‡ˆ‡”‡Ǧ•‡  ϐ‹ƒŽ‹†ƒ†‡ …‘ ƒ “—ƒŽ ‘ …‘•—‹†‘” ƒ†“—‹”‡’”‘†—–‘‘—…‘–”ƒ–ƒ•‡”˜‹­‘ǡ‹•–‘±ǡ…‘‘†‡•–‹ƒ–ž”‹‘ ϐ‹ƒŽǤ •“—‡ƒ–‹…ƒ‡–‡ǡ‘•‡Ž‡‡–‘•†ƒ”‡Žƒ­ ‘†‡…‘•—‘’‘†‡ •‡”˜‹•–‘•†ƒ•‡‰—‹–‡ˆ‘”ƒǣ ^ƵďũĞƟǀŽ

Æ

ĐŽŶƐƵŵŝĚŽƌĞĨŽƌŶĞĐĞĚŽƌ KďũĞƟǀŽ

Æ

ƉƌŽĚƵƚŽŽƵƐĞƌǀŝĕŽ &ŝŶĂůşƐƟĐŽ

Æ

ĐŽŶƐƵŵŝĚŽƌʹĚĞƐƟŶĂƚĄƌŝŽĮŶĂů

(10)

vol. 38 – DIREITO DO CONSUMIDOR • Nathália Stivalle Gomes 26

A doutrina costuma analisar a relação jurídica de consumo me-†‹ƒ–‡‘†‡•†‘„”ƒ‡–‘†‡…ƒ†ƒ—†‘••‡—•‡Ž‡‡–‘•Ǥ‡Œƒ‘•Ǥ ͳǤͳǤ‘•—‹†‘” ϐ‹‰—”ƒ†‘…‘•—‹†‘”±—†‘•‡Ž‡‡–‘••—„Œ‡–‹˜‘•†ƒ”‡Žƒ­ ‘ †‡…‘•—‘ǡƒ••‹…‘‘‘ˆ‘”‡…‡†‘”Ǥ ƒ”–Ǥʹ͑†‘†‡ϐ‹‡…‘•—‹†‘”…‘‘•‡†‘Dz–‘†ƒ’‡••‘ƒϐÀ- •‹…ƒ‘—Œ—”À†‹…ƒ“—‡ƒ†“—‹”‡‘——–‹Ž‹œƒ’”‘†—–‘‘—•‡”˜‹­‘…‘‘†‡•–‹-ƒ–ž”‹‘ϐ‹ƒŽdzǤ †‡ϐ‹‹­ ‘Ž‡‰ƒŽ†‡…‘•—‹†‘”‡•‡Œ‘——‹–ƒ•†‹•…—••Ù‡•‡–”‡ os doutrinadores em razão de o CDC ter contemplado expressamente ƒ’‡••‘ƒŒ—”À†‹…ƒ…‘‘…‘•—‹†‘”ƒ†‡’”‘†—–‘•‡•‡”˜‹­‘•Ǥ

Parcela da doutrina sustenta que o CDC se destina à proteção da pes-•‘ƒϐÀ•‹…ƒǡ’”‡•—‹˜‡Ž‡–‡˜—Ž‡”ž˜‡Žǡˆ”ž‰‹Žˆ”‡–‡ƒ‘ˆ‘”‡…‡†‘”ǡ‡ ‘ †ƒ’‡••‘ƒŒ—”À†‹…ƒ†‡–‡–‘”ƒ†‡ƒ‹‘”‡•…‘†‹­Ù‡•’ƒ”ƒ†‡ˆ‡†‡”Ǧ•‡Ǥ ‡••‡•‡–‹†‘• ‘ƒ•Ž‹­Ù‡•†‡ 2   ȋʹͲͳͶǡ’Ǥʹ͹ȌǣDzȋǤǤǤȌƒ˜‡”†ƒ†‡‘…”‹–±”‹‘…‘…‡‹–—ƒŽ†‘׆‹‰‘„”ƒ•‹Ž‡‹”‘ †‹•…”‡’ƒ†ƒ’”×’”‹ƒϐ‹Ž‘•‘ϐ‹ƒ…‘•—‡”‹•–ƒƒ‘…‘Ž‘…ƒ”ƒ’‡••‘ƒŒ—”À†‹…ƒ …‘‘–ƒ„±…‘•—‹†‘”ƒ†‡’”‘†—–‘•‡•‡”˜‹­‘•Ǥ‹•–‘‡šƒ–ƒ‡–‡ ’‡Žƒ •‹’Ž‡• ”ƒœ ‘ †‡ “—‡ ‘ …‘•—‹†‘”ǡ ‰‡”ƒŽ‡–‡ ˜—Ž‡”ž˜‡Ž ‡- “—ƒ–‘’‡••‘ƒϐÀ•‹…ƒǡ†‡ˆ”‘–ƒǦ•‡…‘‘’‘†‡”‡…‘Ø‹…‘†‘•ˆ‘”‡- …‡†‘”‡•‡‰‡”ƒŽǡ‘“—‡ ‘‘…‘””‡…‘‡••‡•“—‡ǡ„‡‘—ƒŽǡ‰”ƒ-†‡•‘—’‡“—‡‘•ǡ†‡–²ƒ‹‘”‹ˆ‘”ƒ­ ‘‡‡‹‘•†‡†‡ˆ‡†‡”Ǧ•‡—• …‘–”ƒ‘•‘—–”‘•ǡ“—ƒ†‘Š‘—˜‡”‹’ƒ••‡•‡…‘ϐŽ‹–‘•†‡‹–‡”‡••‡•dzǤ ƒ”ƒ‡••‡†‘—–”‹ƒ†‘”•‘‡–‡ƒ•’‡••‘ƒ•Œ—”À†‹…ƒ••‡ϐ‹•Ž—-…”ƒ–‹˜‘•• ‘‡“—ƒ†”ƒ†ƒ•‘…‘…‡‹–‘†‡…‘•—‹†‘”Ǥ ƒ„±ƒ–‡–ƒ–‹˜ƒ†‡…‘’”‡‡†‡”‘ƒŽ…ƒ…‡†‘–‡”‘Dz†‡•–‹- ƒ–ž”‹‘ϐ‹ƒŽdz—–‹Ž‹œƒ†‘’‡Ž‘ƒ†‡ϐ‹‹­ ‘†‘…‘…‡‹–‘†‡…‘•—‹-†‘”•—”‰‹”ƒ†—ƒ•–‡‘”‹ƒ•Ǥ ‘‡Žƒ•ǣ A)

‡‘”‹ƒƒš‹ƒŽ‹•–ƒǣ…‘•‹†‡”ƒ…‘•—‹†‘”–‘†ƒ’‡••‘ƒϐÀ•‹-ca ou jurídi‡‘”‹ƒƒš‹ƒŽ‹•–ƒǣ…‘•‹†‡”ƒ…‘•—‹†‘”–‘†ƒ’‡••‘ƒϐÀ•‹-ca que se apresente como †‡•–‹ƒ–ž”‹‘ˆž–‹…‘ǡ‹•–‘ ±ǡ“—‡”‡–‹”ƒ†‘‡”…ƒ†‘†‡…‘•—‘ȋ†ƒ…ƒ†‡‹ƒ’”‘†—–‹˜ƒȌ‘ „‡‘—‘•‡”˜‹­‘ǡ‹†‡’‡†‡–‡‡–‡•‡’ƒ”ƒ‘ƒ–‡†‹‡–‘ †‡‡…‡••‹†ƒ†‡•’”×’”‹ƒ•‘—’”‘ϐ‹••‹‘ƒ‹•ǡ…‘ϐ‹ƒŽ‹†ƒ†‡Ž—-…”ƒ–‹˜ƒǡ’‘”–ƒ–‘Ǥ

(11)

Cap. 2 • RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO 27

‘”‡š‡’Ž‘ǡ†‡ƒ…‘”†‘…‘‡••ƒ–‡‘”‹ƒǡ‘…‘–ƒ†‘”“—‡ƒ†“—‹”‡ — …‘’—–ƒ†‘” ’ƒ”ƒ •‡— ‡•…”‹–×”‹‘ ‘— ƒ •‘…‹‡†ƒ†‡ ‡’”‡•ž”‹ƒ “—‡ …‘–”ƒ–ƒ…‘‘—–”ƒ‡’”‡•ƒ•‡”˜‹­‘•†‡•‘ˆ–™ƒ”‡’ƒ”ƒ…‘–”‘Ž‡‹–‡”-no de sua produção são consumidores ainda que a retirada do produto ‘—•‡”˜‹­‘†ƒ…ƒ†‡‹ƒ’”‘†—–‹˜ƒ–‡Šƒ•‡†‡•–‹ƒ†‘ƒƒ–‡†‡”ƒ•‡…‡•-•‹†ƒ†‡•’”‘ϐ‹••‹‘ƒ‹•†ƒ’‡••‘ƒϐÀ•‹…ƒ‘—Œ—”À†‹…ƒǤ

A ȋʹͲͳ͹ǡ’ǤͺͲȌ‡•…Žƒ”‡…‡“—‡ƒ–‡‘”‹ƒƒš‹ƒŽ‹•–ƒ não enxerga o CDC como uma lei de proteção do mais fraco numa rela-­ ‘Œ—”À†‹…ƒ– ‘†‡•‹‰—ƒŽ…‘‘±ƒ”‡Žƒ­ ‘†‡…‘•—‘ǡƒ•‡–‡†‡•‡” ‘‘‘˜‘”‡‰—Žƒ‡–‘†‘‡”…ƒ†‘†‡…‘•—‘ǡ‘“—ƒŽƒŽ„‡”‰ƒ”‹ƒ •‡ƒ‹‘”‡•’”‘„Ž‡ƒ•ƒ’‡••‘ƒŒ—”À†‹…ƒƒ†‡ϐ‹‹­ ‘†‡…‘•—‹†‘”Ǥ ••ƒ –‡‘”‹ƒ ‹–‡”’”‡–ƒ †‡ ˆ‘”ƒ ƒ’Žƒ ‘ –‡”‘ †‡•–‹ƒ–ž”‹‘ ϐ‹-ƒŽǡ‡•–‡†‡†‘ƒƒ’Ž‹…ƒ­ ‘†‘’ƒ”ƒƒŽ…ƒ­ƒ”ǡƒ••‹ǡ—ï‡”‘ ƒ‹‘”†‡”‡Žƒ­Ù‡•Œ—”À†‹…ƒ•‡ƒ‰‡–‡•†‘‡”…ƒ†‘Ǥ dĞŽƌŝĂ DĂdžŝŵĂůŝƐƚĂ

Æ

ĐŽŶƐƵŵŝĚŽƌ͗ ĚĞƐƟŶĂƚĄƌŝŽĨĄƟĐŽ

Æ

ƌĞƟƌĂĚĂĐĂĚĞŝĂƉƌŽĚƵƟǀĂ ŽďĞŵŽƵƐĞƌǀŝĕŽƉĂƌĂ ŶĞĐĞƐƐŝĚĂĚĞƐƉƌſƉƌŝĂƐŽƵ ƉƌŽĮƐƐŝŽŶĂŝƐ

B) ‡‘”‹ƒ ‹ƒŽ‹•–ƒ ‘— —„Œ‡–‹˜ƒ: considera consumidor toda

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(12)

vol. 38 – DIREITO DO CONSUMIDOR • Nathália Stivalle Gomes 28 ƒ”ƒ‡••ƒ–‡‘”‹ƒ ‘Šž”‡Žƒ­ ‘†‡…‘•—‘ƒ‡•‡Œƒ”ƒƒ’Ž‹…ƒ­ ‘ †‘  “—ƒ†‘ ƒ ‡’”‡•ƒ ƒ†“—‹”‡ …‘’—–ƒ†‘”ǡ ×˜‡‹• ‘— ‘—–”‘• „‡•“—‡˜‡Šƒƒ…‘’‘”‘‡•–ƒ„‡Ž‡…‹‡–‘…‘‡”…‹ƒŽǡ—ƒ˜‡œ“—‡ ‡•–‡•’”‘••‡‰—‡‹•‡”‹†‘•ƒ…ƒ†‡‹ƒ’”‘†—–‹˜ƒǤ ‹…ƒǡ’‘”–ƒ–‘ǡ‡š…Ž—-À†‘†ƒ’”‘–‡­ ‘†‘‘…‘•—‘‹–‡”‡†‹ž”‹‘Ǥ ••ƒ–‡‘”‹ƒ‹–‡”’”‡–ƒ†‡ˆ‘”ƒ”‡•–”‹–‹˜ƒ‘–‡”‘†‡•–‹ƒ–ž”‹‘ϐ‹- ƒŽǡ”‡†—œ‹†‘‘ƒŽ…ƒ…‡†‡ƒ’Ž‹…ƒ­ ‘†‘’ƒ”ƒ„‡‡ϐ‹…‹ƒ”– ‘•‘-‡–‡‘•‡ˆ‡–‹˜ƒ‡–‡˜—Ž‡”ž˜‡‹•ƒ”‡Žƒ­ ‘…‘–”ƒ–—ƒŽǤ dĞŽƌŝĂ &ŝŶĂůŝƐƚĂ

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TEORIA FINALISTA APROFUNDADA, ATENUADA, TEMPERADA OU MITIGADA ĂƉŽƐŝĕĆŽĚŽŵŝŶĂŶƚĞŶĂũƵƌŝƐƉƌƵĚġŶĐŝĂĚŽ^d:ƋƵĞƚĞŵĂĚŵŝƟĚŽ ĞŵƐĞƵƐũƵůŐĂĚŽƐŽƚĞŵƉĞƌĂŵĞŶƚŽĚĂƚĞŽƌŝĂĮŶĂůŝƐƚĂ͕ŝƐƚŽĠ͕ƚĞŵĂƉůŝ-ĐĂĚŽĂůĞŝĐŽŶƐƵŵĞƌŝƐƚĂƋƵĂŶĚŽĂƉĞƐƐŽĂũƵƌşĚŝĐĂĂĚƋƵŝƌĞƉƌŽĚƵƚŽŽƵ ƐĞƌǀŝĕŽŶŽĐƵƌƐŽĚŽĚĞƐĞŶǀŽůǀŝŵĞŶƚŽĚĞƵŵĂĂƟǀŝĚĂĚĞĞŵƉƌĞƐĂƌŝĂů͕ ĂŵƉůŝĂŶĚŽ͕ĂƐƐŝŵ͕ĂŝŶĐŝĚġŶĐŝĂĚŽŶĂƐƌĞůĂĕƁĞƐũƵƌşĚŝĐĂƐ͘ &ƌŝƐĞͲƐĞ ƋƵĞ Ă ǀƵůŶĞƌĂďŝůŝĚĂĚĞ ĚĂ ƉĞƐƐŽĂ ũƵƌşĚŝĐĂ ĚĞǀĞ ƐĞƌĐŽŵ-ƉƌŽǀĂĚĂ ŶŽ ĐĂƐŽ ĐŽŶĐƌĞƚŽ ƉĂƌĂ ƋƵĞ ŽĐŽƌƌĂ Ă ĂƉůŝĐĂĕĆŽ ĚŽ ͕ ŵŝƟŐĂŶĚŽŽƐƌŝŐŽƌĞƐĚĂƚĞŽƌŝĂĮŶĂůŝƐƚĂĞĂƵƚŽƌŝnjĂŶĚŽĂĞƋƵŝƉĂƌĂ-ĕĆŽĚĂƉĞƐƐŽĂũƵƌşĚŝĐĂĐŽŵƉƌĂĚŽƌĂăĐŽŶĚŝĕĆŽĚĞĐŽŶƐƵŵŝĚŽƌĂ͘ EĞƐƐĞƐĞŶƟĚŽ͗ ͞;͘͘͘ͿŽŶƐŝĚĞƌĂͲƐĞĚĞƐƟŶĂƚĄƌŝŽĮŶĂůĂƋƵĞůĞƋƵĞ͕ŶŽĂƚŽĚĞĐŽŶƐƵ-ŵŝƌ͕ƌĞƟƌĂŽďĞŵĚŽŵĞƌĐĂĚŽ͘^ĞŐƵŝŶĚŽŶĞƐƐĂůŝŶŚĂĚĞƌĂĐŝŽĐşŶŝŽ͕ Ă ^ĞŐƵŶĚĂ ^ĞĕĆŽ ĂĐĂďŽƵ ƉŽƌ ĮƌŵĂƌ ĞŶƚĞŶĚŝŵĞŶƚŽ ĐĞŶƚƌĂĚŽ ŶĂ ƚĞŽƌŝĂ ƐƵďũĞƟǀĂ ŽƵ ĮŶĂůŝƐƚĂ ;ZƐƉ ϱϰϭ͘ϴϲϳͲ͕ :Ğ ϭϲͬϱͬϮϬϬϱͿ͕ ƉŽƐŝĕĆŽŚŽũĞĐŽŶƐŽůŝĚĂĚĂŶŽąŵďŝƚŽĚĞƐƚĞ^d:͘Porém, a jurispru- ĚġŶĐŝĂ͕ƉŽƐƚĞƌŝŽƌŵĞŶƚĞ͕ĞǀŽůƵŝƵƉĂƌĂĂĚŵŝƟƌƵŵĂĐĞƌƚĂŵŝƟŐĂ-ĕĆŽĚĂƚĞŽƌŝĂĮŶĂůŝƐƚĂŶĂŚŝƉſƚĞƐĞĞŵƋƵĞ͕ĞŵďŽƌĂŶĆŽǀĞƌŝĮĐĂĚĂ Ă ĐŽŶĚŝĕĆŽ ĚĞ ĚĞƐƟŶĂƚĄƌŝŽ ĮŶĂů͕ constata-se a vulnerabilidade ĚŽĐŽŶƐƵŵŝĚŽƌƉƌŽĮƐƐŝŽŶĂůĂŶƚĞŽĨŽƌŶĞĐĞĚŽƌ͘EŽĐĂƐŽ͕ŶĆŽƐĞ ĂƉůŝĐĂĂƌĞĨĞƌŝĚĂŵŝƟŐĂĕĆŽĚĂƚĞŽƌŝĂĮŶĂůŝƐƚĂ͕ƉŽŝƐĂĐŽŶƚƌĂƚĂŶ-ƚĞĚŽƐĞƌǀŝĕŽĚĞƚƌĂŶƐƉŽƌƚĞƐĞƋƵĞƌĂůĞŐŽƵĂƐƵĂǀƵůŶĞƌĂďŝůŝĚĂĚĞ perante a empresa contratada͘ WŽƌƚĂŶƚŽ͕ ƐŽď Ă ſƟĐĂ ĚĂ ƚĞŽƌŝĂ

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