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É importante lembrar que esse crescimento é basicamente na mesma base de campi, na medida em que não houve adição de novos campi no período.

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Operadora:

Boa tarde, senhoras e senhores. Sejam bem-vindos à teleconferência de resultados do 1T10 da Anhanguera Educacional. Hoje nós temos a presença do Sr. Ricardo Scavazza, Diretor Superintendente, e o Sr. José Augusto Teixeira, Vice-Presidente de Planejamento e Relações com Investidores.

Gostaríamos de informá-los que este evento está sendo gravado e que todos os participantes só poderão ouvir a conferência durante a apresentação da Companhia. Após os comentários da Anhanguera Educacional, haverá uma sessão de perguntas e respostas para analistas e investidores, quando passaremos maiores instruções. Caso você precise de ajuda durante a teleconferência, por favor, pressione * 0 para falar com a operadora.

Teremos também um webcast ao vivo, com áudio e slides, que pode ser acessado no site de Relações com Investidores da Companhia, no endereço www.unianhanguera.edu.br/ri, banner “Webcast 1T10”. A apresentação também estará disponível para download na plataforma de webcast. As informações a seguir estão disponíveis em Reais e em Legislação Societária, exceto quando indicado.

Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante esta teleconferência relativas às perspectivas de negócios da Anhanguera Educacional, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis. Considerações futuras não são garantias de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro da Companhia e podem conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações.

Agora eu gostaria de passar a palavra ao Sr. Ricardo Scavazza, que dará início à apresentação. Sr. Scavazza, o senhor pode começar a teleconferência.

Ricardo Scavazza:

Boa tarde a todos. Bem-vindos à conferência de resultados do 1T da Anhanguera Educacional. É nossa grande satisfação apresentar os resultados desse trimestre, com uma série de conquistas importantes. Estamos aqui destacando as principais conquistas do 1T, no slide número três.

Primeiro, o recorde de captação de alunos. Quebramos a marca de 90.000 alunos entrantes no 1T10, uma marca histórica para a Anhanguera e, no nosso conhecimento, o maior número de captação de alunos do Brasil na história, um crescimento de 10% em relação ao nosso número do ano passado.

É importante lembrar que esse crescimento é basicamente na mesma base de campi, na medida em que não houve adição de novos campi no período.

Tivemos melhoria também na retenção de alunos, chegamos a mais de 90% de retenção no 1T10, um número muito bom; em nosso conhecimento, um número acima

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da performance da indústria, mostrando a percepção extremamente positiva que os alunos vêm tendo dos nossos programas.

E vale ressaltar também a diferenciada retenção que percebemos em nosso programa de ensino a distância, refletida na retenção extremamente positiva observada em nossos pólos, o que, novamente, também mostra a alta aceitação desse tipo de programa nos pólos de ensino a distância.

Tivemos uma melhoria também importante em termos de recebimento de mensalidades, e vamos comentar ao longo da apresentação, também, novidades em termos de financiamento estudantil, que devem trazer melhorias ainda mais substanciais em termos de performance de recebível de mensalidade.

Tivemos uma performance bastante positiva, também, em termos de margem, primeiramente com os ganhos de margem em campus, que têm sido recorrentes ao longo dos últimos anos, dos últimos quarters, vindo especialmente da recuperação de performance das unidades adquiridas. Nós acreditamos que esse ganho deve ser contínuo ao longo dos próximos anos, na medida em que os campi adquiridos convergem para o nível de performance dos campi orgânicos.

Tivemos também uma performance bastante positiva nos pólos, com o ganho de margem refletindo os ganhos de escala no negócio. Tivemos um crescimento expressivo do número de alunos refletindo em melhores margens nessa unidade de negócios.

A Anhanguera apresentou, na soma desses fatores, um crescimento orgânico significativo. Nós estamos vendo a margem bruta dos nossos pólos crescendo perto de 40% ano contra ano e a margem bruta dos campi crescendo 20% ano contra ano, o que se refletiu também em um crescimento substancial de fluxo de caixa operacional, onde é considerada, também, a redução do consumo de capital de giro típica, que acontece no 1T; nós vemos nesse 1T10 um consumo substancialmente menor do que foi percebido em 2009.

Para finalizar, temos a consolidação da posição da Anhanguera como líder absoluta em ensino superior no Brasil, chegando perto de 300.000 alunos, e a consolidação também do ciclo positivo de desenvolvimento da força da nossa marca. A Anhanguera foi eleita a 29ª marca mais valiosa do Brasil, subindo em relação ao ano passado, quando éramos o 38º. Nós acreditamos que existe aí uma correlação entre o trabalho positivo, de qualidade, afetando certamente maior retenção, afetando indicações para alunos, trazendo um impacto positivo sobre a captação e gerando essa valorização da marca Anhanguera de forma bastante forte e significativa ano contra ano.

Passando para o próximo slide, comentamos o nosso ciclo de vestibular, com crescimento de 10% em relação ao vestibular do ano passado, sendo direcionado por um crescimento de 8% nos campi e 15% nos learning centers. É importante ver o crescimento de 6% nas admissões por campus, passando da marca de 1.100 alunos nesse início de ano.

Esse nível de captação gera um crescimento importante em termos de base de alunos. Em nossa estimativa, mantendo esse nível de captação de 1.100 alunos continuamente por quatro anos, isso levaria a base de alunos por campus acima de 4.300 alunos por campus, somente mantendo estável o nível de captação e o nível de

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retenção, o que significa um crescimento de cerca de 50% em relação ao número médio de alunos que tínhamos no ano passado.

Adicionando a isso a tendência de crescimento que esperamos ao longo dos próximos anos no número de admissões por campus, em função da forte demanda que observamos, pelos nossos programas, em função da valorização da marca, em função da introdução de novos cursos, acreditamos que seja possível buscar a meta de 5.000 alunos por campus para essa base existente de campi, o que levaria a base atual de campus da Anhanguera acima de 250.000 alunos. Este é o número que acreditamos ser o potencial de longo prazo de volume para nossa base atual de campi, o que produziria um crescimento contínuo e significativo dessa base de campi ao longo dos próximos anos.

Destacamos aqui, no slide quatro, também o prêmio que ganhamos por marketing direto, da Associação Brasileira de Marketing Direto, em 2010. Tem sido recorrente, temos recebido muito reconhecimento em forma de prêmios pelo nosso trabalho em termos de relacionamento com o consumidor e marketing direto.

Recebemos um prêmio no ano passado, em San Diego, segundo lugar mundial em termos de marketing digital, agora recebemos dois troféus de ouro e um troféu de prata em marketing direto, o que reflete justamente a sofisticação e a qualidade do trabalho que nossa equipe de marketing e vendas tem feito, o que certamente está refletindo também na performance em termos de captação e retenção.

Passando para o slide número cinco, mostramos o número de retenção. Esses são números que deixam não só a nossa equipe operacional e de marketing e vendas bastante orgulhosa, mas também nosso pessoal acadêmico. Esses números de manutenção refletem certamente a qualidade. Se tem um indicador aqui que reflete satisfação do aluno, certamente é o indicador de retenção.

A Anhanguera tem consistentemente tido boas avaliações de qualidade pelo Ministério, como é público e tem sido acompanhado pelos senhores, mas principalmente em audição, as avaliações internas de percepção de qualidade dos alunos sempre têm sido extremamente positivas e em uma tendência crescente, o que se reflete nessa performance realmente muito boa de retenção.

Destacamos aqui a retenção em termos de pólos, um produto e um modelo de negócios mais novo, menos maduro, que tem mostrado uma retenção bastante positiva. Nós sabemos que no mercado certos modelos de ensino a distância têm dificuldade de retenção, e o que percebemos aqui é que o modelo da Anhanguera se mostra extremamente bem sucedido, tem mostrado capacidade de atrair alunos crescente e muito sólida, e uma capacidade também de reter alunos bastante diferenciada.

Passando para o slide número seis, comentamos uma grande novidade da indústria, que é a mudança do modelo de financiamento do Governo Federal, o FIES. Este pode ser um grande alavancador de uma série de impactos positivos na indústria. Acreditamos que esse novo financiamento estudantil pode atrair nova demanda, bem como aumentar retenção e melhorar o padrão de recebimento no setor.

O modelo é extremamente atraente para o aluno, o aluno paga durante o curso R$50 por trimestre, depois continua a pagar R$50 por trimestre por 18 meses, e começa a

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amortizar após 18 meses de sua graduação o seu empréstimo, em um prazo total de financiamento que pode chegar perto de 20 anos. As taxas de juros são extremamente atraentes, 3,4% ao ano, e o aluno pode financiar entre 50% a 100% de sua mensalidade.

O processo deve estar aberto a partir de sua operacionalização, que foi na semana passada, durante todo o ano. Assim, o aluno poderá a qualquer momento se candidatar ao FIES, não só o aluno entrante, como o aluno veterano também; o aluno que já está cursando o ensino superior poderá entrar no programa e passar a financiar suas mensalidades para frente até o final do seu curso.

A Anhanguera entende que esse processo é extremamente estratégico, e fez um esforço muito grande no 1T no sentido de comunicar o aluno dos benefícios do FIES e criar uma ferramenta de educação de alunos sobre o programa e captação; fizemos uma campanha de televisão, outdoor, jornal para comunicar o programa, criamos um hotsite, criamos um canal de call center específico para o FIES, que teve objetivo de educar o aluno e atrair potenciais alunos para entrada no FIES. Este esforço deve trazer resultados positivos, principalmente no 2S para a Companhia.

Passando para o slide número sete, comentamos aqui os principais highlights do trimestre, a começar pela performance positiva em termos de alunado. Chegamos próximo a 294.000 alunos, uma marca histórica, que consolida nossa liderança clara no setor; nos pólos chegando a mais de 120.000 alunos e nos campi a mais de 170.000 alunos, crescimento sólido nesses dois verticais.

Em termos de número de alunos por campus, continuamos a observar essa tendência de crescimento de alunos por campus, que vem acontecendo ao longo dos últimos quatro anos. Essa tendência vem da maturação dos nossos cursos e, como foi comentado, ela deve continuar. O número atual de entradas da Anhanguera indica que nossos campi não estão maturados; novamente, mantendo o mesmo nível que foi observado em 2010 de entradas por um período de quatro anos, que é a maturação de um curso superior, este indicador iria para 4.300.

Com o crescimento adicional que nós vemos de novos cursos, acreditamos que podemos levar este número para 5.000 alunos nessa base de 54 campi, isso sem contar campi adicionais que criaremos nos próximos anos.

Em termos de lucro bruto, uma performance muito forte, tanto na unidade de pólos como de campi; pólos crescendo o lucro bruto 40% ano contra ano, campi crescendo o lucro bruto 20% ano contra ano. Esse indicador de lucro bruto é o principal driver de longo prazo da geração de caixa de cada uma dessas unidades de negócio, e vemos aí resultados excepcionais.

O número consolidado foi de crescimento de 19%, afetado parcialmente pela performance de Microlins, o que, na verdade, vem de um efeito contábil que vamos explicar nos próximos slides. Mas aí tivemos campi e pólos, que são os principais fatores do direcionamento do nosso negócio, crescendo 40% e 20%.

Em termos de SG&A, tivemos um aumento dessas despesas, principalmente em razão da campanha do FIES e em razão de aumento ano contra ano de despesas de PDD, que estão em queda, essencialmente em relação ao 4T; no entanto, em relação há um ano ainda estão acima do patamar que observávamos no 1T09.

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Em termos de EBITDA, temos uma performance de crescimento de 10% em termos do EBITDA contábil; no entanto, ajustando para fatores não-recorrentes, meramente para fins de análise dos senhores, vemos crescimento de 17% em relação há um ano. Passando para o próximo slide, número oito, mostramos o crescimento de número de alunos, como já foi comentado, crescimento de 17% sequencial e 16% ano contra ano. Vemos uma recuperação do ticket médio em relação ao 4T, e basicamente no mesmo nível em relação há um ano. Esse nível de ticket médio, percebemos aqui que é bastante correlacionado com o mix entre campi e pólos.

Em termos de receita liquida, tivemos um crescimento de 26% em pólos e 12% em campi, aqui um efeito de crescimento do ticket médio em pólos levando a esse crescimento bastante forte de receita, acima inclusive do crescimento de volume; e tivemos uma queda no faturamento da unidade de formação profissional que é explicada por um fator contábil.

Aqui, aproveito para comentar este fator. No 1T09 houve uma mudança de forma de contabilização de faturamento da Microlins, de base caixa para competência, o que levou a um faturamento excepcionalmente alto no 1T09, o que explica esta queda. Se você analisar o faturamento sequencial em relação ao 1T10, nós vemos que está exatamente no mesmo nível que o 4T09, e temos uma expectativa bastante positiva em relação à performance de vendas de Microlins para o ano.

Então, na verdade, essa queda se explica muito mais por um faturamento excepcionalmente alto no 1T09, e não por uma tendência de evolução de vendas de Microlins.

Passando para o próximo slide, aqui falamos de lucro bruto. Novamente, o destaque é o crescimento de lucro bruto de 40% em termos de pólos, 20% em campi; a queda de Microlins novamente explicada pelo ajuste contábil de 2009, e vemos aí uma grande evolução positiva de margem em campi, explicada principalmente pela transição de modelo de negócios de aquisições, e uma evolução também bastante positiva de pólos, explicada pelo ganho de escala no negócio. Novamente, a margem de Microlins no 1T09 um pouco distorcida pelo ajuste contábil de caixa para competência.

Em termos de despesas de vendas, apresentadas no slide número dez, temos uma despesa de vendas no 1T10 um pouco mais alta que o normal, em função do esforço de FIES. Acreditamos que esse esforço se paga no ano, e deverá se neutralizar e reverter em ganho de vendas, dado o esforço que a Anhanguera fez para estar um pouco à frente do mercado em termos de comunicar FIES e atrair alunos interessados em FIES.

Excluindo o efeito dessa campanha, que foi uma campanha não usual e fora do típico ciclo de investimentos em marketing da Companhia, temos uma despesa de marketing bastante alinhada com o 1T09.

A nossa provisão de devedores duvidosos, apresentada no quadro inferior direito, apresenta uma tendência de queda em relação ao 4T09 em função da melhoria de performance de recebimento; no entanto, ainda está acima do 1T09. Assim, na comparação entre trimestre, tanto o marketing não-recorrente quanto a provisão de devedores duvidosos foram fatores que consumiram parcialmente o ganho bastante

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importante que houve, tanto em crescimento de venda quanto em margens, até no âmbito da margem bruta.

Evoluindo para o próximo slide, comentamos as despesas gerais e administrativas. Vemos as despesas gerais e administrativas em um nível absoluto inferior ao que observávamos no 1T09, assim com percentualmente, também, um nível inferior, já observando aqui ganhos de diluição ano contra ano. Acreditamos que para o ano fiscal teremos também um ganho de diluição, buscando como meta levar essa despesa de G&A para dentro de uma faixa de um dígito, ou seja, abaixo de 10% no resultado do ano fiscal de 2010.

Passando para o próximo slide, página 12, vemos o crescimento de EBITDA. Tivemos um crescimento em termos de EBITDA recorrente de 17%, consolidando um crescimento composto de 36% ao longo dos últimos dois anos. Acreditamos que esse nível de geração de EBITDA do 1T é bastante consistente com o guidance que vamos apresentar a seguir, e tivemos, em termos de lucro líquido, ajustando para também os itens especiais não-recorrentes no trimestre e efeitos não caixa de ajuste a valor presente, um crescimento de 9%.

Passando para o próximo slide, comentamos a evolução de contas a receber. Uma queda evidente de número de dias, direcionada principalmente pela queda em termos de acordos a receber, aí um reflexo claro de melhoria de recebimento.

Passando para o próximo slide, número 14, nós damos um detalhe maior em termos de valores na divisão entre a mensalidade corrente e acordos, que são as mensalidades financiadas de alunos em atraso. Vemos claramente que temos um nível bastante recorrente e estável em termos de mensalidades recorrentes, que está girando em torno de 27 dias, e vemos os acordos a receber, que são as mensalidades financiadas, em queda, uma queda de 9 dias, basicamente explicada pela evolução desse item. Isso se direciona pela melhoria de recebimento e menor demanda por financiamento estudantil, porque os alunos estão mais em dia, menos alunos recorrendo a acordos.

E aproveitamos para ressaltar que a Companhia está em uma transição para um novo modelo de financiamento estudantil, no qual o financiamento será dado por uma instituição financeira que assumirá o risco e os juros desses empréstimos, fazendo uma transição gradual desse valor para fora do balanço da Companhia. Então, a Companhia gradualmente deixará de fazer esse financiamento, o que deverá reduzir esse número de R$80 milhões em termos de acordos a receber, substancialmente entre 2010 e 2011.

Passando para o próximo slide, número 15, nós mostramos aqui a performance de capital de giro. Uma queda no consumo de capital de giro de 30%. O 1T normalmente é um trimestre de consumo, mas o consumo foi muito menor nesse trimestre em função da melhoria de performance no contas a receber.

Nós temos aqui como um dos fatores que leva ao consumo de capital de giro no trimestre a questão de mensalidades adiantadas. Nós temos, como é prática no setor, na Anhanguera e em outras empresas, o modelo de receber mensalidades de janeiro em dezembro, quando os alunos já começam a se matricular no vestibular, e isso causa um desencaixe de receita em janeiro. Isso gera caixa em dezembro e consome

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caixa em janeiro. Então, esse é o fator aqui explicado na última linha do demonstrativo.

Além disso, temos um pouco do consumo de contas a receber, como é natural, dado o crescimento da Empresa, no entanto, com uma queda de número de dias, o que é importante ressaltar, levando a essa queda que observamos no consumo de capital de giro.

Passando para o slide número 16, nós mostramos toda a figura de geração de caixa. Tivemos o crescimento de EBITDA, uma queda no consumo de capital de giro, o que levou a um crescimento significativo de geração de caixa de operações, mais que dobrando no trimestre. É importante lembrar que o 1T sempre é um trimestre de consumo de capital de giro, quando você é afetado pelo crescimento e tem o descasamento de mensalidade, mas mesmo assim uma performance positiva e bastante crescente em relação ao ano passado.

Os nossos investimentos também menores neste ano em relação ao ano passado, levando a uma geração positiva de caixa após os investimentos. Algum consumo em termos de atividades de financiamento, com pagamento de dívida de curto prazo, levando a uma geração livre de caixa praticamente neutra.

Com isso, passamos para o slide 17, onde nós resumimos os principais destaques e objetivos para o ano. Acho que a primeira coisa que gostaríamos de destacar, que é um fator bastante importante para a indústria e para Anhanguera neste ano de 2010, é a evolução em termos de financiamento ao aluno.

Acreditamos que o novo FIES é um elemento que pode trazer impactos profundos na indústria de ensino superior. A Anhanguera fez todo esforço necessário para estar na frente nesse processo e está absolutamente preparada para acompanhar todo o benefício que pode vir do FIES. E também, uma evolução importante em termos de financiamento privado, a Anhanguera construindo um modelo no qual ela pretende sair dessa prática de financiar o aluno, transferindo esse financiamento para instituições financeiras. É um processo que está bastante avançado e deve entrar em operação no 2S.

Como não podia deixar de ser, outro destaque é a questão de admissões. Esperamos um bom ciclo de admissões no meio do ano. O ciclo já foi lançado, estamos bastante animados com os resultados iniciais e esperamos um bom ciclo de admissão. É importante ressaltar que em todas as expectativas e projeções da Companhia nós estamos sendo relativamente conservadores em relação à expectativa do que pode vir, especialmente de FIES. Estamos fazendo o que consideramos ser um caso conservador do impacto.

Temos também a introdução de novos cursos, com pequeno impacto no vestibular do meio do ano, mas com um impacto bastante importante em termos de 2011. Temos uma tabela de 150 cursos que devem ser adicionados até o vestibular de 2011 e que deverão alavancar ainda mais o nível de entradas por campus que observamos no ciclo de 2010. E queremos entrar em novos mercados. O nosso plano de entrada em novos mercados se dará principalmente por pequenas aquisições e lançamentos de novos campi, mas poderá ser complementado também por algumas aquisições estratégicas em análise pela Companhia.

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Pretendemos manter esse ciclo de expansão de margem bruta, como demonstrado pela performance de pólos e campi. A Anhanguera entende que existe um espaço importante para ganhos de eficiência nas suas operações, vindo primeiro de campi adquiridos, que estão gradualmente convergindo para o nosso modelo de negócio, e vindo também do crescimento da participação dos pólos, que têm já um nível de margem maior do que campi e estão, como podemos observar, ganhando escala na medida em que temos um portfólio de cursos concentrado, alavancado cada vez mais por incrementos de volume. E dentro do modelo de ensino a distância, isso se traduz em ganhos de margem, com certeza.

Em termos de guidance para 2010, estamos lançando um guidance de R$240 milhões de EBITDA para o ano, um guidance que acreditamos que é absolutamente suportado pela performance do 1T e por todos os drivers que vemos se desenvolvendo ao longo do ano.

Passando para o próximo e último slide, nós apresentamos aqui a nossa estrutura de governança e gestão. Na última Assembleia Geral, a Anhanguera teve reeleito o seu Conselho de Administração, com sete membros, sendo um deles membro independente, o que está seguindo a norma estabelecida pelo nível 2 da Bovespa. E apresentamos também aqui o nosso novo organograma, consolidando um time sênior de gestão com sete principais diretores.

Primeiramente, o nosso executivo mais sênior, Professor Carbonari, fundador da Companhia e nosso Presidente, tendo como Diretor Superintendente Ricardo Scavazza, eu, liderando um time de cinco Vice-Presidentes: primeiramente, a Professora Maria Elisa, a nossa Vice-Presidente de Programas Institucionais, liderando os nossos famosos e premiados programas de responsabilidade social; lembrando que a Anhanguera foi eleita a primeira empresa em responsabilidade social no Brasil, no setor de serviços, no ano passado.

Temos na Vice-Presidência acadêmica a Professora Ana Maria, que está conosco há três anos, fazendo um trabalho espetacular na área acadêmica, como refletido em tudo o que foi apresentado nesta apresentação. Temos José Teixeira, que está aqui ao meu lado, nosso Vice-Presidente de Planejamento e RI, com a Companhia há seis anos, vindo da área de banco de investimento. Temos Vice-Presidente de Operações, Antonio Costa, responsável pelas operações tanto de pólos como campi e marketing e vendas. E o nosso Vice-Presidente de Finanças, Marcos Guimarães, também com a Companhia desde 2005.

Gostaríamos de ressaltar também a implementação do nosso plano de stock option. O plano foi aprovado na Assembleia Geral que ocorreu algumas semanas atrás. Ele está em fase de implementação agora, e será um plano baseado em outorgas anuais, ou seja, os executivos vão recebendo lotes de pacotes de ação a cada ano, sempre nos inícios de ano. Neste ano foi concedido um lote que representa 0,5% do capital da Empresa; esse lote foi concedido a 18 executivos e será um lote que terá vestings em cinco anos, sendo 1/3 no terceiro, 1/3 no quarto e 1/3 no quinto ano. O preço de emissão deste lote é de R$22,50, alinhado com a última emissão de ações realizada pela Companhia.

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Rafael Burquim, Planner Corretora:

Boa tarde a todos. Eu queria só saber de vocês uma perspectiva para o que vocês acham de inadimplência para a Anhanguera neste ano e para o futuro próximo. Obrigado.

Ricardo Scavazza:

Obrigado pela pergunta, Rafael. Nós medimos inadimplência por meio da provisão para devedores duvidosos, que é a nossa estimativa para a perda final de mensalidades. Essa provisão estava no 1T10 no nível de 5,6%, com viés de queda. Achamos que ela deve se manter para o ano neste nível, ou até com uma possível melhora.

Historicamente, a inadimplência da Anhanguera tem se mantido em torno de 5%; tivemos um pico em 2009, onde ela passou de 6%, mas vemos agora ela voltando para este nível de 5%.

Rafael Burquim: Está ótimo. Obrigado.

Bruno Giardino, Santander:

Boa tarde a todos. Na verdade, são duas perguntas. A primeira é em relação à margem bruta nos campi: existente ainda aquele disclosure de gross margin por ano de aquisição dos campi e por campus orgânico? Houve alguma mudança nessa tendência, ou essa expansão de margem consolidada vale para todos aqueles degraus de abertura, eles cresceram margem de forma homogênea?

E a segunda pergunta é em relação à expansão geográfica da Companhia, que próximos lugares podemos esperar para os próximos anos, para abertura de novos campi? Qual é o foco de crescimento da Empresa? Obrigado.

Ricardo Scavazza:

Bruno, obrigado pela perguntas. Primeiro, em relação aos ganhos de campus, certamente é direcionado por ganhos nas aquisições. Este é o driver para esse 1T e deve ser o driver para a expectativa de ganho de margem para o ano de 2010.

Em termos da quebra por grupo de campi, fazemos isso uma vez por ano, e faremos a mesma coisa no final de 2010. Não estamos reportando essa quebra gerencial trimestre a trimestre em função de que quando reportamos, temos esses números revisados pela auditoria, o que não é recorrente ao longo dos trimestres como processo dentro do nosso processo de auditoria. Então, evidentemente temos este número, mas não auditamos para poder mostrar para o mercado. Mas eu posso lhe dizer que certamente o direcionador é ganho em aquisições.

Em termos de expansão geográfica, nossa estratégia é levar o modelo de campus da Anhanguera para cidades com maior potencial de mercado. Estamos falando de mercados com mais de 200.000 habitantes. Vemos potencial no Brasil para um grande número de campi, e como „grande‟ falamos certamente de um potencial de ter até

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mais de 300 campi no Brasil, em termos de quantidade de campi que poderiam ser implantados em cidades com este potencial.

Mas você sabe que o plano, o nosso base case em cinco anos é implementar ao menos 100, e vemos claramente esse potencial de buscar mercados com mais de 30.000 habitantes para ir levando esse modelo de negócios.

Em termos de regiões, não existe região target específica. Temos um mapeamento do Brasil, fazemos uma priorização e com isso criamos o pipeline para os próximos anos. Bruno Giardino:

OK. Só um follow-up rápido: Nordeste é uma região que está dentro do pipeline de vocês?

Ricardo Scavazza:

Sim, com certeza. Devemos entrar no Nordeste como um dos próximos passos de nossa expansão. Certamente, hoje, é importante ressaltar, que dos dez principais mercados metropolitanos do Brasil, a Anhanguera ainda está somente em três, que são São Paulo, Distrito Federal e Belo Horizonte. Os outros dez, que incluem todas as principais cidades do Brasil, são todos targets nossos e entraremos como próximos passos nesses mercados; incluindo mercados do Sudeste, incluindo mercados do Nordeste, também.

Bruno Giardino:

OK. Qual é o número mínimo de habitantes da cidade, tanto para campus como para learning center?

Ricardo Scavazza:

Em termos de número mínimo, hoje buscamos cidades acima de 200.000 habitantes como ideal; alguns mercados acima de 100.000, mas idealmente acima de 200.000, para campus. Em termos de pólos, o ideal é acima de 30.000.

Bruno Giardino:

Está ótimo. Obrigado, Ricardo. Rafael Burquim, Planner Corretora:

Obrigado por me atender de novo. Só uma dúvida – eu não sei se vocês chegaram a comentar isso, eu tive que perder alguns minutos do call: quanto àquele termo de saneamento de deficiências assinado com a Secretaria de Ensino a Distância, como está o andamento disso? Eu me lembro de que estava estimado um investimento de mais ou menos R$10 milhões. Como está o andamento disso?

Ricardo Scavazza:

Essas mudanças que tem como principal item, o aumento do número de tutores, que foi um entendimento que houve entre a Anhanguera e o Ministério da Educação no

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sentido de aumentar o número de tutores a distância, que são os professores que respondem as perguntas dos alunos; já estamos fazendo esse aumento, parte dele foi inclusive feita já no 1T10.

Hoje, já temos esse número de tutores conforme foi entendido com o Ministério da Educação. Isso já foi feito, e como foi comentado, tem um custo no ano, mas também estamos vendo uma grande diluição de custos fixos pelo crescimento, o que até leva à melhoria de margens do negócio de ensino a distância, mesmo considerando esses impactos.

Rafael Burquim: Está ótimo. Obrigado.

Clarissa Bergman, Morgan Stanley:

Boa tarde. Eu tenho uma pergunta com relação ao vendor finance que vocês citaram no call. Qual é o timing da implementação deste financiamento e quando conseguiríamos começar a enxergar os benefícios deste acordo? Obrigada.

Ricardo Scavazza:

Obrigado pela pergunta. O nosso modelo objetivo de financiamento estudantil é um modelo de empréstimo do banco para o aluno, modelo no qual o banco assumirá risco e taxa de juros desse empréstimo. Então, será uma desvinculação da Anhanguera com empréstimos de alunos, que é aquele item que estávamos destacando dentro do contas a receber.

Este modelo entrará em operação no 2S, não deve ter um impacto pronunciado no meio do ano, quando há um ciclo de concessões de renegociações em função dos alunos se rematriculando, mas na virada de 2010 para 2011, esperamos um grande impacto. Então, acreditamos que ao longo de 2011 devemos conseguir completar a transição para este novo modelo.

Clarissa Bergman: Obrigada.

Operadora:

Agora gostaria de passar a palavra ao Sr. Ricardo Scavazza para as considerações finais.

Ricardo Scavazza:

Obrigado a todos pela participação. Uma boa tarde, e nos vemos no próximo call. Um grande abraço a todos. Obrigado.

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Operadora:

O conference call da Anhanguera Educacional está encerrado. Agradecemos a participação de todos, e tenham um bom dia.

"Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição.”

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