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Infecções associadas ao trato gastrointestinal

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Academic year: 2021

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Microbiologia

Prof.ª Alyne Rodrigues

Infecções associadas ao 

trato gastrointestinal

Conteúdo programático

1. Infecções associadas ao sistema urogenital 2. Infecções associadas ao sistema respiratório 3. Infecções associadas ao trato gastrointestinal 4. Micobactérias: epidemiologia e diagnóstico 5. Mecanismos de resistência a drogas  antimicrobianas 6. Principais micro‐organismos associados a  infecções nosocomiais 7. Arboviroses de importância para a saúde  pública 8. Principais doenças virais 9. Principais micoses sistêmicas 10. Principais micoses oportunistas

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Infecções associadas ao trato gastrointestinal

 A doença diarreica continua a  figurar como um dos maiores  problemas de saúde pública  Foi estimada uma ocorrência  de um bilhão de episódios de  diarreia no mundo por ano em  crianças abaixo de cinco anos  de idade, resultando em 5  milhões de óbitos  As infecções gastrointestinais  podem ser causadas por  bactérias, vírus, protozoários,  parasitas e fungos

Infecções do trato gastrintestinal

 Diarreia – liberação anormal de fezes. Perda  de fluidos e eletrólitos  Disenteria – distúrbio inflamatório,  geralmente associado a sangue e pus (fezes)  e acompanhados de dor, febre, cólicas

Agentes etiológicos

 Escherichia coli, Salmonella, Shigella,  Yersinia enterocolitica  Campylobacter, Vibrio cholerae, Vibrio  parahaemolyticus  Staphylococcus aureus, Bacillus cereus,  Clostridium botulinum

Bactérias

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Infecções gastrintestinais

06 patotipos: diferentes mecanismos  de patogenicidade  E. coli enteropatogênia (EPEC)  E. coli enterotoxigênica (ETEC)  E. coli entero‐hemorrágica (EHEC)  E. coli enteroinvasiva (EIEC)  E. coli enteroagregativa (EAEC)  E. coli produtora de aderência  difusa (DAEC)

Escherichia coli 

(maior causa de diarreia bacteriana)

Grupo patogênico Sintomas Epidemiologia Diagnóstico laboratorial

E. coli enteropatogênica (EPEC) “Lesão em pedestal”  (microvilosidades  intestinais) Vômitos, febre,  diarreia com muco Pertencem a sorotipos O:H  específicos Causam surtos de infecção  em crianças < 1 ano  Cultura   Sorotipagem com antissoro  polivalentes e monovalentes  Adesão à cultura de células  Testes moleculares (genes de  virulência) E. coli enterotoxigênica (ETEC) Toxina semelhante à do V.  cholerae Diarreia aquosa  profunda Crianças > 2 anos e adultos  (diarreia dos viajantes)  Cultura  Imunoensaios para detecção de  toxinas  Sondas genéticas (genes da LT e ST) E. coli entero‐hemorrágica Produtora de  verotoxina/shiga‐like toxina  (EHEC/STEC) Diarreia aquosa,  sanguinolenta febre, dor  abdominal Sorotipo O:157‐H7 é o mais  importante Distribuição mundial;  reservatórios animais Pode causar SHU  Cultura  Teste bioquímico (sorbitol negativa)  Imunoensaios e testes moleculares  para detecção da toxina

E. coli enteroinvasiva (EIEC) Diarreia com sangue e muco Importante em áreas com higiene deficitária

 Cultura  Testes para avaliação de invasão  Testes moleculares (genes de  invasão) E. coli enteroagregativa (EAEC) E. coli produtora de  aderência difusa (DAEC) Diarreia infantil,  países em  desenvolvimento Ligação característica à  cultura de células  Cultura de células (visualização do  padrão de adesão: EAEC, “pilha de  tijolo”; DAEC, difusa)

Salmonella

 Causa mais comum de diarreia  associada a alimentos em  países desenvolvidos  3 espécies: Salmonella enterica (6 subespécies), Salmonella  bongori e Salmonella  subterrânea. Mais de 2.500  sorotipos  Antígenos: O (parede celular) e  H (flagelar)  S. enteritidis e S. choleraesuis (podem tornar‐se 

invasivas em pacientes com predisposições particulares  Pode ocorrer disseminação hematogênica 

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Shigella

 Causa quadros de disenteria bacilar (invasão do  intestino grosso, com presença de pus e sangue nas  fezes)  Dose infectante baixa (10‐100 micro‐organismos)  Os sintomas variam de leves a graves: S. sonnei (leves),  

S. flexneri, S. Boydii (graves),  S. dysenteriae (produtora 

da toxina Shiga doença mais grave)  Disseminação principal: pessoa a pessoa, via fecal‐oral

Campylobacter

 Bacilos Gram‐negativos em forma de “S” (C. jejuni)   Amplo reservatório animal (ovinos, bovinos, roedores,  aves)  A diarreia causada por Campylobacter é clinicamente  semelhante àquela causada por Salmonella e Shigella.  Infecções adquiridas através de alimentos contaminados  (aves, leite, água)  Período de incubação  mais prolongado  (48h), microaerofilia (42 °C)  Bacteremia em  neonatos e adultos  debilitados

Vibrio cholerae

 Bacilos Gram ‐ em forma de vírgula   Habitat  aquático (vida livre)  Transmissão: água ou alimentos contaminados  Produtores de enterotoxina: hipersecreção de  eletrólitos e água  Infecção humana: gastroenterite ‐ diarreia aquosa e  vômito (2‐3 dias após ingestão da bactéria) → cólera  Sorotipos: O1 (biotipos clássico e El Tor) e O139:  (epidemias)

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Cólera

 Perda de 1 L de fluidos por hora durante o pico da  doença grave  A dose infectante é alta (> 108 UFC/ml)   Tratamento: reposição de líquidos e eletrólitos. A  terapia antimicrobiana (tetraciclina – menor tempo  de excreção) reduz a produção de toxina e elimina o  micro‐organismo mais rápido – valor secundário

Yersina Enterolitica

 Causa de infecção associada a alimentação  Mais comum nos EUA e Europa. Menos frequente  no Brasil   Crescimento entre 22‐25 °C, podendo crescer  lentamente a 4 °C  Reservatórios animais (roedores, porcos,  carneiros, bovinos, cavalos e animais domésticos)  Diarreia sanguinolenta, cólicas abdominais e febre  (1‐2 semanas) 

Intoxicação alimentar

 Doenças causadas por toxinas produzidas  por bactérias contaminantes presentes no  alimento antes do consumo  S. aureus, B. cereus, C. botulinum

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Clostridium Difficile

 Destruição da microbiota normal (uso de  antimicrobianos de amplo espectro)  Exotoxinas: enterotoxina (toxina A) e citotoxina (toxina  B): diagnóstico pela pesquisa das toxinas  Pacientes hospitalizados

Rotavírus 

 Vírus de RNA da família Reoviridae  É umas das principais causas de diarreia grave  em lactentes e crianças jovens, e é um dos  diversos vírus que causam infeções comumente  chamadas de gastroenterites

Helicobacter Pylori

 Bactéria Gram‐negativa espiralada  Associado a maioria das úlceras gástricas (70‐80%)  e duodenais (>90%)  Vários fatores de virulência, tais como: citoxina,  adesinas, urease  Diagnóstico: exame histológico em amostras de  biopsia e teste da ureia (exame não invasivo)

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MICOBACTÉRIAS

 BACILOS → capacidade de resis r à descoloração  quando tratadas com álcool‐ácido (BAAR)  Cerca de 60 espécies, maioria saprófitas do solo  M. tuberculosis, M. bovis, M africanum: tuberculose  M. leprae: hanseníase; não cultivável em laboratório

Micobactérias

 Aeróbias estritas, intracelulares  Bastonetes, sem flagelos, não formam esporos  Não produzem toxinas e não possuem cápsula  BAAR positivos: parede celular retém fucsina  fenicada  Resistentes a antissépticos

Propriedades gerais

Tuberculose

 DOENÇA CONTAGIOSA  Mycobacterium tuberculosis (BK)  Sintomas: tosse, cansaço, emagrecimento,  febre, suor noturno  1973: BCG INTRADÉRMICA (OBRIGATÓRIA A  PARTIR DE 1976)

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Tuberculose – epidemiologia

 Anualmente, são notificados cerca de 10 milhões  de novos casos em todo o mundo, levando mais  de um milhão de pessoas a óbito   AIDS   No Brasil, a cada ano, são notificados  aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem  4,5 mil mortes em decorrência da doença

Tuberculose – epidemiologia

Tuberculose – fisiopatologia

 Inalação – macrófagos alveolares: ou são  eliminados ou crescem no interior dessas  células  2 a 6 sem pós‐infecção: imunidade celular,  formação de granuloma  Granuloma: latente e não contágio ou  ativação e contágio Micobactéria Cel. Gigante Células T Macrófago

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Tuberculose – fisiopatologia

Tuberculose – diagnóstico

PPD (teste de Mantoux)

Tuberculose – diagnóstico

Baciloscopia

Coloração de  Ziehl Neelsen

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Tuberculose – diagnóstico

Cultura: Lowenstein‐Jensen

Tuberculose – tratamento

Hanseníase

 DOENÇA CONTAGIOSA  Mycobacterium leprae  Pele, nervos  periféricos, mucosa  nasal, fígado, testículos   NÃO CULTIVÁVEL IN  VITRO

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Hanseníase – Sinais clínicos

 DOENÇA CONTAGIOSA  Mycobacterium leprae  Pele, nervos periféricos, mucosa nasal, fígado, testículos   NÃO CULTIVÁVEL IN VITRO

Hanseníase – epidemiologia

Hanseníase – diagnóstico

Bacterioscopia, histopatológico Bacilos e globias HE: Infiltrado Linfo‐ histiocitário superficial e  profundo

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Hanseníase – tratamento

 Tem cura, tratamento grátis  Rifampicina  Dapsona  Clofazimina Forma indeterminada  e tuberculoide (PAUCIBACILAR) Forma dimorfa e Virchowiana (MULTIBACILAR)

Microbiologia

Prof.ª Alyne Rodrigues

Referências

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