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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CAMPUS MARCO ZERO DO EQUADOR CURSO DE FISIOTERAPIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CAMPUS MARCO ZERO DO EQUADOR

CURSO DE FISIOTERAPIA

PAOLLA TATIANA DA SILVA VAZ

TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA VÍTIMA DE ESCALPELAMENTO: UM ESTUDO DE CASO

MACAPÁ - AP 2018

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PAOLLA TATIANA DA SILVA VAZ

TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA VÍTIMA DE ESCALPELAMENTO: UM ESTUDO DE CASO

Orientador (a): Profa. Dra. Vânia Tie Koga Ferreira

MACAPÁ - AP 2018

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso de Fisioterapia, do Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde UNIFAP/Campus Marco Zero, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

Orientador (a): Profa. Dra. Vânia Tie Koga

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PAOLLA TATIANA DA SILVA VAZ

TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA VÍTIMA DE ESCALPELAMENTO: UM ESTUDO DE CASO

Orientador (a): Profa. Dra. Vânia Tie Koga Ferreira

Data da defesa/entrega: 18/12/2018

MEMBROS COMPONENTES DA BANCA EXAMINADORA:

Presidente e Orientador: Dra. Vânia Tie Koga Ferreira

Universidade Federal do Amapá.

Membro Titular: Dr. Areolino Pena Matos

Universidade Federal do Amapá.

Membro Titular: Me. Cleuton Braga Landre

Universidade Federal do Amapá.

Local: Universidade Federal do Amapá Curso de Fisioterapia

UNIFAP – Campus Marco Zero

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso de Fisioterapia, do Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde UNIFAP/Campus Marco Zero, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

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Tratamento fisioterapêutico para vítima de escalpelamento: um estudo de caso

Vaz, P1, Ferreira VTK1

1

Curso de Bacharelado em Fisioterapia, Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde (DCBS), Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá, Brasil.

Autor correspondente: Paolla Vaz. Universidade Federal do Amapá, Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde, Rodovia Juscelino Kubitschek - Jardim Marco Zero, Macapá, AP, Brasil, CEP: 68903-419. Telefone: +5591981025582. E-mail: paoolla.vaz.pv@gmail.com.

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RESUMO

O presente estudo de caso teve por objetivo elaborar e verificar o papel de um protocolo de reabilitação fisioterapêutica para vítima de escalpelamento, no controle da intensidade da dor, da incapacidade da coluna cervical e da qualidade de vida. Trata-se de um relato de caso, no qual dois pesquisadores foram envolvidos, sendo um pesquisador responsável pelas avaliações e outro responsável pelas intervenções. A anamnese foi composta por avaliação da intensidade da dor, incapacidade da cervical, catastrofização, qualidade de vida, goniometria da cervical e ombros e avaliação postural. O tratamento foi realizado duas vezes por semana durante cinco semanas, com protocolo de exercícios terapêuticos e terapia manual, enfoque nos músculos e nos movimentos da coluna cervical. Observou-se que a paciente teve redução ou melhora na intensidade da dor, na catastrofização e na incapacidade da cervical. Com aumento da amplitude de movimento para os ângulos da cervical e aumento na qualidade de vida. O protocolo de reabilitação, baseado na cinesioterapia, mostrou melhora das principais variáveis avaliadas e queixas relatadas pela paciente.

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ABSTRACT

This case study had the goal of elaborating and assessing the role of a protocol of physiotherapeutic rehabilitation for a victim of scalping, in the control of the pain intensity, of the incapacity of the cervical spine and of life quality. It covers a case report, in which two researches were involved, with one researcher being responsible for the evaluations and the other responsible for the interventions. The anamnesis was composed by the evaluation of the pain intensity, incapacity of the cervical spine, catastrophizing, quality of life, goniometric of the cervical spine and shoulders, and posture assessment. The treatment protocol was executed twice a week for five weeks, with focus on the muscles and on the movement of the cervical spine. The patient had reduction or improvement in the pain intensity, in the catastrophizing and in the incapacity of the cervical spine. Thus, it was observed an increase in the amplitude of the movement for the cervical spine angles and an enhancement in quality of life. The rehabilitation protocol, based on the intervention through the kinesiotherapy, has shown improvement of the main variables assessed and of the complaints reported by the patient.

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1 INTRODUÇÃO

O escalpelamento é um acidente grave, que gera uma ferida de alta complexidade, especialmente em mulheres e crianças, necessitando de tratamento cirúrgico reconstrutivo; suas sequelas podem durar anos ou até mesmo a vida inteira. Apesar dos esforços da Marinha Brasileira, de instituições não governamentais e da mídia, ainda é comum a ocorrência desse acidente envolvendo embarcações fluviais com motores em alta rotação. Ainda assim, a literatura é escassa sobre este tema, principalmente, quando há a busca de respaldo para a intervenção fisioterapêutica nesta população, destacando uma grande lacuna na área.

Os poucos estudos encontrados sobre o escalpelamento, deixam evidente que as complicações tardias relacionadas ao acidente são frequentes. Dentre as diversas queixas relatadas, a mais comum é a dor crônica, que persiste mesmo após anos do acidente. O quadro álgico engloba a cefaleia tensional, limitação da mímica facial, redução da amplitude de movimento da coluna cervical e cintura escapular e mialgias em pescoço e membros superiores (CUNHA et al., 2012;MARCONDES; PESSOA; PESSOA, 2016).

A dor do tipo crônica, que tem duração maior do que três meses, representa episódios intensos de desconforto, afetando diretamente a qualidade e o estilo de vida do individuo, dificultando a inclusão em sociedade, as relações interpessoais e a estruturação econômica familiar (BORGES et al., 2013). Pouco se sabe sobre o comportamento da dor crônica nas vítimas de escalpelamento, porém, já está evidenciado na literatura que o exercício terapêutico associado ou não a terapia manual em dor crônica, como a cervicalgia, pode atuar no controle da dor e na melhora da disfunção (CARTER E LORD, 2002; GROSS et al., 2007).

Sendo assim, existe uma necessidade tanto na prática clínica e, principalmente, na literatura científica de identificar se a reabilitação fisioterapêutica pode auxiliar no controle da dor crônica vivenciada após o acidente de escalpelamento. O presente estudo de caso teve por objetivo elaborar e verificar o papel de um protocolo de reabilitação fisioterapêutica pautado na cinesioterapia, e se este pode reduzir a intensidade da dor, a incapacidade da coluna cervical e melhorar a qualidade de vida.

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2 MÉTODOS

2.1 Relato de caso

A paciente do sexo feminino, 20 anos de idade, 53,4kg e 1,46 m de altura, solteira, parda, do lar, não possui hábitos tabagistas e etílicos, e não pratica nenhum tipo de atividade física. O acidente por escalpelamento ocorreu no dia 12 de junho de 2004, quando a paciente possuía 6 anos de idade; o couro cabeludo foi avulsionado parcialmente, com envolvimento das regiões occipital, calota superior e temporal esquerdo. Nas regiões restantes, há preservação dos cabelos. Relata que foi submetida a um total de três cirurgias plásticas reparadoras, a enxertia da pele foi realizada duas vezes, com o retalho sendo retirado da coxa esquerda. Relatou início das queixas álgicas há três anos, a partir da realização da última cirurgia reparadora. A dor é constante, permanecendo o dia inteiro quando não se automedica; com ocorrência na maioria dos dias da semana. Como fatores de origem e agravantes da dor, aponta a exposição ao sol, o calor e atividades que exercem mais esforço físico, por exemplo, carregar objetos pesados ou realizar trabalho doméstico. Para controlar a dor se automedica com medicamentos analgésicos e repouso em ambiente livre de causas de agravamento, também, reduzem a ocorrência da dor.

A paciente referiu indícios de enjoos e náuseas, relacionados a causas como a locomoção em automóvel; e eventos familiares como fator perturbador do sono. Ainda, afirmou que o ambiente em sua residência, não é propício ao relaxamento, pois não está livre de condições como o calor.

2.2 Procedimentos de relato de caso

O relato de caso envolveu dois pesquisadores, a fim de garantir um nível de cegamento, um pesquisador foi responsável pelas avaliações e o segundo ficou responsável pelas intervenções. As avaliações foram realizadas em três momentos, inicial, após cinco sessões e final, após dez sessões.

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2.2.1 Anamnese e exame físico

Para se obter uma melhor compreensão da dor e verificar se o protocolo de exercícios propostos traria benefícios, a anamnese foi composta por uma avaliação inicial, e foram avaliados a intensidade da dor, a incapacidade da cervical, catastrofização e qualidade de vida. O exame físico constitui-se de avaliação da amplitude de movimento da cervical e ombros.

2.2.2 Intensidade da dor

A fim de mensurar a intensidade da dor, aplicou-se a Escala Numérica de Dor (END) validada em português por Ferreira-Valente; Pais-Ribeiro; Jensen (2011). A paciente optou por um único número para mensurar a intensidade da dor atual em uma escala de 0 a 10, na qual 0 significa “sem dor” e o 10 a “pior dor que se pode imaginar” (FERREIRA-VALENTE; PAIS-RIBEIRO; JENSEN, 2011).

2.2.3 Incapacidade da cervical

O questionário “Neck Disability Index (NDI)” adaptado para a versão brasileira como “Índice de Incapacidade do Pescoço” por Cook et al. (2006), é formado por 10 itens que avaliam a dor e as limitações da cervical correlacionadas às atividades da vida diária (AVD’s). Os tópicos ordenados por categorias de AVD’s, contém 6 assertivas de capacidade funcional, com pontuações de 0 a 5, e escore máximo de 50 pontos, no qual 0 a 4 pontos, significa sem incapacidade; 5 a 14, incapacidade leve; 15 a 24, moderada; 25 a 34, severa; e 35 a 50, incapacidade completa (COOK et al., 2006; DIBAI-FILHO et al., 2017).

2.2.4 Catastrofização

De acordo com Sardá Junior (2008) a “Escala de pensamentos catastróficos sobre dor – EPCD” traduzida e adaptada culturalmente para a língua portuguesa a partir da versão inglesa “Pain-Related Catastrophizing Thoughts Scale”, inclui 9 itens que variam em uma escala de pontuação de 0 relacionado com a afirmação “quase nunca” e 5 relacionado com a afirmativa “quase sempre”, ambos em cada extremidade. A pontuação total é dada pela soma

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de cada item dividido pela quantidade de itens respondidos; o escore mínimo pode ser 0 e no máximo 5. O mais próximo de 5, maior a presença de pensamentos catastróficos. É um instrumento fidedigno para a mensuração da catastrofização e, consequentemente, incapacidade frente ao enfrentamento da dor crônica (SARDÁ JUNIOR et al., 2008).

2.2.5 Qualidade de vida

Ciconelli et al. (1999) realizou a tradução e validação para o português do questionário de qualidade de vida “Short-Form 36 - Medical Outcomes Study (SF-36)”, composto por 36 itens compreendendo 8 domínios, sejam eles: aspectos físicos, funcionais, sociais, mentais, emocionais, vitalidade, estado geral de saúde e dor. Ao final, pontua-se entre 0 e 100, o mais próximo de 0 pior o estado geral de saúde e o mais perto de 100 melhor o estado de saúde (CICONELLI et al., 1999).

2.2.6 Amplitude de movimento

A avaliação da amplitude de movimento ativa (ADM) foi realizada por meio da goniometria de coluna cervical e ombros. Utilizou-se o goniômetro universal em acrílico (Fibra Cirúrgica, São Paulo, SP, Brasil), de 35 cm, para a verificação da amplitude de movimento de coluna cervical nos movimentos de flexão, extensão, inclinação direita, inclinação esquerda, rotação direita e rotação esquerda. E, a goniometria dos ombros nos movimentos de flexão, extensão, adução e abdução de ombro direito e esquerdo (FAROOQ et al., 2016).

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2.3 Protocolo de reabilitação

Após a avaliação inicial, a paciente foi submetida a um protocolo de exercícios, realizados duas vezes por semana, durante cinco semanas, com sessões de 30 a 45 minutos. O protocolo compreendeu oito condutas diferentes, conforme quadro 1. Os exercícios foram realizados de forma progressiva e as dificuldades foram sendo implementadas ao longo das sessões.

Quadro 1 - Descrição dos exercícios.

Exercícios Posicionamento Tempo Repetições

Mobilização escapular passiva (YANG et al., 2012) Decúbito lateral esquerdo e direito 1 minuto, lado direito e esquerdo 1

Pompage cintura pélvica e escapular

Decúbito dorsal - 1 para cada região

Treino Respiratório (VALENZA et al., 2017)

Decúbito dorsal De acordo com a paciente 5 Alongamento ativo de músculos peitorais (YOO, 2018) Sedestação/ Ortostatismo 30 segundos 1 Alongamento passivo/ ativo-assistido de músculos cervicais (PARK; PARK, 2018)

Sedestação 30 segundos 2 para cada movimento

Alongamento ativo de cadeia muscular posterior (VAQUERO-CRISTÓBAL, 2015) Sedestação/ Ortostatismo 30 segundos 3 Mobilização ativa de MMSS

(LIRIO ROMERO et al., 2015) Sedestação/ Ortostatismo - 2 Liberação Miofascial Manual (AJIMSHA; AL-MUDAHKA; AL-Decúbito ventral/ Sedestação 30 segundos 3

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MADZHAR, 2015)

Massagem terapêutica (superficial/ profunda/ fricção/ amassamento) (DEL BLANCO MUÑIZ, 2018)

Decúbito ventral/ Sedestação

- -

3 RESULTADOS

Os dados relacionados a intensidade da dor, catastrofização, incapacidade da cervical e qualidade de vida estão dispostos na Tabela 1. Observa-se redução da intensidade da dor e da incapacidade da cervical no pós-intervenção. A END foi mensurada nas três avaliações, com pontuação “5” no momento da avaliação inicial e nas duas últimas apresentou intensidade “0” (sem dor), para a catastrofização e incapacidade da cervical, também, foi observado redução. Na qualidade de vida avaliada pela escala SF-36, observou-se aumento da pontuação em todos os domínios, exceto no domínio sobre estado geral de saúde.

Tabela 1 - Dados referentes à END e aos questionários, realizados na avaliação inicial e final.

Instrumentos 1° Avaliação 2° Avaliação 3° Avaliação

END 5 0 0 EPCD 3,66 - 2,88 NDI 18 (36%) - 9 (18%) SF-36 Aspectos físicos 75 - 100 Funcionais 70 - 90 Sociais 37,5 - 75 Mentais 44 - 72 Emocionais 0 - 100 Vitalidade 40 - 70

Estado geral de saúde 35 - 32

Dor 41 - 62

END (Escala Numérica de Dor); EPCD (Escala de Pensamentos Catastróficos sobre Dor); NDI (Índice de Incapacidade do Pescoço); SF-36 (Questionário de Qualidade de Vida).

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Os dados relacionados à avaliação da amplitude de movimento para cervical e ombro encontram-se dispostos na Tabela 2 e 3. Observa-se aumento desta variável consecutivamente na segunda e terceira avaliação.

Tabela 2 - Médias da goniometria de coluna cervical, na primeira, segunda e terceira avaliação.

Movimentos 1° Avaliação 2° Avaliação 3° Avaliação

F 44,33° 56,66° 57,33° E 28,66° 35° 48° ID 35,33° 35,33° 42,66° IE 28,66° 34,66° 40,66° RD 71,33° 71,33° 71,33° RE 67,66° 80° 73,33°

F (Flexão); E (extensão); ID (inclinação direita); IE (inclinação esquerda); RD (rotação direita); RE (rotação esquerda).

Tabela 3 - Médias da goniometria de ombro direito e ombro esquerdo, na primeira, segunda e terceira avaliação.

Movimentos 1° Avaliação 2° Avaliação 3° Avaliação

FOD 165,33° 172° 180° FOE 166,66° 170,66° 179,33° EOD 34,33° 37° 45,33° EOE 33,33° 33,33° 46,66° AdOD 42,66° 44° 43,33° AdOE 40,66° 45,33° 41,33° AbOD 160,66° 179,33° 180° AbOE 161,33° 177,33° 180°

FOD (flexão de ombro direito); FOE (flexão de ombro esquerdo); EOD (extensão de ombro direito); EOE (extensão de ombro esquerdo); AdOD (adução de ombro direito); AdOE (adução de ombro esquerdo); AbOD (abdução de ombro direito); AbOE (abdução de ombro esquerdo).

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4 DISCUSSÃO

O presente relato de caso se propôs a aplicar um protocolo de reabilitação para vítima de escalpelamento embasado na combinação de exercícios terapêuticos e terapia manual. E, ainda, determinar a eficácia do exercício a cerca das principais queixas relatadas pela paciente, sendo a cervicalgia e cefaleia tensional. O ineditismo deste trabalho, apesar de um relato de caso, se destaca no sentido de ser o primeiro a aplicar a fisioterapia, como proposta terapêutica, no controle da dor em uma pessoa vítima de escalpelamento. Para se controlar os resultados, o presente estudo empregou métodos de avaliação utilizados na mensuração da dor e na incapacidade da cervical, pautado nas queixas de cefaleia e cervicalgia da paciente. Quando observado na literatura científica em outras populações, fica evidente que a dor crônica inclui alterações físicas e funcionais, como diminuição da mobilidade cervical, e psicológicas, com redução da qualidade de vida (RIS et al., 2018).

No estudo de caso, observou-se redução da intensidade da dor, avaliada através da END, a partir de cinco sessões de intervenção, ou seja, a paciente após a quinta sessão relatou ausência de dor que permaneceu até o final do tratamento. Esse resultado correlaciona-se com os achados de Tunwattanapong; Kongkasuwan; Kuptniratsaikul (2016), em que o exercício de alongamento da musculatura da cervical e ombros reduziu, significativamente, a dor crônica, com melhora funcional e da qualidade de vida. Outros estudos que utilizaram a manipulação da cervical, mostraram que a manipulação cervical e mobilização produzem redução da dor na cervical, melhora funcional e qualidade de vida (DIBAI-FILHO, et al., 2017; GROSS et al., 2015). Côté et al. (2016), em uma diretriz sobre tratamento da dor crônica na cervical, afirma que a combinação de exercícios de amplitude de movimento, fortalecimento e exercícios com manipulação ou mobilização de cervical e massagem clínica podem trazer bons resultados no controle da dor, corroborando assim com os achados clínicos do presente relato de caso.

Como ficou evidente, a incapacidade da cervical, também, reduziu de moderada, para uma incapacidade leve. A realização dos exercícios de mobilização e alongamento direcionados para essa região alteraram positivamente as limitações decorrentes da incapacidade no pescoço sobre as AVD’s. No estudo de O’Riordan et al. (2014), após intervenção baseada em exercícios de baixa frequência, de 1 a 2 sessões por semana, a incapacidade da cervical e a dor também foram reduzidas.

Como tem-se demonstrado na literatura, a catastrofização acompanha pacientes com dor crônica (CEREZO-TÉLLEZ et al., 2018) a longo prazo. Observou-se que a paciente

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apresentou redução da catastrofização, mesmo após curto período de intervenção. Como citam Kaka et al. (2018), essa alteração no enfrentamento da dor pode ser justificada devido ao funcionamento dos neurotransmissores cerebrais responsáveis pela percepção sensorial e memória, nessa condição de dor crônica, os quais alteram o modo como ela é percebida e tratada; podendo resultar em quadro depressivo e de ansiedade. Ainda, os efeitos positivos referentes a dor e sintomas psicossociais, ao término das sessões, provavelmente são provocados pelos exercícios, os quais causam relaxamento corporal, devido a redução hormonal relacionada ao estresse e tensão muscular e a liberação de endorfinas, que atuam como analgésico natural (GROSS et al., 2015).

Neste sentido, Geneen et al. (2017), afirmam que o exercício físico contribui no tratamento da dor crônica, e gera benefícios na diminuição da gravidade da dor, bem como melhora da saúde física e mental e, consequentemente, melhora da qualidade de vida.

A paciente demonstrou melhoras funcionais significativas na mobilidade. Na goniometria, os valores médios de amplitude de movimento ativa (ADM) da cervical e de ombros após o protocolo, em quase todos os movimentos, aumentaram consideravelmente, equiparando-se com as referências de normalidade encontradas na literatura. Segundo afirmam Karlsson et al. (2014), os exercícios de alongamento para músculos do pescoço, ombros e membros superiores, resultaram em melhora na intensidade da dor no pescoço e ombros, na função, ADM de cervical em quase todos movimentos, no acompanhamento de 12 meses de intervenção. Park; Park, (2018) citam a melhora da ADM de cervical e redução da incapacidade a partir, tanto do protocolo de alongamento estático, quanto alongamento ativo diagonal de musculatura cervical.

Todos esses benefícios gerados convergem na melhora do índice de qualidade de vida (QV). A QV é verificada em grande parte dos estudos que tratam sobre dor crônica, pois o tratamento pode influenciar diretamente a qualidade de vida do indivíduo (MONTICONE et al., 2018). De acordo com a análise do questionário SF-36, quase todas as dimensões tiveram aumento significativo, principalmente, o domínio sobre os aspectos físicos e emocionais, os quais alcançaram a pontuação limite de 100. No estudo de Ris et al. (2016) pacientes com cervicalgia, que passaram por um protocolo de educação sobre dor, exercícios específicos e treinamento físico graduado, melhoraram significativamente a QV, bem como, fatores psicológicos e função muscular.

Apenas no domínio sobre o estado geral de saúde houve pequena diminuição na última avaliação, o que se relaciona com as considerações da paciente ao término do

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tratamento sobre mudança na rotina diária, diferenciando o modo como percebeu e respondeu a questão incluída no domínio sobre estado geral de saúde. Cerezo-Téllez et al., (2018), afirmam que a QV está constantemente associada a outros problemas, como o estresse mental e físico, os quais podem gerar impacto negativo na QV.

Os relatos da paciente apoiam os efeitos citados após o tratamento. A paciente referiu significativa melhora da dor em seu cotidiano, com redução da frequência. E, nas sessões finais, afirmou que quando ao aparecimento de cefaleia, devido a algum fator externo, a dor era “nem comparada a intensidade que era antes”. Com isso, melhorou a participação social e familiar, a qualidade do sono, e o desempenho ao realizar atividades rotineiras.

O presente estudo possui limitações por se tratar de um relato de caso, mas os autores sugerem e destacam a importância de se desenvolver estudos futuros com rigor metodológico, como ensaios clínicos a fim de melhorar a evidência sobre a eficácia do exercício na dor em vítimas de escalpelamento, para então, poder obter evidências conclusivas.

No entanto, como já mencionado, há escassez na literatura sobre essa temática, apesar de ser um problema grave enfrentado por estas pessoas. O estudo torna-se pioneiro no que remete a reabilitação fisioterapêutica em mulheres vítimas de escalpelamento. A busca por desenvolver essa evidencia, proporcionou resultados benéficos sobre dor crônica, incapacidade e qualidade de vida. Possibilitando, com isso, aplicabilidade clínica das condutas, auxiliando o profissional a ter direcionamento na hora da tomada de decisão ao tratar essas pacientes.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O protocolo de reabilitação, com duas sessões semanais durante o período de cinco semanas, baseado na intervenção com exercícios terapêuticos e terapia manual, demonstrou efetividade na intensidade da dor, diminuição da incapacidade de cervical, assim como, melhora na percepção e enfrentamento da dor e qualidade de vida para este estudo de caso.

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REFERÊNCIAS

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VALENZA, M. et al. Results of a Pilates exercise program in patients with chronic nonspecific low back pain: a randomized controlled trial. Clinical Rehabilitation, v. 31, n. 6, p. 753–760, jun. 2017.

VAQUERO-CRISTÓBAL, R. Efectos Del Método Pilates Sobre La Extensibilidad Isquiosural, La. Nutricion Hospitalaria, n. 5, p. 1967–1986, 1 nov. 2015.

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(21)

APÊNDICE A – FICHA DE ANAMNESE

I - Identificação/Dados sócio-demográficos

1. Nome do Paciente:_________________________________________ Nome do Avaliador:________________________________________

1._____

2. Data de preenchimento do questionário:_____/_____/______

2.__/__/___ 3. Data de nascimento:______/_____/______ 3.__/__/___ 4. Peso: _________Kg 4._____ 5. Altura: ________m 5._____

6. Qual seu estado civil? ( ) 1. Solteira ( ) 2. Casada ( ) 3. Divorciada ( ) 4. Viúva ( ) 5. União Estável 6.____

7. Sobre sua escolaridade:

a) Você sabe ler e escrever?( ) 1. Sim( ) 2. Não b) Quantos anos você estudou? ______

7a.____ 7b.____

(22)

8. Você se declara? ( ) 1. Branca ( ) 2. Negra ( ) 3. Parda ( ) 4. Amarela/Asiática ( ) 5. Índia 8.____ 9. Procedência: ( ) 1. Macapá ( ) 2. Cidades da região ( ) 4. Outros estados

( ) 3. Outras cidades do estado do Amapá

9.____

10. Qual é a sua ocupação?

( ) 1. Do lar/dona-de-casa ( ) 2. Empregada doméstica ( ) 3. Estudante ( ) 4. Trabalha em empresa ( ) 5. Trabalhadora autônoma ( ) 6. Trabalhadora esporádica ( ) 7. Desempregada ( ) 8. Outros:__________________

10. ____

11. Hábitos de vida:

a) Fuma ( ) 1. Sim ( ) 2. Não b) Faz uso de bebida alcóolica ( ) 1. Sim ( ) 2. Não c) Pratica atividade física ( ) 1. Sim ( ) 2. Não

11a.____ 11b.____ 11c.____

(23)

12. Doenças associadas?

a) Possui alguma doença ( ) 1. Sim ( ) 2. Não b) Diabetes ( ) 1. Sim ( ) 2. Não c) Hipertensão Arterial ( ) 1. Sim ( ) 2. Não

d) Outras: _______________________________________________

12a.____ 12b.____ 12c.____ 12d.____

13. Toma algum medicamento? ( ) 1. Sim ( ) 2. Não Especificar:__________________________________________

13.____

14. Dominância na escrita?

( )1. Direita ( )2. Esquerda ( )3. Ambidestra

14.____

II – Dados sobre o Escalpelamento

15. Data do acidente:_____/_____/______ 15.__/__/___

16. Tipo de acidente ( )1. Avulsão parcial ( )2. Avulsão total 16._____

17. Regiões envolvidas

( ) 1.Occipital ( ) 2.Calota superior ( ) 3. Temporal direito ( ) 4. Temporal esquerdo ( ) 5. Frontal ( ) 6. Face

( ) 7. Pálpebra ( ) 8. Orelha ( ) 9. MSD ( ) 10. MSE

(24)

( ) 11. MSD e MSE ( ) 12. Outras__________________

18. Cirurgias:

a) Número de cirurgias:___________ b) Número de retalhos:_______________ c) Região do retalho:

( ) 1.Coxa direita ( ) 2.Coxa esquerda

( ) 3. Coxa direita + esquerda ( ) 4. Outras:__________________

18. ____

III – Avaliação da dor e Exame Físico

19. Você sente dor nas seguintes regiões? a) ( ) Cervical ( ) 1. Sim ( ) 2. Não b) ( ) Cabeça ( )1. Sim ( ) 2. Não

19 a.____ 19 b.____

20. Duração da dor: (especificar dor de origem do acidente)

( ) 1. Dias ( ) 2. Meses ( ) 3. Anos ( ) 4. Não apresenta

20._____

21. Característica da dor

a)Tempo:___________________________________________________ b)Ocorrência (fatores de agravamento): ___________________________

(25)

EXAME FÍSICO 22. Goniometria Cervical: a)Flexão __________ ______________ __________ = ___________ b)Extensão:__________ ____________ __________= ___________ c)Rotação direita: ___________ ________ _________= ___________ d)Rotação esquerda: _________ _________ ________= ___________ e)Inclinação direita: __________ _________ ________= ____________ f)Inclinação esquerda: ________ ________ ________=____________ 22 a_____ 22 b_____ 22 c_____ 22 d_____ 22 e_____ 22 f_____

(26)
(27)
(28)

ANEXO C - ÍNDICE DE INCAPACIDADE DO PESCOÇO

Este questionário foi elaborado para fornecer informações sobre como a dor no pescoço afetou sua capacidade de desempenhar atividades da vida diária. Por favor, responda todas as sessões e escolha apenas uma opção em cada sessão. Você pode considerar que duas das afirmativas em qualquer uma das sessões estão relacionadas a você, mas, por favor, escolha apenas aquela que descreve mais precisamente o seu problema.

1- Intensidade da dor

( ) Não sinto dor no momento ( ) A dor é muito leve no momento ( ) A dor é moderada no momento ( ) A dor é bem intensa no momento ( ) A dor é muito intensa no momento ( ) A dor é a pior imaginável no momento

6- Concentração

( ) Eu consigo concentrar-me totalmente quando desejo sem dificuldade

( ) Eu consigo concentrar-me totalmente quando desejo com uma dificuldade

mínima

( ) Eu tenho um certo grau de dificuldade para me concentrar quando desejo

( ) Eu tenho muita dificuldade para me concentrar quando desejo

( ) Eu tenho enorme dificuldade para me concentrar quando desejo

(29)

2- Cuidados pessoais (tomando banho, se vestindo)

( ) Eu consigo cuidar de mim normalmente sem que a dor aumente

( ) Eu consigo cuidar de mim normalmente, mas a dor aumenta

( ) Eu sinto dificuldade para cuidar de mim e sou lento e cuidadoso

( ) Eu necessito de alguma ajuda, mas consigo realizar a maior parte dos cuidados pessoais

( ) Eu necessito de ajuda todos os dias para realizar a maior parte do autocuidado

( ) Eu não consigo me vestir, lavo-me com dificuldade e permaneço no leito

7- Trabalho

( ) Eu consigo trabalhar o quanto desejo

( ) Eu consigo realizar meu trabalho usual, mas não mais que isto

( ) Eu consigo realizar a maior parte do meu trabalho usual, mas não mais que isto

( ) Eu não consigo realizar meu trabalho usual

( ) Eu consigo trabalhar um pouco, com muita dificuldade ( ) Eu não consigo realizar qualquer trabalho.

(30)

3- Levantamento de peso

( ) Eu consigo levantar pesos importantes sem dor ( ) Eu consigo levantar pesos importantes, mas com aumento da dor

( ) A dor impede-me de levantar pesos importantes do chão, mas eu consigo faze-lo quando eles estão adequadamente posicionados (por exemplo, sobre uma mesa)

( ) A dor impede-me de levantar pesos importantes do chão, mas eu consigo levantar pesos pequenos ou médios quando eles estão adequadamente posicionados (por exemplo, sobre uma mesa)

( ) Eu consigo levantar pesos muito pequenos ( ) Eu não consigo levantar ou carregar nada

8- Condução de automóvel

( ) Eu consigo dirigir sem qualquer dor no pescoço

( ) Eu consigo dirigir o tempo que desejar com uma discreta dor no pescoço

( ) Eu consigo dirigir o tempo que desejar com uma moderada dor no pescoço

( ) Eu não consigo dirigir o tempo que desejar por causa da dor moderada no pescoço

( ) Eu quase não consigo dirigir por causa da dor intensa no pescoço

( ) Eu não consigo dirigir

4- Leitura

( ) Eu consigo ler o quanto desejo sem dor no pescoço ( ) Eu consigo ler o quanto desejo com dor mínima no pescoço

( ) Eu consigo ler o quanto desejo com dor moderada no pescoço

( ) Eu não consigo ler o quanto desejo por causa da dor moderada no pescoço

( ) Eu quase não consigo ler por causa da dor intensa no pescoço

( ) Eu não consigo ler nada

9- Sono

( ) Não tenho problema para dormir

( ) Meu sono é minimamente perturbado (menos de 1 hora sem dormir)

( ) Meu sono é levemente perturbado (1 a 2 horas sem dormir)

( ) Meu sono é moderadamente perturbado (2 a 3 horas sem dormir)

( ) Meu sono é enormemente perturbado (3 a 5 horas sem dormir)

( ) Meu sono é totalmente perturbado (5 a 7 horas sem dormir)

(31)

5- Cefaléia

( ) Eu não tenho cefaléia

( ) Eu tenho cefaléia leve infrequente ( ) Eu tenho cefaléia moderada infrequente ( ) Eu tenho cefaléia leve frequente

( ) Eu tenho cefaléia intensa frequente ( ) Eu tenho cefaléia a maior parte do tempo.

10- Recreação

( ) Eu sou capaz de participar de todas as minhas atividades recreativas sem qualquer dor no pescoço

( ) Eu sou capaz de participar de todas as minhas atividades recreativas com alguma dor no pescoço

( ) Eu sou capaz de participar de atividades recreativas usuais, mas não de todas, por causa da dor no pescoço ( ) Eu sou capaz de participar de algumas das minhas atividades recreativas usuais por causa da dor no pescoço ( ) Eu quase não consigo participar de atividades recreativas por causa da dor no pescoço

( ) Eu não consigo participar de qualquer atividade recreativa

(32)

ANEXO D - SHORT-FORM 36 - MEDICAL OUTCOMES STUDY

Instruções: Esta pesquisa questiona você sobre sua saúde. Estas informações nos manterão informados de como você se sente e de quão bem você é capaz de fazer suas atividades de vida diária. Responda cada questão marcando a resposta como indicado. Caso você esteja inseguro para responder, por favor, tente responder o melhor que puder.

1 Em geral, você diria que sua saúde é:

Excelente 1

Muito boa 2

Boa 3

Ruim 4

Muito Ruim 5

2. Comparada um ano atrás, como você classificaria sua saúde em geral, agora?

Muito melhor do que a um ano atrás 1

Um pouco melhor agora do que a um ano atrás 2

Quase a mesma coisa que a um ano atrás 3

Um pouco pior agora do que um ano atrás 4

Muito pior agora do que a um ano atrás 5

3. Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia comum. Devido a sua saúde você tem dificuldades para realizar estas atividades? Neste caso, quanto? (circule uma em cada linha)

Atividades Sim. Dificulta muito

Sim. Dificulta um pouco Não. Não dificulta de modo algum. a)Atividades vigorosas, que exigem muito esforço, tais

como correr, levantar objetos pesados, participar em esportes árduos.

1 2 3

b)Atividades moderadas, tais como mover uma mesa,

passar aspirador de pó, jogar bola, varrer a casa. 1 2 3

c)Levantar ou carregar mantimentos. 1 2 3

d)Subir vários lances de escada 1 2 3

e)Subir um lance de escada. 1 2 3

f)Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se. 1 2 3

g)Andar mais de um quilômetro 1 2 3

h)Andar vários quarteirões 1 2 3

i)Andar um quarteirão 1 2 3

(33)

4. Durante as 4 últimas semanas você teve algum dos seguintes problemas com o seu trabalho ou com alguma atividade diária regular, como conseqüência de sua saúde física?

(circule uma em cada linha)

Sim Não

a)Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades?

1 2

b)Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2

c)Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou em outras atividades? 1 2

d)Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p. ex. Necessitou de um

esforço extra)? 1 2

5. Durante as últimas 4 semanas você teve algum problema com o seu trabalho ou outra atividade de regular diária, como conseqüência de algum problema emocional (como sentir-se deprimido ou ansioso) ? (circule uma em cada linha)

Sim Não

a)Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades?

1 2

b)Realizou menos tarefas do que gostaria 1 2

c) Não trabalhou ou não fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz?

1 2

6. Durante as ultimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais interferiram nas sua atividades sociais normais, em relação a família, vizinhos, amigos ou em grupo?(circule uma)

De forma alguma 1

Ligeiramente 2

Moderadamente 3

Bastante 4

Extremamente 5

7. Quanta dor no corpo você teve nas ultimas 4 semanas? (circule uma)

Nenhuma 1 Muito leve 2 Leve 3 Moderada 4 Grave 5 Muito grave 6

8. Durante as últimas quatro semanas, quanto a dor interferiu no seu trabalho normal (incluindo tanto o trabalho fora de casa e dentro de casa)? (circule uma)

De maneira alguma 1

Um pouco 2

Moderadamente 3

Bastante 4

(34)

9. Estas questões são como você se sente e o que tem acontecido com você durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor, dê uma resposta que mais se aproxime da maneira que você se sente.Em relação às ultimas 4 semanas. (circule um número para cada linha) Todo tempo A maior parte do tempo Uma boa parte do tempo Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo Nunca a)Quanto tempo você se sente cheio de

vigor,cheio de vontade,cheio de força? 1 2 3 4 5 6

b)Quanto tempo você tem se sentido

uma pessoa muito nervosa? 1 2 3 4 5 6

c)Quanto tempo você tem se sentido tão

deprimido que nada pode animá-lo? 1 2 3 4 5 6

d)Quanto tempo você tem se sentido

calmo ou tranqüilo? 1 2 3 4 5 6

e)Quanto tempo você tem se sentido

com muita energia 1 2 3 4 5 6

f)Quanto tempo você tem se sentido

desanimado e abatido? 1 2 3 4 5 6

g.)Quanto tampo você tem se sentido

esgotado? 1 2 3 4 5 6

h)Quanto tempo você tem se sentido

uma pessoa feliz? 1 2 3 4 5 6

i)Quanto tempo você tem se sentido can

sado? 1 2 3 4 5 6

10. Durante as últimas 4 semanas,quanto do seu tempo sua saúde física ou problemas emocionais interferiram coma as sua atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc.)?(circule uma)

Todo o tempo 1

A maior parte do tempo 2

Alguma parte do tempo 3

Uma pequena parte do tempo 4

Nenhuma parte do tempo 5

11. O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?

Definitivamente verdadeiro A maioria das vezes verdadeiro Não sei A maioria das vezes falso Definitiv amente falso a) Costumo adoecer um pouco mais facilmente

que as outras pessoas. 1 2 3 4 5

b) Eu sou tão saudável quanto qualquer pessoa

que eu conheço 1 2 3 4 5

c) Eu acho que minha saúde vai melhorar. 1 2 3 4 5

Referências

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