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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LEOPOLDO

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LEOPOLDO

LEI MUNICIPAL N.o 1890

Institui o Código de Obras do Município de São Leopoldo.

Henrique da Costa Prieto, Prefeito Municipal de São Leopoldo.

Faço saber que a Câmara Municipal decretou e eu sanciono e promulgo a seguinte;

L E I CAPÍTULO I - DEFINIÇÕES

Art. 1º - Para fins de interpretação, são adotados no presente Código as

seguintes definições:

1. ACRÉSCIMO: Aumento de uma obra, feito durante ou após a conclusão

da mesma.

2. ADEGA: Lugar, geralmente subterrâneo, que por condições de

temperatura, serve para guardar bebidas.

3. AÉRODUTO: Conduto de ar nas instalações de ventilação.

4. ÁGUA: Plano ou pano do telhado. Exemplos: Telhado de uma só água,

telhado de duas águas, etc.

5. ALA: Parte da edificação que se prolonga de um ou outro lado do corpo

principal. A ala direita ou esquerda refere-se à parte da edificação que fica à direita ou esquerda do observador colocado de costas para a fachada principal.

6. ALÇAPÃO: Porta ou tampo horizontal dando entrada para o porão, ou

para o desvão do telhado.

7. ALICERCE: Maciço de material adequado que serve de base às paredes

de uma edificação.

8. ALINHAMENTO: Linha projetada e locada ou indicada pela Prefeitura,

para marcar o limite entre o lote de terreno a o logradouro público.

9. ALPENDRE: Cobertura saliente de uma edificação, sustentada por

colunas, pilares ou consolos.

10. ALTURA DE UMA FACHADA: Segmento vertical medido ao meio de uma

fachada e compreendido entre o nível do terreno ou do passeio e a linha horizontal passando pela parte mais alta da mesma fachada.

11. ALVARÁ: Documento passado pelas autoridades municipais, que

autoriza a execução de certas obras particulares sujeitas à fiscalização.

12. ANDAIME: Obra provisória, constituindo plataforma elevada, destinada

a suster os operários e os materiais durante a execução das obras.

13. ANDAR: Qualquer pavimento de uma edificação, acima do porão,

embasamento, rés do chão, loja ou sobreloja. Andar térreo é o pavimento imediatamente acima do porão ou do embasamento; primeiro andar é o pavimento imediatamente acima do andar térreo, rés do chão, loja ou sobreloja.

14. ALVENARIA: Obra composta de blocos naturais ou artificiais, ligados ou

não por meio de argamassa.

15. APARTAMENTO: Conjunto de dependências constituindo habitação

distinta, com banheiro e cozinha.

16. ÁREA: Superfície do lote não ocupada pela edificação, considerada por

sua projeção horizontal.

17. ÁREA PRINCIPAL: Área através da qual se verifica a iluminação e

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18. ÁREA SECUNDÁRIA: Área através da qual se verifica a iluminação e

ventilação de compartimentos de utilização transitória.

19. ÁREA ABERTA: Área cujo perímetro é aberto em um dos seus lados

para o logradouro público.

20. ÁREA COBERTA: Área de terreno ocupada pela edificação.

21. ÁREA ÚTIL: Superfície utilizável de uma edificação excluídas as

paredes.

22. ÁREA FECHADA: Área guarnecida em todo o seu perímetro por paredes

ou linha de divisa do lote.

23. ARMAZÉM: Edificação usada para a guarda ou depósito transitório de

mercadorias.

24. ARQUIBANCADA: Sucessão de assentos, em várias ordens de filas,

cada uma em plano mais elevado que a outra.

25. ARCADA: Série de arcos contíguos.

26. AUDITÓRIO: Recinto de características apropriadas a audição. 27. AUMENTO: O mesmo que acréscimo.

28. BALANÇO: Avanço da construção sobre o alinhamento do pavimento

térreo e acima deste.

29. BANDEIRA: Vedação fixa ou móvel na parte superior das portas e

janelas.

30. BEIRAL OU BEIRADO: Parte da cobertura que faz saliência sobre o

prumo das paredes.

31. CALÇADA: Pavimentação do terreno dentro do lote.

32. CARAMANCHÃO: Obra rústica, em jardins, para abrigos de plantas ou

para sustar trepadeiras.

33. CASA: Residência, edificação de caráter privado.

34. CASA DE MÁQUINAS: Compartimento em que se instalam as máquinas

comuns das edificações.

35. CASA DE BOMBAS: Compartimento em que se instalam as bombas de

recalque.

36. CASA FORTE: Compartimento de uma edificação, destinado à guarda

de valores.

37. CAVA: Cava é o espaço vazio, com ou sem dimensões, situado abaixo

do primeiro pavimento de um edifício, tendo o piso em nível inferior ao do terreno circundante e a uma distância desse nível menor que a metade do pé-direito.

38. CONSERTOS: Pequenas obras de substituição ou reparação de partes

da edificação.

39. CONSOLIDAÇAO: Obras ou ato de aumentar a consistência dos

terrenos. Compactar.

40. CONSTRUÇÃO: De um modo geral, é realizar qualquer obra nova,

edifício, ponte, viaduto, muralha, muro, etc.

41. COPA: Compartimento auxiliar da cozinha.

42. CORPO AVANÇADO: Parte da edificação que avança além do plano das

fachadas.

43. CORREDOR: Superfície de circulação entre diversas dependências de

uma edificação.

44. COZINHA: Compartimento da casa onde se preparam os alimentos. 45. CORETO: Espécie de armação construído ao ar livre, destinado a

espetáculos públicos.

46. COTA: Indicação ou registro numérico de dimensões. 47. DEGRAU: Desnivelamento formado por duas superfícies.

48. DEPÓSITO: Edificação destinada à guarda prolongada de mercadorias. 49. DESVÃO: Espaço compreendido entre o telhado e o forro de uma

edificação.

50. EDIFICAR: Levantar qualquer edifício destinado à habitação, a exercício

de culto, à instalação de indústria, de comércio, etc.

51. ELEVADOR: Máquina que executa o transporte em altura, de pessoas

ou mercadorias.

52. EMBASAMENTO: Parte inferior da construção. Pavimento que tem o

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não estar acima da quarta parte do pé-direito que, por sua vez, deve ser igual ou superior a 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros). Se o pé-direito for inferior a 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros), deixa de ser embasamento para ser porão.

53. EMPACHAMENTO: Ato de utilizar qualquer espaço de domínio público

para finalidade diversa.

54. ENROCAMENTO: Pedras, simplesmente jogadas na água, ou em

terreno encharcado e que, superpondo-se umas às outras, atingem a superfície. Fundação para certas estruturas ou proteção a obras hidráulicas.

55. ENTULHO: Materiais ou fragmentos resultantes de demoliçãoou

construção.

56. ESCADA: Elemento de construção formada por uma sucessão de

degraus.

57. ESCADARIA: Série de escadas dispostas em diferentes lances e

separadas por patamares ou pavimentos.

58. ESCALA: Relação de dimensões entre o desenho e o objeto que ele

representa.

59. ESCORAMENTO: Estrutura, em geral de madeira, para arrimar parede

que ameaça ruir, evitar desabamento do terreno ou possibilitar outros serviços.

60. ESGOTO: Abertura, como por onde esgota ou flui qualquer líquido.

Particularmente, é o condutor destinado a coletar águas servidas e levá-las para lugar adequado.

61. ESPELHO: Parte vertical do degrau da escada.

62. ESQUADRIAS: Termo genérico para indicar portas, caixilhos, taipas,

venezianas, etc.

63. ESTÁBULO: Construção apropriada para abrigar gado vacum.

64. ESTUQUE: Argamassa de cal e areia, simples ou de mistura com

pó-de-mármore. Reboco de Gesso.

65. FACHADA: Elevação das partes externas de uma construção.

66. FORRO: Revestimento da parte inferior do madeiramento do telhado.

Cobertura de um pavimento.

67. FOSSA: Cova ou poço, feito na terra para fins diversos.

68. FOSSA SÉPTICA: Tanque de concreto ou de alvenaria restida, em que

se depositam as águas de esgoto e onde as matérias sólidas e em suspensão sofrem processo de mineralização.

69. FUNDAÇAO: Parte da construção que, estando geralmente, abaixo do

nível do terreno, transmite ao solo as cargas dos alicerces.

70. FUNDO DE LOTE: Lado oposto à frente, no caso de lote triangular, em

esquina, o fundo é o lado do triângulo que não forma testada.

71. GABARITO: Dimensão previamente fixada a que define largura dos

logradouros, altura de edificações, etc.

72. GALPAO: Construção constituída por uma cobertura, fechada total ou

parcialmente, pelo menos em três de suas faces por meio de parede ou tapume e destinada somente a fins industriais ou a depósito, não podendo servir de habitação.

73. GALERIA PÚBLICA: Passagem coberta em um edifício, ligando entre si

dois logradouros. Avanço da construção sobre o passeio, tornando a passagem coberta.

74. GALERIA DE LOJA: Pavimento que cobre parte da loja e destinado a

uso exclusivo da mesma.

75. GARAGEM: Abrigo para automóveis.

76. HABITAÇAO: Economia domiciliar. Apartamento. Vivenda.

77. HALL: Dependência de uma edificação, que serve como ligação entre

os outros compartimentos.

78. ILUMINAÇAO: Distribuição de luz natural ou artificial num recinto ou

logradouro. Arte e técnica de iluminar os recintos e logradouros.

79. INDÚSTRIA LEVE: É a que, pela natureza ou pequena quantidade de

sua produção, pode funcionar sem incômodo ou ameaça à saúde ou à segurança das pessoas e prédios vizinhos.

80. INDÚSTRIA INCÔMODA: É a que, pela produção de ruídos, omissão de

poeira, fumo, fuligem, exalação de mau cheiro, etc., pode constituir incômodo para a vizinhança.

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81. INDÚSTRIA NOCIVA: É a que, por qualquer motivo, pode tornar-se

prejudicial à saúde.

82. INDÚSTRIA PERIGOSA: É a que por sua natureza, pode constituir

perigo de vida à vizinhança.

83. INDÚSTRIA PESADA: É considerada indústria pesada aquela que, pelo

seu funcionamento, natureza ou volume de produção, pode constituir incômodo ou ameaça à saúde ou também à segurança das pessoas e prédios vizinhos.

84. JANELA: Abertura na parede de uma edificação, para dar entrada de

luz ou de ar ao interior.

85. JIRAU: Plataforma de madeira, intermediária entre o piso e o teto de

um compartimento.

86. LADRÃO: Tubo de descarga colocado nos depósitos de água, banheiro,

pias, etc., para o escoamento automático de excesso de água.

87. LOGRADOURO PÚBLICO: Parte da superfície da cidade destinada ao

trânsito e ao uso público, oficialmente reconhecida e designada por um nome de acordo, com a legislação em vigor.

88. LANCE: Comprimento de pano de parede, muro, etc., Parte da escada,

que se limita por patamar.

89. LOTE: Porção de terreno que faz frente ou testada para um logradouro

público, descrita e legalmente assegurada por uma prova de domínio.

90. MANSARDA: O mesmo que sótão, compartimento compreendido entre

o teto do último pavimento de uma edificação e seu telhado.

91. MAQUETE: Representação em relevo, de qualquer obra ou trabalho. 92. MARQUISE: Cobertura ou alpendre, em balanço.

93. MEIA-ÁGUA: Cobertura constituída de um só pano de telhado. 94. MEIA-PAREDE: Parede que não atinge o forro.

95. MEIO-FIO: Pedra de cantaria ou concreto que separa o passeio da

parte carroçável das entradas e ruas. Cordão.

96. MEMÓRIA OU MEMORIAL: Descrição completa dos serviços a executar. 97. MURALHA: Muro de grande altura e espessura. Paredão.

98. MURO: Maciço de alvenaria de pouca altura que serve de vedação ou

de separação entre terrenos contíguos, entre edificações ou entre pátios do mesmo terreno.

99. MURO DE ARRIMO: Obra destina a suster o empuxo das terras e que

permite dar a estas um taludo vertical ou inclinado.

100. NICHO: Reentrância na parede onde colocam-se estátuas, bustos,

etc., com intuito ornamental.

101. NIVELAMENTO: Regularização do terreno por desaterro das partes

altas e enchimento das partes baixas. Determinação das diversas cotas e conseqüentemente das altitudes, de linha traçada no terreno.

102. OBRA: Resultado da ação de artífices. Construção. 103. OITÃO: Parede externa do sótão em forma de triângulo. 104. PALANQUE: Estrado alto, coberto, que se arma ao ar livre.

105. PARAPEITO: Resguardo de madeira, ferro ou alvenaria, geralmente de

pequena altura, colocado nos bordos das sacadas, terraços, pontes, etc., para proteção das pessoas.

106. PAREDÃO: Muralha.

107. PAREDE: Maciço que forma a vedação externa ou as divisões internas

das edificações.

108. PAREDE DE MEAÇÃO: Parede comum a edificações contíguas, cujo

eixo coincide com a linha divisória dos lotes.

109. PASSEIO: É a parte do logradouro destinada ao trânsito de pedestres. 110. PATAMAR: Superfície de maior extensão que o degrau, separando

dois lances de escada.

111. PATEO: Recinto descoberto, no interior de uma edificação, ou murado

e contíguo a ala, situado no pavimento térreo.

112. PAVIMENTO: Plano que divide as edificações no sentido da altura.

Conjunto de dependências situadas no mesmo nível, compreendidas entre dois pisos consecutivos. Piso.

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113. PAVIMENTO TÉRREO: É o pavimento sobre os alicerces ou no

rés-do-chão.

114. PÉ-DIREITO: É a distância vertical entre o piso e o teto de um

compartimento.

115. PEITORIL: Coroamento da parte inferior do vão da janela.

116. PÉRGULA: Construção de caráter decorativo, destinado a servir de

suporte a plantas trepadeiras.

117. PILAR: Elemento constitutivo de suporte nas edificações.

118. PISO: Chão, pavimentação, parte horizontal do degrau das escadas.

Pavimento.

119. PLATIBANDA: Coroamento superior das edificações, formada pelo

prolongamento das paredes externas acima do forro.

120. POÇO DE VENTILAÇÃO: Área de pequenas dimensões destinadas a

ventilar compartimento de uso especial e de curta permanência.

121. PORÃO: Pavimento de edificação que tem mais da quarta parte do

pé-direito, abaixo do terreno circundante.

122. PÓRTICO: Portal de edifício, com alpendre. Passagem ou galeria

coberta, em frente dos edifícios ou que serve para dar ingresso ao interior dos lotes.

123. PRÉDIO: Construção destinada à moradia, depósito ou outro fim

similar.

124. PROFUNDIDADE DE LOTE: É a distância entre a testada ou frente e a

divisa oposta, medida segundo uma linha normal à frente. Se a forma do lote for irregular, avalia-se a profundidade média.

125. RECONSTRUÇAO: Ato de construir novamente, no mesmo local e com

as mesmas dimensões, uma edificação ou parte dela e que tenha sido demolida.

126. RECUO: Afastamento entre o alinhamento do logradouro e outro

alinhamento estabelecido; áreas de lote proveniente deste afastamento.

127. RECUO DE ALARGAMENTO: Áreas do lote proveniente de recuo

obrigatório, destinada a posterior incorporação do logradouro, para o alargamento do mesmo.

128. RECUO DE AJARDINAMENTO: Área do lote proveniente de recuo

obrigatório destinado exclusivamente para jardim.

129. REENTRÂNCIA: É a área, em continuidade com uma área maior e com

esta se comunicando, limitada por uma linha poligonal ou curva e guarnecida por paredes, ou em parte, por divisa do lote.

130. REFORMA: Serviço executado em uma edificação, com a finalidade de

melhorar seu aspecto e duração, sem, entretanto, modificar sua forma interna ou externa e elementos essenciais.

131. RESIDÊNCIA: Economia ocupada como moradia.

132. RODAPÉ: Elemento de concordância das paredes com o piso.

133. SACADA: Varanda, saída para fora da parede, com balaustrada ou

qualquer tipo de guarda-corpo.

134. SALIÊNCIA: Elemento da construção que avança além dos planos das

fachadas.

135. SAPATA: Parte mais larga do alicerce apoiada sobre a fundação. 136. SERVIDÃO: Encargo imposto a qualquer propriedade para passagem,

proveito ou serviço de outra propriedade pertencente a dono diferente.

137. SETEIRA: Abertura de 10x20 cm para permitir passagem de luz. 138. SOLEIRA: Parte inferior de vão de porta.

139. SUBTERRÂNEO: Pavimento situado abaixo do piso térreo de uma

edificação e de modo que o respectivo piso, esteja em relação ao terreno circundante, a uma distância maior do que a metade do pé-direito.

140. TABIQUE: Parede delgada que serve para dividir compartimentos. 141. TELHEIRO: Construção constituída por uma cobertura suportada, pelo

menos em parte, por meio de colunas ou pilares, aberta em todas as faces ou parcialmente fechadas.

142. TERRAÇO: Cobertura de uma edificação, ou parte da mesma,

constituindo piso acessível.

143. TESTADA OU FRENTE: Comprimento da linha que separa o logradouro

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144. VÃO LIVRE: Distância entre dois apoios, medida entre as faces

internas.

145. VARANDA: Sacada coberta, que comunica entre si vários

compartimentos.

146. VESTÍBULO: Entrada de uma edificação; espaço entre a porta de

entrada e a escadaria ou átrio.

147. VISTORIA ADMINISTRATIVA: Diligência efetuada por profissionais

habilitados da Prefeitura, tendo por fim verificar as condições de uma construção, de uma instalação ou de uma obra existente, em andamento ou paralisada, não só quanto à residência, em estabilidade, como quanto à regularidade.

148. VISTORIA TÉCNICA: Diligência efetuada por funcionários da

Prefeitura, com o fim de constatar a conclusão de uma obra, para a concessão do “habite-se”.

CAPÍTULO II - REGISTRO DOS PROFISSIONAIS LEGALMENTE HABILITADOS A PROJETAR, CALCULAR E CONSTRUIR

Art. 2º - Os profissionais devidamente registrados no Conselho Regional de

Engenharia e Arquitetura – CREA – para o exercício de suas respectivas profissões no território no Município de São Leopoldo, deverão inscrever-se em registro na Prefeitura Municipal.

Parágrafo Único - A inscrição no registro será concedida mediante

requerimento ao Prefeito Municipal, instruído com:

a) Carteira Profissional emitida pelo CREA;

b) Certidões negativas da Diretoria da Fazenda Municipal e da Coletoria

Estadual

Art. 3º - A inscrição será feita em livro especial, devidamente autenticado,

onde cada profissional terá uma página reservada, na qual serão feitos os seguintes lançamentos:

a) Carteira Profissional do requerente e extensão da habilitação de acordo

com a inscrição no CREA;

b) Assinatura profissional e individual; c) Residência - particular e comercial;

d) Anotações de ocorrências em obras e projetos sob sua responsabilidade,

como multas, suspensões, etc.

Art. 4º - Somente profissionais habilitados poderão assinar como

responsáveis qualquer projeto, especificação ou cálculo a ser submetido à Prefeitura.

Art. 5º - Os documentos correspondentes aos trabalhos mencionados no

artigo anterior e submetidos à Prefeitura Municipal deverão conter, além da assinatura do profissional habilitado, indicação que no caso lhe couber, tal como: "Autor do Estudo", "Autor do Projeto", "Autor do Cálculo", "Responsável pela Execução da Obra", e seguida de indicação do respectivo título e registro profissional.

Parágrafo Único - Estará sujeita às penalidades previstas em lei a

autoridade municipal que aprovar ou emitir parecer sobre trabalhos técnicos de natureza privativa do exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto, Agrônomo e Geólogo e que não atendam ao disposto neste artigo.

Art. 6º - Construções de madeira até 80,00 m² (oitenta metros

quadrados), e que não tenham estruturas especiais, não necessitam de responsáveis pelo projeto e execução, conforme Resolução do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. (Todas as obras de edificação independente do tipo material construtivo e da área de construção estão obrigadas a anotação de responsabilidade técnica (ART) por um profissional devidamente habilitado pelo CREA – Ref. protocolo 2002/031575/CREA, de 14 de janeiro de 2003).

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Art. 7º - A responsabilidade dos projetos, cálculos e especificações

apresentados cabe aos respectivos autores e a execução das obras aos profissionais que às construam.

Parágrafo Único - A Municipalidade não assumirá qualquer responsabilidade em

razão de aprovação de projeto ou de obra mal executada.

CAPITULO III - SUSPENSÕES E MULTA

Art. 8º - Os responsáveis pela obra ficam sujeitos a pena de suspensão da

matrícula Imposta pelo Prefeito Municipal de 1 (um) a 6 (seis) meses, além das multas estabelecidas por este Código de Obras nos seguintes casos:

a) Quando se responsabilizarem por projetos e a obra for executada por

outros, sem a sua assistência profissional;

b) Quando iniciarem a obra sem projeto aprovado ou assumirem

responsabilidade da mesma, não estando licenciados pelo Órgão Competente da Prefeitura;

c) Quando o projeto estiver em desacordo com o local de sua construção

ou falsearem medidas, quotas e demais indicações do desenho;

d) Quando executarem ou modificarem a obra ou projeto, introduzindo-lhes

alterações, sem a necessária licença da Repartição Competente;

e) Quando prosseguirem obra embargada;

f) Quando, revelarem imperícia na execução de uma obra, a qual deverá

ser constatada por uma comissão de 3 (três) profissionais designados pelo Prefeito Municipal;

g) Quando os cálculos e memoria is descritivos forem falseados, e, em

desacordo com o projeto;

h) Nos casos que julgar conveniente, a autoridade competente pedirá ao

CREA, a aplicação das penalidades estatuídas no Decreto Federal n.º 23.569, de 11 de dezembro de 1933, aos profissionais faltosos;

i) O responsável suspenso, não poderá, durante o período da suspensão,

assinar nem executar projetos;

j) Quando o responsável técnico tiver suas atividades profissionais

suspensas pelo poder competente, terá seu registro cassado na Prefeitura Municipal, durante o tempo que durar sua suspensão.

Parágrafo Único - No caso de reincidência de falta prevista no artigo 8º, os responsáveis terão suspensas suas matrículas pelo Prefeito, no prazo de 6 (seis) a 12 (doze) meses.

Art. 9º - As suspensões serão impostas mediante Ofício ao interessado, da

autoridade competente.

Art. 10 º - O prazo para recurso ao Prefeito Municipal, do profissional

suspenso, será de 20 (vinte) dias.

Art. 11º - É facultado ao proprietário da obra embargada por motivo de

suspensão do responsável técnico, concluí-la, desde que faça a substituição do responsável punido.

Parágrafo Único - A substituição do responsável suspenso por outro,

poderá ser feita mediante requerimento dirigido ao Departamento competente, sendo que cabe a esse Departamento tomar as medidas que julgar convenientes.

Art. 12º - O prosseguimento da obra não poderá ter lugar sem que se

faça, previamente, desaparecer as irregularidades que causaram a suspensão do profissional.

Art. 13º - As multas, e outras penalidades serão impostas ao proprietário,

após decorrido o prazo de 20 (vinte) dias contados da data do auto de infração, e durante o qual cabe apresentação de defesa.

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Parágrafo 1º - O infrator multado ou a quem for aplicada outra

penalidade poderá até o vigésimo dia, contados da data da comunicação, apresentar recurso ao Prefeito Municipal, mediante requerimento que deverá vir acompanhado, no caso de multa, do comprovante do depósito na Tesouraria da Prefeitura, de importância correspondente.

Parágrafo2º - Não recorrendo o infrator da multa imposta, terá o prazo de

20 (vinte) dias contados da data da comunicação para efetuar seu pagamento.

Parágrafo 3º - Mantida a multa, será convertido em seu pagamento o

depósito previsto no parágrafo 1º.

CAPITULO IV - PROJETOS, PEDIDOS DE LICENÇA PARA CONSTRUÇÃO, DEMOLIÇÃO E LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS.

Art. 14º - Os requerimentos dirigidos ao Prefeito Municipal, solicitando

licença para construção, reforma, ampliação de qualquer natureza e levantamentos topográficos, deverão ser acompanhados do projeto da obra e com a indicação da rua e número, e na falta deste, referindo-se aos contíguos ou ao local em que o projeto deverá ser executado.

Parágrafo 1º - Os requerimentos a que se refere este artigo deverão ser

assinados pelo proprietário e pelo engenheiro responsável da obra.

Parágrafo 2º - No caso de proprietário da obra não ser o dono do terreno,

este deverá, no ato da entrega dos requerimentos que fala o artigo 14, vir munido do termo de acordo entre o proprietário da obra e o proprietário do terreno.

Parágrafo 3º - Quando a reforma interna da obra não mudar sua

superfície, é somente necessária a apresentação de requerimento, solicitando a autorização para a mesma, e desde que não contrarie dispositivos deste Código.

Parágrafo 4º - Em se tratando de demolição de prédios ou obras de um

(1) pavimento, sua execução poderá ser feita mediante um requerimento ao Prefeito Municipal; de dois (2) ou mais pavimentos, deverá ter um responsável técnico habilitado pelo CREA que, juntamente com o proprietário assinará o requerimento.

Art. 15º - Os projetos compreendendo plantas, cortes, especificações,

cálculos de concreto armado, memoriais descritivos e especificações, bem como os projetos das instalações hidráulico-sanitárias, instalações elétricas e telefônicas e cálculo de tráfego de elevadores, deverão ser assinados pelo Responsável Técnico e pelo Proprietário da obra.

Parágrafo Único - Assinará como responsável pela execução da obra,

quando os projetos não forem de autoria deste, o profissional que executar a obra.

Art. 16º - O proprietário e Responsável Técnico pela obra que derem início

à mesma ou promoverem demolições sem que hajam obtido previamente a competente licença, ficarão sujeitos à multa, que será fixada pelo Prefeito Municipal entre os limites estabelecidos no final deste capítulo.

Parágrafo 1º - Além da multa prevista, ficarão desde logo embargadas a

obra ou a demolição. O embargo só será definitivamente levantado após o atendimento das prescrições regulamentares; sua suspensão temporária poderá excepcionalmente ser autorizada pelo Prefeito Municipal, em casos e termos a seu exclusivo critério.

Parágrafo 2º - No caso do Responsável Técnico e o Proprietário não

atenderem ao embargo da obra, imposta pela Prefeitura Municipal, poderão as autoridades municipais, solicitar diretamente, auxílio policial de que necessitarem, a fim de manterem o fiel cumprimento do que dispõe este Código de Obras.

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Art. 17º - A firma do profissional representada no projeto em aprovação,

fá-lo-á responsável imediato, junto à municipalidade pela boa e fiel execução dos trabalhos.

Parágrafo Único - A transferência deste a um terceiro só isenta aquele

dessa responsabilidade, se a tanto houver sido ele oficialmente autorizado.

Art. 18º - Os projetos aprovados não poderão ser modificados sem a prévia

autorização, por escrito, do Órgão Competente, sendo responsável pelos mesmos, tanto o Responsável Técnico como o Proprietário.

Art. 19º - Verificada qualquer irregularidade na execução e apresentação

do projeto, tornar-se-á necessária a apresentação de novos desenhos que satisfaçam as exigências deste Código de Obras.

Art. 20º - O não cumprimento do que dispõe o artigo 19 importará na

retenção do projeto, pelo Departamento competente, até que sejam cumpridas as exigências deste Código.

Art. 21º - Quando as modificações introduzidas no projeto alterarem a

estrutura da obra, a área a ser construída ou qualquer dimensão interna, será necessária a apresentação de novos desenhos.

Parágrafo 1º - O aproveitamento do projeto original será tolerado

somente se as irregularidades forem de importância secundária a juízo do Órgão Competente.

Parágrafo 2º - O requerimento solicitando a aprovação do novo projeto

deverá vir acompanhado do projeto anterior.

Art. 22º - Aprovado o projeto, será fornecido o alvará de licença para a

construção, mediante o pagamento dos emolumentos devidos e entregues ao interessado uma cópia que deverá permanecer na construção para confronto das obras executadas com o projeto, por parte da fiscalização de obras.

Art. 23º - O Órgão Competente fixará por Ordem de Serviço o número de

cópias heliográficas que deverão instruir o processo de aprovação do projeto.

Parágrafo 1º - Em qualquer época, havendo necessidade de modificar o

número de cópias heliográficas, tal resolução deverá ser publicada na imprensa local com antecedência de pelo menos vinte (20) dias.

Parágrafo 2º - Não serão exigidos originais do projeto.

Art. 24º - Serão rejeitados os projetos grosseiramente desenhados ou em

papel inadequado, por qualidade ou dimensão.

Parágrafo Único - As dimensões deverão obedecer o que especificam as

Normas Brasileiras sobre o assunto.

Art. 25º - Não serão permitidas emendas, rasuras ou declarações

ambíguas nos projetos, salvo a correção de cotas que poderá ser feita em tinta vermelha pelo Responsável Técnico, que a rubricará juntamente com a autoridade que tiver permitido a correção.

Art. 26º - Os projetos deverão obedecer as seguintes convenções de

cores:

a) Preta, para as partes a serem conservadas; b) Vermelha, para o que for construído; c) Amarela, para o que for demolido; d) Azul, para ferro e aço;

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e) Cinza, pontuado, para concreto armado.

Art. 27º - Os projetos constarão de:

1 - Requerimento solicitando aprovação do projeto; 2 - Plantas baixas dos vários pavimentos;

3 - Planta de elevação da fachada ou fachadas principais; 4 - Cortes longitudinais e transversais;

5 - Planta de situação; 6 - Planta de localização;

7 - Memoriais descritivos ou especificações; 8 - Projeto das instalações hidráulico-sanitárias; 9 - Projeto e cálculo estrutural;

Parágrafo 1º - O Departamento competente exigirá, conforme for a obra

no que diz respeito a proporções e finalidades, o número de peças mencionadas neste artigo, que servirá para formar o projeto.

Parágrafo 2º - Sem a apresentação de todas as peças exigidas e sem a

sua aprovação, não será dada licença para construção.

Parágrafo 3º - As plantas baixas devem indicar o destino de cada

pavimento, dimensões dos vãos, dimensões dos compartimentos, bem como a sua superfície. No caso de edifício que tenha andar "tipo" bastará a apresentação de uma só planta de pavimento "tipo", seu número de repartições e as indicações dos respectivos pavimentos, além das demais plantas baixas e orientação magnética.

Parágrafo 4º - A planta de elevação deve representar a projeção

geométrica da fachada voltada para a via pública. No caso de mais fachadas voltadas para a via pública, serão exigidas tantas outras plantas de elevação, ou ainda outras que se fizerem necessárias.

Parágrafo 5º - Os cortes longitudinais e transversais serão apresentados

em número suficiente para um perfeito entendimento do projeto. Serão convenientemente cotados, com andares numerados, registrado ainda o perfil do terreno. Quando o edifício tiver pavimentos repetidos, os cortes poderão ser simplificados, omitindo-lhes, na forma convencional, a representação dos pavimentos iguais desde que seja cotada a altura total da edificação.

Parágrafo 6º - A planta de situação deve caracterizar a posição do lote

em relação ao quarteirão, indicando a distância à esquina mais próxima, dimensões do lote e orientação magnética, posição do meio-fio se houver, entrada e saída de veículos, posição de postes ou hidrantes no trecho fronteira a testada do lote.

Parágrafo 7º - A planta de localização deve indicar a posição da

edificação relativamente às linhas de divisa do lote e a outras construções nela existentes, bem como a rua para a qual o terreno faz frente. Em casos especiais, poderá complementar a própria planta de situação, num único desenho, a critério da Repartição competente. É necessário indicar a orientação magnética.

Parágrafo 8º - O projeto das instalações hidráulico-sanitárias deverá

obedecer às Normas Brasileiras e relativas técnicas e as posturas Municipais.

Parágrafo 9º - O projeto estrutural constará do cálculo estático da

distribuição dos pilares no pavimento térreo e nos demais, se for o caso da distribuição das vigas, com indicação das cargas computadas finais e das Plantas de forma.

Parágrafo 10º - As diversas peças do projeto mencionadas neste artigo,

poderão ser agrupadas constituindo pranchas, obedecendo o que prescrevem as Normas Brasileiras sobre o assunto.

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Art. 28º - As escalas adotadas para os desenhos serão:

1:50 ou 1:100 para as plantas baixas; 1:50 para os cortes e fachadas;

1:250 ou 1:500 para as plantas de localização; 1:50 ou 1:100 para o projeto das instalações; 1:500 ou 1:1000 para as plantas de situação.

Parágrafo 1º - As cotas não serão dispensadas em desenho com escala,

e prevalecerão no caso de divergência sobre as medidas tomadas no desenho.

Parágrafo 2º - Em casos especiais, serão permitidas outras escalas,

devendo esta alteração ser comunicada, com antecedência pelo Responsável Técnico ao Departamento competente da Prefeitura Municipal, que dará sua aprovação ou não.

Parágrafo 3º - Os projetos não serão aprovados quando houver diferença

superior a 5% nas dimensões dos compartimentos entre os valores das cotas e seu respectivo valor no desenho.

Art. 29º - Os projetos arquivados na Prefeitura Municipal, não serão

retirados. Poderão, porém, mediante requerimento ao Prefeito, serem fornecidos fotocópias dos mesmos, pagos os emolumentos devidos.

Art. 30º - Nos casos em que houver necessidade de sacrifício de árvores

da arborização pública, de remoção de postes existentes, seja em conseqüência da realização de qualquer obra, inclusive rampeamento de passeios ou aberturas de portas, portões ou passagens para entrada e saída de veículos, ou ainda, em conseqüência da abertura de novos arruamentos e despacho de processos, bem como a aprovação de projetos só se tornarão efetivos depois da necessária autorização da Repartição competente.

Art. 31º - O prazo para aprovação dos projetos pelo Departamento

competente será de 30 (trinta) dias, incluindo-se neste tempo o necessário para a demarcação do alinhamento.

Parágrafo Único - O prazo será dilatado de mais 20 (vinte) dias no caso

em que tenham que ser ouvidos outros Departamentos ou Instituições Oficiais estranhos à Prefeitura Municipal, cujos pareceres forem julgados de importância para a aprovação do projeto.

Art. 32º - Todos os projetos e trabalhos topográficos deverão ter

assinatura de profissional devidamente habilitado e deverão obedecer as normas vigentes.

Art. 33º - A infração a qualquer dispositivo deste capítulo será punida com

a multa que variará de 1/20 (um vigésimo) a 2 (dois) salários mínimos vigentes, duplicada a cada reincidência, não anulando as multas já impostas em outros capítulos.

Parágrafo Único - A muita a que se refere este artigo será aplicada

simultaneamente ao Proprietário e ao Responsável Técnico sendo ambos intimados a regularizar a infração que causou multa.

CAPITULO V - REGULARIZAÇAO DAS CONSTRUÇÕES

Art. 34º - Fica o órgão Executivo autorizado a, na forma deste Código de

Obras, promover a regularização das edificações ou qualquer benfeitoria construídas com inobservância das formalidades regulamentares.

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Art. 35º - Constatada a existência de edificações ou benfeitorias a que se

refere o artigo 34, serão os interessados intimados a demoli-las ou a processar o enquadramento das mesmas, dentro das normas vigentes de que trata este Código de Obras.

Parágrafo 1º - No caso de convir a permanência das edificações e

benfeitoras, poderão os órgãos competentes da Prefeitura Municipal conceder prazo até 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, para que o interessado processe o enquadramento previsto neste artigo. Findo este prazo sem que hajam sido atendidas as determinações legais, proceder-se-á a demolição na forma do parágrafo seguinte.

Parágrafo 2º - A demolição cominada deverá ser executada dentro do

prazo máximo de trinta (30) dias, sob pena de o órgão Público Municipal promover as medidas judiciais pertinentes.

Art. 36º - A imposição das medidas previstas no artigo 35 não implica em

dispensa das penas pecuniárias que o caso comportar, estendendo-se estas não só ao proprietário do terreno, como todo aquele que houver sido comparte da infração.

Art. 37º - As construções iniciadas a partir da vigência deste Código, em

infrigência às normas vigorantes, são excluídas do regime aqui adotado pelo que ficam sujeitas à multa cujo valor será fixado no final deste Capítulo, quando constatada a infração e, intimação de imediata demolição, caso não se enquadrem imediatamente nas normas exigidas.

Art. 38º - Sem prejuízo de outras cominações legais, ficam sujeitas a multa

de 15 (quinze) a 50 (cinqüenta) salários mínimos vigentes, elevado ao dobro cada 60 (sessenta) dias, no caso de desinteresse da regularização, as pessoas físicas ou jurídicas loteadoras que, diretamente ou por intermédio de seus representantes ou agentes, favorecerem ou por qualquer modo facilitarem, incentivarem ou estimularem a seus compromissários a desobediência às normas municipais relativas a construções.

Parágrafo 1º - Na mesma pena incorrerão as pessoas físicas ou jurídicas

que derem seu beneplácito a construções ou imóveis por ela loteados, desde que em compromisso assumido perante qualquer esfera do órgão Público, hajam concordado com a proibição de construções antes que o órgão Público as libere desse compromisso.

Parágrafo 2º - Ainda na mesma pena incorrerão as pessoas físicas ou

jurídicas que ocultarem de seus promitentes compradores a vedação de construções em terrenos integrantes de loteamento por elas promovido.

Art. 39º - Qualquer infração a dispositivo deste capítulo, será punida com

a multa de 1/20 (um vigésimo) a 1 (um) salário mínimo vigente, duplicadas no caso de reincidência, não anulando as multas impostas em outros capítulos.

Parágrafo Único - A multa a que se refere este artigo, será aplicada

simultaneamente ao Proprietário e ao Responsável Técnico, sendo ambos intimados a regularizar a infração que causou a multa.

CAPITULO VI - FISCALIZAÇÃO DAS OBRAS

Art. 40º - A secção de Fiscalização é o órgão encarregado de fiscalizar,

através de fiscais devidamente habilitados, prédios em construção, reformas e demolições.

Art. 41º - Compete aos Fiscais:

1 - Verificar se já existem construções sobre o terreno onde vai ser

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2 - Verificar o alinhamento e o recuo estipulado pela Prefeitura Municipal,

como também, a construção da obra;

3 - Verificar, após concluída a obra, e por ocasião do requerimento

solicitando "Habite-se", por parte do proprietário, se a mesma está de acordo com o projeto aprovado.

Art. 42º - Qualquer irregularidade verificada pela fiscalização na execução

da obra, será, de imediato e mediante auto de infração, levada ao conhecimento do órgão competente, que tomará as providências necessárias.

Art. 43º - O funcionário inconseqüente, que agir com manifesta má fé,

espírito e unilateralidade, negligência, inatividade ou comiseração com o infrator, incorrerá nas penas disciplinares previstas em Lei.

Art. 44º - A Municipalidade requisitará auxílio da autoridade competente

para tornar efetiva a inspeção ao domicílio desde que se verifique, sem razão de força ponderável, que o encarregado dessa visita oficial seja constrangido a não efetivá-la como de direito.

CAPITULO VII - CONSTRUÇÕES, RECONSTRUÇÕES, REFORMAS,

DEMOLIÇOES, AUMENTOS E CONSTRUÇOES PARCIAIS.

Art. 45º - As construções, reconstruções, reformas, demolições, aumentos

e construções parciais, somente serão iniciadas, mediante prévia licença da Prefeitura Municipal.

Parágrafo Único - O requerimento solicitando licença será instruído com o

projeto da obra, organizado de conformidade com as exigências deste Código.

Art. 46º - A aprovação de um projeto será considerado válido pelo período

de um (1) ano. Findo este prazo e não tendo sido iniciada a construção ou requerida prorrogação de validade, será o processo arquivado.

Parágrafo 1º - Após o prazo previsto neste artigo, se o proprietário quiser

dar início à obra, deverá requerer a revalidação da licença, com conseqüente pagamento de novo alvará.

Parágrafo 2º - Idêntico procedimento ocorrerá em caso de paralisação da

obra por prazo superior a um (1) ano.

Parágrafo 3º - O alvará de licença para construção poderá abranger mais

de um prédio quando contíguos e com o mesmo proprietário.

Art. 47º - O alvará de licença concedido a uma construção será

intransferível, sob qualquer pretexto, para uma outra, caso a primeira não se efetive.

Art. 48º - Com referência ao artigo 45 deste Capítulo, deverão

acompanhar o pedido de licença as peças e recomendações constantes dos artigos 27 e 28 e parágrafos.

Art. 49º - Antes da aprovação de qualquer projeto para a edificação, a

fiscalização de obras fará a vistoria no local, exigindo as obras preliminares que se fizerem indispensáveis para tornar o terreno edificável, como aterros, drenagens, etc.

Art. 50º - Independem de apresentação do projeto, mas estão sujeitos a

prévio pedido de licença (requerimento) e expedição de competente alvará, os seguintes serviços:

a) Caramanchões e fontes decorativas; b) Galinheiros sem finalidade comercial; c) Estufas e tanques de uso doméstico;

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d) Conserto e execução de meios-fios;

e) Rebaixamento de meios-fios;

f) Reparos internos e externos nos revestimentos de edifícios; g) Construção de muros no alinhamento de logradouro;

h) Construção de dependências não destinadas a habitação humana, tais

como viveiros, telheiros com menos de 15,00 m² (quinze metros quadrados) de área coberta ou obras similares;

i) Execução de galpões destinados à guarda de materiais para edifícios em

construção, os quais deverão ser demolidos logo após a conclusão da obra.

Art. 51º - O alvará a que se refere o artigo 50 será válido por 6 (seis)

meses, incluindo-se neste prazo a licença concedida para demolição.

Art. 52º - Independem de licença os serviços de limpeza, pintura,

remendos, pequenos consertos no assoalho, forro e vãos, reparos em telhados uma vez que não necessitem de andaimes no passeio, substituição de condutores pluviais, construção de passeios no logradouro, preparo de entrada e saída de veículos nos passeios, construção de passeios no interior dos terrenos edificados.

Art. 53º - Independem de apresentação de projeto as construções de

alvenaria até 18,00 m² (dezoito metros quadrados) ficando contudo, sujeitas à concessão de licença mediante apresentação de planta de situação e localização, salvo nas construções de banheiros que, além do que é exigido neste artigo, é necessária a apresentação de planta baixa com "visto" do SEMAE.

Art. 54º - Nos prédios que contiverem disposições em desacordo com este

Código, só serão permitidas obras de acréscimo, reconstrução parcial, reformas e reparos que visem corrigir as falhas existentes.

Art. 55º - Não é permitido o levantamento de pavimento novo sobre o já

existente que não esteja construído de acordo com as exigências deste Código.

Art. 56º - Quando no decurso de uma obra o Responsável Técnico quiser

desistir da execução da mesma, poderá fazê-lo requerendo ao Prefeito Municipal a cessação de sua responsabilidade que lhe será concedida após vistoria que se procederá nas obras e desde que fique constatado estarem às mesmas de acordo com o projeto aprovado.

Parágrafo Único - Ficando constatado pela vistoria que as obras não

estão sendo realizadas de acordo com o projeto aprovado, não lhe será concedida a cessação da responsabilidade das mesmas, enquanto estas estiverem em desacordo com o projeto aprovado.

Art. 57º - No caso de mudança do Responsável Técnico, o proprietário

ficará obrigado a comunicar, por escrito, imediatamente, o fato à Prefeitura Municipal, mencionando o nome do profissional registrado que deverá assumir a responsabilidade do prosseguimento da obra.

Parágrafo Único - O profissional que nos termos deste artigo, assumir a

responsabilidade de continuar a execução da obra, deverá comparecer na Prefeitura Municipal a fim de assinar os projetos respectivos.

Art. 58º - Nas construções de madeira existentes em zonas em que são

vedadas tais construções, só serão admitidas obras de acréscimo de alvenaria quando não prejudiquem espaços existentes.

Art. 59º - A Prefeitura Municipal a requerimento do interessado, fornecerá

licença prévia para limpeza do terreno, demolições, construções de andaimes, arrumação de materiais, bem como por em prática todos os meios necessários para garantir a segurança dos operários, do público e das propriedades vizinhas.

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Parágrafo Único - Nas obras situadas nas proximidades de hospitais é

proibido executar qualquer trabalho ou serviço que produza ruído excessivo, antes das sete horas e depois das dezenove horas.

Art. 60º - Os prédios ou construções de qualquer natureza que, em virtude

de seu estado de conservação ou defeito oriundo da execução, estiverem com a estabilidade comprometida, quer ameaçando ruir, quer oferecendo perigo público, serão reparados ou demolidos pelos proprietários mediante licença prévia da Prefeitura Municipal.

Parágrafo 1º - No caso deste artigo, se o proprietário não providenciar

espontaneamente no pedido de licença para demolir o prédio comprometido, a Prefeitura Municipal o intimará a fazê-lo dentro de 24 (vinte e quatro) horas.

Parágrafo 2º - O proprietário que após o prazo marcado da intimação,

não iniciar a demolição ou reparação determinada, será multado, sendo ainda o prédio ou construção, interditado se o caso for de reparo; se o caso for de demolição a Prefeitura Municipal cederá a esta, mediante ação judicial. Em qualquer dos casos, as despesas que a Prefeitura Municipal realizar correrão por conta do proprietário.

Art. 61º - Se a obra, após a sua conclusão ameaçar ruir, devido defeito

qualquer de construção ou de ordem técnica, a Prefeitura Municipal, representará ao órgão competente para efeito de aplicação das penalidades cabíveis.

Art. 62º - Em caso de obras de acréscimo, as partes acrescidas devem

estar contidas nas normas deste Código e não podem prejudicar as partes existentes da edificação.

Art. 63º - Em caso de obras de reconstrução parcial, de modificação ou

reforma, essas obras devem ter por fim melhorar as condições de higiene, de comodidade e segurança, bem como ampliar a capacidade de utilização da edificação.

Art. 64º - A infração a qualquer dispositivo deste capítulo será punida com

a multa que variará de 1/20 (um vigésimo) a 2 (dois) salários mínimos vigentes, duplicada a cada reincidência, não anulando as multas já impostas em outros capítulos.

Parágrafo Único - A multa a que se refere este artigo será aplicada

simultaneamente ao Proprietário e ao Responsável Técnico, sendo ambos intimados a regularizar a infração que causou a multa.

CAPITULO VIII - PAVIMENTOS

Art. 65º - Os porões são classificados de acordo com as alturas em: a) Mínimo: aquele que tem a altura mínima de 0,70 m (setenta

centímetros), medidos da superfície superior da camada impermeável até a face inferior do assoalho;

b) Habitável, quando se presta para a ocupação diurna, sendo exigidos os

mesmos requisitos para os compartimentos de permanência diurna e pé-direito mínimo de 2,60 m (dois metros e sessenta centímetros);

c) Utilizável, quando tem no mínimo a altura útil para um homem passar

livremente, ou seja, 1,80 m (um metro e oitenta centímetros), iluminação e renovação de ar convenientes.

Parágrafo Único - Enquadram-se na letra "b" deste artigo os sanitários, garagens, lavanderias, etc.

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Art. 66º - Sobre o terreno plano que serve de piso ao primeiro pavimento

subterrâneo ou a cava de qualquer tipo de edificação, haverá obrigatoriamente um revestimento com material liso e lavável, impermeável e resistente.

Art. 67º - Nos terraços a impermeabilização será toda a superfície,

prevendo-se o escoamento das águas pluviais.

Art. 68º - Nos prédios de mais de um pavimento destinado a habitação

coletiva, escritórios, consultórios, sociedades, clubes, etc., a estrutura dos pisos deverá ser constituída, obrigatoriamente, de material incombustível.

Art. 69º - Nos prédios de mais de um pavimento destinados à habitação

coletiva, mas, desde que o primeiro sirva para fins comerciais, deverá ser obedecido o que dispõe o artigo 68.

Art. 70º - Nos casos a que se refere os artigos 68 e 69, o material que

constitui o forro do último pavimento deverá também ser de material incombustível. Parágrafo Único - Faz-se exceção neste artigo, para as habitações individuais com dois (2) pavimentos.

Art. 71º - A infração a qualquer dispositivo deste capítulo será punida com

a multa que variará de 1/20 (um vigésimo) a 2 (dois) salários mínimos vigentes, duplicadas a cada reincidência, não anulando as multas já impostas em outros capítulos.

Parágrafo Único - A multa a que se refere este artigo será aplicada

simultaneamente ao proprietário e ao Responsável Técnico, sendo ambos intimados a regularizar a infração que causou a multa.

CAPITULO IX - ESCADAS

Art. 72º - Considera-se descanso, ou patamar, a um degrau de maior

profundidade, intercalado, entre outros degraus.

Art. 73º - O número de degraus entre dois pisos ou entre um piso e um

patamar, ou mesmo entre dois patamares, recebe o nome de "lance".

Art. 74º - A largura mínima das escadas será de: a) 1,00 m (um metro) para moradia;

b) 1,20 m (um metro e vinte centímetros) para prédios destinados à

habitação coletiva ou de caráter comercial;

c) 1,40 m (um metro e quarenta centímetros) para estabelecimentos de

ensino e hospitais.

Parágrafo 1º - Nas escadas circulares e em leque será obrigatória a

largura mínima para degrau de 0,07 m (sete centímetros) junto ao bordo inferior.

Parágrafo 2º - As escadas de serventia em porões, adegas e casos

similares, poderão ter a largura mínima de 0,60 m (sessenta centímetros). O mesmo se aplica para as escadas de serviço.

Art. 75º - As escadas devem oferecer passagem com altura livre não

inferior a 2,00 m (dois metros).

Art. 76º - Os degraus serão dimensionados pela fórmula de "Blondell" 2h

+ 1 = 62 a 64 cm.

onde: h = altura do degrau, 1 = largura do degrau.

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Terão ainda as dimensões limites:

1 - altura máxima de 0,19 m, (dezenove centímetros); 2 - largura mínima = 0,25 m (vinte e cinco centímetros).

Art. 77º - Em se tratando de hospitais e colégios a altura do degrau será

de 0,17 m (dezessete centímetros) no máximo e 0,12 m (doze centímetros) se o prédio se destinar a jardim de infância.

Art. 78º - Sempre que o número de degraus consecutivos exceder de 17

(dezessete), será obrigatório intercalar um patamar com extensão mínima de 0,80 m (oitenta centímetros).

Art. 79º - Para os prédios de mais de 2 (dois) pavimentos ou ainda nos

casos dos itens "b" e "c" do artigo 74, as escadas serão de material incombustível.

Parágrafo 1º - Tolera-se para efeito deste artigo, balaustrada e corrimão

de material combustível.

Parágrafo 2º - Escada de ferro, para aplicação deste Código, não é

considerada incombustível.

Art. 80º - A existência de elevador numa edificação não dispensa a

construção de escada.

Art. 81º - A iluminação da escada deverá ser lateral e por meio de janelas. Parágrafo Único - Só excepcionalmente será permitida a iluminação da

escada por meio artificial, uma vez consultada a Prefeitura Municipal.

Art. 82º - A infração a qualquer dispositivo deste capítulo será punida com

a multa que variará de 1/20 (um vigésimo) a 2 (dois) salários mínimos vigentes, duplicada a cada reincidência, não anulando as multas já impostas em outros capítulos.

Parágrafo Único - A multa a que se refere este artigo será aplicada

simultaneamente ao proprietário e ao Responsável Técnico, sendo ambos intimados a regularizar a infração que causou a multa.

CAPITULO X - CONDIÇÕES A QUE DEVEM SATISFAZER OS COMPARTIMENTOS

Art. 83º - Para os efeitos deste Código, o destino dos compartimentos não

será considerado apenas pela sua designação no projeto, mas também pela sua finalidade lógica, decorrente de sua disposição em planta.

Art. 84º - Os compartimentos são classificados em: 1 - Compartimentos de permanência noturna;

2 - Compartimentos de permanência prolongada diurna; 3 - Compartimento de utilização transitória;

4 - Compartimento de utilização especial;

a) São Compartimentos de permanência prolongada noturna os

dormitórios;

b) São Compartimentos de permanência prolongada diurna as salas de

jantar, de estar, de visitas, de música, de jogos, de costura, de estudos e leitura, salas e gabinetes de trabalho, cozinhas e copas;

c) São compartimentos de utilização transitória as salas de entrada,

corredores e passagens, vestíbulos, caixas de escadas, rouparias, gabinetes sanitários, vestiários, dispensas, depósitos e lavanderia de uso doméstico;

d) São compartimentos de utilização especial as adegas,

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Art. 85º - Os compartimentos de permanência prolongada noturna

deverão:

1 - Quando construídos de alvenaria ou material equivalente:

a) Ter área mínima de 12 m² (doze metros quadrados) quando houver

apenas 1 (um) dormitório;

b) Ter 11 m² (onze metros quadrados) o primeiro e 8 m² (oito metros

quadrados) o segundo;

c) No caso de três ou mais dormitórios atender as condições das alíneas “b”

e “c”, podendo, no entanto, haver outros com 7,5m² (sete metros e cinqüenta centímetros quadrados);

d) Ter forma tal, que permitam em seu piso o traçado de um círculo com

diâmetro mínimo de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros);

e) Ter o pé-direito mínimo de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros); f) Ter o dormitório de empregada, a área mínima de 5 m² (cinco metros

quadrados), desde que seja possível a inscrição de um círculo no piso com raio mínimo de 2,00 m (dois metros); ter o pé-direito no mínimo de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) e sua posição no projeto não deve deixar dúvidas quanto a sua utilização.

2 - Quando construídos de madeira ou material equivalente: a) Ter a área mínima de 9,00 m² (nove metros quadrados);

b) Quando houver dois ou mais dormitórios, terá de ser de 8 m² (oito

metros quadrados) o primeiro, podendo ser de 7 m² (sete metros quadrados) os demais;

c) Ter o pé-direito mínimo de 2,50 m (dois metros e cinqüenta

centímetros).

Parágrafo 1º - Para efeito do cálculo da área do dormitório, não será

computada a área de armário embutido que lhe corresponder.

Parágrafo 2º - Será obrigatório o uso de madeira ou material equivalente

no revestimento dos pisos dos dormitórios.

Art. 86º - Os compartimentos de permanência prolongada diurna deverão

satisfazer o que se segue:

1 - Salas de jantar, estar e de visitas;

a) ter a área mínima de 11 m² (onze metros quadrados);

b) ter forma tal que permita em seu chão, o traçado de um círculo de

diâmetro de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros);

c) ter o pé-direito mínimo de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros); 2 - Salas de jogos, de música, de costura, de leitura e estudo, gabinete de

trabalho deverão:

a) Ter área mínima de 9,00 m² (nove metros quadrados);

b) Ter o pé-direito mínimo de 2,60 m (dois metros e sessenta centímetros); c) Permitir a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo de 2,50 m (dois

metros e cinqüenta centímetros).

Art. 87º - Os compartimentos de utilização transitória, bem como as

cozinhas e copas, deverão atender o seguinte:

1 - Cozinhas, copas, depósitos, dispensas e lavanderias de uso doméstico,

terão:

a) Área mínima de 5,00 m² (cinco metros quadrados), podendo, no entanto

as dispensas e depósitos, terem a área de 4,00 m² (quatro metros quadrados);

b) Pé-direito mínimo de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros); c) Dimensões mínimas de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros); d) Paredes revestidas, até a altura de 1,50 m (um metro e cinqüenta

centímetros) no mínimo, com material liso e lavável, resistente e impermeável;

e) Piso pavimentado com material liso e lavável, resistente e impermeável. 2 - Vestíbulos, terão:

a) Dimensão mínima de 1,00 m (um metro);

b) Pé-direito mínimo de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros); c) Iluminação ou ventilação direta ou indireta.

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3 - Corredores e passagens, terão:

a) Largura mínima de 1,00 m (um metro);

b) Pé-direito mínimo de 2,30 m (dois metros e trinta centímetros); 4 - Rouparias, terão:

a) Área mínima de 4,00 m² (quatro metros quadrados);

b) Dimensão mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) c) Pé-direito mínimo de 2,30 m (dois metros e trinta centímetros). 5 - Gabinetes sanitários, terão:

a) Pé-direito mínimo de 2,10 m (dois metros e dez centímetros) ;

b) Área mínima de 1,50 m² (um metro e cinqüenta centímetros

quadrados), quando o compartimento conter somente um vaso sanitário e um chuveiro;

c) Área mínima de 2,60 (dois metros e sessenta centímetros quadrados),

quando o compartimento tiver um vaso sanitário, um chuveiro e um lavatório;

d) Área mínima de 3,60 m² (três metros e sessenta centímetros

quadrados), quando o compartimento conter mais peças que as citadas no item "C" acima;

e) As portas com largura mínima de 0,60 m (sessenta centímetros);

f) Piso e paredes revestidas com material liso lavável, resistente e

impermeável, sendo que as últimas, até uma altura mínima de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros);

g) Paredes internas divisórias com altura de 2,10 m (dois metros e dez

centímetros), devendo neste caso o pé-direito mínimo do compartimento ser de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros).

6 - Vestiários, terão:

a) Área mínima de 9,00 m² (nove metros quadrados) com dimensão

mínima de 2,00 m (dois metros). Sua ventilação poderá ser feita através do dormitório, devendo então, a ventilação ser calculada incluindo a área do vestiário;

b) Pé-direito mínimo de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros).

Art. 88º - Os compartimentos de utilização especial, atenderão ao

seguinte:

1 - Adegas, terão:

a) Área mínima de 1,00 m² (um metro quadrado) e dimensão mínima de

0,80 m (oitenta centímetros);

b) Pé-direito mínimo de 2,10 m (dois metros e dez centímetros) ; c) Piso revestido de material impermeável.

2 – Armários e rouparia, terão:

a) Área mínima de 2,00 m² (dois metros quadrados);

b) Pé-direito mínimo de 2,10 m (dois metros e dez centímetros). Art. 89º - Garagens de uso particular, terão:

a) Área mínima de 12,50 m² (doze metros e cinqüenta centímetros

quadrados) sendo sua dimensão mínima de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros);

b) Pé-direito mínimo de 2,20 m (dois metros e vinte centímetros);

c) Paredes de material incombustível, e quando de tijolos no mínimo com

0,15 m (quinze centímetros) de espessura desde que não façam divisa com terrenos pertencentes a outros proprietários;

d) Teto de material incombustível;

e) Piso pavimentado com material liso lavável, resistente e impermeável. Art. 90º - Os porões e os compartimentos situados no subsolo, terão o

pé-direito mínimo de 2,20m (dois metros e vinte centímetros) podendo ser usado exclusivamente para depósitos desde que possuam ventilação natural indireta que lhes assegure a renovação de ar.

Art. 91º - Poderão ser destinados à permanência prolongada diurna e

noturna, os compartimentos situados no sótão que tenham pé-direito médio de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) e com área mínima de 9,00 m² (nove metros quadrados). Devem ser obedecidos requisitos de ventilação e iluminação.

(20)

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LEOPOLDO

Art. 92º - Toda habitação particular terá no mínimo um dormitório, uma

cozinha e um gabinete sanitário.

Parágrafo 1º - Se a rua, onde vai ser construída a habitação, possuir rede

de esgoto, o gabinete sanitário será interno no prédio, e seus despejos serão destinados à rede de esgotos.

Parágrafo 2º - Em ruas que não possuam redes de esgoto, as novas

construções deverão instalar esgoto próprio, com fossa Biológica de qualquer modelo e sumidouro.

Parágrafo 3º - As habitações Particulares, quando localizadas em zonas suburbanas ou

rurais, poderão instalar fossa negra, nas seguintes condições:

a) Quando localizadas na parte posterior da construção e afastada pelo

menos 5,00 m (cinco metros) do corpo da construção;

b) Estejam localizadas a uma distância mínima de 20,00 m (vinte metros)

de qualquer fonte abastecedora de água potável;

c) Não estejam localizadas nas divisas dos terrenos vizinhos nem despejem

para valetas de águas pluviais.

Parágrafo 4º - Em se tratando de "Bar", "Café" ou "Restaurante”, deverá

obrigatoriamente, haver instalação sanitária masculino e feminino, de fácil acesso ao público, compreendendo, vaso sanitário, mitório e lavatório de louça vidrada, para cada 30 (trinta) pessoas ou fração que se utilizem destes locais.

Parágrafo 5º - Serão igualmente exigidos os aparelhos do § 4º nos

prédios destinados à escritório, etc., e devem ter fácil acesso ao público.

Parágrafo 6º - Os estabelecimentos comerciais deverão manter o serviço

sanitário indicado no parágrafo 4º para seus funcionários, e os estabelecimentos industriais deverão instalar além destes aparelhos, vestiários e chuveiros que poderão ser coletivos.

Art. 93º - A largura das portas obedecerá ao seguinte critério:

a) Largura mínima de 0,90 m (noventa centímetros), quando porta principal

em prédio particular;

b) Largura mínima de 1,00 m (um metro), quando porta principal em

prédio de habitação coletiva até 3 (três) pavimentos;

c) Largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) quando for

porta de entrada principal em prédio de habitação coletiva com mais de 3 (três) pavimentos;

d) Largura mínima de 0,80 m (oitenta centímetros) para portas internas de

uso secundário e banheiro;

e) Largura mínima de 0,80 m (oitenta centímetros) em portas de acesso a

salas, dormitórios, gabinetes, cozinhas, etc.

Art. 94º - A altura mínima das portas será de 2,05 m (dois metros e cinco

centímetros).

Art. 95º - Em qualquer compartimento de utilização prolongada noturna,

diurna ou transitória, duas paredes não poderão formar ângulo menor de 60º (sessenta graus).

Parágrafo Único - No caso de haver necessidade de ângulo menor de 60º

(sessenta graus), as paredes concorrentes serão concordadas por uma terceira, cujo comprimento não será inferior a 0,60 m (sessenta centímetros).

(21)

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LEOPOLDO

Art. 96º - A infração de qualquer dispositivo deste capítulo será punida

com a multa que variará de 1/5 (um quinto) a 5 (cinco) salários mínimos vigentes, duplicadas no caso de reincidência, não anulando as multas já impostas em outros capítulos.

Parágrafo Único - A multa a que se refere este artigo será aplicada simultaneamente ao proprietário e ao Responsável, sendo ambos intimados a regularizar a infração que causou a multa.

CAPITULO XI - ILUMINAÇÃO E VENTILAÇAO

Art. 97º - Salvo indicação contrária, todo compartimento deve ter abertura

para o exterior, satisfazendo as condições expressas neste Código de Obras.

Parágrafo Único - Estas aberturas deverão ser providas de dispositivos

que permitam renovação de ar.

Art. 98º - A superfície total das aberturas para o exterior em cada

compartimento, não poderá ser inferior a:

a) 1/5 (um quinto) da superfície do piso, tratando-se de dormitórios;

b) 1/7 (um sétimo) da superfície do piso, tratando-se de compartimentos

de permanência prolongada e diurna;

c) 1/12 (um doze avos) da superfície do piso, tratando-se de

compartimentos de utilização transitória.

Art. 99º - Essas relações serão aumentadas para 1\4 (um quarto), 1/6 (um

sexto) e 1/10 (um décimo), respectivamente, quando os vãos abrirem para a área coberta, como marquises, alpendres, com largura máxima de 2,00 m (dois metros).

Art. 100º - Serão consideradas como inexistentes, para os fins de

iluminação e ventilação, as aberturas que estiverem sob marquises, pórticos, alpendres, etc., de mais de 2,00 m (dois metros) de largura.

Art. 101º - A abertura destinada a ventilar e iluminar qualquer

compartimento não poderá ser inferior a 0,60 m² (sessenta centímetros quadrados), sendo que todo o vão destinado à iluminação e ventilação deverá ter no mínimo 50% de sua área destinada a ventilação efetiva.

Parágrafo 1º - Em cada compartimento uma das vergas das aberturas

pelo menos distará do teto no máximo 1/5 (um quinto) do pé-direito desse compartimento.

Parágrafo 2º - A profundidade das peças de permanência prolongada

noturna e diurna não excederá do triplo da altura útil do vão de iluminação e ventilação, sendo esta profundidade contada segundo a normal ao plano referido.

Art. 102º - A infração a qualquer dispositivo deste capítulo será punida

com a multa que variará de 1/5 (um quinto) a 2 (dois) salários mínimos vigentes, duplicadas a cada reincidência, não anulando as multas já impostas em outros capítulos.

CAPITULO XII - POÇOS DE VENTILAÇÃO, AREAS E REENTRANCIAS

Art. 103º - A ventilação dos compartimentos de utilização transitória e de

utilização especial poderá, em casos expressos, a critério do Departamento Competente, ser feita através de poços de ventilação.

Art. 104º - Os poços de ventilação de que trata o artigo 103, deverão: a) Ter largura mínima de 1,00 m (um metro) e área mínima de 1,50 m²

Referências

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