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ESCOLA PRÁTICA DE POLÍCIA DEONTOLOGIA POLICIAL. 10.º Curso de Formação de Agentes 2.ª Fase

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(1)

ESCOLA PRÁTICA DE POLÍCIA

10.º Curso de Formação de Agentes 2.ª Fase

DEONTOLOGIA

POLICIAL

(2)

Competência - 5

(3)

Estruturada para 59 horas letivas, das quais: 44 horas de Investigação Criminal;

3 de Técnicas de Intervenção policial; 5 de Socorrismo;

5 de Psicossociologia 2 de Deontologia Policial

Inclui 4 módulos:

Compreender a organização da IC; Conhecer o modelo de IC na PSP;

Recolher as primeiras informações relativas ao crime junto de vítimas e testemunhas;

Saber efetuar a gestão do local do crime (incluí simulações).

As disciplinas de TIP, Socorrismo, Psicossociologia e Deontologia Policial irão “entrar” no 4º módulo da competência - Saber efetuar a gestão do local do crime

Todas as 5 disciplinas irão contribuir para dotar os alunos de conhecimentos concretos acerca da gestão inicial do local do crime, com incidência para os procedimentos de segurança,

(4)

Investigação criminal

Artigo 1.º Definição

A investigação criminal compreende o conjunto de diligências que, nos termos da lei processual penal, se destinam a averiguar a existência de um crime; determinar os seus agentes e a sua responsabilidade e descobrir e recolher as provas no âmbito do processo.

(5)

PONTOS A DESENVOLVER

I) A ética policial no contexto dos pilares da

gestão do local do crime.

II) Os perigos decorrentes do preconceito e da

discriminação em investigação criminal.

III) A gestão do local do crime - salvaguarda da

imagem e intimidade dos intervenientes

(vítimas, suspeitos e testemunhas).

(6)

IV) A cooperação institucional entre a PSP e

os outros órgãos de polícia criminal em

matéria de competências de investigação

criminal.

V) O papel da comunicação social versus os

superiores interesses da investigação criminal

enquanto instrumento de realização da

justiça.

(7)

I

A ética policial no

contexto dos pilares da

gestão do local do crime

(8)

A excelência na gestão do local do crime assenta em

três grandes pilares

que se articulam e complementam:

1.1) Jurídico-legal.

1.2) Técnico-procedimental.

(9)

1.1) Jurídico-legal

Quadro jurídico-legal interno de onde

emerge a investigação criminal:

a) A Constituição da República Portuguesa e seus anexos (Declaração Universal dos Direitos do Homem e Lei de Segurança Interna);

b) O Direito Processual Penal;

c) A Lei de Organização da Investigação Criminal;

d) O Direito Penal;

e) Instruções e pareceres da IGAI;

f) NEP(s) e instruções da DN/PSP que direta ou indiretamente reportam à atividade de Investigação Criminal; (entre outras normas).

(10)

1.2) Técnico-procedimental

Refere-se ao desempenho consciencioso e

sistemático dos profissionais de polícia

quanto ao isolamento, preservação, recolha,

tratamento e custódia dos vestígios e

indícios encontrados na cena do crime.

Para o efeito são utilizados métodos,

técnicas

e

instrumentos

forenses

(específicos ou não) de acordo com as

necessidades investigatórias.

(11)

1.3) Ético-deontológico

Pilar humanista. Farol orientador da atividade

de investigação criminal, da dignidade pessoal e profissional.

Tem por objeto o conhecimento, a interiorização e a aplicação dos valores ético-deontológicos que estão na base da estrutura e funcionamento de um Estado de Direito Democrático; da PSP e do sistema de justiça português, do qual são parte integrante.

(12)

O

pilar

ético-deontológico

enquanto

atividade de investigação criminal/

gestão do

local do crime,

constitui um instrumento de

realização da justiça,

(não pode violar, tem

de proteger e deverá criar condições)

para que os cidadãos possam exercer os

seus

direitos,

liberdades

e

garantias

fundamentais; num quadro de globalização

em que emerge o fenómeno de diversidade

social e cultural.

(13)

Padrões éticos

(aplicados)

de

atuação na gestão do local do

crime

Valores éticos

(14)

II

Os perigos decorrentes do

preconceito e da

discriminação em

(15)

O preconceito, o estereótipo e o rótulo

constituem

"juízos"

preconcebidos,

manifestados geralmente na forma de uma

atitude

“discriminatória" perante pessoas,

lugares

ou

tradições

considerados

diferentes ou "estranhos".

Costuma indicar um desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, diferente do seu (etnocentrismo). As formas mais comuns de preconceito são: social, racial

(16)

Artigo 13.ª da CRP

(Princípio da igualdade)

1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.

2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

(17)

Artigo 32.º da CRP

(Garantias de processo criminal)

2. Todo o arguido se presume inocente até ao trânsito em julgado da sentença de condenação, devendo ser julgado no mais curto prazo compatível com as garantias de defesa.

(18)

Gestão do local do crime -

OBJETIVIDADE

Objetividade é a qualidade daquilo que é objetivo, externo à consciência, resultado de observação imparcial, independente das preferências individuais.

Kant apresenta a objetividade como algo que tem validade universal, independentemente de religião, cultura, época ou lugar. Neste contexto, o seu contrário é o relativismo e a arbitrariedade.

(19)

Prestação de um mau serviço à justiça

Os perigos decorrentes do

preconceito e da discriminação

em investigação criminal

poder-se-ão traduzir em

condenações de

inocentes

;

absolvição de

criminosos

,

agravamento ou

diminuição da sua culpa

;

(20)

III

A gestão do local do crime -

salvaguarda da imagem e

intimidade dos intervenientes

(21)

Artigo 26.º da CRP

(Outros direitos pessoais)

1. A todos são reconhecidos os direitos à

identidade pessoal, ao desenvolvimento

da personalidade, à capacidade civil, à

cidadania,

ao bom nome e reputação, à

imagem,

à

palavra,

à

reserva

da

intimidade da vida privada e familiar

e à

proteção legal contra quaisquer formas

de discriminação.

(22)

Competências a desenvolver pelo

investigador criminal

Ter uma grande sensibilidade para os crimes sexuais; de violência doméstica e todos aqueles que pela sua

grande brutalidade se exige a especial preservação da imagem e intimidade das vítimas.

Ter em conta que em determinados tipos de crimes é muito importante salvaguardar a identidade das

testemunhas para garantir sua proteção e participação no processo.

(23)

Ter em conta que em determinados tipos de crimes é muito importante a salvaguarda da identidade dos suspeitos ou arguidos para a

proteção do direito à imagem e da sua própria integridade física/vida,

(24)

IV

A cooperação institucional

entre a PSP e os outros

órgãos de polícia criminal em

matéria de competências de

(25)

Art.º 263 do CPP Direção do inquérito

1- A direção do inquérito cabe ao Ministério Público, assistido pelos órgãos de polícia criminal.

(26)

Órgãos de polícia Criminal existentes em

Portugal

PSP, GNR, PJ, PJM, ASAE, SEF, PM, IGJ, IGT, Direção Geral Impostos, Autoridade da Concorrência, Autoridade Marítima, CMVM, Inspeção Geral das Atividades Culturais, Inspeção Geral Ambiente e Ordenamento do Território, Órgão da Administração da Segurança Social; Direção Geral das Alfândegas e dos Impostos Específicos Sobre o Consumo e Guardas Florestais.

(27)

Embora por vezes seja a PSP o primeiro OPC a chegar ao local do crime e efetue a inspeção judiciária; ou a notícia do crime venha a surgir na sequência de investigação criminal iniciada pela PSP; (por razões de natureza legal e de estratégia de investigação), nem sempre é a PSP que irá proceder à investigação/inquérito subsequente, enquanto coadjuvante do MP.

Caso exista uma transferência do processo crime, da PSP para a tutela de investigação da PJ (por exemplo) ou qualquer outro OPC,

(28)

Dever de cooperação institucional e profissional devida entre ambos os OPC

-Lealdade;

-Rigor legal e técnico;

-Verdade;

- Transferência de toda a informação útil;

-Partilha de conhecimentos e experiências.

Há que desmistificar a ideia de que a PSP fez o trabalho mais difícil e os outros OPC é que

(29)

V

O papel da comunicação social

versus os superiores interesses

da investigação criminal

enquanto instrumento de

(30)

Tipos de crimes mais noticiados pelos órgãos de comunicação social

(no contexto da gestão do local do crime)

• Atentados contra a (vida, integridade física,

liberdade e bens patrimoniais), nomeadamente em escolas, salas de espetáculos; transportes públicos e espaços públicos bastantes movimentados.

• Roubos em instituições bancárias,

multibancos, ourivesarias, farmácias, táxis e veículos de transportes de valores.

(31)

• Crimes de terrorismo e crimes de vária

ordem quando cometidos por organizações criminosas.

• Crimes contra a liberdade e

autodeterminação sexual.

• Crimes cuja especial censurabilidade

decorre do fato de as vítimas serem pessoas

especialmente desprotegidas (condição

(32)

•Todos os crimes violentos com recurso a

engenhos explosivos.

• Acidentes rodoviários, ferroviários e aéreos (envolvendo muitas viaturas, número elevado de mortes e feridos).

•Crimes contra a saúde pública.

• Homicídios violentos.

(33)

Os órgãos de comunicação social

(34)

Art.º 37 da CRP

(Liberdade de expressão e informação)

1) Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar e ser informados, sem impedimentos nem discriminações.

2) O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.

(35)

3) As infrações cometidas no exercício destes direitos ficam submetidas aos princípios gerais de direito criminal ou do ilícito de mera ordenação social, sendo a sua apreciação respetivamente da competência dos tribunais judiciais ou de entidade administrativa independente, nos termos da lei.

(36)

Art. 38.º da CRP

(Liberdade de imprensa e meios de comunicação social)

1. É garantida a liberdade de imprensa. 2. A liberdade de imprensa implica:

b) O direito dos jornalistas, nos termos da lei, ao acesso às fontes de informação e à proteção da independência e do sigilo profissionais (...).

(37)

ERC

(Entidade Reguladora para a Comunicação Social)

Art.º 39.º da CRP

(Regulação da comunicação social)

1) Cabe a uma entidade administrativa independente assegurar nos meios de comunicação social:

a) O direito à informação e à liberdade de imprensa;

b) A independência perante o poder político e o poder económico.

c) O respeito pelos direitos, liberdades e garantias pessoais;

(38)

Código Deontológico

dos Jornalistas

- Aprovado em 4 de Maio de 1993 -

(39)

Fins e proteção dos interesses da gestão do local do crime

(40)

1) Conjunto de diligências (estratégicas e táticas) que visam investigar a existência de um crime;

2) Determinar os seus agentes;

3) Determinar a sua responsabilidade;

4) Recolher e preservar as provas (pessoal e material);

(41)

5) Utilização de um conjunto de técnicas;

6) Utilização de um conjunto de instrumentos;

7) Coadjuvação das Autoridades Judiciárias cuja finalidade última é a realização da justiça com base na lei; na salvaguarda de direitos liberdades e garantias e no respeito pelas regras de conduta ético-deontológicas.

(42)

Órgãos de Comunicação Social

versus

PSP - Gestão do local do crime

(43)

Apresentação do trabalho realizado pela turma, relativo ao VALOR DEONTOLÓGICO da semana

(44)

Relembrando

A DEONTOLOGIA POLICIAL É O

CUMPRIMENTO DOS DEVERES

INERENTES AO EXERCÍCIO DA

NOSSA PROFISSÃO, BASEADOS NOS

VALORES, NA LEI E NA GARANTIA E

RESPEITO PELOS DIREITOS E

LIBERDADES DOS CIDADÃOS QUE

SERVIMOS.

(45)

Referências

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