A potência do veículo, porém, está disfarçada, já que o Fusquinha mantém boa parte de sua estética original, onde se percebe que as belas rodas, bem próximas das originais, foram cromadas. Mas reparando bem no “vovô” nota-se um peque-no radiador de óleo, que segundo o dopeque-no é o coração do siste-ma. “Sem ele a temperatura sobe muito”, afirma Fábio.
O motor refrigerado a ar agora gira a altas 6.200 rpm e estima-se que a potência de 95 cavalos faça o carro atingir 180 km/h. Para manter a segurança e estabilidade do Fusca, a suspensão recebeu amortecedores TAG mais firmes e bar-ra estabilizadobar-ra na tbar-raseibar-ra. O freio também recebeu modi-ficações, com os cilindros de rodas maiores: os dianteiros do Fuscão e os traseiros, do Fusca 1300.
Modificações:
Carburador: dois carburadores Weber 40, com coletores de admissão.
Pistões Mali forjados, motor com cilindrada de 1678 cm3(graças à adoção de um jogo
de cilindros e pistões de SP2). Cabeçotes rebaixados, chegando à taxa de compressão de 11:1, com polimento nos dutos.
Vibrabrequim balanceado e comando de válvulas Engle.
Suspensão com amortecedores TAG de maior carga e barra estabilizadora na traseira. Pneus 195/55-15 na frente e 195/65-15 atrás, montados nas rodas de Porsche 356 .
No interior quase tudo permanece original, a não ser os mostradores adicionais embaixo do painel.
Se a casca é pacata, o coração bate forte com esse 1600 com direito a comando de válvula, peças forjadas e dois carburadores.
FUSCA TURBO, O BESOURO
VOADOR: TURBINADO E
LEGALIZADO, SIM, SENHOR!
Este modelo 1979, único dono, com 98% de originalidade e apenas oitenta mil qui-lômetros rodados, é realmente de dar inveja. O seu proprietário, Ed Carlos Galbe, paciente e de extremo bom-gosto, foi comprando as peças aos poucos, e quando estava com tudo na mão, começou a preparar o “veneno”.
O motor 1.300 foi substituído por um 1.600 turbo; o câmbio original deu lugar a um de SP2; a suspensão foi trocada por uma de catraca; os freios a tambor foram substituídos por discos e os traseiros por tambores maiores. Também foram feitos trabalhos nos cilindros para melhora da frenagem; os amortecedores foram substi-tuídos por outros e preparados.
Turbinado e Legalizado. Esse liso vermelhinho está fuçado, conta ainda com uma turbina, mas tudo documentado e legalizado, como manda o figurino.
Modificações:
Carburador: dois Weber 40, alimentando em conjunto com o comando Engle de duração 276º/286º.
Cabeçote re-trabalhado em volume das câmaras, dutos polidos e válvulas de admissão maiores com molas Engle duplas. Suspensão: amortecedores retrabalhados, bem como os freios e cilindros de roda. Conta ainda com um tambor de Brasília na traseira. Pneus 195/60-15 na frente, e
195/65-15 atrás.
Com as modificações, o motor chega a 195cv, faz de 4,5 a 5 km/litro e atinge os 200 km/h. Simplesmente um verdadeiro “Besouro Voador”.
A busca pela manutenção da originalidade se reflete tam-bém na pintura do carro. O proprietário passou três anos pro-curando alguém pra fazer a pintura, que estava queimada em virtude dos 24 anos de vida. Mesmo assim, o Fusca foi pinta-do apenas onde era extremamente necessário, pois embaixo dos pára-lamas e na parte de dentro do Fusca foi mantida a pintura original, sendo feito somente um polimento.
Vale mencionar que o carro é legalizado, portanto, pode rodar tranqüilamente pelas ruas. No documento indica que ele foi modificado e vistoriado pelo Inmetro. O visual externo é impecável, com as belas rodas aro 15 do Porsche 914, assim como o interior, que também não deixa a desejar, com volan-te de Passat TS, conta-giros e diversos manômetros. Mas não é apenas a beleza que impressiona, porque o Fusca é um canhão equipado com seu turbocompressor IHI e ajustado para rodar com 1,2 bar de pressão.
A turbina fica bem guardada no cofre do motor e além de render mais alguns cavalos também garante um zumbido especial.
Além do volante no estilo TS mostradores monstros ajudam a monitorar o possante.
FUSCA AP:
FUSCA COM SABOR DE GOLF
É difícil acreditar que este belo Fusca 1980 já foi pura sucata. Verdadeira fênix de lata, o carro foi refeito quase completamente: tapeçaria, mecânica, funilaria, suspensão e diversos outros itens.
Aqui, a necessidade foi, de fato, mãe da invenção. O “Projeto AP”, como foi batizado, nas-ceu da adversidade. Sem recursos para comprar um carro novo, o proprietário teve a idéia de montar um Fusca que fosse confortável, moderno, diferente e silencioso. O resultado foi o pro-jeto AP, que apesar de não ser inédito é bastante inovador e com configurações que o tornam um bom exemplo da união perfeita entre a modernidade e o estilo clássico. O AP também tem vantagens práticas. Além de bonito, é econômico e bastante silencioso.
Estilo liso e uma mecanica AP, modernidde e passado no mesmo carro.
Reciclado
Um Golf batido foi o doador da mecânica. Para colocar esse motor na parte traseira do Fusca foi preciso realizar um bom trabalho de adaptação. O suporte de baixo é do Gol geração III. Outro item adaptado foi o escapamento, que faz uma volta por trás do motor para atingir o comprimento necessário. O câmbio é da Kombi com carcaça de embreagem maior e foi acoplado ao motor com um flange especial – a parte mais complicada da adaptação. O radiador fica entre o câmbio e o motor, fixado com coxins do escapamento do Opala. A ventilação fica por conta de duas ventoinhas elétricas.
O conjunto com ótimos resultados foi conseguido, porém, por conta da qualida-de das adaptações mecânicas. Uma incrível combinação entre o qualida-design clássico qualida-de um mito automobilístico e a modernidade da mecânica de hoje.
Modificações:
Discos de freio maiores com pinça de Santana e atrás tambor original com lonas traçadas.
Pneus 195/65-15 com rodas de Golf 5 furos.
Potência de 110 cv.
E se a mecanica é moderna o interior não fica para trás e acomoda com estilo e conforto seus ocupantes.
O Ap é silencioso, por isso o típico barulhinho do motor refrigerado a ar não aparece nesse Fusca.
O MÍNI ROYCE: ALEMÃO PARA
INGLÊS VER
O carisma do Fusca vem da sua beleza rústica, da sua praticidade mecânica e principalmente do tradicional conceito de ser o carro mais amado do Brasil. Disso ninguém duvida! No entan-to, a Volkswagen, num lance divertido e ousado, decidiu fazer um Fusca mais sofisticado em suas linhas. E foi buscar a inspiração no mais luxuoso. O paradoxal projeto reuniu o carro mais caro do mundo (e um dos mais bonitos, também) e o mais popular: um híbrido entre o clássi-co e luxuoso Rolls-Royce e o Fusca.
De Rolls Royce só a cara, por que debaixo desse capo de fibra está um legítimo Fusca.
Para criar o modelo que imitava o desenho do milionário Rolls-Royce, os engenheiros da montado-ra tivemontado-ram de quebmontado-rar a cabeça e logo fomontado-ram obriga-dos a fazer algumas alterações no besouro. As modi-ficações incluíam um kit em plástico reforçado com fibra-de-vidro com duas peças, capô dianteiro e capô do motor.
O desenho dá um aspecto bem diferente ao Fusca, ideal para os amantes dos famosos carros ingleses de luxo, mas que não possuíam condições de importar um. Note como o capo dianteiro se encaixa bem no lugar onde antes estava o original do Fusquinha. Nesse modelo, os faróis dianteiros foram colocados ao lado da grade.
Não é só a frente que muda, nesse mini Royce o capô do motor e as lanternas traseiras foram mudadas também.
FUSCA V-8:
MAIS DO QUE VOCÊ ESPERAVA
É noite. O carro turbinado pára no semáforo. Verdadeira fera do asfalto, ronca sua potência em marcha-lenta. À sua direita está um carrinho da moda turbinado; à esquerda, um pacato Fus-quinha. O “piloto”, ensaiando um desafio, sequer considera o Volks. Acelera olhando para a direita, para o turbinado que teria condições de encarar o “racha”. Os dois motoristas sorriem cinicamente e se concentram. No entanto, quando o verde do semáforo sinaliza a largada, os dois perplexos “pilotos” ouvem o barulho de um V-8 roncando alto. Só então percebem,
atôni-tos, que o desprezado Fusquinha largou bem na frente. Acabavam de testemunhar um mito. Um brinquedo para gente grande, um simpático fusquinha com uma mecanica de Maverick V8.