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Aula 03. I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

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Resumo elaborado pela equipe de monitores. Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e quaisquer outras formas de compartilhamento.

Turma e Ano: Turma Regular Master B (2015) Matéria / Aula: Direito Administrativo Professor: Luiz Jungstedt

Monitora: Fernanda Helena

Aula 03

Provimentos com amparo constitucional (continuação)

➜ Provimento de cargo público

Recondução com vida própria

Essa é uma espécie de recondução que independe de prévia reintegração. A recondução com vida

própria está prevista na lei 8.112/90, inciso I do art. 29.

Art. 29 da lei 8.112/90. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

OBS: O Estado do Rio de Janeiro, no Governo de Sérgio Cabral, publicou decreto que reproduz

rigorosamente o que está no artigo 29, I da lei 8.112/90, ou seja, regulamentou a possibilidade de

recondução com vida própria.

A ideia desse dispositivo é a de estimular o servidor a continuar se especializando e progredindo

dentro da administração pública; para isso, a lei cria uma facilitação que permite ao servidor estável

deixar o seu cargo de origem, ingressar em outro e, caso não seja aprovado no estágio probatório do

novo cargo, retornar ao cargo anterior sem que seja exonerado do serviço público. O fundamental

dessa ideia é a compreensão de que a estabilidade é no serviço púbico e não no cargo, pois não existe

cargo estável.

Exemplo: caso um servidor público federal estável preste outro concurso, dentro da esfera federal

para um cargo não cumulável, ele deverá passar por novo estágio probatório, pois se trata de uma

nova função. Entretanto, caso esse servidor não seja aprovado no novo estágio probatório, ele não

será exonerado, mas sim reconduzido ao cargo de origem.

Antes dessa solução, oferecida pela lei 8.112/90, o aconselhável era que o servidor requeresse uma

licença para tratar de assuntos particulares. Esse recurso continua sendo aconselhável para os

servidores das outras esferas de governo que não aderiram à recondução por inabilitação em estágio

probatório relativo a outro cargo.

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Termo de posse

Ao assinar o termo de posse, na União Federal, o servidor proveniente de outro ente da federação

terá que declarar que não está em exercício de função pública.

Art. 13, Lei 8.112/90. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.

Atenção! O artigo 13 da lei 8.112/90 não pede uma declaração de “não ter a posse em outro cargo”.

Por esse motivo é que a licença para tratar de assuntos particulares é um instrumento idôneo para a

posse em novo cargo na esfera federal, de acordo com o § 5º, artigo 13 da lei 8.112/90.

(...)

§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.

Processo administrativo sumário

O PAD sumário existe para as infrações documentalmente comprovadas, como as que ocorrem, por

exemplo, na acumulação ilegal de cargos públicos. Este procedimento está regulado no artigo 133

da lei 8.112/90.

Art. 133, lei 8.112/90. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por dois servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

III - julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1º A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á pelo nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime jurídico. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2º A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, bem como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, observado o disposto nos arts. 163 e 164. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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§ 3º Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 4º No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3º do art. 167. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 5º A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97).

Atenção! Segundo o disposto no § 5º do artigo 133 da lei 8.112/90 é possível, ao servidor que

acumulou cargo ilegalmente, fazer a opção até o ultimo dia do prazo para a apresentação da sua

defesa, sem que isso acarrete em algum tipo de prejuízo, salvo, a exoneração automática do cargo

que não fez a opção. A lei considerada essa manobra como uma saída de boa-fé da acumulação

ilegal.

§ 6º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 7º O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 8º O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Atenção! O STF tem julgados no sentido de que a recondução com vida própria pode ser alargada

para diferentes entes da federação. A questão versava sobre o pedido de vacância de um servidor

federal que iria ocupar cargo, para o qual foi aprovado, no município de São Paulo. No caso em tela,

o servidor venceu o estágio probatório no município de SP e, dois dias após esse vencimento, pediu

a recondução ao cargo de origem. O STF negou o pedido sob o argumento de que a recondução

deveria ter sido feita ao longo do estágio probatório, ou seja, a contrário senso, independente da

diferença de esferas de Governo, o STF admite a recondução com vida própria.

Atenção! A AGU tem uma antiga súmula (nº 16), hoje, orientação normativa, que explica a figura

da recondução com vida própria e deixa claro que o dispositivo da lei 8.112/90, que trata do tema,

diz respeito, apenas, ao universo da União.

Súmula nº 16, AGU: O servidor estável investido em cargo público federal, em virtude de

habilitação em concurso público, poderá desistir do estágio probatório a que é submetido com apoio

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no art. 20 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e ser reconduzido ao cargo inacumulável de

que foi exonerado, a pedido.

 É importante ressaltar que o servidor reconduzido só voltará ao cargo de origem se este não tiver

sido ocupado, pois não há a previsão de efeito cascata, nesse sentido; assim, o reconduzido que teve

seu cargo de origem preenchido deverá ser reaproveitado em outro cargo ou, em último caso,

colocado em disponibilidade com a percepção proporcional ao tempo de serviço dos proventos, §2º

do art. 41 da CRFB/88.

OBS: O reaproveitamento pode ser em outro órgão, entidade autárquica, mas tem que ter

compatibilidade de atribuição e de vencimentos.

Art. 41, CF (...) § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Esse dispositivo constitucional é uma exceção à regra do concurso público, pois permite ao servidor ocupar

cargo público em instituição para a qual não prestou concurso. Essa possibilidade ocorre devido aos efeitos

da estabilidade no serviço público.

Aproveitamento em cargo público

O §3º do art. 41 da CRFB/88 trabalha o aproveitamento, que é o oposto da disponibilidade do

servidor. A disponibilidade joga o servidor para a inatividade e o aproveitamento traz o servidor

para a ativa.

Art. 41, CF. § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

O servidor em disponibilidade não pode negar o aproveitamento, da mesma forma, a máquina

administrativa, quando houver a possibilidade de aproveitamento, também não pode deixar de

fazê-lo. Por esse motivo é que o administrador público, antes da realização de um concurso, tem que

observar se não há nenhum caso de disponibilidade que possa ser aproveitado em seus quadros,

arts. 30 – 32 da lei 8.112/90.

Art. 30, lei 8.112/90. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

Art. 31, lei 8.112/90. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal.

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Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art. 37, o servidor posto em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, até o seu adequado aproveitamento em outro órgão ou entidade. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 32, lei 8.112/90. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.

Em síntese: o aproveitamento é um ato vinculado, tanto para o Governo quanto para o servidor

e, para que seja efetivado, deverá observar o requisito da proporcionalidade nas atribuições e nos

vencimentos do cargo de origem do servidor aproveitando.

Cassação

Demissão

Servidor em inatividade

Servidor em atividade

Disponibilidade em cargo púbico

O Decreto Federal 3.151/99 responde a muitas das questões sobre a disponibilidade, inclusive,

segundo o professor, a mais interessante delas, que é a maneira de realização do cálculo sobre o

provento proporcional ao tempo de serviço do servidor, prevista no art. 6º do Dec. Fed.

Art. 6º, Decreto 3.151/99 A remuneração do servidor em disponibilidade será proporcional a seu tempo de serviço, considerando-se, para o respectivo cálculo, um trinta e cinco avos da respectiva remuneração mensal, por ano de serviço, se homem, e um trinta avos, se mulher.

§ 1o No caso de servidor cujo trabalho lhe assegure o direito à aposentadoria especial, definida em lei, o valor da remuneração a ele devida, durante a disponibilidade, terá por base a proporção anual correspondente ao respectivo tempo mínimo para a concessão da aposentadoria integral.

§ 2o Nos termos do art. 1o da Lei no 8.852, de 4 de fevereiro de 1994, e exclusivamente para o cálculo da proporcionalidade, considerar-se-á, como remuneração mensal do servidor, o vencimento básico, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes relativas ao cargo público.

§ 3o Não se incluem no cálculo da remuneração proporcional: I - o adicional pela prestação de serviço extraordinário; II - o adicional noturno;

III - o adicional de insalubridade, de periculosidade ou pelo exercício de atividades penosas; IV - o adicional de férias;

V - a retribuição pelo exercício de função ou cargo de direção, chefia ou assessoramento; VI - a gratificação natalina;

VII - o salário-família; VIII - o auxílio funeral; IX - o auxílio natalidade;

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X - o auxílio alimentação; XI - o auxílio transporte; XII - o auxílio pré-escolar; XIII - as indenizações; XIV - as diárias;

XV - a ajuda de custo em razão de mudança de sede; e XVI - o custeio de moradia.

§ 4o Além da remuneração proporcional, o servidor em disponibilidade perceberá, integralmente, as vantagens pessoais nominalmente identificadas, por ele já incorporadas.

Atenção! O parâmetro para o cálculo dos proventos proporcionais da disponibilidade, ainda leva

em consideração o tempo de serviço. Esse detalhe é importante, porque, com as reformas

proporcionadas pela EC. Nº 20, o tempo de serviço, que era o grande protagonista até então, passou

a ser considerado um mero coadjuvante.

Em outras palavras: atualmente, o parâmetro para qualquer cálculo previdenciário leva em conta o

tempo de contribuição, salvo o cálculo realizado para os proventos proporcionais da

disponibilidade, que ainda leva o tempo de serviço como parâmetro mais importante.

Formas de disponibilidade

Há duas formas previstas que possibilitam ao servidor ficar em disponibilidade:

Pela extinção do cargo – realizada por Lei -;

Pela declaração da desnecessidade do cargo - realizada por decreto.

O art. 10 do Decreto Federal 3.151/99 delega a competência para a declaração de desnecessidade do

cargo aos Ministros de Estado e ao AGU:

Art. 10, Decreto 3.151/99. Fica delegada competência aos Ministros de Estado e ao Advogado-Geral da União para a prática dos atos de declaração de desnecessidade de cargos públicos e de colocação dos respectivos ocupantes em disponibilidade remunerada.

Atenção! Segundo o professor, extinção de um cargo público não deve ser o primeiro passo a ser

tomado, uma vez que, declarada a sua extinção, que é feita por lei, será necessária outra lei para a

criação do cargo extinto, caso seja necessário. Ademais, com a EC. Nº 32, o Presidente da República

pode extinguir os cargos vagos por meio de decreto. Art. 84 VI b da CRFB/88.

Art. 84, CF. Compete privativamente ao Presidente da República: VI – dispor, mediante decreto, sobre:

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

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Atenção! A disponibilidade, por força de dispositivo constitucional, é um instituto voltado para

o servidor estável. Art. 41, §3º da CRFB/88 c/c súmula 22 do STF.

Art. 41, CF (...) § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).

Súmula nº 22, STF: O estágio probatório não protege o funcionário contra a extinção do cargo.

➜ Provimentos com amparo nos estatutos

Provimento horizontal (readaptação)

A readaptação ocorre quando o servidor sofrer alguma limitação física ou mental e, em decorrência

dessa limitação, sobrevier à necessidade de investidura em outro cargo. Essa nova investidura,

desde que compatível com as limitações do servidor, está prevista no art. 24 da 8.112/90.

A ideia central da readaptação é a de manter o servidor na ativa, apesar da limitação física e/ou

psíquica que tenha adquirido/desenvolvido.

Art. 24, Lei 8.112/90. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.

§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97).

Na pratica, a aposentadoria por invalidez não é uma primeira opção. Classicamente, o servidor

recebe uma licença médica de 02 anos, prorrogável (a depender do estatuto); depois a administração

avalia a possibilidade de readaptação; e, só então, o servidor é aposentado por invalidez.

Esse procedimento acontecia com muita frequência até o advento da EC. Nº 41, uma vez que, o

servidor inativo não contribuía. Entretanto, com o advento dessa emenda, o servidor passou a

contribuir, mesmo que na inatividade, e o tema não desperta mais tanta importância quanto tinha

no período antecedente à reforma previdenciária. Art. 188 §§ 1º e 2º da lei 8.112/90.

Art. 188, Lei 8.112/90. A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.

§ 1o A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde, por período não excedente a 24 (vinte e quatro) meses.

§ 2o Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor será aposentado.

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Reingresso (reversão)

A reversão não tem amparo constitucional, mas apenas nos estatutos. A reversão é o retorno do

aposentado por invalidez à atividade quando se tronarem insubsistentes os motivos que deram

origem à invalidez. Art. 25 da Lei 8.112/90

Art. 25, Lei 8.112/90. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

II - no interesse da administração, desde que: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

b) a aposentadoria tenha sido voluntária; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001).

c) estável quando na atividade; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

e) haja cargo vago. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da aposentadoria. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) § 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Atenção! Motivos inexistentes tornam fraudulenta uma aposentadoria por invalidez. O termo

correto é insubsistência de motivos.

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Vacância de cargos públicos na lei 8.112/90

A lei 8.112/90 apresenta um rol de vacância de cargos públicos no seu art. 33:

Exoneração – art. 34 da 8.112/90;

Demissão – art. 132 da 8.112/90;

Provimentos ao mesmo tempo – art. 5º inciso II ao V;

Aposentadoria – art. 40 da CRFB/88

Posse em cargo inacumulável – art. 37, incisos XVI e XVII da CRFB/88.

Exoneração

A exoneração não é penalidade, a prova disso é o disposto no artigo 127 da lei 8.112/90 que indica

o rol das penalidades disciplinares:

Art. 127, Lei 8.112/90. São penalidades disciplinares: I - advertência;

II - suspensão; III - demissão;

IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V - destituição de cargo em comissão;

VI - destituição de função comissionada.

A exoneração de ofício, no estágio probatório, deve ser precedida de processo administrativo

disciplinar. Certo ou errado?

R. Errado, pois o processo administrativo disciplinar tem o escopo de punir o servidor e a exoneração não

é punição. O servidor que for exonerado de ofício no estágio probatório terá direito ao processo

administrativo e ao contraditório, sem a ampla defesa, porque o servidor exonerado não está sendo acusado.

Atenção! As expressões: processo disciplinar, ampla defesa e inquieto administrativo não

coaduna com a expressão exoneração, porque a exoneração não está ligada a ilícito e, portanto, não

sofre punição.

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Tipos de exoneração:

a. Exoneração de ofício

A exoneração de ofício é a mais polêmica, porque é contrária à vontade do servidor e ocorre durante

o estágio probatório. O art. 20 da lei 8.112/90 estabelece os requisitos para a avaliação do servidor a

fim de que o este se torne, ou não, estável.

Art. 20 da lei 8.112/90. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (Vide EMC nº 19)

I - assiduidade; II - disciplina;

III - capacidade de iniciativa; IV - produtividade;

V- responsabilidade.

A avaliação do servidor em estágio probatório compete a cada ente da federação responsável pela

sua contratação. Na União, a avaliação final é realizada nos 04 últimos meses, antes do termo final

do estágio, por uma comissão formada para esse fim.

Atenção! O § 4º do art. 41 da CRFB/88 estabelece que a avaliação final de desempenho é condição

obrigatória para a aquisição da estabilidade, sem ela, mesmo que o período de estágio probatório

termine, o servidor não se trona estável.

Art. 41, CF. § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

b. Exoneração a pedido

É aquela solicitada pelo servidor.

A máquina administrativa pode negar o pedido de exoneração?

Em regra, não pode. O fundamento é o princípio do livre exercício de qualquer atividade

econômica, previsto no paragrafo único do art. 170 da CRFB/88. Não obstante, pelo princípio

da continuidade do serviço, o pedido de exoneração pode ser postergado até que a

Administração encontre um substituto.

Art. 170, CF. (...) Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

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Em alguns casos a exoneração a pedido do servidor poderá ser negada.

Exemplo: Servidor comete uma infração e prestes a ser descoberto e para não ser punido, ele pede a

exoneração. A lei 8.112/90, no seu art. 172, estabelece que, nessa situação, o pedido de exoneração

só será concedido, após a conclusão do processo administrativo disciplinar instaurado.

Art. 172, lei 8.112/90. O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.

Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o parágrafo único, inciso I do art. 34, o ato será convertido em demissão, se for o caso.

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