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CAPÍTULO 3 TRANSISTOR BIPOLAR DE JUNÇÕES

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Academic year: 2021

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(1)
(2)

Nota: Na resolução dos problemas consideraram-se as equações de Ebers-Moll ou derivadas 1 1 ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ = − − α − ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ C E T T U U U U E ES R CS I I e I e 1 1 ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ = −α − + − ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ C E T T U U U U C F ES CS I I e I e 0 1 ⎛ ⎞ ⎜ ⎟ = β + − ⎜ ⎟ ⎝ ⎠ C T U U C F B CE I I I e 0 1 C T U U C F E CB I I I e ⎛ ⎞ ⎜ ⎟ = −α + − ⎜ ⎟ ⎝ ⎠ 0 1 C T U U E R B EC I I I e ⎛ ⎞ ⎜ ⎟ = β + − ⎜ ⎟ ⎝ ⎠ 0 1 C T U U E R C EB I I I e ⎛ ⎞ ⎜ ⎟ = −α + − ⎜ ⎟ ⎝ ⎠ onde IB IC IE UC UE (pnp) IB IC IE UB UE (npn)

Nos apontamentos teóricos da disciplina as equações anteriores devem ser alteradas, uma vez que as correntesIC e IB foram tomadas com os sentidos contrários aos apresentados. Com efeito, tomaram-se os sentidos para as correntes que lhes correspondem quando o transístor está na zona activa directa. Assim, as equações anteriores são equivalentes às dos apontamentos teóricos se os sinais de I e C I forem trocados. B

(3)

Problema TBJ1

Considerar o circuito da figura, que contém um transistor bipolar de junções com os seguintes valores: max 30 ; 5 ; 50 Cdisr C F U = V P = W β = IC IB IE UCE UC UE U EB EC RE 100 20 40 B C R E V E V = Ω = =

a) Calcular os valores das correntes e tensões indicadas. Desprezar o valor de IC0 e supor que

E B

U <<E . Calcular as potências postas em jogo nos diferentes elementos do circuito e a relação entre elas.

b) Calcular o mínimo valor que pode tomar R , explicando quais as razões físicas associadas E

à limitação considerada.

c) Para o caso indicado no esquema, haverá algum perigo para o transistor se se interromper o circuito de base?

d) Admitindo que E sofre uma variação B ΔEB <<EB e E se mantém constante, calcular o C

valor de ΔU ΔEB .

Resolução

a) Da análise das malhas do circuito obtém-se:

B E E E

(4)

(

)

E B C I = − I +I (2) = − C B C U E E (3) CE C E U =UU (4) E E U = −R I (5)

Das equações do transistor:

(

)

0 exp 1

C F B CE C T

I = β I +I U U − ⎤⎦ (6)

De (1), desprezando U face a E E , tem-se: B IE =200 mA. De (3) tem-se UC = −20 V. O transistor está a funcionar na região activa directa.

De (6) tem-se IC ≅ βF BI . De (2) e (6) obtém-se IC= −196 mA e IB= −4 mA. De (5) tem--se U = −20 V. 0, 08 W = = B E B B P E I = =7,84 W C E C C P E I 4 W = − = E R E P I U 3,92 WPtr=U IE E+I UC CI UC C = 7,92 W = + = B C for E E P P P = + =7,92 W E dis R tr P P P b) U IC C ≤5 W ⇒ IC ≤250 mA 20 V eUC = − IE = − −IC IB≅ − ⇒IC IE ≤250 mA min 20 V 80 80 = + = ⇒ ≥ Ω ⇒ = Ω E E C CE E E I R E U R R

A limitação está associada ao facto de a potência máxima posta em jogo no transistor ser de 5 W. Ultrapassar este valor pode conduzir, por exemplo, a uma migração dos átomos de impurezas dadoras (aceitadoras) para a zona de tipo p (n), com consequências irreparáveis para o dispositivo.

c) IB= ⇒0 IC= −ICE0IE =ICE0

CE C E E C CE CEdisr

(5)

Assim se se interromper o circuito de base a junção colectora entra em disrupção. A equação (6) deixa de ser válida, sendo a corrente de colector limitada pelo circuito exterior. Nestas condições:

10 V 100 mA e 100 mA

= ⇒ = + = ⇒ = = −

CE CEdisr E E CE C E C

U U I R U E I I

A potência posta em jogo no transistor é neste caso: max 3 W

≅ = <

tr C C C

P U I P

Conclui-se que a interrupção do circuito de base não envolve perigo para o transistor.

d) Nestas condições:

(

)

(

)

0 0 B B E E E E E B E E E E + ΔEU + ΔUR I + ΔI = ⇒ ΔE − ΔUR Δ = I

(

)

E E E E E U+ Δ = −U R I + ΔI ⇒ Δ = − Δ U R I Desprezando ΔUE obtém-se: 1 B B E U U E Δ = −Δ ⇒ Δ Δ ≅ −

(6)

Problema TB2

É dado o circuito da figura onde E1=15 V,E2 =20 V e R=150Ω . Os dados do transistor a 300 K são os seguintes: 0 max 200 ; 10 A ; 30 V ; 1 W β =F ICE = μ UCE disr = P = 0, 4 V = E U para IE =100 mA a) Calcular as correntes e tensões indicadas na figura.

b) Calcular os valores de ΔU0 Δ e de E1 ΔE1 Δ , supondo que IB Δ é uma variação da E1

tensão E1 sendo Δ << e queE1 E1 ΔU0 e Δ são as correspondentes variações de IB U0 e

B

I . Considerar E constante. 2

c) Calcular o valor máximo que E2 pode tomar supondo E1 constante, de modo que não

sejam excedidos os limites de funcionamento do transistor. IC E2 IB IE E1 U UCE UE UC R

Resolução

a) Das equações do transistor sendo UC =UCB e UE =UEB:

(

)

0 exp 1

C F B CE C T

(7)

(

)

(

)

exp 1 exp 1

E ES E T R CS C T

I =I U U − − α⎤ I U U − ⎤⎦ (2)

Das equações do circuito:

1 E E E =U +RI (3) 2 1 C U = − + (4) E E E B C I = − − (5) I I

De (4) tem-se UC= −5 V. Deste modo, utilizando (1) é-se conduzido a IC ≅ βF BIICE0. De (3), desprezando U face a E E (junção emissor-base polarizada directamente) tem-se 1

De (1), (3) e (5) tem-se:

99,5 mA ≅ −

C

I e IB ≅ −0,5 mA

Sendo U0= −RIE⇒ − = −E1 15 V. De (2) e para os valores dados

(

UE =0, 4 V, 0,1 A

=

E

I e UCE = −5 V

)

podemos concluir que:

(

)

exp

E ES E T

II U U (7)

o que nos permite calcular IES. Obtém-se IES ≅20,8 nA.

Os valores de U e das correntes podem ser determinados a partir das equações (3) e (7), E

uma vez que o transistor está na zona activa directa. Por um processo iterativo obtém-se: 97,3 mA e 0,399 V

≅ ≅

E E

I U .

b) Desprezando ΔUE em face de Δ obtém-se: E1

0 1 0 1 1 U E U E Δ ≅ −Δ ⇒ Δ Δ ≅ − Nessas condições:

(

)

(

)

1 1 1 1 30 k Δ = Δ = −E R IE R + β Δ ⇒ ΔF IB E Δ = −IB R + β = −F Ω

c) Para que o transistor não entre na saturação deve verificar-se a seguinte condição:

2 1 0 2 15 V

= − + < ⇒ > C

U E E E

Sendo 100 mAIE ≅ teremos IC≅ −99,5 mA e para que o transistor não exceda a potência máxima:

(8)

2 1 2

10 V 10 25 V

> − ⇒ − + > − ⇒ < C

U E E E

Como para E2=25V se tem UCE < UCE disr, a junção colectora não entra em disrupção (o que invalidaria as equações 1 ou 2), este valor corresponde efectivamente ao máximo valor de E para o qual a potência máxima do transistor não é excedida. 2

(9)

Problema TB3

Considerar o circuito da figura onde T é um transistor bipolar de junções de germânio com os seguintes parâmetros a 300 K: 0 max 100 ; 1 A ; 50 mW β =F ICE = μ P = 0,3 V = BE U para IE =10 mA e UC=10 V IB IC RC RB UCE U0 E2 IE UC UBE 2 100 k ; 3 k ; 10 V = Ω = Ω = B C R R E

a) Calcular o valor das correntes e tensões indicadas e a potência posta em jogo no transistor quando:

a1) U0 =10 V a2) U0 =0 V

b) Determinar, para U0 =10 V, o valor mínimo de RC para que não seja excedida a potência máxima no transistor.

c) Desenhar um esquema correspondente ao indicado, utilizando um transistor MOSFET, de modo a obter um funcionamento idêntico ao referido em a). Indicar justificadamente, qual o tipo e as características a exigir para esse transistor.

Resolução

a1) Com U0=10 V a junção emissor-base está polarizada directamente. Nessas condições:

(

0

)

0 0,1 mA

= − ≅ =

B BE B B

(10)

As equações de Ebers-Moll para o transistor npn podem ser obtidas das equivalentes para o transistor pnp por um dos processos seguintes: ou mantemos as equações e mudamos os sentidos de referências das correntes (que passam a sair) e das tensões (que deixam de ser referenciadas à base), ou mantemos os sentidos de referência e trocamos os sinais de I , C

B

I , IE, UC e UE nas equações. Optámos pela segunda solução. Duas situações são possíveis nas condições do problema: o transistor na região activa directa

(

UCB=UC >0

)

ou na saturação

(

UCB =UC<0

)

. Consideremos por hipótese o 1º caso. Da equação do transistor:

(

)

0⎡exp 1⎤ 0 10 mA −IC = −βF BI +ICE UC UT − ≅ −β F BIICEIC ≅ Da análise do circuito: 20 V = − ≅ = − = − C CE BE CE C C C U U U U E R I

o que não confirma a hipótese. O transistor está na saturação. Nessas condições:

0 3,33 mA ≅ ⇒ ≅ = CE C C C U I E R Da equação:

(

)

0 exp 1 C F B CE C T I I IU U ⎤ − = −β + − − ⎦ (1)

obtém-se 0, 288 VUC = − . A partir da equação de Ebers-Moll:

(

)

(

)

exp 1 exp 1

E ES E T R CS C T

I I U U IU U

− = ⎡ − − − α⎤ − − ⎦ (2)

e dos dados do problema

(

UE = −0,3 V para IE = −10 mA e UC =10 V

)

obtém-se

(

)

(

)

exp 1 exp 97 nA −IE =IESUE UT − + α⎤ R CSIIESUE UTIES ≅ Como 1 F R CS F ES ES ES F I I β I I α = α = ≅ + β e IE = − −IB IC = −3, 43 mA, tem-se usando (2):

(

)

(

)

3 3, 43 10× − ≅IEs⎡exp −UE UT − −1 exp −UC UT +1⎤⎦ . Atendendo a que UC ≅ −0, 228 V tem-se UE ≅0, 28 V. Nessas condições:

0, 201 mW

= + ≅

tr E E C C

P I U I U

Nota: Os valores determinados para U e E U permitir-nos-iam inicializar um processo C

(11)

funcionamento em repouso do transistor.

a2) U0= 0

Atendendo à característica estacionária de entrada de uma montagem de emissor-comum

(

)

CE

B B BE U

I =I U , o ponto de funcionamento em repouso corresponde ao ponto P da figura seguinte. IB UBE P 1 RB − Recta de declive

Zona activa directa

Corte

0

CE

U >>

O transistor está a funcionar na zona activa directa

(

UBE > e 0 UCE >0

)

mas muito próximo da fronteira com a região de corte (representada na figura pela parte tracejada da característica). No corte seria necessário aplicar uma tensão U0< . Na zona de 0 funcionamento considerada as correntes são obtidas de:

(

)

(

)

(

)

E ES EP R CS CP ES EP R CS I I U I U I U I − = δ − − α δ − ≅ δ − + α

(

)

(

)

(

)

C CS CP F ES EP CS F ES EP I I U I U I I U − = δ − − α δ − ≅ − − α δ −

(

1

) (

)

(

1

)

B C E ES F EP CS R I = − −I II − α δ −U +I α − sendo δ −

( )

U =exp

(

U UT

)

− . 1

As correntes são todas desprezáveis. Com UEP muito próximo de zero, como se vê pela figura, tem-se:

10 V

≅ =

CE C

U E

A potência posta em jogo no transistor é desprezável porque as correntes I , E I e C I o B

(12)

b) Para que a potência posta em jogo no transistor ultrapasse a potência máxima, o transistor ou se encontra na zona activa directa ou na situação de disrupção do colector. Com efeito, no corte as correntes são praticamente nulas e na saturação as tensões são desprezáveis. Admitamos que o transistor está na região activa directa. Nessas condições:

0 CE C C C C C C U =ER I < ⇒R <E I (3) 0 C F B F B I ≅ β I = β U R (4) De (3) e (4) obtém-se: 0 1 k < = Ω βC B C F E R R U

1 kΩ representa o valor máximo da resistência de colector para que o transistor esteja na região activa directa.

Para que a potência posta em jogo no transistor seja inferior a Pmax deve verificar-se:

3 50 10 C CE I U < × − e 3 50 50 500 CE C C C C C C C C U E R I E R I R I − × = − ⇒ − < ⇒ > Ω

500 Ω representa o valor mínimo da resistência de colector de modo a garantir que a potência máxima do transistor não seja excedida.

Zona para a qual

max

P>P

Zona Activa

Directa Saturação

0 500 1000 RC

( )

Ω

c) Atendendo à polaridade da bateria E tem-se C UDS > , o que nos obriga à utilização de 0 um MOSFET de canal n. Interessa que o transistor esteja ao corte com U0=UGS = e 0 com corrente de dreno positiva para U0=UGS =10 V. Então o valor da tensão gate-fonte de limiar, UGSlim, deverá estar compreendido entre 0 e 10 V. O MOSFET de canal n deverá ser de enriquecimento

(

UGSlim>0

)

.

(13)

Problema TB4

Considerar a montagem da figura, que inclui um transistor bipolar de junções com as seguintes características a T =300 K: max 0 50 ; 10 ; 0,5 mA ; 15 V ; 500 mW β =F β =R ICE = UCdisr = − PC = RC RB IB UC IE E U1 20 V ; 1,5 k = C = Ω E R

a) Calcular R que garante que B IB = −0, 2 mA. Calcular os valores das correntes e tensões assinaladas na figura. Considerar UE << . E

b) Supondo válidas as características estacionárias, calcular ΔU1 ΔUE , onde ΔUE é uma pequena variação de U e E Δ a correspondente variação de U1 U . 1

c) Se pretender substituir o transistor de junções por um transistor de efeito de campo, indicar, justificadamente, qual o tipo a escolher.

Resolução

a) Desprezando U tem-se: E 100 k ≅ − ⇒ ≅ Ω B B B R I E R

(14)

Considerar a equação do transistor:

(

)

0 exp 1

C F B CE C T

I ≅ β I +I U U − ⎤

Admitir por hipótese que o transistor está a funcionar na região activa directa

(

UC<< −UT

)

. Nessas condições:

0 10,5 mA 10, 7 mA 4, 25 (V)

≅ β − ≅ − ⇒ = − − ≅ ⇒ = − − ≅ −

C F B Ce E B C C C C

I I I I I I U E R I

Confirma-se portanto a hipótese. Nessas condições:

1= C C ≅ −15, 75 (V)

U R I

b) Considerar a equação de Ebers-Moll e o facto de o transistor se encontrar na zona activa directa:

(

)

(

)

(

)

exp 1 exp 1 exp

E ES E T R CS C T ES E T

I =I U U − − αI U U − ≅⎤ I U U

Na equação anterior desprezou-se 1 em face de exp

(

UE UT

)

e ainda a influência da tensão de colector na corrente de emissor.

Por diferenciação obtém-se:

(

)

exp exp E 1 E ES E T T U I I U U U ⎡ ⎛Δ ⎞ ⎤ Δ = ⎝ ⎠ ⎣ ⎦ Se ΔUE <<UT obtém-se:

(

)

exp E E ES E T T U I I U U U Δ Δ ≅

Ou, atendendo a que IESexp

(

UE UT

)

IE0 (corrente de emissor correspondente ao funcionamento em repouso), obtém-se:

0 E E T E I U U I Δ Δ = e 1 0 1 1 605,8 1 1 F F C E C C C E F E F T T U R I U U R I R I U U U β Δ β Δ = Δ = − Δ ⇒ = − ≅ ≅ − + β Δ + β

(15)

c) UGS UDS D S G E RD RG

No circuito da figura tem-se UGS < e 0 UDS < . Excluem-se assim o JFET e o MOSFET 0 de canal n pois com UDS < não seria possível levar os transistores à saturação (não é 0 possível estrangular o canal do lado do dreno nessas condições). Exclui-se também o JFET de canal p pois nessas condições haveria corrente de gate (tratamento unidimensional do dispositivo não seria possível), além de que o controlo da largura do canal através de UGS

seria muito fraco. Resta o transistor MOSFET de canal p. Caso este seja de

empobrecimento

(

UGSlim>0

)

não existem restrições a fazer. Se for de enriquecimento

(

UGSlim<0

)

deve utilizar-se um transistor com tensão gate-fonte de limiar de módulo inferior à tensão aplicada. As soluções possíveis são:

RG RD G B S E RG RD G B S E

(16)

Problema TB5

É dado o circuito da figura contendo um transistor npn de germânio a 300 K com as seguintes características: 0 max 200 ; 1 A ; 30 V ; 100 mW ; 0,3 V β =F ICE = μ UCdisr = PC = UE = − para 10 mA = − E I

a) Determinar as correntes e tensões indicadas.

b) Calcular o valor de ΔUCE ΔEB supondo que ΔEB<<EB e que E é constante. C

Determinar ainda entre que limites de E é válido o resultado obtido. B

c) Calcular os novos valores de a) se R for infinito (circuito de base interrompido). Qual o B

máximo valor de R que permite manter o transistor na zona activa directa? B

IC IE IB UC UE UCE RC RB EB EC 40 V ; 20 V ; 5 k ; 1,3 M = = = Ω = Ω C B C B E E R R

Resolução

a) Desprezando U face a E E (junção emissora directamente polarizada) tem-se: B

15, 4 A

≅ = μ

B B B

I E R

Hipótese: transistor na zona activa directa

(

UE <0 e UC >0

)

(

)

0 exp 1 0

C F B CE C T F B CE

I I IU UI I

(17)

Obtendo-se sucessivamente: 3,1 mA ; 3,12 mA ; 24, 6 V ≅ = − − ≅ − = − ≅ ≅ C E B C CE C C C C I I I I U E R I U Confirma a hipótese.

Para o cálculo de U pode partir-se de: E

(

)

(

)

exp 1 exp 1

E ES E T R CS C T

I I U U IU U

− = ⎡ − − − α⎤ − −

Uma vez que o transistor está na zona activa directa tem-se:

(

)

2

(

)

exp 10− exp 0,3 0, 026 97 nA

IEIESUE UT ⇔ ≅IESIES ≅ Podem obter-se os valores de I e de E U a partir do conjunto de equações: E

(

)

(

) ( )

exp 97 exp nA −IEIESUE UT = −UE UT E B C I = − −I I CE C C C C E C U =ER I =UUU b) e e 0, 77 CE C C B B B C F B CE C C C F B B B B U R I E R I I I U R I R E R I R Δ = − Δ Δ = Δ Δ = β Δ ⇒ Δ Δ ⇒ = − = − β = − Δ Δ

O resultado anterior pressupõe o transistor a funcionar na zona activa directa. Com efeito, desprezou-se ΔUE e considerou-se Δ = β Δ . Para tal devem verificar-se as seguintes IC F IB

condições: 0 0 E B U < ⇒E > 0 0 52 V > ⇒ − + < ⇒ < β C ⇒ < C C C C C F B B B R U E R I E E E R

Para que o resultado seja válido deverá verificar-se 0<EB<52 (V). c) = ⇒0 = 0= μ ⇒1 A = − ≅40 V>

disr

B C CE CE C C C CE

I I I U E R I U

O transistor está a funcionar na zona de disrupção do colector, pelo que as equações de Ebers-Moll ou derivadas não são válidas. Nesse caso tem-se:

(18)

30 V 10 2 mA

= = ⇒ = − = ⇒ =

disr

CE CE C C C CE C

U U I R E U I

A potência posta em jogo no transistor é P=I UC C =60mW <Pmax

0 2 mA ; 30 V

= ∞ ⇒ = ⇒ = − = =

B B C E CE

R I I I U

Para que o transistor se mantenha na zona activa directa:

30 V 10 2 mA 0, 01 mA

< ⇒ = − > ⇒ > ⇒ ≅ β >

CE C C C CE C B C F

U I R E U I I I

ou sendo EBR IB B é-se conduzido à condição RB <EB IB=2 MΩ. O valor máximo de R que garante o funcionamento na zona activa directa é B

max =2 MΩ

B

(19)

Problema TB6

Considerar o transistor bipolar npn na montagem seguinte:

IB EB RB UC IC UE IE UCE URC EC RC 50 V ; 10 V ; 10 k ; 100 ; 10 = = = Ω β = β = C B B F R E E R max 0 3 V ; 30 V ; 0,5 W ; 0,1 A = = = = μ disr disr E C CB U U P I

a) Dimensionar o intervalo de valores que R pode tomar de forma a que não seja excedida a C

potência máxima do transistor. Para o valor de R que conduz à potência máxima, calcular C

o valor das correntes e tensões indicadas na figura.

b) Representar graficamente a potência posta em jogo no transistor em função de R quando C

esta tomar os valores no intervalo definido em a). Indicar nesse gráfico as diferentes zonas de funcionamento do transistor, bem como os valores de R que as separam. C

c) Indicar, justificadamente, como seriam alterados os resultados da alínea a) se, no circuito da figura, se trocassem os terminais de emissor e de colector.

Resolução

a) I UC CE <PmaxIC

(

ECR IC C

)

<Pmax (*) 1 mA ≅ ⇒ ≅ B B B B I E R I

(20)

Admitindo como hipótese o funcionamento na zona activa directa tem-se: 100 mA ≅ β = C F B I I Substituindo em (*) obtém-se: 450 C R > Ω

Note-se que é na região activa directa ou na situação de alguma das junções se encontrar em disrupção que a potência no transistor pode atingir o valor máximo admissível uma vez que as tensões são desprezáveis na saturação e as correntes são desprezáveis no corte .

Para 450RC = Ω tem-se IB =1 mA e IC =100 mA pelo que: 5

CE C C C C

U =ER I = ≅U

o que confirma a hipótese de região activa directa. Nessas condições:

45 V ; 101 mA

= − ≅ − = − − ≅ −

RC C C E B C

U I R I I I

b) A junção colectora entra em disrupção quando UCE =30 V, ou seja I RC C =20 V, o que corresponde para IC =100 mA a um valor de RC =200Ω , ou seja, fora do intervalo definido em a). Enquanto estiver na zona activa directa tem-se IC =100 mA, pelo que:

(

)

C C C C C C C

PI UI ER I = −A BR

sendo A e B duas constantes positivas. Na zona activa directa P tem um andamento praticamente linear com R . Por outro lado, na saturação: C

0 500 CE C C C C E ≅ ⇒ER IR ≅ Ω e portanto P≅ . 0 P Pmax RC (Ω) ∫∫ 450 500 Zona activa directa Saturação

(21)

c) Trocando os terminais do emissor e do colector o transistor passaria a funcionar em princípio na zona activa inversa. Nesse caso:

1 mA 10 mA

≅ = ⇒ ≅ β =

B B B E R B

I E R I I

A potência posta em jogo no transistor é neste caso sempre inferior ao valor máximo. Com efeito na região activa inversa:

(

I UE E

)

max ≅10UEdisr =0, 03<Pmax

No entanto, atendendo a que

disr disr

E C

U <U a polarização inversa da junção emissora é atingida mais facilmente do que em a). Nestas condições:

(

)

3 47

CE E C CE C C

U ≅ − VI = E +U R = R

No limiar da disrupção da junção emissora/região activa inversa tem-se:

10 mA e 3 4700 k

= = − ⇒ = Ω

E CE C

I U V R

Na disrupção para que a potência se encontre abaixo do valor máximo permitido deve verificar-se a seguinte condição:

max

3 166, 7 mA 282

≅ < ⇒ < ⇒ > Ω

E E E E C

I U I P I R

Por outro lado, no limiar da saturação/região activa inversa tem-se:

0 e 10 mA 5000

≅ ≅ ⇒ ≅ ≅ Ω

CE E C C E

U I R E I

Em resumo:

0<RC<282Ω P>Pmax (destruição do transistor)

282<RC<4700Ω ⇒ Transistor na disrupção da junção emissora 4700<RC <5000 Ω ⇒ Transistor na zona activa inversa

5000

C

(22)

Problema TB7

Admitir que o transitor utilizado na montagem da figura seguinte possui as seguintes especificações a 300 K: max 100 ; 500 mW ; 40 V β =F P = UCdisr = − IB EB RB RE UE UC IE UCE URE IC URC RC EC 5 V ; 10 V ; 100 ; 1 k = = = Ω = Ω B C E C E E R R

a) Calcular R de modo a que B UCE =EC 2. Calcular as correntes e tensões indicadas na figura.

b) Calcular ΔURE Δ e E1 ΔURC Δ na aproximação quase-estacionária, com E1 ΔURE URE

e ΔURC URC para uma variação Δ E1 E1, e supondo constantes os restantes parâmetros do circuito.

c) Considerar IC = βF BI . Partindo do ponto de funcionamento correspondente diga, justifica-damente, se faria aumentar ou diminuir E1, E2, RC, RB, R e E β se pretendesse por F

modificação de apenas um deles de cada vez: c1- levar o transistor à saturação;

c2- baixar a potência posta em jogo no transistor.

Resolução

(23)

2

CE C

U =E

Sendo 5 VUCE = o transistor está na zona activa directa. Deste modo IC ≅ βF BI e portanto:

4,54 mA ; 45, 4 A ;

≅ ≅ μ = − − ≅ −

C B E C B C

I I I I I I

Da análise do circuito de entrada tem-se:

B B B E E E

E =R IUR I

desprezando U face a E E (junção emissora directamente polarizada) tem-se: B

(

)

100 k 0, 454 V 4,54 V = + = Ω = − ≅ = − = − B B E E B RE E E RC C C R E R I I U I R U R I

b) O problema pode ser resolvido a partir do circuito para componentes incrementais, onde se traduz a variação ΔEB por um sinal e . Estando o transistor na zona activa directa a b

resistência rπ é responsável pela queda de tensão incremental u e é dada por: be

572 F F T m C r U g I π =β = β = Ω

(

1

)

b B F E b e =⎡R + + + βrπ Ri

(

1

)

RE F E b u = + β R i RC F C b u = −β R i

~

b i b e be u rπ RE RC B RB C E F bi α

(24)

(

)

(

)

1 0,09 1 F E RE b B F E R u e R rπ R + β = ≅ + + + β ⎡ ⎤ ⎣ ⎦

(

1

)

0,9 RC F C b B F E u R e R rπ R β = ≅ − + + + β ⎡ ⎤ ⎣ ⎦

O procedimento é idêntico ao adoptado na resolução do problema TB5-b), por exemplo, desde que se considere ube= −ube= −ΔUE ≅ . Corresponde a desprezar r0 π face a

(

1

)

B F E

R + + β R , o que se verifica ser uma boa aproximação.

c) eRB = βFRC EBR IB B+UCB+R IC CEC = ⇒0 UCB=ECEB > 0 O transistor está na zona activa directa.

2

CE CB C B C

UU =EE =E

Verifica-se que para valores constantes de EC, R e C R o ponto de funcionamento em E

repouso varia com E e B R , sendo máxima a potência posta em jogo no transistor quando B

2 CE C UE .

(

)

CE C C C E C C PU I ≅⎡ER +R II

(

)

(

)

(

)

max 0 2 0 2 2 C C E C C C C CE C C E C C C E dP P P E R R I dI E I U E R R I E R R ⎛ ⎞ = ⇔ = ⇒ − + = ⇒ ⎝ ⎠ ⇒ = ⇒ = − + = + IC P UCE E2 E2/2 2 C E E R +R

(

1

)

B C C E F I =ER +R + β ⎤

(25)

O ponto de funcionamento em repouso é dado pela intersecção da curva característica de saída, correspondente a um dado valor de I , e a recta de carga resultante da análise da B

malha de saída do circuito. Para levar o transistor à saturação teremos de fazer tender UCE

para zero, ou seja, aumentar E , diminuir B E ; aumentar C R ; diminuir C R ou diminuir B

F

β . Como UCE é praticamente independente de R a sua alteração não retira o transistor E

da zona activa directa (UCE praticamente fixo de valor EC 2).

Uma análise gráfica parece ser particularmente elucidativa. As figuras seguintes mostram o sentido em que se desloca o ponto de funcionamento em repouso quando varia cada um dos parâmetros. A seta corresponde ao sentido da evolução para uma variação crescente do parâmetro. IC P UCE P’ (EB) IC P UCE P’ (EC) IC P UCE P’ (RC) IC P UCE P’ (RB) IC P UCE P’ F) IC P UCE P’ (RE)

Como se demonstrou atrás, para uma recta de carga fixa, a variação da corrente de base provoca uma alteração do ponto de funcionamento em repouso e da potência posta em jogo no transistor, sendo esta máxima quando UCE =EC 2. Assim, qualquer variação de E , B

B

(26)

no transistor. Os outros factores provocam uma alteração da recta de carga. A análise gráfica permite rapidamente concluir que para diminuir a potência posta em jogo no transistor se deve diminuir E , aumentar C R ou aumentar C R . Neste último caso existe E

variação simultânea da característica de saída e da recta de carga. No entanto, e como se viu, UCE permanece praticamente constante. Diminuir a potência corresponderá assim a diminuir a corrente de colector. Atendendo a que:

(

) (

)

C C CE C E

IEU R +R

(27)

Problema TB8

Considerar o circuito da figura (a) onde U é a tensão da figura (b). Desprezar as quedas de 1

tensão das junções directamente polarizadas.

U1 EC RB iB iC RE UCE 20 V 1 k = = Ω C E E R U1 UMUM t T/2 T 150 V = M U (a) (b) iE UC

a) Calcular R de forma a que B UC = −25 V quando U1= −75 V. Representar i t e B( ) UCE( )t

para 0≤ ≤t T 2.

b) Para U1= −75 V calcular ΔUCE ΔU1 com ΔU1U1 na aproximação quase-estacionária. c) Calcular a potência posta em jogo no transistor quando U1= −150 V e o terminal da base

está em aberto. 100 ; 5 ; 10 A ; 100 V ; 25 V β = β = = μ = = disr disr F R ICE UC UE

Resolução

a) 5 VEC =R IB BUCR IB B =EC+UC = −

Como 0UC < e UE > o transistor está na zona activa directa. 0

1 70 V 70 mA 70 mA 1 F E E B B E C E B E F R I ≅ − +U R I = ⇒I ≅ ⇒I = − −I I ≅ − β I ≅ − β +

(28)

0,7 mA 7 k ≅ β = − ⇒ ≅ Ω B C F B I I R

(

)

1 1 ( ) ( ) ( ) 1 ( ) ( ) CE E E C F E B C U t =R i t +U tE ≅ − + β R i t +U tE (1)

(

1

)

(

1

)

( ) ( ) C CE ( ) F F ( ) B E C CE B B B E U t i t i t E U t R R R + β + β + ≅ ⇒ ≅ − − (2) De (1) e (2) obtém-se:

(

)

1( ) ( ) 1 1 CE C E F B U t U t E R R = − + ⎡ ⎤ + + β ⎢ ⎥ ⎣ ⎦ (3) Substituindo (3) em (2) obtém-se: ( ) ( ) C CE B B E U t i t R + = UCE(t) T/4 T/2 t −20 iB(t) (mA) T/4 T/2 T −10/7 −29,8 b) De (3) obtém-se:

(

)

(

)

1 1 1 0,067 1 1 1 1 CE CE E E F F B B U U U R U R R R Δ Δ Δ = ⇒ = ≅ Δ + + β + + β

c) Com a base em aberto tem-se:

(

)

0 exp 1 0 C CE C T CE I =I U U − ≅ −⎤ I (4) 1 170 disr 100 V CE C E C Cdisr CE C U = −E +UR I ≅ − <UU =U = −

O transistor está com a junção colectora em disrupção o que invalida a equação (4). A corrente de colector é assim obtida de:

1 100 70 mA

CE C E C C E

U = −E +UR I = − ⇒I = − = − I

A potência posta em jogo no transistor é dada por: 7 W

C C

Referências

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