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O ANO INICIA COM MUITO PESSIMISMO

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DEPARTAMENTO DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO • ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ"

Piracicaba, 10 de março de 2005.

Análise Macroeconômica da Pecuária O ANO INICIA COM MUITO PESSIMISMO

Ponderações Estados janeiro-05 Jan - jan/05 janeiro-05 Jan - jan/05 janeiro-05 Jan - jan/05

G oiás -0,72% -0,66% -3,37% 13,3%

M in as G erais 0,13% 0,42% -3,36% 13,7%

M ato G rosso 0,46% 0,48% -2,41% 16,2%

M ato G rosso do Sul -0,14% 0,00% -2,74% 16,4%

Pará 0,92% 0,96% -3,10% 8,8% Paran á 0,39% 0,42% -2,90% 6,7% R io G ran de do Sul -0,02% 0,00% -5,84% 9,6% R on dôn ia 0,90% 1,75% -2,74% 6,2% São Paulo -0,72% -0,50% -2,62% 9,2% B rasil* 0,07% 0,22% -3,18% 0,90% -2,62% Boi Gordo R$/@ -3,10% -2,74% -5,84% -2,90% 0,42% COT -3,37% -3,18%

*- Referente a 77,87% do rebanho nacional segundo o Rebanho Efetivo Bovino PPM / IBGE 2003.

-2,41% -2,74% -0,66% 0,48% 0,00% -3,36%

V ariação M en sal e A cum ulada

0,07% 0,13% 1,75% 0,00% -0,50% 0,22% 0,39% COE 0,96% -0,72% 0,46% -0,14% -0,02% -0,72% 0,42% 0,92%

Indicadores jan eiro-05

IG P-M 0,39%

A cum ulado_Janeiro 12,86%

T axa de C âm bio -0,70%

V ariação dos Principais

Os custos de produção estão dando alguns sinais de queda ou, ao menos, de contenção das altas. Os preços do boi gordo, porém, não estão reagindo e, no mercado futuro, a arroba está sendo comercializada a valores menores que os praticados em 2004. Também preocupante para o setor são as quedas dos preços do bezerro, que refletem o desinteresse por reposição. O clima é de excessivo pessimismo e contrasta com as perspectivas do mesmo período de 2004, quando a euforia era generalizada.

Produtores de praticamente todas as regiões brasileiras estão operando com margens negativas. Em alguns Estados, especialmente no Rio Grande do Sul e em Goiás, nem os custos operacionais efetivos estão sendo cobertos. Como resposta, constata-se a baixa demanda por insumos como sementes, indicando que a formação e a renovação de pastagens estão muito inferiores à de outros anos. Mesmo assim, itens como o sal mineral, que representa 15% dos custos de produção nesta época do ano, estão em alta.

O mercado neste início de ano reflete um certo desequilíbrio entre a oferta e a demanda. O volume disponível está superando a procura há vários meses, e neste momento está bastante claro que os aumentos de produtividade da pecuária nacional elevaram a oferta de carne numa proporção superior ao crescimento da demanda, tanto no mercado brasileiro quanto no externo.

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Piracicaba, 10 de março de 2005.

O consumo interno é ditado pelo crescimento da renda que, neste ano, deve ficar entre 3 e 4%. Isto terá um impacto menor sobre o consumo do que no passado, pois deve impulsionar apenas o consumo doméstico das camadas de baixa renda, enquanto no passado elevaria o consumo em geral. Além disso, é crescente a parcela da população que se alimenta fora de casa e a elasticidade de consumo dessas pessoas é pequena. A média do brasileiro, segundo o IBGE, está estabilizada em torno de 35kg de carne bovina por ano e não há sinais de grande aumento.

Ao se analisar a dinâmica internacional do setor, merecem atenção Estados Unidos e Argentina, ambos com perspectivas de aumento das vendas de carne. Apesar de a imagem do produto norte-americano estar abalada pelos casos de vaca louca, sabe-se que os Estados Unidos têm a seu favor o gigantesco poder de troca, o que lhe favorece muito no comércio com países asiáticos, por exemplo. Já a Argentina ainda tenta se recuperar da crise econômica que lhe atingiu fortemente em 2002 e ainda hoje afeta a produção. A imagem do país não é boa e gera grande dificuldade ao financiamento da produção, indústria e comercialização da carne.

Segundo a FAO/ONU, neste ano, a Austrália deve liderar a perda de mercado, devendo comercializar cerca de 3,5% a menos que em 2004. O principal fator que afeta o seu desempenho é a recuperação dos Estados Unidos, uma vez que esses países competem no mercado asiático.

No balanço, o Brasil tem horizontes favoráveis no mercado internacional, mas a vulnerabilidade ainda é grande. Em 2003, de acordo com a FAO, 54% das nossas exportações de carne bovina foram para países desenvolvidos, enquanto a Austrália comercializou com esse tipo de cliente 81% e o Canadá, 89%. Há de se ponderar positivamente que, o Brasil vendeu, em 2003, 32% do total exportado para a Comunidade Européia e, portanto, recebeu em euro, moeda valorizada perante o dólar americano - isso serve para atenuar os efeitos da valorização do real frente ao dólar.

No mercado futuro da BM&F, as cotações do boi e do dólar indicam que a arroba deve operar entre US$ 21,00 e US$ 23,00 neste ano, patamar elevado em dólar, ao ser comparando aos cerca de US$ 15,00 praticado nos últimos anos. Infelizmente, esse aumento se deve apenas à desvalorização da moeda americana. O que mais impressiona é que a valorização do real parece afetar apenas os valores de venda da carne, pois mesmo nos insumos importados não são sentidas quedas de preços.

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Piracicaba, 10 de março de 2005. Máximo, mínimo e média da variação

regional - COT -2,00% 0,00% 2,00% 4,00% N orte (3) C entro-O este (13) Sul (6) Sudeste (4)

M áxim o M ínim o M édia

Máximo, mínimo e média da variação regional - COE -4,00% -2,00% 0,00% 2,00% 4,00% N orte (3) C entro-O este (13) Sul (6) Sudeste (4)

M áxim o M ínim o M édia

Análise Regional e de Insumos PREÇO BAIXO DO BOI DESESTIMULA INVESTIMENTOS

janeiro-05

C.O.E. C.O.T. C.O.E. C.O.T.

C entro - RS 0,64% 0,22% -0,48% -0,25% C entro-oeste - SP 0,35% -0,45% Leste - M G Leste - M S -0,27% -0,23% Sud este - RS -0,37% Sud oeste - RS -0,15% -0,31% Sul - M S -0,55% -0,72% C entro N orte - M S 0,37% O este - M S -0,01% Sul - G O -0,47% 1,19% O este - M T 0,84% 0,04% N orte - M G -1,38% -0,04% -0,14% entro-sud este - M T 1,27% -0,34% Sud oeste - M T 1,70% 1,06% 1,14% -1,81% N oroeste - G O -0,48% N orte - G O -1,53% -0,29% -0,21% Sud este - PA 2,95% -0,03% 3,17% V ariação dos C ustos O peracionais Efetivos e Totais por M esorregiões

-1,00% N orte - M T C entro - RO 0,90% 1,75% -0,61% -0,21% C entro - G O N ord este - PA Leste - G O -0,86% 0,63% O este - M G 0,75% 0,15% -0,50% 0,60% -0,01% 0,86% 0,44% -0,02% C entro-sul - PR 0,74% N ord este - PR 0,53% N oroeste - PR

No primeiro mês de 2005, a maioria dos insumos teve reajustes mínimos, vários, inclusive, negativos. Esses percentuais reduzidos, por um lado, ajudam o produtor que já está com margens bastante apertadas, mas para quem analisa a pecuária como um todo, sabe que podem ser um sinal vermelho. De onde viriam os incentivos para que as reformas de pastagens fossem feitas com as

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Piracicaba, 10 de março de 2005.

melhores sementes e adubação correta, ou, ao menos, para que fossem feitas? Por que os medicamentos e mineralização seriam ministrados nas doses recomendadas? E a reposição? Vale a pena aumentar o rebanho ou mesmo mantê-lo diante da falta de perspectiva de melhoras reais dos preços?

No Estado de São Paulo, fonte comercial da grande maioria dos insumos utilizados na atividade pecuária e também termômetro desse mercado – maior centro consumidor do País –, além do aumento de quase 11% dos custos no ano passado, o pecuarista teve, em janeiro deste ano, um valor 11,1% menor para a arroba do boi (considerando médias a prazo) que o alcançado no início do ano passado.

Esses percentuais representam francas diminuições da margem do pecuarista, que enfrenta ainda a concentração da indústria frigorífica. Debatem-se também com a ação desses compradores para remunerar a arroba segundo novos critérios de rendimento de carcaça e ainda com a Medida Provisória 232 que, em seu artigo 6,º prevê a retenção de 1,5% do Imposto de Renda na fonte para as vendas de produtos agropecuários que gerem direito a crédito presumido.

A situação do pecuarista brasileiro como um todo é ruim neste início de ano, mas a forte estiagem no Rio Grande do Sul, que aumenta as ofertas, agrava incomparavelmente a situação dos produtores deste Estado. O preço médio do boi gordo em janeiro ficou 5,8% abaixo da média de dezembro, sendo que no correr do ano passado, a desvalorização acumulada no RS já havia sido a maior entre os nove Estados desta pesquisa.

No primeiro mês deste ano, os gaúchos receberam, em média, R$ 47,37 por 15 quilos de boi gordo – produto é cotado em quilo morto no Estado –, enquanto os paulistas receberam R$ 58,31/arroba, ambos à vista para descontar o Funrural. Os preços baixos do boi no RS acabam prejudicando também as cotações locais da carne suína, tendo em vista que, tradicionalmente, as diversas carnes guardam relações de preços entre si devido à possibilidade do consumidor em substituir uma pela outra.

Apesar dessa situação crítica dos gaúchos, são os produtores do Centro-Oeste – região com investimentos elevados em tecnologia agropecuária – que mais estão se movimentando em busca de aumento dos preços do boi, propondo discussões sobre os reais fatores que estariam determinando os patamares vigentes. Em Goiás, por exemplo, a arroba se desvalorizou 3,4% comparando janeiro a dezembro, mas os custos acenaram positivamente ao produtor deste Estado, recuando 0,66% (custos totais). Já no Mato Grosso, os custos operacionais totais (COT) aumentaram 0,48%, e o boi caiu 2,4%.

Contudo, os maiores aumentos de janeiro pesaram mesmo é no bolso dos produtores de Rondônia e do Pará, que também tiveram recuos significativos da arroba do boi. Nos dois Estados, o sal mineral,

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Piracicaba, 10 de março de 2005.

as vacinas e os adubos tiveram reajustes expressivos. No Pará, a alta da suplementação beirou os 10% e, em Rondônia, destacaram-se ainda os 8,7% de aumento dos insumos para construção e manutenção de cercas. Neste Estado, ao menos os lubrificantes e insumos para reprodução animal tiveram quedas importantes; já no Pará, não foi registrada diminuição de nenhum dos insumos pesquisados – os preços aumentaram ou seguiram estáveis.

Os insumos que mais subiram em janeiro foram o sal mineral e os insumos para construção e reforma de cercas, itens que no ano passado também estiveram entre os de maior reajustes. Os motivos continuam vinculados ao mercado internacional. No caso dos insumos à base de aço, é a demanda da China que segue inflacionando os preços. Já para a suplementação, segundo relatos de empresas que fazem o preparo final, os aumentos decorrem do reajuste do ácido fosfórico, utilizado na composição do fosfato bicálcico, elemento de grande participação no sal mineral. A produção do ácido fosfórico está sob poder de alguns poucos produtores mundiais e, já em dezembro, um desses fornecedores, do Marrocos, começou a reajustá-lo, em cerca de 5% ao mês. Essa tendência que ainda deve continuar por alguns meses vem sendo amenizada pela taxa de câmbio que valoriza o real frente ao dólar.

A suplementação mineral representa quase 15% dos custos totais da pecuária brasileira (média ponderada dos nove Estados desta pesquisa), e em janeiro foi reajustada em 1,4%; em 2004, aumentou quase 13%.

Por outro lado, alguns recuos foram registrados justamente para aqueles insumos que representariam investimentos na pecuária. Bezerro, produtos para reprodução animal, sementes de forrageiras e adubos aparecem com sinal negativo na maioria dos Estados. Somente em Goiás e em Minas Gerais, os preços das sementes tiveram altas mínimas.

No caso do bezerro, não são as pequenas variações negativas que preocupam, mas sim a fraca procura por animais de reposição, que persiste há muitos meses, desde final de 2003 em algumas regiões. Apesar dos bons índices de reposição, muitos pecuaristas que trabalham com recria-engorda não se mostram motivados a realizar aquisições expressivas.

Com o patamar baixo de preços de commodities que ocupam grandes áreas como soja, milho e algodão e também diante da valorização do real frente ao dólar, pode ser que, neste ano, a motivação para novos reajustes dos insumos seja menor que em 2004. De fato, os adubos começaram o ano com ligeira queda frente a dezembro (0,54%), compensando minimamente a alta de 21% verificada em 2004. O efeito dessa excessiva valorização dos adubos deve ser acompanhado com atenção, dado o impacto que pode ter sobre a produtividade da pecuária bovina, à medida que desestimula o tratamento das pastagens, que são a base da competitividade da pecuária brasileira.

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Piracicaba, 10 de março de 2005.

Ponderações COT

Janeiro Jan - dez/04 janeiro/05

Diesel em áreas rurais 6,04% -0,17%

Lubrificantes 0,69% 0,83% Adubo em geral 4,04% -0,54% Calcáreo 1,19% 0,03% Sementes forrageiras 1,38% -0,08% Suplementação Mineral 14,91% 1,37% Medicamentos - Vacinas 1,58% 0,82%

Medicamentos - Controle Parasitário 1,15% -0,01%

Medicamentos em geral 0,76% 0,19%

Insumos para reprodução animal 0,60% -0,17%

Insumos para construção/manutenção de cercas 4,77% 1,43%

Construções em geral 6,93% 0,69%

Máquinas e implementos agrícolas 7,58% 0,19%

Serviço terceirizado de desmatamento 0,83% 0,00% Serviço terceirizado de máquinas pesadas 1,33% 0,00%

Compra de animais bezerro 9,30% -0,32%

Mão-de-obra 21,17% 8,33% 0,00% 20,46% 4,28% 1,58% -1,82% 8,78% -0,17% 23,22% 11,16% 1,29% 13,04% 1,93% 2,93% 4,76% 21,02% 7,09%

Variações Acumuladas COT

16,65%

Variações dos Preços dos Principais Insumos da Pecuária de Corte Média Ponderada para GO, MT, MS, PA, RO, RS, MG, PR e SP

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Piracicaba, 10 de março de 2005.

Relação de Troca Janeiro 2005 – Estado de SP

Sal Mineral (@/saco 30kg)

Sal Mineral: Na entrada deste ano, o preço do sal mineral teve queda de 2,96% em relação a

dezembro de 2004 – no mercado paulista –, mas aumentou 7,9% frente a janeiro do ano passado. A arroba do boi caiu 2,6% de dezembro para janeiro, mantendo a relação de troca praticamente estável por volta da 0,55 arroba por saco de 30kg de sal mineral, entre dezembro e janeiro. Já se a comparação for feita com janeiro do ano passado, a perda do criador de boi passa para 12%. Para piorar, no final de 2004, um dos poucos fabricantes de ácido fosfórico, do Marrocos, iniciou reajustes que devem seguir nos próximos meses.

Arame Farpado (@/400m)

Arame Farpado: A demanda da China por aço continua pesando no bolso do pecuarista. Em

janeiro, o arame farpado tornou-se 1,3% mais caro que em dezembro, no mercado paulista. Com isso, a relação de troca do produtor para a compra desse insumo piorou cerca de 4%. No primeiro mês de 2005, o produtor precisou de 2,17 arrobas para adquirir 400 metros do produto, contra as

0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50

jan-02 jan-03 jan-04 jan-05

0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60

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2,08 de dezembro. Nos últimos 12 meses, o poder de compra do pecuarista diminuiu expressivamente: 31,5%. Em janeiro do ano passado, a mesma compra requeria apenas 1,65 arroba.

Calcário Dolomítico (@/ton)

Calcário Dolomítico: No final de 2004, para a compra de uma tonelada de calcário, 0,57 arroba era

suficiente, ao passo que, em janeiro deste ano, era necessária 0,58. O poder de compra do produtor abriu o ano, portanto, com queda de 2,65% frente a dezembro, equivalente à desvalorização da arroba. Analisando a relação em 12 meses, a perda sobe para 3,8%, também devido à diminuição dos preços do boi gordo, já que esse insumo se manteve estável no correr do ano nas revendas paulistas.

Bezerro (@/cabeça) 5,00 5,50 6,00 6,50 7,00 7,50 8,00 8,50

jan-02 jan-03 jan-04 jan-05

Bezerro: Desde outubro passado, o preço do bezerro está por volta de R$ 373,00 no Estado de SP.

Mesmo assim, o poder de compra do pecuarista de recria-engorda caiu 2,62% de dezembro para janeiro, acompanhando o recuo das cotações do boi. Em dezembro de 2004, 6,24 arrobas

0,48 0,50 0,52 0,54 0,56 0,58 0,60

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Piracicaba, 10 de março de 2005.

compravam um bezerro nelore de 8 a 12 meses em SP. Em janeiro, a mesma compra saia por 6,4 arrobas. De janeiro do ano passado a este, o animal desvalorizou 1%, fazendo com que o produtor de recria-engorda perdesse 2,3% de seu poder de reposição.

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