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©

©GV executivoGV executivo • • 3737

MA

MARKETRKETINGING::CINCO DÉCADAS DE MARKETINGCINCO DÉCADAS DE MARKETING

Cinco décadas

Cinco décadas

d

de

e M

Ma

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ke

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ting

ng

e

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x

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a

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me

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ve

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l

l

a

a

um

um

pr

pr

oce

oce

s

s

-

-so de adaptação às diferentes fases da economia e aos

so de adaptação às diferentes fases da economia e aos

dife-rentes momentos do mundo empresarial. Com o tempo,

rentes momentos do mundo empresarial. Com o tempo,

abordagens centradas em vendas foram cedendo espaço a estratégias

abordagens centradas em vendas foram cedendo espaço a estratégias

integradas de marketing. Hoje, as maiores influências sobre o

integradas de marketing. Hoje, as maiores influências sobre o

desen-volvimento da atividade vêm das tecnologias de informação e

volvimento da atividade vêm das tecnologias de informação e

teleco-municação, das mudanças no perfil dos consumidores e da

municação, das mudanças no perfil dos consumidores e da

redefini-ção das fronteiras de mercado.

ção das fronteiras de mercado.

O

O

por Sérgio Ricardo Góes Oliveira

por Sérgio Ricardo Góes Oliveira FGV-FGV-EAESPEAESP

MARKE

MARKETITINGNG

Uma disciplina, em cinqüenta anos de existência, pode

Uma disciplina, em cinqüenta anos de existência, pode

ale-gar história? Há dez anos, essa questão era formulada em

gar história? Há dez anos, essa questão era formulada em

um artigo publicado pela

um artigo publicado pela

RRAE AE 

 –

 –

ReviRevista sta de Adde Admimininistrstr açaçãão o  de Empr

de Empresesas as 

. O foco era a história do marketing no Brasil.

. O foco era a história do marketing no Brasil.

Seu autor, o professor Raimar Richers, da EAESP, um dos

Seu autor, o professor Raimar Richers, da EAESP, um dos

precursores do campo no país.

precursores do campo no país.

O Brasil que serviu de pano de fundo para o texto

O Brasil que serviu de pano de fundo para o texto

original do professor Richers mudou bastante nesta

original do professor Richers mudou bastante nesta

últi-ma década. O mesmo pode ser dito com respeito à área de

ma década. O mesmo pode ser dito com respeito à área de

marketing, cujos desenvolvimentos mais recentes

marketing, cujos desenvolvimentos mais recentes

suge-rem ter se transformado em uma força decisiva para a

rem ter se transformado em uma força decisiva para a

so-brevivência das empresas.

brevivência das empresas.

MM AA RR CC EE LL OO BB RR EE YY NN EE // KK RR OO PP KK II

(2)

38•  VOL.3 • Nº3 •  AGO./OUT. 2004

MARKETING: CINCO DÉCADAS DE MARKETING

Este artigo retoma e estende o texto de Richers. Al

é

m de relembrar os iniciadores da

á

rea e as principais in-flu

ê

ncias sobre a forma

çã

o de um conhecimento merca-dol

ó

gico no pa

í 

s, analisa as principais mudan

ç

as dos

ú

lti-mos dez anos, levantando sete desafios para o futuro. Os precursores. O nascimento da disciplina de Marke-ting no Brasil confunde-se com a pr

ó

pria hist

ó

ria da Escola de Administra

çã

o de Empresas de S

ã

o Paulo (EAESP). Essa hist

ó

ria come

ç

a em 1954, quando a Funda

çã

o Getulio Vargas firmou um conv

ê

nio de coopera

çã

o com a Michigan State University, que resultou na vinda de uma equipe de professores daquela institui

çã

o para o Brasil. Entre eles, es-tava o primeiro professor de Marketing da escola e do pr

ó

-prio pa

í 

s, Ol

é

 Johnson.

Com o passar do tempo, outros professores norte-ame-ricanos vieram para o Brasil, com o intuito de contribuir com a forma

çã

o de um corpo local de professores de

Marketing. Entre eles, Dole Anderson, Donald Taylor e Leo Erickson. Anderson foi um dos respons

á

veis pela

cria-çã

o do Centro de Pesquisa e Publica

çõ

es da EAESP, que gerou, al

é

m daRAE , o primeiro livro-texto de Marketing brasileiro:Administra ção Mercadol  ógica: Princ í pios e M é to-  dos . Os desafios desses precursores n

ã

o foram poucos. Eles foram os respons

á

veis pela tradu

çã

o, para a realidade lo-cal, de conceitos cl

á

ssicos da

á

rea, os quais j

á

 eram prati-cados nos Estados Unidos.

Para os professores de vanguarda da EAESP

 Affonso Arantes, Bruno Guerreiro, Gustavo de S

á

 e Silva, Orlando Figueiredo, Polia Lerner Hamburger e Raimar Richers

, o marketing era um conjunto integrado de fun

çõ

es. Richers desenvolveu um modelo que relacionava a posi

çã

o de marketing dentro da empresa com seu ambiente, resul-tando no conceito dos

4As

” –

 an

á

lise, adapta

çã

o,

ativa-çã

o e avalia

çã

o

, um complemento do tradicional con-ceito de marketing, denominado

4Ps

, tamb

é

m destina-do a integrar as diversas fun

çõ

es mercadol

ó

gicas. Décadas de cinqüenta e sessenta.O marke-ting nasceu no Brasil, na d

é

cada de cinq

ü

enta, em um contexto de baixa oferta de mercadorias, merca-do restrito e n

ú

mero pequeno de empresas. Os seto-res agr

í 

cola e comercial dominavam a economia. O setor industrial era ainda pouco desenvolvido e aten-dia basicamente

à

s necessidades locais.

O consumidor, por sua vez, n

ã

o estava prepa-rado para o consumo de produtos industriais so-fisticados. Absorvia-se qualquer tipo de mercado-ria, sem questionar a qualidade. Nesse contexto, as empresas prosperavam mais devido a uma de-manda pouco criteriosa e passiva do que em

fun-çã

o de uma estrat

é

gia planejada de adapta

çã

o ao mercado.

Essa condi

çã

o se manteve praticamente inalterada at

é

 o governo Juscelino Kubitschek. A partir desse momento, o processo de industriali-za

çã

o tomou impulso. Tendo como base uma po-l

í 

tica de substitui

çã

o de importa

çõ

es e relativo pro-tecionismo, deu-se a cria

çã

o de uma infra-estru-tura e a forma

çã

o de ind

ú

strias de base, que pas-sou a atrair investimentos estrangeiros.

(3)

©GV executivo • 39

MARKETING: CINCO DÉCADAS DE MARKETING

O crescimento foi impulsionado pelo enorme poten-cial de um mercado jovem. No final da d

é

cada de sessen-ta, o conceito de

obsolesc

ê

ncia planejada

 traduzia bem o esp

í 

rito da

é

poca: buscar incessantemente o desenvolvi-mento e o lan

ç

amento de novos produtos, mesmo que os consumidores ainda preferissem as vers

õ

es antigas.

A industrializa

çã

o levou ao aumento da oferta de pro-dutos. Surgiram

produtos-vedete

, como os eletrodom

é

s-ticos, entre eles o aparelho de televis

ã

o. O mesmo proces-so fez crescer a concorr

ê

ncia, o que por sua vez levou os profissionais de mercado a se

preo-cuparem cada vez mais com o con-sumidor.

Apesar da evolu

çã

o do con-texto, nesse per

í 

odo o conceito de marketing integrado era ainda pouco praticado. A

ê

nfase era na atividade de vendas. O pressu-posto dominante era que o suces-so da empresa relacionava-se fun-damentalmente

à

 sua capacidade de venda.

 Tal orienta

çã

o para vendas era facilitada e incentivada pela exis-t

ê

ncia de um mercado comprador, com consumidores

á

vidos pela

aquisi

çã

o de mercadorias, que at

é

h

á

 pouco tempo sequer imaginavam existir. Os produtos eram cada vez mais as-sociados a s

í 

mbolos destatus  e prest

í 

gio, e o consumidor n

ã

o media esfor

ç

os para adquiri-los, o que freq

ü

entemente o levava a contrair d

í 

vidas.

Década de setenta. Uma situa

çã

o de relativo equil

í 

-brio perdurou praticamente por toda a d

é

cada de sessenta e avan

ç

ou at

é

 a d

é

cada de setenta, o per

í 

odo do

milagre econ

ô

mico

. A pol

í 

tica de afrouxamento fiscal e cambial do governo militar havia criado uma situa

çã

o de relativo conforto para as classes mais altas, que via seu poder aqui-sitivo crescer ininterruptamente.

No entanto, o consumidor passou a agir de forma mais consciente; come

ç

ou a comparar pre

ç

os, a ficar mais atento

à

 qualidade dos produtos e a cuidar de forma mais atenta do or

ç

amento familiar.

Nesse per

í 

odo, o foco do marketing deixou de ser vendas e passou para a propaganda, realizada quase que exclusivamente por meio de m

í 

dias eletr

ô

nicas. De forma complementar, as empresas come

ç

aram a definir seus p

ú

-blicos-alvos por meio de estrat

é

gias de segmenta

çã

o e com o apoio de pesquisas de mercado. A id

é

ia dominante era que diferentes grupos de consumidores possu

í 

am diferen-tes perfis e interesses, e esdiferen-tes precisavam ser identificados e atendidos. A maneira de fazer isso era comunicando-lhe a exist

ê

ncia do produto certo, por meio da publicidade.

Para as ag

ê

ncias de publicidade, a d

é

cada de setenta foi um per

í 

odo

á

ureo, no qual as empresas investiam gran-des verbas e apostavam no retorno. A f 

ó

rmula geral con-sistia em ter um produto atraente, o que n

ã

o era dif 

í 

cil, em fun

çã

o da demanda aquecida; ter uma mensagem que atingisse o consumidor, o que se tornou vi

á

vel pela r

á

pida dissemina

çã

o e populariza

çã

o da TV; e ter uma ag

ê

ncia criativa, com bom dom

í 

nio de metodologias quantitativas e conhecimento de mercado, capaz de produzir boas

pe-ç

as publicit

á

rias. Essa f 

ó

rmula criou a fantasia da pr

á

tica do marketing perfeito. O cen

á

rio, entretanto, mudaria se-veramente nos momentos posteriores.

Década de oitenta. A profunda crise que ocorreu na d

é

cada de oitenta, tamb

é

m chamada de

d

é

cada perdida

, caracterizou-se por um regime de altas taxas inflacion

á

rias com altern

â

ncia de momentos de crescimento e

momen-O marketing nasceu no Brasil, na d

é

cada de

cinq

ü

enta, em um contexto de baixa oferta

de mercadorias, mercado restrito e n

ú

mero

pequeno de empresas. Os setores agr

í 

cola

e comercial dominavam a economia. O setor

industrial era ainda pouco desenvolvido e

atendia basicamente

à

s necessidades locais.

(4)
(5)
(6)

42•  VOL.3 • Nº3 •  AGO./OUT. 2004

MARKETING: CINCO DÉCADAS DE MARKETING

Um grande desafio do marketing brasileiro

refere-se

à

 inclus

ã

o. Nosso pa

í 

s, como

outros grandes pa

í 

ses subdesenvolvidos,

conta com expressiva popula

çã

o que vive

à

margem do consumo. As grandes empresas

parecem ter sido criadas e estruturadas

para atender

à

 classe m

é

dia.

tos de recess

ã

o, o que contribuiu para tornar o consumi-dor mais inseguro e desconfiado. Em um momento de altos

í 

ndices de infla

çã

o e corros

ã

o salarial, a melhor es-trat

é

gia pessoal era economizar e direcionar muito bem o uso do (restrito) or

ç

amento familiar. Assim, os consu-midores tornaram-se mais seletivos, o que representou novo desafio para as empresas.

A crise levou a uma dr

á

stica redu

çã

o na deman-da de bens e no consumo. Em um ambiente de acir-rada competitividade e escassez de recursos, o foco do marketing deslocou-se ent

ã

o da propaganda para o produto. As empresas passaram tamb

é

m a dar mais import

â

ncia

à

s prefer

ê

ncias do consumidor. Com isso, ganharam popularidade as pesquisas de mercado. O foco era determinar como o produto poderia ser mais bem aceito. Os esfor

ç

os das empresas se voltaram para a busca de solu

çõ

es de adaptabilidade e adequa

çã

o ao uso.

Década de noventa. Os anos noventa foram marca-dos por profundas transforma

çõ

es nos cen

á

rios pol

í 

tico e econ

ô

mico. A democracia se consolidou e o pa

í 

s co-me

ç

ou a abrir suas fronteiras econ

ô

micas. Paralelamen-te, as privatiza

çõ

es, fus

õ

es e aquisi

çõ

es mudaram forte-mente e

ecologia empresarial

.

Grandes mudan

ç

as tamb

é

m ocorreram nas empre-sas prestadoras de servi

ç

os de marketing, quando gran-des grupos internacionais absorveram as empresas

regio-nais e nacioregio-nais. O fen

ô

meno das aquisi

çõ

es s

ó

 n

ã

o foi maior porque a legisla

çã

o local restringiu o controle acion

á

rio dos meios de comunica

çã

o de massa.

A propaganda, at

é

 ent

ã

o instrumento promocio-nal hegem

ô

nico, sofreu grande evas

ã

o de recursos, principalmente nas m

í 

dias tradicionais, o que culmi-nou com uma crise no setor. Em contrapartida, as a

çõ

es de marketing promocional e de ponto-de-venda cresceram ex-pressivamente.

Na d

é

cada de noventa, co-me

ç

ou a ficar claro que a inte-gra

çã

o das a

çõ

es de marketing era vital. Exemplo desse fen

ô

-meno foi a perda de mercado que as ag

ê

ncias de publicidade sofreram. Acostumadas a uma realidade confort

á

vel, na qual bastava uma boa pe

ç

a publici-t

á

ria em rede nacional de TV al-can

ç

ar o consumidor, elas valo-rizavam pouco os diversos ins-trumentos de comunica

çã

o que se desenvolveram no per

í 

odo, como o marketing direto, aInternet  e as de-mais m

í 

dias digitais. Com isso, as ag

ê

ncias de publi-cidade perderam espa

ç

o para novas empresas que se especializaram em pr

á

ticas como marketing promo-cional, marketing direto e marketing cultural.

Enquanto isso, nas empresas, o conceito de marke-ting promocional passava a dominar as estrat

é

gias de a

çã

o. O desafio para os profissionais de marketing pas-sou a ser a integra

çã

o de um n

ú

mero cada vez maior de instrumentos promocionais no desenho das estrat

é

gias de relacionamento com o consumidor. Se, por um lado, isso foi facilitado pela maior oferta de servi

ç

os especiali-zados, por outro trouxe um desafio adicional aos depar-tamentos de marketing, que passaram a ter de decidir com quais fornecedores deveriam criar e desenvolver suas a

çõ

es. Dessa maneira, o esfor

ç

o de gest

ã

o de diferentes fornecedores e ag

ê

ncias, e a integra

çã

o desses prestado-res de servi

ç

os com as necessidades das empresas, pas-saram a ser preocupa

çõ

es priorit

á

rias para os executi-vos de marketing.

(7)

©GV executivo • 43

MARKETING: CINCO DÉCADAS DE MARKETING

Tri lhas para o futuro. Neste ponto, devemos nos perguntar: que desafios dever

ã

o ser enfrentados pelos profissionais brasileiros de marketing nos pr

ó

ximos anos?

O primeiro desafio relaciona-se

à

 inclus

ã

o. O Brasil, como outros grandes pa

í 

ses subdesenvolvidos

 China,

Í

ndia, Mal

á

sia,

Á

frica do Sul etc.

, conta com expressi-va popula

çã

o que vive

à

 margem do consumo. As gran-des empresas parecem ter sido criadas e estruturadas para atender ao extrato da classe m

é

dia. Seus profissionais s

ã

o capazes de identificar necessidades e desenvolver produtos e servi

ç

os para p

ú

blicos de m

é

dio e alto poder aquisitivo, por

é

m costumam ter dificuldades quando se trata de compreender as necessidades de popula

çõ

es de baixa renda e atend

ê

-las.

O segundo desafio refere-se ao fen

ô

meno que alguns cr

í 

ticos t

ê

m definido como

macdonaldiza

çã

o

ou

disneyfica

çã

o

: a

coloniza

çã

o

 das mais diversas ativi-dades, inclusive espa

ç

os esportivos e culturais, pelos con-ceitos de produ

çã

o e consumo r

á

pido (que transforma tudo emfast food ) e pela

s

í 

ndrome do parque tem

á

tico

(que transmuta lojas em espa

ç

os teatrais). Essa tend

ê

n-cia, que pode parecer divertida no primeiro momento, encontra seus limites pela pr

ó

pria condi

çã

o de falsidade que carrega.

O terceiro desafio refere-se

à

 satura

çã

o. Embora vi-vamos em um pa

í 

s emergente, com mercados ainda pouco explorados e grandes oportunidades de crescimento, do ponto de vista do consumidor h

á

 um verdadeiro massa-cre de mensagens de promo

çã

o e vendas. A polui

çã

o vi-sual dosoutdoors , a invas

ã

o dos cinemas, das praias e de outros espa

ç

os p

ú

blicos s

ã

o sinais vis

í 

veis do fen

ô

meno. O excesso pode levar

à

 insensibiliza

çã

o do consumidor ou at

é

 mesmo criar certa antipatia pelas marcas que se prestam a tais pr

á

ticas.

O quarto desafio refere-se

à

 privacidade. A evolu

çã

o da tecnologia levou ao desenvolvimento das ferramentas de classifica

çã

o e explora

çã

o de banco de dados, e estas

à

 sofistica

çã

o das a

çõ

es de marketing. Tal passo prova-velmente vai se chocar com a evolu

çã

o dos instrumentos de defesa do consumidor e, em especial, com a tomada de consci

ê

ncia em rela

çã

o ao direito

à

 privacidade. Esse contexto dever

á

 constituir um desafio para o

profissio-nal de marketing, que dever

á

 buscar o equil

í 

brio entre m

á

ximo conhecimento do consumidor e m

í 

nima

percep-çã

o de invas

ã

o do espa

ç

o privado.

O quinto desafio relaciona-se

à

  complexidade. A gest

ã

o mercadol

ó

gica transformou-se, nos

ú

ltimos anos, em uma rede complexa, que envolve mercados m

ú

lti-plos, portf 

ó

lios amplos de produtos e uma grande ma-lha de fornecedores e agentes de suporte. Hoje, deve-se gerenciar, simultaneamente, produtos, marcas, ca-nais e relacionamentos. As ferramentas de apoio se so-fisticaram, por

é

m as compet

ê

ncias para an

á

lise e toma-da de decis

ã

o n

ã

o acompanharam o aumento da com-plexidade ambiental.

O sexto desafio refere-se

à

 sensibilidade. Profissio-nais de marketing s

ã

o hoje o que o ex-secret

á

rio do tra-balho norte-americano Robert B. Reich denominou

ana-listas simb

ó

licos

: indiv

í 

duos capazes de criar modelos abstratos para lidar com realidades complexas, que t

ê

m a sensibilidade e os recursos para decodificar as necessi-dades expl

í 

citas e impl

í 

citas do consumidor, al

é

m da ca-pacidade de desenvolver solu

çõ

es apropriadas.

O s

é

timo desafio refere-se

à

 conduta

é

tica. Os es-c

â

ndalos financeiros ocorridos em grandes empresas norte-americanas e europ

é

ias colocaram a quest

ã

o

é

ti-ca novamente na agenda dos executivos. Entretanto, o tema n

ã

o deve ser tratado apenas no que se refere

à

dimens

ã

o financeira. Toda decis

ã

o de neg

ó

cio, inclusi-ve aquelas mercadol

ó

gicas, deve contemplar uma an

á

-lise de impactos sobre os indiv

í 

duos, a comunidade e o meio ambiente.

A mercadologia no mundo

é

 um campo adolescente, talvez ainda imp

ú

bere no Brasil. Age, na maior parte das vezes, com vis

ã

o de curto prazo, visando

à

 satisfa

çã

o ime-diata.

É

 incapaz de superar a mais tosca instrumentalida-de e perceber impactos em m

é

dio e longo prazos. Cabe aos profissionais de marketing das escolas e das empresas responder aos desafios anotados e tra

ç

ar a agenda desse vigoroso campo para os pr

ó

ximos anos.

Sérgio Ricardo Góes Oliveira

Doutorando em Marketing na FGV-EAESP E-mail: sergiogoes@gvmail.br

Referências

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