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DIA 30 SEXTA-FEIRA 13/03/2020

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Academic year: 2021

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TJAL

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DIA 30 – SEXTA-FEIRA – 13/03/2020

METAS

CIVIL:

 Resolver 25 questões da VUNESP sobre a Direito das Coisas (1h)  Ler do art. 1.358-A a 1.368-E do Código Civil (1h)

ADMINISTRATIVO:

 Resolver, no mínimo, 50 questões da VUNESP sobre Intervenção do Estado na Propriedade (2h)

REVISÕES

 24H – Direito Notarial e Registral: questões de outras bancas sobre Registro Civil das Pessoas Jurídicas e Registro de Títulos e Documentos;

 24H – Direito Civil: questões da VUNESP sobre Direito das Coisas em provas para Titular de Serviços Notariais e de Registro, resolvidas em 13.11;

 48H – Direito Constitucional: questões da VUNESP sobre Poder Judiciário e Organização do Poder Judiciário;

 48H – Direito Administrativo: questões da VUNESP sobre Responsabilidade Civil do Estado;

 7 DIAS – Direito Constitucional: questões da VUNESP sobre Organização dos Poderes, Poder Legislativo, Processo Legislativo e Poder Executivo, resolvidas em 07.11;  7 DIAS – Direito Civil: questões da VUNESP sobre Responsabilidade Civil, resolvidas

em 07.11;

 30 DIAS – Direito Civil: questões da VUNESP sobre Parte Geral em provas para Titular de Serviços de Notas e Registro resolvidas em 14.10;

 30 DIAS – Direito Notarial e Registral: questões da VUNESP sobre Registro Civil das Pessoas Naturais, resolvidas em 14.10.

CIVIL

COMO ESTUDAR?

Resolver 25 questões da VUNESP sobre Direitos Reais (1h)  Acessar o site Qconcursos e colocar os seguintes filtros:

o DISCIPLINA: DIREITO CIVIL;

o ASSUNTO: DIREITO DAS COISAS/DIREITOS REAIS;

o BANCA: VUNESP;

 Lembrar sempre de EXCLUIR AS QUESTÕES ANULADAS e DESATUALIZADAS.

 Dessa vez, lembre-se de SELECIONAR APENAS AS QUESTÕES NÃO RESOLVIDAS, para evitar a repetição das questões de segunda-feira.

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 Durante a resolução, inclua os dispositivos de lei que errou na folha de revisão do material Notarium, para futuras consultas.

Após, ler os artigos 1.358-A a 1.368-E do CC (1h)

 Após a resolução das questões, continuaremos a leitura do Livro sobre Direito das Coisas do Código Civil. Leremos hoje uma série de novidades legislativas, como o Condomínio de Lotes, a Multipropriedade e o Fundo de Investimento.

OBSERVAÇÕES

 Hoje, continuaremos o estudo do Direito das Coisas. A matéria é uma das mais importantes do Direito Civil e, principalmente, uma das mais cobradas em concurso de cartório, dada a sua ligação com o Registro de Imóveis e com o Registro de Títulos e Documentos. Também se trata de uma matéria complexa, que causa muitas dificuldades a muitos candidatos.

 Nesse espaço, serão indicadas as principais observações e conclusões às quais os professores chegaram ao resolver as questões e ler os artigos, destacando assim os pontos em que os alunos devem ter mais atenção.

 Questões resolvidas:

o DESAPROPRIAÇÃO JUDICIAL POR INTERESSE SOCIAL: prevista no art. 1.228,

§§4° e 5° do CC, trata-se, para a corrente majoritária, de espécie de DESAPROPRIAÇÃO, uma vez que a transmissão da propriedade depende do pagamento da indenização. Corrente minoritária, por outro lado, considera o instituto espécie de usucapião onerosa (Teori Zavascki). É, mais especificamente, modalidade de desapropriação por INTERESSE SOCIAL, como definiu Hely Lopes Meirelles: “ocorre quando as circunstâncias impõem a distribuição ou o condicionamento da propriedade para seu melhor aproveitamento, utilização ou produtividade em benefício da coletividade ou de

categoria sociais merecedoras de amparo específico do Poder Público.”

 Quem paga a indenização? Apesar do silêncio da lei, é entendimento já

pacificado, em relação a quem deve pagar a indenização ao expropriado, impondo-se ao Município a responsabilidade, nos casos de imóveis urbanos, e à União, nas hipóteses de imóveis rurais, aquela em razão do art. 182 da Carta Magna de 1988, que impõe ao Poder Público municipal o dever de ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes, e esta em razão dos arts. 184 a 186 da Constituição Federal, bem como a Lei nº 8.629, de 25.02.93, com a redação dada pela Lei nº 10.279, de 12.09.01 e Lei Complementar nº 76, de 06.07.93.

o USUCAPIÃO ESPECIAL COLETIVA URBANA: prevista no art. 10 da Lei n.

10.257/01. Nesse caso, tem-se realmente uma espécie de usucapião, já que não há que se falar em indenização ao proprietário original. Exige-se que a área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a 250m², e que os possuidores beneficiados não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.

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o CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA: conforme a definição de Hely Lopes Meirelles, trata-se de “um direito real sobre coisa alheia, mas direito real resolúvel. É transferível por ato inter vivos ou causa mortis, mas se extingue se o concessionário der ao imóvel destinação diversa de moradia, ou adquirir a propriedade de outro imóvel urbano ou rural.” Será concedido ao ocupante de imóvel público urbano de até 250 metros quadrados, o direito ao uso e não ao domínio, desde que não seja proprietário ou concessionário, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural. Limita-se a imóveis públicos, pois, no caso de imóvel particular, nessas mesma circunstâncias cabe a usucapião especial urbana.

 MODALIDADE COLETIVA: Tal modalidade é autorizada quando não seja

possível identificar o terreno ocupado por cada possuidor individualmente, situação em que será atribuída igual fração ideal (250 m²) a cada um deles, não sendo necessário observar a real dimensão do terreno que cada um ocupe, ressalvada a hipótese em que os ocupantes estabeleçam frações ideais diferenciadas através de acordo escrito, sem que, ao efetuarem a divisão, ultrapassem os 250 metros quadrados da fração ideal a cada possuidor.

 Legislação estudada:

o CONDOMÍNIO DE LOTES:

 Natureza jurídica: trata-se de uma nova espécie de condomínio, que o

professor Flávio Tartuce considera “um desdobramento do condomínio edilício vertical (o de casas) de que tratava o art. 8º da Lei n. 4.591”. No entanto, o condomínio edilício vertical não cria lotes, mas sim unidades imobiliárias formadas por construções previamente existentes. A ideia do novo instituto é exatamente permitir a criação de um condomínio composto por lotes, onde cada condômino construirá sua edificação da

forma como melhor entender. Nesse arranjo espacial, as ruas, as praças

e as demais áreas de uso comum não são transferidas à propriedade do Município, mas continuam sendo propriedade privada, pertencente aos titulares do lote de acordo com a respectiva fração ideal. E é essa a grande funcionalidade do condomínio de lotes: permitir a criação de um “loteamento” em que os condôminos, por não transferirem o domínio das ruas e equipamentos ao Município, podem controlar de forma os diversos aspectos do condomínio, como o acesso de pessoas, a conservação e as regras de convivência.

 Controle do Município sobre o condomínio de lotes: apesar dessa maior

autonomia dada ao condomínio de lotes em comparação com o loteamento tradicional, isso não significa que este novo instituto é imune à ingerência estatal. A Lei n. 13.465/17 adicionou o parágrafo 4º ao art. 4º da Lei n. 6.766/79, que assim dispõe: “No caso de lotes integrantes de

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condomínio de lotes, poderão ser instituídas limitações administrativas

e direitos reais sobre coisa alheia em benefício do poder público, da população em geral e da proteção da paisagem urbana, tais como

servidões de passagem, usufrutos e restrições à construção de muros.” Com isso, busca-se evitar que o condomínio de lotes se torne uma grande área privada no interior da cidade imune à interferência do Poder Público e da coletividade, evitando assim uma espécie de “privatização” da área urbana, prejudicando as diretrizes ambientais e urbanísticas e o livre trânsito de pessoas.

 Diferenças para o condomínio de acesso controlado: Nos termos do art.

2º, §8º da Lei n. 6.766/79: “Constitui loteamento de acesso controlado a modalidade de loteamento, definida nos termos do § 1o deste artigo, cujo

controle de acesso será regulamentado por ato do poder público Municipal, sendo vedado o impedimento de acesso a pedestres ou a condutores de veículos, não residentes, devidamente identificados ou cadastrados.” Esse instituto é um intermediário entre o loteamento comum e o condomínio de lotes. Nesse caso, ainda há a transferência de vias e equipamentos públicos ao domínio do Município. No entanto, este autoriza o controle do acesso de pessoas ao loteamento, via identificação dos visitantes. Também foi criado pela Lei n. 13.465/17.

o MULTIPROPRIEDADE (TIME SHARING):

Natureza jurídica: “A multipropriedade imobiliária, mesmo não

efetivamente codificada [hoje já o é], possui natureza jurídica de direito

real, harmonizando-se com os institutos constantes do rol previsto no art.

1.225 do Código Civil. STJ. 3ª Turma. REsp 1.546.165-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. para acórdão Min. João Otávio de Noronha, julgado em 26/4/2016 (Info 589).”

Maria Helena Diniz: “O sistema time-sharing ou multipropriedade

imobiliária é uma espécie condominial relativa aos locais de lazer, pela qual há um aproveitamento econômico de bem imóvel (casa, chalé, apartamento), repartido, como ensina Gustavo Tepedino, em unidades fixas de tempo, assegurando a cada co-titular o seu uso exclusivo e perpétuo durante certo período anual. (...) Trata-se de uma multipropriedade periódica, muito útil para desenvolvimento de turismo em hotéis, clubes e em navios (...) Há um direito real de habitação periódica, como dizem os portugueses, democratizando o imóvel de férias, cujo administrador (trustee) o mantém em nome de um clube, concedendo e organizando o seu uso periódico. Todos os adquirentes são comproprietários de fração ideal, sofrendo limitações temporais e condominiais, sendo que a relação de tempo repartido fica estabelecida

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em regulamento.” (Curso de Direito Civil Brasileiro. 22ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007, vol. 4, p. 243.)

 Como entender o novo instituto? Trata-se de mais uma espécie de

condomínio, criada por lei. A forma mais fácil de compreender sua natureza jurídica é compará-lo ao condomínio edilício. Também aqui a propriedade é dividida em unidades autônomas, cujas relações entre si são reguladas por uma convenção de condomínio.

 Relação entre os condôminos: os multiproprietários não guardam

vínculos entre si, uma vez que não há relação obrigacional entre eles. De forma análoga ao que ocorre no condomínio edilício, cada proprietário é dono de sua fração de tempo, podendo usar, gozar e dispor dela de forma independente. Salvo disposição diversa da convenção, não há sequer direito de preferência entre os condôminos na venda da unidade autônoma.

 Reflexos registrais: a Lei n. 13.777/2018 também alterou alguns

dispositivos na Lei n. 6.015/73. A lei previu a abertura de matrículas específicas para cada fração de tempo. A única fração de tempo que não receberá matrícula própria é a destinada a reparos (art. 1.358-N, §1º, II do CC). Pelo princípio da unitariedade matricial, não é possível a abertura de matrícula para frações ideais. A Lei n. 13.777/18, ao conceber a multipropriedade como uma forma especial de condomínio permanente, pretendeu dar autonomia jurídica e econômica às frações de tempo, transformando-as em verdadeiras unidades autônomas, e entendeu que a abertura de matrículas independentes era a melhor forma de fazê-lo, como ocorre com o condomínio edilício.

 Mais detalhes:

https://www.dizerodireito.com.br/2018/12/breves-comentarios-lei-137772018.html

o FUNDO DE INVESTIMENTO

 Criado pela Lei n. 13.874/2019, trata-se de nova espécie de condomínio

formada pela comunhão de recursos financeiros destinada à aplicação em ativos, bens e direitos de qualquer natureza.

 Esses fundos NÃO possuem personalidade jurídica, mas podem

assumir obrigações legais e contratuais, e por elas respondem diretamente. Podem, portanto, demandar e ser demandados em juízo, possuindo PERSONALIDADE JUDICIÁRIA, de forma semelhante ao que ocorre com o condomínio edilício.

 Sua disciplina, para além do disposto na legislação, cabe à Comissão de

Valores Mobiliários, que também foi eleita o órgão de registro da constituição desses fundos, para sua oponibilidade perante terceiros.

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 A depender do disposto em seu regulamento, o fundo pode estabelecer responsabilidade limitada ou ilimitada dos seus integrantes e também dos prestadores de serviço para o fundo (administradores), perante o condomínio e entre si.

 Também é possível a criação de classes diferentes de quotas, inclusive

com a separação do patrimônio de cada classe. JURISPRUDÊNCIAS RELACIONADAS

 Questões resolvidas:

o USUCAPIÃO EM FAIXA DE FRONTEIRA: “RECURSO ESPECIAL. USUCAPIÃO.

FAIXA DE FRONTEIRA. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE REGISTRO ACERCA DA PROPRIEDADE DO IMÓVEL. INEXISTÊNCIA DE PRESUNÇÃO EM FAVOR DO ESTADO DE QUE A TERRA É PÚBLICA. 1. O terreno localizado em faixa de fronteira, por si só, não é considerado de domínio público, consoante entendimento pacífico da Corte Superior. 2. Não havendo registro de propriedade do imóvel, inexiste, em favor do Estado, presunção iuris tantum de que sejam terras devolutas, cabendo a este provar a titularidade pública do bem. Caso contrário, o terreno pode ser usucapido. 3. Recurso especial não conhecido. (REsp 674558 / RS)”

 Legislação estudada:

MULTIPROPRIEDADE (STJ): PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. RECURSO

ESPECIAL. EMBARGOS DE TERCEIRO. MULTIPROPRIEDADE IMOBILIÁRIA (TIME-SHARING). NATUREZA JURÍDICA DE DIREITO REAL. UNIDADES FIXAS DE TEMPO. USO EXCLUSIVO E PERPÉTUO DURANTE CERTO PERÍODO ANUAL. PARTE IDEAL DO MULTIPROPRIETÁRIO. PENHORA. INSUBSISTÊNCIA. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E PROVIDO. 1. O sistema time-sharing ou multipropriedade imobiliária, conforme ensina Gustavo Tepedino, é uma espécie de condomínio relativo a locais de lazer no qual se divide o aproveitamento econômico de bem imóvel (casa, chalé, apartamento) entre os cotitulares em

unidades fixas de tempo, assegurando-se a cada um o uso exclusivo e perpétuo durante certo período do ano. 2. Extremamente acobertada por

princípios que encerram os direitos reais, a multipropriedade imobiliária, nada obstante ter feição obrigacional aferida por muitos, detém forte liame com o instituto da propriedade, se não for sua própria expressão, como já vem proclamando a doutrina contemporânea, inclusive num contexto de não se reprimir a autonomia da vontade nem a liberdade contratual diante da preponderância da tipicidade dos direitos reais e do sistema de numerus clausus. 3. No contexto do Código Civil de 2002, não há óbice a se dotar o instituto da multipropriedade imobiliária de caráter real, especialmente sob a ótica da taxatividade e imutabilidade dos direitos reais inscritos no art. 1.225. 4. O vigente diploma, seguindo os ditames do estatuto civil anterior, não traz nenhuma vedação nem faz referência à inviabilidade de consagrar novos direitos reais. Além disso,

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com os atributos dos direitos reais se harmoniza o novel instituto, que, circunscrito a um vínculo jurídico de aproveitamento econômico e de imediata aderência ao imóvel, detém as faculdades de uso, gozo e disposição sobre fração ideal do bem, ainda que objeto de compartilhamento pelos multiproprietários de espaço e turnos fixos de tempo. 5. A multipropriedade imobiliária, mesmo não efetivamente codificada, possui natureza jurídica de direito real, harmonizando-se, portanto, com os institutos constantes do rol previsto no art. 1.225 do Código Civil; e o multiproprietário, no caso de penhora do imóvel objeto de compartilhamento espaço-temporal (time-sharing), tem, nos embargos de terceiro, o instrumento judicial protetivo de sua fração ideal do bem objeto de constrição. 6. É insubsistente a penhora sobre a integralidade do imóvel submetido ao regime de multipropriedade na hipótese em que a parte embargante é titular de fração ideal por conta de cessão de direitos em que figurou como cessionária. 7. Recurso especial conhecido e provido. (REsp 1546165/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Rel. p/ Acórdão Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA TURMA, julgado em 26/04/2016, DJe 06/09/2016)

ADMINISTRATIVO

COMO ESTUDAR?

Resolver, no mínimo, 50 questões da VUNESP sobre Intervenção do Estado na Propriedade (2h)

 Acessar o site Qconcursos e colocar os seguintes filtros:

o DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO;

o ASSUNTO: INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE;

o BANCA: VUNESP.

 Lembrar sempre de EXCLUIR AS QUESTÕES ANULADAS e DESATUALIZADAS.

 Durante a resolução, inclua os dispositivos de lei que errou na folha de revisão do material Notarium, para futuras consultas.

OBSERVAÇÕES

 As questões de hoje trabalham, em sua maioria, o tema da DESAPROPRIAÇÃO. Assim, é de suma importância conhecer os ditames do Decreto-lei 3.365/41 e da Lei n. 4.132/62. Também foram cobradas muitas questões acerca do TOMBAMENTO, regulado principalmente pelo Decreto-lei 25/37.

 DESAPROPRIAÇÃO:

o PRAZO DE CADUCIDADE DO DECRETO DE UTILIDADE PÚBLICA/INTERESSE

SOCIAL: Interesse Social – 2 anos (Art. 3º da Lei 4.132/62); Utilidade e Necessidade – 5 anos (Art. 10 do Decreto 3.365/41).

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o NECESSIDADE PÚBLICA x UTILIDADE PÚBLICA x INTERESSE SOCIAL (HELY LOPES MEIRELLES):

NECESSIDADE PÚBLICA: “surge quando a Administração defronta

situações de emergência, que, para serem resolvidas satisfatoriamente, exigem a transferência urgente de bens de terceiros para o seu domínio.”

UTILIDADE PÚBLICA: “apresenta-se quando a transferência de bens de

terceiros para a administração é conveniente, embora não seja imprescindível.”

INTERESSE SOCIAL: “ocorre quando as circunstâncias impõem a

distribuição ou o condicionamento da propriedade para seu melhor aproveitamento, utilização ou produtividade em benefício da coletividade ou de categoria sociais merecedoras de amparo específico do Poder Público.”

o INDENIZAÇÃO: em regra, deve ser prévia, justa e EM DINHEIRO. Exceções:

reforma agrária – títulos da dívida agrária (art. 184 da CF); desapropriação urbana sancionatória – títulos da dívida pública (art. 182 da CF).

o TREDESTINAÇÃO: A tredestinação é a destinação de um bem expropriado a

finalidade diversa da que se planejou inicialmente. Pode ser lícita, quando a Administração dá destinação diversa da planejada quando da expropriação, porém, mantém o atendimento ao interesse público. Já a ilícita é traduzida na verdadeira desistência da expropriação e dá ensejo à retrocessão.

o RETROCESSÃO: “Sobre o tema Hely Lopes Meirelles ensina que ‘Retrocessão é

a obrigação que se impõe ao expropriante de oferecer o bem ao expropriado, mediante a devolução do valor da indenização, quando não lhe der o destino declarado no ato expropriatório (...) A retrocessão é, pois, uma obrigação

pessoal de devolver o bem ao expropriado, e não um instituto invalidatório da

desapropriação, nem um direito real inerente ao bem.’” Se o ente expropriante não oferecer a devolução do bem ao expropriado, a pretensão resolve-se em perdas e danos, por força do art. 35 do Decreto-Lei n. 3.365/41.

 A jurisprudência e a doutrina majoritárias afirmam que somente é

possível o exercício do direito de retrocessão quando é dado ao bem outra destinação que não seja de interesse público (tredestinação) ou

que não lhe tenha dado destinação alguma. Logo, não se admite a

retrocessão quando é dada ao bem outra destinação que não a específica do ato expropriatório, mas que atenda a interesse de ordem pública.

o DIREITO DE EXTENSÃO: É aquele pelo qual o expropriado requer que a

desapropriação e a respectiva indenização incidam sobre a totalidade do bem, pois a parte não abarcada ficou inservível ou esvaziada de interesse patrimonial. São para os casos de desapropriação parcial.

o DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA: “A desapropriação indireta é o apossamento (e

não apropriação) de bem de particular pelo poder público sem a correta observância dos requisitos da declaração e indenização prévia. Em outras palavras, a Administração Pública não desapropria o bem, mas restringe o proprietário do seu direito de propriedade.” Nessa situação, cabe ao particular ajuizar ação pedindo o reconhecimento da desapropriação indireta e, consequentemente, o pagamento da indenização correspondente.

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o NOVIDADE LEGISLATIVA (LEI 132.465/17): adicionou o art. 34-A ao Decreto-Lei 3.365/41 – “Art. 34-A. Se houver concordância, reduzida a termo, do expropriado, a decisão concessiva da imissão provisória na posse implicará a aquisição da propriedade pelo expropriante com o consequente registro da propriedade na matrícula do imóvel. § 1º. A concordância escrita do expropriado não implica renúncia ao seu direito de questionar o preço ofertado em juízo. § 2º. Na hipótese deste artigo, o expropriado poderá levantar 100% (cem por cento) do depósito de que trata o art. 33 deste Decreto-Lei. §3º. Do valor a ser levantado pelo expropriado devem ser deduzidos os valores dispostos nos §§ 1o e 2o do art. 32 deste Decreto-Lei, bem como, a critério do juiz, aqueles tidos como necessários para o custeio das despesas processuais.”

 SERVIDÃO ADMINISTRATIVA: “Maria Sylvia Zanella Di Pietro conceitua servidão administrativa como direito real de gozo pelo Poder Público ou seus delegados sobre imóvel de propriedade alheia, mediante autorização legal, em favor de um serviço

público ou de um bem afetado a fim de utilidade pública.”

 TOMBAMENTO: “Consoante Maria Zanella Di Pietro, ‘o tombamento é a modalidade de intervenção do Estado na propriedade privada, que tem por objetivo a proteção do

patrimônio histórico e artístico nacional, assim considerado, pela legislação ordinária’

o constante no art. 1º do DL nº 25, de 30/11/37[9], e que se instrumentaliza enquanto ‘procedimento administrativo pelo qual o Poder Público sujeita a restrições parciais os

bens de qualquer natureza cuja conservação seja de interesse público, por sua

vinculação a fatos memoráveis da história ou por seu excepcional valor arqueológico ou etnológico, bibliográfico ou artístico’. Segundo ela, trata-se de um procedimento

administrativo por se tratar de uma sucessão de atos preparatórios essenciais à

validade do ato final, que é a inscrição no Livro do Tombo.”

o NOVIDADE LEGISLATIVA: o Novo CPC revogou o dispositivo que instituía o

direito de preferência dos entes públicos em caso de venda de bens tombados. Essa preferência, hoje, só existe para o caso de ALIENAÇÃO JUDICIAL do bem (art. 892, parágrafo 3º do CPC).

 OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA: “A ocupação temporária encontra-se prevista no art. 36 do Decreto-lei 3.365/1941 (‘É permitida a ocupação temporária, que será indenizada, afinal, por ação própria, de terrenos não edificados, vizinhos às obras e necessários à sua

realização’); no art. 13, parágrafo único, da Lei 3.924/1961 (ocupação temporária de propriedade particular para escavações e pesquisas no interesse da arqueologia e da pré-história); no art. 58, V, da Lei 8.666/1993 (ocupação de bens afetados a serviço

público) e art. 35, § 3º, da Lei 8.987/1995.” JURISPRUDÊNCIAS RELACIONADAS

 Súmula 23, STF: Verificados os pressupostos legais para o licenciamento da obra, não o impede a declaração de utilidade pública para desapropriação do imóvel, mas o valor da obra não se incluirá na indenização, quando a desapropriação for efetivada.

 Súmula 157, STF: É necessária prévia autorização do Presidente da República para

desapropriação, pelos Estados, de empresa de energia elétrica.

 Súmula 164, STF: No processo de desapropriação, são devidos juros compensatórios

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 Súmula 378, STF: Na indenização por desapropriação incluem-se honorários do advogado do expropriado.

 Súmula 416, STF: Pela demora no pagamento do preço da desapropriação não cabe

indenização complementar além dos juros.

 Súmula 69, STJ: na desapropriação direta, os juros compensatórios são devidos desde a antecipada imissão na posse e, na desapropriação indireta, a partir da efetiva ocupação do imóvel.

 COMPETÊNCIA PARA TOMBAMENTO DE BENS DA UNIÃO (STJ): “ADMINISTRATIVO – TOMBAMENTO – COMPETÊNCIA MUNICIPAL. 1. A Constituição Federal de 88 outorga a todas as pessoas jurídicas de Direito Público a competência para o tombamento de bens de valor histórico e artístico nacional. 2. Tombar significa preservar a cautelar preservar sem que importe o ato em transferência da propriedade como ocorre na desapropriação. 3. O Município por competência constitucional comum - art. 23, III - deve proteger os documentos as obras e outros bens de valor histórico artístico e cultural os monumentos as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos. 4. Como o tombamento não implica em transferência da propriedade

inexiste a limitação constante no art. 1º§ 2º do DL 3.365/1941 que proíbe o Município de desapropriar bem do Estado. 5. Recurso improvido. (STJ; RMS 18952/RJ Rel.

Ministra ELIANA CALMON SEGUNDA TURMA julgado em 26/04/2005 DJ 30/05/2005 p. 266)”

 DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA (STJ): “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. ART. 557, § 1.º, DO CPC. ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA. UTILIDADE PÚBLICA. ART. 34 DO DECRETO-LEI 3.365/41. INAPLICABILIDADE. PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA. SÚMULA 119/STJ. VIOLAÇÃO DO ART. 535, II, DO CPC. INOCORRÊNCIA. 1. O art. 34 do Decreto-lei n.º 3.365, de 21 de junho de 1941, não se aplica às ações de indenização por desapropriação indireta. Precedentes do STJ: REsp 586.440/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 04/08/2005, DJ 12/09/2005 p. 274; AgRg no REsp 734.146/SP, Rel. Ministro Francisco Falcão, Primeira Turma, julgado em 02/08/2005, DJ 03/10/2005 p. 149; REsp 252.404/SP, Rel. Ministro Francisco Peçanha Martins, Segunda Turma, julgado em 17/09/2002, DJ 18/11/2002 p. 169. 2. In casu, consoante assentado no voto condutor do acórdão recorrido: "Ocorre que, não obstante encontre-se o processo de desapropriação em condições de pagamento, desde a imissão na posse, ocorrida em janeiro de 1983, já havendo sido, inclusive, efetivado todo o procedimento de avaliação da propriedade em lume, não procedeu, o DNOCS, ao pagamento da quantia devida ao recorrido a título de indenização, caracterizando a situação ventilada como hipótese do que a doutrina e jurisprudência convencionaram chamar de desapropriação indireta, pois ocorrida sem respeito aos dispositivos legais

pertinentes". (fl. 146, e-STJ) 3. O prazo prescricional da ação de desapropriação indireta

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de 06 de janeiro de 1932. Aplicação do Enunciado n.º 119, da Súmula do STJ, verbis: "A ação de desapropriação indireta prescreve em vinte anos". Sob esse enfoque, concluiu com acerto o aresto hostilizado ao assentar que "não há que se falar em prescrição do direito de ação, eis que o presente feito foi ajuizado em 04/07/02 e o Decreto n.º 87.967 é de 23/12/82 (fl. 19)".(fl. 146, e-STJ) 4. O artigo 535, II, do CPC resta incólume quando o tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a questão posta nos autos, mercê de o magistrado não estar obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão. 5. Agravo regimental desprovido. (AgRg no REsp 1159721/RN, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 01/06/2010, DJe 18/06/2010)”

o PRAZO PRESCRICIONAL: CUIDADO! Com o Novo CPC, esse prazo de vinte anos

não é mais aplicável. O STJ ainda discute qual seria o prazo prescricional correto, se o da usucapião extraordinária – 15 anos (art. 1.238 do CC) ou o da usuacapião extraordinária por posse-trabalho – 10 anos (parágrafo único do art. 1.238 do CC). O tema foi afetado para julgamento sob o rito dos Recursos Repetitivos.

REVISÕES

COMO ESTUDAR?

 24H – Direito Notarial e Registral: questões de outras bancas sobre Registro Civil das Pessoas Jurídicas e Registro de Títulos e Documentos;

 24H – Direito Civil: questões da VUNESP sobre Direito das Coisas em provas para Titular de Serviços Notariais e de Registro, resolvidas em 13.11;

 48H – Direito Constitucional: questões da VUNESP sobre Poder Judiciário e Organização do Poder Judiciário;

 48H – Direito Administrativo: questões da VUNESP sobre Responsabilidade Civil do Estado;

 7 DIAS – Direito Constitucional: questões da VUNESP sobre Organização dos Poderes, Poder Legislativo, Processo Legislativo e Poder Executivo, resolvidas em 07.11;  7 DIAS – Direito Civil: questões da VUNESP sobre Responsabilidade Civil, resolvidas

em 07.11;

 30 DIAS – Direito Civil: questões da VUNESP sobre Parte Geral em provas para Titular de Serviços de Notas e Registro resolvidas em 14.10;

 30 DIAS – Direito Notarial e Registral: questões da VUNESP sobre Registro Civil das Pessoas Naturais, resolvidas em 14.10.

Dedicar 30 minutos à leitura da folha de revisões, para relembrar os erros e dúvidas surgidos quando da resolução de questões sobre os temas acima.

Referências

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