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Tiliaceae Juss. no estado de Pernambuco, Brasil

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Academic year: 2021

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Hoehnea 29( I): 1-18, 99 fig., 2002.

Tiliaceae

J

uss. no estado de Pernambuco, Brasil

Mauricea do Carmo Tscha,1.3,Margareth Ferreira de Sales1e Gerleni Lopes Esteves2

ABSTRACT - (The family Tiliaceae Juss. in Pernambuco, Brazil). The taxonomic survey was performed using specimens collected by the first author and other specimens obtained from 29 herbaria of Brazil. Eleven species, distributed in five genera, were recorded: Apeiba Aubl. (two), Christiana DC. (one) CorchonlsL.(two), Luehea Willd. (two), and TrillllljeffaL.(four). These species are distributed mainly along the coastal and Atlantic Forest. Analytical keys to the genera and species, descriptions and illustrations of them, comments on the variability, taxonomy and geographic distribution, are presented.

Key words: taxonomy, Apeiba, Christiana, Corchorus, LlIehea, Trilllnjeffa

RESUMO - (Tiliaceae Juss. no estado de Pernambuco, Brasil). Este trabalho trata do estudo taxon6mico da famnia Tiliaceae Juss. no estado de Pernambuco, Brasil, com base nos materiais coletados pela primeira autora e no exame decole~6esde 29 herbftrios nacionais. Foram reconhecidas 11especies de cinco generos: Apeiba Aubl. (duas especies), Christiana DC. (uma especie), CorchorusL.(duas especies),

Luehea Willd. (duas especies) e Triul/ljeffaL.(quatro especies), comdistribui~aopredominante nas zonas de litoral e de Mata AtHintica.

Sao apresentadas chaves analiticas para os generos e especies, comdescri~6eseilustra~6es, alem de cOl11entiirios sobre variabilidade, taxonomia edistribui~iiogeogrtifica.

Palavras-chave: taxonomia, Apeiba, Christiana, Corr:horus, Luehea, Trilll/ljeffa

Introdu~o

Tiliaceae compreende cerca de 50 generos e 450 espe-cies distribufdas nas regi6es tropicais e subtropicais, com poucos representantes nas regi6es temperadas (Cronquist, 1981). No Brasil ocorrem aproximadarnente 13 generos e 60 especies (Barroso et aI., 1978).

A famflia caracteriza-se principal mente pelo androceu constitufdo por estames livres entre si, concrescidos na base ou formando falanges, com anteras ditecas e tetraesporangiadas. Tiliaceae e inclufda na Ordem Malvales por todos os autores que estudaram 0 grupo, porem Judd et al. (1999) consideram-na na circunscric;:ao de Malvaceae. Entre os trabalhos mais abrangentes sobre Tiliaceae destacam-se os de Schumann (1886, 1895) que reconheceu II generos e 70 especies no Brasil e posteriormente dividiu a famflia em quatro tribos; Hochreutiner (1914) considerou as subfamflias Tilioideae e Grewioideae e Burret (1926) que elaborou a classificac;:ao mais recente, considerando quatro subfamflias (Brownlowioideae, Tetralicoideae, Tilioideae e Neotessmannioideae) com base na morfologia das sepalas, antera e do ovario.

Com relac;:ao aos generos, destaca-se para Apeiba Aubl. 0 trabalho de Setser (1977). Sobre Christiana ressalta-se a contribuic;:ao de Kubitzki (1995).

0

genero Corchorusfoi tratado em estudos sobre flora regionais por Dimitri&Alberti (1950) e Robyns (1964).LueheaWilld. foi estudado por B urret (1926) e Setser (1977). Sobre

Trium!ettaL.sao importantes as contribuic;:6es de Lay (1950) e de Monteiro-Filho (1953).

Para 0 Brasil, as contribuic;:6es mais significativas consistem de levantamentos de floras regionais como os de Esteves (1986, 1990) para as especies de Tiliaceae da Serra do Cip6, Minas Gerais eode Cunha (1981) sobre as especies deLueheaocorrentes no Rio de Janeiro. Estudos sobre as Tiliaceae de Pernambuco se restringem a citac;:ao de especies em listas f10rfsticas (Sales et aI., 1998).

Este trabalho apresenta 0 levantamento das Tiliaceae de Pernambuco e visa contribuir para 0 conhecimento da flora do estado, fornecendo chaves analfticas para os generos e especies, com descric;:6es e ilustrac;:6es, alem de comentarios sobre taxonomia, variabilidade e distribuic;:ao geograFica.

Material e

metodos

o

estado de Pernambuco localiza-se na regiao Nordeste do Brasil, entre os paralelos de 7°15'45"-9~8'18"S e os meridianos de 34°48'35" - 41° 19'54"W. Apresenta uma area territorial de 98.281 km2,compreendendo 186 municfpios, limitados pelos estados de Alagoas, Parafba, Ceara, Bahia e Sergipe. Andrade-Lima (1960) reconheceu no estado quatro zonas fitogeograficas: litoral, mata, caatinga e savana.

A coleta de material foi realizada no perfodo de junho de 1998 a setembro de 1999, abrangendo 160 municfpios de

I. Universidude Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Biologia, Area de Botanica. Av. D. Manoel de Medeiros s.n .. Dois Innaos, 52171-300 Recife, PE, Brasil. 2. Inslituto de Botanica, Cuixa Postal 4005, 01061-970 Sao Paulo, SP, Brasil. .

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Hoehnea 29( I). 2002.

Pernambuco e conternplando todas as zonas fitogeognificas do estado delimitadas por Andrade-Lima (1960). Foram utilizados os procedimentos usuais em trabalhos taxonomicos, incluindo0 levantamento bibliognifico, coleta

de material eo estudo morfologico das especies.0material coletado foi depositado no acervo do Herbario do Departamento de Biologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (PEUFR).

o

estudo morfologico das especies foi desenvolvido a partir do material coletado e decole~6esde 29 herbarios:

ALCB, ASE,Baru, CEN, CVRD, ESA, ESAL,

FUEL,

HUEFS,

lAC, IAN, IMA, INPA, IPA, JBP, MAC, MBML, MG, PEL, PEUFR, R, RUSU, S, UB, UEFS, UFMS, UFS e UFP (siglas de acordo com Holmgren et a!., 1990) e do Herbario Sergio Tavares (HST). Asilustra~6esforam feitas com0auxflio de camara-clara acoplada a urn estereomicroscopio. As eletrofotomicrografias foram obtidas em microscopio eletronico de varredura, a partir de material herborizado.

Resultados e Discussao

Tiliaceae Juss., Gen. pI. : 289. 1789.

Ervas, subarbustos, arbustos ate arvores. Indumento constitufdo de tricomas ramificados e/ou simples. Folhas simples, alternas, estipuladas. Flores actinomorfas, monoclinas ou raramente dfclinas, solitarias ou dispostas em inflorescencias; epicalice raramente presente; cal ice gamossepalo ou dialissepalo, compreflora~aovalvar; corola dialipetala, geralmente compreflora~aoimbricada; estames 5-numerosos, livres entre si, concrescidos apenas na base ou formando falanges; anteras 2-tecas, 4-esporangiadas, rimosas ou poricidas; estaminodios ocasionalmente presentes; disco nectarffero quando presente extraestaminal; ovario supero, as vezes situado sobre urn ginoforo, carpelos 2-numerosos, ovulos 2-numerosos por loculo,placenta~ao

geralmente axilar; estiletes em geral colunares; estigmas capitados, lobados ou denteados. Fruto capsula, globoso, ovoide ou alongado, glabro ou piloso, liso, equinado ou recoberto de cerdas. Sementes numerosas, com formas variadas; endosperma escasso ou abundante, oleaginoso; embriao em geral rete; cotiledones foliaceos ou camosos. Chave para os generos

I. Plantas arboreas.

2. Flores dfclinas; cal ice gamossepalo, 3-5-lobado ... Christiana africana 2. Flores monoclinas; calice dialissepalo, 4 a 5 sepalas. 3. Estames levemente unidos na base; anteras deiscentes atraves de urn poro apical que se pro-longa em rima; capsula poricida, globosa-acha-tada nos polos, 6-12 cm diam. (incluindo as

cer-das) Apeiba

3.

Estames unidos em falanges; anteras rimosas; capsula urceolada, loculicida, 1,4-2,5 cm diam. ... Luehea

I. Plantas herbaceas, subarbustivas ou arbustivas. 4. Folhas inteiras a lobadas; fruto globose ou

ovoide, indeiscente, equinado; ginOforo

presen-te Triumfetta

4. Folhas inteiras; fruto alongado, deiscente, lisa;

gino-foro ausente Corchorus

Apeiba Aubl.

Arvores. Indumento ferrugfneo, constitufdo de tricomas simples e ramificados. Folhas com estfpulas trian-gulares; lamina cart,icea, leve a fortemente bulada,nerva~ao

impressa na face adaxial, proeminente na face abaxial. Inflorescencias cimosas, paniculiformes; bnicteas caducas. Flores monoclinas, pediceladas, vistosas; sepalas (4-)5, li-vres entre si, triangulares, carnosas, internamente apiculadas; petal as 5, obovado-espatuladas, unguiculadas, brancas ou amarelas; estames numerosos, levemente uni-dos na base; anteras lineares, deiscentes atraves de urn poro apical que se prolonga em rima, com extensao esteril bifurcada, com longos tricomas simples, esparsos; estaminodios presentes, membranaceos; ovario globoso, levemente deprimido, situado sobre urn gin6foro, IO-varios loculos, pluriovulado por loculo; estilete delgado; estigma irregularmente denteado. Capsula poricida, globoso-acha-tada, recobertas de cerdas f1exfveis ou rfgidas, com tricomas simples. Sementes numerosas.

Genero com distribui~aona regiao neotropical, incluindo cerca de sete especies predominantemente arboreas (Setser, 1977). Em Pernambuco, foram encontradas duas especies.

Chave para as especies

I. Petalas brancas; cerdas do fruto 2, 1-4,0 cm compr.,

flexf-veis A.albiflora

1. Petal as amarelas; cerdas do fruto 1-2 cm compr., rfgidas

... A. tibourbou Apeiba albiflora Ducke, Arch. jard. bot. Rio de Janeiro 3: 209, fig. 20. 1922.

(Fig. 1-8)

Nomes populares: pau-de-jangada, pente-de-macaco, jangada.

Arvores 6-15 malt. Ramos estriados, com indumento hirsuto-ferrugfneo quando jovens, castanho-acinzentado quando adultos, lanuginoso no ponto de inser~aodas estfpulas, glabrescente. Folhas com estfpulas 8-22 mm compr., serfceo-ferrugfneas; pedolos 10-16 mm compr., estriados, hirsutos; laminas 13,L-27 ,0 x 4,4-8,8 cm, estreitamente elfpticas a oblongo-obovadas, base em geral cordada, api-ce acuminado, margem curtamente serreada, faapi-ce adaxial

comnerva~aoimpressa, com tricomas simples e ramificados

esparsos, face abaxial com nerva~aoproeminente, com tricomas ramificados. Inflorescencias opositifolias; pedunculos 1-7 cm compr., com tricomas simples e

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ramificados; bnicteas 10-18 x 5-7 mm, ovais. Flores com pedicelos de 1-6 mm compr., hirsutos; sepalas 5,9-16,0 x 4-5 mm, oblongas, apice agudo, externamente hirsutas, tricomas simples e estrelados, internamente glabras; peta-las 6-12 x 4-6 mm, brancas, glabras em ambas as faces; estames 63-82, filetes 2-4 mm compr.; an teras 4-5 mm compr.; estaminodios 17-22,4-7 mm compr., espatulados, glabros; ginoforo 3-4 mm compr.; ovario 3-5 mm compr., hisurto; estilete 4-8 mm compr. Capsula 6-12 cm diam. (inc1uindo as cerdas); cerdas 2,1-4,0 cm compr., flexfveis, com longos tricomas simples. Sementes globosas.

Material examinado: PERNAMBUCO: Camaragibe, VIl-1952, Ducke & Lima 127, fl. (IAN, IPA); Maraial, II-1966, Ferreira 2926, fl. (HST); Paulista, IV-1992, Gomes 356,fl.(PEUFR). Material adicionaJ selecionado: ALAGOAS: Maceio, VIII-1965, Tavares 1245, fl. (HST). AMAPA: rio Jari, VIl-1961, Egler & Irwin 45981, fro(IAN).BAHIA: Santa Cruz de CabraJia, V-1984, Santos 320,fl.(UEFS). MARANHAO: Cururupu, VIII-1914, Lis-boa 7 J,fl.(RB). PARA: Currupiru, VITl-1954, Fr6es 31011, fro (IAN). RORAIMA: Ji-Parana, IV-1983, Silva 6115, fl. (INPA). RIo GRANDEDOSUL: Guapore, Xll- J949, Silva 442, fl. (IAN).

A especie ocorre exclusivamente na America do Sui, na Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela (Setser, 1977) e nas regioes Norte e Nordeste do Brasil. Em Pernambuco foi encontrada apenas na zona de mata, em areas degradadas, margeando terrenos cultivados e em bor-das de florestas. Floresce e frutifica0ano todo.

Apeiba albifloracaracteriza-se por apresentar petalas brancas e frutos com cerdas longas e flexfveis. A especie e afim deA.tibourbouAubl. na morfologia da folha, sobretudo na superffcie da lamina, que varia nas duas especies de leve a forte mente bulada e na nervacrao sempre impressa na face adaxial e proeminente na face abaxial.

Apeiba tibourboLlAubl., Hisl. pI. gui. fr. I: 538. 1775. (Fig. 9-17)

Nomes populares: pau-de-jangada, pente-de-macaco, jangada.

Arvores 5-20 m all. Ramos estriados, com indumento hirsuto-ferrugfneo quando jovens, castanho-acinzentado quando adultos, glabrescente. Folhas com estfpulas 5-31 mm compr., serfceo-ferrugfneas; pecfolos 1,2-3,7 cm compr., estriados, hirsutos; lamina 12,5-42,0 x 6,5-20,0 cm, elfptica, oblonga, oval a largamente obovada, base cordada a oblfqua, apice agudo a acuminado, margem curtamente serreada, face adaxial com nervacrao impressa, com tricomas ramificados, em geral estrelados, esparsos, face abaxial com nervacrao proerninente, densamente recoberta de tricomas ramificados. Inflorescencias opositif6lias; pedunculos 1-7 em compr., com tricomas simples e ramificados; bmcteas 11-19 x 5-8 mm. Flores com pedicelos de 1-6 mm compr., hisurtos; sepal as (4-)5, 13-22 x 4-8 mm, estreitamente oblongas a ovais, apice agudo, externamente hirsutas, com tricomas simples e estrelados, internamente glabras; petalas J0-18 x 5-10 mm,

M.e. Tschti, M.F. Sales, G.L. Esteves: Tiliaceae em Pernambuco

3

amarelas; estames 66-92, filetes 1,5-4,0 mm compr.; anteras 3-5 mm compr.; estaminodios 16-23, 4-7 mm compr., espatulados, glabrescentes; gin6foro 4-6 mm compr.; ovario 3-4 mm compr., hisurto, estilete 4-11 mm compr. Capsula 5-12 em diam. (incluindo as cerdas); cerdas 1-2 cm compr., rfgidas, com tricomas simples retrorsos. Sementes globosas. Material examinado: PERNAMBUCO: Aracroiaba, XII-1998, Tscha & Tscha 1430, fro (PEUFR); Bonito, III-1999, Tscha & Tscha 1741,fl.(PEUFR); Camaragibe, ill-I999, Tscha& Tscha 1811, fl., fro (PEUFR); Catende, II-1999, Tscha & Tscha 1583, fro (PEUFR); Condado, 1-1999, Tscha & Tscha 1516, fl., fr. (PEUFR); Goiania, 1-1999, Tscha & Tscha 1517, fl. (PEUFR); Igarassu, XII-1998, Tscha & Tscha 1443, veg. (PEUFR); Jaboatao, III-1999, Tscha & Tscha 1763, fl. (PEUFR); Moreno, III-1999, Tscha & Tscha 1761,fl.(PEUFR); Recife, IX-1998, Tscha 1144, fl., fro (PEUFR); SaoVicente Ferrer, II-1999, Tscha & Tscha 1749, fl. (PEUFR); Sao Lourencro da Mata, XU-1998, Tscha & Tscha 1365, fl., fr. (PEUFR); Vicencia, 1-1999, Tscha &Tscha 1552, fl., fro (PEUFR); Vitoria de Santo Antiio, IX-1999, Tscha & Tscha 1985, fl. (PEUFR). Material adicional selecionado: ACRE: Rio Branco, U-1978, Santos et al. lla,fl.(INPA). ALAGOAS: Cururipe, VIII-1983, Staviski & Chaves 656, fl. (MAC); Matriz de Camaragibe, X-1998, Tscha & Tscha 1219, fl. (PEUFR). AMAZONAS: Borba, III-1960, Rodrigues 1557, fl. (INPA); Esperancra, 1-1942, Ducke s.n., fl. (IAN); Manaus, X-1963, Oliveira 2898,fl.

(IAN,UB). AMAPA: Macapa, 1-1956, Ledoux 56-1504,fl.(IAN);

Oiapoque, IX-1949, Black 49-8177, fl., fro (IAN). BAHIA: Jacobina, IV-1996, Guedes etal. 2870,fl.(HUEFS, ALCB). CEARA: Crato, VIll-I998, Tscha 1084,fl.,fro (PEUFR). DISTRITO FEDERAL: Brasilia, ill-I994, Felfili et al. 2461,fl.,fro(VB).GOlAS: Araguaina, III-1968, Irwin etal. 21127,fl.(VB); Niquelfindja, 1-1998, Silva 750 et al.,fl.(CEN); Parafso, III-1968, Irwin et al. 21746, fl. (UB). MARANHAO: Barra da Corda, IV-1976, Silva 71,fl.(PEUFR); Colinas, V-1975, Lima 13366,fl.,fro (PEUFR); Grajau, VII-1976, Thomaz 15, fro (PEUFR); PassagemFranca, III-1975, Lima 13324, fl. (PEUFR); Pedreiras, II-I 976, Lima 13445, fl. (PEUFR). MINAS GERAIS: Belo Horizonte, V-1990, Tameirao Neto 50, fl. (ESA). MATO GROSSO DO SUL: Campo Grande, II-1983, Syllas Jr. 76, fl. (UFMS). MATO GROSSO: Caiapania, X-1964, Prance & Silva 59584,fl.(VB);Cariabrava, VIII-1997, Bernacci 2383, fr. (ESA, lAC). PARA: Belem, XI-1941, Ducke 839, fl. (IAN); Cachoeira Grande, VI-1949, Froes 24653, fl. (lAC, IAN). PARAIBA: Mamanguape, XII-1989, Felix & Santana 2633,fl.(JPB); Santa Rita, IX-1972, Lima 72-7011, fro (IPA). ROND6NIA: Belmonte, IX-I975, Cordeiro 728,fl.,fro (IAN); Mutum Parana, VII-1999, Prance 5590 et al., fro (INPA). RIO DE JANEIRO: Rio de Janeiro, V-1905, Barroso 111303, fl.(VB).SERGIPE: Capela, III-1978, Fonseca 545,fl.(UFS); Itabaiana, XII-1980, Fonseca 424, fro (UFS). SAO PAULO: Sao Paulo, IV-1943, Pickel 54.43-849,fl.(lAC).

Apeiba tibourboLlpossui distribuicrao na America Cen-tral e do Sui (Setser, 1977). No Brasil, ocorre nas regioes Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, sendo

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encontra-4

Hoehnea 29( 1). 2002.

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Fig. 1-8:Apeiba albiflora. I: ramo com flores e frutos; 2: flor; 3: sepala, face ventral; 4: petala, face dorsal; 5: estamin6dio; 6: estame; 7: gineceu; 8: fruto. Fig. 9-17:Apeiba tiboubou. 9: ramo com flores e frutos; 10: parte do ramo, mostrando a estfpula;11:flor; 12: sepala, face ventral; 13: petala, face dorsal; 14: estamin6dio; 15: estame; 16: gineceu; 17: fruto.

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da em Pernambuco nas zonas de litoral e de Mata Atlantica. Floresce e frutifica 0 ana todo.

A especie caracteriza-se pelas petal as amarelas e pe-los frutos com cerdas curtas e rfgidas. A face abaxial das folhas desta especie e densamente recoberta de tricomas estrelados constitufdos de um raio central ereto a subereto e 4-6 raios laterais f1exuosos.

ChristianaDC.

Arvores di6icas. Indumento ferrugfneo, constitufdo de tricomas ramificados. Folhas com laminas inteiras, tomentosas na face abaxial. Inflorescencias cimosas, paniculiformes. Flores dfclinas; f10res estaminadas, pediceladas; cal ice gamossepalo, campanulado, 3-5-lobado; petalas 5, oblongas a obovadas; estames 42-56, filetes concrescidos na base, anteras oblongas, rimosas, confluen-tes, estamin6dios presentes; f10res pistiladas com ovario apocarpico, com 4-5-carpelos uniovulados; estiletes 5, in-teiramente concrescidos; estigmas 5. Fruto multiplo, subgloboso a globoso-achatado, com 4-5 folfculos, bivalves, externamente liso, com tricomas ramificados. Sementes globosas.

Genero com cinco especies distribufdas na Africa, Madagascar, Americas Central e do SuI e Taiti (Kubitzki, 1995). Em Pernambuco foi registrada apenas Christiana africanaDC.

Christiana africanaDC., Prodr. I: 516. 1824. (Fig. 18-28,91)

Nome popular: gargauba.

Arvores 6-10 m all. Ramos estriados, tomentosos quan-do jovens, com tricomas estrelaquan-dos curtos, glabrescentes quando adultos. Folhas com estfpulas caducas; pecfolos 7,8-13,7 cmcompr.; liimina 17,7-28,7 x 16,5-28,4cm,cartacea, largamente elfptica, largamente oval a suborbicular, base cordada, apice acumjnado, margem inteira, face adaxial com tricomas simples e ramificados, esparsos, face abaxial tomentosa, tricomas ramificados. Inflorescencias axi lares; pedunculos 7,5-15,4 cm compr., tomentoso-ferrugfneos; bracteas estreitamente triangulares; f10res com pedicelos de 2-6 mm compr., tomentoso-ferrugfneos; cal ice 3-lobado, 5-6 x 2-3 mm, lobos agudos no apice, com tricomas estrela-dos transluciestrela-dos em ambas as faces; petalas 4,8-8,0 x 1,1-2,0 mm, brancas, glabras; filetes 4,5-6,0 mm compr., anteras 0,5-1,0 mm compr., glabras; ovano 1,0-1,5 mm compr.; estiletes 2,0-2,5 mm compr.; estigmas laciniados. Frutos 0,5-1,0 cm diam., superffcie lisa, com tricomas ramificados espessos, ferrugfneos. Sementes 4-5 mm compr.

Material examinado: PERNAMBUCO: Recife, VI-1950, Lima 50-488, fl., fro (IAN); Vicencia, 11-1965, Teixeira 2597,fl.,fro (PEUFR); Vit6ria de Santo Antiio, IX-1999, Tscha&Laurenio 1988,fl.,fro (PEUFR).

Material adicional selecionado: ALAGOAS: Sao Miguel dos

M.e. Tschii, M.F. Sales, G.L. Esteves: Tiliaceae em Pernambuco

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Campos, IX-1968, Monteiro 22831, fl., fro (HST). MARANHAO: Caxias, X-I975, Silva 54, fl., fr. (PEUFR); Cod6, VI-1907, Ducke 610, fl., fro (RB); Engenho, VI-1978, Rosa 2484,fl.,fro (IAN);Maracac;:ume, VIl-1958, Fr6es 34413,fl.,fro (IAN). PARA: Rio Tapaj6s, XIl-1919, Ducke,fl.,fro (RE 14458); Rio Verme-Iho, IV-1951, Fr6es 26955,fl.,fro (RE); Santarem, III-1955, Fr6es 31618, fl., fro (IAN); Surubim, VI-1949, Fr6es& Black 24607, fl., fro (IAN); Tucuruf, VI-1980, Silva&Rosano 5337, fl., fro (IAN). ROND6NIA: Rio Machado, VIII-I 975, Cordeiro 541, fl., fr. (IAN). RIO DE JANEIRO: Rio de Janeiro, XI-1952, Loba040l, fl., fro (RE). RORAIMA: Boa Vista, IX-1943, Ducke 1384,fl.,fro (IAN).

Christiana africanaocorre na Africa, America Central e America do Sui (Equador e norte, nordeste e sudeste do Brasil). Em Pernambuco foi encontrada apenas na zona de mata, em solo areno-argiloso e alagado. Floresce e frutifica o ana todo.

Christiana africana e facilmente reconhecida pel as folhas cartaceas, tomentosas na face abaxial, com margem inteira e pelos frutos geralmente subglobosos, recobertos de tricomas ramificados constitufdos de numerosos raios de comprimentos diferentes (fig. 91). Por esses caracteres se diferencia de Christiana macrodonToledo, da qual e

afim,

CorchorusL.

Ervas ou subarbustos eretos. Indumento hirsuto, cons-titufdo de tricomas simples. Folhas com estfpulas caducas; lamina inteira. Inflorescencias cimosas ou f10res solitarias, axilares. Flores monoclinas, pediceladas; bracteas caducas' calice dialissepalo, sepalas 5, lanceoladas a oblongas, apiculadas; petal as 5, obovadas a oblanceoladas, glabras, amarelas; estames numerosos, livres entre si; anteras globosas, rimosas; estamin6dios ausentes; ovario oblon-go, 2-6-locular, 6vulos numerosos por 16culo; estilete cilfn-drico; estigma papilado; gin6foro ausente. Capsula loculicida, alongado-achatada, tetragona ou raramente trfgona, externamente lisa, hirsuta a glabra. Sementes nu-merosas.

Genero com distribuic;:ao tropical, incluindo cerca de 30 especies (Robyns, 1964), das quais duas foram encon-tradas em Pernambuco.

Chave para as especies

l. Ramos com tricomas simples, esparsos e tricomas sim-ples agrupados formando uma linha longitudinal den-sa; folhas estreitamente lanceoladas a lanceo-lado-elfpticas; capsula tetragona, raramente trfgona

... C. arg L1tllS 1. Ramos apenas com tricomas simples, esparsos; folhas ovais a largamente elfpticas, raramente lanceoladas;

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6 Hoehnea 29( I), 2002.

Fig. 18-28:Christiana africana. 18: ramo com flares pistiladas; 19: ciilice; 20: ciilice e corola da nor pistilada; 21: petala, face ventral; 22: gineceu; 23: fruto; 24: ramo com flares estaminadas; 25: flor estaminada; 26: petala, face ventral; 27-28: estames.

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Corchorus argutus H.

B.

K., Nov. gen. sp. 5: 337. 1821. (Fig. 29-34, 93 e 96)

Subarbustos 1,0-1,2 m all. Ramos hirsutos ate glabros, com tricomas simples esparsos e tricomas simples agrupados, formando uma linha longitudinal densa. Folhas com estfpulas 3-7 mm compr., Iineares; pecfolos 0,3-3,0 cm compr.; lamina 3,6-11,Ix0,8-2,5 cm, estreitamente lanceolada a lanceolado-elfptica, apice agudo a acuminado, base aguda a obtusa, margem serreada, faces adaxial e abaxial com tricomas simples, adpressos, glabrescentes. Inflorescencias com 2-3 cfmulas axilares; bracteas 1,1-4,0x 1,0-2,8 mm, lineares a estreitamente triangulares; flores com pedicelos 3-10 mm compr., vilosos; sepalas 6-18 x 1-2 mm, apice apiculado, extemamente tomentoso-serfceas, internamente glabras; petal as 9-14 x 0,5-2,9 mm, obovadas, apice arredondado; estames 74-97, filetes 6-9 mm compr., glabros; ovano 2,9-3,5 mm compr., serfceo; estilete 3,5-7,6

mm

compr. Capsula 2,5-4,0 cm compr., tetragona, raramente trfgona, hirsuta, tricomas simples, adpressos. Sementes 0,8-1,1 mm compr., retangulares.

Material examinado: PERNAMBUCO: Ouricuri, IV-1984, Araujo 33, fl., fro(IAN).

Material adicional selecionado: ACRE: Rio Branco, IX-1951, Black 541-13506, fl., fro (IAN); Rio Branco, VIII-1943, Ducke 2084, fl., fro (IAN). BAHIA: Len'1ois, 1-1997, Atkins et al. 4647, fl., fro (ALCB). GOL';'S: Aragar'1as, XlI-1967, Philcox 3720, fl., fro (ESA). MARANHAO: Ilha dos Botes, V-1950, Pires & Black 1976, fl., fro (CEN).MINAS GERAIS: Campina Verde, 1-1944, Macedo 208, fl., fro (BOTU); Paraopeba, VII-1959, Heringer 7063, fl., fro (PEL). MATO GROSSO: Aquidauana, VID-1983, Oli-veira & Carlos, fl., fro (UB). MATO GROSSO DO SUL: Campo Grande,Xl-1986,CA C1967, fl., fro

(UB);

Miranda,

IX-I990,

CAC.2677, fl., fro(UB).RJOGRANDEooSuL:Taquari,Xl-I992,

Jarenkow 2205, fl., fro (IAN). SANTA CATARINA: Piratuba, XII-I 992, Jarenkow 2256, fl., fro(RB).ARGENTINA: Formosa, VI-1945, Morel 473, fl., fro (lAC); Margarita, XJI-1945, Aguiar 30, fl., fro (PEUFR).

A especie tern distribui'1ao na America do Sui (Robyns, 1964). No Brasil ocorre em todas as regi5es, sendo encontra-da em Pernambuco apenas no municfpio de Ouricuri, na zona de caatinga, subzona do sertao, em vegeta'1ao de caatinga.

Corchorus argutus caracteriza-se por apresentar os ramos com tricomas simples patentes e esparsos, associa-dos com tricomas simples agrupaassocia-dos, formando uma linha longitudinal densa. Alem disso, possui capsulas tetragonas, raramente trfgonas e Himinas foliares, em geral, lanceoladas a elfpticas.

Corchorus hirtusL.,Sp. pI. ed. 2. p.: 747. 1762. (Fig. 35-41,94,95 e 97)

Subarbustos 0,8-1,2 m all. Ramos jovens hirsutos ate glabros, trieomas simples esparsos, patentes, glabrescentes. Folhas com estfpulas 3-8 mm compr., lineares a estreitamen-te triangulares; pecfolos 0,2-1, I cm compr.; lamina 1,7-6,2 x

M.e.Tscha,M.F.Sales,G.L. Esteves: Tiliaceae em Pernambuco 7

1,0-3,2 cm, membranacea, oval a largamente elfptica, rara-mente lanceolada, base oblfqua a arredondada, apice agu-do, margem irregularmente serreada, faces adaxial e abaxial com tricomas simples adpressos. Inflorescencias 2-3 cfmulas axilares; bracteas 1-5

x

1-5 mm, lineares a estreito-triangula-res; flores com pedicelos 1-3 mm compr.; sepalas 8-11

x

1,8-2,0 mm, apice agudo a aeuminado, externamente velutinas, internamente glabras; petalas 4, 1-8,Ixl,1-4,9 mm, apice arredondado; estames 47-77, filetes 5-7 mm compr., glabros; ovario 2-4 mm compr., serfeeo; estilete 2-5 mm eompr., glabro. Capsula 2,2-4,I em compr., alon-gado-achatada, hirsuta, tricomas simples. Sementes 1,0-1,1 mm compr., trfgonas.

Material examinado: PERNAMBUCO: Ara'1oiaba, XII-1998, Tscha & Tscha 1435,fl.,fro (PEUFR); Barreiros, III-1999, Tscha& Tseha 1817, fl., fro (PEUFR); Camocim de Sao Felix, IV-1997, Miranda et al. 2637, fl., fro(RB);Carpina, VII-1998, Tscha & Tscha 1009, fl., fro (PEUFR); Catende, XII-1998, Tscha & Tscha 1396, fl., fro (PEUFR); Cortez, IlI-1999, Tscha 1739,fl.,fro (PEUFR); Eseada, VII-1999, Tscha & Tscha 1904, fl.,fro (PEUFR); Ferreiros, 1-1999, Tscha 1529,fl.,fro (PEUFR); Igarassu, XII-1998, Tscha 1442, fl., fro (PEUFR); Jaqueira, XII-1998, Tscha & Tscha 1389,fl.,fro (PEUFR); Lagoa do Carro, 1-1999, Tscha & Tscha 1473, fl., fro (PEUFR); Macaparana, 1-1999, Tscha & Tscha 1543, fl., fro (PEUFR); Maraial, V-1999, Tscha & Tscha 1865, fl., fro (PEUFR); Ouricuri, V-1971, Heringer et al. 509, fro (IAN); Pau d'alho, VII-1998, Tscha & Tscha 1016,fl.,fro (PEUFR); Pesqueira,

VII-I998, Tscha 10 17, fl. (PEUFR); Pombos, Xl-1994, Philcox

& Ferreira 20, fl., fro (INPA); Rio Formoso, IX-1954, Falcao et al. 985, fl., fro (IAN); Sao Vicente Ferrer, 1-1999, Tscha & Tscha 1547, fl., fro (PEUFR); Sanhar6, VII-1998, Tscha 1000, fl.,fro (PEUFR); Taquaritinga do Norte, 1-1982, Giulietti et al. 63, fl., fro (IAN); Timbauba, 1-1999, Tscha 1530, fl., fro (PEUFR); Vicencia, 1-1999, Tscha 1554, fl., fro (PEUFR); Vit6-ria de Santo Antao, VII-1999, Tscha & Tscha 1906, fl., fro (PEUFR).

Material adieional selecionado: ALAGOAS: Pao de A'1ucar, VI-1981, Liraetal.184, fl., fro (UFMS); Passo de Camaragibe, X-1998, Tscha & Tseha 1209,fl.,fro (PEUFR). BAHIA: Acupe, VIII-I 942, Costa 18, fl., fro (UFMS); Anguera, 1-1996, Melo et al. 1810,fl.,fro (IAC); Cachoeira, V-1980, Bastos & Vilas Boas 34, fl., fro (HST, HUEFS); Feira de Santana, IX-1996, Melo et aI. 1756, fl., fro (PEL); Ibotirama, IV-1983, Krapovickas et al. 38824, fl., fro (lAC); Ilheus, V-1986, Hage & Brito 2006, fl., fro (PEL); Ipira, VII-1984, Oliveira 739, fl., fro (ALCB); Salvador, V-1994, Bastos & Vilas Boas 563,fl.,fro (ALCB). CEARA: Morada Nova, VI-1984, Colares & Dutra 178, fl., fro (ESA); Quixada, VI-1955, Black 55-18216, fl., fro (MAC). EsPIRITO SANTO: Vit6ria, II-1969, Sucre & Braga4221, fl., fro (ALCB). GOlAs: Cabeceiras,Xl-1965,Irwin et al. 10420, fl., fro (ESAL); Catalao, 1-1970, Irwin et al. 25242 fl.,fro (UFS, HUEFS); Corumba de Goias, 1-1968, Irwin et al. 18811,fl. (lAC); Formosa, IV-1966, Irwin etaI. 15081, fl., fro CUB); Goias Velho, 1-1966, Irwin et al. 11976,fl.,fro (HUEFS); Niquelandia,

(8)

8

Hoehnea 29( I), 2002.

Fig. 29-34:Corchorus argutus.29: ramo com flores e frutos; 30: flor completa; 31: sepala, face dorsal; 32: petala, face ventral; 33: gineceu; 34: fruto. Fig. 35-41:Corchorus hirtus.35: ramo com flores e frutos; 36: tlorcompleta; 37: sepala, face dorsal; 38: petala, face ventral; 39: gineceu; 40-41: frutos.

(9)

1-1972, Irwin etal. 34808, fl., fro (ESA); Parafso, I11-1968, Irwin etal. 21647, fr. (UFS). MINAS GERAIS: Belo Horizonte, Barreto 1513, fl., fro (ESA); Cambuf, IlI-1982, DAC 71, fl., fro (lAC); Campo do Meio, XI-1983, DACetal., fl., fro (HUEFS); Corinto, ill-1970, Irwin etal. 26774, fl., fro (lAC); ltamarandiba, II-1981, DAC 93, fl., fro (HUEFS); Joaima, 1-1985, Guimaraes 8, fl., fro (lAC); Montes Claros, XII-1983, Gavilanes 1168, fl., fro (ALCB); Nova Ponte, X-1987, Stehmann et at. 1236,fl.,fro (UB); Paracatu, II-1970, Irwin et al. 26113, fl. (IAN, lAC); Paraopeba, III-1956, Heringer 5118, fl., fro (PEUFR JPB); Veadeiros, ill-1969, Irwin et al. 24425, fl., fro (BOTU). MATO GROSSODOSUL: Aquidauana, IX-1990, Resende, fl., fro (UB); Campo Grande, VIIl-l 982, Fernandes Jr. 5,fl.,fro (UFMS). MATO GROSSO: Barra dasGar<~as,XII-1969, Eiten& Eiten 9903, fl., fr. (lAC); Corumba, II-1911, Hoehne 785, fl., fr. (ALCB); Marcelandia, IV-1997, Souza 15538, fl., fro (HST). PARA: Oriximiml, VI-1957, Black et al. 57-19959,fr.(UB); Soure, IlI-1950, Black&Lobato 50-9160, fl. CUB). PARAfBA: Areia, X-1944, Vasconcelos 314, fl., fro (UFS); Campina Grande, VIII-1998, Tscha et al. 1030,fl.,fro (PEUFR); Mangabeira, IX-1987, Moura 230, fl., fro (ESA); Riachao Bacamarte, VIlI-1998, Tschaetal. 1045, fl., fro (PEUFR). PARANA: Pinhao, IIl-1991, Hatscbach &Saldanha 55255, fl., fro (RB). RIO DE JANEIRO: Demetrio Ribeiro, III-1954, Camargo, fl., fr. (IAN); VIII-1966, Icharo 53, fl., fr. (ESAL). SA TA CATARINA: Aorianopolis, IV-1989, Falkenberg 4795, fl., fro (RE). SERGIPE: Nossa Senhora da Gloria, V-1984, Viana 946, fl. (RB). SAO PAULO: Buritizal, VII-1994, Barreto et at. 2746 fl., fro (RB); Campinas, X-1940, Krieguel, fl., fro (IAN); Miranda, 1- 1994, Tombolato

&

Quirino,fl.,fro (RE); Piedade, IV-1984, Fukuda,

fl.,fro (UB).

A especie tern distribui~aona America Central (Robyns, 1964) e na America do Sui (Dimitri&Alberti, 1950). No Brasil, ocorre em todas as regi6es, sen do, em Pernambuco, amplamente distribufda desde a zona de mata ate a zona de caatinga, subzona do sertao, ocorrendo prin-cipalmente em areas de cultivo e terrenos baldios.

Corchorus hirtuscompartilha com C. argutlls0 tipo de habito e a morfologia das flores e folhas, porem distin-gui-se pela presen~a,nos ramos, apenas de tricomas sim-ples isolados e patentes, capsulas alongado-achatadas e folhas geralmente mais largas, variando de ovais a larga-mente elfpticas, raralarga-mente lanceoladas, com tricomas sim-ples adpressos (fig. 97). Alem disso, as duas especies dife-rem tambem na forma da semente, retangular emC.arglltlls (fig. 93) e trfgona emC.hirtus(fig. 94). Outradiferen~ae a

presen~a de tricomas simples patentes nos frutos de

C. hirtus, ao passo que nos frutos de C. argutus ocorrem tricomas adpressos (fig. 96).

LueheaWilld.

Arvores. Indumento lanuginoso, constitufdo de tricomas estrelados. Folhas com estfpulas persistentes; lamina inteira, cartacea. Inflorescencias cimosas, multitloras.

M.e.Tscha.M.F. Sales,G.L.Esteves: Tiliaceae em Pernambuco 9

Flores monoclinas, pediceladas; epicalice presente, com 6-9 bracteolas, livres entre si, estreitamente oblongas a lanceoladas; calice dialisepalo; sepalas 5, estreitamente ovais a estreitamente elfpticas, externamente hirsutas, internamente glabras; petalas 5, obovadas, alvas, com uma glandula na base; estames 30-50, unidos em 6-10 falanges; anteras versateis, rimosas; estaminodios 1 por falange, diversamente fimbriados; ovario 5-locular, globoso a elipsoide, ovulos 2-numerosos por loculo, estilete colunar; estigma capitado-achatado ou obscuramente 5-lobado; ginoforo ausente. Capsula loculfcida, deiscente apenas na

por~aoapical, ureeolada quando aberta, serfcea. Sementes

aladas, alas membranaceas.

Genero comdistribui~aoneotropical (Setser, 1977). No Brasil, ocorrem cerca de dez especies concentradas princi-palmente nas regi6es Centro-Oeste e Sudeste (Cunha, 1981). Em Pernambuco, foram encontradas duas especies. Chave para as especies

1. Estames 9-10 por falange; epicalice com 8-9

bracteolas; ovario globoso; estigma levemente

5-loba-do L. ochrophylla

1. Estames 6-8 por falange; epicaliee com 6-7(-8) bracteolas; ovario elipsoide; estigma

capitado-aehata-do L. paniculata

Lliehea ochrophyllaMart., Flora 24(2): 50. 1841. (Fig. 42-49)

Arvores 4-8 m all. Ramos estriados, trieomas estrelados. Folhas com estfpulas 1-8 mm compr., elfpticas, externamente serfceas, internamente glabras; pedolos 4-9 mm compr., tricomas estrelados ferrugfneos; lamina 8,2-11,3x5,9-7,5 cm, oval-oblonga a obovada, base em geraJ eordada, assimetrica, apice agudo, acuminado a obtuso, margem finamente serreada, as vezes apenas na metade apical, face adaxial quase glabra, face abaxial lanuginosa. Inflorescencias terminais ou axilares; flores com pedicelos 4-7

mm

compr., serfceos; bracteolas do epicalice 8-9, 7-9 mm compr., serfceas; sepal as 8-11 x 1-3 mm, oblongas a estreitamente elfpticas, apice agudo, externamente hirsutas, internamente glabras, com raros tricomas simples na base; petal as 8-9x

4-5 mm; estames 9-10 por falange, 7,0x8,5 mm compr.; anteras 3-5 mrn compr.; estarnin6dios 3-9 mm compr.; ovano 3-4 mm compr., globoso, hirsuto; estilete 2,8-5,0 mm compr.; estigma levemente 5-lobado. Capsula 1,8-2,5 em compr. Sementes 7-8 mrn compr., alas 4,0-4,5 mm compr.

Material examinado: PERNAMBUCO: Barreiros, IlI-1999, Tscha

& Tscha 1816, fl., fro (PEUFR); Recife, II-1990, Guedes

4,fl.(HSn,

Material adicional examinado: ALAGOAS: Uniao dos Palmares, 1-1983, Lyra&Esteves 846,fl.(MAC); AMAZONAS: Humaita, 1II-1976, Estrela & Bellusci 53,fl,(BOTU), BAHIA: Eunapolis, 1-1997, Guedes 4201, fl. (ALCB). SERGIPE: Santa Luzia do Itanhi, VII-1975, Barreto,fl.(UFS).

(10)

10 Hoehnea 29( 1), 2002.

Luehea ochrophyllatern distribui~aona America do SuI, Argentina, Brasil e Paraguai (Cunha, 1981). No Brasil, ocorre nas regi6es Norte, Nordeste e Sudeste. Em Pernambuco foi encontrada apenas na zona de litoral, em solo argilo arenoso.

Esta especie e afim deL.paniculatano aspecto geral e na morfologia da folha, porem distingue-se pelo tipo de estigma, numero de estames por falange e de bracteolas no epicalice. EmL. ochrophylla, 0 estigma e obscuramente 5-lobado, as falanges possuem 9 a 10 estames e0 epicalice tern 8 a 9 bracteolas; enquanto L. paniculata possui 0 estigma capitado-achatado, as falanges com 6 a 8 estames e o epicalice com 6 a 8 bracteolas.

Luehea paniculata Mart.&Zucc., Nov. gen. sp. pI. 1: 100, tab. 62. 1824.

(Fig. 50-59)

Arvores 5-12 malt. Ramos estriados. Folhas com estfpulas 3-6 mm compr.; pecfolos 4-9 mm compr.; lamina 4-13 x 3,0-4,9 cm, oval, ellptica a oblonga, base cordada a oblfqua, assimetrica, apice agudo a acuminado, face adaxial com tricomas estrelados, esparsos, ferrugfneos, face abaxial lanuginosa. Inflorescencias terminais e axilares; flores com pedicelos 3,5-8,0 mm compr., tricomas estrelados; bracteolas do epicalice 6-7(-8),8-9 mm compr., estreitamente oblongas a lanceoladas, tricomas estrelados em ambas as faces; sepalas 8-13 mm compr., estreitamente oblongas, apice agu-do a acuminaagu-do, externamente com tricomas estrelaagu-dos ferrugfneos, internamente glabras; petalas 9-11 x 5,8-6,0 mm, elfpticas, base ciliada; estames 6-8 por falange, 5-8 mm compr.; anteras 0,3-0,5 mm compr.; estamin6dios 5,5-7,0 mm compr., tomentosos na base; ovario 3,0-4,1 mm compr., oblongo; estilete 4,2-6,0 mm compr., com tricomas sim-ples na base; estigma capitado-achatado. Capsula 1,4-2,0 cm compr. Sementes 8,0-8,5(-10) rnm compr., alas 4-5(-7) mmcompr.

Material examinado: PERNAMBUCO: Barreiros, IX-1998, Lucena et al. 676, fro (PEUFR); Camaragibe, III-1999, Tscha&Tscha 1815, fl., fro (PEUFR); Goiana, I11-1999, Tschaet al. 1782, fl., fro (PEUFR); Itamaraca, III-1999, Tscha et al. 1784, fl., fr. (PEUFR); ltambe, 1-1999, Tscha&Tscha 1539, veg. (PEUFR); Recife, IV-1962, Tavares 921, fl., fro (HST); SaoLouren~oda Mata, VIII-1977, Pontual 1385, fl. (PEUFR); Tamandare, III-1999, Tscha & Tscha 1820, fl., fro (PEUFR); Vicencia, VIII-1998, Santos et al. 129, fl. (PEUFR); Vit6ria de Santo Antao, IX-1999, Tscha &Tscha 1980, fl. (PEUFR). Material adicional exarninado: ALAGOAS: Muricf, 1-1993, Lyra-Lemos 2648 et aI., fl. (MAC); Passo de Camaragibe: X-1998, Tscha 1195, fro (PEUFR); Porto Calvo, X-1998, Tscha 1222 et aI., fro (PEUFR); Rio Largo, VII-1968, Monteiro 22643, fl. (HST); Sao Miguel dos Campos, I11-1971, Monteiro 23435, fl. (HST); Sao Miguel dos Campos, X-1965, Paiva 3353, fl. (HST); Uniao dos Palmares, 1-1983, Lyra-Lemos & Esteves 846, fl. (MAC). AMAPA: Macapa, Xli-I 982, Nonato 1754, fl.,

fro (MG). CEARA: Crato, VIII-1998, Tscha 1085, fro (PEUFR). GOlAs: Araguaia, VIII-1963, Maguire 56105, fl. (MG); Itumbuiara, IX-1976, Gibbs et aI.,

fl.

(UB). MARANHAO: Mirador, IX-1988, Noberto 39,

fl.

(MG). MINAS GERAIS: Januaria, VII-1980, Filho 69,

fl.

(MG); Paracatu, IX-1979, Heringer & Rizzini 17497,

fl.

(MG). PARAfBA: Areia, X-I96I, Tavares 849, fl. (HST); Joao Pessoa, IX-1999, Tscha & Tscha 1971, fr. (PEUFR); Rio Tinto, V -1990, Felix & Santana, fI. (JPB). RIO GRANDE DO NORTE: Goianinha, XII-1966, Teixeira 2982, fl., Fr. (HST); Natal, XII-1952, Tavares 128, fl., fr. (HST). SAo PAULO: Bananal, 1-1998, Tatagiba&Farag 29, fl. (RUSU). BolivIA: Depto. de La Paz, X-1982, Solomon 8594, fl. (INPA). COLOMBIA: La Chorrera, VI-1942, Schultes 3972, fl. (IAN).

Luehea paniculataocorre na America do Sui, no Brasil, Bolivia, Peru, Colombia e Paraguai (Cunha, 1981). No Brasil, encontra-se nas regi6es Norte, Nordeste, Centro-Oeste e SuI. Em Pernambuco, foi encontrada nas zonas de mata e de litoral, geralmente na borda de mata ou na capoeira, em solo argilo-arenoso. Floresce e frutifica0 ana todo.

TriumfettaL.

Arbustos a subarbustos. Indumento constitufdo de tricomas simples e ramificados, na maioria estrelados, alvos a ferrugfneos. Folhas com laminas inteiras a 3-lobadas, membranaceas, margem irregularmente serreada. Inflores-cencias cimosas, axilares; flores monoclinas, pediceladas, epicalice ausente; bracteas caducas, triangulares; sepalas 5, leve ou profundamente cuculadas, longamente apiculadas no apice; petalas 5, amarelas, unguiculadas, unha com tricomas estrelados na margem; estames 10-41; anteras li-neares, rimosas; estamin6dios ausentes; disco extra estaminallevemente 5-1O-lobado, membranaceo, ciliado na margem; ovario 3-1O-locular, globoso; estilete co lunar; es-tigmas denteados ou inconspfcuos; gin6foro presente, com 5 glandulas de formas variadas. Fruto globoso, ocasional-mente ov6ide, indeiscente, equinado, superffcie glabra ou pilosa; aculeos do fruto uncinados, com tricomas simples, retrorsos, diversamente distribufdos. Sementes sem alas.

Genero com cerca de 150 especies distribufdas na Afri-ca, Asia, America e Australia, estando concentradas princi-pal mente no Mexico e na America Central (Lay, 1950). Em Pernambuco ocorrem quatro especies.

Chave para as especies

1. Estames mais de 30; apfculo das sepaIas 2,0-2,5 rnm cornpr.; gliindulas do gin6foro quadrangulares ..

T.

bogotensis 1. Estames 10-30; apfculo das sepal as menores que 2 mm compr.; glandulas do gin6foro elfpticas ou oblongas. 2. Ovario 8-10 16culos; estfpulas 5-7 mm compr.; fruto

8-12 mm de diametro (incluindo os aculeos) .

... T.

althaeoides 2. Ovario 3-4l6culos; estfpulas 1-4 mm compr.; fruto

(11)

M.e.Tscha,M.F.Sales, G.L.Esteves: Tiliaceae em Pernambuco

11

Fig. 42-49: LlIehea ochrophylla. 42: ramo com f1ores; 43: f10r completa; 44: bracteola do epicalice; 45: sepala, face ventral; 46: petala, face ventral; 47: falangecom 10 estames e um estamin6dio fimbriado; 48: gineceu; 49: fruto. Fig. 50-59: LlIehea pal/iclIlala. 50: ramo com flores; 51: f10r completa; 52: bracteola do epicalice; 53: sepala, face dorsal; 54: petala. face dorsal; 55: falange com oito estames e um estamin6dio fimbriado; 56: gineceu; 57-59: frutos.

(12)

12

Hoehnea 29( I), 2002.

3. Estigma 3-4-denteado; fruto com superffcie gla-bra; aculeos do fruto fortemente uncinados, re-vestidos por tricomas simples ...

T.

semitriloba

3.

Estigma inconspfcuo; fruto com superffcie pilosa; aculeos do fruto levemente uncinados, glabros

... T.

bartramia Triumfetta althaeoidesLam, Encyc. Meth. 3:420.1789. (Fig. 60-66,92,99)

Nome popular: carrapicho

Subarbustos 1,0-1,5 malt. Ramos com tricomas estrelados, alvos a fen·ugfneos. Folhas com estfpulas 5-7 mm compr.; pecfolos 1,5-5,8 cm compr.; lamina 7,9-15,0 x 3,5-12,4 cm, inteira ou subtrilobada, largamente oval, apice agudo a acuminado, base cordada a truncada, com 4-6 gHindulas, faces adaxial e abaxial com tricomas estrelados; pedunculos 2,0-5,2 mm compr. Inflorescencias em cimeiras de 3-4 cfmulas, bracteas 1,8-2,1 x 1-4 mm; flores com pedicel os de 1-4 mm compr.; sepalas 6,0-6,2 x 1-4 mm, estreitamente oblongas, externamente com tricomas estrelados, internamente glabras, apfculos 1,5 mm compr.; petal as 4,1-5,2 x 1-4 mm, oblongas a oblanceoladas, apice agudo a obtuso; estames 13-20; filetes 3,1-4,2 mm compr.; ovario 1,0-1,1 mm diam., 8-1O-16cular; estilete 2,3-3,4 mm compr.; gin6foro 6-7 mm compr., glandulas elfpticas. Fruto 7-10 mm diam. (incluindo os aculeos), superffcie glabra, aculeos fortemente uncinados, tom tricomas retrorsos. Sementes 2-3 mm compr.

Material examinado: PERNAMBUCO: Amaragi, VI-1999, Tscha

&Tscha 1882, fl., fro (PEUFR); Barreiros, X-1998, Tschaetal.

1283, fr. (PEUFR); Bonito, IX-1999, Tscha&Tscha 1999, fl., fro (PEUFR); Bufque, II-I 999, Tscha et al. IS 10, veg. (PEUFR); Cabo de Santo Agostinho, X-1998, Tscha&Tscha 1292, fl., fro (PEUFR); Camaragibe, II1-1999, Tscha 1796, fro (PEUFR); Escada, X-I998, Tscha &Tscha 1339, fro (PEUFR); Gameleira, X-1998, Tscha&Tscha 1301, fro (PEUFR); Goiana, 1-1999, Tscha&Tscha 1509, fro (PEUFR); Ipojuca, X-1998, Tscha 1326, fr. (PEUFR); Recife, VII-1961, Tavares 631, fr. (HST, PEUFR); Ribeirao, X-1998, Tscha & Tscha 1293, fl., fro (PEUFR); Rio Formoso, X-1998, Tscha& Tscha 1303, fr. (PEUFR); SaoLouren~oda Mata, XII-1998, Tscha&Tscha 1367, fro (PEUFR); Sirinhaem, X-1998, Tscha&Gomes 1317, fl., fro (PEUFR); Tamandare, X-1998, Tscha 1257 etal., fl., fro (PEUFR); Timbauba, XII-1998, Tscha& Tscha 1454, fl. (PEUFR); Vit6ria de Santo Antao, IX-1999, Tscha 1984 et aI.,

fl.,fro (PEUFR).

Material adicional selecionado: ALAGOAS: Passo de Camaragibe, X-1998, Tscha 1254 et aI., fl. (PEUFR); Porto Calvo, X-I998, Tscha 1225 etal., fro (PEUFR). BAI-llA:Cama~arf, IX-1984, Noblick&Lemos 3396,fl.,fro (HUEFS); Canavieiras, VI-1978, Santos&Silva 3244, fl., fr. (HUEFS); Guaratinga, VII-1984, Lima&Santos 137, fr. (HUEFS); I1hados Frades, X-1995, Ribeiro, fro (ALCB); ltacare, VI-1978, Mori&Santos 10166, fl. (RB). GOlAs: Niquelandia, VI-1992, Walteret al.

1485, fr. (CEN); Piracantuba, III-1984, Magnago 370, fl., fro (RB). MINAS GERAIS: Lavras, XI-1983, Gavilanes 1070, fl. (ESAL); Oliveira, 1-1990, Silveira&Gavilanes 4427, fl., fr. (ESAL);VilaRica, VI-I997, Dario 1294etal., veg. (ESA). MAW GROSSO: Sao Fel ix do Araguaia, IV-1968, Rather 1023 et aI., fl., fro (RB). MAW GROSSO OOSUL: Dourados, V-1984, Farinazzo 5, fl., fr. (UFMS). PARA: Sao Francisco do Para, XII-1978, Bastos et al. 156, fl., fro (RB). PARAfBA: Joao Pessoa, IX-1987, Moura 269, fl., fro (JPB). RIO DE JANEIRO: Teres6polis, V-1977, Carvalho 522, veg. (RB). SAo PAULO: Cunha, XlI-1996, Franciosi et al. 5, veg. (ESA). SERGIPE: Santa Luzia do Itanhi, IX-1995, Landim563,fl.,fro (ASE).

Especie comdistribui~aonas Americas (Lay, 1950). No Brasil, ha referencia sobre sua ocorrencia apenas na regiao SuI. Em Pernambuco, foi encontrada nas zonas de litoral e de Mata Atlantica, em solos argilosos e areno-argilosos de areas degradadas; penetra ainda no agreste, em altitude de 800 m sobre chapadao de arenito, no municfpio de Bufque.

Triumfetta althaeoidese facilmente distinta pelas fo-Ihas com laminas inteiras a subtrilobadas e comparativa-mente grandes emrela~aoas das outras especies ocorrentes em Pernambuco. Caracteriza-se tambem por apresentar0 ovcirio com 8-10 16culos, gin6foro com 5 glandulas elfpticas (fig. 64), estfpulas com 5-7 mm de comprimento e0fruto de superffcie glabra e com aculeos recobertos de tricomas retrorsos (fig. 65, 66, 99).

Triwrifetfa bartramia L.,Syst. ed. 10. p.1044. 1759. (Fig. 67-75)

Nomes populares: carrapicho-grande, malva-preta, carrapicho.

Subarbustos 1,0-1,5 m alt. Ramos com tricomas estrelados, esparsos. Folhas com estfpulas 2-4 mm compr.; pecfolos 5,0-7,2 cm compr.; lamina 1,6-13,3 x 2,4-9,7 cm, inteira a 3-lobada, largamente oval a elfpticas, apice agudo a acuminado, base obtusa a cordada, as vezes arredondada, com 3-5 glandulas; faces adaxial e abaxial com tricomas estrelados; Inflorescencias em cimeiras de 3-5 cfmulas, bracteas 1-4 x 1-2 mm; flores com pedicelo de 1,0-2,2 mm compr.; sepalas 5,1-8,4 x 1,0-1, I mm, estreitamente oblongas, extemamente com tricomas estrelados, intemamente glabras, apfculos ca. 1 mm compr.; petalas 4,3-5,2 x 1,1-2,1 mm, espatulado-obovadas a oblongas; estames 12-15, filetes 3,2-5,2 mm compr., ciliados na base; ovario 1-4 mm compr., 3-4 locular; estilete 2,1-4,0 mm compr., glabro; estigma inconspfcuo; gin6foro 3-4 mm compr., glandulas oblongas. Fruto 2-4 mm diam. (incluindo os aculeos), globoso a ov6ide, superffcie recoberta de tricomas ramificados, aculeos levemente uncinados, glabros. Sementes 1,5-2,0 mm compr. Material examinado: PERNAMBUCO: Amaragi, X-1998, Tscha&Tscha 839, fl., fr. (PEUFR);Ara~oiaba,XII-1998, Tscha 1438, fr. (PEUFR); Brejo da Madre de Deus, II-I 999, Tscha et al. 1575, fl., fr. (PEUFR); Barreiros, X-1998,

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M.e. Tschil, M.F. Sales, G.L. ESleves: Tiliaceae em Pernambuco

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Fig. 60-66: Trill1l1fetta althaeoides. 60: ramo com flores; 61: flor completa; 62: sepala, face dorsal; 63: petala, face ventral; 64: gineceu, mostrando0 gin6foro com gliindulas; 65: fruto; 66: aculeos do fruto. Fig. 67-75: TriIl1l1fetta-bartralllia. 67: ramo com flores; 68: flor completa; 69-70: sepalas, face latero-dorsal e face ventral; 71-72: petal as. face ventral; 73: gineceu, mostrando0gin6foro com gliindulas; 74: fruto; 75: aculeos do fruto.

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14

Hoehnea 29(1), 2002.

Tscha 1286, fro (PEUFR); Bezerros, VIl-1999, Tscha 1916,

fl.,fro (PEUFR); Bonito; III-1999, Tscha&Lucena 1745,

fl., fr. (PEUFR); Cabo de Santo Agostinho, VII-1999, Tscha 1914,fl.,fro (PEUFR); Camaragibe, III-1999, Tscha 1839, veg. (PEUFR); Carpina, VII-1998, Tscha 1019, fr. (PEUFR); Caruaru, 11-1999, Tscha 1563, veg. (PEUFR); Catende, 11-1999, Tscha 1593, fr. (PEUFR); Cortez, III-1999, Tscha & Tscha 1724, fr. (PEUFR); Cruz de

Rebou~as,III-1999, Tscha et al. 1779, fro (PEUFR); Escada

X-1998, Tscha 1346, fro (PEUFR); Gameleira, X-1998, Tscha& Tscha 1302, fr. (PEUFR); Garanhuns, 11-1999, Tscha 1594, fro (PEUFR); Gloria do Goita, XII-1998, Tscha 1384, fl., fr. (PEUFR); Goiana, IX-1999, Tscha&Tscha 1975, fr. (PEUFR); 19arassu, XII-1998, Tscha et al. 1423, fr. (PEUFR); Ipojuca, X-1998, Tscha 1322,fl.,fro (PEUFR); JaboaUio dos Guararapes, 1X-1999, Tscha&Tscha 1994, fr. (PEUFR); Joao Alfredo, 1-1999, Tscha& Tscha 1499, fro (PEUFR); Lagoa do Carro, 1-1999, Tscha&Tscha 1483, fr. (PEUFR); Maraial, XII-1998, Tscha 1403, fr. (PEUFR; Moreno, VII-1999, Tscha & Tscha 1903, fl. (PEUFR); Nazare da Mata, 1-1999, Tscha 1557 et aI., fro (PEUFR); Pau d'alho, VIII-1999, Tscha & Tscha 1931, fl., fr. (PEUFR); Paulista, III-1999, Tscha 1776, fr. (PEUFR);

Po~ao,VII-1998, Tscha, 1003, fl., fr. (PEUFR); Recife,

1X-1998, Tscha 1134, fl., fro (PEUFR); Tamandare, X-1998, Tscha & Tscha 1255, fl., fr. (PEUFR); Taquaritinga, VIII-1999, Tscha 1946, fl., fro (PEUFR); Timbauba, XII-1999, Tscha 1458, fro (PEUFR); Tracunhaem, XII-1998, Tscha 1446, fr. (PEUFR); Vitoria de Santo Antao, IX-1999, Tscha 1978,fl.,fr. (PEUFR).

Material adicional selecionado: AlAGOAS: Japaratinga, X-1998, Tscha et al. 1155, fl., fr. (PEUFR); Passo de Camaragibe, X-1998, Tscha et al. 1190,fl.,fro (PEUFR); Porto de Pedra, X-1998, Tschaet al. 1217,fl.,fro (PEUFR); Sao Miguel dos Milagres, X-1998, Tscha et al. 1212,fl.,

fro (PEUFR); CEARA: Crato, VIII-1998, Tscha 1067,fl.,fro (PEUFR). MATO GROSSO DO SUl: Aquidauana, V-1985, Edna, fl., fr. (UFMS). MINAS GERAIS: Lavras, 1V-1984, Gavilanes & Araujo 1197, fl. (ESAL); PARA: Soure, X1-1948, Black 48-3605, fl., fr. (lAC). PARAiBA: Pocinhos, VIII-1998, Tscha 1066, fl. (PEUFR). RIO DE JANEIRO: Engenheiro Paulo de Frontim, 1-1998, Santos 10 I,fl.,fr. (RUSU); Rio de Janeiro, X-1938, Viegas&Krug,fl.(lAC). SAO PAULO: Campinas, 1V-1936, Santoro,fl.(lAC).

Especie comdistribui~aodesde a America do Norte e America Central, passando pelas Antilhas ate a America do Sui (Lay, 1950). No Brasil, e encontrada nas regi6es Norte (PA), Centro-Oeste (MS), Nordeste (AL, CE, PB e PE), e Sudeste (MG, RJ e SP), ocorrendo em Pernambuco, principalmente, nas zonas de litoral e de mata em areas de gradad as e em florestas de montanhas e na zona do agreste emforma~6essecundarias.

Triumfetta bartramiae afim de

T.

semitrilobaJacq. na morfologia geral, porem distingue-se pelapresen~ade ate

15 estames, sepal as fortemente cuculadas napor~aoapical, ginoforo com glandulas oblongas e frutos de superffcie recoberta de tricomas ramificados, porem com aculeos glabros.

Triumfetta bogotensisDC., Prod. 1:506. 1824. (Fig. 76-83, 98)

Nome popular: carrapicho.

Arbustos a subarbustos 1-3 m alL Ramos com tricomas estrelados. Folhas com estfpulas 2-4 mm compr.; pedolos 1,3-6,7 cm compr.; lamina 5,6-13,0 x 8-10 cm, inteira a subtrilobada, base cordada, apice agudo a acuminado, face adaxial com tricomas simples e estrelados, face abaxial

densamente recoberta de tricomas estrelados.

Inflorescencias em cimeiras de 2-3 cfmulas; bracteas 1,9-2,0 x 3-5 mm; flores com pedicelo de 2,0-2,5 mm compr.; sepalas 1,0-1,5x2-15 mm, estreitamente oblongas, extemamente com tricomas estrelados, internamente glabras, apfculos 2,0-2,5 mm compr.; petalas 1,0-1,4x2,8-5,0 mm, obovadas; apice arredondado; estames 36-41; filetes 5-6 mm compr.; ovario 1-1 mm compr., 4-locular; estilete 9-10 mm compr.; ginoforo 8-9 mm compr., glandulas quadrangulares. Fruto 2-5 mm diam. (incluindo os aculeos), superffcie com tricomas simples, aculeos levemente uncinados, com tricomas simples retrorsos na metade basal. Sementes 2-3 mm compr. Material examinado: PERNAMBUCO: Ara~oiaba, XII-1998, Tschaet al. 1439, fro (PEUFR); Feira Nova, Xll-1998, Tscha

&Tscha 1382, veg. (PEUFR); Glolia do Goilli, XII-1998, Tscha

&Tscha 1383, veg. (PEUFR); 19arassu, III-1999, Tschaet al.

1786, fro (PEUFR); ltamaraca, 1II-1999, Tscha et al. 1788, veg. (PEUFR); Itapissuma, III-1999, Tscha et al. 1787, veg. (PEUFR); Joao Alfredo, 1-1999, Tscha& Tscha 1494, fro (PEUFR); Lagoa do Carro, 1-1999, Tscha&Tscha 1481, fr. (PEUFR); Limoeiro, 1-1999, Tscha&Tscha 1486, fro (PEUFR); Orobo, 1-1999, Tscha 1497, fro (PEUFR); Paudalho, VIII-1965, Teixeira 2840,fl.(HST); Paulista, III-1999, Tscha 1778, veg. (PEUFR); Timbauba, XI-1998, Tscha&Tscha 1457, veg. (PEUFR); Tracunhaem, XII-1998, Tscha et al. 1448, veg. (PEUFR).

Material adicional selecionado: RIO DE JANEIRO: Rio de Janeiro, Vlll-1920, Kuhlmann, veg. (RB).

Especie comdistribui~aoamericana, desde0 Mexico ate a Argentina, estendendo-se pelas Antilhas (Lay, 1950). No Brasil, ocorre nas regi6es Nordeste (PE, BA, CE, PR), Sudeste (RJ) e Sui (RS). Em Pernambuco, e bem representativa na zona de mata e ocorre ocasionalmente no agreste, em solos argilosos e areno-argilosos de areas degradadas.

Triumfetta bogotensis e distinta das demais espe-cies estudadas por apresentar 36-41 estames, apendice das sepalas com 2,0-2,5 mm compr., gin6foro com glan-dulas quadrangulares (fig. 81) e fruto com superflcie recoberta de tricomas simples e de aculeos, tendo estes

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M.e. Tscha, M.F. Sales, G.L. Esteves: Tiliaceae em Pernambuco

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Fig.76-83, Triumfetta bogotensis. 76: ramo com flores; 77: flor completa; 78-79: sepalas, face dorsal; 80: petala, face ventral; 81: gineceu, mostrando gin6foro com glandulas e disco extraestaminal;82: fruto; 83: aculeos do fruto. Fig. 84-90. Triumfetta semitriLoba. 84: ramo com flores;85: flor completa; 86: sepala, face dorsal; 87: petala, face ventral; 88: gineceu, mostrando gin6foro com glandulas; 89: fruto; 90: aculeos do fruto.

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Hoehllea 29(IJ. 2002.

Fig. 91: Christial/a q(rical/a, sliperffcie do frllLO. Fig. 92: TriulI((ella althaeoides, face abaxial da folha. Fig. 93 e 96: CorcllOrtlS argutus;93:

semente; 96: parte do fruto. Fig. 94, 95 e 97: CorcllOru.1 !linus. 94: semente; 95: delalhe da superffcic da semente; 97: face adaxial da folha. Fig. 98: Trilllll(etta hOf!o/ensis, parte do fruto, 1110strando os aculeos. Fig. 99. TriwlI(etw altlweoides. parte do fruto, moslrando os aculeos.

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ultimos tricomas concentrados na metade basal (fig. 82, 83,98). Alem disso, e a unica especie que possui tricomas estrelados e simples na lamina foliar.

Triwnfetta semitrilobaJacq., Select. Stirp. Amer. Hist. 147. 1763.

(Fig. 84-90)

Nome popular: carrapicho

Arbustos a subarbustos 1-2 m alL Ramos com tricomas estrelados. Folhas com estfpulas 1,2-1,5 mm compr.; pecfolos 1,7-6,0 cm compr.; lamina 1,5-10,7 x 7,8-9,0 cm, inteira a 3-lobada, oval a oval-elfptica, apice agudo, base cordada a arredondada, faces adaxial e abaxial com tricomas estrela-dos, esparsos. Inflorescencias em cimeiras de 2-3 cfmulas; bracteas 1,0-1,8 x 2-4 mm; f10res com pedicelo de 1-3 mm compr.; sepal as 7-9 x I, I-I ,0 mm, estreitamente oblongas, extemamente com tricomas estrelados, internamente glabras, apfculos ca. I mm compr.; petalas 6,0-8, I x 1,1-2,0 mm, es-treitamente obovado-espatuladas, apice arredondado; estames mais de 20; filetes 4-5 mm compr.; ovano 0,8-0,7 mm compr., 3-4-locular; estilete 5-7 mm compr.; estigma 3-4-denteado; gin6foro 9-1

°

mm compr., glandulas elfpticas. Fruto 4-5 mm diam. (incluindo os aculeos), superffcie glabra, espinhos fortemente uncinados, inteiramente recobertos de tricomas simples, retrorsos. Sementes 3-4 mm compr. Material examinado: PERNAMBUCO: Belo Jardim, VI-1992, Miranda etal.466,fl.,fro (PEUFR); Bezerros, IX-I 998, Santos et al. 223, fro (PEUFR); Bonito, IX-1999, Tscha et al. 2000, fl. (PEUFR); Carpina, VII-1998, Tscha& Tscha 1012,fl.,fro (PEUFR); Cha de Alegria, X-1998, Lucena &Laurenio 684, fro (PEUFR); Garanhuns, VlII-1998, Loiola et al. 452, fl., fro (PEUFR); Olinda. Vicente et al. 9, fl. (PEUFR); Po~ao,

VII-1998, Tscha 1002, fl., fro (PEUFR); Recife, V-1936, Sobrinho, veg. (RB 93939); SaoLouren~oda Mata, Vill-1983, Andrade 240, fl., fro (PEUFR); Taquaritinga do Norte, VIII-I 999, Tscha&Tscha 1933, fl., fro (PEUFR); Vit6ria de Santo Antao, IX-1999, Tscha&Tscha 1982,fl.,fro (PEUFR). Material adicional selecionado: ALAGOAS: Sao Miguel, VJII-1981, Esteves 891,fl., fro (MAC). BAHIA: Cachoeira, Vill-1980, Scardino etal.630, fl., fro (HUEFS); CruzdasAlmas, VII-1974, Pinto 43360,fl.,fro (HUEFS, UB); Macedo Costa, VII-1985, Noblick&Lemos 3945, fl., fro (HUEFS); lpecaeffi, Vill-1985, Noblick&Lobo4264,fl.,fro (HUEFS). CEARA: Crato, VJII-1998, Tscha 1069, fl. (PEUFR). DISTRITO FEDERAL: Brasilandia, V-1982, Kirkbride Jr.,fl.,fro(VB);Brasflia, 1-1900, Rather et al. 2822, fl., fro (UB); Sobradinho, IV-1963, Santos

&Sacco 1716,fl.(PEL); EsphmuSANTO: Santa Teresa, V-1984,

Vimercat 94,fl.(MBML). GolAs: Anapolis, ill-I 978, Magnago 217,fl.(RB). MINAS GERAIS: Cana Verde, IV-1979, Gavilanes 1737, veg. (ESAL); Guaxupe, VI-1980, Spaggiari, fl., fro (ESAL); Lavras, V-1987, Gavilanes 3012,fl.,fro (ESAL). MAm GROSSO DO SUL: Campo Grande, IV-1990, Resende&Eleno 94,fl.,fro (UFMS). PARA: Serra Pelada, VI-1949, Fr6es&Black 24421,fl.,fro (lAC). PARAiBA: Alagoinha, IX-1942, Xavier,

M.e.Tschtl.M.F.Sales.G.L. Esteves: Tiliaceae em Pernambuco

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veg. (JPB). PARANA: Colombo, VI-1995, Maschio 51, veg. (HFS); Curitiba, IX-1986, Acraet al. 95,fl.,fro(FUEL).RIo DE JANEIRO: Santa Cruzda Serra, IV-1993, Braga &Bovini 330, veg. (RUSU). RIo GRANDE00SUL: Marcelino Ramos, IV-1987, Jarenkow 698, fl., fro (PEL); Tres Cachoeiras, III-1990, Jarenkow & Waechter 1646, fro (PEL). SANTA CATARINA: Florian6polis, V-1989, Falkemberg 4807, veg. (PEL). SAO PAULO: Campinas, XlI-1938, Zagatto, veg. (lAC); Cananeia, IX-1994, Ferreira et al. 30,fl.,fro (ESA); Nazare Paulista, VI- J996, Souza et al. II J47, fl., fro (ESA); Piracicaba, V-1993, Barreto et al. 527,fl.,fro (ESA); Sao Roque, IV-1994, Torres et al. 110, fl., fro (lAC); ARGENTINA. MISSIONES: San Ignacio, XII-I 946, Schwarz 3782, fl., fro (lAC).

Especie com distribuir;ao desde 0 Sui do Mexico, es-tendo-se atraves das Antilhas ate a Argentina, (Lay, 1950). No Brasil encontra-se em todas as regi5es e, em Pernambuco, ocorre em areas umidas, nas zonas de litoral e de mata, pe-netrando no agreste apenas em matas secundarias.

Triumfetta semitrilobacaracteriza-se por apresentar mais de 15 estames, estigmas 3-4-denteados e gin6foro com glandulas elfpticas. Alem disso, destacam-se os frutos com a superffcie glabra, porem com aculeos fortemente uncinados e com tricomas simples retrorsos distribufdos desde a base ate 0 apice, sendo esses caracteres suficientes para distinguf-la com facilidade deT. bartramia,com a qual e bastante relacionada, porem possui a superffcie do fruto recoberta de tricomas e os aculeos glabros e levemente uncinados.

Agradecimentos

Aos curadores dos herbarios pelo emprestimo de ma-terial;

a

Universidade Federal Rural de Pernambuco pelo apoio constante, durante todo 0desenvolvimento da pes-quisa; ao Conselho Nacional do Desenvolvimento Cientffi-co e Tecnol6giCientffi-co (CNPq) pelo suporte financeiro, atraves de bolsa de mestrado, concedido

a

primeira autora.

Literatura citada

Andrade-Lima, D. 1960. Estudos fitogeognificos de Pernambuco. Arquivos do Instituto de Pesquisas Agropecuarias 5: 305-341. Barroso, G.M., Guimaraes, E.F., Ichaso, C.L.F., Costa, C.G. & Peixoto, A.L. 1978. Sistematica de Angiospermas do Brasil. Editora da Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo,V.1,255 p. Burret, M. 1926. Beitriige zur Kenntnis der Tiliaceen. Notizblatt des botanischen Gartens and Museums zu Berlin-Dahlem 9: 592-880.

Cronquist, A. 1981. An integrad system of classification of flowering plants. Columbia University Press, New York, 1262 p. Cunha, M.C.S. 1981. Revisao das especies de Luehea Willd. (TiIiaceae), ocorrentes no estado do Rio de Janeiro.Disserta~ao de Mestrado. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 122 p.

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Referências

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