Áreas Contaminadas
Introdução ao gerenciamento: da Investigação à Remediação
Para SÁNCHEZ (1998), degradação do solo significa:
a ocorrência de alterações negativas das suas propriedades físicas, tais como sua estrutura ou grau de compacidade a perda de matéria devido à erosão
a alteração de características químicas devido a processos como a salinização, lixiviação, deposição ácida e a
Áreas Degradadas
Áreas Contaminadas
Área onde ocorrem processos de alteração das propriedades físicas e/ou químicas de um ou mais compartimentos do meio ambiente
Caso particular de uma área degradada, onde ocorrem alterações, principalmente das propriedades químicas, ou seja, contaminação.
A contaminação é a presença, num ambiente, de seres patogênicos, que provocam doenças, ou substâncias, em concentração nociva ao ser humano. No entanto, se estas substâncias não alterarem as relações ecológicas ali existentes ao longo do tempo, esta contaminação não é uma forma de
poluição.
Contaminação x Poluição
Artigo - Conceito de poluição – nov/2002
Daniel Perdigão Nass
Estudante do curso de química do IQSC-USP - Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo
Para a CETESB, este termos são sinônimos
Lei 997/76, que dispõe sobre o controle da poluição ambiental no Estado de São Paulo
Poluição do meio ambiente: a presença, o lançamento ou a liberação, nas águas, no ar ou no solo, de toda e qualquer forma de matéria ou energia, com intensidade, em quantidade, de concentração ou com caraterísticas em desacordo com as que forem estabelecidas em decorrência dessa lei, ou que tornem ou possam tornar as águas, o ar ou solo:
impróprios, nocivos ou ofensivos à saúde inconvenientes ao bem-estar público
danosos aos materiais, à fauna e à flora
prejudiciais à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade
Águas Subterrâneas
Água subterrânea é toda a água que ocorre abaixo da
superfície da Terra, preenchendo os poros ou vazios
intergranulares das rochas sedimentares, ou as
fraturas, falhas e fissuras das rochas compactas, e que
sendo submetida a duas forças (de adesão e de
gravidade) desempenha um papel essencial na
manutenção da umidade do solo, do fluxo dos rios,
lagos e brejos (ABAS, 2014).
Hidrogeologia
Qualidade e Quantidade de Água Subterrânea
Durante o percurso no qual a água percola entre os poros do subsolo e das rochas, ocorre a depuração da mesma através
de uma série de processos físico-químicos (troca iônica,
decaimento radioativo, remoção de sólidos em suspensão, neutralização de pH em meio poroso, entre outros) e
bacteriológicos (eliminação de microorganismos devido à
ausência de nutrientes e oxigênio que os viabilizem) que agindo sobre a água, modificam as suas características adquiridas anteriormente, tornando-a particularmente mais
adequada ao consumo humano (SILVA, 2003).
No Brasil, as reservas de água subterrânea são estimadas em 112.000 km3 (112 trilhões de m3) e a contribuição multianual média à descarga dos rios é da ordem de 2.400 km3 /ano (REBOUÇAS, 1988 citado em MMA, 2003)
Vantagens
Segundo (WREGE,1997), as águas subterrâneas apresentam algumas propriedades que tornam o seu uso mais vantajoso em relação ao das águas dos rios:
são filtradas e purificadas naturalmente através da percolação; não ocupam espaço em superfície;
sofrem menor influência nas variações climáticas; são passíveis de extração perto do local de uso; possuem temperatura constante;
Aquíferos
Aqüífero é uma formação geológica do subsolo, constituída por rochas permeáveis, que armazena água em seus poros ou fraturas. (ABAS,2014) Podem ter a seguinte classificação:
Aqüífero livre ou freático - É aquele constituído por uma formação geológica permeável e superficial, totalmente aflorante em toda a sua extensão, e limitado na base por uma camada impermeável. Os aqüíferos livres têm a chamada recarga direta. Em aqüíferos livres o nível da água varia segundo a quantidade de chuva. São os aqüíferos mais comuns e mais explorados pela população.
Aqüífero confinado ou artesiano - é aquele constituído por uma formação geológica permeável, confinada entre duas camadas impermeáveis ou semipermeáveis. O seu reabastecimento ou recarga, através das chuvas, dá-se preferencialmente nos locais onde a formação aflora à superfície. Neles, o nível da água encontra-se sob pressão, podendo causar artesianismo nos poços que captam suas águas. Os aqüíferos confinados têm a chamada recarga indireta.
Aquíferos
Fon te : h ttp ://www .abas .or g /edu cac ao .p hpO que são Áreas Contaminadas?
Pela definição da CETESB, Áreas Contaminadas (AC)
são
áreas,
locais
ou
terrenos
onde
há
comprovadamente
poluição
ou
contaminação
causada pela introdução de quaisquer substâncias ou
resíduos que nela tenham sido depositados,
acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados
de forma planejada, acidental ou até mesmo
natural.
O que são Áreas Contaminadas?
Nessas áreas, os poluentes ou contaminantes podem
concentrar-se em subsuperfície nos diferentes
compartimentos do ambiente, como por exemplo no
solo, nos sedimentos, nas rochas, nos materiais
utilizados para aterrar os terrenos, nas águas
subterrâneas ou, de uma forma geral, nas zonas não
saturada e saturada, além de poderem concentrar-se
nas paredes, nos pisos e nas estruturas de
construções
O que são Áreas Contaminadas?
Os poluentes ou contaminantes podem ser
transportados a partir desses meios, propagando-se
por diferentes vias, como o ar, o próprio solo, as
águas subterrâneas e superficiais, alterando suas
características naturais de qualidade e determinando
impactos negativos e/ou riscos sobre os bens a
proteger, localizados na própria área ou em seus
arredores.
Fonte de contaminação
A contaminação ocorre pela ocupação inadequada de uma área que não considera a sua vulnerabilidade, ou seja, a capacidade do solo em degradar as substâncias tóxicas introduzidas no ambiente, principalmente na zona de recarga dos aqüíferos. A contaminação pode se dar por:
Fossas sépticas e negras
Fo n te : h tt p :/ /ww w .d es ent u p id o ras ao p au lo .co m /li m p a-fo ss a.h tm l
Infiltração de efluentes industriais
Fugas da rede de esgoto e galerias de águas pluviais
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2010/02/03/trabalho-de- pesquisadora-da-enspfiocruz-propoe-reintegracao-de-areas-contaminadas-por-metais-pesados/
Vazamentos de postos de serviços
Fonte: http://www.gestaopublica.net/blog/?p=527
Aterros sanitários e lixões
Fonte: http://valesul.blogspot.com.br/2012/04/tres-programas-para-cumprir-plano.html
Uso indevido de Pesticidas Agrícolas
Fonte: http://www.overseasagro.com/pt/2012/08/prohiben-temporalmente-el-uso-de-pesticidas-por-via-aerea-en-brasil/
Fontes naturais ou fenômenos naturais associados às atividades humanas Interação entre águas subterrâneas e superficiais contaminadas
Ocorrência natural de substâncias inorgânicas nas águas subterrâneas Intrusão salina
Gases de processos produtivos, ou outras fontes de poluição atmosférica (por exemplo, veículos automotivos)
Fonte: http://ppegeo.igc.usp.br/scielo.php?pid=S0101-97592007000200009&script=sci_arttext
O que são Áreas Contaminadas?
Segundo a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei
6.938/81), são considerados bens a proteger:
a saúde e o bem-estar da população;
a fauna e a flora;
a qualidade do solo, das águas e do ar;
os interesses de proteção à natureza/paisagem;
a ordenação territorial e planejamento regional e
urbano;
Fonte: http://www.cetesb.sp.gov.br/areas-contaminadas/O-que-s%E3o-%E1%81reas-Contaminadas/1-oquesao
Fase Livre: Ocorrência de substância ou produto em
fase separada e imiscível quando em contato com a
água ou o ar do solo
LNAPL X DNALP
Fonte: http://oceanworld.tamu.edu/resources/environment-book/Images/LNAPL.gif
Contaminação
nos grandes
Fonte: http://www.antoniocarlosrodrigues.com.br/blog/bras-um-bairro-ligado-a-industrializacao-de-sao-paulo/
Panorama no
Estado de SP
Anualmente, a Cetesb divulga através de relatório as áreas contaminadas e reabilitadas do Estado de SP.
Legislação
LEI Nº 13.577, DE 8 DE JULHO DE 2009
Dispõe sobre diretrizes e procedimentos para
a proteção da qualidade do solo e
gerenciamento de áreas contaminadas, e dá
outras providências correlatas
LEI Nº 13.577, DE 8 DE JULHO DE 2009
Do Objeto
Artigo 1º - Esta lei trata da proteção da qualidade do
solo contra alterações nocivas por contaminação, da
definição de responsabilidades, da identificação e do
cadastramento de áreas contaminadas e da remediação
dessas áreas de forma a tornar seguros seus usos atual e
futuro.
LEI Nº 13.577, DE 8 DE JULHO DE 2009 Dos Instrumentos
Artigo 4º - São instrumentos, dentre outros, para a implantação do sistema de proteção da qualidade do solo e para o gerenciamento de áreas contaminadas: I - Cadastro de Áreas Contaminadas;
II - disponibilização de informações;
III - declaração de informação voluntária; IV - licenciamento e fiscalização;
V - Plano de Desativação do Empreendimento;
VI - Plano Diretor e legislação de uso e ocupação do solo; VII - Plano de Remediação;
VIII - incentivos fiscais, tributários e creditícios; IX - garantias bancárias;
X - seguro ambiental;
XI - auditorias ambientais;
XII - critérios de qualidade para solo e águas subterrâneas; XIII - compensação ambiental;
XIV - fundos financeiros; XV - educação ambiental
LEI Nº 13.577, DE 8 DE JULHO DE 2009 Da Prevenção e do Controle da Contaminação do Solo
Artigo 6º - Qualquer pessoa física ou jurídica que, por ação ou omissão,
possa contaminar o solo deve adotar as providências necessárias para que não ocorram alterações significativas e prejudiciais às funções do solo.
Parágrafo único - Para os efeitos desta lei, são consideradas funções do
solo:
1 - sustentação da vida e do “habitat” para pessoas, animais, plantas e organismos do solo;
2 - manutenção do ciclo da água e dos nutrientes; 3 - proteção da água subterrânea;
4 - manutenção do patrimônio histórico, natural e cultural; 5 - conservação das reservas minerais e de matéria-prima; 6 - produção de alimentos;
LEI Nº 13.577, DE 8 DE JULHO DE 2009 Das Responsabilidades
Artigo 13 - São considerados responsáveis legais e solidários pela
prevenção, identificação e remediação de uma área contaminada:
I - o causador da contaminação e seus sucessores; II - o proprietário da área;
III - o superficiário;
IV - o detentor da posse efetiva;
V - quem dela se beneficiar direta ou indiretamente.
Parágrafo único - Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica
quando sua personalidade for obstáculo para a identificação e a remediação da área contaminada.
LEI Nº 13.577, DE 8 DE JULHO DE 2009
Dos Instrumentos Econômicos
Artigo 30 - Fica criado o Fundo Estadual para Prevenção e
Remediação de Áreas Contaminadas - FEPRAC, fundo de investimento vinculado à Secretaria do Meio Ambiente e destinado à proteção do solo contra alterações prejudiciais às suas funções, bem como à identificação e à remediação de áreas contaminadas.
LEI Nº 13.577, DE 8 DE JULHO DE 2009
Dos Instrumentos Econômicos
Artigo 31 - Constituem receitas do FEPRAC:
IV - recursos provenientes de ajuda e cooperação internacional e de acordos intergovernamentais;
VIII - compensações ambientais provenientes de atividades potencialmente causadoras de contaminação;
IX - 30% (trinta por cento) do montante arrecadado com as multas aplicadas pelos órgãos estaduais de controle da poluição ambiental por infrações às disposições desta lei;
X - recursos provenientes do ressarcimento de despesas efetuadas nos termos dos §§ 1º e 2º do artigo 32 desta lei.
LEI Nº 13.577, DE 8 DE JULHO DE 2009
Das Infrações e Penalidades
Artigo 41 - Toda ação ou omissão contrária às disposições desta lei
e seu regulamento será considerada infração administrativa
ambiental classificada em leve, grave ou gravíssima, levando-se em conta:
I - a intensidade do dano, efetivo ou potencial; II - as circunstâncias atenuantes ou agravantes; III - os antecedentes do infrator.
Artigo 42 - As infrações administrativas ambientais de que trata o
artigo 41 serão punidas com as seguintes penalidades:
I - advertência; II - multa;
III - embargo; IV - demolição;
LEI Nº 13.577, DE 8 DE JULHO DE 2009
Das Infrações e Penalidades
Artigo 43 - As infrações administrativas ambientais serão objeto
de auto de infração a ser lavrado pela autoridade competente, e serão apuradas em processo administrativo próprio, assegurado o direito de ampla defesa e o contraditório, observadas as disposições desta lei e seu regulamento.
§ 1º - Responderá pela infração quem por qualquer modo a
cometer, concorrer para sua prática ou dela se beneficiar.
§ 2º - Tratando-se de área contaminada que acarrete perigo
iminente para a saúde e segurança da população, a atuação imediata do Poder Público independerá de garantia de defesa prévia e contraditório.
Legislação
DECRETO Nº 59.263 DE 05 DE JUNHO DE 2013
Regulamenta a Lei nº 13.577, de 8 de julho de
2009, que dispõe sobre diretrizes e
procedimentos para a proteção da qualidade
do
solo
e
gerenciamento
de
áreas
contaminadas, e dá providências correlatas
DECRETO Nº 59.263 DE 05 DE JUNHO DE 2013
Do Objeto
Art. 1º. Este decreto regulamenta a Lei nº 13.577, de 8 de
julho de 2009, que trata da proteção da qualidade do solo
contra alterações nocivas por contaminação, da definição de
responsabilidades, da identificação e do cadastramento de
áreas contaminadas e da remediação dessas áreas de forma
a tornar seguros seus usos atual e futuro.
DECRETO Nº 59.263 DE 05 DE JUNHO DE 2013
Das Áreas Contaminadas
Art. 19º. Havendo perigo à vida ou à saúde da população, em
decorrência da contaminação de uma área, o responsável legal deverá comunicar imediatamente tal fato à CETESB e à Secretaria Estadual de Saúde e adotar prontamente as providências necessárias para elidir o perigo.
DECRETO Nº 59.263 DE 05 DE JUNHO DE 2013 § 3º Para fins deste artigo, consideram-se perigo à vida ou à saúde,
dentre outras, as seguintes situações:
1. incêndios;
2. explosões ou possibilidade de explosões;
3. episódios de exposição aguda a agentes tóxicos, reativos e corrosivos;
4. episódios de exposição a agentes patogênicos, mutagênicos e cancerígenos;
5. migração de gases voláteis para ambientes confinados e semiconfinados, cujas concentrações possam exceder os valores estabelecidos pela CETESB;
6. comprometimento de estruturas de edificação em geral;
7. contaminação das águas superficiais ou subterrâneas utilizadas para abastecimento público e dessedentação de animais;
DECRETO Nº 59.263 DE 05 DE JUNHO DE 2013
Art. 45º. O responsável legal pela área contaminada deverá
apresentar uma das garantias previstas nos incisos IX e X do artigo 4º da Lei nº 13.577, de 8 de julho de 2009, a fim de assegurar que o Plano de Intervenção aprovado seja implantado em sua
totalidade e nos prazos estabelecidos, no valor mínimo de 125% (cento e vinte e cinco por cento) do custo estimado no respectivo Plano.
DECRETO Nº 59.263 DE 05 DE JUNHO DE 2013
Art. 3º...
III - Área Contaminada Crítica: são áreas contaminadas que, em
função dos danos ou riscos, geram risco iminente à vida ou saúde
humanas, inquietação na população ou conflitos entre os atores envolvidos, exigindo imediata intervenção pelo responsável ou
pelo poder público, com necessária execução diferenciada quanto
à intervenção, comunicação de risco e gestão da informação
DECRETO Nº 59.263 DE 05 DE JUNHO DE 2013
Art. 65º. No gerenciamento das Áreas Contaminadas Críticas
caberá à CETESB:
I - realizar, a partir de procedimento específico, o
enquadramento de uma área como Área Contaminada Crítica;
II - coordenar as ações destinadas à reabilitação da área;
III - realizar a gestão da informação;
IV - estabelecer estratégia de comunicação com a população;
V - coordenar as relações interinstitucionais.
DECRETO Nº 59.263 DE 05 DE JUNHO DE 2013
Art. 66º. Classificada a área como Área Contaminada Crítica, a CETESB deverá adotar as
seguintes providências:
I - notificar o responsável legal sobre a classificação imposta à área;
II - exigir do responsável legal a apresentação, para sua aprovação, de um Plano de
Intervenção, a ser elaborado conforme estabelecido na Seção III deste Capítulo;
III - avaliar o Plano de Comunicação à População a ser elaborado pelo responsável legal
com a participação das Prefeituras Municipais, Secretarias de Saúde e outros órgãos envolvidos;
IV - incluir a área no Sistema de Áreas Contaminadas e Reabilitadas como uma Área
Contaminada Crítica;
V - comunicar a Secretaria Estadual de Saúde; VI - comunicar as Prefeituras Municipais;
VII - comunicar o DAEE para que promova o cancelamento ou ajustes nos atos de
outorga e a proposição de áreas de restrição de uso dos recursos hídricos;
VIII - inserir em sua página na Internet as informações que possibilitem a compreensão
dos fatos que levaram à classificação como Área Contaminada Crítica, o acesso aos dados técnicos e às ações administrativas;
IX - acompanhar a implementação do Plano de Intervenção.
Aterros industriais Mantovani e Cetrin
Bairro de Jurubatuba - Município de São Paulo - Santo Amaro Bairro de Vila Carioca - Município de São Paulo - Ipiranga
Condomínio Residencial Barão de Mauá - Município de Mauá Jardim das Oliveiras - Município de São Bernardo do Campo Shopping Center Norte
Mansões de Santo Antônio (Concima) - Município de Campinas Indústrias Reunidas Matarazzo - Município de São Caetano do Sul Conjunto Cohab -Vila Nova Cachoeirinha - Município de São Paulo Conjunto Cohab - Heliópolis - Município de São Paulo
Áreas Contaminadas Críticas cadastradas na CETESB
A CETESB criou o Grupo Gestor de Áreas Críticas (GAC) para coordenar as ações relativas a essas áreas.
Legislação
DECRETO Nº 42.319, DE 21 DE AGOSTO DE 2002
Dispõe sobre diretrizes e procedimentos
relativos
ao
gerenciamento
de
áreas
contaminadas no Município de São Paulo.
Art. 3º - Qualquer forma de parcelamento, uso e ocupação do
solo, inclusive de empreendimentos públicos, em áreas consideradas contaminadas ou suspeitas de contaminação, só poderá ser aprovada ou regularizada após a realização, pelo empreendedor, de investigação do terreno e avaliação de risco para o uso existente ou pretendido, a serem submetidos à apreciação do órgão ambiental competente.
Legislação
LEI Nº 13.564, DE 24 DE ABRIL DE 2003
Dispõe sobre a aprovação de parcelamento de solo,
edificação ou instalação de equipamentos em
terrenos
contaminados
ou
suspeitos
de
contaminação por materiais nocivos ao meio
ambiente e à saúde pública, e dá outras
providências.
Art. 1º - A aprovação de qualquer projeto de parcelamento de
solo, edificação ou instalação de equipamento em terrenos considerados contaminados ou suspeitos de contaminação por materiais nocivos ao meio ambiente e à saúde pública, ou cuja presença possa constituir-se em risco de uso do imóvel, por qualquer usuário, ficará condicionada à apresentação de Laudo Técnico de Avaliação de Risco que comprove a existência de condições ambientais aceitáveis para o uso pretendido no imóvel.
Art. 2º - Para os fins do disposto no artigo 1º desta lei
considerar-se-á suspeito de contaminação ou passível de risco de uso um imóvel que tenha, em qualquer tempo, abrigado, dentre outras, qualquer das seguintes atividades:
I - aterro sanitário;
II - depósito de materiais radioativos;
III - áreas de manuseio de produtos químicos;
IV - depósito de material proveniente de indústria química; V - cemitérios;
VI - minerações; VII - hospitais; e
VIII - postos de abastecimento de combustíveis.
Legislação
LEI Nº 13.885, DE 25 DE AGOSTO DE 2004
Estabelece normas complementares ao Plano
Diretor Estratégico, institui os Planos Regionais
Estratégicos das Subprefeituras, dispõe sobre o
parcelamento, disciplina e ordena o Uso e
Ocupação do Solo do Município de São Paulo
Art. 201. A aprovação de projeto de parcelamento do solo,
edificação, mudança de uso ou instalação de equipamentos que necessitem de autorização especial, em terrenos públicos ou privados considerados contaminados ou suspeitos de contaminação por material nocivo ao meio ambiente e à saúde pública, ficará condicionada à apresentação pelo empreendedor, de laudo técnico conclusivo de avaliação de risco, assinado por profissional habilitado, de investigação do terreno para o uso existente ou pretendido, o qual será submetido à apreciação e deliberação da Secretaria do Verde e Meio Ambiente - SVMA, através do departamento de controle da qualidade ambiental - DECONT, respeitada a legislação pertinente em vigor.
§ 2º - Para fins de aplicação do disposto no "caput", considerar-se-ão suspeitos de contaminaçconsiderar-se-ão os imóveis que tenham, a qualquer tempo, abrigado qualquer das seguintes atividades:
I. indústria química;
II. indústria petro-química; III. indústria metalúrgica; IV. indústria farmacêutica; V. montadoras;
VI. indústria têxtil/ tinturaria; VII. depósitos de resíduos;
VIII. depósito de materiais radioativos;
IX. depósito de materiais provenientes de indústria química; X. aterro sanitário;
XI. cemitério; XII. mineração; XIII. hospital;
XIV. posto de abastecimento de combustível.
Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas
-CETESB
Apoio técnico e suporte financeiro viabilizado através de cooperação técnica com o governo da Alemanha, por meio de sua Sociedade de Cooperação Técnica (GTZ)
Documento consultivo e propositivo
Consultivo - Fornecer aos técnicos da CETESB, de outros órgãos e de empresas privadas, os conceitos, informações e metodologias que venham uniformizar as ações dessas instituições
Propositivo - Serve para mostrar as propostas da equipe do projeto em termos de atuação e do estabelecimento de metodologias de trabalho a serem seguidas nas futuras ações da CETESB
Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas
-CETESB
Este está dividido em 12 capítulos
I. Introdução geral do assunto II. Bases legais Brasil e Alemanha
III. Métodos, técnicas e procedimentos na identificação de áreas potencialmente contaminadas
IV. Cadastro de áreas contaminadas V. Avaliação Preliminar
VI. Investigação Confirmatória
VII. Metodologia de priorização que é aplicada para identificar áreas com maior urgência de intervenção
VIII. Investigação Detalhada
IX. Avaliação de Risco e seus métodos
X. Métodos e procedimentos aplicados na investigação de uma área contaminada para planejar e projetar sua recuperação/remediação
XI. Elaboração do projeto de recuperação de uma área contaminada
XII. Aplicação de tecnologias de remediação, incluindo métodos de contenção, descontaminação e revitalização de áreas contaminadas.
DECISÃO DE DIRETORIA Nº 103/2007/C/E, de 22 de junho de 2007
• Aprova o PROCEDIMENTO PARA GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS • Conteúdo
DEFINIÇÃO DA REGIÃO DE INTERESSE
IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS COM POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO AVALIAÇÃO PRELIMINAR
INVESTIGAÇÃO CONFIRMATÓRIA INVESTIGAÇÃO DETALHADA
AVALIAÇÃO DE RISCO
GERENCIAMENTO DO RISCO
CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE REMEDIAÇÃO PROJETO DE REMEDIAÇÃO
REMEDIAÇÃO
PROCEDIMENTO PARA POSTOS E SISTEMAS RETALHISTAS DE COMBUSTÍVEIS CADASTRO DE ÁREAS CONTAMINADAS
Guia para Avaliação do Potencial de
Contaminação em Imóveis
Elaborado pela CETESB, através da Câmara Ambiental da
Indústria da Construção Civil, a publicação objetiva
orientar empreendedores imobiliários, profissionais e
empresas afins sobre as precauções e os procedimentos
a serem adotados antes da realização de uma transação
imobiliária ou do início da implantação de um
empreendimento, para verificar se a área a ser ocupada
apresenta contaminação que coloque em risco a saúde
e o meio ambiente.
Guia para Avaliação do Potencial de
Contaminação em Imóveis
O Orientador possui informações sobre:
As interfaces e Conflitos entre AC e Construção Civil
Levantamento de dados sobre um imóvel
Questionário para Avaliação das Condições Ambientais
do Imóvel
Guia para Avaliação do Potencial de
Contaminação em Imóveis
O guia pode ser acessado no site
http://www.cetesb.sp.gov.br/Tecnologia/camaras/ca_ati
vas/construcao/documentos/guia_aval_pot_con_imovei
s.pdf
Guia da Caixa Economica Federal, em parceria com a
alemã GTZ
http://downloads.caixa.gov.br/_arquivos/desenvolvimen
to_urbano/gestao_ambiental/GuiaCAIXA_web.pdf
Normas ABNT
ABNT 15515-1:2007
Passivo ambiental em solo e água subterrânea Parte 1 - Avaliação preliminar
ABNT 15515-2:2011
Passivo ambiental em solo e água subterrânea Parte 2 - Investigação confirmatória
ABNT 15515-3:2013
Passivo ambiental em solo e água subterrânea Parte 3 - Investigação detalhada
ABNT 16209:2013
Avaliação de risco a saúde humana para fins de gerenciamento de áreas contaminadas
ABNT 16210:2013
Cadastro de Áreas
Contaminadas
Cadastro de Áreas Contaminadas
O Cadastro de Áreas Contaminadas (ACs) constitui-se
no instrumento central do gerenciamento de ACs, no
qual são registradas todas as informações adquiridas
durante a execução das etapas do gerenciamento de
ACs
referentes
às
áreas
potencialmente
contaminadas
(APs),
áreas
suspeitas
de
contaminação (ASs) e áreas contaminadas (ACs).
Estabelece diretrizes para o licenciamento ambiental de postos de combustíveis e serviços e dispõe sobre a
prevenção e controle da poluição
CONAMA 273/2000
Art. 5° - O órgão ambiental competente exigirá para o licenciamento
ambiental dos estabelecimentos contemplados nesta resolução, no mínimo, os seguintes documentos:
...
f) Para as instalações em operação...certificado expedido pelo INMETRO ou
entidade por ele credenciada, atestando a inexistência de vazamentos.
Art. 8° - ....
§4° Os tanques subterrâneos que apresentarem vazamento deverão ser
PORTARIA DAEE no 1029 de 21 de maio de
2014. Reti-ratificada em 06-06-2014.
Considerando a escassez de chuvas atípica dos últimos meses...
Art. 1° - Ficam suspensas as análises de requerimentos e as
emissões de outorgas de Autorização de Implantação de
Empreendimento e de Direito de Uso, para novas captações de água de domínio do Estado, localizadas nas áreas das bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (UGRHI 5) e
PORTARIA DAEE no 1029 de 21 de maio de
2014. Reti-ratificada em 06-06-2014.
I – Captações de águas superficiais;
II – Captações de águas subterrâneas, por poços
escavados(cacimbas e cisternas) e por poços tubulares de até 30 metros de profundidade, localizados a menos de 200 metros de corpos hídricos superficiais.
§ 1º - Não se enquadram na presente suspensão:
I. As renovações de outorgas, sem aumento de vazões e volumes captados;
II. As regularizações de outorgas de captações existentes e novos pedidos de outorga das captações descritas no caput, cujos requerimentos forem protocolados até a data de publicação desta Portaria.
PORTARIA DAEE no 1029 de 21 de maio de
2014. Reti-ratificada em 06-06-2014.
Art. 4º - O DAEE poderá a seu critério, conceder
outorgas para os tipos de captações referidas no artigo
1º, em casos relacionados ao abastecimento de água
para consumo humano e a execução de obras públicas,
que serão analisados em função de sua prioridade e de
seu impacto no balanço hídrico regional.
A área integra 17 distritos no município de São Paulo e parte do município de Taboão da Serra.
Fon te: h ttp ://ww w .d aee .sp. gov .b r/ ac er voepe squ isa/ ac er vo/ Ju rub atu b a. pdf
Região
Fon te: h ttp ://ww w .d aee .sp. gov .b r/ ac er voepe squ isa/ ac er vo/ Ju rub atu b a. pdf
Caracterização
Na região estudada existem 513 poços cadastrados que exploram água subterrânea. A água explorada é utilizada para diversos fins, e conhecer os usuários da região é uma importante ferramenta de gerenciamento do recurso hídrico.
A maioria dos poços classifica-se como uso doméstico
(207 ou 40,4%); no entanto, a atividade industrial (uso em processo e uso sanitário) é a que mais extrai água da
região, com aproximadamente 13,3 mil m³/dia (39,5%). Os principais contaminantes identificados foram os
solventes halogenados cis-1,2-dicloroeteno,
Fonte:
http://www.daee.sp.gov.br/acervoepesquisa/acervo/Jurubatuba. pdf
Fonte:
http://www.daee.sp.gov.br/acervoepesquisa/acervo/Jurubatuba. pdf
Portaria DAEE 1594
Cria a “Área de Restrição e Controle Temporário” da água subterrânea
A portaria estabeleceu que os usuários que tivessem
outorgas para exploração da água nessa área, deveriam, em até 15 dias, apresentar ao DAEE análise da água de seus poços, de acordo com a Portaria 518 do Ministério
da Saúde, sob pena de terem suas autorizações
Ações
O DAEE contratou, em 2009, um estudo dos sistemas aquíferos da região de Jurubatuba (qualidade, quantidade e regime de fluxo), para subsidiar a tomada
de decisão quanto à concessão ou não de novas outorgas de direito de uso de águas subterrâneas no
bairro de Jurubatuba.
O resultado deste estudo encontra-se no link
http://www.daee.sp.gov.br/acervoepesquisa/acervo/Juruba tuba.pdf
Ações
Em função desta avaliação preliminar, a CETESB exigiu dos responsáveis legais das empresas os respectivos diagnósticos, propostas e implantação de soluções de remediação. Neste processo de identificação de outras fontes de contaminação, foram solicitadas investigações nas seguintes áreas prioritárias:
· Gillette do Brasil (Procter & Gamble do Brasil Ltda.) · Eletrisol Ind. e Com. Ltda.
· Spal Ind. Brasileira de Bebidas S/A
· MWM International Ind. de Motores da América do Sul Ltda. · Nacco Materials Handling Group Brasil Ltda.
· Condomínio SP Market Center · Sylvania do Brasil Iluminação Ltda.
· Indústrias Nucleares do Brasil S.A. – INB USIN · SANDVIK do Brasil S.A. Ind. e Com.
· Dürr Brasil Ltda.
· UNIPAC Embalagens Ltda. · Fibra S/A
· Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC · Mazzoni Brasil Indústria e Comércio Ltda.
· Ergomat Indústria e Comércio Ltda. · Ferlex Viaturas e Equipamentos Ltda.
· Tiner Empreendimentos e Participações Ltda. · Shaeffler Brasil Ltda.
Ações
A CETESB divulgou um resumo das atividades de gerenciamento, em cada uma das áreas contaminadas. Tal resumo está disponível em:
http://www.cetesb.sp.gov.br/solo/areas_contaminadas/areas_crit icas/jurubatuba/jurubatuba.pdf
No momento, a CETESB está trabalhando na finalização do
diagnóstico ambiental global da região, com o objetivo de
definir as medidas necessárias para o gerenciamento regional do problema e definição das medidas de remediação a serem aplicadas para restabelecer a qualidade ambiental na região.
Condomínio Residencial
Barão de Mauá
Cofap aterra resíduos sólidos industriais, predominantemente areias de fundição
Em 1996 teve início a construção do Conjunto Residencial Barão de Mauá
Em 22 de abril de 2000, com diversas unidades já habitadas, foi registrada uma ocorrência envolvendo dois operários que realizavam manutenção em um poço de bomba do condomínio. Um desses operários veio a falecer e o outro sofreu queimaduras de 3º grau e deformações permanentes. A perícia apurou
como causa a explosão confinada de gases inflamáveis que migrou do solo contaminado.
Fonte: http://www.cetesb.sp.gov.br/areas-contaminadas/rela%C3%A7%C3%B5es-de-%C3%A1reas-contaminadas/18-condominio-residencial-barao-de-maua
Fonte:
http://www.cetesb.sp.gov.br/areas- contaminadas/rela%C3%A7%C3%B5es-de-%C3%A1reas-contaminadas/18-condominio-residencial-barao-de-maua
Na ocasião, a CETESB aplicou penalidade de multa à empresa SQG Empreendimento e Construções Ltda., responsável pela construção dos edifícios, e exigiu a adoção de ações de monitoramento, identificação, caracterização e remediação do solo e águas subterrâneas.
monitoramento de índices de explosividade; ventilação forçada dos espaços fechados;
monitoramento da qualidade do ar na área do condomínio; proibição do uso das águas subterrâneas;
monitoramento da qualidade da água de abastecimento público fornecida aos edifícios; cobertura dos resíduos expostos com material inerte;
realização de investigação detalhada, para delimitação, caracterização e quantificação dos resíduos depositados e da contaminação do solo e das águas subterrâneas;
realização de avaliação de risco à saúde;
adequação dos playgrounds, posicionando-os sobre uma camada de argila compactada;
extração forçada de vapores e gases do subsolo, com monitoramento da eficiência do sistema de tratamento dos gases coletados;
apresentação de projeto destinado à remoção dos bolsões de materiais orgânicos geradores de gases e vapores;
implantação de medidas para remediação das plumas de contaminação das águas subterrâneas mapeadas no local.
Fonte: http://www.cetesb.sp.gov.br/areas-contaminadas/rela%C3%A7%C3%B5es-de-%C3%A1reas-contaminadas/18-condominio-residencial-barao-de-maua
Medidas implantadas
Estação de tratamento de gases
Fonte: http://www.cetesb.sp.gov.br/areas-contaminadas/rela%C3%A7%C3%B5es-de-%C3%A1reas-contaminadas/18-condominio-residencial-barao-de-maua
Medidas implantadas
Respiro na caixa de interfone Área de recreação infantil protegida
Vídeo
Fonte: http://www.cetesb.sp.gov.br/areas-contaminadas/rela%C3%A7%C3%B5es-de-%C3%A1reas-contaminadas/18-condominio-residencial-barao-de-maua
Situação em 20/08/2012
Após analisar o plano de recuperação ambiental apresentado pela COFAP, a CETESB concluiu que as incertezas associadas à caracterização dos resíduos e à extensão e composição das plumas de gases presentes no subsolo, não permitem a implantação imediata do conjunto de medidas contidas no plano.
No entanto, a Agência admite a implantação de parte das medidas de intervenção propostas em vista de sua ação na redução da exposição dos moradores. São elas:
extração dos vapores presentes abaixo dos edifícios tratamento das águas subterrâneas em parte da área
adequação da camada de solo de recobrimento dos resíduos
A CETESB também admitiu a implantação, em caráter experimental, das técnicas propostas ao tratamento dos resíduos (Jet Grouting e Estabilização Aeróbia in situ). Essas técnicas deverão ser aplicadas em locais em que não haja moradores nas proximidades e, se comprovada sua eficiência e eficácia, poderão ser aplicadas no restante da área.
A CETESB ainda defende a remoção dos moradores nas áreas afetadas pela contaminação.
Gerenciamento
de Áreas
Identificação de ACs Avaliação preliminar Investigação confirmatória Reabilitação de ACs Investigação Detalhada Avaliação de Risco Investigação para Remediação Projeto de Remediação Remediação Monitoramento para Encerramento
Etapas do Gerenciamento de AC
Avaliação Preliminar
Constatar evidências, indícios ou fatos que
permitam
suspeitar
da
existência
de
contaminação na área sob avaliação, por meio
do levantamento de informações disponíveis
sobre o uso atual e pretérito da área.
Avaliação Preliminar
Levantamento da documentação disponível sobre a área, notadamente aquela disponível na própria empresa e nos processos administrativos da CETESB
Atividades desenvolvidas
Levantamento de dados disponíveis nos documentos obtidos sobre o histórico de ocupação da área, com a indicação de todas as atividades desenvolvidas no local
Levantamento de informações coletadas em inspeções de reconhecimento
Avaliação Preliminar
Atividades desenvolvidas
Levantamento aerofotogramétrico temporal
Levantamento de informações coletadas em entrevistas com funcionários e moradores do entorno
Avaliação Preliminar
Atividades desenvolvidas
Preenchimento da “Ficha Cadastral de Áreas Contaminadas”
Resultados Possíveis
Avaliação Preliminar
Área com Potencial de Contaminação (AP)
Área Suspeita de Contaminação (AS)
Área Contaminada sob Investigação (ACI)
CETESB poderá exigir a manutenção de
programa para
monitoramento da área e de seu entorno
Responsável Legal deverá imediatamente comunicar tal
fato a CETESB e ao órgão competente de saúde e
realizar a investigação confirmatória
Responsável legal deverá iniciar a etapa de investigação detalhada e
avaliação de risco
A CETESB poderá também demandar a realização de investigação confirmatória nos casos em que a área não tenha sido classificada como AS.
Se a ACI apresentar substâncias, condições ou situações que possam representar perigo, o responsável legal deverá comunicar imediatamente tal fato à CETESB e à Secretaria Estadual de Saúde e adotar prontamente as providências necessárias para elidir o perigo.
Investigação
Confirmatória
Investigação Confirmatória
Tem como objetivo principal confirmar ou não a
existência de contaminação nas Áreas Suspeitas
(AS) e/ou Áreas Potenciais (AP) para as quais
essa investigação foi exigida.
Coleta de dados existentes
Atividades desenvolvidas
Estabelecimento de plano de investigação
A amostragem de solo e/ou de água subterrânea deverá ser feita em pontos estrategicamente posicionados, definidos com base no plano de investigação, ou seja, em pontos associados a fontes potenciais, atuais ou passadas, ou onde foi detectada suspeita de contaminação na etapa de avaliação preliminar.
Atividades desenvolvidas
Investigação Confirmatória
Coleta e análise química de amostras
A Resolução da Secretaria do Meio Ambiente – SMA -
n° 100 de 17/10/2013 determina que as análises sejam
realizadas em laboratório que possua acreditação, conforme ABNT NBR ISO/IEC 17025, nas metodologias analíticas das substâncias químicas de interesse e na respectiva matriz ambiental (solo, ar, água).
Resolução SMA n° 100
O que éRegulamenta as exigências para os resultados analíticos,
incluindo-se a amostragem, objeto de apreciação pelos órgãos
integrantes do Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Naturais – SEAQUA.
O que determina
Os laboratórios devem possuir a acreditação nas metodologias analíticas das substâncias químicas de interesse e na matriz de interesse (água bruta, efluente, ar, solo).
Todos os ensaios ou medições realizadas em campo também devem ser realizados por laboratórios acreditados.
Resolução SMA n° 100
Os problemas Curto prazo para os laboratórios receberem acreditação das atividades de amostragem. 2 anos a partir da data de publicação da Resolução (out/2015)
Empresas que realizam a acreditação não dariam conta de credenciar todos os laboratórios, dentro do prazo estabelecido pela resolução
Falta de pessoal, nos laboratórios, para realização das amostragens
Poucos laboratórios credenciados no mercado => Atraso na realização das coletas e análises => Atraso no processo de Identificação das Áreas Contaminadas.
Atividades desenvolvidas
Investigação Confirmatória
Interpretação dos resultados
Os resultados das análises realizadas deverão ser
comparados com os valores de intervenção para solos e
águas subterrâneas estabelecidos pela CETESB na “Tabela de Valores Orientadores para Solos e Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo”, publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo, através da Decisão de Diretoria CETESB 045
E/C/I, em 20/02/2014.
Obs.: A resolução CONAMA 420 de 28/12/2009 estabelece
A Cetesb, através da Decisão de Diretoria (DD) 045/2014/E/C/I publicada em 20 de fevereiro de 2014, apresentou a lista de valores orientadores para solos e águas subterrâneas no Estado de São Paulo, substituindo a DD 195/2005/E de 23 de
novembro de 2005.
A nova lista manteve a estrutura da anterior, trazendo os Valores
de Referência de Qualidade (VRQ), Valores de Prevenção (VP) e Valores de Intervenção (VI) para solo, além de Valores de Intervenção (VI) para água subterrânea.
Valor de Referência de Qualidade (VRQ) - Concentração de determinada substância no solo ou na água subterrânea, que define um solo como limpo ou a qualidade natural da água subterrânea. Deve ser utilizado como referência nas ações de prevenção da
poluição do solo e das águas subterrâneas e de controle de áreas contaminadas.
Conceitos
Valor de Prevenção (VP) - Concentração de determinada substância, acima da qual podem ocorrer alterações prejudiciais à qualidade do solo e da água subterrânea. Este
valor indica a qualidade de um solo capaz de sustentar as suas funções primárias,
protegendo-se os receptores ecológicos e a qualidade das águas subterrâneas. Deve ser
utilizado para disciplinar a introdução de substâncias no solo e, quando ultrapassado, a continuidade da atividade será submetida a nova avaliação,.
Valor de Intervenção (VI) - Concentração de determinada substância no solo ou na água subterrânea acima da qual existem riscos potenciais, diretos ou indiretos, à saúde humana, considerado um cenário de exposição genérico.
A área será classificada como Área Contaminada sob Investigação (ACI) quando houver constatação da presença de contaminantes no solo ou na água subterrânea em concentrações acima dos Valores de Intervenção, indicando a necessidade de ações para resguardar os receptores de risco.
As substâncias listadas estão categorizadas em
- Inorgânicos
- Hidrocarbonetos Aromáticos Voláteis - Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos - Benzeno Clorados
- Etanos Clorados - Etenos Clorados - Metanos Clorados - Fenóis Clorados
- Fenóis Não Clorados - Ésteres Ftálicos
- Pesticidas Organoclorados - Outros
DD CETESB 045 E/C/I
Estrutura
A DD 045/2014 incorporou 9 substâncias à lista e excluiu outras quatro
Categoria Substância Situação
Inorgânicos
Alumínio Excluída
Crômio Hexavalente Incluída Ferro Excluída Manganês Excluída Vanádio Excluída Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos Benzo(b)fluoranteno Incluída
Fenóis Não Clorados Cresol-p Incluída
Ésteres Ftálicos Dietil ftalato Incluída
Pesticidas Organoclorados
Carbofuran Incluída Endossulfan Incluída HCH Alfa Incluída
Outros TBT e seus compostos Incluída
Anilina Incluída
Mais Menos Mais Restritivo Menos Restritivo Sem Alterações Legenda Inorgânicos Aluminio Antimônio Arsênio Bário Boro Cádmio Chumbo Cobalto Cobre
Cromo (Crômio Total em 2014) Crômio Hexavalente Ferro Manganês Mercúrio Molibdênio Níquel Nitrato (como N) Prata Selênio Vanádio Zinco
Agrícola Residencial Industrial VI
Mais Menos Menos Menos
Menos Menos Menos Menos
Mais Mais Menos
Menos Menos Menos Menos
Mais Mais Mais
Mais Mais Mais Menos Mais
Menos Menos Menos Menos
Mais Mais Mais Mais
Mais Menos Menos Menos Mais
VP VRQ Água Subterrânea (micrograma/L) Incluída em 2014 Excluída em 2014 Excluída em 2014 Excluída em 2014 Comparação DD195/2005 x DD 045/2014 Solo (mg/kg peso seco)
VI
Excluída em 2014
Agrícola Residencial Industrial VI VP VRQ Água Subterrânea (micrograma/L) Comparação DD195/2005 x DD 045/2014
Solo (mg/kg peso seco) VI
Mais Mais Menos Menos Menos Menos Menos
Mais Mais Mais Mais
Menos Mais Mais Menos
Mais Mais Mais Mais
Menos Mais Mais Mais Mais
Menos Mais Mais Mais Mais
Menos Mais Mais Mais Mais Mais
Menos Mais Mais Mais
Mais Mais Mais Mais Mais
Menos Menos Menos Menos Mais
Menos
Menos Menos Mais Mais Menos Menos Mais Mais Mais Mais
Incluída em 2014
Hidrocarbonetos Aromáticos Voláteis
Benzeno Estireno Etilbenzeno Tolueno Xilenos
Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos
Antraceno Benzo(a)antraceno Benzo(b)fluoranteno Benzo(k)fluoranteno Benzo(g,h,i)perileno Benzo(a)pireno Criseno Dibenzo(a,h)antraceno Fenantreno Indeno(1,2,3-c,d)pireno Naftaleno
DD 045/2014 x DD 195/2005
Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais
Menos
Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais
Mais
Mais Mais Mais Mais
Menos Menos Menos Menos Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais
Mais Menos Menos Menos Menos
Mais Mais Menos Menos Mais Mais Mais Menos Menos
Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais
Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais Mais
Benzenos Clorados Clorobenzeno (Mono) 1,2-Diclorobenzeno 1,3-Diclorobenzeno 1,4-Diclorobenzeno 1,2,3-Triclorobenzeno 1,2,4-Triclorobenzeno 1,3,5-Triclorobenzeno 1,2,3,4-Tetraclorobezeno 1,2,3,5-Tetraclorobezeno 1,2,4,5-Tetraclorobezeno Hexaclorobenzeno Etanos Clorados 1,1-Dicloroetano 1,2-Dicloroetano 1,1,1-Tricloroetano Etenos Clorados Cloreto de Vinila 1,1-Dicloroeteno 1,2-Dicloroeteno-cis 1,2-Dicloroeteno-trans Tricloroeteno - TCE Tetracloroeteno - PCE
Agrícola Residencial Industrial VI VP VRQ Água Subterrânea (micrograma/L) Comparação DD195/2005 x DD 045/2014
Solo (mg/kg peso seco) VI
Menos Mais Mais Mais
Mais Mais Mais Mais Menos
Mais Mais Mais Mais Menos Menos Menos Menos Menos Menos
Mais Mais Mais Menos Menos
Mais
Mais Mais Mais Mais Menos
Mais Mais Mais Mais Mais
Mais Menos Menos Menos Menos
Mais Mais Mais Mais
Menos Menos Menos Menos Menos
Menos Menos Menos Menos Incluída em 2014 Metanos Clorados Cloreto de Metileno Clorofórmio Tetracloreto de carbono Fenóis clorados 2-Clorofenol (o) 2,4-Diclorofenol 3,4-Diclorofenol 2,4,5-Triclorofenol 2,4,6-Triclorofenol 2,3,4,5-Tetraclorofenol 2,3,4,6-Tetraclorofenol Pentaclorofenol (PCP)
Fenóis não Clorados
Cresóis (Cresóis Totais em 2014) Cresol-p
Fenol
Agrícola Residencial Industrial VI VP VRQ Água Subterrânea (micrograma/L) Comparação DD195/2005 x DD 045/2014
Solo (mg/kg peso seco) VI
Menos Menos Menos Menos
Mais Mais Mais Mais Mais
Incluída em 2014
Menos Menos Menos Menos
Mais Menos Menos Menos Menos Menos Menos
Menos Menos Menos Menos Menos Menos Menos
Mais Menos Menos Menos
Mais Mais Mais Mais Menos
Mais Mais Mais
Incluída em 2014 Incluída em 2014 Incluída em 2014 Mais Incluída em 2014 Incluída em 2014 Outros PCBs Indicadores (total em 2005) TBT e seus compostos Anilina Pesticidas Organoclorados Aldrin Dieldrin Endrin Carbofuran Endossulfan DDT DDD DDE HCH alfa HCH beta HCH - gama (Lindano) Ésteres Ftálicos
Dietilexil ftalato (DEHP) Dietil ftalato
Dimetil ftalato Di-n-butil ftalato
Agrícola Residencial Industrial VI VP VRQ Água Subterrânea (micrograma/L) Comparação DD195/2005 x DD 045/2014
Solo (mg/kg peso seco) VI
Estatísticas
Total de Substâncias (Exceto Incluídas e Excluídas) = 76
VP
VI
Agrícola Residencial Industrial Água Subterrânea 49% 50% 47% 42% 21% Mais Restritivo 24% 28% 29% 36% 18% Menos Restritivo 27% 22% 24% 22% 61% Sem Alterações Total de Substâncias (Considerando as Incluídas) = 85
A DD 045/2014 entra em vigor na data de sua publicação, surtindo seus efeitos
na seguinte conformidade:
I. A partir de 01-09-2014 – aplicação dos Valores de Intervenção (VI) e de
Prevenção para as substâncias que, em relação aos publicados em 2005, tenham sofrido alteração para valores mais restritivos, bem como dos VI e de VP para as
novas substâncias relacionadas no Anexo Único que integra esta Decisão de
Diretoria.
II. A partir da publicação desta Decisão – aplicação dos Valores de Intervenção
(VI) para as substâncias que, em relação aos publicados em 2005, tenham mantido os valores anteriores ou que tenham sofrido alteração para valores menos restritivos.
Ainda de acordo com a nova DD, os valores orientadores deverão ser revisados
anualmente e submetidos à deliberação da Diretoria Plena da CETESB.
DD CETESB 045 E/C/I
Resultados Possíveis
Investigação Confirmatória
De acordo com o artigo 28 do Decreto 59.263 de
05/06/2013, área poderá ser classificada como Área Contaminada sob Investigação (ACI), quando houver
constatação da presença de:
Contaminantes no solo ou na água subterrânea em concentrações acima dos Valores de Intervenção (VI)
Resultados Possíveis
Investigação Confirmatória
Ainda de acordo com o artigo 28 do Decreto 59.263 de
05/06/2013, a área poderá ser classificada como Área Contaminada sob Investigação (ACI), quando houver
constatação da presença de:
Substâncias, condições ou situações que, de acordo com parâmetros específicos, possam representar perigo à vida ou à saúde da população
Resíduos perigosos dispostos em desacordo com as normas vigentes
Resultados Possíveis
Investigação Confirmatória
Fonte: geobasesondagens.com.br/servicos.php?id=57
Fonte: saniplanengenharia.com.br/servicos/investigacao-diagnostico-e-recuperacao-de-areas-contaminadas/
Resíduos perigosos dispostos em desacordo com a norma vigente
Resultados Possíveis
Investigação Confirmatória
Caso a área não seja classificada como ACI, ela poderá ser mantida como Área Potencial (AP).
A CETESB poderá exigir do responsável legal por área com fontes potenciais de contaminação do solo e das águas
subterrâneas a manutenção de programa de
monitoramento da área e de seu entorno. (Artigo 17,
Decreto 59.263 de 05/06/2013)
Ultrapassados, em qualquer hipótese, os Valores de
Prevenção a atividade no local, se existente, será avaliada
pela CETESB, que exigirá ações necessárias à caracterização das condições ambientais decorrentes da introdução de substâncias no solo e a adoção de medidas corretivas.
Investigação Detalhada
Definir os limites da pluma de contaminação,
determinar as concentrações das substâncias ou
contaminantes de interesse e caracterizar o
meio físico onde se insere a ACI.
Investigação Detalhada
Coleta e avaliação dos dados existentes
Estabelecimento do Plano de Investigação (com
base no modelo conceitual da Investigação
Confirmatória)
Realização da Investigação
Interpretação dos resultados. Utilizando-se
também da DD 045/2014 (Valores Orientadores).
Investigação Detalhada
Atividades desenvolvidas
Quantificação da Contaminação
Características da fonte de contaminação:
Dimensões das áreas ou volumes afetados Tipos de contaminantes presentes e suas concentrações Características da plumas de contaminação: Limites Sentido Taxa de propagação
Investigação Detalhada
Atividades desenvolvidas
Meio
Físico
Hidrogeologia Geologia Local Uso e Ocupação do SoloQue estejam localizados na área de influência da contaminação atual ou futura: Imóveis Poços de abastecimento de água (privados e públicos)
Outros tipos de poços ou captações de interesse
Investigação Detalhada
Modelagem da expansão da pluma de contaminação
dissolvida ao longo de 5 e 10 anos, incluindo-se o
decaimento dos contaminantes, quando pertinente,
informando a possibilidade dessas plumas atingirem
os poços de captação identificados.
Investigação Detalhada
Modelagem da Pluma de Contaminação
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