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TPG RELATÓRIO DE ESTÁGIO. folitécnico. 1 dalquarda Polytechnic of Guarda. Licenciatura em Energia e Ambiente. Daniela Alexandra Pereira Martins

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folitécnico

1 dalQuarda

Polytechnic of Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Energia e Ambiente

Daniela Alexandra Pereira Martins

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Manual de Boas Práticas de Gestão de Resíduos Hospitalares

Manual de Boas Práticas

Gestão de Resíduos Hospitalares

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Manual de Boas Práticas de Gestão de Resíduos Hospitalares

Siglas e Abreviaturas

APA – Agência Portuguesa do Ambiente ARS – Administração Regional de Saúde, I. P. AVC – Acidente Vascular Cerebral

DL- Decreto-Lei

DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica DM – Diabetes Mellitus

FA - Fibrilação Auricular

GAR - Guia de acompanhamento de resíduos HSM - Hospital Sousa Martins

ULSG- Unidade Local de Saúde da Guarda

UPCS - Unidades Prestadoras de Cuidados de Saúde ICC - Insuficiência Cardíaca Congestiva

ITU - Infeção do trato urinário ITR- Infeção do trato respiratório

PGRH l- Planos de Gestão de Região Hidrográfica I RH – Resíduos Hospitalares

SAL- Serviço de Aprovisionamento e Logística

SIET- Serviço de Instalações. Equipamentos e Transportes

SIRAPA - Sistema Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente SIRER - Sistema Eletrónico de Registo Integrado de Resíduos

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Manual de Boas Práticas de Gestão de Resíduos Hospitalares

Índice

1. Introdução... 1

2. Classificação dos resíduos hospitalares ... 2

3. Serviço de Medicina A ... 5

3.1. A visão do serviço ... 5

3.2. Missão do Serviço ... 6

3.3. Os Objetivos do Serviço ... 6

3.4. Patologias mais comuns ... 6

3.5. Recursos Humanos ... 6

4. Fases da gestão dos resíduos hospitalares ... 8

4.1. Produção ... 9

4.2. Triagem e acondicionamento... 9

4.2.1. Resíduos Não Perigosos ... 11

4.2.2.Resíduos Perigosos ... 16

4.3. Recolha, transporte interno e armazenamento ... 19

4.3.1. Transporte ... 23

4.3.2. O Armazenamento de resíduos ... 24

4.4. Recolha e Transporte externo, Tratamento e Destino Final ... 25

4.4.1. Recolha ... 25

4.4.2. Transporte externo ... 25

4.4.3. Destino Final ... 25

5. Registo no SIRAPA... 26

6. Normas Gerais de procedimento na Gestão dos Resíduos ... 26

7. Riscos para o ambiente da incorreta eliminação dos resíduos ... 27

8. Enquadramento legal ... 28

9. Conclusão... 31

Bibliografia... 32

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Índice de Figuras

Figura 1- Resíduos resultantes da confeção de alimentos (Pinho & Magalhães, 2013) ... 3

Figura 2- Resíduos do Grupo I (Ricardo, 2015) ... 3

Figura 3- Resíduos de Grupo II (Jauregui, et al., 2010) ... 3

Figura 4- Caixas de medicamentos vazias (Resíduos grupo II) (mariangarai, 2015) ... 4

Figura 5- Seringas (Resíduos grupo II) (Pinho & Magalhães, 2013) ... 4

Figura 6- Agulha (Resíduos grupo IV) (Cirúrgica Maringá , 2015) ... 5

Figura 7- Cateteres (Resíduos grupo IV) (Pinho & Magalhães, 2013)... 5

Figura 8- Papel e Cartão (Policarpo, 2010) ... 12

Figura 9- Plástico (Policarpo, 2010) ... 13

Figura 10- Vidro (Policarpo, 2010)... 14

Figura 11- Sacos Brancos (Estêvão, 2010) ... 17

Figura 12- Contentor do Grupo III (Estêvão, 2010) ... 17

Figura 13- Saco Vermelho (Estevão, 2015) ... 18

Figura 14- Contentor de corto-perfurantes (Estevão, 2015) ... 18

Figura 15- Contentor do Grupo IV (Estevão, 2015)... 18

Figura 16- Contentor dos resíduos do grupo IV (Farias, 2015) ... 20

Figura 17- Sacos Recolhidos pela empresa de limpeza (Farias, 2015) ... 20

Figura 18- Recolha do lixo dos grupos I e II pela empresa de limpeza (Farias, 2015) ... 20

Figura 19-Recolha de lixo pela empresa de limpeza (Farias, 2015) ... 21

Figura 20- Transporte de lixo para o contentor compactador (Farias, 2015) ... 21

Figura 21- Contentor Compactador (Farias, 2015) ... 21

Figura 22 - Sala de despejos (sujos) ... 22

Figura 23- Etiqueta de Identificação Grupo III e Grupo IV (Farias, 2015) ... 22

Figura 24- Carro de Transporte de Resíduos (Farias, 2015)... 23

Figura 25- Sala dos Contentores limpos/ vazios ... 24

Figura 26- Sala dos Contentores cheios/ sujos ... 24

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Índice de Tabelas

Tabela 1- Papel e Cartão (Farias, 2015) ... 12

Tabela 2- Plástico (Farias, 2015) ... 13

Tabela 3- Vidro (Farias, 2015) ... 14

Tabela 4- Cores dos contentores de acordo com o grupo de resíduos (Fabião, 2011)... 18

Índice de Esquemas

Esquema 1 – Organograma do serviço (Patrícia, 2015) ... 7

Esquema 2- Fases da gestão dos resíduos hospitalares (Pinho & Magalhães, 2013)... 8

Esquema 3- Separação dos Resíduos Hospitalares não Contaminados (Estevão, 2015)... 10

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Manual de Boas Práticas de Gestão de Resíduos Hospitalares

1.

Introdução

Os resíduos hospitalares, de acordo com o DL nº178/2006, de 5 de Setembro, que estabelece as regras a que fica sujeita a gestão de resíduos, são definidos como: “o resíduo resultante de atividades

médicas desenvolvidas em unidades de prestação de cuidados de saúde, em atividades de prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e investigação, relacionada com seres humanos ou animais, em farmácias, em atividades médico-legais, de ensino e em quaisquer outras que envolvam procedimentos invasivos, tais como acupunctura, piercings e tatuagens”.

Segundo o DL n.º 178/2006 de 5 de Setembro a gestão de resíduos é da responsabilidade do respetivo produtor, deste modo todos aqueles que de uma forma ou de outra produzam ou contactem com os RH devem aplicar boas práticas em todas as etapas da gestão deste tipo de resíduos (minimização na produção de RH, adequada triagem, acondicionamento e armazenamento), de modo a reduzir os riscos associados ao manuseamento dos resíduos hospitalares perigosos, garantindo a proteção individual de todos aqueles que com eles contactam.

Aos resíduos hospitalares, deve-se dar particular importância, uma vez que, estes são provenientes de Unidades Prestadoras de Cuidados de Saúde (UPCS),e por isso podem ser potenciais transmissores de infeções e de toxicidade.

Podemos considerar que uma boa gestão de resíduos, nomeadamente os hospitalares, deve apostar numa boa e efetiva triagem na fonte, no sentido de evitar potenciais contaminações resultantes do cruzamento/contacto entre RH não perigosos e RH perigosos, devendo reduzir-se ao mínimo os riscos para a saúde e para o ambiente.

Este manual tem como principal objetivo referenciar algumas práticas, que os profissionais de saúde que colaboram no Serviço de Medicina, especificamente no setor A, do Hospital Sousa Martins integrado na ULSG,EPE, devem adotar de forma a que com pequenos gestos possam contribuir para uma boa gestão dos resíduos aí produzidos.

Neste Manual serão classificados os resíduos hospitalares de acordo com a sua tipologia, perigosidade, local de produção e tipo de tratamento requerido, será feita uma caraterização do setor A do Serviço de Medicina, fazendo referência aos aspetos mais importantes tendo em vista a elaboração deste documento. Serão descritas as fases da Gestão de resíduos hospitalares, dando especial atenção à produção, triagem, acondicionamento, transporte interno e armazenamento.

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Para se poder por em prática as recomendações dadas pela Direção Geral de Saúde relativamente à gestão de resíduos hospitalares é necessário um bom conhecimento da legislação, Pelo que será feito um enquadramento legal sobre este assunto.

Será feita uma breve referência aos riscos ambientais que podem ocorrer com o manuseamento incorreto deste tipo de resíduos.

2.

Classificação dos resíduos hospitalares

Apesar da publicação de um novo Regime Geral de Gestão de Resíduos, a classificação dos Resíduos Hospitalares é feita com base no Despacho do Ministério da Saúde n.º 242/96, de 13 de agosto de 1996. Este diploma legislativo classifica-os, de acordo com a sua tipologia, perigosidade, local de produção e tipo de tratamento requerido, sendo classificados em 4 grupos.

A classificação em quatro grupos tem “em conta os princípios que devem presidir a organização e gestão

global dos resíduos, como sejam os riscos efetivos, a proteção dos trabalhadores do sector, a operacionalidade das diversas secções, os preceitos éticos e a perceção de risco pela opinião pública”

(PERH, Despacho Conjunto n.º 761/99).

Os grupos I e II representam os grupos não perigosos, enquanto aos grupos III e IV correspondem os resíduos perigosos.

Os tipos de resíduos pertencentes ao Grupo I são designados por resíduos equiparados a urbanos, sendo maioritariamente constituídos pelos materiais vindos de serviços gerais (como gabinetes, instalações sanitárias comuns, salas de reuniões e salas de convívios), serviços de apoio (como oficinais, armazéns e jardins), serviços de hotelaria e restauração (onde estão incluídos os restos de alimentos que não pertencem ao grupo III). Assim sendo, os resíduos mais comuns, no grupo I, são as embalagens e invólucros comuns como o papel, o cartão, o vidro, os metais ferrosos e os não ferrosos e, ainda, os resíduos resultantes da confeção de alimentos e salas de alimentação comuns. Os resíduos deste grupo não apresentam qualquer exigência especial no seu tratamento.

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Figura 1- Resíduos resultantes da confeção de alimentos (Pinho & Magalhães, 2013)

Figura 2- Resíduos do Grupo I (Ricardo, 2015)

Ao grupo II pertencem os resíduos hospitalares não perigosos e que podem, tal como os resíduos do grupo I, ser equiparados aos resíduos urbanos. Neste grupo entram os resíduos produzidos, sobretudo, em salas de tratamento ou de diagnóstico e, ainda, nos quartos de doentes não infeciosos. Deste grupo fazem parte os materiais ortopédicos não contaminados e sem vestígios de sangue (como ligaduras, talas e gessos), as fraldas e resguardos descartáveis, que, naturalmente, não estão contaminadas nem têm vestígios de sangue, frascos de soro não contaminados, embalagens ou invólucros vazios de medicamentos ou de produtos de uso clínico ou comum não contaminados e, por fim, o material de proteção individual não contaminado que é utilizado nos serviços gerais de apoio como as luvas, as máscaras e os aventais.

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Figura 4- Caixas de medicamentos vazias (Resíduos grupo II) (mariangarai, 2015)

Ao grupo III pertencem todos os resíduos hospitalares de risco biológico, ou seja, todos os resíduos contaminados, suspeitos de contaminação ou com vestígios de sangue. Assim, são colocados no grupo III os resíduos dos quartos de doentes infetados ou suspeitos de infeção e ainda das enfermeiras que cuidam deles, de salas de tratamento, salas de autópsia e salas de anatomia patológica, de unidades de hemodiálise, de blocos operatórios e de laboratórios de investigação. Todo o material que é utilizado durante processos de diálise também entra neste grupo, assim como os sacos coletores de fluídos orgânicos, peças anatómicas não identificáveis, fraldas e resguardos descartáveis contaminados ou com vestígios de sangue, seringas Figura 5, resíduos resultantes de transfusões de sangue ou derivados, resíduos resultantes da administração de soros e medicamentos (com a exceção dos pertencentes ao grupo IV) e, por fim, os materiais ortopédicos contaminados ou com vestígios de sangue (como as talas, gessos e ligaduras), os materiais de prótese que são retirados aos doentes e os materiais de proteção individual (como luvas, máscaras e aventais) que tenham tido contacto com produtos contaminados.

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O grupo IV é constituído por resíduos hospitalares específicos, isto é, por todo o tipo de materiais cortantes e perfurantes (agulhas e cateteres – Figura 6 e Figura 7 – e todo o material invasivo), produtos químicos e fármacos, cadáveres de animais de experiências laboratoriais, peças anatómicas identificáveis como fetos e placentas e todo o material utilizado em quimioterapia. Tal como o grupo III, os resíduos colocados no grupo IV têm como principais locais de produção salas de tratamento e diagnóstico, enfermarias, quartos de doentes infeciosos e laboratórios.

Figura 6- Agulha (Resíduos grupo IV) (Cirúrgica Maringá , 2015)

Figura 7- Cateteres (Resíduos grupo IV) (Pinho & Magalhães, 2013)

3.

Serviço de Medicina A

O Serviço de Medicina, sector A, encontra-se localizado no edifício antigo do Hospital Sousa Martins – Guarda, no 2º piso. Éum serviço dotado de instalações, pessoal e equipamento capaz de assegurar os cuidados médicos e de enfermagem, com níveis de qualidade tendo em conta a missão, a visão e os objetivos do mesmo.

3.1.

A visão do serviço

O serviço de Medicina A, do Hospital Sousa Martins – Guarda, centra a sua atenção:

 Na prestação de cuidados médicos e de enfermagem ao doente com patologias do foro médico;

 Na reabilitação motora e cardíaca do doente internado, bem como na reeducação funcional respiratória e no treino das suas atividades de vida diária;

 Na relação com outras unidades de saúde intra e extra hospitalares, promovendo o follow-up

 Na formação inicial e avançada de prestadores de cuidados pela parceria com entidades, escolas e universidades;

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 Na investigação na área médica, especialmente nas doenças metabólicas.

3.2.

Missão do Serviço

O serviço de Medicina A, do Hospital Sousa Martins – Guarda, tem como missão: apoiar, cuidar e promover a saúde através do desenvolvimento de projetos de melhoria continua tendo em vista a qualidade em saúde.

3.3.

Os Objetivos do Serviço

 Proporcionar aos doentes cuidados de saúde, com níveis de qualidade acrescidos, em tempo oportuno e em ambiente humanizado;

 Garantir eficácia, eficiência e oportunidade, num quadro de desenvolvimento económico e financeiro sustentável;

 Criar dinâmicas de formação e investigação em que o conhecimento seja também um pólo de atração aos enfermeiros e desenvolver as ações de formação necessárias ao desempenho dos mesmos, assegurando o seu desenvolvimento profissional.

3.4.

Patologias mais comuns

Neurológicas: AVC isquémico e hemorrágico; Demência; Alzheimer

Respiratórias: Pneumonias; Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC); Traqueobronquite Cardíacas: Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC); Fibrilação Auricular (FA)

Metabólicas: Diabetes Mellitus (DM)

Oncológicas: Neoplasia da próstata, da bexiga e do fígado

Infeções: Infeção do trato urinário (ITU) e Infeção do trato Respiratório (ITR)

3.5.

Recursos Humanos

O serviço de Medicina, sector A está dotado de um diretor de serviço, um médico coordenador, e quatro equipas médicas, um enfermeiro responsável de serviço, uma equipa de enfermagem e uma equipa de assistentes operacionais, de acordo com o organograma abaixo.

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Existem outros profissionais que colaboram com este serviço, como nutricionistas, assistentes sociais e que integram os quadros do HSM.

Para a realização de tarefas de suporte à prestação dos cuidados de saúde é necessário o contributo de outras equipas que são externas ao HSM e operam mediante a prestação de serviços, como o Serviço de Higienização e Limpeza e o Serviço de Recolha, Transporte e Tratamento de Resíduos.

Esquema 1 – Organograma do serviço (Patrícia, 2015)

Diretor Clínico

Secretária Clinica Coordenador do

Sector

Equipa de Enfermagem Equipa

Médica Nutricionista Psicólogo Fisioterapeuta Assistente

Social Farmacêutico Capelão 5 Médicos Especialistas 7 Médicos Internos Enfermeira Chefe Assistentes Operacionais 7 Assistentes Operacionais Enfermeira Especialista em Reabilitação 9 Enfermeiros especialistas 15 Enfermeiros

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4.

Fases da gestão dos resíduos hospitalares

De acordo com o Despacho n.º 242/96, de 13 de Agosto, cada UPCS deve ter um Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares (PGRH) adequado à sua dimensão, estrutura, tipo e quantidade de resíduos produzidos, tendo em conta critérios de operacionalidade e de menor risco para os doentes, trabalhadores e público em geral.

A gestão integrada dos resíduos hospitalares implica procedimentos específicos nas fases de triagem, na deposição, recolha, armazenamento, transporte, tratamento, valorização e eliminação (Despacho nº 242/96). Estas fases da gestão de resíduos sequenciam-se da seguinte forma:

Esquema 2- Fases da gestão dos resíduos hospitalares (Pinho & Magalhães, 2013)

Triagem e Acondicionamento Pesagem e registo Recolha e Transporte externo Recolha e transporte interno Produção Armazenamento Destino final

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4.1. Produção

A produção de resíduos hospitalares é inevitável num serviço com estas caraterísticas, no entanto essa produção deve ser minimizada ao máximo, desta forma deve ser dada especial atenção a esta fase de gestão, informando/formando todos os profissionais que colaboram neste serviço para a importância de uma prevenção na produção deste tipo de resíduos.

4.2.

Triagem e acondicionamento

O Despacho nº 242/96 define ainda condições de triagem, acondicionamento armazenamento dos resíduos dentro das unidades de saúde.

Assim, dever-se-á realizar uma separação dos resíduos que permita, para os resíduos dos grupos I e II, a reciclagem ou reutilização de cartão e papel, de vidros, de metais ferrosos e não ferrosos, de películas de raios X, de pilhas e baterias, e de mercúrio.

A triagem e o acondicionamento dos resíduos deverão ter lugar junto do local de produção, devendo os resíduos hospitalares serem acondicionados de modo a permitir uma identificação clara da sua origem e do seu grupo: os resíduos do grupo I e II em recipientes de cor preta; os resíduos do grupo III em recipientes de cor branca, com indicativo de risco biológico; os resíduos do grupo IV em recipientes de cor vermelha, com exceção dos materiais cortantes e perfurantes que devem ser acondicionados em recipientes ou contentores imperfuráveis.

Estas duas fases são determinantes para uma correta gestão integrada de resíduos. A classificação dos resíduos hospitalares em vários grupos tem como objetivo a sua correta triagem, no momento da produção, com a deposição em sacos e contentores adequados, de acordo com as normas aplicáveis, de modo a sofrerem posteriormente um tratamento final, de acordo com as características e perigosidade de cada grupo de resíduos.

Um processo de triagem e acondicionamento mal executado, comprometerá todos os processos de gestão que se seguem, podendo vir a comprometer a saúde dos profissionais, doentes e visitas, pela possibilidade de contacto de agentes biológicos e químicos perigosos, bem como acidentes de trabalho., além do ambiente e da saúde pública em geral.

A gestão dos resíduos da ULSG é coordenada por um Grupo de Gestão de Resíduos nomeado pelo Conselho de Administração, que elabora e emana normas a aplicar em todos os serviços. Destas normas destacam-se as relativas à triagem, acondicionamento e transporte.

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Esquema 3- Separação dos Resíduos Hospitalares não Contaminados (Estevão, 2015)

Esquema 4- Triagem de Resíduos Hospitalares e Riscos associados (Estevão, 2015) Grupo de Gestão de Resíduos da

ULS da Guarda, EPE

Separação dos Resíduos Hospitalares não Contaminados

Papel e Cartão

Embalagem de papel Embalagem de cartão Outro tipo de papel e cartão excepto qd sujo

Equiparados a Urbanos (Grupo I) e Não Perigosos (Grupo II)

Plástico e Metal

Embalagem de plástico Embalagem de metal Frascos de Soros vazios

Vidro Toda a embalagem de vidro, excepto a embalagem de vidro hospitalar Outros EEE Pilhas e acumuladores Películas de RX Tinteiros e Toners Embalagem de vidro hospitalar

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4.2.1. Resíduos Não Perigosos Grupo I e II

Nestes dois grupos existem resíduos passíveis de valorização e os que são não valorizáveis. Resíduos equiparados a urbanos, não apresentam exigências especiais no seu tratamento.

Fazem parte destes grupos:

 Resíduos provenientes de serviços gerais (gabinetes, salas de reunião, instalações sanitárias, vestiários, etc.);

 Resíduos provenientes de serviços de apoio;

 Embalagens vazias e invólucros comuns (papel, cartão, mangas mistas e outros de idêntica natureza);

 Resíduos provenientes da hotelaria resultante da confeção e restos de alimentos servidos a doentes não incluídos no grupo III;

 Papeis de todos os tipos, desde que não contenham sangue;

 Material ortopédico (talas, gessos) desde que não contenham sangue;

 Fraldas e resguardos (descartáveis) de uso único, que não contenham sangue;  Material de proteção individual (batas, luvas, máscaras);

 Embalagens vazias de medicamentos ou de outros produtos de uso clínico, com exceção dos do grupo III e IV, frascos de soros não contaminados, com exceção dos do grupo IV; Os resíduos passíveis de valorização devem ser separados e colocados em contentores próprios para reciclagem.

O novo Regime Geral da Gestão de Resíduos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º178/2006, 5 de Setembro, confere especial destaque à questão da triagem, deposição seletiva e devido encaminhamento para reciclagem dos resíduos passíveis de valorização, tais como embalagens cartão e papel, vidro, pilhas, entre outros. O n.º 3 do artigo 7.º - Princípio da hierarquia das operações de gestão de resíduos – expõe o seguinte: “Os produtores de resíduos devem proceder à separação dos resíduos na origem de forma a promover a sua valorização por fluxos e fileiras”. O não cumprimento deste Princípio poderá resultar, em última instância, no pagamento de coima, estipulado no artigo 67.º deste DL.

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Os resíduos que podem ser reciclados são os seguintes: • Vidro; • Papel e cartão; • Plásticos e Metais; • Pilhas e Acumuladores; • Lâmpadas; • Tinteiros e Toners;

• Equipamentos Elétricos e Eletrónicos.

Tabela 1- Papel e Cartão (Farias, 2015)

Figura 8- Papel e Cartão(Policarpo, 2010)

Separar Não Separar

Cartão Papéis metalizados e plastificados ou sujeitos a

tratamentos especiais (papel de lustro, vegetal, químico, de fax, de alumínio e autocolante)

Caixa de Luvas Envelopes de janela

Papel de escrita, computador Papel e cartão contaminado com outros materiais como autocolantes, clips, agrafos, fita-cola, plásticos e gorduras.

Jornais Embalagens que tenham contido resíduos

orgânicos, gorduras e resíduos tóxicos e perigosos;

Revistas Papel de cozinha, guardanapos e lenços de papel

Cartão canelado, caixas de cartão

espalmadas Loiça de papel, pacotes de batata frita e aperitivos

Envelopes sem janela Toalhetes e fraldas

Livros Sacos de cimento

Cadernos Caixas de Papel

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Tabela 2- Plástico (Farias, 2015)

Separar Não Separar

Latas de ferro/ alumínio Latas de tinta

Pacotes de leite/sumo Garrafas de óleo, pacotes de arroz e massa,

bolachas

Garrafas de Plástico Seringas

Copos de iogurte Embalagens de plástico que tenham contido

gorduras (p.ex. margarina, manteiga e banha).

Sacos do pão Cosmética gordurosa

Frascos de detergente/ amaciador Embalagens plásticas que tenham contido produtos tóxicos ou perigosos (p.ex. combustíveis e óleo de motor).

Esferovite Sacos de plástico Baldes e Bacias Latas de conserva Detergentes Invólucros de plástico

Figura 9- Plástico (Policarpo, 2010)

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Tabela 3- Vidro (Farias, 2015)

Separar Não Separar

Todo o tipo de embalagens de vidro (garrafas,

frascos, potes, boiões) Tampas e rolhas das embalagens de vidro

Água, vinho e cerveja Loiça, porcelanas e cerâmicas (pratos, copos,

chávenas…)

Sumos, néctares e refrigerantes Vidro farmacêutico proveniente de hospitais e laboratórios de análises clinicas

Azeite e Vinagre Vidros planos (janelas, vidraças, para brisas…)

Produtos de conserva Vidros especiais (ecrãs de televisão, lâmpadas,

espelhos, pirex, cristais, vidros corados, cerâmicos, não transparentes, embalagens de cosmética, perfumes…)

Molhos Mel e compotas Leite e iogurtes

Figura 10- Vidro(Policarpo, 2010)

Pilhas e Acumuladores

A 6 de Janeiro de 2009 foi publicado o Decreto-Lei n.º 6/2009, que estabelece o novo Regime Jurídico de Recolha, Tratamento, Reciclagem e Eliminação de Resíduos de Pilhas e Acumuladores, que estabelece que as Unidades de Saúde, bem como outras entidades integrantes da rede de recolha seletiva destes resíduos, deverão ter pontos de recolha instalados pela entidade gestora (Pilhões), por forma a assegurar a deposição seletiva obrigatória destes resíduos por parte dos utilizadores finais (incluindo utentes), e a proceder ao correto encaminhamento destes resíduos de pilhas e acumuladores para a entidade gestora licenciada (empresa Ecopilhas).

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Lâmpadas

Os resíduos de lâmpadas pertencem ao grande grupo de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos e deverão ser recolhidos por empresa licenciada para o efeito. O serviço deve encaminhar este tipo de resíduos para o Serviço de Instalações. Equipamentos e Transportes (SIET) que o entregará no operador licenciado.

Tinteiros e Toners

À semelhança das lâmpadas, também os resíduos de tinteiros e toners terão que ser recolhidos por empresa licenciada para o efeito, pelo que o serviço os deverá entregar no Serviço de Aprovisionamento e Logística (SAL).

Equipamentos Elétricos e Eletrónicos

Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) são todos os resíduos, incluindo todos os componentes, subconjuntos e consumíveis que fazem parte integrante de equipamentos elétricos e eletrónicos (EEE), no momento em que estes são rejeitados. A gestão destes resíduos está abrangida pela legislação nacional através do Decreto-Lei n.º 132/2010, de 17 de Dezembro, que estabelecem os princípios fundamentais da gestão, “com o objetivo prioritário de prevenir a sua produção e, subsequentemente, promover a reutilização, a reciclagem e outras formas de valorização, de forma a reduzir a quantidade e o carácter nocivo de resíduos a eliminar, contribuindo para melhorar o comportamento ambiental de todos os operadores envolvidos no ciclo de vida destes equipamentos. O serviço deve encaminhar este tipo de resíduos para o Serviço de Instalações. Equipamentos e Transportes (SIET) que o entregará no operador licenciado.

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4.2.2.Resíduos Perigosos

Grupo III - Risco Biológico – Resíduos contaminados ou suspeitos de contaminação, suscetíveis de incineração ou de outro pré-tratamento eficaz

Devem ser colocados no saco branco, devendo passar por um tratamento eficaz como a autoclavagem e posterior colocação em aterro.

 Resíduos contaminados ou suspeitos de contaminação, suscetíveis de incineração ou de outro pré-tratamento eficaz (autoclavagem), que permita posterior eliminação como resíduos urbanos;  Todos os resíduos provenientes de quartos ou enfermarias de doentes infeciosos ou suspeitos,

de unidades de hemodiálise, de blocos operatórios, de salas de tratamento, de salas de autópsia e de anatomia patológica, de patologia clínica e de laboratórios de investigação, com exceção dos do grupo IV;

 Todo o material utilizado em diálise;  Peças anatómicas não identificáveis;

 Resíduos que resultam da administração de sangue e seus derivados

 Material de penso (compressas e ligaduras) e material ortopédico (talas e gessos) que contenham sangue ou outra matéria orgânica;

 Material exteriorizado aos doentes (algálias, sondas, cateteres);  Sistemas de administração de soro e/ou outros medicamentos;  Seringas resultantes da preparação e administração de medicamentos;  Todos os resíduos que contenham sangue;

 Sacos / sistemas coletores de fluidos orgânicos;

 Fraldas e resguardos descartáveis contaminados ou com vestígios de sangue;

 Material de proteção individual utilizado em cuidados de saúde e serviço de apoio geral em que haja contacto com produtos contaminados;

 Todo o material utilizado em diálise;  Peças anatómicas não identificáveis.

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Figura 11- Sacos Brancos (Estêvão, 2010)

Figura 12- Contentor do Grupo III (Estêvão, 2010)

Grupo IV - Risco Específico - Resíduos hospitalares específicos de incineração obrigatória

Devem ser colocados em sacos e contentores vermelhos e em contentores de corto-perfurantes, devendo passar por um tratamento eficaz como a incineração.

 Peças anatómicas identificáveis, fetos e placentas;  Cadáveres de animais de experiência laboratorial;

 Citostáticos e todo o material utilizado na sua manipulação e preparação;  Materiais cortantes e perfurantes: agulhas, cateteres, bisturis e restante material invasivo;  Produtos químicos e fármacos rejeitados;

Estes resíduos não devem ser misturados com os restantes resíduos, devem ser bem identificados para garantir a sua incineração obrigatória à temperatura mínima de 1100ºC;

Após a correta triagem do resíduo, este terá que ser corretamente acondicionado no saco/recipiente correspondente, para que seja encaminhado para o devido tratamento final, de acordo com as suas características e perigosidade e evitar os riscos. O acondicionamento dos resíduos hospitalares deverá ser efetuado de modo a permitir uma identificação clara da sua origem, do seu grupo e destino. Atendendo às suas características e perigosidade, o acondicionamento dos resíduos hospitalares deverá ser efetuado em sacos diferenciados, de acordo com o Despacho n.º 242/96, de 13 de Agosto Tabela 4.

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Tabela 4- Cores dos contentores de acordo com o grupo de resíduos (Fabião, 2011)

Classificação do Resíduo

Hospitalar Acondicionamento Recipiente de deposição final

G rupo I e II Não

Valorizáveis - Saco Preto Contentor Compactador Valorizáveis -Saco Azul, Amarelo e Verde Ecoponto Municipal

Grupo III -Saco Branco Contentor Especifico para GIII

Grupo IV - Contentor de corto-perfurantes; - Saco vermelho Contentor Especifico para GIV

Os contentores para deposição dos resíduos, presentes nos gabinetes, salas de tratamento, salas de espera e outros, deverão ser providos de tampa e pedal, para qualquer tipologia resíduos. Os contentores de transporte fornecidos pelas empresas licenciadas de gestão de resíduos hospitalares, deverão ser facilmente manuseáveis, resistentes, estanques, herméticos, laváveis e desinfetáveis. Estes contentores devem permanecer tapados entre as deposições e hermeticamente fechados quando cheios, até à sua recolha pela empresa externa licenciada.

Os sacos devem ser cheios no máximo até 3/4 da sua capacidade.

Figura 13- Saco Vermelho (Estevão, 2015)

Figura 14- Contentor de corto-perfurantes (Estevão, 2015)

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4.3.

Recolha, transporte interno e armazenamento

A recolha e o transporte até ao armazenamento devem ser feitos pela empresa de limpeza ou pelos assistentes operacionais, consoante se trate de resíduos não perigoso ou perigosos e ser feitos em horários desfasados do maior afluxo de utentes, de distribuição de alimentos, de medicamentos e de roupas.

O horário de recolha de resíduos hospitalares tem que ser estabelecido para cada local de produção de resíduos hospitalares. Deve ter-se em conta o volume de resíduos hospitalares produzidos e os horários de limpeza do local e de afluência de utentes. Este deve ser determinado com a colaboração de todos os profissionais intervenientes.

O circuito a percorrer pelos resíduos hospitalares, desde o local de produção até ao local de armazenamento, deve ser estabelecido tento em conta a menor distância percorrida, os locais que percorre, avaliando o impacto de um derramamento acidental, o horário e a comodidade/viabilidade do trajeto.

Existe no serviço um local específico para armazenamento dos resíduos de forma a manter os resíduos do grupo I e II separados do III e IV. Este local não está localizado junto a áreas de armazenamento de alimentos e está separado de áreas de armazenamento de material clínico, de medicamentos, de consumo e vestuário, no sentido de evitar infeções cruzadas.

No Serviço de Medicina A, os resíduos não perigosos (Grupo I e II) são colocados nos sacos amarelos, azuis, verdes e pretos, segundo a legislação.

Os sacos pretos são transportados diariamente para o contentor/compactador de resíduos urbanos que se encontra no parque da saúde. Depois de serem colocados no contentor, vão ser prensados e posteriormente armazenados. O contentor compactador (20m3) é substituído, aproximadamente, de 12 em 12 dias, a recolha é feita pela empresa contratada, no horário entre as 7 e as 8 horas. Logo que o contentor/compactador atinga 2/3 da sua capacidade, a empresa responsável pela recolha é imediatamente avisada. De seguida os resíduos serão depositados no aterro sanitário da Cova da Beira. Os resíduos recicláveis são recolhidos às 11h e 18h. De seguida são armazenados na sala de despejos (sujos) e depois transportados para a zona do cais do HSM. São recolhidos de 2ª a 6ª feira-feira de manhã pela empresa de limpeza, e de seguida são encaminhados para um ecoponto no hospital e recolhidos diariamente por um operador licenciado.

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Figura 16- Contentor dos resíduos do grupo IV (Farias, 2015)

Figura 17- Sacos Recolhidos pela empresa de limpeza (Farias, 2015)

Figura 18- Recolha do lixo dos grupos I e II pela empresa de limpeza (Farias, 2015)

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Figura 19-Recolha de lixo pela empresa de limpeza (Farias, 2015)

- Transportados diretamente para o contentor compactador no exterior

Figura 20- Transporte de lixo para o contentor compactador (Farias, 2015)

- No contentor compactador são prensados e armazenados

Figura 21- Contentor Compactador (Farias, 2015)

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Para os resíduos perigosos (Grupo III e IV) a recolha é feita pelas assistentes operacionais, às 14h e 21 h nos contentores dos grupos III e IV do operador de resíduos. Estes contentores são armazenados na sala de despejos (sujos). Cada contentor é identificado através do serviço e pelo grupo a que pertencem os resíduos (Grupo III e IV).

Figura 22 - Sala de despejos (sujos)

Cada Contentor de resíduos perigosos é identificado com etiquetas para que o seu transporte seja feito com mais rigor.

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Desta forma o circuito de recolha de resíduos no Serviço de medicina A, é feito da seguinte forma: 1. Grupos I e II (Serviço de medicina A – Elevador de resíduos- Contentor/Compactador); 2. Grupos III e IV (Serviço de medicina A – Elevador de resíduos- Central de resíduos); 3. Recicláveis (Papel, Cartão, Plástico e Vidro) - (Serviço de medicina A – Elevador de

resíduos- Ecoponto no HSM);

4. Recicláveis (Lâmpadas, EEE pequeno, Pilhas, Tinteiros e Toneres) - (Serviço de medicina A – Elevador de resíduos- Serviço de Aprovisionamento para entrega por compra de material novo).

4.3.1. Transporte

Os resíduos são transportados para o Armazém Central de Resíduos localizado no Piso -1 do edifício 5

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4.3.2. O Armazenamento de resíduos

Os contentores são posteriormente transportados para o Armazém Geral de Resíduos do HSM, onde se vai proceder à sua pesagem entre as 8h30 e as 9h de cada dia.

Os contentores vazios para serem transportados para os serviços encontram-se armazenados em duas salas anexas à sala de armazenagem de resíduos.

Figura 25- Sala dos Contentores limpos/ vazios

Figura 26- Sala dos Contentores cheios/ sujos

Figura 27- Pesagem (Farias, 2015)

O Serviço deverá manter um registo mensal dos quantitativos de resíduos produzidos, de todas as tipologias (Grupos I, II, III e IV), para que, no final de cada ano, possa aferir de forma fidedigna a quantidade total de resíduos produzida e facilitar o registo das quantidades anuais na plataforma Sistema Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente (SIRAPA). Todas as Guias, documentos relativos a resíduos e mapas de registo de resíduos terão que ficar arquivados em todas as Unidades de Cuidados Continuados por um período mínimo de 5 anos, devidamente identificados.

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4.4.

Recolha e Transporte externo, Tratamento e Destino Final

No Hospital Sousa Martins (HSM), a recolha final é feita pelo Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) - Somos Ambiente, a recolha é feita às 9h, frequência diária, exceto Domingos e Feriados, de seguida vão ser encaminhados para o SUCH do Porto.

4.4.1. Recolha

A recolha dos resíduos do HSM é feita diariamente de acordo com a legislação em vigor.

4.4.2. Transporte externo

A Portaria n.º 335/97, de 16 de Maio, fixa as regras a que fica sujeito o transporte de resíduos. Assim, este diploma legislativo estipula que o transporte rodoviário de resíduos apenas pode ser realizado ou pelo produtor dos mesmos ou por entidades licenciadas e carecem de ser acompanhados por Guias. O transportador, licenciado para o efeito, terá que assegurar que cada transporte é acompanhado da GAR (Guia de acompanhamento de resíduos). O modelo A da GAR destina-se ao acompanhamento de todos os tipos de resíduos (sólidos, líquidos ou pastosos), excetuando os resíduos hospitalares. Para os resíduos hospitalares sólidos aplica-se o modelo B da GAR. Estas GAR deverão ser preenchidas de acordo com as normas desta Portaria. Ainda nesta Portaria, a alínea d) do n.º 6 determina que “o produtor ou detentor, o transportador e o destinatário dos resíduos devem manter em arquivo os seus exemplares da guia de acompanhamento por um período de cinco anos”.

4.4.3. Destino Final

O tratamento/destino final é diferenciado consoante o Grupo de resíduos hospitalares: Grupos I e II – Aterro Sanitário e Valorização;

Grupo III – Aterro Sanitário precedido de pré-tratamento eficaz, a autoclavagem. Grupo IV – Incineração.

A responsabilidade pelo destino final dos resíduos é de quem os produz. No caso dos resíduos hospitalares a responsabilidade é das Unidades Prestadoras de Cuidados de Saúde. O grupo de Gestão de Resíduos efetua os registos de produção e controla o tratamento e destino final por meio dos relatórios dos operadores recebidos mensalmente.

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5.

Registo no SIRAPA

Após a pesagem é obrigatório fazer o respetivo registo no SIRAPA e um registo interno. A Portaria n.º 178/97 de 11 de Março, que aprovava o modelo de mapa anual de registo de resíduos hospitalares, foi revogada pelo Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro – Regime Geral de Gestão de Resíduos. Em substituição, este Regime criou o Sistema Eletrónico de Registo Integrado de Resíduos (SIRER), recentemente substituído pelo SIRAPA. A implementação do SIRER teve início no ano de 2007. O SIRER foi criado no âmbito do Programa SIMPLEX, com o intuito de agregar toda a informação relativa aos resíduos produzidos no território nacional, bem como relativa às entidades que operam no sector dos resíduos. Como parte integrante do SIRER, entre outros, estão obrigados a registo de dados os produtores de resíduos perigosos, nos quais os resíduos hospitalares dos Grupos III e IV estão inseridos. Este Sistema permite o cruzamento dos dados inseridos pelas várias instituições, nomeadamente entre produtores de resíduos e os operadores dos respetivos resíduos. Anualmente, este Sistema emite Documento Definitivo da produção de resíduos por cada produtor, os quais terão que ser arquivados pelo menos por 5 anos.

6.

Normas Gerais de procedimento na Gestão dos Resíduos

1

Os resíduos devem ser retirados das salas e enfermarias, diariamente e após a maior produção.

Nas salas de trabalho e de tratamento os resíduos são retirados pelo menos duas vezes por dia e após a produção.

Os resíduos devem ser acondicionados em função do grau de perigosidade em contentores devidamente identificados e transportados para o armazém.

É expressamente proibido mexer nos resíduos após a deposição no respetivo contentor.

Os contentores de resíduos, principalmente os dos Grupos III e IV devem permanecer sempre fechados. Devem ser pesadas e registadas, todas as frações recolhidas pelos operadores licenciados e as entregues no ecoponto.

Deve ser usado equipamento de proteção individual (luvas e avental descartáveis) na recolha, acondicionamento e transporte de resíduos.

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O equipamento de proteção individual utilizado para a recolha de resíduos é resíduo contaminado e como tal deve ser colocado nos contentores de resíduos de risco biológico, Grupo III. Os contentores de resíduos devem ser sempre revestidos por saco plástico de cor regulamentar.

Os contentores de resíduos e o armazém devem ser lavados e desinfetados pelo menos uma vez por dia.

7.

Riscos para o ambiente da incorreta eliminação dos resíduos

 Contaminação do biota animal e vegetal;

 Toxicidade animal e vegetal;

 Riscos de segurança;

 Contaminação das águas, em especial das subterrâneas;

 Contaminação do solo e do ar;

 Emissão de gases e partículas que contribuem para o aquecimento global (efeito de estufa) e depleção da camada de ozono;

 Propagação de vetores de doença;

 Contaminação dos alimentos não protegidos;

 Cheiros e aspetos desagradáveis.

Ao adotar boas práticas ambientais no nosso dia-a-dia estamos a contribuir de uma forma ativa para diminuir o desgaste dos recursos naturais e consequentemente para a preservação dos ecossistemas e melhoria da qualidade de vida. Para além disso a nossa contribuição individual é fundamental para o desenvolvimento e gestão sustentável do nosso local de trabalho.

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8.

Enquadramento legal

A legislação abaixo mencionada é a mais relevante sobre os RH.

Despacho n.º 242/96 de 13 de Agosto da Ministra da Saúde

Estabelece e define as regras de Gestão de Resíduos Hospitalares.

Despacho n.º 9 / SEJ / 97, de 22 de Abril

Aprova o Regulamento de classificação e tratamento dos resíduos médico-legais.

DESPACHO N.º 8943/97, DO INSTITUTO DOS RESÍDUOS, de 9 de Outubro (II Série).

Identifica as guias a utilizar para o transporte de resíduos, em conformidade com o artigo 7º da Portaria n.º 335/97.

Portaria n.º 174/97 de 10 de Março

Regulamenta a Instalação e Funcionamento de Unidades de equipamento de Valorização ou Eliminação de Resíduos Hospitalares Perigosos.

Portaria n.º 178/97 de 11 de Março

Aprova o modelo de Mapa de Registo de Resíduos Hospitalares.- Revogado pela Portaria nº 335/97 de 16 de Maio.

Portaria n.º 335/97 de 16 de Maio

Regula o Transporte de Resíduos dentro do Território Nacional Guia de Acompanhamento de Resíduos. (Modelos A e B).

Decreto-lei n.º 77/97 de 5 de Abril

Regulamenta o Transporte de mercadorias Perigosas por estrada.- Revogado pela Portaria nº1196/97 de 24 de Novembro.

Portaria n.º 1196/97 de 24 de Novembro

Aprova o Regulamento Nacional do Transporte de Mercadorias Perigosas por Estrada. (RPE). – Revogado pelo Decreto-Lei nº170-A/2007 de 4 de Maio alterado pelo Decreto- Lei nº 63-A/2008 de 3 de Abril.

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Despacho conjunto nº761/99 de 31 de Agosto

Aprova o Plano Estratégico Sectorial dos Resíduos Hospitalares.

Portaria n.º 209/2004, de 3 de março, publicita a lista que abrange todos os resíduos, designada por

Lista Europeia de Resíduos (LER) e as operações de valorização e de eliminação de resíduos. A Lista Europeia de Resíduos (LER), publicada pela Decisão 2000/532/CE, é alterada pela Decisão 2014/955/EU

Decreto-Lei nº 230/2004, de 10 de dezembro,

Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE), transpondo para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2002/95/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de janeiro de 2003, e a Diretiva n.º 2002/96/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de janeiro de 2003, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 174/2005, de 25 de outubro.

Decreto-Lei nº 178/2006 de 5 de Setembro,

Estabelece o regime gera da gestão de resíduos, transpondo para a ordem jurídica interna a Diretiva nº2006/12/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho de 5 de Abril e a Diretiva nº 91/689/CEE, do Conselho de 12 de Dezembro.

Portaria n.º 1023/2006 de 21 de Setembro

Define os elementos que devem acompanhar o pedido de licenciamento das operações de armazenagem, triagem, tratamento, valorização e eliminação de resíduos.

Decreto-Lei n.º 170-A/2007, de 4 de Maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 63-A/2008, de 3 de Abril

Aprova o Regulamento Nacional do Transporte de Mercadorias Perigosas por Estrada (RPE)

Altera o Decreto-Lei n.º 170-A/2007, de 4 de Maio, e respetivos anexos, transpondo para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2006/89/CE, da Comissão, de 3 de Novembro, que adapta pela sexta vez ao progresso técnico a Diretiva n.º 94/55/CE, do Conselho, de 21 de Novembro, relativa ao transporte rodoviário de mercadorias perigosas.

Portaria nº 851/2009 de 7 de Agosto

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Portaria n.º 1127/2009 de 1 de Outubro

Aprova o Regulamento Relativo à Aplicação do Produto da Taxa de Gestão de Resíduos.- Revogado pela Portaria nº 278/2015 de 11 de Setembro.

Portaria nº 43/2011, de 20 de Janeiro

Aprova o Plano Estratégico dos Resíduos Hospitalares para o período 2011 a 2016.

Decreto-Lei n.º 73/2011 de 17 de Junho

Procede à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, transpõe a Diretiva n.º 2008/98/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Novembro, relativa aos resíduos, e procede à alteração de diversos regimes jurídicos na área dos resíduos.

Portaria n.º 187-A/2014 de 17 de Setembro

Aprova o Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU 2020), para Portugal Continental.

Portaria N.º 278/2015 de 11 de Setembro

Regula o montante da taxa de gestão de resíduos (TGR) a afetar aos municípios e estabelece as regras para a sua liquidação, pagamento e repercussão.

Portaria n.º 289/2015, de 17 de Setembro

Aprova o Regulamento de Funcionamento do Sistema Integrado de Registo Eletrónico de Resíduos (SIRER), que estabelece os procedimentos de inscrição e registo bem como o regime de acesso e de utilização da plataforma e revoga a Portaria n.º 1408/2006, de 18 de Dezembro. Revoga a Portaria nº1408/2006 de 18 de Dezembro.

Circular Informativa da DGS nº13/DA de 12 de Maio

Tabela de Correspondência entre os Grupos de Resíduos Hospitalares e os Códigos da Lista Europeia de Resíduos.

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9.

Conclusão

As boas práticas de gestão de resíduos num serviço de saúde constituem um benefício para a saúde e para o ambiente, uma vez que o seu tratamento inadequado leva a que além de se colocar em risco os vários subsistemas terrestres, poder afetar a saúde pública em geral e a saúde dos profissionais e utilizadores dos serviços em particular.

Um manual de boas práticas é uma das formas de sensibilização e formação dos profissionais envolvidos na produção e manipulação destes resíduos hospitalares, sendo essa informação importante para uma boa gestão destes resíduos, nomeadamente nas fases de produção, triagem e acondicionamento, e até na interiorização e concretização dos princípios fundamentais do Regime Geral de Gestão de Resíduos (Decreto-Lei n.º 178/2006 – Anexo I), tais como a redução de produção de resíduos na fonte e a correta gestão de stocks para a minimização a sua produção.

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Bibliografia

Cirúrgica Maringá , 2015. Agulhas. [Online]

Available at: http://www.cirurgicamaringa.com.br/agulha-hipodermica-desc-20x5-5-c-100-und.html

Estevão, M., 2015. Normas De Triagem , Contentorização e Armazenagem de resíduos

hospitalares, s.l.: s.n.

Fabião, E., 2011. Manual Gestão De Resíduos Hospitalares Para Unidades De Cuidados

Continuados Integrados. [Online]

Farias, P., 2015. Triagem de Resíduos Hospitalares,

Jauregui, R., Pinto, K. & Castillo, D., 2010. ELIONISCAN22'S BLOG. [Online] Available at: https://blogtropical.wordpress.com/author/elioniscan22/page/2/ mariangarai, 2015. Medicamentos. [Online]

Available at: http://pt.depositphotos.com/22550497/stock-photo-empty-containers-of-drugs.html

Patrícia, 2015. Guia de integração aos alunos de enfermagem,

Pinho, S. & Magalhães, F., 2013. Gestão de Resíduos Hospitalares REL_MIEA102_01. [Online] Available at: http://paginas.fe.up.pt/~projfeup/bestof/12_13/files/REL_MIEA102_01.PDF Policarpo, A., 2010. Manual De Boas Práticas Ambientais Para o Cidadão. [Online] Available at: http://www.mirapapel.com/images/pgs/manualcidadaosv2.pdf Ricardo, F., 2015. Folha de Ceres. [Online]

Available at: http://www.folhadeceres.com/noticias/descricao/1206-comunidade-troca-lixo-para-ser-reciclado-por--cupons-e-concorre-a-premios.html

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Glossário

Armazenagem – A deposição temporária e controlada, por prazo determinado, de resíduos

antes do seu tratamento, valorização ou eliminação. (Decreto- Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro).

Contentor - Depósito para lixo ou para resíduos sólidos (vidro, papel, etc.) (Dicionário de Língua

Portuguesa da Porto Editora).

Detentor – A pessoa singular ou coletiva que tenha resíduos, pelo menos, na sua simples

detenção, nos termos da legislação civil. (Decreto-Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro).

Eliminação – A operação que visa dar um destino final adequado aos resíduos, nos termos

previstos na legislação em vigor. (Decreto- Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro).

Embalagem – Todos e quaisquer produtos feitos de materiais de qualquer natureza, utilizados

para conter, proteger, movimentar, manusear, entregar e apresentar mercadorias, tanto matérias-primas como produtos transformados, desde o produtor ao utilizador ou consumidor, incluindo todos os artigos descartáveis utilizados para os mesmos fins. (Decreto- Lei nº 366-A/97, de 20 de Dezembro).

Fileira de resíduos - O tipo de material constituinte dos resíduos, nomeadamente fileira dos

vidros, fileira dos plásticos, fileira dos metais, fileira da matéria orgânica ou fileira do papel e cartão. (Decreto- Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro).

Fluxo específico de resíduos - A categoria de resíduos cuja proveniência é transversal às

várias origens ou sectores de atividade, sujeitos a uma gestão específica. (Decreto- Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro).

Gestão de Resíduos – As operações de recolha, transporte, armazenagem, tratamento,

valorização das respetivas instalações, bem como o planeamento dessas operações. (Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho).

Impacte Ambiental – Conjunto das alterações favoráveis e desfavoráveis produzidas em

parâmetros ambientais e sociais, num determinado período de tempo e numa determinada área (situação de referencia), resultantes da realização de um projeto, comparadas com a situação que ocorreria, nesse período de tempo e nessa área, se esse projeto não viesse a ter lugar. (Decreto-Lei n.º69/2000 de 3 de Maio).

Plano - O estudo integrado dos elementos que regulam as ações de intervenção no âmbito da

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competências e atribuições dos agentes envolvidos e os meios necessários à concretização das ações previstas. (Decreto- Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro).

Prevenção – Medidas destinadas a reduzir a quantidade e o carácter perigoso para o ambiente

ou a saúde dos resíduos e materiais ou substâncias nelas contidas. (Decreto- Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro).

Produtor – Qualquer pessoa, singular ou coletiva, agindo em nome próprio ou prestando serviço

a terceiro cuja atividade produza resíduos ou que efetue operações de pré-tratamento, de mistura ou outras que alterem a natureza ou a composição de resíduos. (Decreto- Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro).

Reciclagem – O reprocessamento de resíduos com vista à recuperação e/ou regeneração das

suas matérias constituintes em novos produtos a afetar ao fim original ou a fim destino. (Decreto- Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro).

Recolha – A operação de apanha, seletiva ou indiferenciada, de triagem e/ou mistura de

resíduos com vista ao seu transporte. (Decreto- Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro);

Resíduos - Quaisquer substâncias ou objetos de que o detentor se desfaz ou tem a intenção ou

a obrigação de se desfazer. (Decreto- Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro).

Resíduo perigoso - Resíduo que apresente, pelo menos, uma característica de perigosidade

para a saúde ou para o ambiente, nomeadamente os identificados como tal na Lista Europeia de Resíduos. (Decreto- Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro).

Risco – É o efeito combinado da probabilidade de ocorrência de um evento indesejável e a

consequência do evento.

Triagem - Ato de separação de resíduos mediante processos manuais ou mecânicos, sem

alteração das suas características, com vista à sua valorização ou a outras operações de gestão. (Decreto-Lei nº 178/2006 de 5 de Setembro).

Transporte – A operação de transferir os resíduos de um local para o outro. (Decreto-Lei nº

178/2006 de 5 de Setembro).

Tratamento – Processo manual, mecânico, físico, químico ou biológico que altere as

características de resíduos de forma a reduzir o seu volume ou perigosidade bem como a facilitar a sua movimentação, valorização ou eliminação após as operações de recolha. (Decreto- Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro).

Valorização - A operação de reaproveitamento de resíduos, prevista na legislação em vigor,

Referências

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