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Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União

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Controladoria-Geral da União

Ouvidoria-Geral da União

PARECER

Referência:

08850.002672/2014-64

Assunto:

Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Restrição de

acesso:

Sem restrição

Ementa:

Procedimento administrativo – Denúncia – Interesse social – Informação já

disponibilizada – Perda do objeto – Recomendações da CGU: Omissão

Órgão ou entidade

recorrido (a):

Departamento de Polícia Rodoviária Federal – DPRF

Recorrente:

J. M. S.

Senhor Ouvidor-Geral da União,

1.

O presente parecer trata de solicitação de acesso à informação supostamente pública, com base na Lei nº

12.527/2011, conforme resumo descritivo abaixo apresentado:

RELATÓRIO

Data

Teor

Pedido

19/08/2014

“Solicito cópia dos atos e processos resultantes (caso tenham sido tomados)da denúncia encaminhada através do documento de número 08658-*****/2011. Caso tenha havido mais algum ato protelatório solicito cópia do teor.”

Resposta Inicial

25/09/2014

Em atenção à sua solicitação encaminhamos cópia digital contendo o documento emitido pela área responsável, o qual contém a resposta à solicitação de informação demandada. Síntese do anexo: Informa que, para a disponibilização de cópia do processo nº 08658-*****/2011, que apura suposta irregularidade na liberação de veículo retido, fato apurado no PAD nº 08658.***.***/2009-91, é necessário o ressarcimento de despesas de fornecimento de cópias reprográficas, por meio de GRU, no valor de R$ 0,15 (quinze centavos) por cópia. Destaca a inviabilidade do envio de cópia reprográfica por meio de correio eletrônico devido à grande quantidade de páginas, e acrescenta que o processo citado está à disposição para vistas de qualquer cidadão interessado no andamento, na Sede da 6º Superintendência da Polícia Rodoviária Federal do Estado de São Paulo.

Recurso à

Autoridade

Superior

26/09/2014 “Primeiramente cabe a correção ao equivoco cometido em relação ao processo. A informação solicitada diz respeito aos atos tomados em decorrência do documento o8658-*****/2011 em que narro a aparente inércia da CR de SP em relação à liberação de um veículo feita pelo então PRF A. B., chefe da delegacia, a um amigo seu, segundo relato do mesmo no processo aberto em 2009.

Diante da aparente inércia da comissão cumpri com minha obrigação de exigir a apuração das supostas irregularidades que surgiram durante a apuração do processo. Ocorre que praticamente dois anos depois do conhecimento o senhor corregedor mantinha toda a situação em instrução preliminar, o que poderia levar a prescrição de alguns ilícitos que por ventura ocorressem.

Em relação ao uso de uma instrução normativa anterior à Lei limitando-a me parece um fundamento que não merece prosperar e que o próprio DPRF deve rever, solicito assim a

(2)

esta instância deferimento.”

Resposta do

Recurso à

Autoridade

Superior

--- Não consta resposta no e-SIC

Recurso à

Autoridade

Máxima

09/10/2014

“Primeiramente a correção a confusão feita pelo DPRF. O documento encaminhado com número de protocolo 08658-03746/2011 não deu origem ao processo 08658004068/2009-91, a denuncia encaminhada pelo documento 08658-03746/2011 é posterior ao fechamento daquele processo, somente baseando as denúncias no contido nele, como a confissão de um chefe de delegacia de que teria liberado um caminhão a pedido de um amigo da concessionária. Outrora, quando solicitado informação sobre a condução da denúncia, foi-nos informado pela corregedoria de São Paulo que teria sido instaurada a instrução preliminar nº 73/2011.

Apesar de encaminhada à corregedoria do órgão em fevereiro de 2011 até meados de 2013 a denúncia ainda encontrava-se em fase de IP o que poderia levar à prescrição de vários fatos denunciados. O aparente engavetamento somado a inércia dos membros da comissão diante das confissões só aguçam a necessidade de fiscalização daquela corregedoria.

Na tentativa de barrar o acesso à informação tentam cobrar custas da digitalização alegando quantidade de páginas, sem sequer citar a quantidade de páginas no processo, embora isso seja irrelevante diante da LAI. Tal fundamentação tem base em portaria anterior à LAI e que visa ressarcir custos com papel e toner, porém a cópia solicitada é digital, sem uso de material. Em processo semelhante já obtivemos ganho de causa na CGU que emitiu a nota técnica em anexo.”

Anexo: Cópia digitalizada do PARECER nº 322 de 14/02/2014, referente ao NUP 99902.000954/2013-49.

Resposta do

Recurso à

Autoridade

Máxima

--- Não consta resposta no e-SIC

Recurso à CGU

17/10/2014

Reitera integralmente os recursos anteriores, acrescentando:

“(...) Caso haja falta de pessoal no órgão me disponho a ir a alguma base descentralizada dos mesmos e digitalizar eu mesmo em um pen drive, basta encaminhar via malote para a cidade onde moro, Parnaíba/PI.”

Informações

Adicionais

21/10/2014 Conforme correspondência eletrônica enviada à CGU no dia 23/10/2014, foi enviada resposta do Ministério da Justiça ao e-mail do cidadão cadastrado no e-SIC, por meio da qual envia cópia digitalizada do Despacho do Ministro de Estado da Justiça proferido em atenção ao re-curso dirigido à segunda instância, cópia digitalizada do IP nº 073/2011 e do Formulário de solicitação de cópias assinado pelo cidadão e datado de 21/09/2010.

Transcrição do Despacho do Ministro de Estado da Justiça

“Considerando a Lei nº 12.527, de 2011, e o Decreto nº 7.724, de 2012, bem como as razões de fato e de direito apresentadas pelo recorrente e pelo órgão recorrido no processo e epí-grafe, dou provimento ao recurso em segunda instância interposto pelo cidadão J. M. S. em face da decisão do Departamento de Polícia Rodoviária Federal.

O requerente solicita cópia de atos resultantes do processo de denúncia nº 08658-03746/2011. Conforme manifestação do DPRF, houve equívoco no cálculo do esforço que se-ria despendido para se disponibilizar o acesso a tais informações. Assim, não havendo óbice para o atendimento do recurso, determino a entrega imediata ao cidadão de referidos docu-mentos.

Por oportuno, saliento que a Lei de Acesso á Informação – Lei nº 12.527, de 2011 – garante o direito de qualquer cidadão de acessar documentos e informações de que já dispõe o Po-der Público, não constituindo instrumento hábil para solicitar providências a órgãos públi-cos.

Dê-se ciência ao recorrente e ao órgão recorrido. JOSÉ EDUARDO CARDOZO

(3)

Ministro de Estado da Justiça”

É o relatório.

Análise

2.

Registre-se que o Recurso foi apresentado perante a CGU de forma tempestiva e recebido na esteira do

disposto no caput e §1º do art. 16 da Lei nº 12.527/2011, bem como em respeito ao prazo de 10 (dez) dias previsto no

art. 23 do Decreto nº 7724/2012, in verbis:

Lei nº 12.527/2011

Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se:

(...)

§ 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias.

Decreto nº 7724/2012

Art. 23. Desprovido o recurso de que trata o parágrafo único do art. 21 ou infrutífera a reclamação de que trata o art. 22, poderá o requerente apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à Controladoria-Geral da União, que deverá se manifestar no prazo de cinco dias, contado do recebimento do recurso.

3.

Quanto ao cumprimento do art. 21 do Decreto n.º 7.724/2012, observa-se a ocorrência de omissão nas

respostas aos recursos internos ao recorrido.

4.

Preliminarmente, verifica-se que a resposta oferecida pelo Departamento de Polícia Rodoviária Federal –

DPRF não foi satisfatória aos olhos do cidadão por fazer referência a procedimento administrativo diverso daquele

apontado no pedido inicial. Além disso, foi alegado que a imposição de ressarcimento dos custos foi aventada como

forma de restringir o acesso às informações.

5.

No recurso à CGU, o interessado, que é servidor efetivo do Departamento, reitera integralmente seu pedido e

se prontifica a apresentar-se com dispositivo de memória perante base descentralizada do DPRF para realizar a

digitalização e armazenamento do processo, caso haja falta de pessoal para realizar a tarefa.

6.

Registre-se que o Ministério da Justiça, órgão superior ao DPRF, expediu resposta ao cidadão, no dia 21 de

outubro de 2013, por meio de correspondência eletrônica cuja cópia foi enviada a esta Controladoria, no dia 23 de

outubro de 2014, retificando a resposta inicial do Departamento e remetendo cópia digitalizada do Despacho do

Ministro de Estado da Justiça, no qual defere o recurso dirigido à segunda instância, cópia do IP nº 073/2011 e do

Formulário de solicitação de cópias assinado pelo cidadão e datado de 21/09/2010.

7.

Desse modo, resta prejudicado o recurso em decorrência da perda de seu objeto, razão pela qual deva o feito

ser extinto, fulcro no art. 52 da Lei 9.784/1999.

(4)

Conclusão

8.

De todo o exposto, opina-se pela perda do objeto do recurso, uma vez que as informações requeridas foram

disponibilizadas pelo órgão superior ao recorrido no curso da instrução do processo nesta Controladoria.

9.

Por fim, observamos que o recorrido descumpriu procedimentos básicos da Lei de Acesso à Informação. Nesse

sentido, recomenda-se orientar a autoridade de monitoramento competente que reavalie os fluxos internos para

assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso à informação, de forma eficiente e adequada aos objetivos

legais, em especial:

a)

Cumprir os prazos definidos nos artigos 15 e 21 do Decreto nº 7.724/2012 para o envio de resposta aos

pedidos de acesso e de manifestações acerca dos recursos;

b)

Informar em suas respostas ao cidadão a autoridade que tomou a decisão, a possibilidade de recurso, o

prazo para propor o recurso e a autoridade competente para apreciar o recurso;

c)

Não se omitir nas respostas aos recursos apresentados adequadamente.

ISABELLA BRITO

(5)

D E C I S Ã O

No exercício das atribuições a mim conferidas pela Portaria n. 1.567 da Controladoria-Geral da União, de 22 de agosto de 2013, adoto, como fundamento deste ato, o parecer acima, para decidir pela perda do objeto do recurso interposto, nos termos do art. 23 do referido Decreto, no âmbito do pedido de informação nº 08850.002672/2014-64, direcionado ao Departamento de Polícia Rodoviária Federal – DPRF.

JOSÉ EDUARDO ROMÃO

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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Controladoria-Geral da União

Folha de Assinaturas

Referência: PROCESSO nº 08850.002672/2014-64

Documento: PARECER nº 4198 de 24/10/2014

Assunto: Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Ouvidor

Assinado Digitalmente em 24/10/2014 JOSE EDUARDO ELIAS ROMAO

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