• Nenhum resultado encontrado

Proposta de Orçamento do Estado Proposta de Reforma em sede de IRC. Novembro de 2013

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Proposta de Orçamento do Estado Proposta de Reforma em sede de IRC. Novembro de 2013"

Copied!
19
0
0

Texto

(1)

Proposta de

Orçamento do Estado 2014

e

Proposta de

Reforma em sede de IRC

(2)

ORÇAMENTO ESTADO 2013

Proposta de Lei

3

ÍNDICE

Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas Singulares – IRS 4 Segurança Social 6 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas – IRC 7 Imposto sobre o Valor Acrescentado – IVA 15 Impostos Especiais sobre o Consumo – IEC 16 Imposto Municipal sobre Imóveis – IMI 17 Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas – IMT 17 Imposto do Selo 17 Justiça Tributária 18

(3)

4

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS

PESSOAS SINGULARES – IRS

Agregado familiar

Nos casos de divórcio, separação judicial de pessoas e bens, declaração de nulidade ou anulação do casamento, quando as responsabilidades parentais são exercidas em comum por ambos os progenitores, os dependentes menores não emancipados são considerados como integrando:

a) O agregado do progenitor a que corresponder a residência determinada no âmbito da regulação do exercício das responsabilidades parentais; b) O agregado do progenitor com o qual o dependente tenha identidade de domicílio fiscal no último dia do ano a que o imposto respeite, quando, no âmbito da regulação do exercício das responsabilidades parentais, não tiver sido determinada a sua residência, ou não seja possível apurar a sua residência habitual.

No entanto, as deduções à colecta continuam a ser efectuadas nos mesmos termos (50% por cada um dos pais).

Trabalho dependente

As importâncias suportadas pelas entidades patronais com seguros de saúde ou doença em benefício dos seus trabalhadores ou respectivos familiares, desde que a atribuição dos mesmos tenha carácter geral, deixam de ser consideradas rendimento tributável.

Trabalho independente Regime simplificado

O limite máximo para aplicação do regime simplificado no exercício da actividade independente aumenta para o montante anual ilíquido de rendimentos desta categoria de € 200.000.

O apuramento do rendimento tributável passa a ser feito de acordo com as seguintes percentagens:

a) 4% das vendas de mercadorias e produtos e serviços em actividades hoteleiras e similares, restauração e bebidas;

b) 75% dos rendimentos das actividades constantes na tabela de profissões liberais; c) 95% dos rendimentos de contractos referentes a cessão ou utilização temporária da

propriedade intelectual ou industrial ou prestação de informações respeitantes a uma experiência adquirida no sector industrial, comercial ou científico, dos rendimentos de capitais imputáveis a actividades geradoras de rendimentos empresariais e profissionais, do resultado positivo de rendimentos prediais, do saldo positivo das mais e menos-valias e dos restantes incrementos patrimoniais;

d) 10% dos subsídios destinados à exploração e restantes rendimentos da categoria B, excepto os subsídios não destinados à exploração.

Contabilidade organizada

Mantém-se a taxa de tributação autónoma de 10% sobre encargos com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, com custo de aquisição inferior a € 20.000 (sem limitação de valor anteriormente). Mas os encargos dedutíveis relativos a viaturas com valores de aquisição igual ou superior a € 20.000, passa a aplicar-se a taxa de 20%.

Rendimentos de capitais e Mais-valias Os rendimentos derivados da liquidação de sociedades e partilha passam a qualificar-se como mais-valias. Até 2013, estes rendimentos poderiam qualificar-se como mais-valias ou rendimentos de aplicação de capitais.

A definição de mais-valia passa a integrar explicitamente os ganhos resultantes da extinção ou entrega de partes sociais das sociedades fundidas, cindidas ou adquiridas no âmbito de operações de fusão, cisão ou permuta de partes sociais.

Taxas Gerais

Mantêm-se os valores de 2013:

Escalões (€) Taxa (%) Parcela a abater (€) Até 7.000 14,5 0 De mais de 7.000 até 20.000 28,5 980 De mais de 20.000 até 40.000 37 2.680 De mais de 40.000 até 80.000 45 5.880 Superior a 80.000 48 8.280

(4)

5

Taxa de solidariedade e sobretaxa

Mantêm-se aplicáveis estas taxas adicionais de IRS:

i) Ao rendimento colectável superior a € 80.000 é aplicada a taxa adicional de 2,5 % ou 5% (solidariedade).

ii) Sobre o rendimento colectável que resulte do englobamento, acrescido dos rendimentos sujeitos às taxas especiais (residentes não habituais; acréscimos patrimoniais não justificados e pagamentos de off-shores) que exceda, por sujeito passivo, o valor anual da retribuição mínima mensal garantida (€ 6.790), incide a sobretaxa de 3,5 %. Deduções à colecta

Mantêm-se os valores para 2013.

A soma das deduções não pode exceder os seguintes limites:

Escalão de rendimento colectável

Limite

Até 7 000 Sem limite

De mais de 7 000 até 20 000 1 250 De mais de 20 000 até 40 000 1 000 De mais de 40 000 até 80 000 500

Superior a 80 000 0

Os limites previstos para os 2.º, 3.º e 4.º escalões de rendimentos da tabela são majorados em 10 % por cada dependente.

Dedução pessoal

À colecta são deduzidos:

i) €213,75, por cada sujeito passivo;

ii) €332,50, por sujeito passivo, nas famílias monoparentais;

iii) €213,75, por cada dependente e €237,50 nos agregados com três ou mais dependentes a cargo.

Encargos com imóveis (15%)

i) Juros de dívidas, por contractos celebrados até 31 de Dezembro de 2011, com imóveis para habitação própria e permanente ou

arrendamento para habitação permanente do arrendatário, até € 296;

ii) Rendas por contrato de locação financeira celebrado até 31 de Dezembro de 2011 relativo a imóveis para habitação própria e permanente, na parte que não constituam amortização de capital, até €296;

iii) Renda para habitação permanente, referentes a contratos do RAU ou do NRAU, até ao limite de €502.

Estes limites são aumentados para:

a) €444 para os sujeitos passivos com rendimento colectável até ao limite do 1.º escalão e € 753, no caso de rendas do RAU/NRAU;

b) €355,20 para os sujeitos passivos com rendimento colectável até ao limite do 2.º escalão e €602,40, no caso de rendas do RAU/NRAU;

Dedução com Benefícios fiscais

A soma das deduções com os BF não pode exceder os seguintes limites:

Escalão de rendimento colectável Limite

Até 7 000 Sem limite

De mais de 7 000 até 20 000 100

De mais de 20 000 até 40 000 80

De mais de 40 000 até 80 000 60

Superior a 80 000 0

Rendimentos de deficientes

Os rendimentos brutos de cada uma das categorias A, B e H auferidos por sujeitos passivos com deficiência são considerados apenas por 90%. No entanto, a parte do rendimento excluída de tributação não pode exceder, por categoria de rendimentos, €2.500.

(5)

6

SEGURANÇA SOCIAL

IAS

O regime de actualização anual do IAS mantém-se inalterado no valor de €419,22.

Trabalhadores dependentes Obrigações declarativas

A admissão dos trabalhadores tem de ser obrigatoriamente comunicada à segurança social via Internet, com excepção dos trabalhadores do serviço doméstico, em que pode ser efectuada por qualquer meio escrito.

O não envio da declaração de remunerações por internet implica a sua consideração como não entregue.

Conceito de regularidade

Considera-se que uma prestação reveste carácter de regularidade quando constitui direito do trabalhador, por se encontrar pré-estabelecida segundo critérios objectivos e gerais, ainda que condicionais, por forma a que este possa contar com o seu recebimento, (era independentemente da frequência da concessão) e a sua concessão tenha lugar com uma frequência igual ou inferior a cinco anos.

Órgãos estatutários

A base de incidência contributiva dos membros dos órgãos estatutários passa a corresponder ao valor das remunerações efectivamente auferidas em cada uma das pessoas coletivas em que exerçam actividade, com o limite mínimo igual ao valor do IAS.

O limite mínimo fixado não se aplica nos casos de acumulação da actividade de membro de órgão estatutário com outra actividade remunerada já sujeita a protecção social, ou com a situação de pensionista.

Dirigentes sindicais

São abrangidos pelo regime geral os dirigentes e os delegados sindicais na situação de faltas justificadas e na situação de suspensão do contrato de trabalho para o exercício de funções sindicais, nos termos da legislação laboral. Para efeitos de segurança social, os sindicatos são considerados entidades empregadoras dos

dirigentes e delegados sindicais na situação de faltas justificadas e na situação de suspensão do contrato de trabalho para o exercício de funções sindicais.

Constitui base de incidência contributiva a compensação paga pelo sindicato aos dirigentes e delegados sindicais pelo exercício das correspondentes funções sindicais.

Trabalhadores independentes Entidade contratante

A qualidade de entidade contratante é apurada apenas para os trabalhadores independentes que se encontrem sujeitos ao cumprimento da obrigação de contribuir e tenham um rendimento anual obtido com prestação de serviços igual ou superior a seis vezes o valor do IAS (€2.512,32). Caixa Postal Electrónica

As entidades empregadoras são obrigadas a ter uma caixa postal electrónica. O seu regime será regulamentado por lei própria.

CES - Contribuição extraordinária de solidariedade

Mantém-se para o ano de 2014 a aplicação da CES sobre as pensões pagas a um único titular. Da sua aplicação não pode resultar uma pensão de valor mensal bruto inferior a €1.350.

Transmissão de dados entre a Autoridade Tributária e Aduaneira e a Segurança Social

A segurança social envia à AT por via electrónica, até ao final do mês de Fevereiro, os valores de todas as prestações sociais pagas, incluindo pensões, bolsas de estudo e de formação, subsídios de renda de casa e outros apoios públicos à habitação, por beneficiário, relativas ao ano anterior, quando os dados sejam detidos pelo sistema de informação da segurança social. A AT envia à segurança social os valores dos rendimentos apresentados nos anexos A, B, C, D e J à declaração de rendimentos do IRS, relativos ao ano anterior, por contribuinte abrangido pelo regime contributivo da segurança social.

(6)

7

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS

PESSOAS COLECTIVAS – IRC

Transparência Fiscal

O regime da transparência fiscal passa a ser extensível às sociedades cujos rendimentos provenham em mais de 75% do exercício conjunto ou isolado de actividades profissionais especificamente previstas na lista do artigo 151.º do Código do IRS, desde que cumulativamente, em qualquer dia do período de tributação, o número de sócios não seja superior a 5, nenhum deles seja pessoa colectiva de direito público, e pelo menos 75% do capital social seja detido por profissionais que exercem as referidas actividades, total ou parcialmente, através da sociedade. Isenções – Lucros e Reservas colocados à disposição de entidade não residente

• Redução da participação mínima exigida de 10% para 5% do capital social ou dos direitos de voto.

• Passam a estar isentos os lucros e reservas colocados à disposição de uma entidade residente num Estado-Membro que tenha celebrado uma Convenção bilateral de Dupla Tributação que preveja cooperação administrativa no domínio da fiscalidade equivalente à estabelecida no âmbito da União Europeia, e desde que a beneficiária esteja sujeita no Estado da sua residência a uma tributação a uma taxa legal não inferior a 60% do IRC. Periodização do lucro tributável

• Não concorrem para a formação do lucro tributável, no caso de empreendimentos conjuntos que sejam sujeitos passivos de IRC, os rendimentos ou gastos e outras variações patrimoniais decorrentes da aplicação do método de consolidação proporcional.

• Apenas concorrem para a formação do lucro tributável os ajustamentos decorrentes da aplicação do justo valor em instrumentos de capital próprio, com preço formado em mercado regulamentado, se a participação no capital for inferior a 5%.

Contratos de construção

• Quando, nos termos da normalização contabilística, o desfecho de um contrato de construção não possa ser estimado de forma fiável, passa a considerar-se o método do lucro nulo, i.é, considera-se que o rédito do contrato corresponde aos gastos totais do mesmo.

Subsídios

Propõe-se as seguintes regras de inclusão dos subsídios no lucro tributável:

• Activos intangíveis sem vida útil definida – 20 anos, independentemente do recebimento;

• Propriedades de investimento e activos biológicos não consumíveis, majorados ao justo valor – durante o período máximo de vida útil, independentemente do recebimento.

Gastos e Perdas

• A dedutibilidade fiscal dos gastos e perdas deixa de estar condicionada à regra da indispensabilidade, passando a estar prevista a regra da dedutibilidade dos gastos e perdas incorridos ou suportados para obter ou garantir os rendimentos sujeitos a IRC.

• Passa a estar expressamente prevista como condição de dedutibilidade a comprovação documental dos gastos; Este documento comprovativo, na aquisição de bens e serviços, terá que conter os seguintes elementos: (i) Nome ou denominação Social; (ii) NIF do prestador do serviço ou fornecedor dos bens, bem como do respectivo adquirente; (iii) quantidade e denominação usual dos bens adquiridos ou dos serviços prestados; (iv) valor da contraprestação, designadamente o preço; (v) data em que os bens foram adquiridos ou os serviços foram realizados.

Sempre que o fornecedor dos bens ou prestador de serviços esteja obrigado à emissão de factura, o documento comprovativo das aquisições de bens e serviços deverá obrigatoriamente assumir esta forma.

(7)

8

Encargos não dedutíveis

Para além dos encargos não dedutíveis já previstos, é proposta a inclusão dos seguintes: i. Tributações autónomas;

ii. A dedução dos juros e outras formas de remuneração de suprimentos considerados excessivos deixa de ter por referência a taxa Euribor a 12 meses na data da operação, passando a ter por referência apenas a taxa a definir por Portaria; Passou a estar expressamente previsto no CIRC que esta norma não se aplica quando for aplicável a norma sobre preços de transferência;

iii. Encargos cujo documento de suporte não cumpra com os requisitos legais;

iv. Juros de mora;

v. Impostos, taxas e outros tributos que incidam sobre terceiros que o sujeito passivo não esteja legalmente obrigado a suportar;

vi. Menos-valias e outras perdas relativas a instrumentos de capital próprio, na parte que correspondam a mais-valias e a lucros que tenham, no próprio exercício ou nos últimos quatro anos, beneficiado do regime de participation exemption ou do crédito por dupla tributação económica internacional.

Depreciações e Amortizações

• Prevê-se o alargamento das amortizações e depreciações fiscalmente dedutíveis.

• O prazo para se requerer autorização para utilização de outro método para além do método da linha reta e das quotas decrescentes, foi estendido até ao termo do período de tributação em que os métodos são utilizados.

• As taxas de depreciações de componentes, de grandes reparações e beneficiações ou de benfeitorias, são calculados com base no período de vida útil esperada.

• Para efeitos de determinação do valor depreciável ou amortizável não são consideradas (i) as despesas de desmantelamento e (ii) deduz-se o valor residual.

Perdas por imparidade de Créditos

• Os juros pelo atraso no cumprimento de obrigação passam a ser incluídos no valor das perdas por imparidade dedutíveis para

efeitos fiscais, relativamente aos créditos resultantes da actividade normal do sujeito passivo.

• Passa a considerar-se que os créditos de cobrança duvidosa se considerem devidamente justificados no caso em que o devedor esteja abrangido pelo SIREVE. • Não se consideram créditos de cobrança

duvidosa os (i) sobre pessoas singulares ou colectivas que detenham directa ou indirectamente mais de 10% do capital; (ii) sobre participadas detidas, directa ou indirectamente, em mais de 10% do capital. Créditos incobráveis

É proposta a revogação da norma que estabelecia que a dedutibilidade dos créditos incobráveis dependia da existência de prova da comunicação ao devedor do reconhecimento do gasto para efeitos fiscais.

Mais-valias e menos-valias

• Passam a integrar o conceito de transmissões onerosas, entre outros, (i) a remição e amortização de participações sociais com redução de capital; e (ii) a anulação de partes de capital por redução de capital social destinada à cobertura de prejuízos quando o sócio de uma sociedade, em consequência da respectiva anulação, deixe de nela deter qualquer participação. • Estabelece-se expressamente o critério FIFO

na transmissão de partes de capital da mesma natureza e que confiram idênticos direitos.

• O sujeito passivo pode optar pela aplicação do custo médio ponderado na determinação do custo de aquisição da partes de capital, caso em que (i) não é aplicável a correcção monetária; (ii) a opção deve ser aplicada a todas as partes de capital da mesma carteira e ser mantida por um período mínimo de três anos.

• É proposta a revogação do regime de reinvestimento em partes de capital;

• É proposto o alargamento do regime de reinvestimento aos activos intangíveis, mas deixa de ser aplicável às propriedades de investimento.

Realizações de utilidade social

Passam a estar abrangidos pelo regime aplicado aos seguros de saúde ou doença dos

(8)

9

trabalhadores, os mesmos seguros de saúde e de doença contratados para os familiares desses trabalhadores.

Participation Exemption – Dividendos, mais-valias e menos-mais-valias

É proposta a adopção do regime de Participation Exemption.

Nos termos deste regime, os lucros e reservas distribuídos, bem como as mais e menos-valias realizadas por sujeitos passivos de IRC, com sede ou direcção efectiva em Portugal, não concorram para a determinação do lucro tributável, desde que se verifique, cumulativamente, as seguintes condições:

i. O sujeito passivo detenha uma participação não inferior a 5% do capital social ou dos direitos de voto da entidade que distribui os lucros ou cuja transmissão onerosa do capital dê lugar a uma mais-valia, por um período mínimo e ininterrupto de 12 meses (ou, no caso dos dividendos, sendo detida há menos tempo, seja mantida durante o tempo necessário para completar aquele período);

ii. O sujeito passivo não seja abrangido pelo regime da transparência fiscal;

iii. A entidade que distribui os lucros ou cujo capital é objecto de transmissão, esteja sujeita e não isenta de IRC, a uma taxa legal mínima de pelo menos 60% da taxa do IRC; Não cumprindo esta condição, terá que cumulativamente preencher as seguintes condições:

a) Os respectivos lucros ou rendimentos provenham em, pelo menos, 75% do exercício de uma actividade agrícola ou industrial no território onde estão estabelecidos ou do exercício de uma actividade comercial ou de prestação de serviços que não esteja dirigida predominantemente ao mercado do território em que se situa;

b) A actividade principal da entidade não residente não consista na realização das seguintes operações:

1) Operações próprias da actividade bancária, mesmo que não exercida por instituições de crédito;

2) Operações relativas à actividade seguradora, quando os respectivos rendimentos resultem predominantemente

de seguros relativos a bens situados fora do território de residência da entidade ou organismo ou de seguros respeitantes a pessoas que não residam nesse território; 3) Operações passivas, designadamente as relativas a detenção de partes de capital inferiores a 5% do capital social ou dos direitos de voto, ou outros valores mobiliários, a direitos da propriedade intelectual ou industrial, à prestação de informações respeitantes a uma experiência adquirida no sector industrial, comercial ou científico ou à prestação de assistência técnica;

4) Locação de bens, excepto de bens imóveis situados no território de residência. iv. A entidade que distribui lucros ou cuja participação é objecto de transmissão onerosa, não poderá ter residência ou domicílio em “paraíso fiscal”.

Este regime não é aplicável às mais e menos valias realizadas com a transmissão de partes sociais quando o valor dos imóveis detidos pela participada representa mais de 50% do respectivo activo, salvo os imóveis afectos a uma actividade agrícola, industrial ou comercial que não seja a de locação ou compra e venda de imóveis).

Eliminação da Dupla Tributação Económica Internacional - Crédito de Imposto

É proposto um crédito de imposto por dupla tributação económica internacional, aplicável por opção do sujeito passivo que receba lucros ou reservas aos quais não seja aplicável o regime de

participation exemption, desde que aquele detenha ou venha a deter, por um período de 12 meses, uma participação não inferior a 5% (anteriormente 10%).

Sendo feita a opção pelo crédito de imposto, o método de crédito imposto é o da imputação ordinária.

O crédito de imposto por dupla tributação internacional não é aplicável quando os rendimentos sejam, directa ou indirectamente, distribuídos por entidades residentes em paraísos fiscais.

Prejuízos Fiscais

O prazo de reporte de prejuízos fiscais é alargado de 5 para 12 períodos de tributação, relativamente aos prejuízos gerados a partir de 01 de Janeiro de 2014.

(9)

10

O reporte de prejuízos passa a ser limitado a 70% do respectivo lucro tributável, por oposição aos actuais 75%;

Deixa de implicar a perda do direito de reporte de prejuízos os actos de modificação do objecto social ou alteração substancial de actividade. Mantém-se a regra de perda do direito ao reporte de prejuízos nos casos de alteração de, pelo menos, 50% do capital social ou da maioria dos direitos de votos. Esta perda não se aplica nas seguintes situações:

a. Alterações das quais signifique a passagem da titularidade do capital social ou dos direitos de voto de directa para indirecta ou de indirecta para directa;

b. Decorrentes de operações efectuadas ao abrigo do regime especial de neutralidade fiscal;

c. Decorrentes de sucessões por morte;

d. Quando o adquirente detenha ininterruptamente, directa ou indirectamente, mais de 20% do capital social ou da maioria dos votos da sociedade desde o início do período de tributação a que respeitam os prejuízos;

e. Quando o adquirente seja trabalhador ou membro de órgãos sociais da sociedade, pelo menos desde o início do período de tributação a que respeitam os prejuízos.

Lucros e Prejuízos Fiscais de EE situado fora de território português

É estabelecido um regime opcional de não concorrência, para a determinação do lucro tributável do sujeito passivo, dos lucros e dos prejuízos fiscais imputáveis a estabelecimento estável situado fora do território português

Esta opção deve abranger todos os EE situados na mesma jurisdição e deve ser mantida por um período obrigatório de 3 anos a contar da data em que se inicie a sua aplicação.

A aplicação deste regime tem como condição que o EE não esteja situado em paraíso fiscal, nem esteja isento de imposto similar ao IRC e previsto na Directiva Mães e Filhas ou sujeito a uma taxa de imposto inferior a 60% da taxa nominal de IRC.

Entidades Não residentes – Lucro Tributável de EE

São aceites como gastos os encargos gerais de administração que seriam normalmente contratados, aceites e praticados entre entidades independentes, deixando de ser aplicado o critério de razoabilidade aceites pela Autoridade Tributária. Normas CFC – Controlled Foreign Company

• Propõe-se uma alteração nas regras de determinação dos regimes fiscais privilegiados, eliminando-se a referência ao imposto efectivamente pago correspondesse a um valor igual ou menor que 60% do imposto que seria devido em território português, substituindo-se por um critério com base na taxa de imposto, que deverá ser inferior a 60% da taxa geral de IRC legalmente prevista (No caso 60% x 23% = 13,8%).

• Deixa de se qualificar para o âmbito de aplicação das normas CFC as entidades não residentes sujeitas a um regime fiscal privilegiado cuja actividade principal não consista na realização de operações relativas a partes representativas de menos de 5% do capital social ou direitos de voto.

Redução de Capital Social

A proposta vem esclarecer que apenas há rendimento tributável quando o montante entregue aos sócios em resultado da redução do capital, exceda o valor de aquisição das respectivas partes de capital.

Regime de neutralidade Fiscal

São incluídas, de forma expressa, as seguintes operações:

i. Fusões e cisões entre sociedades detidas a 100% pelo mesmo sócio, ainda que não exista qualquer troca de participações; ii. Fusões inversas.

Propõe-se que os prejuízos fiscais das sociedades fundidas ao abrigo deste regime de neutralidade fiscal possam ser transmitidos para a sociedade beneficiária, dentro de certas condições.

Propõe-se que os benefícios fiscais e saldos apurados no âmbito da limitação da dedutibilidade dos gastos de financiamento líquidos possam ser transmitidos para a sociedade beneficiária, dentro de certas condições. Esta possibilidade de transmissão pode ser extensível a operações de cisão e

(10)

11

entrada de activos mediante autorização de membro do Governo responsável pelas Finanças. A proposta vem esclarecer que as mais ou menos valias resultantes da anulação de partes sociais da sociedade fundida na sociedade beneficiária não concorrem para a formação do lucro tributável.

Fusões, cisões, entrada de activos ou permutas de parte da capital quando não abrangidas pelo regime de neutralidade fiscal

Nas operações de fusão, cisão, entrada de activos ou permuta de acções em que não é aplicável o regime da neutralidade fiscal, o facto tributário sujeito verifica-se ao nível da sociedade “transmitente”, sendo que à mais-valia gerada não é aplicável o regime do reinvestimento.

Liquidação de sociedades

O resultado positivo da partilha resultante de liquidações de sociedades passa a ser qualificado como mais-valia.

A mais-valia é tributável, excepto se abrangida pelo regime de participation exemption, enquanto que no caso de menos-valias elas serão integralmente dedutíveis pelo montante que exceder a soma de prejuízos fiscais deduzidos no âmbito da aplicação do RETGS e dos lucros e reservas distribuídos pela sociedade tenham beneficiado do regime de participation exemption. Passam a integrar o valor de aquisição das participações sociais outros instrumentos de capital próprio.

Redomiciliação de Sociedades - Exit Tax

A transferência da residência de uma sociedade com sede ou direcção efectiva em território nacional para fora deste território é sujeita a exit tax, embora o pagamento de imposto seja diferido, caso a transferência seja feita para um Estado Membro da EU ou da EEE, mediante certas condições.

Passa a prever-se também a aplicação deste regime no caso de transferência dos elementos patrimoniais afectos a estabelecimento estável em Portugal de entidades não residentes.

Pagamentos Por Conta

O PEC passa a ser dedutível para efeitos de apuramento do pagamento por conta devido. Os sujeitos passivos ficam dispensados de efectuar pagamentos por conta quando o imposto do período de tributação de referência for inferior a €200,00.

Pagamentos Especiais Por Conta (PEC) O PEC passa a ser dedutível à colecta até ao décimo segundo período de tributação.

O valor do pagamento por conta deixa de ser dedutível para efeitos de cálculo do PEC.

O valor mínimo de PEC passa a ser de €1.750,00, devendo ser pago em duas prestações, até 31 de Julho e 15 de Dezembro do ano a que respeita. Ficam dispensados da obrigação de efectuar o PEC os sujeitos passivos que optem pela tributação pelo regime simplificado.

As alterações propostas apenas serão aplicáveis aos PEC referentes aos períodos de tributação que se iniciem em ou após 01 de Janeiro de 2014. Obrigações Acessórias

• Passa a ser admitida a utilização de certificados de residência no formato do Estado de Residência do beneficiário relativamente às seguintes situações: a. Para aplicação de ADT;

b. Para aplicação do regime de Participation Exemption;

c. Para aplicação da Directiva UE sobre

Juros e Royalties.

• É alargado para 12 anos a obrigação de manutenção de arquivo da documentação fiscalmente relevante.

Limitação à dedutibilidade de encargos financeiros – Subcapitalização

Diminuição do valor absoluto para efeitos de limitação à dedutibilidade dos gastos financeiros de €3.000.000,00 para €1.000.000,00.

O reporte de gastos de financiamento deixa de poder ser utilizado conjuntamente com os gastos de financiamento desse período, passando apenas a ser deduzido após a consideração dos gastos de financiamento líquidos desse mesmo período. Aplicação do critério FIFO para identificação dos gastos de financiamento líquidos não dedutíveis na parte não utilizada do limite que deva acrescer

(11)

12

ao montante máximo dedutível nos períodos seguintes.

No caso de sociedades no perímetro do RETGS, a sociedade dominante pode optar pela aplicação do limite de gastos de financiamento líquidos do grupo, sendo neste caso calculados com base no EBITDA consolidado relativo a todas as sociedades do Grupo.

A possibilidade de reporte dos gastos líquidos de financiamento e o reporte da parte não utilizada do limite máximo deixa de ser aplicável quando se verificar, à data do termo do período de tributação, que se verificou a alteração da titularidade de mais de 50% do capital social ou da maioria dos direitos de voto, salvo em algumas situações identificadas no n.º 9 do artigo 52.º do CIRC ou obtida autorização do membro do Governo responsável pela área das Finanças em caso de reconhecido interesse económico.

Taxas

A taxa de IRC é reduzida para 23%.

Propõe-se ainda que a taxa de IRC seja progressivamente reduzida pretendendo-se que a mesma se fixe em 21%, em 2015, com o objectivo de a fixar num intervalo entre 17% e 19% em 2016, de acordo com avaliação posterior e evolução da situação económica e financeira do país.

Derrama Municipal e Estadual

Define-se no preâmbulo da proposta de lei que a derrama municipal e a derrama estadual seja eliminada a partir de 2018.

Tributação Autónoma

Os encargos com viaturas ligeiras de passageiros, motos ou motociclos, excluindo veículos elétricos, passam a estar sujeitos a tributação autónoma de acordo com as seguintes taxas:

i. 15% se o custo de aquisição for inferior a €20.000,00;

ii. 27,5% se o custo de aquisição for igual ou superior a €20.000,00, mas inferior a €35.000,00;

iii. 35%, se o custo de aquisição for superior a €35.000,00.

Estas taxas são elevadas em 10 pontos percentuais em caso de entidades que apresentem prejuízos fiscais.

Regime Simplificado

É proposta a reintrodução de um regime simplificado de determinação da matéria colectável de sujeitos passivos, não isentos nem sujeitos a um regime especial de tributação, que exerçam a título principal uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola e que preencham cumulativamente as seguintes condições:

a. Tenham obtido, no período de tributação imediatamente anterior, um montante anual ilíquido de rendimento não superior a €200.000,00;

b. O total do seu balanço, relativo ao período de tributação imediatamente anterior, não exceda €500.000,00;

c. Não estejam legalmente obrigados à revisão legal de contas;

d. O capital social não seja detido em mais de 20%, directa ou indirectamente, por entidades não preencham nenhuma das condições previstas nas alíneas anteriores, excepto quando sejam sociedades de capital de risco ou investidores de capital de risco;

e. Adoptem o regime de normalização contabilística para as microentidades, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 36-A/2001, de 09 de Março;

f. Não tenham renunciado a aplicação do regime nos três anos anteriores, com referência à data em que se inicia a aplicação do regime.

A matéria colectável relevante para efeitos de aplicação do regime simplificado obtém-se através da aplicação dos seguintes coeficientes:

a. 0,04 das vendas de mercadorias e produtos, bem como das prestações de serviços efectuadas no âmbito das actividades hoteleiras e similares, restauração e bebidas; b. 0,75 dos rendimentos das actividades

profissionais constantes da tabela a que se refere o artigo 151.º do CIRS;

c. 0,10 dos restantes rendimentos de prestações de serviços e subsídios destinados à exploração;

d. 0,95 dos rendimentos provenientes de contratos que tenham por objecto a cessão ou utilização temporária da propriedade intelectual ou industrial ou a prestação de informações respeitantes a uma experiência adquirida ni sector industrial, comercial ou científico, dos outros rendimentos de capitais, do resultado positivo de rendimentos prediais, do saldo positivo da mais e menos-valias e dos restantes incrementos patrimoniais;

(12)

13

e. 1,00 do valor de incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito determinado nos termos do n.º 2 do artigo 21.º do CIRC. Os sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado de determinação da matéria colectável ficam dispensados de:

i. Tributações autónomas relativamente a encargos com despesas de representação e com ajudas de custo e compensação pela deslocação em viatura própria ao serviço da empresa, lucros distribuídos por entidade isenta, bónus e indemnizações pagas a órgãos directivos.

ii. Obrigação de efectuar Pagamentos Especiais por Conta.

RETGS

Foram propostas as seguintes alterações ao regime de tributação de grupos de sociedades:

i. Diminuição da percentagem de detenção mínima para integração de uma sociedade no perímetro do grupo de 90% para 75%; ii. Passa a permitir-se a participação de sociedades residentes noutro Estado Membro da EU ou do EEE, neste caso desde que exista obrigação de cooperação administrativa no domínio da fiscalidade equivalente à estabelecida no âmbito da UE, que sejam detidas directa ou indirectamente em, pelo menos, 75% pela sociedade dominante.

iii. A não comunicação de alterações na composição do grupo deixou de ter como efeito a cessação automática do regime; iv. Prevê-se a possibilidade de continuidade

de aplicação do RETGS caso se verifique a alteração da sociedade dominante, mediante comunicação à AT, nos 30 dias seguintes à data de verificação desse facto; neste caso, a dedutibilidade dos prejuízos anteriores fica condicionada a autorização por parte do membro do Governo responsável pelas Finanças; v. Possibilidade de manutenção do direito ao

reporte de prejuízos no caso de operações de fusão entre sociedades do grupo, dentro de certas condições.

Retenções na Fonte

Ficam dispensados de retenção na fonte, quando esta tenha a natureza de imposto por conta, os juros e outros rendimentos resultantes de contratos de suprimento, papel comercial ou obrigações, pagos a detentores directos ou indirectos de mais de 10% do capital social, durante o ano anterior à data de colocação à disposição dos rendimentos.

Preços de Transferência

• Aumento da percentagem de participação de 10% para 20% que implica a presunção da existência de relações especiais;

• As regras de preços de transferência passam a ser aplicadas nas relações entre uma entidade residente e os seus EE situados fora do território português ou entre estes EE.

BENEFÍCIOS FISCAIS EM SEDE DE IRC

EBF – INCENTIVOS AO INVESTIMENTO DLRR - Aditamento ao EBF

É introduzido um regime de Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR), em incentivo às PME, que permite a dedução à colecta do IRC de 10% dos lucros retidos que sejam reinvestidos, em activos elegíveis, no prazo de dois anos contados a partir do termo do período de tributação a que correspondam os lucros retidos, com o máximo de dedução anual de 25% da colecta do IRC.

Podem beneficiar da DLRR os sujeitos passivos de IRC residentes que preencham as seguintes condições:

a) Sejam PME, nos termos previstos no anexo ao Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de Novembro (empresas que empregam menos de 250 pessoas e cujo volume de negócios anual não excede 50 milhões de euros ou cujo balanço total anual não excede 43 milhões de euros);

b) Disponham de contabilidade organizada, de acordo com a normalização contabilística;

c) O seu lucro tributável não seja determinado por métodos indirectos;

d) Tenham a situação fiscal e contributiva regularizada.

(13)

14

O montante máximo dos lucros retidos e reinvestidos, em cada período de tributação, é de € 5.000.000.

Os activos elegíveis em que seja concretizado o reinvestimento dos lucros retidos devem ser detidos e contabilizados por um período mínimo de cinco anos.

Os sujeitos passivos que beneficiem da DLRR devem proceder à constituição, no balanço, de reserva especial correspondente ao montante dos lucros retidos e reinvestidos. Esta reserva não pode ser utilizada para distribuição aos sócios antes do fim do quinto exercício posterior ao da sua constituição.

A não concretização da totalidade do investimento até ao termo do prazo de dois anos implica a devolução do montante de imposto que deixou de ser liquidado na parte correspondente ao montante dos lucros não reinvestidos, ao qual é adicionado ao montante de imposto a pagar, relativo ao segundo período de tributação seguinte, acrescido dos correspondentes juros compensatórios majorados em 15%.

SGPS / Sociedades e Investidores de Capital de Risco / dividendos de PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa)

Revogação dos respectivos regimes no EBF, que para os dois primeiros previa a isenção de mais-valias na transmissão de participações sociais, e no último, a exclusão de tributação dos dividendos recebidos, por substituição do novo regime de participation exemption.

Benefícios fiscais à internacionalização São revogados os benefícios fiscais à internacionalização previstos no Código Fiscal do Investimento.

SIFIDE II

O sistema de incentivos fiscais em investigação e desenvolvimento empresarial II é prorrogado até 2020, sendo igualmente prorrogado para 8 anos (actualmente 6) o prazo de reporte do benefício fiscal, em caso de insuficiência de colecta.

(14)

15

IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO

Facturação

Fica dispensada a emissão de factura nas prestações de serviços financeiros, de seguro e resseguro, isentas de IVA e cujo destinatário seja um sujeito passivo estabelecido ou domiciliado noutro Estado membro.

Dedução de IVA contido em créditos de cobrança duvidosa ou créditos incobráveis Passa a ser limitado a dois anos (contados do primeiro dia do ano civil seguinte ao da verificação dos pressupostos) o prazo dentro do qual os sujeitos passivos podem recuperar o IVA relativo a: • Créditos de cobrança duvidosa em mora há mais de seis meses, cujo valor não seja superior a € 750, IVA incluído, e o devedor seja particular ou sujeito passivo que realize exclusivamente operações isentas que não confiram direito à dedução;

• Créditos incobráveis.

A recuperação do IVA de créditos incobráveis, cujo devedor seja um sujeito passivo de imposto, é agora sujeita a comunicação a este último. Taxa reduzida de IVA

No que respeita aos serviços que se destinam a ser utilizados no âmbito da produção agrícola, a expressão “prestação de serviços silvícolas” é substituída por “prestações de serviços no âmbito das actividades de produção agrícola”.

É também clarificado que as prestações de serviços efectuadas pelos produtores agrícolas, no âmbito desta actividade, beneficiam da taxa reduzida.

Passam a beneficiar da taxa reduzida as actividades agrícolas não conexas com a exploração da terra ou em que esta tenha carácter acessório.

Regime do IVA de caixa

É aditada uma norma, com natureza interpretativa, ao regime do IVA de caixa que clarifica que o direito à dedução do imposto suportado pelos sujeitos passivos não abrangidos pelo regime, relativamente a aquisições de bens e serviços a sujeitos passivos por ele abrangidos, nasce na data de emissão da factura.

Esta dedução deve ser efectuada na declaração do período ou do período seguinte àquele em que se tiver verificado a recepção da factura.

Regime dos bens em circulação

Passam a ficar excluídos do âmbito do RBC, o transporte dos seguintes bens:

• Bens provenientes de produtores de aquicultura; • Bens que de destinem à produção agrícola, apícola, silvícola e de aquicultura ou de pecuária quando transportados pelo produtor ou por sua conta;

• Resíduos equiparados a resíduos sólidos urbanos quando recolhidos por entidades competentes; • Resíduos hospitalares sujeitos a guia de acompanhamento;

• Bens a entregar aos utentes por instituições particulares de solidariedade social (IPSS); e, • Bens recolhidos no âmbito de campanhas de solidariedade social efectuadas por organizações sem fins lucrativos.

Nos casos em que há lugar à emissão de documento de transporte global, passa a ser obrigatória a emissão dos seguintes documentos: • Na entrega efectiva dos bens, de guia de remessa/transporte, factura ou factura simplificada;

• Na saída de bens a incorporar em prestações de serviços, de documento próprio (ex. folha de obra) processado nos termos exigidos para os documentos de transporte.

Os documentos de transporte passam a poder ser processados, mediante acordo prévio, por terceiros em nome e por conta do remetente.

AUTORIZAÇÕES LEGISLATIVAS EM SEDE DE IVA

O Governo fica autorizado a proceder à transposição para a ordem jurídica interna da nova regra de localização das prestações de serviços de telecomunicações, de radiodifusão ou televisão e serviços prestados por via electrónica a não sujeitos passivos.

Segundo esta nova regra, estes serviços serão tributados no local onde o adquirente não sujeito passivo se encontre estabelecido, tenha domicílio ou residência habitual.

(15)

16

IMPOSTOS ESPECIAIS SOBRE O CONSUMO

Imposto sobre o Álcool e as Bebidas Alcoólicas – cerveja, produtos intermédios e bebidas espirituosas

Aumento de 1% no IABA sobre a cerveja e de 5% nos produtos intermédios e bebidas espirituosas.

Imposto sobre o Tabaco

Diminuição em cerca de 3% da taxa ad valorem

sobre o tabaco e aumento de 10% do respectivo elemento específico.

Aumento de 25% das taxas ad valorem nos charutos e cigarrilhas.

Imposto Único de Circulação

É criada uma taxa adicional de IUC para viaturas a gasóleo enquadráveis nas categorias A e B, dependendo da data de matrícula e cilindrada do veículo (podendo atingir um valor máximo de € 68,85).

(16)

17

IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS

Isenção Hospitais e Unidades de Saúde Passam a estar isentos de IMI os hospitais e unidades de saúde constituídos em entidades públicas empresariais em relação aos imóveis nos quais sejam prestados cuidados de saúde. Taxa prédios urbanos

O Código do IMI passa a estabelecer uma única taxa de IMI para os prédios urbanos, entre 0,3% e 0,5%, não fazendo distinção entre taxas de IMI para prédios avaliados de acordo com Código do IMI e prédios avaliados de acordo com o Código da Contribuição Autárquica.

Actualização do Valor Patrimonial Tributário

O prazo de 3 anos para reclamar do valor patrimonial tributário dos prédios com o valor desactualizado passa a contar-se a partir da data do pedido de inscrição ou da promoção oficiosa da inscrição ou actualização do prédio e não a partir da data do encerramento da matriz (31 de Dezembro).

O valor patrimonial tributário, resultante da avaliação geral dos prédios, poderá ser reclamado, com fundamento em valor desactualizado por meio de avaliação, a partir do terceiro ano seguinte ao da sua entrada em vigor para efeitos de IMI.

BENEFÍCIOS FISCAIS EM SEDE DE IMI

Isenção IMI para habitação própria e permanente

Caso o pedido de isenção tenha sido apresentado para além do prazo, ou se a afectação a residência própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado ocorrer após o decurso do prazo, a isenção inicia-se a partir do ano de comunicação e não da verificação dos pressupostos.

Fundos de Investimento Imobiliário, fundos de pensões e fundos poupança-reforma

Os prédios integrados em fundos de investimento imobiliário, abertos ou fechados de subscrição pública, em fundos de pensões ou em fundos de poupança-reforma, deixam de estar isentos de IMI e IMT, sendo as taxas reduzidas para

metade.

IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE

TRANSMISSÕES ONEROSAS DE IMÓVEIS

Local para entrega de pedido de liquidação em caso de caducidade da isenção

O pedido de liquidação do IMT, no caso de caducidade da isenção ou da redução de taxas, passa a ser entregue no serviço de finanças onde foi apresentada a declaração Modelo 1 de IMT ou, na ausência desta declaração, no serviço de finanças da área de localização do imóvel.

IMPOSTO DO SELO

Financiamentos de curto prazo

A isenção para financiamentos de prazo não superior a um ano, destinados a cobrir carências de tesouraria, passa a ser aplicável a financiamentos concedidos por quaisquer sociedades a favor de sociedades por elas dominadas ou a sociedades em que detenham uma participação de, pelo menos, 10% do capital com direito de voto ou cujo valor de aquisição não seja inferior a € 5.000.000. A isenção é igualmente aplicável para financiamentos entre sociedades em relação de domínio ou de grupo. Imóveis com VPT superior a €1.000.000,00 Passam a estar sujeitos a Imposto do Selo os terrenos para construção de valor patrimonial tributário superior a € 1.000.000,00, cuja edificação autorizada ou prevista, seja para habitação, nos termos do disposto no Código do IMI.

Obrigações declarativas

Os sujeitos passivos do imposto passam a ter de declarar na sua declaração anual não só o imposto de selo liquidado como também o valor das operações e dos actos realizados isentos deste imposto.

Constituição de Garantias

Fica isenta de imposto do selo a constituição em 2014 de garantias a favor do Estado ou das instituições de segurança social, no âmbito do

(17)

18

pagamento em prestações de dívidas fiscais ou de operações de recuperação de créditos fiscais e da Segurança Social.

Operações de Reporte

Não é renovada a isenção de Imposto do Selo prevista em 2013, relativa a operações de reporte de valores mobiliários ou direitos equiparados realizados em bolsa de valores, bem como reporte e alienação fiduciária em garantia, realizados por instituições financeiras com interposição de contrapartes centrais.

JUSTIÇA TRIBUTÁRIA

Lei Geral Tributária

1. Em caso de negócio simulado, a correcção da matéria tributável pela AT deixa de depender de declaração judicial de nulidade de negócio jurídico constante de documento autêntico.

2. Nas situações de reporte de prejuízos fiscais, o prazo de caducidade deixa de ser o do exercício desse direito – regra geral (4 anos). 3. Passa a poder recorrer-se judicialmente da recusa da AT em prestar uma informação vinculativa, bem como do conteúdo da decisão da informação vinculativa.

4. A AT passa a estar obrigada a rever as suas orientações genéricas de acordo com a jurisprudência dos tribunais superiores. 5. Os países, territórios ou regiões que constem

da lista de paraísos fiscais podem solicitar ao Ministro das finanças um pedido de revisão do respectivo enquadramento na lista com base no não preenchimento dos critérios previstos na lei para a sua qualificação como tal.

Infracções fiscais

Constituição de fraude contra a segurança social passa a ter como referência para o valor da vantagem ilegítima obtida € 7.500 (presentemente é de € 3.500).

A falta de apresentação ou a apresentação fora do prazo legal da declaração de exclusão de

sociedade do RETGS, ou da declaração de alteração da composição do grupo passa a ser punível com coima de € 500 a € 22.500.

(18)

19

A presente Informação destina-se a ser distribuída entre Clientes e Colegas e a informação nela contida é prestada de forma geral e abstracta, não devendo servir de apoio a uma decisão sem acompanhamento profissional qualificado e dirigido ao caso concreto. O conteúdo desta Informação não pode ser reproduzido, no seu todo ou em parte.

Caso deseje obter informação adicional sobre esta matéria, por favor contacte:

Elsa Rodrigues

Coordenação Equipa de Tax IRC e IVA

elsa.rodrigues@espanhaassociados.pt

Ricardo Peão

Segurança Social e IRS

ricardo.peão@espanhaassociados.pt

Sara Botelho de Almeida

Património

(19)

20

Rua Castilho, nº 75, 8º Dto. 1250-068 LISBOA PORTUGAL * Tel (351) 21 353 8705 * Fax (351) 21 314 3704 Email: geral@espanhaassociados.pt * URL: www.espanhaassociados.pt

Referências

Documentos relacionados

Depois de exibido o modelo de distribuição orçamentária utilizado pelo MEC para financiamento das IFES, são discutidas algumas considerações acerca do REUNI para que se

da equipe gestora com os PDT e os professores dos cursos técnicos. Planejamento da área Linguagens e Códigos. Planejamento da área Ciências Humanas. Planejamento da área

O fortalecimento da escola pública requer a criação de uma cultura de participação para todos os seus segmentos, e a melhoria das condições efetivas para

O Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, de 2007, e a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, instituída em 2009 foram a base

Ressalta-se que mesmo que haja uma padronização (determinada por lei) e unidades com estrutura física ideal (física, material e humana), com base nos resultados da

Neste capítulo foram descritas: a composição e a abrangência da Rede Estadual de Ensino do Estado do Rio de Janeiro; o Programa Estadual de Educação e em especial as

Na apropriação do PROEB em três anos consecutivos na Escola Estadual JF, foi possível notar que o trabalho ora realizado naquele local foi mais voltado à

Assim, almeja-se que as ações propostas para a reformulação do sistema sejam implementadas na SEDUC/AM e que esse processo seja algo construtivo não apenas para os