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Como o CERNE foi construído?

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Por que CERNE?

O movimento brasileiro de incubadoras vem crescendo a uma taxa expressiva nos últi-mos dez anos, alcançando uma média superior a 25% ao ano. Atualmente, as incubadoras brasileiras apóiam mais de 4.500 empresas que faturam, anualmente, cerca de R$ 400 mi-lhões, gerando aproximadamente 20.000 mil empregos diretos.

Adicionalmente, já foram graduadas mais de 1.000 empresas, as quais faturam mais de R$ 1,6 bilhões por ano e geram cerca de 13.500 empregos. Com isso, é possível observar a expressiva contribuição das incubadoras para o desenvolvimento das diferentes regiões do País.

Apesar desta significativa contribuição para o desenvolvimento das regiões onde estão instaladas e para o aumento da competitividade das empresas, observa-se que as incuba-doras precisam sintonizar suas estruturas e serviços às novas exigências da sociedade. Isso ocorre porque tem havido uma mudança expressiva na natureza da competição, que deixa de ser entre empresas para ocorrer entre as diferentes regiões.

Com isso, as incubadoras precisam ampliar quantitativa e qualitativamente os seus resultados, de forma a alcançar um percentual mais expressivo da população. Para isso, é essencial que seja implantado um modelo de atuação que dê conta da complexidade des-ta nova realidade, reduzindo a variabilidade dos resuldes-tados alcançados.

É exatamente dentro deste contexto que a ANPROTEC iniciou o processo de constru-ção de um novo modelo de atuaconstru-ção para as incubadoras brasileiras. Denominado Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendedores – CERNE, este novo modelo visa promover um “salto quanti-qualitativo” (quantidade e qualidade) para as incubadoras de empresas das diferentes áreas.

O CERNE foi concebido como epicentro de um processo de desenvolvimento, inspira-do nos modelos de atuação inspira-dos Small Business Development Centers (SBDCs) e inspira-dos Business Innovation Centers (BICs), programas de sucesso no apoio diferenciado às micro e pequenas empresas existentes nos Estados Unidos e na Europa, respectivamente.

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Este novo modelo de atuação das incubadoras prevê a estreita parceria com institui-ções nacionais e internacionais. O SEBRAE, primeiro parceiro nesse processo, vem contri-buindo decisivamente para a construção coletiva do CERNE, para a troca de experiências com entidades internacionais, como a Barcelona Activa, e com editais para a estruturação das incubadoras como unidades de atendimento descentralizadas e para a ampliação do número de empresa e aumento da competitividade dos empreendimentos.O objetivo do modelo CERNE é criar uma plataforma de soluções, de forma a ampliar a capacidade da incubadora em gerar, sistematicamente, empreendimentos inovadores bem sucedidos. Com isso, cria-se uma base de referência para que as incubadoras de diferentes áreas e tamanhos possam utilizar os elementos básicos para garantir o sucesso das empresas apoiadas.

Como o CERNE foi construído?

Desde o início da construção do CERNE, a ANPROTEC adotou a construção coletiva como princípio básico do modelo. Assim, ao longo de todo o processo

de criação, dezenas de pessoas e instituições contribuíram ativamente com suas experiências para o novo mode-lo. Com isso, o CERNE não está direcionado a um tipo específi co de incubadora ou a uma determinada área de atuação.

O CERNE vem sendo construído há mais de dois anos, tomando como “ponto de partida” o evento “Defi nição de Diretrizes e Propostas para o Reposicionamento e Cresci-mento do MoviCresci-mento de Incubadoras, Parques e Pólos no Brasil”, que ocorreu em Brasília, em março de 2005.

Desde o início da construção do CERNE, a ANPROTEC adotou a construção coletiva como princípio básico do modelo. Assim, ao longo de todo o processo

de criação, dezenas de pessoas e instituições contribuíram ativamente com suas experiências para o novo mode-lo. Com isso, o CERNE não está direcionado a um tipo específi co de incubadora ou a uma determinada área

O CERNE vem sendo construído há mais de dois anos, tomando como “ponto de partida” o evento “Defi nição de Diretrizes e Propostas para o Reposicionamento e Cresci-mento do MoviCresci-mento de Incubadoras, Parques e Pólos no Brasil”, que ocorreu em Brasília, em março de 2005.

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que passou a pesquisar as boas práticas de gestão utilizadas pelas diferentes incubadoras do país e do exterior, de forma que fosse possível a criação de um modelo de referência, o qual pudesse ser utilizado por todas as incubadoras do Brasil.

Uma das atividades utilizadas pelo grupo de trabalho para identifi car as boas práticas foi a realização do Workshop de Metadesign do Programa CERNE, que ocorreu em maio de 2007, em Florianópolis, Santa Catarina. Durante este workshop, cerca de 50 participantes apresentaram e discutiram os serviços oferecidos às empresas e os desafi os e oportunida-des existentes para as incubadoras de empresas.

Após o workshop de metadesign, o grupo de trabalho concentrou, durante dez me-ses, os esforços na criação da “Versão Beta” do modelo CERNE. Neste estágio do trabalho, a versão do modelo precisava ser avaliada criticamente por gerentes e coordenadores de incubadoras de empresas.

Neste sentido, a ANPROTEC e o SEBRAE organizaram um conjunto de três workshops, denominados de “Ofi cinas de Construção Coletiva do Modelo CERNE”. Estas ofi cinas

fo-ram realizadas nas cidades de Porto Alegre (maio), Recife (junho) e Belém (junho). Ao fi nal das três ofi cinas, o Modelo CERNE estava praticamente pronto, faltando apenas um trabalho fi nal de sistematização. Para isso, o grupo de trabalho responsável pela coordenação da elabo-ração do novo modelo fez várias reuniões para que fosse possível criar a primeira versão do modelo CERNE.

Como é possível observar, esta primeira versão do CERNE é resul-tado da intensa participação das equipes de gestão das incubadoras de empresas e das instituições que as apóiam.

A construção coletiva do Modelo CERNE pode ser entendida a partir de uma analogia com o ciclo de vida de software. Nesse sentido, o even-to realizado em Brasília gerou a “Versão Pré-alpha” do modelo, a qual foi denominados de “Ofi cinas de Construção Coletiva do Modelo CERNE”. Estas ofi cinas

fo-ram realizadas nas cidades de Porto Alegre (maio), Recife (junho) e Belém (junho). Ao fi nal das três ofi cinas, o Modelo CERNE estava praticamente pronto, faltando apenas um trabalho fi nal de sistematização. Para isso, o grupo de trabalho responsável pela coordenação da elabo-ração do novo modelo fez várias reuniões para que fosse possível criar a primeira versão do modelo CERNE.

Como é possível observar, esta primeira versão do CERNE é resul-tado da intensa participação das equipes de gestão das incubadoras de empresas e das instituições que as apóiam.

A construção coletiva do Modelo CERNE pode ser entendida a partir de uma analogia com o ciclo de vida de software. Nesse sentido, o even-to realizado em Brasília gerou a “Versão Pré-alpha” do modelo, a qual foi

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“testada” pelo grupo de trabalho, de forma a validar suas características e princípios. O resultado deste teste foi a elaboração da “Versão Alpha”, ou seja, a versão que estava pronta para ser apresentada a especialistas em incubação, o que foi feito no evento realiza-do em Florianópolis. Com as contribuições apresentadas durante o evento, foi construída a “Versão Beta” do CERNE.

A “Versão Beta” do modelo foi avaliada e aprimorada durante as oficinas de construção coletiva realizadas em Porto Alegre, Recife e Belém, contando com um total de 66 partici-pantes. Os trabalhos realizados durante as oficinas geraram a “Release Candidate”, que era praticamente a versão final, faltando apenas a sistematização final para o lançamento do Modelo CERNE Versão 1.0. A Figura 1 resume todo o processo de construção coletiva e a publicação da versão 1.0 do modelo CERNE.

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O presente texto tem como objetivo apresentar a estrutura geral do CERNE 1.0, permi-tindo que cada incubadora possa compreender o que está incluído no novo modelo e os sistemas que precisa implantar para se adequar ao modelo CERNE.

O próximo passo é a publicação do Modelo CERNE 1.0, com todos os processos-chave e práticas-chave, para o primeiro nível de maturidade. Após essa publicação, o modelo será disponibilizado on-line para consultas e propostas de melhoria. Adicionalmente, serão feitos os primeiros pilotos de implantação do Modelo CERNE, nível de maturidade CERNE 1, em algumas incubadoras.

Em paralelo serão detalhados os demais níveis de maturidade (CERNE 2, CERNE 3 E CERNE 4), de maneira que o modelo fique completo. Com base nos resultados dos pilotos, a grupo responsável pela coordenação da construção coletiva do modelo irá promover alterações para o Modelo CERNE 1.0 seja aprimorado (Figura 2).

Figura 2 - Cronograma dos Próximos Passos

Atividade Set08 Out08 Nov08 Dez08 Jan09 Fev09 Mar09 Abr09 Mai09 Jun09 Jul09 Ago09

Lançamento CERNE 1.0 Disponibilização on-line do Mo-delo CERNE 1.0 Pilotos para a implantação do Modelo CERNE 1.0 Detalhamento do Modelo CERNE 1.0 Melhoria do Mo-delo CERNE 1.0

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O que é o Modelo CERNE?

É um modelo de referência que identifica os sistemas, elementos e práticas-chave que uma incubadora deve implantar para gerar, sistematicamente, um nú-mero cada vez maior de empreendimentos inovadores de sucesso. Neste sentido, o modelo foi construído a partir de três níveis de abordagem: a empresa, o processo de incubação e a incubadora (Figura 3).

Figura 3 - Níveis de Abrangência do Modelo

A construção do modelo CERNE a partir destes três níveis de abrangência garantiu que todos os elementos necessários à geração de empresas inovadoras fossem considerados. No nível “Empresa Incubada” foram considerados os elementos necessários para o desen-volvimento do produto, do perfil da equipe, da gestão da empresa, do acesso ao capital e aos mercados.

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Com relação ao processo de incubação, foram considerados os estágios para o desen-volvimento de uma empresa incubada, desde a prospecção e seleção, a capacitação dos empreendedores e o acompanhamento das empresas incubadas.

No nível da “Incubadora” foram considerados os elementos para a gestão da incubado-ra como um “empreendimento” e a ampliação dos limites de atuação da incubadoincubado-ra. Os três níveis podem ser vistos na Figura 4.

Figura 4 - Elementos do Modelo CERNE

Os workshops e os eventos para a construção coletiva detalharam os sistemas e proces-sos que garantem a implantação de cada um dos elementos identificados na figura anterior.

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Princípios do CERNE

A definição e detalhamento dos elementos, sistemas e processos a serem implantados é muito importante para que as incubadoras consigam um “salto de qualidade”. No entan-to, isso não é suficiente, uma vez que o sucesso do novo modelo depende da compreensão e implantação de um conjunto de princípios sobre os quais os elementos, sistemas e pro-cessos serão estruturados. Estes princípios podem ser vistos na Figura 5.

Figura 5 - Princípios do Modelo Cerne

Independente da maneira com que cada incubadora implantar um elemento, siste-ma ou processo, os princípios serão os mesmos, garantindo usiste-ma siste-maior sintonia entre as incubadoras que adotarem o CERNE. Os princípios apresentados na figura anterior são os

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Foco nos “Clientes”:

• todos os sistemas e processos propostos pelo CERNE têm um objetivo bem claro: tornar os empreendimentos incubados e graduados bem sucedidos. Assim, um sistema só deve ser implantado se agregar valor aos empreendimentos apoia-dos, ou seja, toda a atenção da equipe de gestão da incubadora deve ser no sentido de identifi car as difi culdades e oportunidades das empresas apoiadas, de forma a acelerar e ampliar o sucesso delas.

Foco nos Processos:

• para que a incubadora gere empreendimentos de sucesso é essencial a implantação e monitoramento constante dos processos que transformam “boas idéias” (entradas) em negócios de sucesso (saídas). Neste sentido, a equipe de ges-tão da incubadora deve avaliar, quantitativa e qualitativamente, os processos implanta-dos para garantir a qualidade das empresas apoiadas.

Ética:

• atuar de forma ética é agir em sintonia com os valores da sociedade em que se vive. Neste sentido, a equipe de gestão da incubadora deve garantir que suas ações e das empresas apoiadas benefi ciem a sociedade como um todo.

Sustentabilidade:

• a sustentabilidade da incubadora está relacionada com a sua continuidade, levando-se em consideração os aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais.

Responsabilidade:

• é a obrigação

da incubadora em responder por suas ações e omissões, agindo de maneira ativa para melhorar a sociedade da qual faz parte.

Melhoria Contínua: •

este princípio implica que a

incubadora deve aprimorar, continuamente, seus processos e resultados.

vive. Neste sentido, a equipe de gestão da incubadora deve garantir que suas ações e das empresas apoiadas benefi ciem a sociedade como um todo.

a sustentabilidade da incubadora está relacionada com a sua continuidade, levando-se em consideração os aspectos econômicos, sociais, culturais e

é a obrigação da incubadora em responder por suas ações e omissões, agindo de maneira ativa para melhorar a sociedade da

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Estrutura do Modelo CERNE

Durante a elaboração do modelo CERNE, observou-se que havia um grande número de sistemas e processos que precisariam ser implantados pelas incubadoras. Adicionalmente, fi cou claro que alguns sistemas precisavam ser implantados em primeiro lugar, de forma a criar uma base para a implantação dos outros sistemas.

Em função disso, decidiu-se que a abordagem mais adequada seria estruturar o CERNE com um modelo de maturidade da capacidade da incubadora em gerar, sistematicamente, empreendimentos de sucesso. Para isso, foi necessário defi nir a lógica de organização dos níveis de maturidade, de forma que as incubadoras possam implantar os processos mais críticos em primeiro lugar.

A lógica escolhida para estruturar os níveis de maturidade foi organizá-los a partir de “Eixos Norteadores”: empreendimento, incubadora, rede de parceiros e melhoria contínua, conforme mostrado na Figura 6.

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Figura 6 - Lógica de Organização dos Níveis de Maturidade

CERNE 1:

• neste primeiro nível, a preocupação é implantar todos os sistemas que es-tejam diretamente relacionados ao desenvolvimento dos empreendimentos. Para definir os sistemas deste nível, identificou-se aqueles que se estivessem ausentes prejudicariam a geração de empreendimentos inovadores. Além de sistemas como capacitação, assessoria e seleção, foram incluídos neste nível os sistemas mais ligados à gestão da incubadora, mas que possuem uma relação muito estreita com o desenvolvimento dos empreendimen-tos, como gestão financeira, da infra-estrutura-física e tecnológica. Ao atingir este nível, a incubadora demonstra que tem capacidade para prospectar e selecionar boas idéias e transformá-las em negócios inovadores, sistemática e repetidamente.

CERNE 2:

• o foco deste nível é garantir uma gestão efetiva da incubadora como uma organização. Assim, além de garantir a geração sistemática de empreendimentos inova-dores (foco do CERNE 1), a incubadora utiliza todas os sistemas para uma gestão focada em resultados.

CERNE 3:

• o objetivo deste nível é consolidar uma rede de parceiros, com vistas a am-pliar a probabilidade de sucesso de uma maior número de empreendimentos apoiados.

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Neste nível, a incubadora reforça sua atuação como um dos “nós” da rede de atores voltados ao desenvolvimento regional.

CERNE 4:

• a partir da estrutura organizada nos níveis anteriores, a incubadora possui maturidade sufi ciente para consolidar seu sistema de gestão da inovação. Com isso, além de gerar empreendimentos inovadores, gerir de forma efetiva a incubadora como organi-zação e participar ativamente da rede de atores voltados ao desenvolvimento regional, a incubadora passa a gerar, sistematicamente, inovações em seus próprios processos.

Em resumo, o CERNE aponta um caminho para que todas as incubadoras possam, gradualmente, consolidarem-se como incubadoras inovadoras, promovendo o desen-volvimento regional por meio da geração de grande quantidade de empreendimentos inovadores de sucesso.

No estágio atual, a estratégia comum é garantir que todas as incubadoras tenham con-dições de implantar o CERNE 1, o que irá garantir uma expressiva melhoria nos resultados que, como visto anteriormente, já são signifi cativos.

É muito provável que diversas incubadoras já possuam os sistemas do CERNE 1 im-plantados; outras podem estar no CERNE 2, CERNE 3 ou mesmo no CERNE 4. No entanto, não existe uma análise formal e independente para saber quantas incubadoras estão em cada nível.

Neste sentido, será criado um sistema de avaliação e certifi cação, contendo cursos, base de conhecimento e consultorias, de forma que seja possível verifi

-car, formalmente, quando uma incubadora possui os sistemas de um determinado nível implantado. Para isso, serão credenciadas instituições que poderão certifi car as incubadoras com relação aos níveis do CERNE (Figura 7).

plantados; outras podem estar no CERNE 2, CERNE 3 ou mesmo no CERNE 4. No entanto, não existe uma análise formal e independente para saber quantas incubadoras estão em

Neste sentido, será criado um sistema de avaliação e certifi cação, contendo cursos, base de conhecimento e consultorias, de forma que seja possível verifi

-car, formalmente, quando uma incubadora possui os sistemas de um determinado nível implantado. Para isso, serão credenciadas instituições que poderão certifi car as incubadoras com

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Figura 7 - Estrutura de Credenciamento e Certifi cação

O próximo passo na construção coletiva do modelo CERNE é implantar o CERNE 1 em um grupo de incubadoras, de forma que seja possível avaliar as difi culdades e, prin-cipalmente, os efeitos sobre o processo de geração de empreendimentos inovadores bem-sucedidos.

O CERNE 1

Como é o primeiro nível de maturidade, o CERNE 1 tem o objetivo de profi ssionalizar o processo de geração de empreendimentos inovadores. Neste sentido, tomando como base a Figura , o CERNE 1 implementa os elementos relacionados ao processo de incuba-ção e ao desenvolvimento dos empreendimentos, além de alguns elementos de gestão, essenciais à geração de empreendimentos bem-sucedidos.

O próximo passo na construção coletiva do modelo CERNE é implantar o CERNE 1 em um grupo de incubadoras, de forma que seja possível avaliar as difi culdades e, prin-cipalmente, os efeitos sobre o processo de geração de empreendimentos inovadores bem-sucedidos.

O CERNE 1

Como é o primeiro nível de maturidade, o CERNE 1 tem o objetivo de profi ssionalizar o processo de geração de empreendimentos inovadores. Neste sentido, tomando como base a Figura , o CERNE 1 implementa os elementos relacionados ao processo de incuba-ção e ao desenvolvimento dos empreendimentos, além de alguns elementos de gestão, essenciais à geração de empreendimentos bem-sucedidos.

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Figura 8 - Elementos do CERNE 1

Com isso, observa-se que o CERNE 1 contém os elementos essenciais para que uma or-ganização seja considerada uma incubadora de empresas de referência e promova a gera-ção de negócios bem-sucedidos. Cada um dos elementos apresentados na figura anterior é implantado por um ou mais sistemas. Os sistemas do CERNE 1 são os seguintes:

Sistema de Planejamento: a incubadora deve possuir processos sistemáticos e for-mais que possibilitem o planejamento do desenvolvimento do negócio com relação aos seguintes eixos: empreendedores, produto, mercado, capital e gestão.

Sistema de Capacitação: envolve a implantação de um amplo Programa de Capacita-ção, formalizado, que aborde os principais aspectos relacionados ao negócio: os empreen-dedores, os produtos e serviços, o capital, o mercado e a gestão.

Sistema de Assessoria: a incubadora deve implantar e manter um conjunto sistemati-zado em consultorias especializadas, orientadas em função dos principais desafios a serem superados pelo empreendimento: desenvolvimento dos empreendedores, melhoria dos produtos e serviços, captação de recursos, acesso a mercados e aprimoramento da gestão.

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sempenho e da evolução da empresa, envolvendo os seguintes aspectos: empreendedo-res, produto, recursos, mercado e gestão.

Sistema de Apoio à Graduação e Projetos Futuros: a incubadora deve manter um processo sistemático e documentado para a definição do momento da graduação e do estabelecimento da sistemática de interação futura entre a incubadora e a empresa. Os indicadores para definição do momento da graduação devem avaliar: a maturidade dos empreendedores, o grau de desenvolvimento dos produtos, o volume de capital e a sus-tentabilidade financeira, a participação no mercado e a qualidade da gestão.

Sistema de Prospecção e Sensibilização: envolve a manutenção de um processo siste-matizado e contínuo para a sensibilização da comunidade quanto ao empreendedorismo e para a prospecção de novos empreendimentos. Adicionalmente, devem estar implan-tados processos que permitam avaliar os benefícios para a incubadora e para a região dos mecanismos de sensibilização existentes.

Qualificação do Empreendedor: é importante que a incubadora possua processos para oferecer suporte básico aos empreendedores em potencial, contendo cursos, pales-tras e/ou consultorias.

Seleção: é essencial que a incubadora tenha implantado um processo sistematizado e documentado para a seleção de empreendimentos, contendo as etapas, metodologias, recursos, indicadores e técnicas a serem utilizados.

Contratação: a incubadora deve possuir um modelo de contrato padronizado, estabe-lecendo regras claras relativas ao processo de incubação.

Modelo Institucional: a incubadora deve possuir documentos que comprovem a sua exis-tência formal e o seu relacionamento (independência, orçamento, relatórios) com a mantene-dora e os parceiros, de forma a viabilizar a gestão e os relacionamentos interinstitucionais.

Gestão Financeira e Sustentabilidade: é essencial que a incubadora tenha um processo sistematizado e documentado para a sua efetiva gestão financeira, incluindo fluxo de caixa, contas a pagar e a receber, indicadores econômicos e financeiros e plano de sustentabilidade.

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de gestão da infra-estrutura física e tecnológica que seja compatível com as necessidades dos empreendimentos apoiados. É essencial que a incubadora comprove a existência de:

• Espaços para Empreendimentos1 • Espaços de Uso Comum

• Espaço para Atendimento • Estrutura Tecnológica

Gestão de Pessoas: a incubadora deve possuir um sistema formalizado de geren-ciamento da equipe de gestão, o que inclui a definição explícita das funções, hierarquia, autoridades e responsabilidades. Além disso, é importante que exista um programa sis-tematizado de avaliação de desempenho, um plano de desenvolvimento de carreira e de salários/benefícios.

Sistemas de Apoio a Gestão: A incubadora deve possuir um conjunto de serviços de apoio que dê sustentação à equipe de gestão, o que inclui: vigilância, limpeza, manutenção, secretaria.

Sistemas de Comunicação e Marketing: A incubadora deve possuir um plano de ação utilizando as ferramentas de comunicação, assessoria de imprensa e relações públicas, que fortaleçam a sua imagem e visibilidade.

Considerações Finais

A criação coletiva do modelo CERNE é um marco no movimento brasileiro de incuba-doras de empresas e que pode ser uma referência para as incubaincuba-doras de outros países. Com o CERNE, cada incubadora passa a ter um modelo de referência, a partir do qual ela pode fazer sua auto-avaliação, de forma a identificar os sistemas que faltam para atingir um determinado nível do CERNE.

Uma característica importante do CERNE, além da construção coletiva, é que ele está em constante construção. Assim, a versão atual do modelo CERNE deve ser constantemen-te avaliada e atualizada, de maneira a manconstantemen-ter a sintonia com as mudanças na sociedade e, ao mesmo tempo, continuar contribuindo para o desenvolvimento regional.

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APOIO REALIZAÇÃO

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