• Nenhum resultado encontrado

TEORIA DAS PROBABILIDADES. Figura 1: Gráfico de pontos. Figura 3: Polígono de frequências.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "TEORIA DAS PROBABILIDADES. Figura 1: Gráfico de pontos. Figura 3: Polígono de frequências."

Copied!
32
0
0

Texto

(1)

TEORIA DAS PROBABILIDADES

Figura 1: Gráfico de pontos.

(2)

Figura 4: Função de distribuição de probabilidades sobre o histograma.

A teoria das probabilidades estuda os modelos de probabilidades, definidos pela função f(x), para os diferentes processos ou fenômenos em estudo.

(3)

1) CONCEITOS BÁSICOS 1.1) Experimento Aleatório é um experimento no qual:

i) todos os possíveis resultados são conhecidos;

ii) resulta num valor desconhecido, dentre todos os resultados possíveis;

iii) pode ser repetido em condições idênticas.

1.2) Espaço Amostral é o conjunto de todos os resultados possíveis para um experimento aleatório.

É denotado por . Pode ser:

- DiscretoFinito: formado por um conjunto finito de pontos; Infinito: conjunto infinito e enumerável de pontos; - Contínuo  formado por um conjunto não enumerável de

pontos.

1.3) Um Evento é um subconjunto do espaço amostral, associado a um experimento.

É denotado por letras maiúsculas: A, B, E, . . .

a) Um Evento Complementar: o evento complementar de A é dado pelo conjunto dos pontos que pertencem ao espaço amostral, mas não pertencem a A. É denotado por Ac.

Ac  A = .

b) Dois eventos A e B são mutuamente exclusivos, ou disjuntos, se a intersecção entre eles é vazia.

(4)

Exemplos:

Um dado equilibrado é lançado e seu número observado. O espaço amostral é:  = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }.

Sejam os eventos:

A = O número observado é menor ou igual a 4, então, A = { 1, 2, 3, 4 } B = O número observado é par, B = { 2, 4, 6 }

C = O número observado é ímpar, C = { 1, 3, 5 }

Então, temos

A  B = { 2, 4 } e A  C = { 1, 3 }

B  C =   B e C são disjuntos

Bc = C, pois B  C = 

c) Evento elementar

Seja um espaço amostral finito  = { 1, 2, ..., N }. Então os elementos  do espaço amostral são chamados de resultados elementares.

Um evento é dito elementar se é formado por um único elemento do espaço amostral, por exemplo:

A1 = { 1 }.

obs: o evento elementar é dado por um subconjunto unitário.

No lançamento de um dado equilibrado, cada um dos resultados possíveis são eventos elementares:

A1 = { 1 }, A2 = { 2 }, A3 = { 3 }, A4 = { 4 }, A5 = { 5 }, A6 = { 6 }. Assim sendo, temos que: A1 A2  A3 A4  A5  A6 = 

Ou seja: AiΩ

6 1 i .

(5)

Exemplos:

i) Experimento: numa comunidade carente conta-se o número de pessoas abaixo da linha de pobreza;

A = { 0, 1, 2, . . . , N }, N = população da comunidade Eventos:

A1 = ninguém abaixo da linha de pobreza

 A1 = { 0 }

A2 = no máximo cinco pessoas abaixo da linha de pobreza

 A2 = { 1, 2, 3, 4, 5 }

ii) Experimento: Na fabricação de celulares são contados os aparelhos produzidos até que se encontre um defeituoso;

B = { 1, 2, 3, 4, . . . }, ou ainda B = N*, N* = N – { 0 } Eventos:

B1 = o aparelho defeituoso ocorre até o 10ª celular produzido

 B1 = { 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 }

B2 = são produzidos no mínimo 200 aparelhos antes do celular

defeituoso

 B2 = { 201, 202, 203, . . . }, ou  B2 = { X  N* | X > 200 }

(6)

iii) Experimento: No estudo a respeito de um tipo de câncer, indivíduos são acompanhados e o tempo (em meses) até a ocorrência da morte é observado;

C = { t  R | t  0 } ou C = { t  0 } Eventos:

C1 = o indivíduo morre antes de completar 6 meses:

 C1 = { t < 6 }

C2 = o indivíduo sobrevive pelo menos 2 anos antes de morrer

 C2 = { t  R | t  24 }

Obs: Este é um exemplo de um espaço amostral contínuo, ou não

(7)

2) PROBABILIDADES EM ESPAÇOS FINITOS

2.1) Definição Clássica de Probabilidade: seja A um evento associado a um espaço amostral finito , então

 

pontos

de

total

número

a

favoráveis

pontos

de

número

A

A

P

,

 

A

P é a probabilidade de ocorrência do evento A e deve satisfazer: a) 0 P

 

A 1;

b) P

 

Ω 1;

c) Se A e B são disjuntos, então, P

AB

P

   

AP B .

2.2) Definição Frequentista de Probabilidade: seja o evento A associado a um experimento.

Suponha que esse experimento seja repetido

n

vezes e seja

n

A o número de ocorrências do evento A.

A frequência relativa de A é dada por: n

n

fAA , 0 fA 1.

Se

n

for grande, então a frequência fA se aproxima da probabilidade de ocorrência de A, ou seja,

) ( grande,

(8)

2.3) Definição Subjetiva de Probabilidade:

Nas fundamentações clássica e frequentista, o cálculo da probabilidade independe do observador.

(exemplos lançamento de um dado ou retirado de uma carta do baralho) Em algumas situações, por outro lado, a repetição do experimento simplesmente é impossível!

Exemplos:

i) Numa cirurgia, muitas vezes, deseja-se saber se o paciente vai ficar bom ou o tempo até sua recuperação;

ii) O Brasil vai ser campeão mundial, em casa, na copa do mundo de

futebol de 2014;

iii) Será que vai chover amanhã?

Fenômenos naturais ou envolvendo pessoas normalmente são imprevisíveis e difíceis (até mesmo impossíveis) de serem reproduzidos.

Nesses casos a probabilidade pode ser considerada subjetiva, dependendo da crença do observador.

(9)

2.4) Propriedades de Probabilidade

i) Se  é o espaço vazio, então: P(vazio) = P() = 0;

ii) P(espaço amostral todo) = P() = 1;

iii) Se Ac é o evento complementar de A, então: P(Ac) = 1 – P(A) e,

P(A) = 1 – P(Ac);

iv) Se A e B são eventos quaisquer, então: P(AB) = P(A) + P(B) – P(AB)

(10)

3) Métodos de Contagem

Quando o espaço amostral é equiprovável, ou homogêneo, o cálculo de probabilidades se resumo nas contagens dos elementos de cada um dos eventos e do espaço amostral.

Desta forma, é importante o domínio de algumas técnicas de contagens.

i) Permutação: quando temos de permutar n elementos em n posições diferentes

!

Pn,nn n! n(n1)(n2)1, n! é o fatorial de n

ii) Arranjo: quando, de um total de n elementos, devemos tomar k destes elementos e permutá-los

) 1 ( ) 2 )( 1 ( )! ( ! A ,        n n n n k k n n k n  .

iii) Combinação: quando temos de escolher k, dentre n elementos distintos, sem considerar a ordem

)! ( ! ! C , k n k n k n k n         ; note que k k k n k n , , , P A C  .

(11)

4) PROBABILIDADE CONDICIONAL E INDEPENDÊNCIA

Sejam A e B eventos quaisquer tais que P

 

A  0, então a

probabilidade de B condicionada à ocorrência do evento A é definida por ) ( ) ( ) | ( A A B A B P P P   . Lê-se: probabilidade de B dado A.

Nota: se dois eventos A e B são independentes, então a ocorrência de um deles não altera a probabilidade de ocorrência do outro e, neste caso: ) ( ) | (B A P B P  ou P(A|B)  P(A).

4.1) Regra Multiplicativa das Probabilidades: da probabilidade condicional podemos escrever a probabilidade conjunta de A e B por

P(AB)  P(B|A)P(A)

ou

P(AB)  P(A|B)P(B)

E, se A e B forem independentes, então − P(AB)  P(A)P(B).

(12)

Exemplos:

i) Considere as informações da qualidade de um produto pela região de procedência. O produto foi classificado como tipos A e B, sendo o tipo A de melhor qualidade.

Qualidade Região Total

S SE CO

Tipo A 52 118 54 224

Tipo B 23 42 11 76

Total 75 160 65 300

Se um fornecedor é sorteado ao acaso para verificação, qual é a probabilidade de que:

a) Seja de qualidade Tipo A?

0.7467 300 224 ) A (   P

b) Seja procedente da região S?

0.25 300 75 ) S (   P

c) Seja de qualidade Tipo B e da região CO?

0.0367 300 11 ) CO B (    P

d) Seja da região S ou de qualidade Tipo A?

0.8233 300 247 300 52 224 75 ) S A (       P

(13)

e) Sabendo que o fornecedor escolhido é da região SE, qual a probabilidade de que seja de qualidade do Tipo B?

0.2625 160 42 300 / 160 300 / 42 ) SE | B (    P

f) Se a amostra não é de região S, qual é a probabilidade de que seja de qualidade do Tipo A? ) CO SE ( )] CO A ( ) SE A [( CO)] (SE | A [       P P P 0.7644 225 172 300 / ) 65 160 ( 300 / ) 54 118 ( CO)] (SE | A [       P

ii) Um aluno responde a um teste de múltipla escolha com quatro alternativas, sendo uma só correta. A probabilidade de que saiba a resposta é de 30%. Se ele não sabe a resposta, vai “chutar”.

Definindo:

A = o aluno acerta a questão; S = o aluno sabe a resposta.

a) Qual a probabilidade dele acertar a questão? P(A) = P(acertar sabendo ou acertar chutando) P(A) = P(acertar sabendo) +P(acertar chutando) P(A) = P(A | S) P(S) + P(A | Sc) P(Sc)

P(A) = (1.0)(0.3) + (0.25)(0.7) = 0.475

* Esse resultado é conhecido como “lei da probabilidade total ”. Na prática a lei da probabilidade total soma as parcelas da probabilidade de um evento em todas as subpopulações.

(14)

b) Se ele acertou a questão, qual é a probabilidade de que ele realmente saiba a resposta?

632 . 0 475 . 0 3 . 0 ) A ( ) A S ( ) A | S (     P P P

* Esse resultado é conhecido como “teorema de Bayes”.

O teorema de Bayes divide a parcela do evento, sobre a qual desejamos calcular a probabilidade, pela probabilidade total do evento Teorema de Bayes: Seja um evento A ocorrendo sobre parcelas

disjuntas do espaço amostral .

Assim, podemos escrever A como sendo:

) ( ) ( ) ( ) ( ) (A E1 A E2 A E3 A E4 A E5 A           em que, )] ( ) ( ) ( ) ( ) [( ) (AP AE1AE2AE3AE4AE5 P é a probabilidade total.

O teorema de Bayes se deve ao Revendo Inglês Thomas Bayes, num trabalho publicado em 1763, e que recebe o seu nome em sua homenagem.

(15)

Os exercícios a seguir são para resolver em sala

iii) Sabe-se que numa população 8% das pessoas são infectadas por um vírus causador de uma doença muito grave. Um teste para detecção do vírus é eficiente em 99% dos casos nos quais os indivíduos são infectados, mas resulta em 2% de resultados positivos para os não infectados (falsos positivos).

a) Uma pessoa dessa população que não tem nenhum sintoma faz o teste preventivamente. Qual é a probabilidade de que essa pessoa esteja infectada?

b) Sabendo que o teste dessa pessoa deu positivo, qual a probabilidade de que ela seja da fato infectada?.

iv) Uma mulher tem 1/3 de chance de ainda estar viva daqui a 30 anos e seu marido tem 2/5 de chance. Qual é a probabilidade de, daqui a 30 anos:

a) Ambos estejam vivos b) Ao menos um esteja vivo. c) Só o homem estar vivo.

v) Um dado equilibrado é lançado 12 vezes. Calcule a probabilidade de se obter:

a) Dois seis. b) Quatro seis.

c) Pelo menos dois seis. d) No máximo três seis.

(16)
(17)

5) VARIÁVEIS ALEATÓRIAS E MODELOS DE PROBABILIDADE 5.1) Variáveis aleatórias: uma variável aleatória (v.a.) é uma

característica numérica que associa valores do conjunto dos números reais aos eventos em Ω.

A v.a. representa uma característica individual das unidades de uma população, que podem ser observadas através de uma amostra.

Exemplos de v.a.’s:

X = número de indivíduos abaixo da linha da pobreza numa amostra de 80 pessoas de uma comunidade;

T = tempo de sobrevida de pacientes com câncer de pulmão; Y = número de pessoas que votam no candidato Zelão;

R = renda familiar em salários mínimos, numa amostra de pessoas de uma população rural;

W = número de nascimentos do sexo feminino de uma maternidade, no período de um dia;

Z = número de dias de estiagem até a ocorrência de chuva em São Carlos.

As variáveis aleatórias podem ser classificadas como discretas e contínuas segundo a natureza do espaço amostral:

i) v.a.’s discretas assumem valores em espaços discretos e, normalmente, são definidas por uma contagem;

ii) v.a.’s contínuas assumem valores em espaços contínuos e, normalmente, são definidas por uma mensuração.

(18)

5.2) Função de probabilidade e função densidade: a função de probabilidade e a função densidade são funções que associam probabilidades a uma v.a.

a) A função de probabilidade, denotada por p(x), é uma função que associa probabilidades diretamente aos possíveis valores de uma v.a. discreta X, sendo definida por:

p(x) = P(X = x)

Exemplo: Considere os nascimentos, independentes, de três crianças e seja a v.a. que conta o número de nascimentos do sexo feminino nesses 3 nascimentos:

Espaço amostral:

Ω = {(FFF), (FFM), (FMF), (MFF), (FMM), (MFM), (MMF), (MMM)} Neste caso o espaço amostral é equiprovável, pois cada um de seus elementos tem mesma probabilidade.

Considerendo que P(F) = P(M) = 1/2, e que os nascimentos são independentes, temos que:

P(FFF) = P(F)×P(F)×P(F) = 1/8.

Obs: O mesmo vale para todos os demais elementos de Ω, resultando P(FFF) = P(FFM) = P(FMF) = P(MFF) = P(FMM) =

P(MFM) = P(MMF) = P(MMM) = 1/8 Associando a este espaço amostral a v.a.

X = número de crianças do sexo feminino dentre os três nascimentos, temos:

(19)

Tabela: Função de probabilidade para uma v.a. discreta

Elementos de Ω Valores de X Probabilidade p(x)

(FFF) 3 1/8

(FFM), (FMF), (MFF) 2 3/8

(FMM), (MFM), (MMF) 1 3/8

(MMM) 0 1/8

Desta forma, a função p(x) = P(X = x), dada pela tabela acima, associa as probabilidades aos possíveis valos de X.

b) A função densidade, denotada por f(x), associa probabilidades a intervalos de valores de uma v.a. contínua X, sendo dada pela área1 abaixo de sua curva (ver figura):

A função densidade recebe, ainda, os nomes: função densidade de probabilidade ou função distribuição de probabilidade (fdp).

Nota: Um exemplo de função densidade de uma v.a. contínua será visto mais adiante.

1

A operação matemática que calcula a área sob a curva de uma função f(x) é a integral:

P(a  X  b) =  b a dx x f( ) .

(20)

5.3) Principais modelos discretos de probabilidade: o modelo binomial.

Seja X uma v.a. discreta, porém, para a definição do modelo binomial é que necessário que, antes, seja definido o que um ensaio de Bernoulli.

Ensaios de Bernoulli são ensaios (ou experimentos) nos quais temos apenas dois resultados possíveis:

 sim/não;

 presença/ausência;  ocorre/não ocorre;  pertence/não pertence;  0 ou 1.

Ao realizarmos um ensaio de Bernoulli estamos interessados em apenas um apenas um dos resultados ao qual chamaremos de sucesso sendo que, a não ocorrência do evento de interesse vamos chamar de fracasso.

Por exemplo, a característica de interesse pode ser:  a presença de uma doença;

 um hábito de comportamento ou de consumo;  uma característica física;

 um defeito ou falha ;

 o resultado de uma medição classificado por um ponto de corte.  etc...

Para um ensaio de Bernoulli temos associadas as seguintes probabilidades:

(21)

A observação individual desta característica de interesse para os elementos da amostra caracteriza realizações independentes de ensaios de Bernoulli.

O modelo binomial é caracterizado pela realização de n ensaios

independentes com apenas dois resultados possíveis (sucesso e fracasso), para os quais P(sucesso) = p é constante.

Seja a v.a. X que conta os sucessos num número fixo de ensaios independentes de Bernoulli.

Então, X tem distribuição binomial com parâmetros n e p. Notação: X  binomial(n; p).

A função de probabilidade binomial é dada pela fórmula: P(X = x) =       x n px (1 – p)n – x, x = 0, 1, 2, ..., n. Exemplos:

i) Considere o exemplo dos nascimentos, independentes, de três crianças e seja a v.a. que conta o número de nascimentos do sexo feminino nesses 3 nascimentos:

Podemos notar que o sexo tem apenas dois resultados possíveis: masculino e feminino.

Como o interesse está no nascimento de crianças do sexo feminino, então, o evento caracterizado como sucesso será exatamento o nascimento do sexo feminino.

Logo, a v.a. X = número de bebês do sexo feminino dentre os três nascimentos tem distribuição binomial com parâmetros n = 3 e p = 1/2. Ou seja:

X  binomial(3; 0.5). e, a sua fnção de probabilidade é definida como:

(22)

P(X = x) =

  

x

x x         3 5 . 0 1 5 . 0 3 , x = 0, 1, 2, 3.

Assim, as probabilidades para cada um dos possíveis valores de X sãocalculadas por:  P(X = 0) =

  

8 1 5 . 0 5 . 0 1 5 . 0 0 3 0 3 0 3          ;  P(X = 1) =

  

8 3 ) 5 . 0 ( 3 5 . 0 1 5 . 0 1 3 1 3 1 3            ;  P(X = 2) =

  

8 3 ) 5 . 0 ( 3 5 . 0 1 5 . 0 2 3 2 3 2 3            ;  P(X = 3) =

  

8 1 5 . 0 5 . 0 1 5 . 0 3 3 3 3 3 3          .

Resolvendo as frações, temos:

                      125 . 0 ) 3 ( ) 3 ( , 3 375 . 0 ) 2 ( ) 2 ( , 2 375 . 0 ) 1 ( ) 1 ( , 1 125 . 0 ) 0 ( ) 0 ( , 0 X P p x X P p x X P p x X P p x

(23)

Gráfico da função de probabilidade:

ii) Suponha que uma característica genética é determinada por um par de genes, sendo D o gene dominante e d o gene recessivo. Assim sendo, DD é dominante puro; Dd é híbrido e dd recessivo puro. Sabe-se, ainda, que essa característica é determinada pelo gene recessivo. Uma família na qual os pais são ambos híbridos tem quatro filhos, determine:

a) A distribuição de probabilidade e os seus parâmetros. Qual é a probabilidade de que:

b) três dos filhos tenham a característica genética; c) no máximo dois dos filhos tenham a característica.

Com os dois pais híbridos, ou seja, ambos Dd, temos as seguintes possibilidades de cargas genéticas para os filhos:

(24)

Considerando, ainda, P(D) = P(d) = 1/2, temos as seguintes probabilidades associadas:                               4 1 2 1 ) ( 2 1 2 1 2 ) ( 4 1 2 1 ) ( 2 2 2 = dd P = Dd P = DD P

Filho Dominante puro Hibrído Recessivo puro

DD Dd dd

probabilidade 1/4 1/2 1/4

a) Como a característica genética é determinada pelo gene recessivo, ela só vai se manifestar se o filho for dd. Assim sendo, teremos uma probabilidade igual a 0.25 de que um filho apresente a característica.

Seja a v.a. X = número de filhos com a característica genética dentre os quatro irmãos.

Então, X tem distribuição binomial com parâmetros n = 4 e p = 0.25. X  binomial(4; 0.25).

e, a sua fnção de probabilidade é dada por: p(x) = P(X = x) =

 

x

x x        4 75 . 0 25 . 0 4 , x = 0, 1, 2, 3, 4.

(25)

b) Probabilidade de que três filhos apresentem a característica.

 

3

1 75 . 0 25 . 0 3 4 ) 3 (         X P 0469 . 0 ) 75 . 0 ( ) 0156 . 0 ( 4 ) 3 (X      P

c) Probabilidade de que, no máximo dois filhos tenham a característica. ) 2 ( ) 1 ( ) 0 ( ) 2 (X   P X   P X   P XP ou, ainda,

( 3) ( 4)

1 ) 3 ( 1 ) 2 (X   P X    P X   P XP Como P(X  4)  0.0039, então:

0.0469 0.0039

0.9492 1 ) 2 (X      P

(26)

6. Principais modelos contínuos: a distribuição Normal.

Uma v.a. X tem distribuição normal ou Gaussiana, com parâmetros  e 2 se a sua f.d.p. for:

 

  , e 2 1 2 22    x x f   x,    e 2 0. Notação: X  normal( ; 2) ou X  N( ; 2).

As principais características da distribuição normal são:

i) X tem média  e variância 2;

ii) é uma função simétrica em torno de : f( – k) = f( + k);

(27)

iv) tem o conhecido formato de sino com probabilidade de aproximadamente 95% entre ( – 2) e ( + 2) (ver figura).

A função de distribuição acumulada F(x) do modelo normal não pode ser determinada algebricamente, o que dificulta o cálculo das probabilidades, pois

F(x) = P(X  x)

No entanto, o resultado a seguir vem facilitar as coisas:

Resultado: a transformação a seguir padroniza a v.a. normal 

   X

Z .

Fazendo com que Z tenha média igual a 0 e variância igual a 1. Com este resultado, basta construir uma única tabela de probabilidades para a distribuição normal padronizada que teremos as probabilidades para uma v.a. normal qualquer.

(28)

Exemplos:

i) Seja uma va X com distribuição normal com média 220 e variância 16, ou seja, X

N(220; 16). Calcular as probabilidades abaixo:

a) P(X  225) P(X  225) =

1.25

4 220 225 4 220        Z P X P = 0.8943 b) P(210  X  228) P(210  X  228) =         4 220 228 4 220 4 220 210 X P

  

  P 2.50 Z 2.00

 

 

  P Z 2.00 P Z 2.50 0.9773 – 0.0062 = 0.9711

(29)

c) Qual o valor de k tal que P(X  k) = 0.01? P(X  k) =         4 220 4 220 k X P = 0.01,

Da tabela temos que 2.33 4

220

k  k = 210.38

d) Quais os valores k1 e k2 simétricos em torno de , tal que P(k1  X  k2) = 0.95? P(k1  X  k2) =         4 220 4 220 2 1 Z k k P = 0.95,

Da tabela temos que 

              4 220 4 220 2 1 P Z k k Z P = 0.025, e, 96 . 1 4 220 1   k  k 1 = 212.16

Como k1 e k2 simétricos em torno da média, então 96 . 1 4 220 2   k  k 2 = 227.84

ii) Suponha que a renda de uma população (em s.m.) tenha distribuição N

4;0.36

. Qual a probabilidade de que:

a) Uma pessoa escolhida ao acaso desta população tenha renda inferior a 2.87sm?

b) Uma pessoa escolhida ao acaso desta população tenha renda superior a 5.05sm?

c) Qual a proporção de pessoas com renda entre 2.8 e 5.2 sm’s?

(30)

a) P(X < 28.7) P(X < 28.7) =

1.88

6 40 7 . 28       Z P Z P = 0.0301 b) P(X > 50.5) P(X > 50.5) = 1

1.75

6 40 5 . 50       Z P Z P = 0.0401 c) P(28 < X < 52) P(28 < X < 52) = P

2.0Z 2.0

P

Z  2.0

 

P Z 2.0

= 0.9773 – 0.0228 = 0.9545

iii) O tempo até a falha dos televisores da marca X-View tem distribuição normal com média 35 mil horas ( 4 anos) e desvio padrão de 2.675 mil horas ( 3.7 meses). A empresa deseja fixar a garantia do produto de forma que, no máximo 5% dos televisores apresentem problemas abaixo desse limite. a) Encontre o limite de garantia L?

P(X < L) = 0.05 05 . 0 675 . 2 35       LZ P  1.645 675 . 2 35 LL35(1.645)(2.675)

(31)

b) Os diretores da companhia traçam um plano de ação para reduzir a variabilidade do processo de produção. De quanto deve ser reduzido o desvio padrão do processo para que, mantido o limite obtido em (a), o percentual de itens abaixo do limite garantia caia pela metade?

P(X < 30.6) = 0.025 025 . 0 * 35 6 . 30          Z P  1.96 * 35 6 . 30    1.96 * 4 . 4  

 * = 2.245 mil horas ( 3.1 meses)

Definição:

Seja Z o quantil 100% da distribuição N(0, 1), então, Z é tal

que

(32)

Principais quantis da distribuição Normal Quantil Z  = 0.01 1% Z0.01 = –2.33  = 0.025 2.5% Z0.025 = –1.96 = 0.05 5% Z0.05 = –1.645 = 0.95 95% Z0.95 = 1.645 = 0.975 97.5% Z0.975 = 1.96  = 0.99 99% Z0.99 = 2.33

Obs: 1) Note que Z = – Z(1–), por exemplo Z0.025 = – Z0.975;

2) No programa R os quantis da normal são obtidos pelo comando: qnorm(), 0    1.

iv) Um produto é vendido em pacotes de um quilograma, sendo que a distribuição do peso dos pacotes é normal com média 1005g e desvio padrão 12g.

a) Qual a probabilidade de que um pacote saia com peso 15g abaixo da média?

b) Num fardo com 12 pacotes, qual é a probabilidade de no máximo 2 estejam abaixo de 990g?

c) Um fiscal informou o produtor de que são aceitos apenas 5% dos pacotes com peso abaixo de 995g. De quanto deve diminuir a variabilidade para que esse limite seja atendido? d) Como o processo não permite o ajuste na variabilidade, a

opção seria aumentar a média para atender a especificação. De quanto deve ser a nova média?

e) Com a nova média obtida no item anterior, de quanto se espera seja o aumento na perda do empacotador em uma tonelada do produto.

Referências

Documentos relacionados

Figura 2.6 - Organização da Engenharia de Manutenção da Rhodia. 3) ENGENHARIA DE PROJETO E MATERIAIS MANUTENÇÃO FALHA CORRETIVA PREVENTIVA PALIATIVA CORRETIVA MELHORIA ENGENHARIA

Esta investigação tem como tema central a questão da representação dos professores, em seus discursos, referente à gestão educacional, com o intuito de analisar questões

Diretora: Como que a mãe ia ter tempo de olhar pra ti se tinha que olhar para um monte de coisas, a mãe até tentava achar tempo para você, mas também precisava dar conta de um monte

FILTRO DE AREIA DE ALTA VAZÃO COM TANQUE EM TERMOPLÁSTICO SÉRIE.. INFORMAÇÕES SUJEITAS A ALTERAÇÃO SEM

• 3º Grupo - OS LIBERAIS [apostasia plenamente desenvolvida e assumida] - O liberalismo em sua apostasia nega a validade de quase todos os fundamentos da fé,

Até 11 de dezembro de 2007, para a tributação com base no lucro presumido, aplica-se o percentual de 8% sobre a receita bruta para fins de determinação da base de cálculo do

Nome científico Autor Ano Nome comum Classe Ordem Família Categoria Critério Austrolebias alexandri (Castello &amp; Lopez) 1974 peixe-anual

Foi criada uma área de apoio imediato, logo em março, por parte do Governo Regional, no valor de 20 milhões de euros, que têm sido concretizados e têm permitido