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DI BLASI CONSULTORIA FINANCEIRA LTDA INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE CAMAÇARI. Relatório dos Investimentos Março/2011

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DI BLASI CONSULTORIA FINANCEIRA LTDA

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE

CAMAÇARI

Relatório dos Investimentos – Março/2011

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CENÁRIO ECONÔMICO

No primeiro trimestre de 2011 reapareceram as preocupações com a economia européia, tendo Portugal como principal foco. Os déficits fiscais aumentam e não há no horizonte uma saída para a situação a não ser uma ajuda do Banco Central Europeu (BCE) ou do FMI, como ocorreu na Grécia e na Irlanda.

A China e a Índia continuam a apresentar números robustos de crescimento econômico. No caso chinês, algumas pressões inflacionárias se encontram presentes e as autoridades têm feito um esforço para tentar debelar a inflação nascente, sem cortar o crescimento do país.

Tivemos dois fatos muito importantes recentemente: terremoto e o tsunami que abalou o Japão e as revoltas dos povos árabes. A reação do ditador Kadafi provocou uma reação da OTAN e os preços do petróleo subiram bastante. Este fato pode atrasar um pouco a retomada do crescimento europeu.

Quanto ao Japão, só temos a lamentar, porque o número de vítimas foi grande, o estrago econômico enorme e ainda há o risco de contaminação nuclear. O país tende a recuperar-se, por causa de seu povo, mas dúvidas ainda permanecem.

O governo brasileiro parece que se rendeu às expectativas dos índices de inflação chegando ao topo da meta em 2011 e foca suas baterias para 2012, misturando política de juros e políticas macro prudenciais. O objetivo é não permitir uma queda muito grande no crescimento do PIB. Temos a sensação que a atual presidente do país está procurando fazer uma boa política macroeconômica, com o viés de esquerda esperado.

A expectativa de menor aumento de juros no curto prazo fez a curva futura de juros apreçar um novo ciclo de aperto para o ano de 2012. Acreditamos que esse possível movimento já esteja inteiramente refletido nos preços a mercado e continuamos otimistas com uma taxa de juros menor para o ano que vem.

Em relação ao mercado acionário, estamos passando por um momento de incertezas domesticas e externas. É esperado para o mês de abril um pronunciamento do Banco Central Americano sobre sua intenção de dar ou não continuidade ao programa de recompras de títulos implementado, gerando grande incerteza se a valorização dos mercados vem sendo sustentada inteiramente por esse excesso de liquidez.

Na frente doméstica observamos uma clara intervenção do governo na Vale e especulações quanto a medidas de restrição a exportação de minério. Isso traz novas preocupações quanto ao nível de governança de empresas estatais e do nível de intervenção do governo em setores da economia.

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Com base no cenário para 2011 - inflação elevada e taxa de juro SELIC também em também em elevação, a carteira de investimentos do ISSM deverá manteve alocação próxima ao limite de 30% em fundos de renda fixa atrelados ao CDI, concentrados em títulos públicos federais, exceto o fundo Bradesco Premium, que também opera com títulos privados. Esta política implica em menor volatilidade - oscilações- no retorno diário dos investimentos, pois se caracteriza por investimento pós-fixado, isto é, investimento que acompanha a trajetória da taxa de juro SELIC.

Com o propósito do cumprimento da meta atuarial em 2011, atrelada a índice inflacionário, a parcela restante dos investimentos - exceto produtos de Crédito Privado e carteira própria - estará alocada em produtos IMA, cuja rentabilidade está baseada no comportamento da taxa de inflação. Tal medida propiciará um melhor casamento entre o passivo atuarial do ISSM e os investimentos. Cabe ressaltar que, por características inerentes a este tipo de investimento, oscilações de rendimento são normais e os recursos devem ter caráter previdenciário, com perspectiva de médio e longo prazo. Neste sentido, com exceção dos investimentos atrelados a Crédito Privado e parte da carteira própria (Atrium), a rentabilidade dos investimentos do ISSM encontra-se dentro dos parâmetros de mercado, concentrados em instituições de primeira linha - CAIXA, Bradesco - em produtos competitivos e adequados para um Regime Próprio de Previdência Social.

Segue, em anexo, relatório de acompanhamento de fundos de investimento, posição março/2011.

FUNDOS DE CRÉDITO PRIVADO QUATÁ E SECURITY

Conforme mensagem eletrônica de 11/04/2011 recebida do ISSM, as seguintes considerações foram apresentadas pelos gestores Quatá e Security, respectivamente, para o rebaixamento das quotas dos fundos de investimento:

“O Fundo QT FIC FI LP RF teve uma provisão contábil, a Empresa Muriel do Brasil deixou de pagar 1 parcela de dívida de outro fundo administrado também pela Mellon.

Apesar da Muriel não ter atraso com o fundo de Renda Fixa, fundo o qual o FIC tem 95% de aplicação, o mesmo sofreu um reflexo contábil.

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Segundo contato com o novo gestor, o mesmo está negociando junto a empresa e a Mellon para que a provisão seja retornada.”

“O motivo para a rentabilidade de fevereiro abaixo do benchmark e a leve desvalorização das cotas de março foi a necessidade de um provisionamento feito pelo administrador - BNY Mellon - pois pela 1ª vez tivemos um problema de inadimplência.

Pró-ativos já conseguimos através dos nossos advogados o arresto dos bens dos

proprietários da empresa, bem como bloqueio dos recebíveis de seus principais clientes, e sendo assim, projetamos normalidade em futuro próximo.”

Em relação aos fundos de investimentos QUATÁ e Security, conforme mensagem transcrita acima e repassada pelo próprio ISSM, o rebaixamento das quotas dos respectivos fundos foi ocasionada por inadimplência dos ativos que integram - direta ou indiretamente - a carteira de investimentos do ISSM. Ressalta-se que tal provisionamento efetuado pelo administrador do fundo - BNY Mellon - encontra respaldo na legislação vigente estabelecida pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários - no conceito conhecido como "marcação a mercado". O administrador de um fundo de investimento, constatando eventual inadimplemento em títulos de crédito deverá refletir imediatamente o valor de mercado dos ativos que integram a carteira, isto é, deverá efetuar provisões que registrem a real situação patrimonial dos ativos e da carteira. A medida tem como princípio a transparência e equidade de tratamento entre todos os quotistas de um fundo de investimento.

Nos casos em questão, o gestor apontou inadimplemento no pagamento de parcelas da dívida - crédito privado - como causa para o rebaixamento das quotas. Cabe destacar que a eventual reversão do rebaixamento somente deverá ocorrer com o eventual pagamento da parcela inadimplida ou com a tomada definitiva de eventuais garantias que resultem em efetivo aporte de recursos no fundo de investimento.

Por fim, com base no conceito anteriormente exposto de "marcação a mercado", deve-se considerar que o real patrimônio dos fundos foi reduzido em virtude do inadimplemento de parte do investimento, com impacto financeiro sobre os recursos do ISSM. Com base em valores de mercado, na data respectiva, ocorreu perda financeira. A perda será contábil, conforme mencionado pelo gestor Quatá somente se e quando houver a eventual reversão do provisionamento.

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Não devem ser descartadas novos rebaixamentos no valor da quota caso ocorram eventuais novos inadimplementos por parte dos devedores do fundo de investimento. Destaca-se ainda, que a participação dos fundos acima mencionados no patrimônio do ISSM é expressiva, acima de 20%.

PERSPECTIVAS FUTURAS

Com base nas projeções acima, a rentabilidade futura para os investimentos de renda fixa e renda variável aponta para uma carteira ótima com alocação em fundos de renda fixa atrelados à inflação – IMA-B e utilização do limite de até 30% do patrimônio em produtos atrelados ao CDI, que apresentam menor volatilidade. Concentrar em produtos cujas carteiras sejam lastreadas em títulos públicos federais, conforme disposto na Resolução CMN 3922/10.

Atenciosamente,

DI BLASI CONSULTORIA FINANCEIRA LTDA

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