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Contabilidade do
Terceiro Setor -
Principais Aspectos
(Práticas Contábeis
Aplicadas)
Elaborado por:
Anderson Oliveira do Nascimento
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É PROIBIDA A REPRODUÇÃO
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APOSTILA, DE QUALQUER
FORMA OU POR QUALQUER
MEIO.
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
ARTIGO 184.
Agosto 2014
Programa
CTG 1000 (Adoção plena da Norma) - Características de uma Associação sem Fins Lucrativos; Aspectos Fiscais;
Gratuidades;
Fonte de Recursos para Financiamento de Projetos; Aspectos Contábeis;
Itens Obrigatórios nas Notas Explicativas - Fundações; Doações Condicionais e Incondicionais;
Devolução de Recursos;
Glosa e Substituição de Documentos Práticas 1º Setor Governo 2º Setor Mercado 3º Setor Integração entre Estado e o Mercado:
Sistema S: Sesi, Sesc, Sebrae, Senac, Senai e Sest. Partidos políticos
Integração entre Mercado e Terceiro Setor:
Sindicados, Associações Profissionais, Cooperativas, Clubes
Terceiro Setor:
Associações, Fundações, Cooperativas Sociais, Organizações Sociais e OSCIP´s
Necessidade de transparência, prestação de contas e gestão profissional Parcerias Subvenções Doações Contribuições
Isenção e imunidade tributária
Intensa utilização de recursos externos
Externas Internas
Da própria operação
Suas atividades são financiadas através das seguintes fontes: Características das Entidades do Terceiro setor
As entidades do Terceiro Setor são denominadas
Instituições de Interesse
Social
, sendo classificadas como:
Sem fins lucrativos:
recebem contribuições ou doações para
realizar suas atividades, mas
não
fazem filantropia;
Sem fins lucrativos e filantrópicas:
independente de receberem
contribuições ou doações para realizarem suas atividades, concedem no
todo
ou em
parte
,
gratuidades
na realização dos serviços.
Característica OSCIP – Lei 9.790/99
a) Termo de parceria; b) Regulamentação específica; c) Remuneração de dirigentes; d) Controle Social.
O acesso público irrestrito às contas das organizações. A lei 9709/99 disciplina formas de prestação de contas. Por lei, qualquer cidadão pode requerer judicial ou administrativamente a cassação do título de OSCIP.
Qualificação como OSCIP
Para requerer a qualificação como Oscip a entidade interessada deverá atender aos requisitos da Lei nº 9.790/99, regulamentada pelo Decreto nº 3.100/99 - junto ao Ministério da Justiça
Termo de Parceria – Criado pela Lei 9790/99 - pretende ser um veículo legítimo e adequado ao repasse de verbas públicas para entidades de direito privado
Filantropia x OSCIPS
Comparativos Filantropia OSCIPs
Objeto Social Específico (saúde Educação,
Assistência Social)
Abrangente
Burocracia Complexa Simples
Custos Altos Baixos
Prazos Longos Curtos
Termo de Parceria Não Sim
Prestação de Contas Complexa Simples
Tributário Total Parcial
Remuneração de Diretores Não Faculta
ASPECTOS TRIBUTÁRIOS
QUADRO GERAL DE IMUNIDADES E ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS
TRIBUTOS IMUNIDADE ISENÇÃO
IRPJ CF/1988 – Art. 150, VI, c Lei 9532/97 – art. 12 CTN art. 14 (LC 104/2001) Lei 9532/97 – art. 15 Isenções CSLL CF/1988 – Art. 150, VI, c Lei 9532/97 – art. 15 PIS (sobre Faturamento destinados
à seguridade social)
CF/1988 – Art. 150, VI, c
-Decreto 4524/02
COFINS (sobre Faturamento destinados à seguridade social)
CF/1988 – Art. 150, VI, c
INSS Art. 195, § 7º da CF
- Certificada como Beneficente de Assist. Social ( L. 12.101/2009) ISS, IPTU, IPVA CF/1988 – art. 150, VI, c
REQUISITOS LEGAIS PARA IMUNIDADES E ISENÇÕES
IRPJ/ CSLL
Lei 9532/97 – art. 12: Para efeito do disposto noart. 150, inciso VI, alínea "c", da Constituição, considera-se imune a instituição de educação ou de assistência social que preste os serviços para os quais houver sido instituída e os coloque à disposição da população em geral, em caráter complementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos.
§1º Não estão abrangidos pela imunidade os rendimentos e ganhos de capital auferidos em aplicações
financeiras de renda fixa ou de renda variável.
Art. 34 da IN SRF 25/01. Está dispensada a retenção do imposto de renda na fonte sobre rendimentos de aplicações
financeiras de renda fixa ou de renda variável, quando o beneficiário do rendimento declarar à fonte pagadora, por escrito, sua condição de entidade imune.
§2º Para o gozo da imunidade, as instituições a que se refere este artigo, estão obrigadas a atender aos seguintes
requisitos:
a) não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados;
b) aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos seus objetivos sociais; c) manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das formalidades que assegurem a respectiva exatidão;
REQUISITOS LEGAIS PARA IMUNIDADES E ISENÇÕES
IRPJ/ CSLL
d) conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos (L. 12101/09 = 10 anos), contado da data da emissão, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, bem assim a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial;
e) apresentar, anualmente, Declaração de Rendimentos, em conformidade com o disposto em ato da Secretaria da Receita Federal;
f) recolher os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou creditados e a contribuição para a seguridade social relativa aos empregados, bem assim cumprir as obrigações acessórias daí decorrentes; g) assegurar a destinação de seu patrimônio a outra instituição que atenda às condições para gozo da imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou de encerramento de suas atividades, ou a órgão público; h) outros requisitos, estabelecidos em lei específica, relacionados com o funcionamento das entidades a que se refere este artigo.
REQUISITOS LEGAIS PARA IMUNIDADES E ISENÇÕES IRPJ/ CSLL
Art. 15. Consideram-se isentas as instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos.
§1º A isenção a que se refere este artigo aplica-se, exclusivamente, em relação ao imposto de renda da pessoa jurídica e à contribuição social sobre o lucro líquido.
REQUISITOS LEGAIS PARA IMUNIDADES E ISENÇÕES
PIS
Decreto 4524/02 – Capítulo II -CONTRIBUIÇÃO INCIDENTE SOBRE A FOLHA DE SALÁRIOS
Art. 9º São contribuintes do PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários as seguintes entidades (Medida
Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 13): I - templos de qualquer culto; II - partidos políticos;
III - instituições de educação e de assistência social que preencham as condições e requisitos do art. 12 da Lei nº 9.532, de 1997;
IV - instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações, que preencham as condições e requisitos do art. 15 da Lei nº 9.532, de 1997;
V - sindicatos, federações e confederações;
VI - serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei; VII - conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas; VIII - fundações de direito privado;
X - condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais; e
IX - Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as organizações estaduais de cooperativas previstas no
REQUISITOS LEGAIS PARA IMUNIDADES E ISENÇÕES
COFINS
São isentas da Cofins as receitas relativas às atividades próprias das seguintes entidades (Medida
Provisória n º 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, art. 14, X): - templos de qualquer culto;
- partidos políticos;
- instituições de educação e de assistência social que preencham as condições e requisitos do art. 12 da
Lei n º 9.532, de 10 de dezembro de 1997;
- instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações, que preencham as condições e requisitos do art. 15 da Lei n º 9.532, de 1997;
- sindicatos, federações e confederações;
- serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei; - conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas; - fundações de direito privado;
- condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais; e
- Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as Organizações Estaduais de Cooperativas previstas no art. 105 e seu § 1 º da Lei n º 5.764, de 16 de dezembro de 1971.
REQUISITOS LEGAIS PARA IMUNIDADES E ISENÇÕES
COFINS – Definição de Receita da Atividade
MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 110 de 16 de Julho de 2002
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
EMENTA: ISENÇÕES. ASSOCIAÇÕES SEM FINS LUCRATIVOS. A partir de 1º de fevereiro de 1999, são isentas
da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins as receitas das associações civis sem fins lucrativos a que se refere o art. 15 da Lei nº 9.532 de 10/12/1997, relativas à suas atividades próprias, assim
entendidas suas receitas típicas, como as contribuições, doações e anuidades ou mensalidades de seus associados e mantenedores, destinadas ao custeio e manutenção da instituição e execução de seus objetivos estatutários, mas que não tenham cunho contraprestacional. As demais receitas, como as decorrentes da prestação de serviços, vendas de mercadorias e ganhos de aplicações financeiras, serão tributada s conforme o disposto nos arts. 2º e 3º, §1º da Lei nº 9.718, de 27 /11/1998.
REQUISITOS LEGAIS PARA IMUNIDADES E ISENÇÕES
INSS
Lei 12.101/2009 regulamentada pelo Decreto 7.237/2010
Art. 1º A certificação das entidades beneficentes de assistência social e a isenção de contribuições para a seguridade social serão concedidas às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, reconhecidas como entidades beneficentes de assistência social com a finalidade de prestação de serviços nas áreas de assistência social, saúde ou educação, e que atendam ao disposto nesta Lei.
REQUISITOS LEGAIS PARA IMUNIDADES E ISENÇÕES
INSS
Lei 12.101/2009 regulamentada pelo Decreto 7.237/2010 CAPÍTULO II
DA CERTIFICAÇÃO
Art. 3º A certificação ou sua renovação será concedida à entidade beneficente que demonstre, no exercício fiscal anterior ao do requerimento, observado o período mínimo de 12 (doze) meses de constituição da entidade, o cumprimento do disposto nas Seções I, II, III e IV deste Capítulo, de acordo com as respectivas áreas de atuação, e cumpra, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I - seja constituída como pessoa jurídica nos termos do caput do art. 1º; e
II - preveja, em seus atos constitutivos, em caso de dissolução ou extinção, a destinação do eventual patrimônio remanescente a entidade sem fins lucrativos congêneres ou a entidades públicas.
REQUISITOS LEGAIS PARA IMUNIDADES E ISENÇÕES
INSS
Lei 12.101/2009 regulamentada pelo Decreto 7.237/2010 Seção I – Saúde
Seção II – Educação Seção III – Assistência Social
Seção IV – Da Concessão e do Cancelamento
REQUISITOS LEGAIS PARA IMUNIDADES E ISENÇÕES
INSS
Lei 12.101/2009 regulamentada pelo Decreto 7.237/2010 CAPÍTULO IV
DA ISENÇÃO Seção I Dos Requisitos
Art. 29. A entidade beneficente certificada na forma do Capítulo II fará jus à isenção do pagamento das contribuições de que tratam os arts. 22 e 23 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, desde que atenda, cumulativamente, aos seguintes requisitos:
I - não percebam seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores, remuneração, vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes sejam atribuídas pelos respectivos atos constitutivos;
II - aplique suas rendas, seus recursos e eventual superávit integralmente no território nacional, na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos institucionais;
III - apresente certidão negativa ou certidão positiva com efeito de negativa de débitos relativos aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e certificado de regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;
REQUISITOS LEGAIS PARA IMUNIDADES E ISENÇÕES
INSS
Lei 12.101/2009 regulamentada pelo Decreto 7.237/2010 CAPÍTULO IV
Art. 29...
IV - mantenha escrituração contábil regular que registre as receitas e despesas, bem como a aplicação em gratuidade de forma segregada, em consonância com as normas emanadas do Conselho Federal de Contabilidade;
V - não distribua resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, sob qualquer forma ou pretexto;
VI - conserve em boa ordem, pelo prazo de 10 (dez) anos, contado da data da emissão, os documentos que comprovem a origem e a aplicação de seus recursos e os relativos a atos ou operações realizados que impliquem modificação da situação patrimonial;
VII - cumpra as obrigações acessórias estabelecidas na legislação tributária;
VIII - apresente as demonstrações contábeis e financeiras devidamente auditadas por auditor independente legalmente habilitado nos Conselhos Regionais de Contabilidade quando a receita bruta anual auferida for superior ao limite fixado pela Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006.
REQUISITOS LEGAIS PARA IMUNIDADES E ISENÇÕES
INSS
As Contribuições Previdenciárias abrangidas pela isenção são as seguintes, conforme arts. 22 e 23 da Lei 8.212/91
I – 20% (vinte por cento), destinadas à Previdência Social, incidentes sobre o total das remunerações pagas,
devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais (autônomos) que prestem serviços à entidade;
II – 1%, 2% ou 3% destinadas ao financiamento de aposentadorias especiais e de benefícios decorrentes dos
riscos ambientais do trabalho, incidentes sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que prestem serviços à entidade; III – (...)
Também são abrangidas pela isenção a cota previdenciária a Fundos de Terceiros (1,7% a 5,8% conforme enquadramento) conforme disposto no art. 109, inciso VIII da IN RFB 971/2009 com alterações da IN RFB 1071/2010:
O enquadramento da alíquota de terceiros é feito associando-se o CNAE preponderante para encontrar o código FPAS correspondente à atividade, conforme disposto na IN RFB 971/2009 em seu art. 109-C e tabela nele constante.
REQUISITOS LEGAIS PARA IMUNIDADES E ISENÇÕES
INSS
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo para apuração do valor das isenções previdenciárias é o total da Folha de Pagamento, inclusive sobre os autônomos, sobre cujos honorários seria devida a cota patronal de 20%.
O cálculo é importante e necessário para cumprimento de requisitos legais e contábeis da Lei 12.101/2009 e das Normas Técnicas Contábeis aplicáveis às Entidades Sem Fins Lucrativos, que exigem a contabilização das isenções usufruídas e apuração dos percentuais de gratuidade constantes na Lei 12.101/2009.
A IN RFB 971/2009 define as bases de cálculo.
PJ Direito Privado Sem fins lucrativos
LOAS Assist. Social L.12.101/09 Ent. Beneficente Certificada -CNAS CTN Requisitos Fiscais
Atender todos requisitos Art. 29 – L. 12.101/09
IV – Contabilidade = CFC VIII – DC’s auditadas
Poderá ser empresa pública ou privada com base:
A Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313 de 23 de dezembro de 1991), conhecida também por Lei Rouanet, é a lei que institui políticas públicas para a cultural nacional, como o PRONAC - Programa Nacional de Apoio à Cultura. Abatimento até 4% do IR da PJ.
Orçamentos Específicos de Municípios Recursos de Ministérios
Recursos de Entidades do Sistema “S” Recursos de BNDES, Petrobrás, ETC
FONTE DE RECURSOS PARA FINANCIAMENTO DE PROJETOS
O que fazer?
Setor com alta complexidade nas operações, envolvendo diversas entidades, que atuam em vários segmentos, em diferentes áreas.
Necessidade de uma contabilidade direcionada para as
particularidades desse segmento
Normas Brasileiras de Contabilidade
Etapas da Contabilidade
1ª Etapa Registro das Transações
• Lançamento contábil • Registro contábil • Débito e crédito • Documentos • Livro diário • Razonetes • Balancetes • Plano de contas • Lesgilação • Balanço patrimonial
• Demonstração do superávit ou déficit
• Demonstração das mutações do patrimônio social
• Demonstração do fluxo de caixa
• Notas explicativas
• Demonstração do valor adicionado 2ª Etapa Demonstrações Contábeis 3ª Etapa Interpretação • Interpretação • Análise • Tomada de decisões • Planejamento • Avaliar desempenho • Tendências • Expectativas • Controle • Prestação de contas
3ª etapa depende de boas práticas contábeis utilizadas na 1ª e 2ª etapa, que envolvem:
a) Princípios Contábeis b) Normas Contábeis
NBC Normas Brasileiras de Contabilidade
Nova estrutura, conforme Resolução CFC 1.328/11
1.
Princípios de Contabilidade
: Resoluções CFC 750/93 e 1.282/102.
Normas Brasileiras de Contabilidade
: 2.1Normas Técnicas
: 2.1.1.Interpretações Técnicas
2.1.2.Comunicados Técnicos
2.2Normas Profissionais
Resolução CFC 1.328/11 CFC 1.409/12 CFC 1.305/10 CPCNBC Normas Brasileiras de Contabilidade
Nova estrutura, conforme Resolução CFC 1.328/11
Art. 1º. As Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC) devem seguir os mesmos padrões de elaboração e estilo
utilizados nas normas internacionais
Art. 9º. A inobservância às Normas Brasileiras de Contabilidade constitui infração
disciplinar sujeita às penalidades previstas nas alíneas de “c” a “g” do art. 27 do
Decreto-Lei n.º 9.295/46, alterado pela Lei n.º 12.249/10, e ao Código de Ética
Profissional do Contador.
Alíneas “c” a “g” envolvem: multa, suspensão, cassação, advertência reservada, censura
reservada e censura pública.
NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis
As Práticas contábeis brasileiras compreendem:
A legislação societária brasileira,
As Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo Conselho Federal de
Contabilidade,
Os pronunciamentos, as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC e
homologados pelos órgãos reguladores, e práticas adotadas pelas entidades em assuntos
não regulados
*
, desde que atendam à NBC TG Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual
para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis emitida pelo CFC
Em consonância com as normas contábeis internacionais.
*
No Terceiro Setor: Ministério público, CNAS e CEBAS
ITG 2002 - Fundações e Entidades sem fins lucrativos
Disposições gerais:
Aplicam-se:
Os Princípios Fundamentais de Contabilidade;
Todas as Normas Brasileiras de Contabilidade e suas Interpretações Técnicas e
Comunicados Técnicos;
Alterações nas terminologias, como:
Patrimônio Social
Superávit ou déficit acumulados
Demonstração do Superávit ou Déficit
Demonstração das Mutações do Patrimônio Social
Demonstrar de forma segregada, as contas de receitas e despesas, quando
identificáveis, por tipo de atividade
TG 07 - Fundações e Entidades sem fins lucrativos Registro Contábil envolve:
Doações condicionais e incondicionais para custeio Doações condicionais e incondicionais patrimoniais Auxílios Subvenções Contribuições Mensalidades Convênios Parcerias Gratuidades
Isenção e imunidade tributária
Necessidade de um plano de contas específico para esse tipo de atividade
ITG 2000: Escrituração Contábil (Resolução CFC n° 1.330/11) Objetivo:
1. Esta Interpretação estabelece critérios e procedimentos a serem adotados pela entidade para a escrituração contábil de seus fatos patrimoniais, por meio de qualquer processo, bem como a guarda e a manutenção da documentação e de arquivos contábeis e a responsabilidade do profissional da contabilidade.
Alcance
2. Esta Interpretação deve ser adotada por todas as entidades, independente da natureza e do porte, na elaboração da escrituração contábil, observadas as exigências da legislação e de outras normas aplicáveis, se houver.
Formalidades da escrituração contábil
3. A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos Princípios de Contabilidade.
ITG 2000: Escrituração Contábil (Resolução CFC n° 1.330/11)
5. A escrituração contábil deve ser executada:
a) em idioma e em moeda corrente nacionais;
b) em forma contábil;
c) em ordem cronológica de dia, mês e ano;
d) com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou emendas; e
e) com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em
elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis.
26. Documentação contábil é aquela que comprova os fatos que originam lançamentos
na escrituração da entidade e compreende todos os documentos, livros, papéis, registros
e outras peças, de origem interna ou externa, que apoiam ou componham a escrituração.
As doações podem ser feitas em dinheiro, cheques, estoques, perdão de dívidas, imóveis, terrenos, equipamentos, instalações, móveis, utensílios e serviços voluntários.
Devem ser classificadas como:
a) Doaçãoincondicional: ocorre quando o doador não impõe qualquer condição para que o valor seja utilizado pela entidade.
b) Doaçãocondicional: é aquela em que o doador determina ao recebedor o cumprimento de uma obrigação ou destinação específica.
NOTAS EXPLICATIVAS – conforme ITG 2002 DIVULGAÇÃO
As demonstrações contábeis devem ser complementadas por notas explicativas que contenham, pelo menos, as seguintes informações:
(a) contexto operacional da entidade, incluindo a natureza social e econômica e os objetivos sociais;
(b) os critérios de apuração da receita e da despesa, especialmente com gratuidade, doação, subvenção, contribuição e aplicação de recursos;
(c) a renúncia fiscal relacionada com a atividade deve ser evidenciada nas demonstrações contábeis como se a obrigação devida fosse;
(d) as subvenções recebidas pela entidade, a aplicação dos recursos e as responsabilidades decorrentes dessas subvenções;
NOTAS EXPLICATIVAS – conforme ITG 2002 DIVULGAÇÃO
(e) os recursos de aplicação restrita e as responsabilidades decorrentes de tais recursos; (f) os recursos sujeitos a restrição ou vinculação por parte do doador;
(g) eventos subsequentes à data do encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da entidade; (h) as taxas de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações em longo prazo; (i) informações sobre os seguros contratados;
NOTAS EXPLICATIVAS – conforme ITG 2002 DIVULGAÇÃO
(j) a entidade educacional de ensino superior deve evidenciar a adequação da receita com a despesa de pessoal, segundo parâmetros estabelecidos pela Lei das Diretrizes e Bases da Educação e sua regulamentação;
(k) os critérios e procedimentos do registro contábil de depreciação, amortização e exaustão do ativo imobilizado, devendo ser observado a obrigatoriedade do reconhecimento com base em estimativa de sua vida útil;
(l) segregar os atendimentos com recursos próprios dos demais atendimentos realizados pela entidade;
NOTAS EXPLICATIVAS – conforme ITG 2002 DIVULGAÇÃO
(m) todas as gratuidades praticadas devem ser registradas de forma segregada, destacando aquelas que devem ser utilizadas na prestação de contas nos órgãos governamentais, apresentando dados quantitativos, ou seja, valores dos benefícios, número de atendidos, número de atendimentos, número de bolsistas com valores e percentuais
representativos;
(n) a entidade deve demonstrar, comparativamente, o custo e o valor reconhecido quando este valor não cobrir os custos dos serviços prestados.
Doações
As
doações
podem ser feitas em dinheiro, cheques, estoques, perdão de dívidas, imóveis, terrenos, equipamentos, instalações, móveis, utensílios e serviços voluntários.Devem ser classificadas como:
Doação
incondicional
: ocorre quando o doadornão impõe
qualquer condição para que o valor seja utilizado pela entidade.Doação
condicional
: é aquela em que o doadordetermina
ao recebedor o cumprimento de uma obrigação ou destinação específica.Contabilização as doações, auxílios, subvenções e contribuições
Doações para custeio
Recebidas por qualquer meio (cheque, dinheiro, depósito em conta corrente etc.) devem ser contabilizadas a débito, na conta específica do Ativo, e a crédito, na conta de
Receita
de Doações.
Doações em forma de ativos
Que integrarão o Patrimônio devem ser avaliadas e levadas a débito, na conta específica do Imobilizado, e a crédito, na conta de passivo denominada
Receita Diferida
(conforme item 24 da NBC TG 07).Admite-se a reconhecimento da receita de subvenção governamental no momento de seu recebimento somente para os casos em que não há base de alocação da subvenção ao longo dos períodos beneficiados.
NBC TG 07:
Item 25. São considerados aceitáveis dois métodos de apresentação, nas demonstrações contábeis, da subvenção relacionada com ativos.
Item 26. Um dos métodos reconhece a subvenção governamental como receita diferida no passivo, sendo reconhecida como receita em base sistemática e racional durante a vida útil do ativo.
Ativo Passivo
Imobilizados Receita Diferida
Ativo Passivo
Imobilizados Receita Diferida
(-) Depreciação Acum. (-) Realização do Bem Exemplo: Constituição da subvenção
Exemplo: Realização da subvenção
NBC TG 07:
Item 27. O outro método deduz a subvenção governamental do valor contábil do ativo relacionado com a subvenção para se chegar ao valor escriturado líquido do ativo, que pode ser nulo. A subvenção deve ser reconhecida como receita durante a vida do ativo depreciável por meio de crédito à depreciação registrada como despesa no resultado.
Exemplo: Constituição da subvenção Exemplo: Realização da subvenção
Ativo Ativo
Imobilizados Imobilizados
(-) Depreciação acumulada
(-) Subvenção governamental (-) Subvenção governamental (+) Realização do bem
Doações na forma de ativos
Ativos que irão gerar benefícios por vários períodos: Estoques que serão doados em vários meses
Itens do imobilizado, como: equipamentos, instalações, máquinas, imóveis e terrenos
NBC TG 07:
Item 12 “recolher como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática, desde que atendidas as condições desta Norma. Item 24 “deve ser apresentada no balanço patrimonial em conta de passivo, como receita diferida, ou deduzindo o valor contábil do ativo relacionado”.
Doações em dinheiro ou na forma de
ativos
Exemplo 1 – Doação incondicional, em dinheiro
Recebimento de doação incondicional de “Pessoa Jurídica” em dinheiro, para custeio, no valor de R$ 5.000,00
D – Bancos cta movto – recursos livres (ATIVO) C – Doações pessoa jurídica (RECEITA)
Ativo Demonstração Superávit (Déficit) Circulante: Receitas:
Disponível Doações
Bcos cta movto – recursos livres 5.000,00 Pessoa jurídica 5.000,00
Exemplo 2: doações incondicionais, na forma de ativos (estoques)
Recebimento de doação de um materiais escolares, no valor de R$ 10.000,00, referente 250 unidades (estojo, cadernos, lápis, borracha, etc). O material foi distribuído da seguinte forma: 150 unidades em janeiro, 50 em fevereiro e 50 em março.
2.1) Recebimento dos materiais doados D – Materiais doados a distribuir (ATIVO)
C – Receita diferida – Materiais a distribuir (PASSIVO).……….R$ 10.000,00 2.2) Distribuição dos materiais no mês de janeiro
D – Materiais doados (DESPESA)
C – Materiais doados a distribuir (ATIVO)………...R$ 6.000,00 2.3) Pela realização do material doado no mês de janeiro
D – Receita diferida – Materiais a distribuir (PASSIVO)
C – Doações pessoa jurídica………...R$ 6.000,00
Exemplo 2: doações incondicionais, na forma de ativos (estoques)
Ativo Passivo Circulante: Circulante
Estoques Receita Diferida
Materiais doados a distribuir 10.000,00 Receita Diferida Materiais 10.000,00
(-) Distribuição de materiais (6.000,00) (-) Realização (6.000,00)
4.000,00 4.000,00
Demonstração do Superávit (Déficit) do mês de janeiro Receitas:
(+) Doações incondicionais 6.000,00
Despesas:
(-) Materiais doados (6.000,00)
Superávit/Déficit 0
Item 12 da NBC TG 07“recolher como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que
Exemplo 3: doações incondicionais, na forma de ativos (estoques)
Recebimento de doação no mês de janeiro/x1, de materiais escolares (livros) para distribuição, mas o doador não emite nenhum documento informando o valor dos materiais. Após consulta nas livrarias da região, verificou-se que o valor de mercado dos materiais é de R$ 5.000,00. Os livros foram distribuídos totalmente no mês de janeiro/x1
A receitas de doações, subvenções e contribuições para custeio ou investimento devem ser registradas mediante documento hábil.
Item 23 da NBC TG 07, diz que “devem ser reconhecidos pelo seu valor justo”
Exemplo 3: doações incondicionais, na forma de ativos (estoques) Registro contábil
3.1) Recebimento dos materiais doados D – Materiais doados a distribuir (ATIVO)
C – Receita diferida – Materiais a distribuir (PASSIVO).……….R$ 5.000,00 3.2) Distribuição dos materiais no mês de janeiro x1
D – Materiais doados (DESPESA)
C – Materiais doados a distribuir (ATIVO)………...R$ 5.000,00 3.3) Pela realização do material doado no mês de janeiro/x1
D – Receita diferida – Materiais a distribuir (PASSIVO)
C – Doações pessoa jurídica………...R$ 5.000,00
Exemplo 3: doações incondicionais, na forma de ativos (estoques)
Ativo Passivo Circulante: Circulante
Estoques Receita Diferida
Materiais doados 5.000,00 Receita Diferida Materiais 5.000,00
(-) Distribuição de materiais (5.000,00) (-) Realização (5.000,00)
0 0
Demonstração do Superávit (Déficit) do mês de janeiro Receitas:
(+) Doações incondicionais 5.000,00
Despesas:
(-) Materiais doados: atendimento a pessoa carente (5.000,00)
Superávit/Déficit 0
Item 12 da NBC TG 07“recolher como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática,
Exemplo 4: doações incondicionais, na forma de ativos (imobilizados)
Recebimento de doação de um equipamento, no valor de R$ 20.000,00. A estimativa de vida útil do equipamento é de 10 anos.
(*) de acordo com o item 12, da NBC TG 07 “recolher como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar”
Receita com Doação (*): deverá ser reconhecida ao longo do período, nos próximos próximos 10 anos, na proporção de 0,83333% ao mês.
Despesas com depreciação (*): deverá ser reconhecida ao longo do período que se pretende compensar: próximos 10 anos, na proporção de 0,8333% ao mês
Exemplo 4: doações incondicionais, na forma de ativos (imobilizados)
Recebimento de doação de um equipamento, no valor de R$ 20.000,00. A estimativa de vida útil do equipamento é de 10 anos.
4.1) Recebimento do bem doado D – Máquinas e equipamentos (ATIVO)
C – Receita diferida – Equipamentos (PASSIVO).……….R$ 20.000,00 4.2) Despesa com depreciação mensal, no valor de R$ 166,67
D – Despesas com depreciação (DESPESA)
C – Depreciação acumulada (ATIVO).……….……….R$ 166,67 4.3) Realização mensal do bem doado, no valor de R$ 166,67 D – Receita diferida – Equipamentos (PASSIVO)
C – Doações pessoa jurídica………....R$ 166,67
Exemplo 4: doações incondicionais, na forma de ativos (imobilizados)
Ativo Passivo
Não Circulante: Circulante/Não Circulante :
Imobilizados Receita Diferida
Máquinas e equipamentos 20.000,00 Receita Diferida - Equipamentos 20.000,00 (-) Depreciação acumulada (166,67) (-) Realização (166,67)
19.833,33 19.833,33
Demonstração do Superávit (Déficit) do Exercício Receitas:
Doações incondicionais 166,67
Despesas:
4.4.3. Despesas com depreciação (166,67)
Superávit/Déficit 0
Item 12 da NBC TG 07: reconher como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática.
Contribuição governamental
TRATAMENTO DAS SUBVENÇÕES
Resolução CFC 1.305/10 - NBC T 07
Subvenção Governamental é uma assistência governamental geralmente na forma de
contribuição de natureza pecuniária, mas não só restrita a ela, concedida a uma entidade normalmente em troca do cumprimento passado ou futuro de certas condições
relacionadas às atividades operacionais da entidade. - Subvenção relacionadas a ativos
- Subvenção relacionadas a resultado (custeio) - Isenção Tributária
Outras denominações: Subsídio, incentivo fiscal, doação, prêmio, etc. ( Convênios).
Exemplo 1: Recebimento de Contribuição governamental destinada ao custeio Entidade recebe R$ 20.000,00 de contribuição governamental para ser utilizado no custeio da
atividade.
ITG 2002 Item 12 – As receitas decorrentes de doação, contribuição, convênio, parceria, auxílio e subvenção por meio de convênio, editais, contratos, termos de parceira e outros instrumentos, para aplicação específica, mediante constituição, ou não, de fundos, e as respectivas despesas devem ser registradas em contas próprias, inclusive as patrimoniais, segregadas das demais contas da entidade.
Recebimento de subvenções e contribuições para custeio que irão beneficiar vários períodos. Reconhecer como receita antecipada, no Passivo, conforme item 16, da NBC TG 07.
RECONHECIMENTO DA SUBVENÇÃO
SUBVENÇÃO
=
RECEITA COMPETÊNCIASubvenção Governamental não deve ser reconhecidaaté que exista razoável segurança de que:
a) A entidade cumprirá todas as condições estabelecidas e relacionadas à subvenção; e
b) A subvenção serárecebida.
Exemplo 1: Recebimento de Contribuição governamental destinada ao custeio
1) Entidade recebe R$ 20.000,00 de contribuição governamental para ser utilizado no custeio da atividade.
1.1) Recebimento da contribuição
D – Banco cta movto – recursos com restrição (ATIVO)
C – Contribuições governamentais (RECEITA).….……….R$ 20.000,00
Ativo Demonstração Superávit (Déficit) Circulante: Receitas:
Disponível Contribuições
Banco cta movo – recursos c/restrição 20.000 Contribuição governam. 20.000
Exemplo 2: Recebimento de Contribuição governamental destinada ao custeio, de um determinado período.
2) Entidade recebe R$ 40.000,00 de contribuição governamental para ser utilizado no custeio da atividade, nos próximos quatro meses. Entidade utiliza $ 10.000 no 1º mês para pagar despesas com custeio (aluguéis).
2.1) Reconhecimento da Receita antecipada……….$ 40.000,00 D – Banco cta movto – recursos com restrição (ATIVO)
C – Recebtos antecipados – Subvenções, auxílios e contribuições (PASSIVO) 2.2) Pela realização das despesas de custeio (1º mês)………$ 10.000,00 D – Desp. Aluguéis (DESPESA)
C – Banco cta movto – recursos com restrição (ATIVO)
2.3) Pela realização da receita (1º mês)………..$ 10.000,00 D – Recebtos antecipados – Subvenções, auxílios e contribuições (PASSIVO) C – Contribuições governamentais (RECEITA)
Ativo Passivo Circulante: Circulante:
Disponível Recebimentos antecipados
Bcos Cta Movto: recursos c/ restrição 40.000,00 Contribuição governamental 40.000,00
(-) Pagto despesas do mês (10.000,00) (-) Realização da receita do mês (10.000,00)
Saldo da conta 30.000,00 Saldo da conta 30.000,00
Demonstração do Superávit (Déficit) do Exercício Receitas:
(+) Subvenções e contribuições 10.000,00
Despesas:
(-) Despesas com aluguéis (10.000,00)
Superávit/Déficit 0
Item 12 da NBC TG 07: reconhecer como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática.
Exemplo 2:
GRATUIDADES,
ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS e
VOLUNTARIADO
ITG 2002 – Divulgação em Notas Explicativas:
m) todas as gratuidades praticadas devem ser registradas de forma segregada, destacando aquelas que devem ser utilizadas na prestação de contas nos órgãos governamentais, apresentando dados quantitativos, ou seja, valores dos benefícios, número de atendidos, número de atendimentos, número de bolsistas com valores e percentuais representativos;
Gratuidades são despesas ou gastos incorridos para a prestação dos serviços gratuitos (sem contrapartida financeira) exigidos por força de lei (Lei 12.101/2009) em percentuais mínimos das receitas totais conforme a área de atuação da entidade.
Sugere-se que se registre esses valores em conta de Despesa com Gratuidades, devendo transitar pelo resultado da organização.
Gratuidade é uma renúncia de receita, mas é também um consumo de Ativo. GRATUIDADES CONCEDIDAS
Exemplo 1 – Doação de 10 Cestas Básicas, no valor de R$50,00 sem contrapartida, ou seja, sem cobrar nada do beneficiário.
1. Entidade compra 10 cestas básicas por R$50,00 cada. D – Estoque – Cestas Básicas (ATIVO)
C – Banco cta. Movto. Recursos livres (ATIVO) ...R$ 500,00 2. Entidade doa 10 cestas básicas sem contrapartida. D – Custo das Gratuidades (DESPESA)
C – Estoque – Cestas Básicas (ATIVO)...R$ 500,00
GRATUIDADES RECEBIDAS – ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS
São considerados Gratuidades Recebidas os tributos e Contribuições Sociais que a entidade não recolhe por conta de incentivos fiscais de isenção ou imunidade.
NBC TG7 – Resolução 1305/10
9. A forma como a subvenção é recebida não influencia no método de contabilização a ser adotado. Assim, por exemplo, a contabilização deve ser a mesma independentemente de a subvenção ser recebida em dinheiro ou como redução de passivo.
12. Uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática (...)
GRATUIDADES RECEBIDAS – ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS ITG 2002
(c) a renúncia fiscal relacionada com a atividade deve ser evidenciada nas demontrações contábeis como se a obrigação devida fosse;
Portanto deve-se proceder ao cálculo da quota patronal sobre a folha de pagamento (segregado por área e projeto), efetuar o registro contábil da despesa de INSS e reconhecer a Gratuidade Recebida, pela competência.
GRATUIDADES RECEBIDAS – ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS
Exemplo: A entidade apurou no mês de agosto R$ 2.000,00 de quota patronal de INSS sobre a folha dos funcionários.
Lançamento da despesa de agosto D – Encargos pessoal (Despesa)
C – Prev. Social Patronal – renúncia fiscal (Passivo) ...R$ 2.000,00
Passivo Demonstração Superávit (Déficit) Circulante: Despesas:
Obrigações Tributárias Recursos Humanos
Previdência Social – Renúncia Fiscal 2.000 Encargos + benef pessoal c/ vinculo (2.000)
Contabilização as doações, auxílios, subvenções e contribuições
2) Doações em forma de ativos que integrarão o Patrimônio (entidade já constituída)
devem ser avaliadas e levadas a débito, na conta específica do Imobilizado, e a crédito,
na conta de passivo denominada Receita Diferida (conforme item 24 da NBC TG 07).
D – Investimento / Imobilizado / Diferido (ANC)
C – Passivo – Receita Diferida
“X”
“X”
BOLSA DE ESTUDOS – EDUCAÇÃO atendimento ao CEBAS
Doação de bolsas de estudos próprias:
Uma entidade educacional doa 10 bolsas de estudos para crianças carentes. O custo de cada bolsa é de R$ 500,00 cada. Desta forma, teremos a seguinte contabilização mensal:
D - Educação (Benefícios Concedidos – Gratuidade – conta de Resultado) C - Atendimento à Criança (Receita de Atividade Educacional – conta de Resultado) R$ 5.000,00
Obs:
A bolsa de estudo integral será concedida a aluno cuja renda familiar mensal per capita não exceda o valor de 1 1/2 (um e meio) salário mínimo.
A bolsa de estudo parcial será concedida a aluno cuja renda familiar mensal per capita não exceda o valor de 3 (três) salários mínimos.
Doações na forma de ativos
Ativos que irão gerar benefícios por vários períodos: Estoques que serão doados em vários meses
Itens do imobilizado, como: equipamentos, instalações, máquinas, imóveis e terrenos
NBC TG 07:
Item 12 “reconhecer como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende
compensar, em base sistemática, desde que atendidas as condições desta Norma.
Item 24 “deve ser apresentada no balanço patrimonial em conta de passivo, como receita diferida, ou
deduzindo o valor contábil do ativo relacionado”.
Convênios e Termos de Parceria
Referem-se aos recursos obtidos pelas Entidades de Interesse Social, para financiar e viabilizar seus projetos sociais, que ocorrem de Convênios ou Parcerias.
Convênio, é um acordo de cooperação e atuação conjunta/complementar entre órgãos públicos, que também, podem firmar-se entre as entidades públicas e uma organização de interesse público.
Termo de Parceria: permite ao Estado transferir recursos públicos para entidade parceira, para realização de atividades de interesse público. São firmados entre órgãos públicos e entidades que possuem a qualificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público OSCIP.
Tipos de Projetos
Recursos próprios: financiados com recursos da própria entidade
Recursos externos: financiando com recursos externos
Contrapartida: financiada com recursos externos (parte do projeto), mas entidade conveniada deve adicionar recursos próprios (contrapartida), para execução do projeto.
Registro contábil
Os registros contábeis devem evidenciar as contas de receitas e despesas, superávit ou déficit, de forma segregada, quando identificáveis por tipo de atividade, tais como educação, saúde, assistência social, técnico-científica e outras, bem como comercial, industrial ou de prestação de serviços.
evidenciação dos recursos sujeitos a restrições ou vinculações por parte do doador.
Necessidade de evidenciar os recursos por “tipo de projeto”
RECURSOS
Os recursos serão liberados de acordo com o Cronograma de Desembolso dos Projetos.
Dependendo da Estrutura do Projeto poderá ser por:
Etapa
Meta Cumprida
Após Prestação de Contas Recebimento Antecipado.
CONTAS BANCÁRIAS
É importante que para cada projeto haja uma conta bancária distinta para o gerenciamento financeiro, podendo esse mesmo custo ser absorvido pelo próprio projeto.
Banco Contabilidade
Conta 123 – Banco XYZ 1.1.2.10.10-1 Banco XYZ Conta 567 – Banco GGT 1.1.2.10.20-3 Banco GGT
... ...
DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA
Serão aceitos como documentação legal, as definidas pelo Imposto de Renda, além de: • Carta de apresentação da Prestação de Contas assinada pelo representante legal do patrocinador em duas vias;
• Relatório de cumprimento do objeto, Demonstrativo do orçamento aprovado x orçamento executado, Relação de pagamentos e Conciliação bancária.
• Declaração do proponente de que as cópias dos documentos fiscais e recibos de despesa entregues são reproduções autênticas dos originais
• Cópias dos documentos fiscais e recibos de despesa referentes à execução do projeto em ordem e sem rasuras.
• Extratos originais da conta bancária específica do projeto, incluindo as aplicações financeiras, que demonstre a movimentação desde a 1ª liberação até o último pagamento efetuado, contendo saldos inicial e final igual a zero (se for o caso). • Material comprobatório do cumprimento do objeto, incluindo material de divulgação. • Comprovante do recolhimento do saldo residual da conta corrente, referente ao projeto, quando houver, a ser efetuado através de Guia Específica ou Documento Específico à fonte financiadora.
• Comprovante de encerramento da conta-corrente do projeto; . Relatório Geral de Execução por Centros Orçados;
- Listas de Presenças Assinadas dos Eventos.
Devolução de Recursos
Os recursos poderão ser devolvidos: a) Pelas Sobras Financeiras; b) Pela inexecução total ou parcial;
c) Pelo Cancelamento do Objeto pela parte financiadora; d) Pela execução fora do propósito definido em Projeto;
e) Por cotação de preços e contratação de serviços muito discrepante em relação a média de mercado;
f) Por mudança na Legislação; g) Pela falta de previsão em legislação;
h) Por julgamento pela entidade patrocinadora ou fomentadora; i) Pelos Tribunais de Contas;
j) Por outras razões com previsão legal ou contratual.
GLOSA E SUBSTITUIÇÃO DE DOCUMENTOS
GLOSA DE VALORES: significa a supressão (suspensão, retirada, eliminação, etc) total ou parcial dos valores descritos nos projetos.
SUBSTITUIÇÃO DE DOCUMENTOS
Documentos não aceitos pela legislação fiscal, rasurados, rasgados com perdas de informação, ou ainda, que não refletem a realidade dos fatos acontecidos.
EXEMPLOS DE CONTABILIZAÇÕES
Débito = Perdas com Estoque (Conta de Resultado)
Crédito = Provisão para Perdas nos Estoques (Ativo Circulante) Estoque – AC - Saldo = 1.000 Exemplo de Perda com Estoques
(-) Provisão com Estoque 100
Despesa com perda com Estoque - AC 100
Ilustrativo para fins didáticos
Disponível – AC 350
Receita com Doação Ref. Projeto XYZ
350
Débito = Disponibilidade (Ativo Circulante)
Crédito = Receita de doações/subvenções/contrib. para custeio (Conta de Resultado)
Ilustrativo para fins didáticos
Doações para Custeio
Imobilizado – ANC 700
Patrimônio Social 700
Doações Patrimoniais Recebidas na Constituição = 700
Débito = Imobilizado (Permanente) Crédito = Patrimônio Social (PS)
Imobilizado – ANC 1000
Receita diferida 1000
Doações Patrimoniais Recebidas já CONSTITUÍDO, oriundo de
Recursos públicos = 1000
Desp com Depreciação
100
Deprec. Acumulada
100
Receita Diferida (PC) 100
Receita Doação abc 100
Receitas
1000 1000
Despesa 400 400
Apuração do Superávit do Exercício
Débito = Resultado do Exercício (Conta de Resultado) Crédito = Superávit do Exercício (Patrimônio Social)
Resultado do Exercício 400 1000
600
Superávit do Exercício 600
Ilustrativo para fins didáticos
Receitas
400 400
Despesa 1000 1000
Apuração do Déficitdo Exercício
Resultado do Exercício 1000 400
Débito = Déficit do Exercício (Patrimônio Social) Crédito = Resultado do Exercício (Conta de Resultado)
Déficit do Exercício 600
Ilustrativo para fins didáticos
Doação Incondicional
Estoque de Mat. Doados a Distribuir - AC 1000
Incondicional: não existe qualquer condição a ser cumprida pela entidade beneficiária da doação. Débito = Estoque de Materiais Doados a Distribuir (Ativo Circulante)
Crédito = Doações Incondicionais (Receita)
Doações Incondicionais - Receitas (Especificar)
1000
Pela Utilização de 300 Estoque de Mat. Doados a
Distribuir - AC 1000 300
700
Especificar – Ex: Despesa com menores Abandonados
300
Ilustrativo para fins didáticos
Doação Condicional
Estoque de Mat. Doados a Distribuir - AC 1000
Doações Vículadas à Distribuir de Materiais – PC
1000
Condicional: depende do cumprimento de certas exigências estipuladas à entidade beneficiária (donatária) – utilizar
conta de compensação segregada
Débito = Estoque de Materiais Doados a Distribuir (Ativo Circulante) Crédito = Doações Vinculadas à Distribuição de Materiais (Passivo Circulante)
Conta de Compensação Ativa – Projeto 1000 Conta de Compensação Passiva – Projeto A 1000
Ilustrativo para fins didáticos
Doação Condicional
Estoque de Mat. Doados a Distribuir - AC
1000 500
500
Especificar ex: Despesa com atendimento a Criança 500
Condicional: Pela Baixa do Estoque e Geração da Receita de 500
Conta de Compensação Ativa Projeto A
1000 500
500
Conta de Compensação Passiva Projeto A
500 1000
500
Doações Vinculadas à Distribuir de Materiais – PC 500 1000 500 Doações Incondicionais - Receitas (Especificar) 500
DOAÇÃO DE MATERIAIS OUTROS EXEMPLOS
Quando a doação não for em dinheiro, deve ser efetuada avaliação do bem doado pelo seu valor justo de mercado, menos as despesas necessárias para colocá-lo em operação ou à venda, e o valor obtido é o valor a ser registrado. A maioria das doações deste tipo que as entidades recebem são doações de gêneros alimentícios, roupas, livros e material escolar, para distribuição à pessoas carentes ou vendas em bazares.
Bens Doados: 200 livros x 15,00 = 3.000,00
Valor do frete mais despesas inclusos nos 3.000,00 = 200,00 Valor líquido = 2.800,00
Materiais Doados a Distribuir (Estoques)
3000
Doações Condicionais – Conta de (Resultado)
2.800
Frete a Pagar - PC
200
Voluntariado
Deverá ser atendido a Lei 9608/98. – R$ 1.000,00 Segregar em contas específicas
Débito - Despesa com Assistência Social
Crédito - Variações Patrimoniais
- Benefícios Obtidos Gratuidade
- Obtenção de Serviços Voluntários - Assistência Social
Histórico = Valor conforme Planilha anexa : R$ ...
Ilustrativo para fins didáticos
GRATUIDADES – Ex: Educação
Uma entidade educacional doa 10 bolsas de estudos para crianças carentes. O custo de cada bolsa é de R$ 500,00 cada.
D - Educação (Benefícios Concedidos – Gratuidade – conta de Resultado) C - Atendimento à Criança (Rec. de Atividade Educacional – conta de Resultado) R$ 5.000,00
GRATUIDADES
Atendimento médico
a) Pelo registro do atendimento realizado:
D - Assist. à Saúde (Benefícios Proporcional – Gratuidade - conta de Resultado) R$ 900,00 D - Atendimentos a Receber (Ativo Circulante) R$ 100,00
C - Contas a Pagar (Passivo Circulante) R$ 1.000,00
b) Pelo recebimento da parcela não subsidiada aos beneficiários: D - Caixa (Ativo Circulante)
C - Atendimentos a Receber - R$ 100,00 c) Pelo pagamento dos serviços prestados: D - Contas a Pagar (Passivo Circulante)
C - Bancos Conta Movimento – Recursos Livres R$ 1.000,00
GRATUIDADES RECEBIDAS – SERVIÇOS VOLUNTÁRIOS Regulado pela Lei 9.608/98
Serviço Voluntário é “a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive, mutualidade”.
ITG 2002 – Item 24:
Na Demonstração do Resultado do Período, devem ser destacadas as informações de gratuidade concedidas e serviços voluntários obtidos, e divulgadas em notas explicativas por tipo de atividade.
GRATUIDADES RECEBIDAS – SERVIÇOS VOLUNTÁRIOS
Exemplo: A entidade contratou serviços contábeis para manutenção de sua escrituração contábil. O escritório contratado firmou um contrato de prestação de serviços no qual os honorários propostos são de R$ 700,00/mês para escrita contábil, contrato este que alude a um termo de Voluntariado firmado entre as partes em que a elaboração da folha de pagamento é serviço voluntário de valor dos honorários estimados em R$300,00.
2. Lançamento da serviço contratado – honorário mensal D – Honorários (Despesa)
C – Contas a Pagar – Honorários (Passivo) ... R$ 1.000,00
Passivo Demonstração Superávit (Déficit) Circulante: Despesas:
Obrigações Tributárias Recursos Humanos
Contas a Pagar 1.000 Honorários (1.000)
GRATUIDADES RECEBIDAS – SERVIÇOS VOLUNTÁRIOS 2. Lançamento da Pagamento dos Honorários
D – Contas a Pagar – Honorários (Passivo)
C – Banco cta. Movimento (Ativo) ...R$ 700,00
Ativo Passivo Circulante Circulante
Banco Conta Movto (700) Contas a Pagar (Honorários) 1000
(-) Pgto Serviços Prestados (700) (-) Gratuidade Concedidas (300)
Despesas Receitas
Honorários 1000 Gratuidades Concedidas SV 300
Total 300 300
3. Lançamento da Receita da Gratuidade – Serviços Voluntários D – Contas a Pagar – Honorários (Passivo)
C – Gratuidades Concedidas – Serv. Voluntários (Receita)...R$ 300,00