• Nenhum resultado encontrado

Análise das carências estruturais para o ensino de ciências em escolas de Taguatinga - DF

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Análise das carências estruturais para o ensino de ciências em escolas de Taguatinga - DF"

Copied!
20
0
0

Texto

(1)Curso de Licenciatura em Biologia. Camila Lasse Silva. Análise das carências estruturais para o ensino de ciências em escolas de Taguatinga- DF. Brasília 2011.

(2) Camila Lasse Silva. Análise das carências estruturais para o ensino de ciências em escolas de Taguatinga- DF. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura em Biologia a Distância como parte dos requisitos para exigência parcial para a obtenção do grau de Licenciatura em Ciências Biológicas, na Universidade de Brasília, sob a orientação do professor Ms. Roger Maia.. Brasília 2011.

(3) Este trabalho é dedicado a Deus que me concedeu esta oportunidade abençoada, à minha família que sempre me apoiou, aos meus amigos e companheiros de curso e aos nossos professores que se esforçaram tanto para concluirmos mais esta etapa das nossas vidas..

(4) RESUMO Este trabalho irá abordar os principais problemas encontrados nas escolas públicas de Taguatinga – DF e as conseqüências que a falta de estrutura para o ensino de ciências traz para a educação e para a formação dos jovens. Os resultados aqui apresentados nos mostram que os alunos sentem a necessidade de terem aulas mais dinâmicas e que o uso de laboratórios é de fundamental importância para a fixação de conteúdos no ensino de biologia.. Palavras-chave: educação, dinâmicas, laboratórios, ensino..

(5) LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Como você avalia o ensino de ciências de sua escola Figura 2 – O que você acha que está faltando e poderia ser feito para melhorar o ensino de ciências? Figura 3 – Nota de 5 a 10 daria as aulas de ciências? Figura 4 – Você consegue aplicar no seu dia-a-dia o que aprende na escola?.

(6) LISTA DE SIGLAS UnB – Universidade de Brasília PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais MEC – Ministério da Educação ACM – Alternative Concepts Moviment.

(7) ÍNDICE. Dedicatória............................................................................................................... 02 Resumo......................................................................................................................03 Lista de figuras.........................................................................................................04 Lista de siglas............................................................................................................05 Introdução.................................................................................................................07 Materiais e Métodos.................................................................................................09 Resultados.................................................................................................................11 Discussão...................................................................................................................15 Referências Bibliográficas.......................................................................................18 Anexos.......................................................................................................................20.

(8) 7. Introdução O estudo da biologia é extremamente fascinante e envolvedor, pois estuda a vida em todas as suas formas, particularidades e dimensões. Entretanto, nas escolas ele não tem sido tão significativo assim e, isto se dá devido aos métodos de ensino e à falta de estrutura dos laboratórios existentes, pois é preciso integrar o conhecimento teórico e o prático de forma que não fiquem fragmentados tornando assim o processo de ensino-aprendizagem mais interessante, motivador e acessível aos estudantes. (BORGES, 2002, p. 298). Os alunos precisam vivenciar e sentir o que aprendem nas escolas e, segundo o que encontramos nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCN–MEC), o ensino de ciências deve oferecer “ao educando compreender as ciências como construções humanas, entendendo como elas se desenvolvem por acumulação, continuidade ou ruptura de paradigmas, relacionando o desenvolvimento científico com a transformação da sociedade.” (Brasil, 2000, p. 95). É no ensino médio que os conhecimentos adquiridos são consolidados e que ocorre a preparação para o trabalho e para a cidadania. (KRASILCHIK, 2000, p.87). Por isso, se não houver um maior investimento e valorização da educação no Brasil, os educadores ficarão cada vez mais desestimulados a ensinar o que causará nos alunos falta de interesse em aprender. Em conseqüência disto toda a sociedade sofrerá, visto que “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco, a sociedade muda”. (FREIRE, 2000, p.31). O ensino de ciências tem se mostrado ineficaz, tanto do ponto de vista dos alunos como dos professores (BORGES, 2002). Essa ineficiência ocorre por vários motivos, sendo o mais apontado a falta de aulas práticas e o uso de laboratórios. Muitas escolas possuem laboratórios e equipamentos, mas por várias razões quase não são utilizados. Segundo Borges (2002), os motivos mais relevantes para a interdição do uso dos laboratórios são: “o fato de não existirem atividades já preparadas para o uso do professor; falta de recursos para compra de componentes e materiais de reposição; falta de tempo do professor para planejar a realização de atividades como parte do seu programa de ensino; laboratório fechado e sem manutenção.” (BORGES, 2002, p.294).. O trabalho em laboratório desenvolve nos alunos habilidades técnicas e auxilia na fixação do conhecimento e dos fatos observados, motivando assim o processo de ensinoaprendizagem. (KRASILCHIK, 2000, p.88). Certamente, um dos fatores principais e mais incipientes no processo de ensino-aprendizagem é a motivação, tanto dos professores quanto dos alunos. Segundo Coll (1987, p. 187):.

(9) 8. “pouco importa que esta atividade consista de manipulações observáveis ou em operações mentais que escapem ao observador; pouco importa também que responda total ou parcialmente à iniciativa do aluno, ou que tenha sua origem no incentivo e nas propostas do professor. O essencial é que se trate de uma atividade cuja organização e planejamento fique a cargo do aluno”.. De acordo com o programa de pesquisa ACM - alternative concepts movement - citado por Mortimer (1995), o processo de ensino-aprendizagem deve ser mais construtivista e apesar de das diferentes abordagens e visões, duas características principais se destacam: “1) a aprendizagem se dá através do ativo envolvimento do aprendiz na construção do conhecimento; 2) as idéias prévias dos estudantes desempenham um papel importante no processo de aprendizagem”. (MORTIMER, 1995, p.3). Para que o aprendizado seja mais valorosos e significativo é necessário uma maior participação e contribuição dos estudantes durante este processo, o que também fará do ensino de ciências mais atrativo e vai despertar nos alunos mais interesse. Para isso, se faz necessário a implementação de novas práticas, sejam elas laboratoriais ou não, pois assim se dará mais estímulo aos alunos, o que promoverá maior dedicação dos discentes aos estudos. Essas mudanças apenas não bastam, mesmo sem o incentivo governamental os professores precisam se dedicar mais, pois a sociedade necessita disso. Ainda temos excelentes educadores e que são capazes de proporcionar um ensino e educação de qualidade para todos. A educação é uma responsabilidade de todos e um dever da humanidade. Nas palavras de Vinícius (2009, p.54):. A educação, segundo o processo natural, conduz fatalmente o educando à liberdade, faz dele um homem que pensa, sente e age por conta própria. O educando, orientado como deve será, não será um repositório de conhecimentos acumulados na memória; há de ser um poder aquisitivo capaz de se enfronhar prontamente em qualquer assunto ou matéria consoante requeiram as necessidades do momento. Nada o embaraçará , nenhuma pedra de tropeço o mobilizará no carreiro da vida. Não sendo um armazém de teorias e de regras estreitas hauridas de oitiva, é uma potência dinâmica capaz de penetrar todos os meandros do saber e de solucionar os mais intrincados problemas da vida, desde que a questão o afete e lhe desperte interesse.. Diante do exposto, o presente trabalho tem como objetivo mostrar como é o ensino de ciências nas escolas públicas de Taguatinga – DF, apontando os problemas encontrados. Além disso, busca-se apontar soluções cabíveis, com o intuito de proporcionar um educação de qualidade e um futuro promissor para todos os estudantes..

(10) 9. Materiais e métodos Foi feito uma pesquisa com alunos e professores a respeito do ensino de ciências e, com os dados obtidos foi possível fazer um levantamento dos principais fatores e problemas que encontramos na educação e no sistema educacional como um todo. A pesquisa foi realizada em 8 escolas públicas de ensino médio na cidade de Taguatinga – DF. As escolas são: Centro Educacional 02 (CED 02), Centro Educacional 03 (CED 03), Centro Educacional 04 (CED 04), Centro Educacional 06 (CED 06), Centro Educacional 07 (CED 07), Centro de Ensino Médio Ave Branca (CEMAB), Centro de Ensino Médio de Taguatinga Norte (CEMTN) e Centro de Ensino Médio Escola Industrial de Taguatinga (CEMEIT). Foi aplicado um questionário aos professores de biologia e aos alunos para verificar o que está faltando para que o ensino de ciências tenha mais qualidade e seja mais atrativo para os estudantes. Nesse, questionário, foram realizadas as seguintes perguntas (ver anexo): 1. Como você avalia o ensino de ciências na sua escola? 2. O que você acha que está faltando e poderia ser feito para melhorar o ensino de ciências? 3. Você se sente estimulado em ir para a escola? 4. Se não se sente estimulado, qual é o motivo? 5. Você consegue aplicar no seu dia-a-dia o que aprende na escola? 6. Qual nota de 5 a 10 daria as aulas de ciências? 7. Como você avalia o livro de ciências? 8. Na sua escola tem laboratório? 9. Quais equipamentos e materiais são usados no laboratório? 10. Com que frequência o laboratório é utilizado? 11. Você acha que pesquisar e debater o conteúdo antes das aulas torna mais fácil o aprendizado? 12. Se você pudesse mudar algo no ensino de ciências o que seria?. Nas escolas CED 02, CED 03 e CEMTN participaram da pesquisa 10 alunos de cada escola e um professor de biologia. Já nas escolas CED 04 e CEMEIT houve a participação de 16 alunos e mais um professor de biologia. No CED 06 e no CEMAB 15 alunos participaram junto com um professor de biologia. E por último, no CED 07 19 alunos e o professor de biologia participaram da pesquisa..

(11) 10. O presente trabalho mostra ainda a estrutura precária dos laboratórios, isso quando há laboratórios, pois como vemos na tabela 1 nem todas as escolas os possui e as que tem quase não utilizam..

(12) 11. Resultados De uma forma geral, os alunos consideram o ensino de ciências de suas escolas como sendo bom (figura 1). Contudo, para os professores, a maioria acha o ensino de suas escolas regular. Quando perguntados sobre o que estava faltando para melhorar o ensino de ciências, a maioria respondeu que a inclusão de laboratórios seria a principal atitude a ser tomada para melhoria nessa matéria (figura 2).. 50. Bom. 45. Porcentagem. 40 35. Regular. 30 25 20. Ótimo. 15 10. Ruim. 5 0. Como você avalia o ensino de ciêncais na sua escola?. Figura 1. Respostas à pergunta “como você avalia o ensino de ciências de sua escola”, realizadas em 11 escolas de Taguatinga, utilizando um total de 111 alunos..

(13) 12. Porcentagem (%). 25 20 15 10 5 0 1. 2. 3. 4. 5. 6. Respostas às perguntas Figura 2. Respostas à pergunta “ O que você acha que está faltando e poderia ser feito para melhorar o ensino de ciências?”, realizadas em 11 escolas de Taguatinga, com um total de 289 respostas. As respostas são: (1) ter laboratórios de ciências; (2) melhorar a estrutura dos laboratórios que já existem; (3) Ter aulas com recursos audiovisuais (data-show, vídeos, etc); (4) Ter jogos educativos durante as aulas, para facilitar o aprendizado; (5) Ter mais atividades práticas, fora de sala; (6) Saídas de campo.. Os dados obtidos por meio dos questionários foram chocantes e assustadores, mostrando que nem todas as escolas possuem laboratórios. Da mesma forma, as escolas que os possuem quase nunca os utilizam. Dos 111 alunos entrevistados 45,05% responderam que em suas escolas tem laboratório e 54,95% disseram que não tem. No entanto, entre estes alunos há aqueles que não sabem se tem ou não laboratório na escola , visto que responderam “SIM” em escolas que não o possuem. Isso seria um sinal de desinteresse dos alunos, pois muitos não sentem estímulo em ir para a escola e, mesmo os que sentem tem algo a reclamar das aulas. Da pesquisa feita, 100 alunos responderam essa questão, onde 60,90% disseram que se sentem estimulados e 39,09% não sentem. Entretanto, um total de 46,77% acham as aulas monótonas, 38,70% acham que faltam práticas e 14,51% marcaram a opção “outro”. Para que este fato mude e os alunos tenham mais interesse em estudar e adquirir conhecimentos não é suficiente fazer uso de laboratórios, mas também ter bons professores, professores que estimulem os alunos e despertem neles vontade em aprender. Existem várias maneiras de tornar o processo de ensino-aprendizagem mais fácil, estimulante e tornar o conhecimento mais sólido. Uma das perguntas feitas no questionário dado aos alunos foi se eles achavam que debater e pesquisar o conteúdo antes das aulas facilitava o aprendizado e.

(14) 13. dos 103 que responderam a pergunta, todos disseram que sim. Isso nos mostra que há várias maneiras de melhorar o ensino de ciências e, algumas são mais fáceis do que imaginamos, faltando somente vontade e criatividade dos educadores. Quando perguntado qual nota daria ao ensino de ciências, 29,72% dos alunos deram nota 7 e a maioria disse que consegue aplicar na sua vida o que aprende na escola. (Figura 3 e 4).. 35. Porcentagem (%). 30 25 20 15 10 5 0 1. 2. 3. 4. 5. 6. Resposta à pergunta Figura 3. Resposta à pergunta: “Qual nota de 5 a 10 daria as aulas de ciências”? Está pergunta foi respondida por 111 alunos. (1) Nota 5; (2) Nota 6; (3) Nota 7; (4) Nota 8; (5) Nota 9 e (6) Nota 10..

(15) 14 80. Porcentagem (%). 70 60 50 40 30 20 10 0 1. 2. Resposta à pergunta Figura 4. Resposta à pergunta: “Você consegue aplicar no seu dia-a-dia o que aprende na escola?” Pesquisa feita em 8 escolas públicas de Taguatinga e 107 estudantes responderam está questão. (1) Sim e (2) Não.. Esta pesquisa mostrou um pouco a realidade das escolas públicas de Taguatinga e a perspectivas e ponto de vista dos alunos quanto à educação. Alguns pontos são bem sérios e precisam de mais atenção para serem solucionados, pois uma pergunta do questionário quis saber o que eles fariam para mudar o ensino de ciências e as respostas variaram bastante, indo desde os professores até o método de ensino. Isso quer dizer que os estudantes têm idéia de como o método de ensino está desatualizado e fraco e, querem uma mudança. Eles querem ensino de mais qualidade e que exijam mais de suas capacidades, pois eles são capazes de dar mais de si e precisam disso para que participem do processo de ensino-aprendizagem. Continuando com a pergunta: “se você pudesse mudar algo no ensino de ciências, o que seria?”, as respostas que mais se repetiram e tivera maior destaque foram as seguintes: . Ter laboratórios;. . Aulas práticas;. . Saídas de campo;. . Método de ensino;. . Mais debates;. . Aprendizagem voltada para o dia-a-dia; Enfim, várias são as sugestões dadas pelos alunos para melhorar e proporcionar ao ensino de ciências aulas mais criativas, interessantes e valorosas..

(16) 15. Discussão A pesquisa realizada mostra o descaso do governo e da sociedade com o sistema educacional e ainda com o futuro dos estudantes, pois as escolas da rede pública de ensino deveriam ter uma estrutura mais apropriada, laboratórios adequados e professores mais capacitados. O currículo escolar dos ensinos médio e fundamental precisam ser reformulados para que a escola desempenhem seu papel adequadamente na formação dos cidadãos (KRASILCHIK, 2003, p.11) e, para que a “educação prepare o indivíduo para a vida dentro da sociedade, harmonizado com a natureza, onde o bem comum é o principal resultado neste processo.” (FONSECA, 2009, p.11). As aulas práticas, além de trazer o conhecimento científico ela ensina uma forma de abordar o mundo de maneira mais objetiva e ajuda os estudantes a desenvolverem soluções para os problemas mais complexos. (LUNETTA, 1991, p.81-90). Ou seja, ela capacita mais os alunos tornando-os mais independentes e motivados no processo de aprendizagem. Segundo Seniciato e Cavassan (2004, p.133),. as aulas de Ciências e Biologia desenvolvidas em ambientes naturais têm sido apontadas como uma metodologia eficaz tanto por envolverem e motivarem crianças e jovens nas atividades educativas, quanto por constituírem um instrumento de superação da fragmentação do conhecimento.. Pode-se dizer que é mais fácil aprender algo através da prática, que traz a fixação do conteúdo, do que apenas com a teoria. (BORGES, 2002). Isso torna as aulas em ambientes naturais e o uso dos laboratórios de fundamentais importâncias para a aprendizagem, uma vez que os alunos ficam mais interessados e dispostos a aprender a aula ministrada. Isso faz com que o ensino seja facilitado visto que fornece aos alunos uma percepção e um ponto de vista diferente do que eles estão acostumados a ter. É muito melhor vermos uma célula e suas organelas por meio de um microscópio do que desenhados no quadro e, isto vai proporcionar muito mais interesse nos alunos do que apenas alguns desenhos. Podemos dizer que o objetivo das práticas laboratoriais não é de fazer experiências, mas sim o de construir saberes e usar as representações adequadas e testadas nas situações em que agimos. (FOUREZ, 2003, p.118). Quando os professores orientam seus alunos a fazerem uma prática reflexiva desperta neles uma postura de pesquisadores e permite que aprimorem e elaborem questões mais complexas. (Oliveira, 2008)..

(17) 16. Os jovens de hoje precisam exatamente disso, de serem impulsionados a pesquisar, a formular e a descobrir novos caminhos e hipóteses que vão torná-los mais capacitados, autônomos e interessados. Essas atitudes vão fazer deles pessoas melhores e cidadãos conscientes. E a cidadania é construída através de ações educativas que valorizam a experiências de vida, que muda as noções do que são valores e conseguem resgatar a autoestima. (OLIVEIRA, 2008). Nas escolas de públicas do DF, vemos claramente que não há incentivo para os alunos pesquisarem e serem motivados a aprender. As aulas são monótonas, cansativas e repetitivas. Os professores sempre dão suas aulas da mesma forma, como se fosse um ritual a ser seguido e não buscam aprimorar o método de ensino. De acordo com Pedrancini e colaboradores (2007, p.301), “[...] o modo como o ensino é organizado e conduzido está sendo pouco eficaz em promover o desenvolvimento conceitual”, isso nos mostra claramente a ineficiência do sistema educacional e a falta que faz o uso de laboratórios, pois o laboratório, além de ser um ambiente de aprendizagem, é também um local de desenvolvimento do aluno como um todo. (POSSOBOM; OKADA; DINIZ, 2011). Os alunos precisam de motivação a todo o momento para que tenham um desempenho melhor e essa motivação pode vir por meio de aulas práticas, jogos educativos, saídas de campo, aula ao ar livre, basta que os educadores usem sua criatividade e queiram reger uma aula de mais qualidade. Os professores precisam parar de se prender aos métodos tradicionais de ensino e exigir mais dos alunos, estimulando a pesquisa antes das aulas, promovendo mais debates, fazendo feira de ciências; enfim, existem várias maneiras de capacitar os estudantes e de permitir que eles adquiram conhecimentos através de aulas práticas. Essa aula prática que podem ser também aulas de campo em ambientes naturais estimula os professores, pois eles vêem a oportunidade de inovar o seu trabalho e se empenham mais na orientação dos seus alunos, sendo este mais um ponto positivo para as práticas. (SANTOS, 2002). A questão de número 11 do questionário aplicado na pesquisa, pergunta se os alunos acham que debater e pesquisar o conteúdo antes das aulas torna mais fácil o aprendizado e, dos 111 alunos 103 responderam que sim. Isso nos mostra como uma pequena atitude pode tornar a aula menos cansativa e mais dinâmica, propiciando um ambiente mais agradável e participativo para os jovens. A criação de novas técnicas que aperfeiçoam o aprendizado permite que o aluno crie com a disciplina estudada uma realidade mais concreta de forma que o conhecimento adquirido não se perca do seu dia-a-dia. (LEITE; BENEDETTI FILHO; FIORUCCI, 2011)..

(18) 17. Na escola CED 04, os alunos disseram que nem apresentação de trabalho eles realizam e que fazem apenas exercícios. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (Lei nº 9.394 de 1996) é clara ao informar que deve - se relacionar a teoria com a prática no ensino de cada disciplina; que devem ser adotadas metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes. Como podemos ver, a prática é fundamental na aprendizagem dos estudantes e deveria ser levada mais a sério, tanto por parte dos educadores como por parte dos governantes. Segundo Kerr (1963 apud GALIAZZI et al., 2001, p.252), uma pesquisa que foi realizada mostrou que professores apontaram dez motivos para a realização de atividades experimentais na escola. Esses motivos veem, repetidamente, sendo encontrados em pesquisas mais recentes de acordo com Hodson (1998), citado por Galliazi (2001), e são:. 1.estimular a observação acurada e o registro cuidadoso dos dados; 2.promover métodos de pensamento científico simples e de senso comum; 3.desenvolver habilidades manipulativas; 4.treinar em resolução de problemas; 5.adaptar as exigências das escolas; 6.esclarecer a teoria e promover a sua compreensão; 7.verificar fatos e princípios estudados anteriormente; 8.vivenciar o processo de encontrar fatos por meio da investigação, chegando a seus princípios; 9.motivar e manter o interesse na matéria; 10.tornar os fenômenos mais reais por meio da experiência.. Como podemos observar, desde muito anos atrás já se buscava implementar aulas práticas nas escolas e se discutia sua importância no processo de aprendizagem do aluno. Segundo Borges (2002), “[...] o laboratório pode, e deve, ter um papel mais relevante para a aprendizagem de ciências. O fato de estarmos insatisfeitos com a qualidade da aprendizagem, não só de ciências, sugere que todo o sistema escolar deve ser continuamente repensado”. O estudante almeja aulas que permitam sua participação, que mostrem o conhecimento que o mesmo já possui e, principalmente, crie oportunidades de experimentos para novas descobertas. A experimentação permite isso e soluciona uns dos problemas da educação, que é o ensino tradicional que está fundamentado na recepção, memorização e transmissão de informações. (SANTOS e CICILLINI, 2004, p.49). Não se pode ter dúvidas que o melhor jeito de aprender é com a prática e, por isso, é preciso mudar esse método de ensino ultrapassado e inovar com jogos educativos, visitações, feiras de ciências, experimentos, laboratórios, enfim, várias são as soluções para melhorar o ensino e formar cidadãos capazes e compromissados com o futuro..

(19) 18. Referências Bibliográficas BORGES, A. T. Novos Rumos para o laboratório escolar de ciências. Google Acadêmico, 2002. Disponível em: <http://www.journal.ufsc.br/index.php/fisica/article/viewFile/6607/6099>. Acesso em: 10 fev. 2011.. BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio. Google, 2000. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/blegais.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2011.. COLL, C. As contribuições da psicologia para a educação: Teoria genética e aprendizagem escolar. In: LEITE, L. B.; MEDEIROS, A. A. (org.) Piaget e a Escola de Genebra. São Paulo: Cortez, 1987. p.164-197.. FOUREZ, G. Crise no ensino de ciências. Investigações em ensino de ciências, 2003. Disponível em: <http://www.if.ufrgs.br/public/ienci/artigos/Artigo_ID99/v8_n2_a2003.pdf>. Acesso em: 22 mar. 2011.. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Editora UNESP, 2000.. GALIAZZI (2001) E Colaboradores. Objetivos das atividades experimentais no Ensino médio: a pesquisa coletiva como modo de formação de professores de Ciências. Ciência & Educação, 2001. Disponível em:<www2.fc.unesp.br>. Acesso em: 09 mai. 2011. KRASILCHIK, M. Reformas e realidade – o caso do ensino das ciências. Scielo, 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/spp/v14n1/9805.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2011.. KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. Google livros, 2003. Disponível em:<http://books.google.com.br/books?hl=ptBR&lr=&id=W4b0wYFt3fIC&oi=fnd&pg=PA1 1&dq=aulas+pr%C3%A1ticas+de+biologia&ots=8CVG1Xjuam&sig=QX16VoclGR_B4ArS pb81jvaEIOc#v=onepage&q=aulas%20pr%C3%A1ticas%20de%20biologia&f=false>. Acesso em: 09 mai. 2011. Lei n 9.394/96 – Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília – DF Congresso nacional. 23 de dezembro de 1996..

(20) 19. LEITE, A. I. D; BENEDETTI FILHO, E; FIORUCCI, A. R. O uso de jogos aplicados a atividades extra-classe. Google Acadêmico, 2011. Disponível em: <http://periodicos.uems.br/index.php/enic7/article/view/1650>. Acesso em: 09 mai. 2011.. MORTIMER, E. F. Construtivismo, mudança social e ensino de ciências: para onde vamos? Google Acadêmico, 1995. Disponível em: <http://www.if.ufrgs.br/public/ienci/artigos/Artigo_ID8/v1_n1_a2.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2011.. OLIVEIRA, M. de F. A. O uso das tecnologias da informação e da comunicação no ensino aprendizagem de biologia. Google Acadêmico, 2008. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2440-8.pdf>. Acesso em: 09 mai. 2011.. PEDRANCINI (2000) e colaboradores. Ensino e aprendizagem de Biologia no ensino médio e a apropriação do saber científico e biotecnológico. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciências. Vol. 6, N. 2, p. 299-309. Disponível em: <http://www.saum.uvigo.es/reec/volumenes/volumen6/ART5_Vol6_N2.pdf>. Acesso em: 15 mai. 2011.. POSSOBOM, C. C. F.; OKADA, F. K.; DINIZ, R. E. da S. Atividades práticas de laboratório no ensino de biologia e de ciências: Relato de uma experiência. Disponível em: <http://lsgasques.blogs.unipar.br/files/2009/09/Aulas-Pr%C3%A1ticas-no-ensino-debiologia-e-de-Ci%C3%AAncias-Roteiros.pdf>. Acesso em: 09 mai. 2011.. SANTOS, K. A; CICILLINI, G. A. Concepções de professoras sobre o ensino de Ciências nas séries iniciais do ensino fundamental. Ensino em revista, 2004. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/emrevista/article/viewFile/7900/5005>.Acesso em: 6 mai. 2011.. SENICIATO, T.; CAVASSAN, O. Aulas de campo em ambientes naturais e aprendizagem em ciências – um estudo com alunos do ensino fundamental. Ciência & Educação. V. 10, n.1, p. 133-147. jan. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v10n1/10.pdf>. Acesso em: 09 mai. 2011.. VINÍCIUS. [Pedro de Camargo]. O mestre na educação. 10 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009..

(21)

Referências

Documentos relacionados

int *pi // variável “pi” é ponteiro para inteiro float *pc // variável “pc” é ponteiro para float char *xy // variável “xy” é ponteiro para caracter. unsigned long int

duplamente encadeada com este valor caso o mesmo ainda não exista na lista, em ordem CRESCENTE, ou seja, sempre entre um nó contendo um valor menor e outro contendo um valor

Além disso, serão abordados os estudos sobre os dois programas que surgiram no cenário educacional como políticas públicas educacionais curriculares, com propostas

A Proposta Curricular da Rede Municipal de Ensino de Juiz de Fora para a educação infantil se fundamenta na ideia contida nas Diretrizes Educacionais para a Rede

A rede atende a praticamente toda a demanda existente no que se refere às crianças de 4 e 5 anos, sendo o grande desafio oferecer atendimento às crianças de 0 a 3

As análises do Projeto de Redesenho Curricular (PRC) das três escolas pesquisadas tiveram como suporte teórico os estudos de Mainardes (2006). Foi possível perceber

É importante destacar também que, a formação que se propõem deve ir além da capacitação dos professores para o uso dos LIs (ainda que essa etapa.. seja necessária),

O Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (Proeb), criado em 2000, em Minas Gerais, foi o primeiro programa a fornecer os subsídios necessários para que