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Vista do Conhecimento dos enfermeiros acerca dos instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão

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Academic year: 2021

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Enfermeira. Mestre no Cuidar em Enfermagem. Professora das Faculdades Integradas Teresa D’ Ávila (FATEA).

Doutora em Enfermagem. Professora das Faculdades Integradas Teresa D’ Ávila (FATEA)

Enfermeira graduada pelas Faculdades Integradas Teresa D’Ávila (FATEA).

Ana Beatriz Pinto Silva Morita

Vanessa Brito Poveda

Maria Joselya dos Santos

Ana Lúcia Marcelino

Conhecimento dos enfermeiros acerca

dos instrumentos de avaliação de risco para

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Resumo

AbstRAct

O estudo tem como objetivo verificar o conhecimento dos enfermeiros acerca dos instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão, identificar o número de enfermeiros que utilizam algum tipo de instrumento de avaliação para o risco de úlcera por pressão e analisar estes instrumentos. Após aprovação do projeto pelo CEP, os dados foram coletados por meio de questionário. Foram incluídos 14 enfermeiros na amostra, sendo que sete (50%) relataram conhecer os instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão; dentre eles, cinco citaram a Escala de Braden, um referiu conhecer a Escala de Norton e um não citou nome algum de instrumento, sendo que destes, apenas dois afirmaram utilizá-las. A ausência do conhecimento e a não utilização dos instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão pode influenciar diretamente na qualidade de vida e no processo de reabilitação precoce dos pacientes. Dessa forma, os instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão precisam ser implementados na prática assistencial do enfermeiro, possibilitando melhora da assistência e qualidade de vida do paciente, além de possibilitar a condução de investigações científicas.

The study aims to determine the nurses’ knowledge about the tools of risk assessment for pressure ulcer, identify the number of nurses who use some form of evaluation tool for the risk of pressure ulcers and to analyze these instruments. After approval by the CER data were collected through a questionnaire. 14 nurses were included in the sample, and seven (50%) reported knowing the tools of risk assessment for pressure ulcers, among them five cited the Braden Scale, one reported knowing the Norton Scale and did not mention any name instrument, and of these only two said they used them. The lack of knowledge and failure to use risk assessment instruments for pressure ulcers, can directly influence the quality of life and in the process of early rehabilitation of patients. Thus, the risk assessment tools for pressure ulcer need to be implemented in nursing care practice, enabling improved care and quality of life of patients, besides facilitating the conduct of scientific research.

Úlcera por pressão, Enfermeiros, Conhecimento.

PAlAvRAs-chAve:

Ulcer by pressure, Nurses, Knowledge.

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INTRODUÇÃO

O conhecimento que temos pode ser aprimorado ao longo da vida, pois conhecimento é um processo que caminha de um ponto menor a um maior sem que tenha um ponto final, ou limitações; com ele são geradas informações que são de grande valia para a humanidade. Sabendo onde buscar o conhecimento e como e quando utilizá-lo é que se faz a diferença de um indivíduo para o outro (1).

O conhecimento para a enfermagem é a chave da solução de muitos problemas, e até mesmo para se evitá-los, pois fazendo uso do conhecimento o enfermeiro pode melhorar a qualidade na assistência prestada ao paciente e a seu familiar utilizando ações preventivas. Portanto, agir com competência é possível quando se tem em mente a busca do conhecimento e sua atualização.

A enfermagem destina-se a construir um bem social com seu trabalho, e a situação que se vivencia hoje requer cada vez mais que o enfermeiro adquira uma base sólida de conhecimento, a perceber a variedade de questões que se relacionam com a assistência, na tentativa de adequação e melhoria da qualidade no atendimento à população. Como base o enfermeiro tem em sua formação a assistência, e a prevenção das úlceras por pressão é um vértice que a cada paciente pode garantir uma hospitalização de tempo reduzido e com uma melhor qualidade no atendimento.

A úlcera por pressão é definida por vários autores como uma lesão causada por pressão intensa e/ou contínua, levando a diminuição da circulação sanguínea e a morte dos tecidos (2,3,4) .

A úlcera por pressão é uma complicação muito observada em pacientes hospitalizados, mas nem sempre em longas hospitalizações, por conta da individualidade humana. Como principal fato a individualidade torna-se um problema sério para o mesmo e a prevenção deste tipo de complicação é um desafio para os enfermeiros (2), gerando altos custos para a instituição e um grande dano,

tanto emocional, quanto físico para o paciente e seu familiar.

No Brasil, a incidência de úlcera por pressão constatada até o momento em pacientes de terapia intensiva variou de 10,62% e 44,1%, lembrando que este valor só diz respeito a uma unidade de terapia intensiva, sem levar em consideração as outras clínicas de um hospital, além de prolongarem o tempo de hospitalização e contribuírem para o aumento da mortalidade. O custo da internação de um paciente que desenvolve úlcera por pressão, gira em torno de U$ 37.000; ao passo que a mesma internação sem a presença da úlcera por pressão custaria U$ 14.000 (3).

A prevenção da ocorrência de úlcera por pressão gera impactos econômicos, demandando maiores gastos em procedimentos e materiais para sua cura, além

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do investimento de tempo e trabalho da equipe de enfermagem.

Para uma efetiva prevenção de úlcera por pressão deve-se utilizar meios concretos e de fácil manipulação para que ocorra uma verdadeira avaliação das possíveis causas e dos riscos de desenvolvimento das úlceras por pressão.

Existem alguns tipos de instrumentos formados por indicadores que permitem aos enfermeiros avaliar o potencial de riscos predisponentes apresentados pelo paciente, quanto ao desenvolvimento das úlceras por pressão; entre eles estão: Escala de risco de Norton, Escala de risco de Braden, Escala de risco de Gosnell, Escala de risco de Waterlow (3).

Com esta avaliação é possível implantar os cuidados individualizados e sistematizados necessários, de forma contínua e dinâmica pela equipe coordenada pelo enfermeiro, até mesmo com ações simples (3).

Com base nestas considerações, percebe-se a necessidade do enfermeiro em conhecer os instrumentos para avaliar os riscos de desenvolvimento de úlcera por pressão.

OBJETIVOS

Verificar o conhecimento dos enfermeiros acerca dos instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão.

Identificar o número de enfermeiros que utilizam algum tipo de instrumento de avaliação para o risco de úlcera por pressão.

Analisar os instrumentos utilizados pelos enfermeiros para este fim.

MÉTODO

É um estudo exploratório de abordagem quantitativa e descritiva, realizado em um hospital no Vale do Paraíba do estado de São Paulo. A população foi constituída por todos os enfermeiros que trabalham neste hospital.

Após aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa das Faculdades Integradas Teresa D’Ávila–FATEA, na cidade de Lorena, com o número de protocolo do parecer 05/2007, foram agendados, com a Gerente de enfermagem da instituição hospitalar, a data e os locais para a coleta dos dados. Nesta ocasião, os enfermeiros foram informados quanto aos objetivos do estudo, a garantia do seu anonimato, a ausência de sansões ou prejuízos pela não participação ou pela desistência, a qualquer momento, o direito de resposta às dúvidas e a inexistência de qualquer ônus financeiro ao participante. Os que concordaram em participar da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram coletados pelas autoras da pesquisa de 30 de Abril a 21 de Maio de 2007.

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As pesquisadoras utilizaram para a coleta um instrumento composto por formulário, contendo doze perguntas, sendo oito abertas e quatro fechadas. Os resultados foram inseridos em uma planilha do programa Microsoft Excel e estão representados em forma de tabelas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Fizeram parte da pesquisa os enfermeiros de um Hospital do Vale do Paraíba. O Hospital conta com 16 enfermeiros, destes contratados, um enfermeiro não quis responder e um não devolveu o questionário, ficando este estudo com a população de 14 enfermeiros.

Constatou-se que sete (50,0%) dos enfermeiros conheciam os instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão.

O corpo de conhecimento dos enfermeiros vem sendo desenvolvido e aprimorado ao longo dos anos, com a ajuda de pequenas ações, como observar, anotar e evoluir, com isso os enfermeiros podem desenvolver ações preventivas para o cuidado. Porém mesmo com tantas fontes de informações foi possível perceber, com esta pesquisa, que não se tem uma característica definidora para se saber ao certo de onde vem o conhecimento que eles aplicam em seu cotidiano, pois o tempo de formado variou em relação ao conhecimento que questionamos.

Optou-se por proceder à análise dos resultados dividindo a população em dois grupos. O grupo que conhece os instrumentos foi composto por sete dos enfermeiros e os que não conhecem pelos restantes.

As úlceras por pressão são um problema associado à qualidade da assistência de enfermagem, daí a importância do envolvimento do enfermeiro, no sentido de prevenir o aparecimento das úlceras por pressão. A prevenção do desenvolvimento das úlceras por pressão, na grande maioria dos casos, é possível através da identificação dos fatores de risco e da prestação de cuidados individualizados e sistematizados.

Na Tabela 1 estão apresentados os dados demográficos, formação e atuação profissional.

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Em relação à variável sexo, vale ressaltar que apesar da predominância (85%) dos enfermeiros estudados serem do sexo feminino, percebe-se uma concentração maior de enfermeiros do sexo masculino no grupo que conhece os instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão, pois se obteve um resultado total de (100%) no sexo masculino que conhecem os instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão e no sexo feminino (42%).

Observam-se diferenças em relação à idade. O grupo de enfermeiros que conhece os instrumentos apresentou média de idade superior, comparado com o grupo que não conhece os instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão. Pela mediana a diferença foi maior. Os resultados referentes às características demográficas dos enfermeiros que participaram da pesquisa mostraram que 36% apresentavam menos de 30 anos e 50%com menos de 40 anos.

A maioria dos enfermeiros que participaram da pesquisa tem menos de oito anos de formados ou de profissão e quanto ao tempo de formado, a média foi superior no grupo que não conhece os instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão (77%), sendo que pela mediana isto não ocorreu, sua distribuição foi maior nos que conhecem os instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão (48%), já Rangel observou em seu trabalho que a maioria era do sexo feminino (96%) e com idade entre 31 e 40anos (56%) e que dos 25 participantes da pesquisa, 12(48%) tinham de um a cinco anos de formados(2).

Na apresentação dos dados referentes à instituição formadora, observa-se que dos 14 enfermeiros estudados 05 (36%) enfermeiros eram da faculdade “B”, 04 (29%) da “D”, 03 (21%) da “A” e 02 (14%) da “C”.

Tabela 1 – Caracterização dos enfermeiros segundo os dados demográficos, formação e atuação profissional.

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Vale ressaltar que dos sete enfermeiros que conhecem os instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão, obteve-se uma media de 02 enfermeiros de cada instituição que conhecem os instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão, apenas em uma instituição foi menor que dois enfermeiros.

A seguir, os dados sobre a instituição formadora, tempo de formado, se possui especialização e qual o tipo de especialização dos enfermeiros acerca dos instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão são apresentados na Tabela 2.

A Tabela 2 apresenta na variável “possui especialização” um resultado equitativo com leve predominância dos que não têm especialização (57%), sendo que só no grupo que não conhecem, esta predominância persiste (86%).

Tabela 2 – Caracterização dos enfermeiros segundo instituição formadora, tempo de formado, se possui especialização e qual o tipo de especialização.

Houve predominância dos enfermeiros que não têm especialização (57%). Esta predominância só se repete no grupo dos que não conhecem os instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão. Rangel em seu trabalho também constatou que em seu grupo de pesquisa a maioria não tinha curso de especialização (84%) (2).

Verificou-se que dos 14 enfermeiros, 07 enfermeiros (50%) informaram que têm especialização, predominando este resultado no grupo que conhece os instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão, e apenas 43% fizeram curso de especialização; Rangel obteve que menos de 20% de seus entrevistados tinham cursos de especialização, o que demonstra que a educação formal foi obtida no nível de

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Tabela 3 – Caracterização dos enfermeiros segundo setor que trabalha, qual tipo de instrumento que se conhece e utiliza-se.

graduação. Este resultado indica a necessidade de os enfermeiros buscarem mais alternativas para a atualização, principalmente considerando os avanços tecnológicos e científicos que têm ocorrido nos últimos anos nesta área de conhecimento (2).

Identificamos que dos 14 enfermeiros participantes da pesquisa 50% conhecem algum tipo de instrumentos de avaliação de risco de úlcera por pressão, e desses 50% apenas 02 enfermeiros não possuem especialização. Em Souza, no estudo desenvolvido em Ribeirão Preto com 27 enfermeiros de dois hospitais, utilizando a mesma pergunta que utilizamos aqui nesta pesquisa, identificou-se que apenas um enfermeiro conhecia algum tipo de instrumentos de avaliação de risco de úlcera por pressão, mas não descreve qual escala utilizava, não cita se o mesmo teria alguma especialização; com isso poderia se afirmar que o fato dos enfermeiros terem especialização contribuiu para o conhecimento (7).

A seguir, os dados sobre os enfermeiros segundo setor que trabalha, qual tipo de instrumento que se conhece e se utiliza são apresentados na Tabela 3.

Dos 14 enfermeiros que afirmaram ter conhecimento acerca dos instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão, cinco enfermeiros trabalham em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Destes, a maioria localizou-se no grupo que conhece, sendo um setor o que tem mais aplicabilidade dos instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão nos pacientes ali tratados. A assistência é prestada intensivamente ao paciente e com frequência envolve a realização de procedimentos demorados e repouso absoluto ao leito que favorecem o aumento da pressão nas regiões ósseas e o risco para úlcera de pressão aumenta. Rangel cita também os setores do Centro cirúrgico e Hemodinâmica como sendo setores que necessitam de medidas preventivas para o aparecimento de úlceras por pressão. Maria cita que a prevenção do desenvolvimento das úlceras por pressão, na grande maioria dos casos, é possível através da identificação dos fatores de

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risco e da prestação de cuidados individualizados e sistematizados; ao enfermeiro, em especial, cabe avaliar o paciente, identificar os fatores de risco e implantar os cuidados necessários, de forma contínua e dinâmica (2).

A distribuição do setor de trabalho na instituição indica que a maior parte dos participantes atua na Supervisão, onde não se tem uma aplicabilidade no uso dos instrumentos, já que neste trabalho a parte de assistência infelizmente é ainda muito defasada.

Os resultados obtidos no questionário para avaliação do conhecimento acerca dos instrumentos de avaliação de risco de úlcera por pressão permitiram identificar o tipo de instrumentos de avaliação de risco de úlcera por pressão e a utilização dos mesmos dentro dos setores de trabalho.

Em relação à utilização dos instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão, 05 enfermeiros informaram que o conhecem a Escala de Braden e um, a Escala de Norton. Entre os seis enfermeiros que citaram o nome de uma Escala, apenas dois enfermeiros utilizam-na e cinco enfermeiros não a utilizam, porém conhecem os instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão. Todos os dois enfermeiros que utilizaram os instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão são enfermeiros que trabalham na UTI. Dentre as escalas citadas 83% foram referentes à Escala de Braden que foi a mais citada pelos enfermeiros participantes da pesquisa, e a outra escala citada pelos enfermeiros foi a de Escala Norton com apenas 17%.

Com a intenção de colaborar na prevenção de úlceras por pressão, dando subsídios para que os enfermeiros pudessem mais objetivamente indicar quais os pacientes que correm risco para desenvolvê-las, vários pesquisadores elaboraram escalas, para prognosticar o risco para sua formação. Entre as mais citadas está a de Braden.

No Brasil, a escala de Braden foi validada para língua portuguesa (11) sendo

adaptada e testada sua validade de predição em 34 pacientes de UTI, obtendo níveis de sensibilidade, especificidade e validade de predição positiva e negativa. De acordo com essa escala são avaliados seis fatores de risco (sub escalas), no cliente, que são: 1 Percepção sensorial, referente à capacidade do cliente reagir significativamente ao desconforto relacionado à pressão. 2 - Umidade: refere-se ao nível em que a pele é exposta à umidade. 3 - Atividade: avalia o grau de atividade física. 4 -, Mobilidade: refere-se à capacidade do cliente em mudar e controlar a posição de seu corpo. 5 -, Nutrição: retrata o padrão usual de consumo alimentar do cliente. 6 - Fricção e Cisalhamento: retrata a dependência do cliente para a mobilização e posicionamento e sobre estados de espasticidade, contratura e agitação que podem levar à constante fricção (11).

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intensa e prolongada pressão, percepção sensorial, atividade e mobilidade; e três mensuram a tolerância do tecido à pressão, umidade, nutrição, fricção e cisalhamento. As cinco primeiras sub escalas são pontuadas de 1 (menos favorável) a 4 (mais favorável); a sexta sub escala, fricção e cisalhamento, é pontuada de 1 a 3. A somatória total fica entre os valores de 6 a 23. A contagem de pontos baixo, na escala de Braden, indica uma baixa habilidade funcional, estando, portanto, o paciente em alto risco para desenvolver a úlcera de pressão. Ao fim da avaliação do paciente pelo enfermeiro, chega-se a uma pontuação, que nos diz que: Abaixo de 11= Risco Elevado, 1214 = Risco Moderado, 15 16 = Risco Mínimo (11).

A Escala de Norton foi a primeira a ser desenvolvida em 1975, baseada em estudos com pacientes geriátricos, porém Chapman&Chapman (1986) sugeriram que a pontuação Norton não era adequada para ser utilizada em pacientes mais jovens, desde então, foram criados outros indicadores que levam em consideração uma quantidade maior de variáveis. Sendo assim, seu uso ficou limitado e popularizou as outras escalas, sendo que a Escala de Braden se destaca entre todas as outras, por sua usabilidade e por ser mais abrangente nos itens de avaliação de risco; porém ainda fica a desejar em alguns pontos como idade, entre outros.

Vários autores descrevem que um fator importante na prevenção de úlcera por pressão é o uso de uma escala previamente escolhida e estabelecida, juntamente com a equipe, para não haver discórdia entre a quantificação de valores descrita por outras escala ( 3, 5, 6, 7, 8, 9,10).

CONCLUSÃO

A presente pesquisa sobre o conhecimento dos enfermeiros acerca dos instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão em uma instituição hospitalar localizada no Vale do Paraíba- São Paulo permitiu as conclusões que se seguem:

Entre os 14 enfermeiros participantes da pesquisa, sete conheciam algum tipo de instrumento de avaliação de risco para úlcera por pressão;

Entre os sete que conheciam os instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão, apenas dois os utilizavam.

Considerando os sete enfermeiros que conheciam as escalas, cinco citaram a Escala de Braden, um a Escala de Norton e um não citou nome algum de instrumento.

REFERÊNCIAS

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[periódico na internet]. 2004 [capturado 01 mar. 2007]; 17(4): 365-8. Disponível em: http:// www.unifesp.br/denf/acta/index.htm

2. Rangel EML. Conhecimento, práticas e fontes de informação de pacientes de enfermeiros

de um hospital sobre a prevenção e tratamento da úlcera de pressão. Dissertação [Mestrado em Enfermagem]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto; 2004.

3. Fernandes LM. Úlcera de pressão em pacientes críticos hospitalizados. Uma revisão integrada

da literatura. Dissertação [Mestrado em Enfermagem]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto; 2000.

4. Rabeh SAN. Úlcera de pressão: a clarificação do conceito estratégias para divulgação do

conhecimento na literatura de enfermagem. Dissertação [Mestrado em Enfermagem]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto; 2001.

5. Nogueira PC. Ocorrência de úlcera de pressão em pacientes hospitalizados com lesão

traumáticas da medula espinhal. Dissertação [Mestrado em Enfermagem]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto; 2005.

6. Costa IG. Incidência de úlcera de pressão e fatores de risco relacionados em pacientes de

um centro de terapia intensiva. Dissertação [Mestrado em Enfermagem]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto; 2003.

7. Souza E & Barbosa MC. Mapeamento dos conhecimentos dos enfermeiros frente à prevenção

de úlcera de pressão [Trabalho de Conclusão de Curso]. São José dos Campos: Universidade do Vale do Paraíba. Faculdade de Ciências da Saúde. Curso de Enfermagem; 2002.

8. Barros SKSA, Anamieht, Elias ACGP, Hashimoto MLY, Tsuda MS et AL. Aplicação de

protocolo para prevenção de úlcera de pressão em unidade de terapia intensiva. SEMINA [periódico na internet]. 2002 [capturado 04 out. 2006]; 23: 25-32. Disponível em: http://www. uel.br/proppg/semina/index.php?arq

9. Blanes L, Duarte IS, Calil JA, Fereira LM. Avaliação Clinica e Epidemiológica das úlceras

por pressão em pacientes internados no hospital São Paulo. Rev Assoc Med Bras [periódico na internet]. 2004 [capturado 09 out. 2006]; 50(20): 182-7. Disponível em: http://www.scielo. cl/scielo.php?pid=S0034-98872004000500009&script=sci_arttext

10. Cardoso MC, Caliri MHL, Hass VJ. Prevalência de úlceras de Pressão em pacientes críticos internados em um hospital universitário. REME. 2004; 8(2): 316-320.

11. Sousa CA, Santos I, Silva LD. Aplicando las recomendaciones de la Escala de Braden y previniendo las úlceras por presión - evidencias en la atención de enfermería. Rev Bras Enferm [periódico na internet]. 2006 [capturado 01 Jun 2007]; 59(3): 279-284. Disponível em: http://www.scielo.br/ scielo.php?pid=S0034-71672006000300006&script=sci_abstract&tlng=es

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Extraído do Trabalho de Conclusão do Curso de Enfermagem das Faculdades Integradas Teresa D’ Ávila (FATEA), 2007.

Responsável pela submissão

Vanessa Brito Poveda

vpoveda@gmail.com

Recebido em 29/02/2012 Aprovado em 15/03/2012

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ANEXO 1

QUESTIONÁRIO

Data: _____/ _____/ _____ Nº da lista: _______ Idade? R:____________________________________________________________ Sexo? R: Feminino ( ) Masculino ( ) Em qual instituição se formou?

R:____________________________________________________________ Tempo de formado? R:___________________________________________________________ Especialização? R: Sim ( ) Não ( ) Qual especialização? R:__________________________________________________________ Tempo de trabalho? R:___________________________________________________________ Setor em que trabalha?

R:___________________________________________________________

Conhece algum tipo de instrumento para avaliação de risco de úlcera por pressão? R: Sim ( ) Não( )

Qual?

R:___________________________________________________________ Utiliza?

R: Sim ( ) Não ( ) Com que frequência?

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