• Nenhum resultado encontrado

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2002

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2002"

Copied!
96
0
0

Texto

(1)

A G Ê N C I A N A C I O N A L D O P E T R Ó L E O

RELATÓRIO DE

GESTÃO DE 2002

(2)

INTRODUÇÃO_____________________________________________________________ 1

1 - A INSTITUIÇÃO_________________________________________________________ 3

1.1 - A Criação da Agência ___________________________________________________ 3 1.2. - Restruturação _________________________________________________________ 5 1.2.1 - Primeira Revisão _______________________________________________________________ 5 1.2.2 - Segunda Revisão _______________________________________________________________ 5 1.2.3 Terceira Revisão ________________________________________________________________ 9

2. GESTÃO INTERNA ______________________________________________________ 10

2.1. Gestão de Pessoas ______________________________________________________ 11 2.1.1 Agenda de projetos______________________________________________________________ 11 2.1.2 - Atividades desenvolvidas durante o exercício _________________________________________ 16 2.1.3 Ações de treinamento e desenvolvimento_____________________________________________ 17 2.1.4 – Quadro de pessoal da ANP ______________________________________________________ 19

2.2 - Gestão de Suprimentos _________________________________________________ 22 2.3 Execução Orçamentária e Financeira _______________________________________ 24 2.4 Controle Interno _______________________________________________________ 27

3. AÇÕES EM ÁREAS FINALÍSTICAS________________________________________ 28

3.1.Programa Abastecimento de Petróleo e Derivados ______________________________ 28

3.1.1. Gestão do Acervo de Informações das Bacias Sedimentares Brasileiras ______________________ 33 3.1.2 Estudos e Serviços de Geologia e Geofísica Aplicados à Prospecção de Petróleo e Gás Natural. ____ 34 3.1.3 Outorga de Concessões para Exploração, Desenvolvimento e Produção de Petróleo e Gás Natural __ 37 3.1.4 Gestão das Concessões para Exploração, Desenvolvimento e Produção de Petróleo e Gás Natural __ 40 3.1.5 Regulamentação das Atividades da Indústria do Petróleo, Gás Natural e Álcool Combustível. _____ 48 3.1.6 Fiscalização das Atividades Integrantes da Indústria do Petróleo e Autorização das Atividades

Integrantes da Industria do Petróleo______________________________________________________ 49 3.1.7 Planejamento da Expansão da Infra-Estrutura de Abastecimento____________________________ 55

3.2 Programa de Proteção dos Interesses dos Consumidores de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Álcool Combustível.________________________________________________ 58

3.2.1 Fiscalização da Distribuição e Revenda de Derivados de Petróleo e Álcool Combustível Autorização das Atividades de Distribuição e Revenda de Derivados de Petróleo e Álcool Combustível ____________ 61 3.2.2 Aperfeiçoamento dos Canais de Comunicação com os Consumidores de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Álcool Combustível __________________________________________________________ 69 3.2.3 - Campanha de Orientação dos Consumidores de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Álcool

Combustível quando a seus Direitos e Deveres._____________________________________________ 70

ANEXO I Regulamentação técnica ___________________________________________ 73

ANEXO II Valores de royalties creditados no exercício de 2002 ____________________ 77

ANEXO III Distribuição da Participação Especial – União, Estados e Municípios ______ 94

(3)

INTRODUÇÃO

A sociedade brasileira, com a Constituição de 1988, fez uma opção clara pela economia de mercado e pelo fortalecimento das instituições democráticas, cujos pressupostos essenciais são a inviolabilidade do Estado de Direito, a separação dos Poderes da República e o respeito aos atos jurídicos perfeitos e às instituições constituídas.

O Congresso Nacional, em sintonia com o desejo expresso pela cidadania pela abertura da economia nacional, decidiu aprovar a Emenda Constitucional nº9, de 1995, a qual contempla a flexibilização do monopólio da exploração e produção de petróleo e gás natural no País. Esta e outras normas legais fundamentaram a profunda reforma do Estado brasileiro levada a cabo ao longo da década de 90, sempre fiel ao espírito da Constituição de 1988. Um dos principais avanços registrados nesse período foi a criação das Agências Reguladoras, cuja concepção e posterior implementação seguiu, nas palavras de João Geraldo Piquet Carneiro, os preceitos internacionais do “moderno Estado regulador”. Para o iminente jurista:

“a aprovação das emendas constitucionais que permitiram a exploração de serviços públicos, antes sob estrito monopólio estatal, por empresas privadas e públicas, em regime de concorrência, constitui a demonstração cabal de que está em curso uma profunda reformulação política do Estado brasileiro. Esse processo de reformulação política se desdobra em dois movimentos sincrônicos: de um lado, a redefinição do papel do Estado, fazendo-o retroceder às fronteiras que lhe são próprias, ou seja, redirecionando o setor público para a prestação de serviços típicos de governo; de outro, a ampliação do espectro de atividades inerentes ao setor privado, tendo como elemento central a criação de um ambiente econômico realmente competitivo. A conjugação desses dois movimentos levará, espera-se, não só ao crescimento econômico sustentado mas também e principalmente à melhoria da qualidade dos serviços até então

prestados pelo próprio Estado.”1

Não resta dúvida de que o setor do petróleo e do gás foi beneficiado pela implantação da Agência Nacional de Petróleo, seja em razão da consolidação e atualização do marco regulatório dessa indústria, seja pelo fortalecimento da confiança dos agentes econômicos

1

(4)

nacionais e, principalmente, internacionais que vêem na previsibilidade e estabilidade de regras fator decisivo para fazer investimentos de longa maturação no País.

Com efeito, a indústria do petróleo e do gás vem passando nos últimos anos por um extraordinário impulso de crescimento, já havendo ultrapassado a cifra de 6% do PIB nacional. Energia acessível, abundante e a preços competitivos é elemento chave na promoção do crescimento sustentado da economia.

A missão desempenhada pela ANP é tão complexa quanto o setor que visa regular e fiscalizar. Enfrenta dificuldades importantes no cumprimento de suas tarefas essenciais. Entre outros: a) a amplitude dos temas de que trata, que vão da exploração e produção à distribuição de derivados ao consumidor, passando pelo processo de seu refino e transporte; b) as restrições orçamentárias que anualmente frustram iniciativas importantes para a melhoria de sua missão regulatória e fiscalizatória; c) a escassez de pessoal qualificado, dada a impossibilidade de realizar concursos públicos para a admissão de novos funcionários, sobretudo para as tarefas de fiscalização; d) a rotatividade de sua mão-de-obra, atraída pelos salários mais altos pagos pela esfera privada; e e) as incertezas políticas que rondam o marco regulatório nacional.

Nenhuma dessas dificuldades, porém, deixou de motivar os funcionários da Agência em 2002. Os indicadores apontados nos capítulos que seguem demonstram que a ANP teve um desempenho excepcional no período, e o esforço de aperfeiçoamento continua a ser a meta primordial da organização, em benefício do interesse nacional e dos direitos da cidadania.

(5)

1 - A INSTITUIÇÃO

1.1 - A Criação da Agência

A Lei nº 9478, de 6 de agosto de 1997, dispõe sobre a política energética nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo e institui a ANP, que tem como finalidade promover a regulação, a contratação e a fiscalização das atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo.

A lei supracitada também define algumas atribuições da agência, entre elas:

a) implementar, em sua esfera de atribuições, a política nacional de petróleo e gás, emanada do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), com ênfase na garantia do suprimento de derivados de petróleo em todo o território nacional e na proteção dos interesses dos consumidores quanto a preço, qualidade e oferta dos produtos;

b) gerir os recursos de petróleo e gás natural, por meio da administração e regulamentação da obtenção de dados técnicos, da promoção de estudos visando à delimitação de blocos e de exploração e produção, sua licitação e a concessão das atividades de exploração, desenvolvimento e produção, fiscalizando a sua execução;

c) estabelecer regulação de acesso à infra-estrutura dutoviária e de terminais marítimos;

d) regulamentar e autorizar a prática das atividades de refinação, processamento, transporte, importação e exportação;

e) regulamentar e autorizar as atividades relacionadas com o abastecimento nacional de combustíveis;

f) fiscalizar diretamente, ou mediante convênio com órgãos dos Estados e do DF, as atividades integrantes da indústria do petróleo, bem como aplicar as sanções administrativas e pecuniárias previstas em lei, regulamento ou contrato;

g) fazer cumprir as boas práticas de conservação e uso racional do petróleo, dos derivados e do gás natural e de preservação do meio ambiente;

h) estimular a pesquisa e a adoção de novas tecnologias na exploração, produção, transporte, refino e processamento de petróleo e gás natural;

i) prestar suporte técnico ao CNPE e acionar as entidades de defesa da concorrência em caso de constatação de infrações à ordem econômica.

(6)

A forma de organização da Agência está definida no artigo 5º do Decreto nº 2.455, de 14 de janeiro de 1998, que estabeleceu a seguinte estrutura organizacional para a Agência Nacional do Petróleo:

a) Diretoria;

b) Procuradoria-Geral;

c) Superintendências de Processos Organizacionais.

O artigo 12 desse mesmo Decreto relacionou os processos organizacionais que foram associados às Superintendências:

a) Gestão de Informações e Dados Técnicos; b) Definição de Blocos;

c) Promoção de Licitações; d) Exploração;

e) Desenvolvimento e Produção;

f) Controle das Participações Governamentais; g) Relações Institucionais;

h) Refino e Processamento de Gás Natural;

i) Transporte de Petróleo, Seus Derivados e Gás Natural;

j) Importação e Exportação de Petróleo, Seus Derivados e Gás Natural; k) Desenvolvimento de Infra-estrutura de Abastecimento;

l) Abastecimento;

m) Qualidade de Produtos;

n) Gestão de Recursos Humanos; o) Gestão Financeira e Administrativa; p) Gestão Interna.

Cabe à Diretoria Colegiada decidir pela forma de vinculação das Superintendências aos Diretores, bem como a periodicidade de rotatividade. O Regimento Interno (Portaria nº 215/1998 do Ministério de Minas Energia), por sua vez, define as atribuições comuns e específicas das Superintendências de Processos Organizacionais.

Em 2002, com base no entendimento de que a organização interna é um processo em constante aprimoramento, a Agência iniciou estudos que lhe permitisse atuar de modo mais ágil e eficiente. Esse trabalho não chegou a ser concluído em 2002. Seus resultados, se aprovados pela Diretoria Colegiada, deverão ser implementados nos primeiros meses de 2003.

(7)

1.2. - Restruturação

1.2.1 - Primeira Revisão

No segundo ano de funcionamento da ANP, duas modificações foram feitas, sem que implicassem mudanças mais profundas na estrutura organizacional. O fato é, porém, que já se identificava a necessidade de ajustes internos, a saber:

a) a revisão dos processos organizacionais “Transporte de Petróleo, Seus Derivados e Gás Natural”, “Desenvolvimento de Infra-estrutura de Abastecimento” e “Importação e Exportação de Petróleo, Seus Derivados e Gás Natural”, os quais foram substituídos pelos processos organizacionais “Estudos Estratégicos”, “Comercialização e Movimentação de Petróleo e Seus Derivados” e “Comercialização e Movimentação de Gás Natural”;

b) a criação das assessorias e assessorias especiais para contemplar as atividades de “Assessoria Especial de Imprensa” e “Assessoria Especial de Fiscalização” do Abastecimento e ainda a “Assessoria Especial de Informática”.

1.2.2 - Segunda Revisão

Em meados de 2000, a ANP passou por um segundo processo de revisão da sua estrutura organizacional para atender às mudanças definidas na Lei nº 9.986/2000, que dispõe sobre a gestão de recursos humanos das Agências Reguladoras.

A Lei nº 9.986, de 18/07/2000, estabeleceu uma nova estrutura de cargos para as agências reguladoras (ANP, ANATEL, ANEEL, ANVS e ANS), tornando necessária uma análise mais sistematizada da estrutura organizacional da ANP, para sua adequação ao novo marco legal. O trabalho, desenvolvido com o apoio de consultoria externa, partiu do levantamento dos macroprocessos organizacionais finalísticos e introduziu as seguintes mudanças na Agência:

a) uma nova forma de agrupamento das Superintendência por Diretor, resguardada a sistemática de rodízio anual;

b) desenvolvimento e implantação de mecanismos e instrumentos facilitadores de um modelo de gestão baseado na visão integrada e multidisciplinar dos processos organizacionais e na orientação para a aprendizagem e o conhecimento.

A organização básica da ANP passou a compreender: a) Unidade Superior de Deliberação Colegiada:

(8)

??Diretoria Colegiada composta por uma Diretoria-Geral e quatro Diretorias. b) Unidades Consultivas e de Assessoramento:

??Assessorias, Procuradoria Geral e Comitês .

c) Unidades Executivas:

??Dezesseis Superintendências e cinco Núcleos.

d) Unidades Executivas Descentralizadas (em relação ao Escritório Central do Rio de Janeiro)

?? Escritório-Sede Brasília; ?? Escritório São Paulo; ?? Escritório Salvador.

O modelo proposto introduziu também os conceitos de Núcleo e de Comitê.

A análise dos macroprocessos finalísticos da Agência permitiu uma discussão importante sobre produtos/serviços, a qual serviu de base para reorientar os processos de planejamento anual e a estrutura programática da ANP, possibilitando a revisão do modelo de gestão.

Os macroprocessos finalísticos da ANP são: ?? Regulamentar atividades da indústria

Regulamentar é a essência da ação da ANP. Para cumprir esta missão a indústria do petróleo e do gás natural, concedendo, autorizando e fiscalizando suas atividades, é necessário dispor de conjunto de normas e regras, desenvolvidas a partir do que é a razão de ser da Agência: promover a livre concorrência e o desenvolvimento nacional, preservar o interesse público e o meio ambiente.

?? Promover as atividades da indústria

Promover é a ação contratante da ANP. Enquanto gestora do monopólio da União, num ambiente de competição regulada, cabe à ANP conceder a pesquisa e lavra de jazidas e autorizar o refino de petróleo nacional ou importado; a importação/exportação de petróleo e gás natural, o transporte, transferência e comercialização de petróleo, derivados e gás natural, visando atrair investimentos e

(9)

?? Monitorar atividades da indústria

Monitorar é a ação educativa, de orientação e acompanhamento pró-ativo da ANP. Enquanto entidade focada na busca do equilíbrio entre os interesses nacionais, dos investidores e dos consumidores, respeitadas a legislação brasileira e as melhores práticas da indústria do petróleo, cabe à ANP monitorar as atividades que promove, garantindo a efetividade da ação regulatória, a partir de uma interação antes preventiva que punitiva junto aos agentes concessionários ou autorizados.

?? Fiscalizar atividades da indústria

Fiscalizar é a ação executiva da ANP, que implica a repressão às condutas violadoras da legislação vigente. Voltada à proteção dos interesses do mercado como um todo e dos consumidores em particular, a ação fiscalizadora legitima o papel regulador da ANP.

?? Informar atividades da indústria

Informar é a ação de manter e disponibilizar dados e informações. O domínio do conhecimento sobre a indústria do petróleo e do gás natural é o principal requisito para a ação da ANP. O conhecimento é gerado internamente e externamente à Agência. Provém de várias fontes sob formatos diversos. Esse macroprocesso recebe insumos e gera resultados para todos os demais. Representa o conjunto de atividades voltadas a levantar, consolidar e distribuir Informação ao público em geral, aos agentes econômicos da indústria do petróleo e gás natural e internamente à própria Agência.

A figura seguinte ilustra o relacionamento entre os macroprocessos finalísticos e os demais recursos necessários à gestão da Agência, a saber: recursos humanos, recursos administrativos, recursos financeiros e recursos tecnológicos.

(10)

Figura 1 - Macroprocessos

Fiscalizar atividades da indústria do petróleo e gás natural

Regulamentar atividades da indústria do petróleo e gás natural Manter e disponibilizar dados e informações sobre a indústria do petróleo e gás natural Promover as atividades da indústria do petróleo e

gás natural

Monitorar atividades da indústria do petróleo

e gás natural Recursos Humanos Recursos Financeiros Recursos Tecnológicos Recursos Administrativos

A partir das alterações implementadas, indica-se a seguir a estrutura organizacional da Agência:

Figura 2 – Estrutura Organizacional da ANP

DIRETOR-GERAL

Sebastião do Rego Barros

DIRETORIA COLEGIADA

D I R E T O R

Newton Reis Monteiro

DIRETOR

John M. A. Forman

D I R E T O R

Júlio Colombi Netto

DIRETOR

Luiz Augusto Horta Nogueira

Procuradoria Geral

Elso do Couto e Silva

Superintendência de Gestão Interna

Luís Fernando Panelli César

Núcleo de Informática

José Pinheiro Filho

Superintendência de Estudos Estratégicos Guilherme G. Santana Superintendência de Relações Institucionais Durval C. de Barros Superintendência de Gestão de Recursos Humanos

Loana Braga B. Saltarelli

Superintendência de Gestão Finan. e Administrativa Centro de Relações com o Consumidor

João Ubaldo Dantas

Núcleo de Des. Tecnológico

Raimar V.dan Bylaardt

Superintendência de Exploração

Osvair Vidal Trevisan

Superint. de Gestão de Inform. e Dados

Técnicos

Luís Sguissardi do Carmo

Superint.de Desenvolvimento e Produção Oswaldo A. Pedrosa Jr. Superintendência de Definição de Blocos

Mauro Barbosa de Araújo

Superintendência de Controle das Participações Governamentais

Décio Hamilton Barbosa

Superintendência de Promoção de

Licitações

Daniel Cleverson Pedroso

Superintendência de Abastecimento

Alcides Nunes da Costa Filho Superintendência de Refino e Processamento de Gás Natural Ernani Carvalho Superintendência de Comercialização e Movimentação de Petróleo

Carlos Valois M. Braga

Superintendência de Comercialização e Movimentação de

Gás Natural

José Césario Ceceti

Núcleo de Fiscalização do Abastecimento

César Ramos Filho

Núcleo de Defesa daa Concorrência Teresa Célia P. de Melo Superintendência de Qualidade de Produtos

(11)

Observa-se que a macroestrutura da ANP não está orientada por seus macroprocessos finalísticos. Essa orientação implicaria focar a ação da Agência em regulamentar, promover (conceder e gerir a outorga), monitorar, fiscalizar e informar sobre as atividades da indústria do petróleo e do gás natural. Essas atividades seriam a Pesquisa, Desenvolvimento, Exploração, Refino, Transporte, Distribuição e Revenda.

1.2.3 Terceira Revisão

No último quadrimestre de 2002, a Agência, por intermédio da Superintendência de Gestão Interna, iniciou estudos que deverão resultar em 2003 numa redistribuição dos processos organizacionais associados às Superintendências, com o objetivo de reagrupá-las para vinculação ao Diretor-Geral e aos demais Diretores. O estudo teve por objetivo racionalizar a organização da Agência e ao mesmo tempo diminuir custos operacionais, assegurando maior eficiência ao processo decisório. Assim, nos primeiros meses de 2003, diversas Superintendências deverão ser agrupadas sob uma única chefia, até que se proceda a uma redefinição formal da estrutura organizacional da ANP, mediante a expedição de nova portaria ministerial, que consolide as alterações necessárias no Regimento Interno.

Em 2002, após aprovação pelo Senado Federal para o cargo de Diretor-Geral, assumiu funções a e 2 de janeiro o Embaixador Sebastião do Rego Barros. Encerrou-se, a 15 de janeiro, o mandato do Diretor Giovanni Toniatti. O Diretor Eloi Fernandes y Fernandez renunciou ao seu mandato a 5 de abril. Os Diretores John Milne Albuquerque Forman e Newton Reis Monteiro assumiram a 16 de janeiro e 20 de junho, respectivamente.

Desligaram-s da função de Superintendente da Agência em 2002: Rafael Schechtman, Estudos Estratégicos; a 1º de janeiro; Sergio Possato, Gestão de Informações e Dados Técnicos, a 1º de julho; Mercedes Shumacher Viero, Abastecimento, a 5 de agosto; Ivan Araújo Simões Filho, Promoção de Licitações, a 12 de agosto; Maria Suzana Saldanha de A. Falcão, Gestão de Recursos Humanos, a 18 de agosto; e Maria Elisa Simões de Ouro Preto, de Relações Institucionais, a 10 de junho.

Foram nomeados em 2002 os Superintendentes Luís Fernando Panelli César, Gestão Interna, a 24 de janeiro; Loana Braga Barbosa Saltarelli, Gestão de Recursos Humanos, a 4 de março; Guilherme Guimarães Santana, Estudos Estratégicos, a 15 de abril; Durval Carvalho de Barros, Relações Institucionais, a 19 de junho; Luiz Sguissardi do Carmo, Gestão de Informação e Dados Técnicos, a 1º de julho; Alcides Nunes da Costa Filho, Abastecimento, a 7 de outubro; e Daniel Cleverson Pedroso, Promoção de Licitações, a 31 de outubro.

(12)

A Procuradora Geral Sônia Maria Agel da Silva afastou-se da Agência a 14 de novembro, a fim de aposentar-se. Seu substituto, Elso do Couto e Silva, foi nomeado a 26 de dezembro. O organograma da ANP, aqui reproduzido registra a posição do corpo diretivo da Agência em 31 de dezembro de 2002.

2. GESTÃO INTERNA

Em 2002, para atender à demanda interna de modernização da Agência e, em conseqüência, aprimorar a capacidade de resposta à sociedade brasileira, a ANP priorizou ações voltadas para sua atualização tecnológica. Investiu em segurança de informações e em atualização de tecnologia de desenvolvimento, com ênfase na divulgação de suas ações e interação com a sociedade via Internet.

Uma nova página na web foi desenvolvida, de forma a dar mais visibilidade à Agência, tornando mais dinâmico o relacionamento com seu público específico (agentes econômicos) e a com os consumidores nacionais. A página, a partir de 2002 totalmente reformulada, passou a disponibilizar, por exemplo, o resultado do monitoramento da qualidade dos combustíveis comercializados, o levantamento dos preços praticados e o resultado das ações de fiscalização, todas elas informações relacionadas à defesa dos interesses dos consumidores de derivados e petróleo e gás natural e álcool combustível. A página tornou mais ágil a relação da Agência com o consumidor e envolveu a sociedade no seu processo decisório, na medida em que colocou em consulta pública, via página na Internet, todos os seus atos normativos em fase de elaboração. O nível de visitação da página web tem chegado a números excepcionais -- mais de duas mil visitas diárias --, e em períodos de interesse especial (volatilidade de preços, desdobramentos inesperados da conjuntura internacional, ou ainda, iminência de novas regras regulatórias), o volume de visitantes já chegou a ultrapassar a cifra de 20.000 consultas/dia.

Durante o exercício de 2002, foram desenvolvidas, com apoio de consultoria externa, ações que permitiram à Agência delinear e pôr em funcionamento uma política de segurança de informações essencial ao desempenho de suas funções institucionais. No final do ano, foram idealizados projetos de atualização tecnológica que, a partir de 2003, irão permitir uma integração mais eficaz da ANP com os agentes econômicos.

Na busca dessa agilidade, a Agência está desenvolvendo um Sistema Integrado de Movimentação de Produtos (SIMP), que terá, a partir de 2003, efeito significativo no mercado, na medida em que permitirá o monitoramento de todo o processo de comercialização de combustíveis, de sua origem na refinaria até o consumidor.

(13)

Essas ações de gestão interna integram um conjunto de iniciativas que estão dando à Agência Nacional do Petróleo uma estrutura dinâmica, segura e ágil, na qual as informações estarão disponíveis em espaços de tempo cada vez menores, permitindo ações mais rápidas e seguras, na defesa do interesse público.

2.1. Gestão de Pessoas 2.1.1 Agenda de projetos

No exercício de 2002, a Superintendência de Recursos Humanos (SRH) trabalhou com uma agenda de projetos, que incluiu as seguintes atividades:

?? ampliação do quadro de pessoal técnico, com 81 novos contratos temporários

com duração de dois anos, num processo simplificado de seleção;

?? ampliação do número de vagas para pessoal de serviços de apoio administrativo

e serviços gerais, mediante aditamento de contrato vigente;

?? aprovação do Regulamento de Pessoal;

?? implantação do Sistema de Avaliação de Desenvolvimento;

?? realização da primeira etapa do Projeto de Formação de Reguladores, com apoio

de consultoria especializada;

?? implantação do Programa de Formação de Analistas de Suporte à Regulação;

?? treinamento de técnicos e superintendentes em curso sobre regulação na

George Washington University, em Washington D.C.;

?? implantação do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional;

?? implantação da gestão por processos do sistema de recursos humanos;

?? implementação e acompanhamento de mudanças no ambiente de trabalho,

mediante a formalização do Comitê de Qualidade de Vida

Apenas três das ações programadas para 2002 não puderam ser concretizadas: a aprovação do Regulamento de Pessoal (pelo fato de a carreira para as Agências Reguladoras ainda não ter sido definida) e a implantação do Programa de Formação de Analistas de Suporte à Regulação e do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional.

(14)

a) Processo seletivo simplificado

Em abril de 2002, a ANP selecionou e recebeu um grupo de 46 novos contratados temporários, que foram distribuídos internamente da seguinte forma:

Gráfico 1 - DISTRIBUIÇÃO DOS SERVIDORES POR ÁREA

1 2 1 6 4 3 2 3 2 5 2 1 2 2 2 3 3 2 0 2 4 6 8 CG/DG CRC PROGE SAB SCG SCP SDB

SDP SDT SEE SEP SGI NIN SPG

SPL SQP SRI SRP

b) Prestação de serviços continuados de apoio administrativo

As necessidades crescentes de apoio às diferentes áreas da ANP indicaram a necessidade de ampliação dos serviços continuados de apoio administrativo. Em 2002, foi formalizado termo aditivo ao contrato firmado com empresa Work Time Assessoria Empresarial Ltda. O gráfico a seguir mostra a evolução quantitativa desse tipo de serviço utilizado pela Agência, de 1988 a 2002: 51 71 103 131 167 0 50 100 150 200 QUANTIDADE

SERVIÇOS CONTINUADOS DE APOIO ADMINISTRATIVO - ANP

Dez / 1998 Dez / 1999 Dez / 2000 Dez / 2001 Dez / 2002

(15)

c) Sistema de Avaliação de Desenvolvimento

O Sistema de Avaliação de Desenvolvimento foi implantado em maio de 2002. Foi realizada uma avaliação abrangente da força de trabalho com que conta a ANP. Os resultados mostraram fatores de desempenho do tipo iniciativa, produtividade e qualidade do trabalho, responsabilidade, disciplina , assiduidade e relações de trabalho.

d) Treinamento na George Washington University

Em junho de 2002, retomando uma proposta não concretizada em 2001, foi posta em prática a primeira etapa de um programa internacional de treinamento na área regulatória. Seis servidores da Agência, entre técnicos, coordenadores e superintendente, foram treinados, durante 80 horas, na George Washington University, nos Estados Unidos da América. A experiência reguladora norte-americana no setor de petróleo e gás é paradigmática para qualquer país que vivencie processos de flexibilização de monopólios, como é o caso do Brasil.

e) Gestão por Processos do Sistema de Recursos Humanos

A área de recursos humanos da Agência realizou, em 2002, um amplo trabalho de mapeamento das atividades e dos processos existentes na Superintendência de Recursos Humanos. O trabalho fez parte do projeto de estruturação da SRH e contou com assessoria técnica especializada externa. Desse esforço resultou uma proposta de nova organização da área, dividida em quatro macroprocessos, descritos a seguir. A implantação do projeto de Gestão por Processos deverá ser uma das atividades prioritárias da SRH no exercício de 2003.

(16)

PLANEJAR

Analisar o desempenho anterior

Identificar diretrizes e prioridade da ANP para o próximo exercício Levantar propostas das unidades organizacionais da ANP Elaborar proposta de ação preliminar

Apresentar proposta de ação preliminar à Câmara Técnica de RH Elaborar proposta / documento final

Apresentar proposta à Diretoria Elaborar relatório anual

Elaborar e divulgar documento “Diretrizes e Orientações para o Planejamento de Ações de Treinamento e Desenvolvimento” Receber, analisar e criticar o planejamento das ações de T & D das Superintendências e Diretorias

Promover discussão dos relatórios com equipes técnicas Consolidar o planejamento e enviar para a SGI Elaborar relatório trimestral de acompanhamento Elaborar relatório anual

Fazer acompanhamento trimestral da execução Elaborar a pauta de reunião

Divulgar a pauta e proceder convocação Preparar e distribuir previamente o material Elaborar e divulgar a ata de reunião

Acompanhar o Plano de Ação das Unidades organizacionais da ANP Participar das RSs

Viabilizar as demandas das unidades junto à SRH Participar do processo seletivo das unidades Apoiar o Planejamento

Assessorar os gestores nos assuntos de RH

Elaborar, monitorar e avaliar PPA da SRH Secretariar a Câmara Técnica de RH Prestar Consultoria Interna de RH PLANEJAR Elaborar, monitorar e avaliar Plano de Ação da SRH

Elaborar, monitorar e avaliar PPA da ANP - T&D

Elaborar proposta física-financeira

CAPTAR

Analisar viabilidade da demanda Definir perfis

Profissional para Contrato Temporário Funcionário Comissionado

Funcionário Efetivo

Funcionário Prestador de Serviços Continuados de Apoio Administrativo Estagiário

Funcionário Efetivo

Profissional por Contrato Temporário Funcionário Requisitado

Estagiário

Funcionário Prestador de Serviços Continuados de Apoio Administrativo Funcionário Comissionado

Renovar contrato de estagiários Renovar contratos temporários Desligar estagiários

Desligar pessoal efetivo Recindir contrato temporário

Exonerar funcionários cedidos e nomeados

Desligar funcionário Prestador de Serviços Continuados de Apoio Administrativo Renovar e Desligar CAPTAR Identificar Necessidades Recrutar e Selecionar Admitir

(17)

CULTIVAR

Consolidar Planos de Desenvolvimento das Unidades Elaborar Plano de Ação de T&D da ANP

Executar Projetos Corporativos Viabilizar Projetos Específicos

CULTIVAR

Coordenar Comitê de Qualidade de Vida

Monitorar as condições de trabalho e clima organizacional

Capacitar

Monitorar Assistência à Saúde

Prover bem estar social aos funcionários

Monitorar Assistência Odontológica

Monitorar Saúde Ocupacional e Risco Ambiental (PCMSO e PPRA) Promover Palestras e Atividades dirigidas aos funcionários

VALORAR

Fazer Orientação Profissional Implementar Progressão Funcional

Implementar benefícios previstos pela legislação

VALORAR

Analisar Resultados da Agência

Cumprir e Comprovar Cumprimento das Disposições Legais

Remunerar

Acompanhar Plano de Férias Conferir Controle de Freqüência Conferir e Ajustar Folha de Pagamentos

Valorar

Analisar Resultados Individuais

f) Acompanhamento da Implementação de Mudanças no Ambiente de Trabalho.

A constituição do Comitê de Qualidade de Vida da ANP foi aprovada nos últimos dias do ano de 2001. Sua efetiva implantação e início de atividades deu-se em 2002. O comitê é integrado por servidores da Agência e, no exercício abrangido por este relatório, realizou diversas atividades entre as quais se destacaram uma Campanha de Vacinação, que abrangeu os servidores lotados nos escritórios do Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo (no Escritório Central do Rio de Janeiro 355 servidores foram atendidos; no Escritório-Sede do Distrito Federal, 85; e em São Paulo, 53; num total de 493 servidores beneficiados); uma

(18)

confraternização denominada Dia da Criança na ANP, destinada ao envolvimento de crianças e jovens no ambiente e tema de trabalho de seus pais; e duas iniciativas voltadas para a afirmação de atuação solitária da Agência, uma relacionada ao Dia da Criança e outra ao Natal, em benefício das seguintes instituições e campanhas: Educandário Romão de Mattos Duarte; Sociedade dos Amigos da Pediatria do Hospital Universitário Gaffrée Guinle; Campanha Natal sem Fome, e Casa de Francisco, na Favela da Rocinha.

2.1.2 - Atividades desenvolvidas durante o exercício

2.1.2.1 – Admissões

No ano de 2002, a Agência realizou 128 admissões, entre contratações temporárias, nomeações e requisições. Este aumento em relação aos anos anteriores ficou próximo ao momento inicial de composição do quadro de pessoal da ANP (1998/1999).

157 133 89 79 128 0 20 40 60 80 100 120 140 160 1998 1999 2000 2001 2002 ADMISSÕES - ANP

FONTE : CADGER - 12/2002 / RM - LABORE POSIÇÃO DA SRH EM : 10/12/2002

2.1.2.2 - Desligamentos

As demissões (rescisões de contrato temporários, exonerações e retornos aos órgãos cedentes) excederam os patamares anteriormente atingidos, conforme apresentado no quadro a seguir:

(19)

16 13 64 46 70 0 10 20 30 40 50 60 70 1998 1999 2000 2001 2002 DESLIGAMENTOS - ANP FONTE : CADGER 12/2002 / RM -LABORE POSIÇÃO DA SRH EM :10/12/2002

A aceleração da perda de quadros da ANP é um desdobramento muito preocupante, sobretudo porque se tornou muito difícil substituir esses quadros com pessoal técnico especializado. A defasagem de salários entre o órgão regulador e o mercado, principalmente no segmento do petróleo e gás, é significativa, o que dificulta sobremaneira o esforço de recrutamento de profissionais pela ANP.

2.1.2.3 – Movimentações Internas

Foram feitas 28 movimentações internas de pessoal, basicamente em decorrência de alterações setoriais na ANP.

2.1.3 Ações de treinamento e desenvolvimento

Em 2002 , houve nítida evolução do investimento em capacitação, voltada para a qualificação do corpo técnico da Agência. A execução orçamentária da área, mostrada a seguir, comprova essa tendência: Execução Orçamentária em R$ 123.981 1.044.720 1.575.556 1.859.086 2002 2001 2000 1999

(20)

As ações de treinamento e desenvolvimento incluem ações corporativas, que são aquelas coordenadas pela SRH, e ações específicas (cursos específicos, cursos específicos internacionais, eventos nacionais e eventos internacionais), demandadas em seu conteúdo pelas unidades organizacionais e planejadas em conjunto com a SRH, quando da elaboração do planejamento orçamentário. D I S T R I B U I Ç Ã O D O S C U S T O S R E F E R E N T E S À S A Ç Õ E S D E T R E I N A M E N T O E D E S E N V O L V I M E N T O 1 4 % 4 % 21% 50% 11% C U R S O S E S P E C Í F I C O S C U R S O S E S P E C Í F I C O S INTERNACIONAIS C U R S O S C O R P O R A T I V O S E V E N T O S I N T E R N A C I O N A I S EVENTOS NACIONAIS 2.1.3.1 - Ações Corporativas

109 servidores participaram em 2002 de cursos de idiomas patrocinados pela Agência, que disponibilizou para seus servidores aulas individuais, em grupo, especiais e de imersão. Para atender a Superintendência de Promoção de Licitações, foi estruturado um curso com carga horária total de 80 horas e conteúdo jurídico-econômico, voltado especificamente para as necessidades do público da ANP, dividido em três módulos, realizados em conjunto ou independentemente.

Módulos Participantes

Basic Petroleum Economics (32 horas) 21

Economics of Worldwide Petroleum Production (16 horas)

15

International Petroleum Contracts

(32 horas)

17

Outras ações corporativas: cerca de 30 servidores, com apoio institucional, participaram do IX Congresso Brasileiro de Energia, realizado em maio de 2002, no Rio de Janeiro; técnicos, coordenadores e superintendentes, seis ao todo, foram treinados no âmbito do programa internacional de aperfeiçoamento na área regulatória promovido pela George Washington University; 36 servidores beneficiaram-se de cursos básicos e avançados de informática;

(21)

treinamento customizado no software Geomedia e Geomedia Profissional envolveu 20 técnicos do grupo do upstream; do 17th World Petroleum Congress, realizado na cidade do Rio de Janeiro, em setembro, participaram 50 servires da casa; encerrando as atividades de capacitação no exercício de 2002, foi autorizada a participação de 16 servidores da ANP no curso sobre a Lei nº 8.112 e suas alterações posteriores, realizada em dezembro de 2002. Ao longo do ano, servidores receberam financiamento e foram liberados parcialmente para participar de cursos de formação e pós-graduação lato e stricto senso.

Pessoal treinado em ações corporativas:

Ações Corporativas N.º de Participantes Cursos de idiomas 109 Cursos de informática 36 Cursos técnicos 137 TOTAL 282 2.3.1.2 - Ações Específicas

As ações de treinamento consideradas específicas podem ser identificadas como: participações em eventos nacionais e/ou internacionais, participações em cursos específicos e/ou cursos específicos internacionais.

Ações Específicas Quantidade N.º de Participantes

Cursos específicos 77 99

Cursos específicos internacionais 06 06

Eventos nacionais 136 209

Eventos internacionais 45 86

TOTAL 264 398

Neste exercício, houve um investimento de 11.479 horas em ações específicas, que atingiu um público total de 297 servidores, numa média de 39 horas de treinamento por funcionário. 2.1.4 – Quadro de pessoal da ANP

Quadros demonstrativos da força de trabalho da ANP, incluindo a composição do quadro específico, a distribuição dos cargos, o perfil de formação e do nível de especialização dos servidores.

(22)

Gráfico 7 - Composição da força de trabalho – Quadro Geral: Q U A D R O G E R A L C O M P O S I Ç Ã O A N P - 2 0 0 2 C O N T R A T A D O S T E M P O R A R I A M E N T E 23% T E R C E I R I Z A D O S 27% N O M E A D O S P / C A R G O S C O M I S S I O N A D O S D E L I V R E E S C O L H A 15% R E D I S T R I B U Í D O S P A R A A N P 1 4 % R E Q U I S I T A D O S D E O U T R O S O R G Ã O S P Ú B L I C O S 12% D E S I G N A D O S ( P R O C U R A D O R E F E D E R A I S - A G U ) 2% E S T A G I Á R I O S 7% C E D I D O A O U T R O S O R G Ã O S 0 % F O N T E : C A D G E R - 1 2 / 2 0 0 2 / R M - L A B O R E P O S I Ç Ã O D A S R H E M : 1 0 / 1 2 / 2 0 0 2

Gráfico 8 - Composição do Quadro Específico:

Q U A D R O E S P E C Í F I C O A N P - 2 0 0 2 C E D I D O A O U T R O S O R G Ã O S 0% D E S I G N A D O S ( P R O C U R A D O R E F E D E R A I S - A G U ) 4% R E Q U I S I T A D O S D E O U T R O S O R G Ã O S P Ú B L I C O S 1 7 % R E D I S T R I B U Í D O S P A R A A N P 2 1 % N O M E A D O S P / C A R G O S C O M I S S I O N A D O S D E L I V R E E S C O L H A 2 2 % C O N T R A T A D O S T E M P O R A R I A M E N T E 3 6 % F O N T E : C A D G E R - 1 2 / 2 0 0 2 / R M - L A B O R E P O S I Ç Ã O D A S R H E M : 1 0 / 1 2 / 2 0 0 2

(23)

Gráfico 9 - Distribuição dos Cargos D I S T R I B U I Ç Ã O D E C A R G O S A N P - 2 0 0 2 F u n ç ã o C o m i s s i o n a d a Técnica 19% C a r g o C o m i s s i o n a d o Técnico 10% C a r g o d e G e r ê n c i a Executiva 15% C a r g o s d e A s s i s t ê n c i a 5 % C a r g o s d e A s s e s s o r i a 7 % C a r g o C o m i s s i o n a d o d e D i r e ç ã o 1 % S e m C a r g o 7% C o n t r a t o T e m p o r á r i o 3 6 % F O N T E : C A D G E R - 1 2 / 2 0 0 2 / R M - L A B O R E P O S I Ç Ã O D A S R H E M : 1 0 / 1 2 / 2 0 0 2

Gráfico 10 - Perfil de Formação

TIPO DE GRADUAÇÃO ANP 2002

ADMINISTRADOR 10% ADVOGADO 15% ECONOMISTA 11% ENGENHEIRO 24% GEÓLOGO 5% NÃO GRADUADO 19% OUTRAS GRADUAÇÕES 16%

FONTE : CADGER - 12/2002 / RM - LABORE POSIÇÃO DA SRH EM : 10/12/2002 01 GEÓGRAFO - ( Fiscal )

(24)

Gráfico 11 - Nível de Especialização:

Nível de Especialização - Servidores

5% 16% 18% 61% DOUTORADO MESTRADO ESPECIALIZADO GRADUADO

2.2 - Gestão de Suprimentos

A análise das despesas de custeio da Agência por elemento de despesa revela a significativa participação dos gastos com serviços de pessoa jurídica. Dada a natureza das atividades desenvolvidas, observa-se que a organização continua intensificando esforços no sentido da contratação de terceiros para realizar suas ações de monitoramento e fiscalização das atividades da indústria do petróleo e do gás natural, de acordo com orientação da lei de criação da ANP.

Tabela 1 - Despesas de 2002 por Elemento

Descrição

Valor em R$

%

Serviços Pessoa Jurídica 114.725.884,92 72,55% Material de Consumo 3.803.091,36 2,41% Consultoria 26.917.781,14 17,02% Mão-de-Obra 3.427.156,03 2,17% Diárias 2.290.890,27 1,45% Passagens 2.205.874,58 1,39% Obras e Instalações 4.389.002,20 2,78% Serviços Pessoa Física 368.967,96 0,23% T O T A L 158.128.648,46 100,00%

(25)

Para efeito de comparação dos valores registrados em 2002, utilizou-se como referência o valor das despesas por elemento de despesa relativos aos anos de 2000, 2001 e 2002 .

Gráfico12 - Comparativo de despesas de 2000, 2001 e 2002 por Elemento (R$ mil)

0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 Diárias Material de Consumo Passagens Serviços Consultoria Serviços Pessoa Física

Mão de Obra Serviços Pessoa Jurídica Obras e Instalações 2000 2001 2002 Fonte: SIAFI

A distribuição do processo licitatório da Agência em 2002 ocorreu como a seguir indicado. Em termos de carga de trabalho, a compra direta e o suprimento de fundos apresentaram os maiores percentuais de participação no total dos processos licitatórios realizados.

Tabela 2 - Despesas da ANP por Modalidade de Licitação

Modalidade Valor em R$ % em Valor Quantidade

% em Quantidade Dispensa 51.545.791,47 53,8% 26 4,1% Concorrência 17.700.503,44 18,5% 4 0,6% Inexigibilidade 10.800.619,88 11,3% 27 4,3% Consulta 8.674.176,94 9,0% 4 0,6% Pregão 4.568.768,27 4,8% 43 6,8% Tomada de Preços 1.493.276,20 1,6% 2 0,3% Compra Direta 787.048,35 0,8% 519 82,5% Convite 328.137,14 0,3% 4 0,6% TOTAIS 95.898.321,69 100,0% 629 100,0% Fonte: ANP/SFA

(26)

2.3 Execução Orçamentária e Financeira

Algumas considerações são necessárias para que se estabeleça uma comparação entre os exercícios de 2001 e 2002, no que respeita a execução orçamentária e financeira. Em primeiro lugar, o total dos dois orçamentos é bem diferente. Enquanto em 2001 a Lei Orçamentária Anual autorizava um total de gastos de R$ 439.075.895,00, no exercício de 2002 esse montante chegou a R$ 871.433.434,00. A diferença decorre exclusivamente da alocação, no Orçamento da ANP, de uma Reserva de Contingência de R$ 442,484.102,00. Comparando os orçamentos dos dois exercícios, excluindo a Reserva de Contingência de 2002, chega-se a uma autorização efetiva, ou seja, alocação de despesas aos programas finalísticos e complementares, de R$ 428.949.329,00. Isso representa uma redução de 2,31%. Apesar de pouco significativa, essa redução representou uma tendência de restrição orçamentária que iria se observar no decorrer de 2002 e que se materializou do Decreto 4.120/02 e suas alterações posteriores.

A segunda consideração relevante diz respeito às restrições que tiveram origem no Decreto 4.120/02. O decreto reduziu os limite de movimentação e empenho e teve impacto principalmente nas ações do tipo Projeto, que foram contingenciados em mais de 80%. Na composição do orçamento da ANP para 2002, esse tipo de ação representava 45,8% das despesas autorizadas.

Os fatores listados acima poderiam ter significado uma redução na execução orçamentária da Agência, na comparação com 2001. Constata-se, no entanto, que tal tendência não se confirmou. Pelo contrario: a comparação das despesas realizadas nos dois exercícios com as despesas autorizadas e alocadas em ações complementares e finalisticas mostram que o percentual executado passou de R$ 126.527.836,00 em 2001 para R$ 222.644.663,67. Ou seja, um crescimento nominal de 76%. A execução passou dos 29% do total autorizado em 2001 para 52%, em 2002.

Dentre as ações finalisticas com maior percentual de execução, destacam-se: Outorga de Concessões de Exploração, Desenvolvimento e Produção de Petróleo e Gás Natural (100,0% de realização), Gestão das Concessões de Exploração, Desenvolvimento e Produção de Petróleo e Gás Natural (98,8% de realização) e Fiscalização da Distribuição e Revenda de Derivados de Petróleo e Álcool Combustível (96,5% de realização). A ação Transferência do Escritório Central da ANP foi realizada plenamente (98,34% de realização) e com esses recursos foi concretizada a compra do imóvel que abrigará o Escritório Central da Agência na cidade do Rio de Janeiro.

(27)

O Gráfico 13 a seguir e a Tabela 3 fornecem um perfil da execução entre os programas finalísticos e complementares e uma visão geral da execução das diversas ações que compõe o orçamento da ANP.

Gráfico 13 – Histórico da execução por Tipo de Programa

Tabela 3 - Despesas da ANP por Ações

PROGRAMA / AÇÃO Autorizado em R$ Liquidado em R$ % Executado

MANUTENÇÃO DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS 50.958.014 24.439.461 48%

MANUTENÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTES 1.000.000 653.518 65%

MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DE BENS IMÓVEIS 8.209.500 7.020.797 86% REMUNERAÇÃO DE PESSOAL ATIVO DA UNIÃO E ENCARGOS

SOCIAIS 43.863.883 24.206.960 55%

PAGAMENTO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES 64.614 7.968 12%

AÇÕES DE INFORMÁTICA 11.167.830 5.634.902 51%

CAPACITAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS EM

PROCESSO DE QUALIFICAÇÃO E REQUALIFICAÇÃO 4.112.004 1.859.086 45%

COMUNICAÇÃO DE GOVERNO 4.929.568 2.925.031 60%

AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO AOS SERVIDORES E EMPREGADOS 645.216 373.175 58 %

AUXÍLI O TRANSPORTE AOS SERVIDORES E EMPREGADOS 273.500 69.947 26%

0 20.000.000 40.000.000 60.000.000 80.000.000 100.000.000 120.000.000 140.000.000 160.000.000 180.000.000 1998 1999 2000 2001 2002

(28)

ASSISTÊNCIA PRÉ-ESCOLAR AOS DEPENDENTES DOS SERVICOS

E EMPREGADOS 85.440 18.733 22%

ASSISTÊNCIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA AOS SERVIDORES,

EMPREGADOS E SEUS DEPENDENTES 1.491.970 555.006 37%

GESTÃO DO ACERVO DE INFORMAÇÕES S/BACIAS SEDIMENTARES

BRASILEIRAS 21.861.925 15.769.017 72%

OUTORGA DE CONCESSÕES PARA EXPLORAÇÃO,

DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL 4.185.068 4.185.0680 100%

GESTÃO DAS CONCESSÕES PARA EXPLORAÇÃO,

DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL 18.686.520 18.491.223 99%

REGULAMENTAÇÃO DAS ATIVIDADES DA IND. PETRÓLEO E DA DISTRIBUIÇÃO E REVENDA DE DERIVADOS DE PETRÓLEO E ÁLCOOL COMBUSTÍVEL

9.399.092 7.583.506 81%

ESTUDOS E SERVIÇOS DE GEOLOGIA E GEOFÍSICA APLICADOS À

PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL 155.175.665 31.020.597 20%

TRANSFERÊNCIA DO ESCRITÓRIO CENTRAL DA ANP 28.753.336 28.275.000 98 %

PLANEJAMENTO DA EXPANSÃO DA INFRA-ESTRUTURA DE

ABASTECIMENTO 2.205.970 165.000 8%

AUTORIZAÇÃO DAS ATIVIDADES INTEGRANTES DA INDÚSTRIA DO

PETRÓLEO E GÁS NATURAL 601.500 - 0%

FISCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES INTEGRANTES DA INDÚSTRIA DO

PETRÓLEO 5.899.000 4.506.673 76%

FISCALIZAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO E REVENDA DE DERIVADOS DO

PETRÓLEO E ÁLCOOL COMBUSTÍVEL 43.360.864 42.035.365 97%

APERFEIÇOAMENTO DOS CANAIS DE COMUNICAÇÃO COM OS CONSUMIDORES DE DERIVADOS DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E ÁLCOOL COMBUSTÍVEL

1.607.850 1.352.190 84%

AUTORIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE DISTRIB. E REVENDA DE

DERIVADOS DE PETRÓLEO E ÁLCOOL COMBUSTÍVEL 195.000 - 0% CAMPANHA DE ORIENTAÇÃO CONSUMIDORES DE DERIVADOS DE

PETRÓLEO, GÁS NATURAL E ÁLCOOL COMB. QUANTO AOS SEUS DIREITOS E DEVERES

10.216.000 1.496.441 15%

Total Geral 428.949.329 222.644.664 52%

Para atender a essas despesas, a ANP utilizou principalmente os recursos de concessões e permissões, conforme a tabela seguinte.

Tabela 4 - Despesas da ANP de 2002 por fonte de Receitas

Fonte Valor em R$ Participação %

129 - Recursos de Concessões e Permissões 93.865.653,25 42,28%

137 - Cota-Parte Preços de Realização dos Combustíveis

29.939.155,09 13,49%

138 - Cota-Parte de Compensações Financeiras

31.020.597,09 14,11%

150 - Recursos não Financeiros Diretamente Arrecadados (Multas)

859.061,00 0,39%

185 – Desvinculação Parcial da Cota -Parte de Comp.. Financeiras

39.879.004,24 17,53%

250 - Recursos não Financeiros Diretamente Arrecadados (Venda de Dados)

27.081.193,00 12,20%

T O T A L 222.644.663,67 100,00%

(29)

2.4 Controle Interno

A Agência, desde sua criação, tem procurado montar estruturas e sistemas capazes de propiciar uma razoável margem de garantia de que seus objetivos e metas serão atingidos de maneira eficaz, eficiente e com a necessária economicidade. Compreende-se como razoável margem de garantia as medidas de efetividade, a custos compatíveis, para evitar desvios ou restringi-los a um nível tolerável.

A eficácia do atual sistema de controle interno permite avaliar e apreciar de maneira contínua os resultados da autarquia, comparando-os com os objetivos, metas e orçamentos propostos pela sua direção, documentando a atividade de controle e fazendo-o interagir com as estruturas operacionais e de informações. Essa interação ocorre por meio de todas as unidades que executam a análise, a observação, a supervisão, a comprovação e a apreciação das suas ações e pelo contínuo acompanhamento e monitoramento das diversas atividades pela direção da Agência.

O plano geral de controle da ANP teve início com a sua lei de criação e estendeu-se para o decreto de implantação e instruções normativas, espelhando-se na definição das suas atividades e objetivos, na estrutura organizacional adotada e na segregações de funções por atividades.

Os controles internos adotados pela Agência podem ser basicamente tipificados como: a) Internal checking

São as políticas implantadas para que os empregados adotem atividades de controle e responsabilidade sobre os trabalhos executados. A própria segregação e especialização técnica propicia um sistema de controle.

b) Controles internos contábeis

O controle orçamentário e financeiro utilizado permite apontar que a Agência possui uma estrutura interna voltada para a proteção do patrimônio público, estimulando à eficiência operacional, estabelecendo um processo contínuo de classificar e ordenar as transações e operações por natureza, registrando-as de maneira a possibilitar a análise dos atos e fatos econômicos e a promoção de incentivo à observância das políticas e diretrizes.

c) Controles internos gerenciais

A função gerencial está voltada para o atendimento das atribuições da Agência, cumprindo seus planos, metas e objetivos. Concomitantemente, a direção mantém um rígido acompanhamento e controle do seu desempenho global. Tal fato pode ser avaliado pelas

(30)

reuniões de acompanhamento das ações das Superintendência e pelas reuniões da Diretoria Colegiada.

d) Controles internos operacionais

A Agência vem ampliando seus controles internos operacionais, estabelecendo metas de

performance para as diversas áreas. Salienta-se que tal processo encontra-se em fase de

implantação, e seu objetivo principal é o de possibilitar que as gerências possam avaliar seus trabalhos desenvolvidos por meio da ótica da eficiência, eficácia e economicidade.

e) Controles internos dos sistemas informatizados

A Agência tem-se utilizado, de maneira crescente, de seus recursos de informática para implementar ações de controle interno, como atestam seus vinte e sete fluxos normatizados. Salienta-se que a utilização dos fluxos, além de poderosa ferramenta de controle, permite uma significativa economia de tempo no ciclo das diversas atividades

O contínuo aprimoramento das ações de controle interno em geral, acrescido da criação da auditoria interna e a implementação de novos fluxos, corrobora a afirmação de que a Agência dispõe de um sistema de controle com elevada confiabilidade, atendendo aos princípios não somente da eficiência, eficácia e economicidade, mas de boa governância em Administração Pública.

3. AÇÕES EM ÁREAS FINALÍSTICAS

As atribuições da Agência Nacional do Petróleo estão definidas no art. 8º da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997. Ele menciona que a ANP tem como finalidade promover a regulação, a contratação e a fiscalização das atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, cabendo-lhe implementar, em sua esfera de atribuições, a política nacional de petróleo e gás natural, com ênfase na garantia do suprimento de derivados de petróleo em todo o território nacional e na proteção dos interesses dos consumidores quanto a preço, qualidade e oferta dos produtos.

Tendo em vista essa definição da lei, o Plano Plurianual 2000-2003 criou dois programas, geridos pela ANP, Abastecimento de Petróleo e Derivados e Proteção dos Interesses dos Consumidores de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Álcool Combustível, com base nos quais este Relatório de Gestão se estrutura.

3.1.Programa Abastecimento de Petróleo e Derivados

O programa de Abastecimento de Petróleo e Derivados tem como objetivo garantir as condições para satisfação da demanda atual e futura de petróleo, derivados de petróleo e gás

(31)

natural em todo território nacional. É composto por ações integradas que visam atingir o objetivo acima apresentado.

Em 2002, o Programa apresentou resultados positivos. Fortaleceu-se a tendência, registrada no exercício anterior, de consolidação do novo marco regulatório e da abertura do setor no que diz respeito às atividades de exploração, desenvolvimento e produção. Os resultados identificados mostram um avanço sobre a situação anterior. Nota-se mais claramente essa tendência no que diz respeito à regulamentação das atividades da indústria do petróleo, do que resulta um ambiente propício à entrada de novos agentes.

Ocorreu, no meado do exercício, a Quarta Rodada de Licitação. Foram ofertados 54 blocos, dos quais 21 foram arrematados, sendo 10 terrestres e 11 marítimos, localizados em nove bacias sedimentares localizadas nos Estados do Amazonas, Maranhão, Rio Grande do Norte. Sergipe, Bahia, Espírito Santos, Rio de Janeiro e São Paulo. As 14 empresas vendedoras (quatro brasileiras e 10 estrangeiras) pagaram R$ 92,4 milhões em bônus de assinatura e US$ 6,44 milhões em taxas de inscrição. O comprometimento de gastos com fornecedores locais é de 39,1% na fase de exploração e de 53,8% na etapa de desenvolvimento da produção. Esse foi o maior índice de conteúdo local alcançado até agora em uma rodada de licitações. A estimativa dos investimentos acordados nos Programas Exploratórios Mínimos soma US$ 700 milhões. No ano de 2002, ocorreu em 18 blocos espalhados pelo País a notificação de 38 descobertas de hidrocarbonetos, algumas delas expressivas.

As regulamentações expedidas pala ANP em 2002 se traduziram em 28 portarias publicadas, que contemplaram, entre outros temas, especificações do álcool etílico anidro combustível e do álcool etílico hidratado combustível, revisão da especificação do gás natural, regulamento de abandono de poços, e adoção de norma técnica para projeto de instalação de armazenagem de petróleo, seus derivados líquidos, álcool combustível e outros combustíveis automotivos.

O ano de 2002 foi marcado pela realização do Seminário de Alinhamento Estratégico da ANP. Relativamente à exploração petrolífera, resultou do encontro a constatação de ser fundamental esforço voltado para aumentar o nível do conhecimento geológico do território brasileiro, estímulo ao aumento da área sob concessão exploratória (até o final de 2002 não superior a 5% do total das bacias sedimentares), e adoção de posicionamento agressivo voltado para a obtenção de novos dados e informações, para reduzir o risco exploratório e despertar o interesse das empresas por diferentes áreas do território nacional. Dessa constatação resultou a aprovação pela Diretoria Colegiada do Plano Decenal de Estudos de Serviços de Geologia e Geofísica Aplicados à Prospecção de Petróleo e Gás Natural.

(32)

O indicador do Programa Abastecimento de Petróleo e Derivados apresentou o seguinte desempenho em relação ao índice inicial do PPA 2000-2003:

Gráfico 14 – Indicador Relação Reserva Provada/Produção de Petróleo e Gás Natural (em anos)

Fonte: ANP/SDP

As ações do Programa apresentaram a seguinte evolução, em termos de metas físicas, nos últimos dois anos:

Tabela 5 – Metas Físicas das Ações do Programa Abastecimento de Petróleo e Derivados

Fonte: SIGPlan / MPOG * ações iniciadas em 2002

Os resultados positivos em termos de produção de petróleo e gás natural, de processamento de petróleo nas refinarias nacionais e de importação e exportação de petróleo, de derivados e

Programa/Ação Produto 2000 2001 2002

Programado Realizado Programado Realizado Programado Realizado Autorização da atividades

Integrantes da Industria do

Petróleo e Gás Natural* Autorização Outorgada 339 255

Gestão do Acervo de Informações sobre Bacias

Sedimentares Brasileiras Acervo Mantido 1 1 1 1 1 1

Outorga de Concessões para Exploração, Desenvolvimento e

Produção de Petróleo Concessão Outorgada 20 2 1 20 3 4 2 0 21

Gestão das Concessões para Exploração, desenvolvimento e Produção de Petróleo e Gás

Natural Concessão Controlada 383 406 426 393 426 398

Regulamentação das Atividades da Indústria de Petróleo e da Distribuição e Revenda de Derivados de Petróleo e Álcool

Combustível Norma Publicada 60 5 8 12 5 8 6 0 28

Fiscalização das Atividades Integrantes da Indústria do

Petróleo Instalação Fiscalizada - - 12 106 523 565

Estudos e Serviços de Geologia e Geofísica Aplicados à Prospecção de Petróleo e Gás

Natural Estudo Realizado 7 0 56 0 1 5 0

Planejamento da Expansão da

Infra-estrutura de Abastecimento Plano Elaborado 1 1 1 0 1 0

Transferência do Escritório

Central da ANP* Escritório Intalado 1 0

16

17

18

19

20

21

1999

2000

2201

2002

Índice

(33)

de gás natural são apresentados nos gráficos seguintes, nos quais se observa a evolução do setor como um todo.

Gráfico 15 - Processamento por Refinaria (em bep)

550.000 560.000 570.000 580.000 590.000 600.000 610.000 1999 2000 2001 2001 Total

Fonte: Refinarias particulares

Notas: (bep) = barril equivalente de petróleo

Gráfico 16 - Produção de Derivados de Petróleo nas Refinarias Nacionais (em bep)

0 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 600.000 700.000 1999 2000 2001 2002

Derivados Gases Combustíveis

(34)

Gráfico 17 - Importações e Exportações de Petróleo e Derivados (em bep) 0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000 160.000 180.000 1999 2000 2001 2002

Importação Petróleo

Exportação Petróleo

Importação de Derivados

Exportação de Derivados

Fonte: ANP/SEE dados de 2002 até novembro

Gráfico 18 - Importações de Gás Natural (em bep)

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

35.000.000

1999

2000

2001

2002

Importações

(35)

3.1.1. Gestão do Acervo de Informações das Bacias Sedimentares Brasileiras

Com a mudança da legislação brasileira sobre a indústria petrolífera a partir da aprovação da Lei nº 9478/97, a Petrobrás transferiu para a ANP quase todo o conjunto de dados e informações disponíveis, acumulado durante a execução do monopólio ditado pela Lei nº 2004.

Até 1998, quando foram assinados os primeiros contratos de concessão, a Petrobrás havia coletado 1.878.643km de linhas sísmicas, sendo 988.366km de sísmica 2D e o restante de sísmica 3D. Esses levantamentos incluem dados de campo, dados empilhados ou migrados, com várias versões de processamento. Além disso, foram perfurados 5.392 poços exploratórios, 11.310 poços de desenvolvimento, 870 poços para injeção de água e 1.185 poços especiais, incluídos aqueles perfurados pelo Conselho Nacional do Petróleo, durante sua fase de existência.

Para receber e organizar o acervo de dados e informações transferidos, a Agência, por intermédio da sua Superintendência de Gestão de Informações e Dados Técnicos, implantou, em maio de 2000, o Banco de Dados de Exploração e Produção – BDEP, que funciona no Bairro da Urca, no Rio de Janeiro. Na primeira etapa, instalou-se no BDEP um Centro de Sísmica e Poços, cuja concepção e modelo foram discutidos com a sociedade brasileira por meio de um comitê de gerenciamento, coordenado pela ANP. Desse comitê participaram empresas de petróleo, de consultoria e de serviços, além de várias instituições universitárias. Até dezembro de 2002, o acervo de dados carregados no BDEP era constituído por 288 fitas contendo informações e dados sísmicos pós-empilhamento correspondentes a 4,52 Tb, 106.290 fitas pré-empilhamento correspondentes a 1.038 Tb, 16.171 relatórios de observadores, 20.577 perfis de poços, 882 perfis compostos de poços e 4.373 pastas de poços. Nesses totais estão incluídos dados decorrentes da assinatura dos contratos de concessão.

No mês de dezembro, incluiu-se na página da internet www.bdep.gov.br o BDEP Web Maps,

com o objetivo de tornar acessível para os usuários do banco, a indústria do petróleo e o público em geral informações sobre sísmica 2D e 3D, poços, blocos em exploração e bacias sedimentares. O acesso é feito por meio de uma interface gráfica amigável, com o objetivo de tornar a consulta mais fácil e rápida.

Outras atividades exercidas na gestão do acervo referem-se ao estabelecimento de padrões e portarias que regulam a classificação dos dados e os procedimentos relacionados com as autorizações para a realização de levantamentos de dados não-exclusivos, estudos que

(36)

concessão das autorizações para a realização desses trabalhos. Os levantamentos de dados não-exclusivos e exclusivos pós-98 levaram a um aumento do acervo do BDEP e apresentam a seguinte configuração:

Tabela 6 - Levantamentos de dados não – exclusivos e exclusivos

No mesmo período, foram reprocessados cerca de 127.000km de linhas sísmicas 2D, tendo sido entregues à Superintendência de Gestão de Informações e Dados Técnicos e arquivados na Sala de Dados Técnicos 49 relatórios referentes a estudos geológicos, geoquímicos e geofísicos.

Além do BDEP, está disponível na ANP o Banco de Dados de Upstream – BDUP, que guarda os dados culturais referentes ao acervo da indústria petrolífera nacional. O BDUP está passando por um processo de estruturação e aperfeiçoamento, devendo tais esforços serem coroados ao longo de 2003.

3.1.2 Estudos e Serviços de Geologia e Geofísica Aplicados à Prospecção de Petróleo e Gás Natural.

Com o objetivo de ampliar a aprofundar estudos sobre as bacias sedimentares brasileiras, a ANP formalizou convênio com a Fundação Aplicações de Tecnologias Críticas (ATECH) para a transferência de tecnologias e a capacitação técnica nacional no campo da geofísica aplicada para a identificação de áreas de ocorrência potencial de hidrocarbonetos na bacia sedimentar do Parnaíba, com ênfase em geofísica aérea. Incluem-se aquisição, processamento, interpretação e análise geofísica e geológica dos dados coletados e implementação de mecanismos que assegurem a transferência, a absorção, o desenvolvimento de tecnologias e a capacitação de mão de obra. As atividades relativas a este convênio, firmado em fins de 2002, serão executadas em 2003.

Os contratos relativos aos convênios aprovados no final do ano de 2001, com as Secretarias de Infra-Estrutura do Acre (SEINFRA) e de Minas e Energia de Minas Gerais, com o objetivo de estudar as bacias do São Francisco e do Acre, respectivamente, somente foram assinados em 2002. O primeiro convênio, com o Governo do Acre, não teve seguimento devido a problemas naquele Estado. As atividades relativas ao convênio com o Governo de

ANO Gravimetria km Gravimetria km² Magnetometria km Sìsmica 2D km Sísmica 3D km ² Sìsmica 2D km Sísmica 3D km ² 1999 36.968,72 346,22 106.048,02 53.139,79 16.300,50 3.671,66 10.752,67 2000 47.001,59 8.707,03 109.197,84 84.620,63 54.974,30 15.020,70 10.999,02 2001 2.911,15 16.638,80 121.439,74 179.740,61 31.680,85 1.441,48 563,76 2002 0,00 20.083,71 433.860,70 568,38 25.876,31 890,63 2.518,53 TOTAL 86.881,46 45.775,76 770.546,30 318.069,41 128.831,96 21.024,47 24.833,98 NÃO-EXCLUSIVOS EXCLUSIVOS

(37)

Minas Gerais estão sendo executadas regularmente pela Universidade Federal de Ouro Preto.

Grande parte das atividades da ANP em 2002, relativas aos Estudos e Serviços de Geologia e Geofísica, foi dedicada ao acompanhamento dos projetos contratados com as universidades do Rio Grande do Norte - UFRN, São Paulo - UNESP, Campinas – UNICAMP e Rio de Janeiro – UFRJ/COPPE, para estudar as bacias sedimentares brasileiras. Os projetos estão cumprindo plenamente seus objetivos. Os contratos com a COPPE e a UFRN sofreram atraso, por problemas alheios à ANP, o que adiou a conclusão dos trabalhos contratados com essas universidades para o mês de abril de 2003.

Ao findar o ano, estavam em andamento seis projetos de estudos de bacias sedimentares brasileiras com universidades, um convênio com a SEME e um convênio com a ATECH cujas principais ações terão início em 2003.

Novos projetos de aquisição de dados e estudos geológicos e geofísicos estão programados para 2003, como parte do Plano Decenal de Atividades da ANP nessa área. A programação contempla a contratação de novos estudos com universidades, a aquisição de dados geológicos e geofísicos em áreas pouco amostradas e o reprocessamento de dados sísmicos.

O quadro a seguir mostra os projetos de estudos de bacias sedimentares aprovados em 2001 e 2002 pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional do Petróleo, com indicação de suas principais realizações, em 2002.

Referências

Documentos relacionados

The objective of this study was to evaluate the influence of sorghum silage diets with different grain concentrate levels on ruminal parameters, nutrient intake and

O desafio apresentado para o componente de Comunicação e Percepção Pública do projeto LAC-Biosafety foi estruturar uma comunicação estratégica que fortalecesse a percep- ção

Frente a isso, o PAE apresentado propõe: formação continuada para gestores, professores e monitores; aumento da equipe da coordenação estadual do PME; criação de

O Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, de 2007, e a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, instituída em 2009 foram a base

Ressalta-se que mesmo que haja uma padronização (determinada por lei) e unidades com estrutura física ideal (física, material e humana), com base nos resultados da

de professores, contudo, os resultados encontrados dão conta de que este aspecto constitui-se em preocupação para gestores de escola e da sede da SEduc/AM, em

The challenges of aging societies and the need to create strong and effective bonds of solidarity between generations lead us to develop an intergenerational

A teoria da vontade, ou Willenstheorie foi admitida pelos autores alemães do século XIX, como THIBAU, PUCHTA, SAVIGNY, WINDSCHEID, para quem, na formação do contrato, o