• Nenhum resultado encontrado

6 o ano TECENDO LINGUAGENS LÍNGUA PORTUGUESA MANUAL DO PROFESSOR

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "6 o ano TECENDO LINGUAGENS LÍNGUA PORTUGUESA MANUAL DO PROFESSOR"

Copied!
272
0
0

Texto

(1)

6

o

ano

4a edição

São Paulo 2015

TANIA AMARAL OLIVEIRA

Formada em Letras, Pedagogia e Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP). Mestra em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP). Formadora de educadores nas áreas de Língua Portuguesa e de Comunicação. Professora do Ensino Fundamental das redes pública e privada de ensino de São Paulo.

ELIZABETH GAVIOLI DE OLIVEIRA SILVA

Bacharel e licenciada em Linguística e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP). Professora do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos. Autora de livros didáticos de Língua Portuguesa e de Letramento e Alfabetização (Ensino Fundamental e EJA). Professora do Ensino Fundamental da rede particular de ensino de São Paulo.

CÍCERO DE OLIVEIRA SILVA

Bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Graduando em Linguística e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP). Autor de livros didáticos de Língua Portuguesa e de Letramento e Alfabetização (Ensino Fundamental e EJA). Educador em projetos sociais nas áreas de Comunicação e Educação para a Cidadania.

LUCY APARECIDA MELO ARAÚJO

Bacharel e licenciada em Língua Portuguesa e Linguística pela Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Mestranda em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professora do Ensino Fundamental da rede particular de ensino de São Paulo.

ENSINO FUNDAMENTAL

LÍNGUA PORTUGUESA

TECENDO

LINGUAGENS

LÍNGUA PORTUGUESA

MANUAL DO PROFESSOR

(2)

Coleção Tecendo Linguagens Língua Portuguesa – 6o ano

© IBEP, 2015

4a edição – São Paulo – 2015

Todos os direitos reservados.

Av. Alexandre Mackenzie, 619 – Jaguaré São Paulo – SP – 05322-000 – Brasil – Tel.: (11) 2799-7799 www.ibep-nacional.com.br editoras@ibep-nacional.com.br

Diretor superintendente Jorge Yunes Diretora adjunta editorial Célia de Assis

Gerente editorial Maria Rocha Coordenadora editorial Simone Silva

Editora Fabiana Panhosi Marsaro Assistente editorial Karina Danza

Revisora técnica Márcia Chiréia Coordenadora de revisão Helô Beraldo

Revisores Beatriz Hrycylo, Cássio Dias Pelin, Luiz Gustavo Bazana, Salvine Maciel, Sheila Saad, Thiago Dias

Secretaria editorial Fredson Sampaio

Assistentes de secretaria editorial Carla Marques, Karyna Sacristan, Mayara Silva Coordenadora de arte Karina Monteiro

Assistentes de arte Aline Martins, Gustavo Prado Ramos, Marilia Vilela, Thaynara Macário Coordenadora de iconografia Neuza Faccin

Assistentes de iconografia Bruna Ishihara, Camila Marques Victoria Lopes, Wilson de Castilho Ilustradores Jótah e Renato Arlem

Produção gráfica Ary Lopes

Assistentes de produção gráfica Elaine Souza, Eliane M. M. Ferreira Processos editoriais e tecnologia Elza Mizue Hata Fujihara

Projeto gráfico e capa Departamento de Arte – IBEP

Imagens da capa Fabio Colombini, Lisa F. Young/Shutterstock Diagramação Bertolucci Estúdio Gráfico

Os textos e as imagens reproduzidos nesta coleção têm fins exclusivamente didáticos e não representam qualquer tipo de recomendação de produtos ou

(3)

APRESENTAÇÃO

Caro aluno e cara aluna,

Não sabemos quem vocês são, mas imaginamos que estejam curiosos para saber o que lhes trazem as páginas deste livro. Por isso adiantamos algumas respostas. Esta obra foi escrita especial-mente para vocês que gostam de fazer descobertas por meio de trabalhos individuais ou em grupo e de se relacionar com as pessoas ao seu redor.

Para vocês que gostam de falar, de trocar ideias, de expor suas opiniões, impressões pessoais, de ler, de criar e escrever, foram pre-paradas atividades que, certamente, farão com que gostem mais de estudar Língua Portuguesa. Estão duvidando disso? Aguardem os próximos capítulos e verão que estamos certos.

Este livro traz algumas ferramentas para tornar as aulas bem mo-vimentadas, cheias de surpresas. Vocês terão oportunidade de ler e interpretar textos dos mais variados gêneros: causos, mitos e lendas do Brasil e de outras regiões do planeta, textos teatrais, poemas, textos retirados de revistas e jornais, textos instrucionais, histórias em quadrinhos e muito mais.

Mas não estamos rodeados apenas de textos escritos. Vivemos em um mundo em que a imagem, o som e a palavra falada ou escrita se juntam para construir atos de comunicação. Por isso, precisamos des-vendar o sentido de todas essas linguagens que nos rodeiam para me-lhor interagir com as pessoas e com o mundo em que vivemos. Assim, descobriremos os múltiplos caminhos para nos comunicar.

Acreditem: vocês têm uma capacidade infinita e, por isso, a res-ponsabilidade de desenvolvê-la. Pesquisem, expressem suas ideias, sentimentos, sensações; registrem suas vivências; construam e reconstruam suas histórias; sonhem, emocionem-se, divirtam-se, leiam por prazer; lutem por seus ideais e aprendam a defender as suas opiniões, oralmente e por escrito. Não sejam espectadores na sala de aula, mas agentes, alunos atuantes. Assim, darão mais senti-do às atividades escolares, melhorarão seu desempenho nessa área e, com certeza, descobrirão a alegria de aprender.

Um abraço!

(4)

Para começo de conversa

Momento inicial de cada capítulo, que propõe uma discussão prévia sobre o gênero ou o tema a ser estudado.

CONhEÇA SEu livRO

Prática de leitura

Momento de ler textos verbais e não verbais e desenvolver a competência leitora.

ANTES DE LER

Momento de explorar os conhecimentos prévios dos alunos sobre determinado tema ou gênero, levantar hipóteses e fazer inferências.

POR DENTRO DO TEXTO

Momento de verificar se o texto e as informações que ele apresenta foram compreendidos e de interpretar também aquilo que não está escrito.

TROCANDO IDEIAS

Momento de discutir oralmente sobre os aspectos apresentados pelo texto e de dividir com os colegas o que cada um compreendeu, as hipóteses e as opiniões.

CONFRONTANDO TEXTOS

Momento de comparar os textos já lidos ou esses textos e outros apresentados na seção.

TEXTO E CONSTRUÇÃO

Momento de organizar a aprendizagem sobre os textos, sua construção, forma, seus conceitos e sua definição.

(5)

TEXTO E CONTEXTO

Momento de ampliar a leitura e estabelecer relações entre texto e contexto.

Momento de ouvir

Momento em que o professor fará a leitura de textos para a turma.

De olho na ortografia

Momento de conhecer os aspectos ortográficos da língua e aprender a escrita correta das palavras.

Reflexão sobre o uso da língua

Momento de estudar e refletir sobre os aspectos gramaticais da língua escrita e oral.

DE OLHO NO VOCABULÁRIO

Momento de conhecer os aspectos semânticos da língua e de usar o dicionário.

APLICANDO CONHECIMENTOS

Momento de colocar em prática aquilo que foi estudado.

APRENDER BRINCANDO

(6)

Hora da pesquisa

Momento de aprender de maneira mais autônoma por meio de pesquisas orientadas.

Atividade de criação

Momento de produzir colagens, ilustrações e pequenos textos.

Na trilha da oralidade

Momento de analisar questões próprias da língua oral.

Produção de texto

\’

(7)

Preparando-se para o próximo capítulo

Momento de realizar atividades que exploram o tema do capítulo seguinte.

iMPORTANTE SABER

Momento de organizar, ampliar e sistematizar os conhecimentos.

Projetos em ação

Momento de realizar um conjunto de atividades que resultam na elaboração de um produto final comum à turma ou a um grupo de alunos.

Momento de ler curiosidades e informações interessantes sobre os gêneros ou os temas abordados no capítulo.

PARA vOCÊ QuE É CuRiOSO

Momento de conferir sugestões para ampliar as leituras feitas no capítulo.

(8)

Capítulo 1

QuEM É vOCÊ? ... 14

X X Para começo de conversa ... 14

TROCANDO IDEIAS ... 15

X X Prática de leitura ...15

Texto 1 – Tela ... 15

(Velázquez, 2000, Rodrigo Cunha) POR DENTRO DO TExTO ... 15

X X Prática de leitura ... 17

Texto 2 – Romance (fragmento) ... 17

(O menino no espelho, Fernando Sabino) POR DENTRO DO TExTO ... 18

MOMENTO DE OuVIR ... 19

X X Reflexão sobre o uso da língua ... 20

Substantivo Substantivos próprio e comum APLICANDO CONHECIMENTOS ... 22 APRENDER BRINCANDO ... 23 X X Atividade de criação ... 23 Meu nome X X Prática de leitura ... 23 Texto 3 – Crônica ... 23

(De quem são os meninos de rua?, Marina Colasanti) TROCANDO IDEIAS ... 25

POR DENTRO DO TExTO ... 25

TExTO E CONSTRuçãO ... 25

CONFRONTANDO TExTOS ... 26

X X Reflexão sobre o uso da língua ... 27

Substantivos simples e composto, primitivo e deri-vado, concreto e abstrato DE OLHO NO VOCABuLáRIO ... 30

APRENDER BRINCANDO ... 31

X X Prática de leitura ... 31

Texto 4 – Retrato falado ... 31

(Projeto UpDown) POR DENTRO DO TExTO ... 32

X X Na trilha da oralidade ... 33

Entrevista X X Reflexão sobre o uso da língua ... 34

Flexão do substantivo (gênero, número e grau) X X Produção de texto ... 35 Retrato falado X X Leia mais ... 36 X X Preparando-se para o próximo capítulo ... 36

SuMáRiO

Capítulo 2 POETA APRENdiz ... 37

X X Para começo de conversa ... 37

X X Prática de leitura ... 38

Texto 1 – Conto ... 38

(A incapacidade de ser verdadeiro, Carlos Drummond de Andrade) POR DENTRO DO TExTO ... 39

TExTO E CONSTRuçãO ... 39

DE OLHO NO VOCABuLáRIO ... 39

X X Prática de leitura ... 41

Texto 2 – Poema ... 41

(Ouriço, ulisses Tavares) POR DENTRO DO TExTO ... 41

X X Prática de leitura ... 42

Texto 3 – Poema ... 42

(Identidade, Pedro Bandeira) TROCANDO IDEIAS ... 43

POR DENTRO DO TExTO ... 43

TExTO E CONTExTO ... 44 TExTO E CONSTRuçãO ... 45 APLICANDO CONHECIMENTOS ... 45 X X Produção de texto ... 46 Poema X X Reflexão sobre o uso da língua ... 47

Adjetivo APLICANDO CONHECIMENTOS ... 48 APRENDER BRINCANDO ... 48 X X Atividade de criação ... 49 Poema ilustrado X X Prática de leitura ... 50 Texto 4 – Poema ... 50

(O poeta aprendiz, Vinicius de Moraes) POR DENTRO DO TExTO ... 50

TExTO E CONSTRuçãO ... 51

X X Reflexão sobre o uso da língua ... 53

Locução adjetiva APLICANDO CONHECIMENTOS ... 55 X X Na trilha da oralidade ... 57 Entonação X X Prática de leitura ... 59

Texto 5 – Trovas populares ... 59

(“Fui ao mato...”, Vera Aguiar) TExTO E CONSTRuçãO ... 59

X X Produção de texto ... 60

Livros de poemas da turma

13

uNidAdE 1

(9)

Trova X

X Prática de leitura ... 62

Texto 6 – Poema visual ... 62

(Xadrez, Sérgio Capparelli e Ana Gruszynski) POR DENTRO DO TExTO ... 62

CONFRONTANDO TExTOS ... 63 X X Projetos em ação ... 63 Dia da poesia X X Leia mais ... 64 X X Preparando-se para o próximo capítulo ... 64

Capítulo 1 dA ESCOlA QuE TEMOS à ESCOlA QuE QuEREMOS ... 66

X X Para começo de conversa ... 66

POR DENTRO DO TExTO ... 67

X X Prática de leitura ... 67

Texto 1 – Crônica ... 67

(Na escola, Carlos Drummond de Andrade) POR DENTRO DO TExTO ... 70

TExTO E CONSTRuçãO ... 70 TExTO E CONTExTO ... 72 CONFRONTANDO TExTOS ... 72 TROCANDO IDEIAS ... 73 DE OLHO NO VOCABuLáRIO ... 73 X X Reflexão sobre o uso da língua ... 74

Variedade linguística Níveis de linguagem: formal e informal X X De olho na ortografia ... 76

Por que, porque, por quê, porquê APLICANDO CONHECIMENTOS ... 77

X X Prática de leitura ... 78

Texto 2 – Romance (fragmento I) ... 78

(Infância, Graciliano Ramos) POR DENTRO DO TExTO ... 79

TROCANDO IDEIAS ... 79

X X Prática de leitura ...79

Texto 3 – Romance (fragmento II) ... 79

(Infância, Graciliano Ramos) POR DENTRO DO TExTO ... 81

APLICANDO CONHECIMENTOS ... 83

X X Reflexão sobre o uso da língua ... 83

Artigo APLICANDO CONHECIMENTOS ... 84 X X Momento de ouvir ... 86 X X Prática de leitura ... 86

Texto 4 – Romance (fragmento) ... 86

(Gabriel Ternura, Edson Gabriel Garcia) POR DENTRO DO TExTO ... 88

CONFRONTANDO TExTOS ... 88 TExTO E CONSTRuçãO ... 88 X X Atividade de criação ... 89 Descrição X X Prática de leitura ... 90

Texto 5 – Relato de memórias ... 90

(Sua presença em minha vida foi fundamental, Ziraldo) POR DENTRO DO TExTO ... 91

TExTO E CONTExTO ... 92 CONFRONTANDO TExTOS ... 93 X X Produção de texto ... 93 Relato de memórias X X Prática de leitura ... 95

Texto 6 – Romance (fragmento) ... 95

(A bolsa amarela, Lygia Bojunga) POR DENTRO DO TExTO ... 96

X X Reflexão sobre o uso da língua ... 97

Numeral APLICANDO CONHECIMENTOS ... 99 APRENDER BRINCANDO ... 101 X X Leia mais ... 101 X X Preparando-se para o próximo capítulo ... 102

Capítulo 2 NOSSOS RElACiONAMENTOS ... 103

X X Para começo de conversa ... 103

X X Prática de leitura ... 104

Texto 1 – Charge ... 104

(Rede social, Ivan Cabral) POR DENTRO DO TExTO ... 104

CONFRONTANDO TExTOS ... 105

X X Prática de leitura ... 107

Texto 2 – Letra de canção ... 107

(Loadeando, Marcelo D2) POR DENTRO DO TExTO ... 108

TROCANDO IDEIAS ... 110 X X Na trilha da oralidade ... 111 Marcas de conversação DE OLHO NO VOCABuLáRIO ... 112 X X Prática de leitura ... 112

Texto 3 – Classificado poético ... 112

(Agenda poética, Telma Guimarães) POR DENTRO DO TExTO ... 113

X X Prática de leitura ... 114

Texto 4 – Classificado de imóvel ... 114

(Apartamento amplo e reformado) CONFRONTANDO TExTOS ... 114 X X Atividade de criação ... 115 Classificado poético X X Prática de leitura ... 115

Texto 5 – Página de agenda ... 115 (A agenda de Carol, Inês Stanisiere)

65

uNidAdE 2

(10)

Por dentro do texto ... 117

trocando ideias ... 117

texto e construção ... 117

X X reflexão sobre o uso da língua ... 119

Pronomes pessoal e possessivo aPlicando conhecimentos ... 123

X X Prática de leitura ... 125

Texto 6 – Poema ... 125

(Bilhete ao pai adotivo, haydée s. hostin lima) Por dentro do texto ... 125

trocando ideias ... 126 confrontando textos ... 126 X X atividade de criação ... 126 diário íntimo X X Prática de leitura ... 127

Texto 7 – romance (fragmento) ... 127

(O pequeno príncipe, antoine de saint-exupéry) Por dentro do texto ... 130

texto e contexto ... 131 trocando ideias ... 132 texto e construção ... 132 X X atividade de criação ... 133 diálogo X X reflexão sobre o uso da língua ... 134

Pronomes pessoal do caso reto e de tratamento (revisão) aPlicando conhecimentos ... 135

X X reflexão sobre o uso da língua ... 137

formação de palavras – sufixo X X de olho na ortografia ... 138

Palavras terminadas em -oso/-osa ... 138

X X Prática de leitura ... 139

Texto 8 – conto ... 139

(Uma lição inesperada, João anzanello carrascoza) Por dentro do texto ... 141

trocando ideias ... 141

X X reflexão sobre o uso da língua ... 141

Verbo (i) aPlicando conhecimentos ... 143

X X Prática de leitura ... 144

Texto 9 – Verbete ... 144

(Taj Mahal, um palácio oriental) Por dentro do texto ... 145

texto e construção ... 146

texto e contexto ... 147

X X Prática de leitura ... 147

Texto 10 – capa de revista ... 147

(revista Toda Teen) Por dentro do texto ... 147

texto e contexto ... 147

trocando ideias ... 148

X X Prática de leitura ... 148

Texto 11 – depoimento ... 148

(Garotos contam: quando o virtual se torna real?, capricho) Por dentro do texto ... 149

texto e construção ... 149

X X reflexão sobre o uso da língua ... 150

Pontuação X X atividade de criação ... 151 depoimento pessoal X X Prática de leitura ... 151

Texto 12 – texto didático-científico ... 151

(O primeiro amor é vivido em fantasia, flávio Gikovate) Por dentro do texto ... 152

texto e contexto ... 153 X X atividade de criação ... 155 Poema X X Projetos em ação ... 155

exposição sobre a história do bairro X X leia mais ... 156

X X Preparando-se para o próximo capítulo ... 156

Capítulo 1 histórias que o povo Conta ... 158

X X Para começo de conversa ... 158

X X Prática de leitura ... 159

Texto 1 – causo ... 159

(Num rancho às margens do Rio Pardo, equipe xico da Kafua) Por dentro do texto ... 160

de olho no Vocabulário ... 160

X X na trilha da oralidade ... 161

linguagem oral e escrita X X reflexão sobre o uso da língua ... 163

Verbo (ii) aPlicando conhecimentos ... 164 X X momento de ouvir ... 166 X X Prática de leitura ... 167 Texto 2 – causo ... 167

(O defunto vivo, revista Dr Eco e Companhia) confrontando textos ... 167

X X reflexão sobre o uso da língua ... 168

Verbo (iii) aPlicando conhecimentos ... 169

X X Prática de leitura ... 169

Texto 3 – causo ... 169

(Aquele animal estranho, mário Quintana) Por dentro do texto ... 171

texto e contexto ... 171

de olho no Vocabulário ... 171

157

unidade 3

(11)

Capítulo 1

CONSTRuiNdO uM MuNdO lEgAl ... 196

X

X Para começo de conversa ... 196 X

X Prática de leitura ... 197

Texto 1 – Tira em quadrinhos... 197 (Tem alguma coisa babando embaixo da cama,

Bill Watterson)

POR DENTRO DO TExTO ... 198 X

X Reflexão sobre o uso da língua ... 198 Interjeição

APRENDER BRINCANDO ... 199 X

X Prática de leitura ... 200

Texto 2 – História em quadrinhos ... 200 (Yukon Ho!, Bill Watterson)

POR DENTRO DO TExTO ... 200 TExTO E CONSTRuçãO ... 201 TROCANDO IDEIAS ... 201 X

X Reflexão sobre o uso da língua ... 202 Verbo (VI)

APLICANDO CONHECIMENTOS ... 203 X

X Prática de leitura ... 204

Texto 3 – História em quadrinhos ... 204 (Ecologia em quadrinhos, Luca Novelli)

POR DENTRO DO TExTO ... 205 TExTO E CONSTRuçãO ... 206 TROCANDO IDEIAS ... 207 X X Na trilha da oralidade ... 207 Exposição oral X X Prática de leitura ... 209

Texto 4 – Tiras em quadrinhos ... 209 (Papa-Capim e Chico Bento, Mauricio de Sousa)

POR DENTRO DO TExTO ... 209 TExTO E CONSTRuçãO ... 209 X

X Prática de leitura ... 210

Texto 5 – Tira em quadrinhos ... 210 (Toda Mafalda, Quino)

POR DENTRO DO TExTO ... 211 X

X Prática de leitura ... 211

Texto 6 – Charge ... 211 (Ipad? Ai fome!, Erasmo)

POR DENTRO DO TExTO ... 212 CONFRONTANDO TExTOS ... 212

195

uNidAdE 4

NATuREzA E CulTuRA EM CANTOS E iMAgENS

X X Na trilha da oralidade ... 171 Contação de causo X X Produção de texto ... 172 Causo X X Leia mais ... 173 X

X Preparando-se para o próximo capítulo ... 173 Capítulo 2

hiSTóRiAS QuE ENSiNAM ... 174 X

X Para começo de conversa ... 174

X

X Prática de leitura ... 174

Texto 1 – Fábula ...174 (A cigarra e as formigas, Esopo)

POR DENTRO DO TExTO ... 175 TExTO E CONTExTO ... 175 TROCANDO IDEIAS ... 176 X

X Prática de leitura ... 177

Texto 2 – Cordel ... 177 (A cigarra e a formiga, Severino José)

CONFRONTANDO TExTOS ... 177 X

X Reflexão sobre o uso da língua ... 179 Verbo (IV)

APLICANDO CONHECIMENTOS ... 180

X

X Atividade de criação ... 181 Versão para o final de uma fábula

X

X Prática de leitura ... 181

Texto 3 – Fábula ... 181 (Quem tem razão? A lebre ou o leão?, Estadinho)

POR DENTRO DO TExTO ... 183

X

X Na trilha da oralidade ... 186 Debate regrado

X

X Reflexão sobre o uso da língua ... 187 Verbo (V)

APLICANDO CONHECIMENTOS ... 188 X

X De olho na ortografia ... 189 Acentuação das oxítonas, paroxítonas e

proparoxítonas APLICANDO CONHECIMENTOS ... 190 APRENDER BRINCANDO ... 191 X X Momento de ouvir ... 191 X X Produção de texto ... 191 Fábula X X Projetos em ação ... 193 X

X Coletânea de histórias que o povo conta

Sarau literário X

X Leia mais ... 194 X

(12)

X

X Apêndice ... 241 X

X Glossário ... 267 X

X Indicações de leituras complementares ... 269

X X Produção de texto ... 214 História em quadrinhos (HQ) X X Leia mais ... 216 X

X Preparando-se para o próximo capítulo ... 216 Capítulo 2

O POvO CANTA A ARTE E A CulTuRA ... 217

X

X Para começo de conversa ... 217 X

X Prática de leitura ... 219

Texto 1 – Letra de canção ... 219 (Avião avuadô, Carlos Farias e Coral das Lavadeiras)

POR DENTRO DO TExTO ... 220

X

X Na trilha da oralidade ... 220 Marcas de oralidade

X

X Prática de leitura ... 221

Texto 2 – Letra de canção ... 221 (Sabiá de Melão, Vavá Machado e Marcolino)

POR DENTRO DO TExTO ... 221

X X Na trilha da oralidade ... 222 Variação linguística X X Prática de leitura ... 222 Texto 3 – Partitura ...222 (Princípio da Marcha Turca (opus n. 11), Mozart)

TExTO E CONSTRuçãO ... 223 X

X De olho na ortografia ... 224 Acentuação das oxítonas

APLICANDO CONHECIMENTOS ... 225 X

X Prática de leitura ... 226

Texto 4 – Letra de canção ... 226 (Reisado, Teddy Vieira)

POR DENTRO DO TExTO ... 227

X

X Hora da pesquisa ... 228 Músicas preferidas da turma

X

X Prática de leitura ... 229

Texto 5 – Letra de canção ... 229 (Manguetown, Chico Science, Lúcio e Dengue)

POR DENTRO DO TExTO ... 230 DE OLHO NO VOCABuLáRIO ... 230 X

X Reflexão sobre o uso da língua ... 231 Pronome demonstrativo

APLICANDO CONHECIMENTOS ... 232 X

X Prática de leitura ... 233

Texto 6 – Letra de canção ... 233 (Rapaz caipira, Renato Teixeira)

POR DENTRO DO TExTO ... 233 TExTO E CONSTRuçãO ... 234 X

X Reflexão sobre o uso da língua ... 234 Frase

APLICANDO CONHECIMENTOS ... 235 X

X Prática de leitura ... 236

Texto 7 – Letra de canção ... 236 (Três cirandas de Pernambuco, Domínio público)

POR DENTRO DO TExTO ... 236 CONFRONTANDO TExTOS ... 237 X X Produção de texto ... 238 Verbete X X Projetos em ação ... 239 HQ sobre o meio ambiente

Campanha informativa “A natureza é da gente” Quem conhece um artista popular?

(13)

Unidade

1

Ser e deScobrir-Se

Às vezes, você se sente corajoso(a), às vezes, um(a) grande

medroso(a)? Pois saiba que é assim com todo mundo. Nas próximas

páginas, você vai pensar e discutir sobre isso com seus colegas.

Poderá se apresentar, falar sobre seus desejos, seus

sentimen-tos. Você ainda terá a oportunidade de conhecer um pouco mais

sobre seus colegas e, assim, quem sabe, fazer novas amizades.

Você gosta de desvendar charadas? E de participar de jogos?

Então prepare-se para fazer tudo isso. Depois da leitura dos textos

desta unidade, você vai refletir sobre vários aspectos do

funciona-mento da língua.

E que tal conhecer melhor as características de um texto

poético? Lendo muitos poemas, observando o ritmo, o trabalho

especial com as palavras, os sons, você ficará com uma ideia mais

clara do que sejam os poemas, aprenderá a apreciá-los e poderá

até mesmo escrever alguns. Existe ainda um estudo sobre

tro-vas populares, poesias cantadas pelo povo Brasil afora. Prepare-se

para se emocionar e, quem sabe, descobrir que você também é

um poeta.

Que a alegria de aprender seja a sua companheira!

Bom trabalho!

(14)

capítul

o

1

QUeM É VocÊ?

Não, porque, mesmo a mãe demonstrando um incômodo com a maneira diferente de ser do menino, Maluquinho mantém o seu comportamento e gosto pessoal.

Você já ouviu falar no Menino Maluquinho? O que sabe sobre ele?

Leia a seguinte história em quadrinhos e divirta-se com as invenções da personagem.

1. A personagem principal dessa história vive um conflito. Qual é ele?

2. O Menino Maluquinho, ao escolher o boné, acaba optando por um visual mais antigo ou mais mo-derno? Por que você acha que ele fez essa opção?

3. Ao usar o boné por cima da panela, o que a personagem mostra?

4. No texto, a mãe do Menino Maluquinho emite uma opinião sobre as escolhas do filho. a) Transcreva do texto o(s) trecho(s) em que a mãe dá sua opinião.

b) De acordo com o que você entendeu do texto, o Menino Maluquinho se deixou influenciar pela opinião da mãe? Como você concluiu isso?

Resposta possível: Ele opta por um visual mais moderno. Provavelmente, porque bonés são muito usados pelos garotos de sua geração. Resposta possível: Mostra que, mesmo usando um visual novo, ele não deixa de ser quem é, ou seja, afirma sua identidade.

“Graças a Deus ele vai deixar de andar por aí feito um maluco!” Tem dificuldade para escolher um visual para sair.

Professor, sugerimos que as atividades a seguir sejam respondidas pelos alunos organizados em duplas ou em pequenos grupos.

Para começo de conversa

Resposta pessoal. Professor, se necessário, informe aos alunos que o Menino Maluquinho é uma personagem criada pelo escritor e cartunista Ziraldo Alves Pinto, em 1980, e protagoniza um livro com seu nome. A obra apresenta histórias de um menino alegre e sapeca que caiu no gosto dos brasileiros, e serviu de inspiração para uma peça teatral, filmes, histórias em quadrinhos e uma série de TV. Uma das principais c aracterísticas dessa personagem é usar uma panela

como chapéu. Veja mais informações sobre Ziraldo no Manual do Professor (de agora em diante, referido ape-nas como Manual).

ZirALDO. As melhores tiradas do Menino Maluquinho. São Paulo: Melhoramentos, 2000.

(15)

1. O que você vê na imagem da tela?

2. É possível saber como é a pessoa que está com o suporte de tintas na mão? O que você acha que ela está fazendo?

3. Para você, o que representa a imagem na tela? Expresse sua opinião e procure saber o que pensam seus colegas de turma.

Sim, pois a sua imagem está refletida no espelho. Ela está pintando a si própria.

5. Em sua opinião, Maluquinho gosta de ser quem é? Por quê?

6. Observe com atenção os gestos e as expressões faciais de Maluquinho nos seis primeiros quadri-nhos. O movimento dos braços se altera? O que a posição dos braços e das mãos sugere sobre a personagem? Explique.

7. As expressões faciais do garoto combinam com o que ele está dizendo? Explique sua resposta com base no que acontece em um dos quadrinhos.

8. Para construir esse texto, o autor usou imagens e palavras. Em sua opinião, se as imagens fossem retiradas, o texto transmitiria as mesmas ideias? Por quê?

9. Um leitor que ainda não conhece o Menino Maluquinho consegue identificar, pelo texto, o nome da personagem? Por quê?

TROCANDO IDEIAS

1. Às vezes você também se sente como o Menino Maluquinho? Por quê? 2. Como os adultos costumam tratá-lo?

3. Como você reage ao receber esse tratamento dos adultos?

4. Observando a si mesmo e aos colegas, que conflitos você considera comuns na sua faixa etária?

Respostas pessoais. Professor, estimule a turma a compartilhar suas vivências. Aproveite esse momento para conversar com os alunos sobre questões relacionadas à transição da infância para a adolescência e sobre a passagem do 5o para o 6o ano, que costuma ser uma fase bastante delicada para alguns deles.

Resposta possível: Sim, pois, apesar de querer inovar um pouco o visual, não deixou de lado aquilo que já é sua marca, que já faz parte de sua identidade, aquilo que também o torna o Menino Maluquinho.

Sim, a cada quadrinho os braços e as mãos se encontram em uma posição diferente. As diferentes posições sugerem que a personagem está em dúvida sobre alguma coisa.

Sim. Uma das mãos na boca (2o e 3o quadrinhos) significa que a personagem

está refletindo sobre o seu visual, Maluquinho observa atentamente o que vê no espelho.

Não. Apenas as falas das personagens não alcançariam o sentido que a história completa transmite. Por exemplo, quando Maluquinho se refere ao visual, dizendo que não está bom, não seria possível saber a que visual ou mesmo a que personagem a história se refere.

Sim, pois o nome da personagem aparece como uma espécie de título, do lado esquerdo dos quadrinhos.

Texto 1 – Tela

1. Resposta possível: A imagem de um rapaz refletida no espelho e a parte inferior do seu cor-po, com uma das mãos segurando uma caixa com tintas; há outros elementos que compõem a cena, como latas de tinta embaixo do espelho, um copo de água e um livro do pintor Veláz-quez sobre um móvel, o chão de ma-deira. Professor, incentive os alunos a observar os detalhes da tela, pois são importantes para compreender o sentido da imagem.

Coleção P

articular

Velázquez, 2000 (1976), de rodrigo Cunha.

Acrílica sobre tela, 202 cm × 143 cm.

Prática de leitura

1. Para você, o que é uma obra artística? Dê exemplos de uma obra de arte que você conhece.

2. Você sabe o que é um autorretrato? Sabe o que significa essa palavra? Resposta pessoal.

Resposta pessoal.

ANTES DE LER

POR DENTRO DO TEXTO

Professor, os alunos terão mais elementos para fazer a dedução se antes forem levantadas, com eles, outras palavras que comecem com o prefixo auto. Sugerimos que esse levantamento seja feito oralmente em sala de aula antes que respondam à questão 2.

(16)

11. Para responder às questões seguintes, releia as informações apresentadas na legenda e no crédito da tela do texto 1.

a) O segundo nome que aparece refere-se ao pintor da tela. Copie-o no caderno. b) A expressão “acrílica sobre tela” traz uma informação sobre a pintura. Qual? c) Você sabe em que lugares costumam ser expostas as telas dos pintores?

d) Pelas informações, a tela está exposta em algum desses lugares? A quem pertence essa obra?

12. E você, já observou a sua imagem no espelho durante algum tempo? Por que você acha que mui-tos jovens se preocupam em fazer isso? Resposta pessoal.

4. É possível afirmar que essa tela é um autorretrato? Por quê?

5. Pela imagem, podemos deduzir se o artista está sério ou bem à vontade, se é jovem, triste, calmo etc.? Que expressões ele transmite?

6. Na imagem, há elementos estáticos, parados, e elementos que revelam movimento, atividade. Quais são?

7. Que impressões ou sensações sugerem a você as cores escolhidas pelo artista?

8. O artista se preocupou em apenas retratar a sua imagem na tela? Ou ele quis mostrar o ambiente em que se encontra?

9. Na tela aparece parcialmente o nome de outro pintor: Velázquez. identifique o objeto presente no ambiente da tela que faz referência a esse pintor.

10. Você sabe quem foi Velázquez? Leia o próximo texto.

Sim. Porque revela a imagem de um artista pintando a si próprio.

Resposta possível: Sim, a imagem revela um artista jovem, que demonstra estar calmo e à vonta-de, pintando seu autorretrato. A tela não revela sentimentos de tristeza ou alegria.

Resposta possível: Há elementos estáticos (os que estão ao redor do espelho), que contrastam com a atividade, o movimento do artista pintando a tela.

Resposta pessoal. Ele quis mostrar também o ambiente de trabalho dele, a sua própria atividade e como ele a realiza.

O livro, que está sobre um móvel e tem o título Velázquez.

Diego Rodríguez de Silva Velázquez (1599-1660)

Pintor barroco, nascido em Sevilha, Espanha, manifestou des-de muito cedo seu talento para a pintura. Velázquez é consides-derado um pintor de grande maestria técnica. Ele ganhou prestígio como um mestre pintor de retratos e influenciou outros pintores que vieram depois dele.

As meninas é considerada sua obra mais importante.

r

eal

A

cademia de B

ellas

Artes de San Carlos de

Valencia

A expressão refere-se à técnica usada na pintura: a tinta acrílica sobre tela.

Rodrigo Cunha.

Pelas informações do texto, a tela não está exposta nesses lugares, é de coleção particular, mas não se revela o nome do proprietário. Em museus ou galerias de arte.

Autorretrato é o retrato que uma pessoa faz de si mesma em forma de desenho, pintura,

gravu-ra ou descrição escrita ou ogravu-ral.

Como o autorretrato é a representação que o artista faz de si mesmo, ele registra a seu modo

como se vê ou como gostaria de ser visto.

IMPORTANTE SABER

Autorretrato (1640), de Diego Velázquez.

(17)

14. responda:

a) Que texto lido anteriormente é apenas visual? A tela.

b) Qual é o texto verbal e não verbal lido até agora? A história em quadrinhos.

13. Você se vê da mesma forma que as pessoas o enxergam? Por quê? Resposta pessoal.

Texto 2 – romance (fragmento)

O menino no espelho

Levantava a perna, e ele levantava também, ao mesmo tempo. Abria os braços e ele fazia o mes-mo. Coçava a orelha, e ele também.

Mas o que mais me intrigava era a única diferença entre nós dois. Sim, porque um dia descobri, com pasmo, que, enquanto eu levantava a perna esquerda, ele levantava a direita; enquanto eu co-çava a orelha direita, ele coco-çava a esquerda. Reparando bem, descobria outras diferenças. O escudo da escola, por exemplo, que eu trazia colado no bolsinho esquerdo do uniforme, na blusa dele era no direito.

Para testar, coloco a mão direita espalmada sobre o espelho. Como era de se esperar, ele ao mesmo tempo vem com a sua mão esquerda, encostando-a na minha. Sorrio para ele e ele para mim. Mais do que nunca me vem a sensação de que é alguém idêntico a mim que está ali dentro do

Você observou que o texto “O Menino Maluquinho” e o texto 1 foram nomeados, respectivamente,

de história em quadrinhos e tela?

“O Menino Maluquinho” apresenta imagens e palavras. Já o texto 1 não apresenta palavras, só

imagem. Embora eles sejam diferentes, foi possível interpretar o que cada um deles quis transmitir.

Por esse motivo, podemos dizer que fizemos uma leitura da história em quadrinhos e também da tela.

Quando um texto possui imagens e não possui palavras, dizemos que ele é um texto não verbal

ou visual. Quando possui apenas palavras, é chamado texto verbal.

O texto composto de imagens e palavras ao mesmo tempo é chamado verbal e não verbal ou

icônico-verbal.

IMPORTANTE SABER

Prática de leitura

1. Observe as características do próximo texto. Ele é um texto verbal, visual ou ambos? Explique.

2. Leia apenas o título do próximo texto e faça sua hipótese: De que assunto a história vai tratar? Que personagens você supõe que ela irá apresentar?

Ele apresenta apenas palavras; então, é um texto verbal.

Resposta pessoal. Professor, neste momento o objetivo é apenas fazer o le-vantamento de hipóteses dos alunos. Elas serão retomadas durante a leitura.

(18)

POR DENTRO DO TEXTO

1. O que o menino vê no espelho?

2. É normal que um espelho reflita imagens invertidas?

3. Um dos parágrafos do texto revela que o espelho reflete a imagem de maneira invertida. Localize esse parágrafo e transcreva no caderno um trecho que comprove essa afirmação.

4. releia o trecho a seguir:

Vê a sua imagem, o seu reflexo. Sim.

“[...] um dia descobri, com pasmo, que, enquanto eu levantava a perna esquerda, ele levantava a direita; enquanto eu coçava a orelha direita, ele coçava a esquerda. Reparando bem, descobria outras diferenças. O escudo da escola, por exemplo, que eu trazia colado no bolsinho esquerdo do uniforme, na blusa dele era no direito.”.

[...] Quando volto a olhá-lo no rosto, vejo assombrado que ele continua a sorrir. Como, se agora estou absolutamente sério?

espelho, se divertindo em me imitar. Che-go a ter a impressão de sentir o calor da palma da mão dele contra a minha. Fico sério, a imaginar o que aconteceria se isso fosse verdade. Quando volto a olhá-lo no rosto, vejo assombrado que ele continua a sorrir. Como, se agora estou absoluta-mente sério?

Um calafrio me corre pela espinha, arrepiando a pele: há alguém vivo dentro do espelho! Um outro eu, o meu duplo, realmente existe! Não é imaginação, pois ele ainda está sorrindo, e sinto o conta-to de sua mão na minha, seus dedos aos poucos entrelaçarem os meus.

Puxo a mão com cuidado, descolando-a do espelho. Em vez da outra mão se afas-tar, ela vem para fora, presa à minha. Afas-to-me um passo, sempre a puxar a figura do espelho, até que ela se destaque de todo, já dentro do meu quarto, e fique à minha frente, palpável, de carne e osso, como ou-tro menino exatamente igual a mim. – Você também se chama Fernando? – pergunto, mal conseguindo acreditar nos meus olhos. – Odnanref – responde ele, e era como se eu próprio tivesse falado: sua voz era igual à minha. – Odnanref?

– Sim, Odnanref. Fernando de trás para diante. […]

SABINO, Fernando. O menino no espelho. 44. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.

r

enato Arlem

(19)

– Você também se chama Fernando? – pergunto, mal conseguindo acreditar nos meus olhos. – Odnanref – responde ele, e era como se eu próprio tivesse falado: sua voz era igual à minha. – Odnanref?

– Sim, Odnanref. Fernando de trás para diante.

a) O que foi narrado no trecho anterior acontece normalmente? Ou seja, quando alguém está sério diante do espelho o reflexo o mostra sorrindo?

b) Esse fato surpreende o menino? Por quê?

c) Transcreva do texto um trecho que mostre o estranhamento do menino diante do outro que está dentro do espelho.

5. No texto, o fato de a imagem do espelho ser a sua própria, mas agir de outra maneira, possibilita uma relação entre o menino e o outro que está dentro do espelho?

6. Mesmo agindo de maneira diferente, o outro que está dentro do espelho é o próprio menino. Na vida real, não é possível conversarmos conosco da maneira como o texto propõe. Nessa história, porém, o menino pode fazer isso.

a) O texto narra um fato que pode acontecer na realidade ou é uma ficção, criada pela imaginação do autor?

b) Em sua opinião, o fato de o menino poder conversar consigo próprio no espelho, como se estivesse conversando com outra pessoa, fez com que ele pudesse se ver de uma maneira diferente? Por quê?

c) O que você achou da ideia de uma personagem conversar com a sua imagem refletida no espe-lho? Você já conhecia uma história assim?

7. Copie em seu caderno a afirmativa que responde à seguinte questão: Qual foi a intenção do texto ao dar à personagem uma possibilidade que não existe na vida real?

a) Mostrar que todos podem conversar consigo mesmo no espelho. b) Mostrar que é possível alguém se ver de uma maneira diferente. c) revelar que as coisas são vistas sempre do mesmo jeito.

8. releia este diálogo do texto:

Alternativa “b”. É uma ficção, pois, na realidade, é impossível que uma imagem do espelho converse com alguém.

Resposta pessoal.

Resposta pessoal.

“[...] e era como se eu próprio tivesse falado: sua voz era igual à minha.” Não.

Sim, porque não se trata de algo que acontece normalmente, as imagens do menino que ele vê refletido não acompanham os movimentos que ele faz diante do espelho. “Como, se agora estou absolutamente sério?”.

Sim, conforme o que é narrado no final do texto, ele e a imagem do espelho conversam.

• Ao ver sua imagem no espelho, o menino percebe que ela conversa com ele. Embora os diálo-gos aconteçam entre pessoas diferentes, o menino se reconhece no outro que está no espelho. Que trecho do diálogo confirma isso?

Você quer conhecer um pouco mais sobre Fernando, o menino que se vê no espelho? Seu

profes-sor vai ler a continuação da história. Preste bastante atenção à leitura. Aproveite a oportunidade

para desenvolver a sua habilidade de ouvir.

Momento de ouvir

Professor, você encontra no final do Manual uma coletânea de textos, separados por unidades e capítulos. Leia ou conte essas histórias para os alunos, ou escolha outros textos para desenvolver essa prática. Crie ou recrie esse costume de ouvir histórias, tão apreciado pelos alunos. Depois de ler a continuação de “O menino no espelho”que está no Manual, faça perguntas aos alunos, estimulando manifestações espontâneas. Por fim, é interessante incentivar os alunos a ler o livro completo de Fernando Sabino.

(20)

Levantava a perna, e ele levantava também, ao mesmo tempo. Abria os braços e ele fazia o mesmo. Coçava a orelha, e ele também.

Mas o que mais me intrigava era a única diferença entre nós dois. Sim, porque um dia descobri, com pasmo, que, enquanto eu levantava a perna esquerda, ele levantava a direita; enquanto eu coçava a orelha direita, ele coçava a esquerda.

Levantava a ▲, e ele levantava também, ao mesmo tempo. Abria os ▲ e ele fazia o mesmo. Coçava a ▲, e ele também.

Mas o que mais me intrigava era a única diferença entre nós dois. Sim, porque um dia des-cobri, com pasmo, que, enquanto eu levantava a ▲ esquerda, ele levantava a direita; enquanto

eu coçava a ▲ direita, ele coçava a esquerda.

Substantivo

1. Leia o trecho a seguir, extraído do texto:

a) E agora, é possível saber por completo o que o menino faz? Por quê?

b) As palavras que faltam são importantes para construir o sentido do texto? Por quê?

3. Localize no texto e anote em seu caderno:

a) As palavras e expressões que dão nome aos elementos do corpo do menino. b) A palavra que dá nome ao menino que está diante do espelho.

c) As palavras que dão nome ao que faz parte da blusa do menino. d) A palavra que dá nome ao local da casa em que o menino está.

e) Seria possível compreender o texto sem as palavras que você anotou em seu caderno? Por quê? f) Você sabe como são chamadas as palavras que dão nome a esses elementos?

a) Localize e copie do trecho acima o que o menino faz diante do espelho. b) Que partes do corpo dele são citadas nesses parágrafos?

c) As palavras que você citou no item “b” são nomes ou ações? São nomes.

2. releia o mesmo parágrafo sem algumas palavras:

“Levantava e perna, e ele levantava também, ao mesmo tempo. Abria os braços e ele fazia o mesmo. Coçava a orelha, e ele também.”. Pernas, braços e orelhas.

Não, porque não é possível saber o que ele levantava, abria e coçava.

Sim, porque trazem informações essenciais ao leitor. A falta dessas informações prejudica a compreensão e trunca o sentido do texto.

“Perna”, “braços”, “orelha”, “mão”, “palma da mão”, “espinha”, “pele”, “dedos”, “carne”, “osso”, “olhos”. “Fernando” (ou Odnanref, nome escrito de trás para frente).

“Escudo”, “bolsinho”. “Quarto”.

Não, porque elas identificam tudo aquilo que é citado no texto, inclusive o nome da personagem principal, que tem uma relação fundamental com o que a história conta. Resposta pessoal.

Reflexão sobre o uso da língua

A palavra que dá nome a algo ou a alguém é chamada substantivo. O substantivo nomeia

pes-soas, animais, ações, sensações, sentimentos, ideias, desejos etc.

(21)

4. Volte ao texto O menino no espelho e responda:

a) Que nomes retirados do texto e copiados em seu caderno foram escritos com letra inicial maiúscula? b) Explique por que essas palavras foram escritas com letra inicial maiúscula.

Professor, se for necessário, explique o que é tira: história em quadrinhos (ou fragmento dela), com dois ou mais quadros, apresentada em jornais ou revistas em uma só faixa horizontal.

“Fernando” e “Odnanref”.

Substantivos próprio e comum

Há substantivos que dão nome a seres ou coisas que são identificados por traços de semelhança. Por exemplo, quando dizemos “gato”, estamos nos referindo a um animal mamífero, que tem pelos, bigode, rabo, quatro patas, além de outros traços que o diferenciam de outro animal. Todos os gatos poderão ser identificados por essa palavra. Mas, se alguém quiser diferenciar o seu gato de outro gato, dará a ele um nome próprio. Veja como a mãe de Franjinha se refere a ele e ao seu cachorro, Bidu.

Nesse caso, a mãe do menino se referiu a ele pelo nome próprio: Franjinha. Mas, ao se referir a Bidu, usou o nome comum: cachorro.

Veja, na tira a seguir, os nomes “Bidu” e “Floquinho”.

Nessa tira, foram usados os nomes próprios “Bidu” e “Floquinho” para identificar os dois cachorros e diferenciá-los de outros cachorros. Da mesma forma, na tira anterior, foi usado o nome “Franjinha” para identificar um menino entre outros meninos.

As palavras “Bidu”, “Floquinho” e “Franjinha” são substantivos próprios. As palavras “c achorro”

e “menino” são substantivos comuns.

Para escrever nomes próprios, como “Bidu”, “Floquinho” e “Franjinha”, usamos letra maiúscula no

início das palavras. Veja mais exemplos sobre esse assunto consultando o Apêndice.

IMPORTANTE SABER

Mauricio de Sousa P

roduções

Mauricio de Sousa P

(22)

– Você também se chama Fernando? – pergunto, mal conseguindo acreditar nos meus olhos.

Um calafrio me corre pela espinha, arrepiando a pele: há alguém vivo dentro do espelho! Um outro eu, o meu duplo, realmente existe! Não é imaginação, pois ele ainda está sorrindo, e sinto o contato de sua mão na minha, seus dedos aos poucos entrelaçarem os meus.

ANGELi. Chiclete com banana. Folha de S.Paulo, São Paulo, 22 jul. 2005.

Angeli

1. Observe o trecho a seguir:

A palavra em destaque é um nome de pessoa. Como você já sabe, ela faz parte de um grupo de palavras que recebe o nome de substantivo.

• Observe mais um trecho:

a) As palavras em destaque no trecho anterior também são substantivos? Por quê? b) Qual é a diferença entre as palavras destacadas no primeiro e no segundo trecho?

2. Leia a seguinte tira de Angeli:

a) Copie da tira todos os substantivos próprios. b) Copie todos os substantivos comuns.

c) Por que os substantivos próprios são importantes nesse texto? d) E os comuns, por que são importantes?

e) Que substantivos da tira você copiou com letra maiúscula no início? E com letra minúscula? Jus-tifique por que você usou letra maiúscula ou minúscula para escrever esses substantivos.

3. Em seu caderno, escreva o nome e a profissão de cinco pessoas que você conhece. Depois, gri-fe os substantivos próprios e circule os substantivos comuns. Em seguida, confira se usou letra maiús cula ou minúscula de maneira adequada. Resposta pessoal.

Sim, elas são substantivos porque dão nome a uma sensação (calafrio) e ao ato de imaginar (imaginação).

A palavra “Fernando”, do primeiro trecho, é um substantivo próprio. Já as palavras “calafrio” e “imaginação”, do segundo trecho, são substantivos comuns.

“Alancastro”, “Belnário”, “Dedé Zambini”, “Corriola”. “Artes”, “advogado”, “curso”, “paisagismo”, “flanelinha”.

Porque são nomes que identificam a área profissional em que as três primeiras personagens estão se forman-do. No caso da quarta personagem, o substantivo “flanelinha” indica a atividade profissional em que ela atua.

e) Com letras maiúsculas: “Alancastro”, “Belnário”, “Dedé Zambini”, “Corriola”. Com letras minúsculas: “artes”, “advogado”, “curso”, “paisagismo”, “flane-linha”. Professor, é possível que os alunos tenham copiado um dos substantivos comuns com maiúscula por se tratar da primeira palavra que aparece no iní-cio da resposta: nesse caso, vale a pena esclarecer aos alunos que eles foram escritos dessa maneira por causa da sua posição na frase.

Porque identificam, dão nome às pessoas.

(23)

Forme um grupo com mais dois colegas para fazer uma leitura dramatizada.

Enquanto um aluno lê o texto “O menino no espelho”, os outros interpretam a leitura por meio de gestos e expressões faciais.

Em seguida, façam uma avaliação da atividade.

• A leitura dramatizada tornou mais claro o sentido do texto? Por quê? • Que sensações e ideias o texto despertou em vocês? Respostas pessoais.

APRENDER BRINCANDO

Meu nome

1. Você gosta do seu nome? Sabe o que ele significa? 2. Você sabe quem lhe deu esse nome?

3. Apresente-se à turma, ilustrando e colorindo seu nome em uma folha em branco. Procure criar ilustrações com as letras que o compõem. Utilize cores e formas que possam expressar um pouco do seu mundo, sem que, para isso, você necessite utilizar palavras. Se preferir, brinque com o seu nome, escrevendo-o de trás para a frente, como o menino do espelho.

Depois de apresentar seu trabalho à turma, divulgue-o no mural da sala ou da escola, de acordo com a orientação do professor.

Professor, sugerimos que as atividades 1 e 2 sejam respondidas oralmente.

Atividade de criação

Prática de leitura

Texto 3 – crônica

Professor, o gênero crônica será explorado em profundidade em outro momento. A escolha do texto teve como finalidade principal a exploração do tema.

Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a hora.

Talvez não fosse um Menino de Família, mas também não era um Menino de Rua. É assim que a gente divide. Menino de Família é aquele bem-vestido com tênis da moda e camiseta de marca, que usa relógio e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino de Rua. Menino de Rua é aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com força porque pensa que ele é pivete, trombadinha, ladrão.

De quem são os Meninos de Rua?

Não são apenas os gostos pessoais que revelam a identidade de uma pessoa, mas também a condição social, a maneira como vive, aquilo que aprende, as opiniões e decisões. Na sequên-cia de atividades a seguir, você lerá dois textos que têm em comum a infânsequên-cia como temática. Leia os títulos destes textos:

“De quem são os Meninos de Rua?”

“Esta é a minha vida”

Agora que você leu os títulos, escreva em seu caderno o que você espera encontrar em cada um dos textos.

ANTES DE LER

(24)

Ouvindo essas expressões tem-se a impressão de que as coisas se passam muito naturalmente, uns nascendo De Família, outros nascendo De Rua. Como se a rua, e não uma família, não um pai e uma mãe, ou mesmo apenas uma mãe, os tivesse gerado, sendo eles filhos diretos dos paralelepípedos e das calçadas, diferentes, portanto, das outras crianças, e excluídos das preocupações que temos com elas. É por isso, talvez, que, se vemos uma criança bem-vestida chorando sozinha num shopping center ou num su-permercado, logo nos acercamos protetores, perguntando se está perdida ou precisando de alguma coisa. Mas se vemos uma criança maltrapilha chorando num sinal com uma caixa de chicletes na mão, engrenamos a primeira no carro e nos afastamos pensando vagamente no seu abandono.

Na verdade, não existem Meninos de Rua. Existem meninos NA rua. E toda vez que um menino está NA rua é porque alguém o botou lá. Os meninos não vão sozinhos aos lugares. Assim como são postos no mundo, durante muitos anos também são postos onde quer que estejam. Resta ver quem os põe na rua. E por quê.

No Brasil temos 36 milhões de crianças carentes. Na China existem 35 milhões de crianças super-protegidas. São filhos únicos resultantes da campanha “Cada Casal um Filho”, criada pelo governo em 1979 para evitar o crescimento populacional. O filho único, por receber afeto “em demasia”, torna--se egoísta, preguiçoso, dependente, e seu rendimento é inferior ao de uma criança com irmãos. Para contornar o problema, já existem na China 30 mil escolas especiais. Mas os educadores admitem que “ainda não foram desenvolvidos métodos eficazes para eliminar as deficiências dos filhos únicos”.

O Brasil está mais adiantado. Nossos educadores sabem perfeitamente o que seria necessário para eliminar as deficiências das crianças carentes. Mas aqui também os “métodos ainda não foram desenvolvidos”.

Quando eu era criança, ouvi contar muitas vezes a história de João e Maria, dois irmãos, filhos de po-bres lenhadores, em cuja casa a fome chegou a um ponto em que, não havendo mais comida nenhuma, foram levados pelo pai ao bosque, e ali abandonados. Não creio que os 7 milhões de crianças brasileiras abandonadas conheçam a história de João e Maria. Se conhecessem, talvez nem vissem a semelhança. Pois João e Maria tinham uma casa de verdade, um casal de pais, roupas e sapatos. João e Maria tinham começado a vida como Meninos de Família, e pelas mãos do pai foram levados ao abandono.

Quem leva nossas crianças ao abandono? Quando dizemos “crianças abandonadas” subenten-demos que foram abandonadas pela família, pelos pais. E, embora penalizados, circunscrevemos o problema ao âmbito familiar, de uma família gigantesca e generalizada, à qual não pertencemos e com a qual não queremos nos meter. Apaziguamos assim nossa consciência enquanto tratamos, isso sim, de cuidar amorosamente de nossos próprios filhos, aqueles que “nos pertencem”.

Mas, embora uma criança possa ser abandonada pelos pais, ou duas ou dez crianças possam ser abandonadas pela família, 7 milhões de crianças só podem ser abandonadas pela coletividade. Até recentemente, tínhamos o direito de atribuir esse abandono ao governo, e responsabilizá-lo. Mas, em tempos de Nova República, quan-do queremos que os cidadãos sejam o governo, já não podemos apenas pas-sar adiante a responsabilidade. A hora chegou, portanto, de irmos ao bosque, buscar as crianças brasileiras que ali foram deixadas.

COLASANTI, Marina. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2002.

AFN

r

/Shut

terstoc

k

“Na verdade, não existem Meninos de rua. Existem meninos NA rua.”.

(25)

TROCANDO IDEIAS

1. Que sentimentos esse texto despertou em você? Respostas pessoais.

2. Você gostou do texto? Por quê?

3. Após terminar a leitura, suas hipóteses sobre o texto se confirmaram? Explique.

POR DENTRO DO TEXTO

1. Que fato narrado no primeiro parágrafo desencadeou a reflexão desenvolvida ao longo do texto? 2. No texto, a categoria “meninos” é dividida em dois grandes grupos.

a) Quais são esses grupos? “Menino de Família” e “Menino de Rua”.

b) Como eles são diferenciados no texto?

c) Em sua opinião, o texto pode ser considerado preconceituoso por estabelecer essa divisão? d) O menino a quem o narrador se refere no início da crônica se encaixa em qual dos dois grupos?

Justifique sua resposta transcrevendo um trecho do texto.

3. A crônica descreve a diferença no comportamento das pessoas diante de uma criança bem-vestida chorando e de uma criança maltrapilha fazendo o mesmo.

a) Qual é essa diferença? Uma criança bem-vestida chorando recebe atenção, proteção, enquanto uma maltrapilha é ignorada.

b) Em sua opinião, por que acontece essa diferença de comportamento? Resposta pessoal.

c) O que, provavelmente, a autora quis dizer ao usar a expressão “filhos diretos dos paralelepípe-dos e das calçadas”?

4. O texto estabelece um paralelo entre as 36 milhões de crianças carentes do Brasil e as 35 milhões de crianças superprotegidas da China, associando alguns problemas a cada uma dessas realidades. a) O que gerou, na China, 35 milhões de crianças superprotegidas?

b) Quais problemas são associados aos filhos únicos da China?

c) Levante uma hipótese: O que pode ter gerado, no Brasil, 36 milhões de crianças carentes? d) Aponte um problema do Brasil que, em sua opinião, pode ser associado ao grande número de

cri-anças carentes. Resposta pessoal. Sugestões: Violência, mortalidade infantil, defasagem na educação, falta de profissionais capacitados, entre outros.

5. releia o último parágrafo do texto e conclua: A culpa do abandono das crianças brasileiras é atribuí-da apenas ao governo? Por quê?

TEXTO E CONSTRUÇÃO

1. Em sua opinião, por que foi utilizada a letra inicial maiúscula nos termos destacados no trecho a seguir?

Talvez não fosse um Menino de Família, mas também não era um Menino de Rua.

O fato de o narrador-personagem ter sido abordado por um menino na rua. Inicialmente, ele nem o ouviu direito e achou que o menino pedia algo. No entanto, o garoto só queria saber as horas.

O “Menino de Família” é bem-vestido, tem mãe. O “Menino de Rua” geralmente rouba o relógio do “Menino de Família” e é visto como uma ameaça; é um trombadinha, pivete, ladrão.

Resposta pessoal. Professor, espera-se que o aluno perceba que o texto não tem caráter preconceituoso. Na verdade, ele propõe uma reflexão pela qual a autora transmite uma visão da sociedade que, por sua vez, pode ser considerada preconceituosa.

Não se encaixa em nenhum, como pode ser confirmado no trecho “Talvez não fosse um Menino de Família, mas também não era um Menino de Rua.”.

Provavelmente, ela quis dizer que as crianças são consideradas filhas da rua, como se ninguém as tivesse gerado, como se não tivessem família.

A política do filho único, implantada na China na década de 1970, como forma de controlar o crescimento populacional. Professor, se julgar necessário, solicite aos alunos uma pesquisa que ajude a contextualizar historicamente a política de natalidade chinesa. O filho único, por receber afeto “em demasia”, torna-se egoísta, preguiçoso,

de-pendente, e seu rendimento é inferior ao de uma criança com irmãos.

Resposta pessoal. Professor, discuta com os alunos as muitas causas do problema: Má distribuição de renda, desigualdade social, pouco investimento em saúde e educação, entre outros.

Não. O texto aponta toda a sociedade como responsável, pois vivemos em uma democracia e temos participação nas escolhas que geram esse tipo de problema.

Professor, se houver interesse da turma, a reflexão sobre a crônica pode dar origem a um trabalho interdisciplinar com História. Sugira aos alunos que pesquisem o que vem a ser a “Nova República” (período da História do Brasil que se seguiu ao fim da ditadura militar, caracterizado pela democratização política do Brasil e sua estabilização econômica) e qual a relação entre democracia e o fato de a população também ser responsabilizada pelo aban-dono das crianças que estão na rua. Com base nessa pesquisa, discuta com a turma a importância da responsabi-lidade social, do direito ao voto, entre outros temas.

(26)

CONFRONTANDO TEXTOS

Leia agora o breve relato de um aluno do 6o ano:

2. releia:

Na verdade, não existem Meninos de Rua. Existem meninos NA rua. E toda vez que um menino está NA rua é porque alguém o botou lá. [...]

• Qual é a diferença de sentido entre os termos destacados? Qual é o efeito de sentido gerado pelo uso desses termos no trecho?

3. Para abordar o tema das crianças abandonadas, o texto estabelece uma comparação com um con-hecido conto de fadas.

a) Que conto é esse? “João e Maria”, conhecido pela versão dos Irmãos Grimm.

b) Por que essa história foi escolhida?

4. No penúltimo parágrafo, há uma pergunta que leva o leitor a refletir. releia:

Quem leva nossas crianças ao abandono?

a) Qual é a resposta sugerida para essa pergunta no restante do texto? b) Você concorda com esse posicionamento? Resposta pessoal.

5. releia a última frase do texto:

[...] A hora chegou, portanto, de irmos ao bosque, buscar as crianças brasileiras que ali foram deixadas.

• Que chamado ela faz ao leitor e à sociedade, de forma geral?

Enquanto “de Rua” caracteriza “meninos”, “NA rua” dá a ideia de um estado momentâneo. O uso desses termos permite dizer que estar na rua não é a condição dos meninos, pelo contrário, é como se eles tivessem sido colocados lá.

Porque se trata de uma história em que duas crianças são abandonadas pelos pais, pois eles não tinham condições de criá-las.

Que todos nós, enquanto coletividade, somos responsáveis pelo abandono dessas crianças.

A última frase do texto convoca o leitor e toda a sociedade a assumir a responsabilidade pelas crianças abandonadas e a resgatá-las da situação em que estão.

Meu nome é Gleyson. Eu tenho 13 anos e estou no 6o ano. Faço muitas coisas que qualquer um não pode fazer: montar a cavalo, jogar bola, soltar pipa, jogar bolinha de gude.

Nasci no Nordeste, no Piauí, por isso tenho este apelido – Piauí – entre meus colegas.

Eu não tinha condições de morar lá, por causa da seca. Então, o meu pai pensou em vir para São Paulo e aqui ele conseguiu um emprego. Agora, nós não estamos passando mais aquele mesmo sufoco que passávamos lá.

Eu me divirto como qualquer outra criança. Brinco e faço coisas como as outras. Leio gibis, a Bíblia e as lendas do folclore.

Esse sou eu...

SOAReS, Gleyson Willians da Silva. 6o B. eMeF Antenor Nascentes, São Paulo/SP.

(27)

1. Anteriormente, você havia lido apenas o título desse texto. Após a leitura integral do relato, as ex-pectativas que você tinha sobre ele foram confirmadas? Por quê? Resposta pessoal.

2. Gleyson, autor do relato, pode ser enquadrado no grupo dos “Meninos de Família” ou no dos “Meninos de rua”, propostos no texto “De quem são os Meninos de rua?”? Por quê?

3. Por que o menino Gleyson diz que faz muitas coisas que qualquer um não pode fazer?

4. Você acha que o relato do menino Gleyson seria o mesmo se ele estivesse na situação de um “Menino de rua”? Por quê?

5. Assim como no texto “De quem são os Meninos de rua?”, é possível estabelecer algumas com-parações entre o relato de Gleyson e o conto de fadas “João e Maria”.

a) Aponte a principal semelhança entre o relato e o conto de fadas. b) Aponte a principal diferença entre os dois textos.

Ele se enquadra no grupo dos “Meninos de Família”, porque, apesar de enfrentar algumas dificuldades, vive com uma família, tem uma casa, frequenta uma escola, tem uma rotina considerada normal para uma criança.

Porque ele diz que sabe montar a cavalo, jogar bola, soltar pipa, jogar bolinha de gude.

Resposta pessoal. Professor, espera-se que o aluno perceba que o relato de Gleyson seria comple-tamente diferente se ele estivesse na rua, pois sua rotina não seria a esperada para uma criança.

Assim como João e Maria, Gleyson passou muitas dificuldades com seus pais.

Mesmo enfrentando dificuldades, Gleyson não foi abandonado pelos pais. A família buscou uma solução para o problema e acabou mudando de cidade, à procura de melhores oportunidades.

Reflexão sobre o uso da língua

Substantivos simples e composto; primitivo e derivado;

concreto e abstrato

1. Leia a tira em quadrinhos a seguir:

a) O que é um “vira-latas”? É um cão ou gato sem raça definida.

b) O que significa o termo “dedo-duro”? O termo é usado para fazer referência àquele que denuncia alguém, que trai a confiança de alguém.

c) No último quadrinho, quem seria o “dedo-duro” a que se refere o cachorro? d) Quantas palavras formam os termos “vira-latas” e “dedo-duro”? Duas.

e) Leia esta frase:

Se estiver com fome, meu cachorro vira latas de lixo em busca de alimento.

• “Vira latas”, na frase, tem o mesmo significado de “vira-latas”, na tirinha? Explique.

O perdigueiro, que dedurou os colegas para o cão policial.

(28)

cientista lixeiro lixo científico ciência lixeira

3. Em seu caderno, separe as palavras a seguir em dois grupos observando as semelhanças e as diferenças entre elas. Professor, espera-se que os alunos formem os seguinte grupos: 1 – cientista, científico, ciência; 2 – lixeiro, lixo, lixeira. Professor, é importante garantir que os alunos percebam o agrupamento de acordo com o radical das palavras para que possam prosseguir

na reflexão propostas nas atividades seguintes.

a) Explique por que você separou as palavras dessa maneira. O que fez com que você percebesse que elas são semelhantes?

b) Em cada grupo, é possível separar uma parte da palavra que aparece em todas as palavras que você agrupou. Qual é essa parte em cada grupo?

c) No grupo 1, qual palavra você supõe que tenha dado origem às outras? E no grupo 2?

Professor, espera-se que os alunos tenham agrupado as palavras pelo radical (ou parte) comum (ou igual) e pelos significadores semelhantes.

É possível separar lix- e cien-.

Substantivo simples é aquele formado de apenas uma palavra. “Cão” e “polícia” são

substan-tivos simples.

Substantivo composto é aquele formado de duas ou mais palavras. “Vira-latas” e “dedo-duro”

são substantivos compostos.

Veja mais exemplos sobre esse assunto consultando o Apêndice.

IMPORTANTE SABER

2. Leia esta outra tira:

a) Qual foi a intenção de Magali ao assustar Mônica? b) Leia esta frase, baseada na narrativa da tirinha:

Mônica estava lendo um livro quando Magali a assustou.

• Quais substantivos foram usados na frase? “Mônica”, “livro” e “Magali”.

c) Formule outra frase baseada na narrativa da tirinha, desta vez usando um substantivo derivado da palavra “maçã”. Resposta pessoal.

Magali queria que Mônica, ao se assustar, saltasse para cima da macieira, de onde poderia lhe jogar maçãs.

Mauricio de Sousa P

(29)

Substantivo concreto é aquele que indica um ser que não depende de outro para existir. Por

exemplo: casa, roupas, sapatos.

Substantivo abstrato é a palavra que dá nome a qualidades, ações e sentimentos que precisam

de outro ser para existir. Por exemplo: abandono, amizade, confiança.

Veja mais exemplos sobre esse assunto consultando o Apêndice.

IMPORTANTE SABER

Substantivo primitivo é a palavra que dá origem a outra(s) palavra(s).

Substantivo derivado é aquele formado de outra palavra. Ele deriva da palavra primitiva.

Veja um exemplo:

substantivo primitivo substantivo derivado

cavalo

cavaleiro

Veja mais exemplos sobre esse assunto consultando o Apêndice.

Professor, caso julgue necessário aprofundar este estudo, no Apêndice você encontrará mais exemplos dos tipos de substantivos.

IMPORTANTE SABER

4. releia este trecho do texto:

João e Maria tinham começado a vida como Meninos de Família, e pelas mãos do pai foram levados ao abandono.

a) A que situação João e Maria foram levados? Ao abandono.

b) Que palavra dá nome a essa situação? “Abandono”.

c) Quem levou João e Maria a essa situação? O pai.

d) Sem essa pessoa, João e Maria poderiam estar nessa situação? Ou seja, ela poderia existir por si só, independentemente de quem a realiza? Não.

5. As palavras a seguir foram retiradas do texto. Transcreva no caderno aquelas que, como “abando-no”, também expressam algo que depende de um ser para existir. “Afeto”, “preocupações”.

rua afeto relógio preocupações casa

6. releia esta frase retirada do texto, observando a palavra em destaque:

Pois João e Maria tinham uma casa de verdade, um casal de pais, roupas e sapatos.

• O substantivo “casa” depende de outras pessoas para existir? Não.

Professor, em razão do nível de abstração que envolve a compreensão do que é substantivo concreto e abstrato, julgamos que este não é o momento de aprofundar esse conteúdo, pois os alunos terão a oportunidade de estudá -lo, na prática, quando aparecer em textos posteriores.

Referências

Documentos relacionados