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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSO PROJETO A VEZ DO MESTRE

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSO”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS COMO ELEMENTO DE TOMADA DE DECISÕES NAS EMPRESAS

Por: ARACELI DOS SANTOS BRUNO

Orientador

Prof. ANA CLAUDIA MORRISSY

Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSO”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS COMO ELEMENTO DE TOMADA DE DECISÕES NAS EMPRESAS

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito para obtenção do grau de especialista em Finanças e Gestão Corporativa

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus acima de tudo, e minha mãe que sempre incentivou meus sonhos e objetivos, aos meus amigos que nesta torcida sempre somam para a vitória.

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RESUMO

A Contabilidade é uma ciência de fundamental importância para as entidades, auxiliando os administradores na obtenção de informações, e consequentemente a tomarem decisões corretas que ajudem no desenvolvimento e crescimento de suas empresas. Assim, o presente trabalho demonstra a importância da informação e as contribuições geradas pelas análises das demonstrações contábeis.

A análise das demonstrações contábeis agrega valor às informações e com isso, possibilita confrontar elementos patrimoniais, indicando fatos ocorridos, determinando a situação atual e permitindo uma visão das tendências futuras, por isso sua importância nas organizações.

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METODOLOGIA

Os métodos adotados para elaboração deste trabalho foram baseados em pesquisas teóricas. Através de estudo e leitura de bibliografias referentes ao tema proposto buscando definições para os itens apresentados.

Foram relacionadas pesquisas bibliográficas com fundamentos nas análises financeiras apresentados na literatura disponível para o alcance dos objetivos desse trabalho. Foram pesquisados livros da área financeira, contábeis, de administração financeira e consultas na internet.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

1. ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 08

1.1 BALANÇO PATRIMONIAL 09

1.2 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO 10 1.3 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 11 1.4 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 11 2. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 12

2.1 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL 12

2.2 ANÁLISE POR ÍNDICES 14

2.2.1 ÍNDICES FINANCEIROS 15

2.2.1.1 ÍNDICES DE LIQUIDEZ 15

2.2.1.2 ÍNDICES DE ESTRUTURA OU ENDIVIDAMENTO 17

2.2.2 ÍNDICES ECONÔMICOS 18

2.2.2.1 ÍNDICES DE RENTABILIDADE OU DE RETORNO 18 2.2.2.2 ÍNDICES DE ROTAÇÃO OU DE GIRO 20

2.2.2.3 PRAZOS MÉDIOS 21

2.3 ECONOMIC VALUE ADDED – EVA 22

2.4 EARNINGS BEFORE INTERESTS, TAXES, DEPRECIATION AND

AMORTIZATION 23

3. A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA

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INTRODUÇÃO

Atualmente as empresas estão inseridas em um mercado onde a agilidade e veracidade das informações são de extrema importância. Através das informações financeiras fornecidas pela contabilidade, pelos seus demonstrativos, é possível obter melhores resultados, sendo um fator fundamental para a tomada de decisão pelos administradores, acionistas, permitindo maior segurança e rapidez, o que acaba sendo um diferencial em relação às empresas concorrentes.

Silva (2005, p.23) descreve a contabilidade como sendo “a linguagem dos negócios e as demonstrações contábeis são os canais de comunicação que nos fornecem dados e informações para diagnosticarmos o desempenho e a saúde financeira da empresa”. Dessa forma, a contabilidade utiliza-se das técnicas da análise das demonstrações contábeis que compreendem entre elas as avaliações horizontal, vertical e a análise através de índices para apurar as principais mutações do patrimônio e possíveis falhas que podem estar ocorrendo no dia-a-dia das empresas.

Matarazzo (2003, p. 17) acrescenta ainda que em uma avaliação de dados, “o analista de balanços preocupa-se com as demonstrações financeiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se a empresa vem sendo bem ou mal administrada...” Através desses pontos, é possível ser observado a importância das análises e interpretações das demonstrações fornecidas pela contabilidade, sendo uma ferramenta extremamente útil para o bom desempenho de uma organização.

A Contabilidade tem a função também de fornecer alternativas para solucionar os possíveis problemas que podem estar prejudicando as operações da empresa, beneficiando assim a entidade e seus acionistas/sócios.

A partir disto, se buscou responder o principal questionamento da pesquisa, que compreende a identificação de quais são as contribuições da análise das demonstrações contábeis para tomada de decisões em uma empresa.

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1. ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações financeiras possibilitam uma visão da situação econômica e financeira da empresa, constituindo-se num ponto de partida para análises econômicas e financeiras bem como apoio para a realização do planejamento estratégico e operacional.

Para que se possa analisar as demonstrações financeiras é preciso ter o conhecimento do que representa cada conta ou grupo de contas. A análise das operações de uma empresa pode nos revelar gastos excessivos, falta de controle e ou uma má gestão. Logo, as demonstrações financeiras nos permite levantar informações precisas para tomada de decisões em diversas áreas como no planejamento de vendas, compras, produtos, política financeira, de recursos humanos, resultados alcançados, planos, previsões etc.

A existência dessas informações provenientes das demonstrações contábeis, mantém os usuários em geral, com um bom nível de conhecimento sobre a atividade e situação econômica financeira da empresa.

Conforme afirmação de Gitman, (2002, p.70)

Os relatórios aos acionistas da maioria das grandes sociedades anônimas, também incluem comentários sobre as atividades da empresa, novos produtos, pesquisa e desenvolvimento, e outros assuntos. A maioria das empresas não vê o relatório anual unicamente como uma exigência, mas como um importante veículo para influenciar as percepções dos proprietários acerca da empresa e suas perspectivas futuras. Devido as informações que contém, o relatório aos acionistas pode afetar o risco esperado, o retorno, o preço da ação e, sobretudo, a viabilidade da empresa.

Através da estrutura contábil das demonstrações é que poderemos obter uma avaliação mais aprimorada das empresas.

As Demonstrações Contábeis são compostas pelas seguintes demonstrações :

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1. Balanço Patrimonial;

2. Demonstração do Resultado do Exercício

3. Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido

4. Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.

1.1 BALANÇO PATRIMONIAL

O Balanço Patrimonial procura sintetizar uma posição financeira da empresa em um dado momento, demonstrando todos os bens e direitos da mesma. Comparando assim os ativos através dos bens e direitos que ela possui, com o passivo através das suas obrigações até mesmo os financiamentos para a aquisição de bens e direitos do ativo. A diferença entre o Ativo e o Passivo é igual ao Patrimônio Liquido que demonstra os recursos próprios da empresa que pertencem aos seus sócios.

No Balanço Patrimonial, as contas que são constituídas no Ativo e no Passivo devem ser agrupadas de maneira que facilite o conhecimento para a análise da situação financeira da empresa para isso essas contas são apresentadas em ordem decrescentes de grau de liquidez para o ativo, e de exigibilidade para o passivo

Em outras palavras, Leite (1994, p. 19) afirma:

Que o balanço é uma demonstração que detalha e avalia (pelo custo) as aplicações realizadas por uma empresa em determinado momento e especifica as fontes que financiaram estas aplicações ( recursos de terceiros e recursos próprios que estão alocados, no

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momento considerado, no financiamento das aplicações específicas no Ativo).

O Balanço é uma forma de demonstrar os termos fontes e investimentos de recursos, o que é altamente desejável do angulo da Análise de Balanços, visto que analisar balanços é, em grande parte, avaliar a adequação entre as diversas fontes e os investimentos efetuados.

1.2 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO

Tem por objetivo demonstrar a movimentação da conta de lucros ou prejuízos acumulados, ainda não distribuídos aos sócios titular ou aos acionistas, revelando os eventos que influenciaram a modificação do seu saldo, devendo também revelar o dividendo por ação do capital realizado, essa demonstração é elaborado simultaneamente com o Balanço Patrimonial, demonstrando como se chegou ao lucro ou ao prejuízo, esclarecendo muitas das variações do patrimônio liquido, no período entre dois balanços. O lucro (ou prejuízo) é apurado através das receitas, custos e despesas incorridas pela empresa em determinado período e são apropriados conforme o regime de competência ou seja, independentemente de que esses valores tenham sido pagos ou recebidos.

Matarazzo (1995, p. 47) afirma:

A Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração dos aumentos e reduções causados no Patrimônio Liquido pelas operações da empresa. As receitas representam normalmente aumento no Ativo, através de ingresso de novos elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro proveniente das transações. Aumentando o Ativo, aumenta o Patrimônio Liquido. As despesas representam redução do Patrimônio Liquido, através de um entre dois caminhos possíveis: redução do Ativo ou aumento do Passivo Exigível.

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1.3 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

A DMPL é uma demonstração mais completa e abrangente, apresenta as variações de todas as contas do Patrimônio Liquido durante o exercício social, seja ela proveniente da correção monetária, de aumento de capital, de reavaliação de elementos do ativo, de lucro ou de simples transferência entres contas, relacionadas no grupo do Patrimônio Liquido. Essa demonstração é facultativa na maioria das companhias, mas quando apresentadas, substitui a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) que é uma demonstração onde mostra as retenções de lucros, as distribuições de lucros aos sócios, os ajustes de exercícios anteriores, saldos ainda não destinados. Por esse motivo a DMPL se caracteriza como um elemento complementar do que como peça através da qual se pode obter informações que possibilitam a tomada de decisão, desta forma a DMPL não é analisada conforme o Balanço e a Demonstração do Resultado do Exercício.

Hoji, (2004, p. 268) afirma que,“A DMPL, evidencia os fluxos que impactam os saldos das contas do Patrimônio Liquido. Para fins de publicação, por ser mais abrangente, a DMPL substitui a DLPA, esta sim, obrigatória de acordo com a legislação.”

A elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é facultativa e, de acordo com o artigo 186, parágrafo 2º, da Lei das S/A, a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados poderá ser incluída nesta demonstração.

1.4 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

A Demonstração das Origens e Aplicações e Recursos indica as modificações na posição financeira da empresa de um exercício a outro, evidenciando a origem dos recursos e onde eles foram aplicados permitindo uma

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melhor apreciação para a análise financeira, dando um sentindo mais amplo, permitindo a identificação clara dos fluxos financeiros que aumentaram ou reduziram o capital circulante liquido, indicando suas origens.

Matarazzo (1995, p.52), afirma que “A DOAR visa permitir a análise do aspecto financeiro da empresa, tanto no que diz respeito ao movimento de investimentos e financiamentos quanto relativamente á administração da empresa sob o angulo de obter e aplicar compatívelmente os recursos.”

Portanto, através da DOAR podemos analisar os recursos ao longo de um exercício, como eles foram obtidos,a sua participação nas transações comerciais, e também como foram aplicados novos recursos.

2. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A análise das demonstrações contábeis, amplamente aceita no meio acadêmico e empresarial, é dividida em duas categorias distintas:

Ø Análise Financeira, que possibilita a interpretação da saúde financeira da empresa, seu grau de liquidez e capacidade se solvência.

Ø Análise Econômica, que possibilita a interpretação das variações do patrimônio e da riqueza gerada por sua movimentação.

Tanto a análise financeira quanto a econômica são elaboradas e avaliadas sob vários pontos de vistas distintos, conforme a necessidade e amplitude de cada usuário.

2.1 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL

A comparação dos valores extraídos em determinada data, com aqueles obtidos em períodos anteriores, e o entrosamento desses números com outros e afins, são as duas principais características de análise de uma empresa. Assim à comparação dos números entre si com os diferentes períodos oferecem a situação das demonstrações contábeis. Este processo é representado pela análise horizontal e pela análise vertical.

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A análise horizontal consiste na comparação entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes períodos. É essencialmente um método de análise temporal. A análise horizontal pode ser feita de acordo com o cálculo das variações em relação à um ano base, desta forma é chamada de análise horizontal encadeada, e sendo em relação ao ano anterior, será denominada análise horizontal anual.

Segundo Hoji (2004, p. 279) “a análise horizontal tem a finalidade de evidenciar a evolução dos itens das demonstrações contábeis por períodos. Calculam-se os números – índices estabelecendo o exercício mais antigo como índice base 100. Pode se calcular também, os aumentos anuais.”

Na visão de Matarazzo (2007, p. 250) “a análise horizontal mostra a evolução de cada conta das demonstrações sobre a evolução da empresa”.

Já a análise vertical abrange os valores percentuais das demonstrações financeiras. Portanto calcula-se o percentual de cada conta em relação a um valor base. Podemos tomar como exemplo a análise vertical do balanço patrimonial de uma empresa, calcula se o percentual de cada conta em relação ao total do seu ativo.

A análise vertical facilita a avaliação da estrutura do ativo e do passivo, e interage cada item da demonstração de resultado na formação do lucro ou prejuízo. Já nas demonstrações de resultados, calcula se o percentual de cada conta em relação às vendas. Neste caso podemos afirmar que a análise vertical também é uma técnica comparativa.

Para Matarazzo (2007, p. 249),“ a análise vertical mostra a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores, permitir inferir se há itens fora das proporções normais”.

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É recomendável que a análise vertical e horizontal sejam usadas combinadas. Não devemos tirar decisões e respostas somente da análise horizontal, pois mesmo apresentando variações de 2000% pode continuar sendo um item irrelevante dentro da demonstração financeira a que faz parte. E por isso, devemos trabalhar com a análise horizontal e com a análise vertical para que nossas conclusões e respostas sejam baseadas nestas duas ferramentas, analisadas e combinadas simultaneamente, em uma só técnica de análise onde denominamos análise vertical/horizontal (MATARAZZO, 2007, p. 248).

2.2 ANÁLISE POR ÍNDICES

A análise das demonstrações contábeis por índices consiste na confrontação entre os diversos grupos ou contas patrimoniais e de resultado de forma que se estabeleça uma relação lógica que possibilite a mensuração da situação econômica e financeira da empresa.

Matarazzo (2003, p. 249) faz uma comparação entre a análise através de índices financeiros e a vertical/horizontal:

A análise através de Índices Financeiros é genérica; relaciona grandes itens das demonstrações financeiras e permite dar uma avaliação à empresa. A analise Vertical/Horizontal desce a um nível de detalhes que não permite essa visão ampla da empresa, mas possibilita localizar pontos específicos de falhas, problemas e características da empresa e explicar os motivos de a empresa estar em determinada situação.

A técnica da análise por quociente é um dos processos mais importantes desenvolvidos pela Contabilidade, já que possibilita uma avaliação dos demonstrativos contábeis e as mutações ocorridas no patrimônio de determinada entidade, tanto em suas atividades operacionais quanto na composição de endividamento da empresa.

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Os índices são divididos em Financeiros e Econômicos.

2.2.1 Índices Financeiros

Os Índices Financeiros são aqueles que evidenciam a situação financeira da Empresa.

2.2.1.1 Índices de Liquidez

Matarazzo (2003, p. 147) conceitua o índice de liquidez como “a relação entre contas ou grupo de contas das Demonstrações Financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa”.

É acrescentado ainda pelo autor que os índices de liquidez são extraídos do confronto dos ativos circulantes com as dívidas, buscando através desses indicadores medir o quanto é sólida, estável a situação financeira de uma empresa.

Estes grupo é composto pelos índices de liquidez imediata, liquidez corrente, liquidez seca e liquidez geral.

* Índice de Liquidez Imediata

Este índice representa o valor de quanto se dispõe imediatamente para saldar as dívidas de curto prazo.

Também pode ser chamado de índice de liquidez absoluta ou instantânea. É ainda mais restritivo do que o índice de liquidez seca, pois confronta apenas as disponibilidades (Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras de resgate imediato) com o total do passivo circulante.

* Índice de Liquidez Corrente

Este índice relaciona quantos reais dispõem-se, imediatamente e conversíveis em curto prazo em dinheiro, com relação às dívidas de curto prazo.

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De acordo com Carleto e Souza (s/d, p.86) “Leva em consideração apenas os ativos e passivos de curto prazo (circulante) e estabelece a capacidade de pagamento no período de um ano, sendo portanto mais preciso que o índice de liquidez geral”.

* Índice de Liquidez Seca

Esta é uma variante muito adequada para se avaliar conservadoramente a situação de liquidez da empresa. Confronta o ativo circulante com o passivo circulante, porém o ativo circulante não é considerado na sua totalidade. Os estoques são subtraídos. Esta subtração é uma forma de eliminar riscos de realização desse ativo. Podemos considerá-lo como um índice mais rígido e até com excesso de conservadorismo, pois os estoques foram avaliados adequadamente.

* Índice de Liquidez Geral

Este índice detecta a saúde financeira de longo prazo do empreendimento. Confronta o total de ativos circulantes e realizável a longo prazo com o total dos passivos também circulante e de longo prazo.

Pode-se considerar que esse índice representa quanto a empresa possui de ativo circulante + realizável a longo prazo para cada unidade monetária de obrigação total.

A principal restrição que se faz a esse índice é a de que a inclusão dos ativos e dos passivos de longo prazo o torna menos preciso, uma vez que os prazos de realização dos ativos de longo prazo podem ser diferentes dos prazos dos vencimentos dos passivos de longo prazo. (CARLETO; SOUZA, s/d, p. 86).

No geral, pode-se dizer que a liquidez de uma empresa esta ligada a capacidade que a mesma possui de ser lucrativa, das decisões estratégicas com relação a aplicação de dinheiro, empréstimos e também pela boa administração de seu ciclo financeiro como um todo.

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2.2.1.2 Índices de Estrutura ou Endividamento

Estes índices relacionam as fontes de fundos entre si, procurando retratar a posição relativa do capital próprio com relação ao capital de terceiros. São quocientes de muita importância, pois indicam a relação de dependência da empresa no que se refere ao capital de terceiros. Os índices de estrutura ou endividamento avaliam a composição e a aplicação dos recursos da empresa.

Ø Índice de Participação do Capital de Terceiros (Endividamento)

Estabelece uma relação entre o que a empresa deve a terceiros (passivo circulante e exigível a longo prazo) e o dinheiro dos sócios investidos na empresa, decorrendo o capital próprio (patrimônio líquido = capital próprio).

Ø Índice de Composição do Endividamento

Indica a concentração dos recursos de terceiros devidos a curto prazo. Confronta o passivo circulante com o total de capital de terceiros.

Ø Índice de Endividamento Geral

Retrata a posição relativa do capital próprio com relação ao capital de terceiros. Evidencia a participação do capital de terceiros em relação ao total do passivo.

Ø Imobilização do Patrimônio Líquido

As aplicações dos recursos do Patrimônio Líquido são mutuamente exclusivas do Ativo circulante e Ativo Imobilizado. Quanto mais a empresa investir no Ativo permanente, menos recursos próprios sobrarão para o Ativo Circulante, e, em conseqüência, maior será a dependência a capitais de terceiros para o financiamento do Ativo Circulante.

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Ø Imobilização dos Recursos Não Correntes

Os elementos do Ativo Permanente têm vida útil que pode ser de 2, 5, 10 ou 50 anos. Assim, não é necessário financiar todo o Imobilizado com recursos próprios. É perfeitamente possível utilizar recursos de longo prazo, desde que seja suficiente para a empresa gerar recursos capazes de resgatar as dívidas do longo prazo. Este índice não deve em regra ser superior a 100%. Ainda que a empresa quase tenha necessidade de Ativo Circulante (como é o caso das transportadoras), deve sempre existir um pequeno excesso de Recursos não correntes em relação ás imobilizações, destinado ao Ativo Circulante.

2.2.2 Índices Econômicos

Os Índices Econômicos são aqueles que indicam margens de lucro (rentabilidade), de retorno do capital investido, velocidade das operações realizadas, entre outros. Estão subdivididos em:

2.2.2.1Índices de Rentabilidade ou de Retorno

Os índices de retorno indicam basicamente o lucro da empresa com relação aos custos e despesas realizados para sua obtenção e aos volumes de investimentos necessários e de recursos disponíveis. Normalmente são indicados em percentuais.

Ø Margem Bruta

Relaciona o lucro bruto com as vendas líquidas. Evidencia basicamente o percentual das vendas líquidas que não foi consumido pelos custos de produção ou de aquisição das mercadorias e serviços. Segundo Carleto e Souza (s/d, p. 92). “É utilizada para o controle dos custos e avalia a capacidade dos setores produtivos das empresas industriais e prestadoras de serviços e de compras e armazenamento das empresas comerciais”.

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Ø Margem Operacional

Confronta o lucro operacional com as vendas líquidas. Será voltada para o controle do volume das despesas operacionais e para medida do desempenho dos setores de administração e de vendas.

Ø Margem Líquida

Confronta o lucro líquido do período com as vendas líquidas. Nessa margem, além do resultado financeiro, também são incluídos os resultados não-operacionais.

Indica o quanto restou da receita gerada pela empresa após a dedução de todos os custos, gastos e despesas incorridos pela empresa. Será a margem de lucro sobre as vendas. Estabelece o percentual de lucro líquido em cada unidade monetária vendida.

Ø Índice de Rentabilidade do Ativo

Confronta o lucro líquido com o ativo total médio (cabe ressaltar que o ativo total médio pode ser obtido pela soma do total do ativo do ano “x” + total do ativo do ano “n-1” dividido por 2). No ativo encontramos os recursos materiais, logísticos e monetários necessários para o desempenho das atividades da empresa.

Observe que se necessita do valor do ativo médio, que será obtido por meio da soma dos ativos em dois períodos, dividida por dois. Considera-se que o Balanço Patrimonial é uma demonstração estática e a DRE é dinâmica. O lucro foi sendo formado no decorrer de um período e, consequentemente, o ativo foi se modificando entre esses dois períodos. O ideal seria que se dispusesse dos valores dos ativos a cada mês e assim fosse calculada a média do ativo nos doze meses de formação do lucro presente na DRE. A média visa eliminar distorções do tamanho do ativo que estava à disposição para se obter o lucro do período.(CARLETO;SOUZA, s/d, p.94)

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Ø Índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido

Confronta o lucro líquido do período com o patrimônio líquido médio (destaca-se que o valor do patrimônio liquido total médio pode (destaca-ser obtido pela soma do total do PL do ano “x” mas o total do PL do ano “X-1” dividido por 2). Fornece a medida de rentabilidade do investimento dos proprietários, sócios ou acionistas na empresa. Ou seja, quanto rendeu no ano o valor que os sócios mantiveram investido na empresa. Indica o percentual que o lucro liquido representa para cada unidade monetária de patrimônio liquido.

2.2.2.2 Índices de Rotação ou de Giro

Os índices de rotação ou de giro são aqueles que informam a velocidade com que os recursos disponíveis são aplicados.

Ø Índice de Giro do Ativo Total

Confronta as vendas líquidas com o ativo total. Indica a eficiência de utilização dos recursos totais (ativo de curto e de longo prazo) aplicados para se obter as vendas. Representa quanto foi vendido para cada unidade monetária de investimento total.

Ø Índice de Giro do Ativo Médio

Confronta as vendas líquidas com o ativo total médio (logo o ativo total médio pode ser obtido pela soma do total do ativo do ano “x” + total do ativo do ano “x-1” dividido por 2), obtido pela soma do ativo no início do período com o ativo do final do período. Indica a eficiência de utilização dos recursos totais médios (ativos de curto e de longo prazo) aplicados para se obter as vendas. Representa quanto foi vendido para cada unidade monetária de investimento total médio.

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Ø Giro do Patrimônio Líquido

Confronta as vendas líquidas com o patrimônio líquido. Indica a movimentação do patrimônio líquido em relação às vendas realizadas no ano. Estabelece quanto foi vendido para cada unidade monetária de patrimônio liquido.

Ø Giro do Ativo Permanente

Confronta o ativo permanente com as vendas líquidas. Mede a eficiência de utilização do ativo permanente na obtenção de receita. Indica quanto foi vendido para cada unidade monetária de recursos permanente.

2.2.2.3 Prazos Médios

São índices que podem ser dados em número de vezes de renovação do item ou em dias.

Ø Prazo Médio de Renovação de Estoques

Compara o CMV ou o CPV com o volume de estoques médios – (estoque inicial + estoque final) / 2. Procura-se representar quantas vezes se renovou o estoque devido às vendas. Quanta vezes o estoque foi renovado e o número de dias de estocagem médio.

Ø Prazo Médio de Recebimento de Clientes

Este índice confronta as vendas a prazo com o saldo médio das contas a receber de clientes. Indica o prazo médio de recebimento das duplicatas. Quantas vezes o volume de duplicatas a receber foi renovado e o número de dias, em média, para recebimento.

Ø Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores

Confronta as compras a prazo com o saldo médio de duplicatas a pagar a fornecedores. Indica o prazo médio que as compras a prazo foram pagas. Indica

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quanta vezes o volume de duplicatas a pagar foi renovada e o número de dias, em média, para pagamento.

Ø Posicionamento Relativo

Conforme Carleto e Souza (s/d, p. 98) “É a conjugação do prazo médio de estocagem mais o prazo médio de recebimentos de clientes com o prazo médio de pagamento a fornecedores”.

Por intermédio desse indicador, a empresa sabe se esta financiando as operações de seus clientes ou se esta sendo financiada por seus fornecedores. Interpretação: Quanto mais próximo do equilíbrio (=1), melhor, ou seja, se a empresa recebe o valor das vendas antes ou depois do pagamento das duplicatas aos fornecedores.

2.3 Economic value added – EVA

Não se deve olhar somente para o lucro, pois os acionistas querem saber se o seu capital foi bem investido, com isso o EVA é um método no qual calcula se o capital investido está sendo devidamente remunerado.

Os índices convencionais ignoram este parâmetro, com isso, estamos vendo crescer o número de empresas que medem o seu resultado por este indicador, o EVA. De acordo com Iudícibus (2007, p.228): “Ele é a versão moderna do lucro, pois em resumo, o EVA é o lucro operacional menos o custo do capital investido”.

O EVA é uma medida de avaliação de desempenho que considera todos os custos de operação, inclusive os de oportunidade. Ele representa o resultado operacional depois dos impostos da companhia, menos os encargos pela utilização do capital de terceiros e de acionistas, e mede quanto foi gerado a mais em relação ao retorno mínimo exigido pelos fornecedores de capital da organização.

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2.4 Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization

(EBITDA) – ou Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA)

O procedimento para calcular o EBITDA é inteiramente livre de regulamentação. As medições não baseadas em normas contábeis são definidas como aquelas que incluem ou excluem montantes não previstos nas medições econômicas associadas às normas contábeis mais diretamente comparáveis.

Esses ajustes pretendem refletir a visão da administração sobre a geração de recursos pela companhia, mas devem, também, estabelecer uma relação com as medições previstas nas normas contábeis. Como por exemplo, a companhia, ao divulgar uma medição semelhante ao LAJIDA ou EBITDA, deve estabelecer uma reconciliação com a medição econômica baseada nas normas contábeis mais diretamente comparável com o Lucro Operacional.

3. A Importância da Análise das Demonstrações Contábeis para Evidenciar a Situação Econômica e Financeira das Organizações

A análise das demonstrações contábeis tem por objetivo observar e confrontar os elementos patrimoniais e os resultados das operações, visando ao conhecimento minucioso de sua composição qualitativa e de sua expressão quantitativa, de modo a revelar os fatores antecedentes e determinantes da situação atual, e, também, a servir de ponto de partida para delinear o comportamento futuro da empresa.

Tanto mais eficiente será a análise quanto melhor for o conhecimento do analista a respeito das operações da empresa analisada, conhecimento este em que se entende a política administrativa em todos seus aspectos, internos e externos.

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A interpretação dos elementos obtidos nas análises, a partir das Demonstrações Contábeis, faz com os valores ali contidos deixem de ser apenas um conjunto de dados e passem a ter valor como informação.

Conforme afirma Braga:

O objetivo da análise das demonstrações contábeis como instrumento de gerência consiste em proporcionar aos administradores da empresa uma melhor visão das tendências dos negócios, com a finalidade de assegurar que os recursos sejam obtidos e aplicados, efetiva e eficientemente, na realização das metas da organização. A atividade administrativa deve ser desenvolvida em conexão com as informações contábeis, com vistas aos aspectos de planejamento, execução, apuração e análise do desempenho. (BRAGA, 1999, p.166)

Considera-se que a análise das demonstrações contábeis é uma arte, pois, embora existam cálculos razoavelmente formalizados, não existe forma científica ou metodologicamente comprovada de relacionar os índices de maneira a obter um diagnóstico preciso. Cada analista poderia, com o mesmo conjunto de informações e de quocientes, chegar a conclusões ligeiras ou até completamente diferenciadas. É provável, todavia, que dois analistas experimentados, conhecendo igualmente bem o ramo de atividade da empresa, cheguem a conclusões bastante parecidas (mas nunca idênticas) sobre a situação atual da empresa, embora quase sempre apontariam tendências diferentes, pelo menos em grau, para o empreendimento.

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CONCLUSÃO

Com as Demonstrações Contábeis e utilizando-se dos índices financeiros e econômicos é possível evidenciar a situação econômica e financeira de toda e qualquer organização. Cabe ressaltar que comparando períodos, é possível uma melhor avaliação do que ocorreu, com mais consistência das informações que serão úteis para tendências futuras. Desta forma, a organização analisa quais características e variáveis lhe são peculiares e o que precisa para chegar à fase seguinte, sendo assim, ela estará dispondo de mais um instrumento que possa lhe dar segurança no processo de gestão empresarial, possibilitando conhecer o ciclo de vida da empresa a fim de que todas as decisões nela tomadas sejam consistentes e capazes de conduzir a organização ao objetivo desejado.

A interpretação dos elementos obtidos nas análises faz com que as demonstrações deixem de ser apenas um conjunto de dados e passem a ter valor como informação, permitindo ao usuário a avaliação da situação da organização, e assim utilizá-la como suporte para decisões futuras, visando sempre o objetivo da entidade e a minimização de riscos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Referências

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