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Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores. da Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores

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Academic year: 2021

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AD\1046820PT.doc PE539.870v02-00

PT

Unida na diversidade

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PARLAMENTO EUROPEU 2014 - 2019

Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores

2014/2158(INI) 23.1.2015

PARECER

da Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores

dirigido à Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários

sobre o Relatório Anual sobre a Política de Concorrência da UE (2014/2158(INI))

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PE539.870v02-00 2/7 AD\1046820PT.doc

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AD\1046820PT.doc 3/7 PE539.870v02-00

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SUGESTÕES

A Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores insta a Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões na proposta de resolução que aprovar:

1. Salienta que o combate à fragmentação do mercado único digital, através, nomeadamente, da investigação da natureza das barreiras existentes ao acesso a setores-chave desse mercado, da garantia de uma Internet aberta e da consagração da neutralidade da rede na legislação da UE, por forma a assegurar que todo o tráfego na Internet seja tratado se forma equitativa, sem discriminação, restrição ou interferência, é essencial para revitalizar a concorrência e estimular o crescimento, a competitividade e a confiança dos

consumidores no setor digital; entende que a existência de normas abertas e de

interoperabilidade contribuem para uma concorrência leal; realça que é necessário que a política da concorrência resista à prova do tempo e tenha em conta novas formas de venda em linha;

2. Salienta que os esforços no sentido de fomentar a concorrência livre e justa, incluindo através do desenvolvimento do mercado interno digital, bem como outros aspetos do setor dos serviços, deveriam sempre servir os interesses dos consumidores e das PME; reafirma que esses esforços incrementarão a gama de escolha para os consumidores e propiciarão um clima em que as PME e as microempresas poderão dar provas de maior inovação e criatividade; entende que a realização de ações rápidas pelas entidades reguladoras e autoridades de aplicação contra práticas enganadoras e desleais é essencial para a aplicação da política de concorrência;

3. Assinala que os mercados de busca em linha e da publicidade revestem enorme

importância para assegurar condições de concorrência no mercado único digital; exorta, por conseguinte, a Comissão a aplicar plenamente as regras da concorrência e a fazer face às preocupações em matéria de concorrência existentes nesses mercados, tendo em conta toda a estrutura do mercado único digital e lançando mão de todos os instrumentos existentes para melhorar a situação competitiva, de molde a encontrar soluções que satisfaçam todas as partes; considera que os abusos de posição dominante, decorrentes das chamadas "vantagens dos precursores", e os efeitos de rede no sector digital, em particular nos novos serviços digitais entre pares, deveriam ser objeto de um acompanhamento mais atento;

4. Salienta, a este respeito, que a concorrência leal não significa apenas que não devem ocorrer abusos do poder de mercado, mas também que deve existir um número suficiente de operadores no mercado e que os mercados devem continuar abertos a novos

operadores; solicita, por conseguinte, à Comissão que investigue a natureza das barreiras existentes ao acesso a setores-chave do mercado único digital;

5. Acolhe com viva satisfação os compromissos assumidos pela Comissária Vestager na sua audição perante o Parlamento, nomeadamente no que respeita a uma cooperação mais estreita com o Parlamento; congratula-se com a sua observação segundo a qual a proteção contra a distorção da concorrência e abusos de posição dominante na economia digital são, em última análise, vantajosas para os consumidores; respeita a independência dos

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procedimentos e decisões anti-trust da Comissão, incluindo em relação a denúncias; salienta a necessidade de uma maior transparência por parte das autoridades responsáveis pela aplicação das regras de concorrência e das normas de proteção de dados;

6. Considera que a política de concorrência da União não deve ser aplicada em detrimento das outras políticas; exorta a União e os Estados-Membros a incentivarem o

desenvolvimento de líderes europeus a nível mundial nos setores portadores de crescimento, como o setor digital;

7. Insta os Estados-Membros a aplicarem, em tempo útil, as novas regras da UE em matéria de contratos públicos, incluindo as disposições relativas a critérios ligados ao objeto do contrato, incluindo caraterísticas sociais, ambientais e inovadoras, e à administração em linha, à contratação pública eletrónica e à divisão em lotes, de modo a incentivar a

concorrência leal e assegurar a opção economicamente mais vantajosa para as autoridades públicas; exorta a Comissão a assegurar ao máximo a respetiva aplicação, com vista a fazer face a distorções de concorrência causadas por manipulação de concursos, abusos de posição dominante, discriminação e inexistência de acesso para PME; exorta a Comissão a alicerçar a sua ação num quadro global estabelecendo uma articulação entre a política da concorrência da União na Europa e a defesa da abertura dos mercados de contratação pública fora da UE;

8. Frisa a importância de uma orientação pormenorizada e clara da Comissão para as empresas, nomeadamente as PME, e para as autoridades públicas, a fim de facilitar a sua compreensão da legislação recentemente adotada em matéria de contratos públicos e, em particular, das novas flexibilidades proporcionadas;

9. Insta a Comissão a acompanhar cuidadosamente a centralização das aquisições em mercados de contratos públicos, de forma a evitar a concentração excessiva de poder de aquisição e as situações de conluio, bem como a preservar as oportunidades de acesso ao mercado para as PME, em conformidade com a Small Business Act (Lei das Pequenas Empresas) europeia;

10. Convida a Comissão a, na sua contratação pública através das suas Direcções-Gerais e agências, aumentar as adjudicações através de contratos de baixo valor e contratos acima de 193 000 euros, em vez de, quase exclusivamente, utilizar os contratos-quadro, que consubstanciam barreiras à abertura do mercado da contratação pública às PME europeias, favorecendo apenas as grandes empresas e consórcios localizados junto dos centros de decisão;

11. Saúda a adoção da diretiva relativa a ações de indemnização em matéria de anti-trust, com vista a dar acesso a compensação às vítimas de infrações da legislação da UE no domínio anti-trust; considera essencial a aplicação atempada e adequada desta diretiva para avaliar o seu efeito positivo pretendido no aumento do acesso à ação judicial por parte das PME e dos consumidores individuais; salienta que o acesso à justiça neste domínio e, se

necessário, a disponibilidade de uma ação coletiva são essenciais para concretizar os objetivos da política de concorrência da UE; exorta a Comissão a monitorizar

cuidadosamente a aplicação desta diretiva pelos Estados-Membros e a zelar por que as normas sejam uniformemente aplicadas em toda a União;

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PT

12. Chama a atenção para a incerteza persistente em muitos Estados-Membros quanto a saber

se o apoio concedido aos centros europeus do consumidor é considerado auxílio estatal indevido; receia que isso ponha em risco as ajudas atribuídas aos centros europeus do consumidor; insta a Comissão a informar o mais rapidamente possível os

Estados-Membros da necessidade de notificar tais ajudas, para continuar a assegurar os serviços de apoio prestados por estes centros;

13. Congratula-se com o Livro Branco intitulado «Rumo a um controlo mais eficaz das concentrações da UE», destinado a melhorar e a simplificar procedimentos; considera que a existência de instrumentos eficazes de resposta às distorções de concorrência é

fundamental para o funcionamento do mercado único e, em última análise, beneficia os consumidores; entende que, embora a aquisição de participações minoritárias sem direito de controlo possa, em alguns casos, ser prejudicial para a concorrência, é necessário encontrar um equilíbrio adequado entre a resposta às distorções de concorrência e a criação de encargos excessivos para as empresas;

14. Considera que a falta de concorrência nas indústrias de rede requer uma abordagem mais coordenada entre a ação política e regulatória, a aplicação da legislação anti-trust e os investimentos, tanto públicos como privados, na infraestrutura; felicita a intenção da Comissão de enfrentar os desafios que persistem no mercado da energia; salienta, neste contexto, a importância da concorrência leal e da aplicação das regras da concorrência por contribuírem para a sustentabilidade, a competitividade e a segurança do abastecimento; 15. Congratula-se com o acórdão do TJUE, de 11 de setembro de 2014, sobre comissões

anticoncorrenciais cobradas pelo uso de cartões de crédito, bem como o êxito das ações tomadas pela Comissão para garantir que os processos de uniformização no setor dos pagamentos não afetassem a entrada e a inovação no mercado; reitera a sua posição, segundo a qual devem ser estabelecidos limites para a cobrança de comissões pelo uso de cartões bancários, a fim de reduzir custos desnecessários para os consumidores; neste contexto, exorta a Comissão a acelerar o processo de inventariação do trabalho de uniformização para pagamentos móveis, certificando-se simultaneamente de que nada é feito para excluir novos operadores ou favorecer operadores com uma posição dominante e de que o quadro regulamentar é tecnologicamente neutro, para facilitar futuros avanços tecnológicos;

16. Sublinha a dimensão do mercado único da política de concorrência, resultante das disposições do Tratado, bem como a importância da proteção do consumidor na

configuração da política de concorrência; exorta a atual Comissão a prosseguir o diálogo estruturado que o anterior colégio encetou com o Parlamento Europeu;

17. Reitera o facto de ser necessário um mercado único competitivo para estimular o crescimento e criar empregos de qualidade na Europa; salienta que a política de concorrência é um domínio fundamental em que a Europa pode trazer mais benefícios para os seus cidadãos, tornando o mercado único mais eficiente;

18. Realça que a política de concorrência desempenha um papel fundamental no reforço da abordagem holística do mercado único destinada a dar resposta aos desafios económicos, sociais e ambientais da Europa; insta a Comissão a respeitar verdadeiramente as

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PE539.870v02-00 6/7 AD\1046820PT.doc

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no centro do processo decisório, para que as políticas de concorrência propostas possam gerar valor acrescentado para os cidadãos europeus;

19. Congratula-se com a iniciativa da Comissão contra as empresas internacionais de aluguer de automóveis, que visa pôr cobro às práticas que impedem os consumidores de acederem aos melhores preços possíveis com base no seu país de residência; frisa que os

consumidores não devem ser impedidos de usufruir dos melhores preços disponíveis na aquisição de bens ou serviços no mercado único.

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AD\1046820PT.doc 7/7 PE539.870v02-00

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RESULTADO DA VOTAÇÃO FINAL EM COMISSÃO

Data de aprovação 22.1.2015

Resultado da votação final +:

–: 0:

34 1 2 Deputados presentes no momento da

votação final

Dita Charanzová, Carlos Coelho, Anna Maria Corazza Bildt, Daniel Dalton, Nicola Danti, Dennis de Jong, Pascal Durand, Vicky Ford, Ildikó Gáll-Pelcz, Evelyne Gebhardt, Maria Grapini, Sergio Gutiérrez Prieto, Eduard-Raul Hellvig, Robert Jarosław Iwaszkiewicz, Liisa Jaakonsaari, Philippe Juvin, Jiří Maštálka, Eva Paunova, Jiří Pospíšil, Marcus Pretzell, Robert Rochefort, Virginie Rozière, Christel Schaldemose, Andreas Schwab, Olga Sehnalová, Igor Šoltes, Ivan Štefanec, Catherine Stihler, RóŜa Gräfin von Thun und Hohenstein, Mylène Troszczynski, Anneleen Van Bossuyt, Marco Zullo Suplentes presentes no momento da

votação final

Lucy Anderson, Pascal Arimont, Kaja Kallas, Roberta Metsola, Marc Tarabella

Referências

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