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A concessão dos aeroportos: pontos positivos e negativos para a economia brasileira

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UNIVERSIDADEDOSULDESANTACATARINA CAROLINEGRAZIELLEDECARVALHOCOSTA

A CONCESSÃO DOS AEROPORTOS: PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS PARA A ECONOMIA BRASILEIRA

Palhoça 2019

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2 UNIVERSIDADEDOSULDESANTACATARINA

CAROLINEGRAZIELLEDECARVALHOCOSTA

A CONCESSÃO DOS AEROPORTOS: PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS PARA A ECONOMIA BRASILEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de graduação em Ciências Aeronáuticas, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciências Aeronáuticas.

Profa. Dra. Conceição Aparecida Kindermann

Palhoça 2019

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3 CAROLINEGRAZIELLEDECARVALHOCOSTA

A CONCESSÃO DOS AEROPORTOS: PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS PARA A ECONOMIA BRASILEIRA

Este trabalho de conclusão de curso foi julgado adequado à obtenção do título de Bacharel em Ciências Aeronáuticas e aprovado em sua forma final pelo Curso de Graduação em Ciências Aeronáuticas da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Tubarão, 11 de junho de 2019.

______________________________________________________ Profa. Orientadora Conceição Aparecida Kindermann, Dra.

Universidade do Sul de Santa Catarina

_____________________________________________________ Prof. Cleo Marcus Garcia, MSc (Avaliador)

(4)

4 Dedico à minha mãe, Maria das Graças de Carvalho Costa, que até no seu último sopro de vida pediu para não desistir da faculdade, sempre com palavras sábias, palavras de conforto e de muito apoio. Também, ao meu noivo, Heyder Francisco da Silva, pelo apoio e paciência, em alguns momentos que não dava atenção, e à minha amiga Cristiane Lehnen que ajudou com livros e dicas.

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5

AGRADECIMENTOS

Agradeço em 1º lugar a Deus, nosso Pai, que em sua forma sempre esteve presente, dando sua força, crença, sabedoria e perseverança para não desistir desta conquista. Escutando minhas orações mais básicas, que nos dê saúde, pois sem ela não somos nada e não faremos nada e para com isso darmos continuidade na caminhada da vida, para alcançar nossos objetivos e vitórias.

À minha mãe, que em 5 meses ficou doente e faleceu. Quando a informei que iria sair do emprego e trancar a faculdade, para ajudá-la em seu tratamento, ela tão esperançosa e ao mesmo tempo sábia, pediu para não desistir de nada e que deveria entregar nas mãos de Deus que tudo seria resolvido, 1 mês antes de minha transferência de base para estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, ela se foi, porém continuei sozinha mesmo com toda a dor em meu coração, fui perseverante em uma cidade e estado totalmente diferente, vida nova, ambiente novo, empregada e continuando minha faculdade graças a Deus e a minha mãe.

Ao meu amado noivo, que conheci nesta cidade que me acolheu tão bem, teve paciência mesmo quando estava muito estressada com meu computador que dava problemas e quando passava minha única folga, fazendo meu projeto e o TCC. Dando apoio e incentivo em todos os dias da minha vida.

À minha amiga Cristiane Lehnen que passou no concurso no Tribunal de Contas justamente em Belo Horizonte, ajudou-me com livros e artigos, que só possuía na biblioteca do Tribunal, para desenvolver meu trabalho.

Aos professores e, em especial, minha orientadora Conceição Aparecida Kindermann pela paciência e confiança.

À Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul e a toda sua equipe por proporcionar este curso a distância e recursos oferecidos a nós aeronautas e pela oportunidade de concluir este curso.

(6)

“Amplia-se cada vez mais a influência da gongórica, patriotiqueira, tonitruante e bestialógica liquidação do Brasil pelos que, à força de amá-lo, deixam-no morrer à míngua”.

(7)

7 RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo geral compreender a importância da concessão dos aeroportos no Brasil para reestruturação econômica da aviação. Caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica e documental, com abordagem qualitativa, por meio de livros, artigos, reportagens, regulamentos e leis. Os principais autores são Fernandes e Pacheco (2016), Mânica e Menegat (2017). Os órgãos que servirão de base para este estudo serão: O ICAO- Internacional Civil Aviation Organization e ANAC- Agência Nacional de Aviação Civil. Respondendo a pergunta do problema, a concessão veio com intuito de alavancar o setor de aviação e principalmente o mercado financeiro, reestruturar a economia brasileira através de resoluções mais eficientes juntamente com a combinação do setor privado e governamental, melhorando a eficiência operacional, ou seja, analisando o melhor caminho de cortar as despesas e aumentar as receitas, visando a atender as necessidades de seus desfrutadores. É importante pensar quanto precisamos de urgência para reformar e reinventar no campo econômico e no campo social. Mudanças, estratégias para uma grande reforma no Estado para que possam dar mais credibilidade ao povo brasileiro, não basta só o crescimento econômico e sim juntamente o desenvolvimento econômico, germinar a melhora sustentável do padrão de vida, pois, cada vez mais os brasileiros estão cobrando por produtos melhores, serviços com qualidades, que sejam mais satisfatórios em suas vidas, ou seja, qualidade de vida mais favorável para todos.

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8 ABSTRACT

This research had as general objective to understand the importance of the privatization of the airports in Brazil for the economic restructuring of aviation. It is characterized as a bibliographical and documentary research, with a qualitative approach, through books, articles, reports, regulations and laws. The main authors are Fernandes and Pacheco (2016), Mânica and Menegat (2017). The bodies that will serve as a basis for this study will be: The ICAO - International Civil Aviation Organization and ANAC - National Civil Aviation Agency. Responding to the question of the problem, privatization came with the intention of leveraging the aviation sector and especially the financial market, restructure the Brazilian economy through more efficient resolutions along with the combination of the private and governmental sectors, improving operational efficiency, analyzing the best way to cut expenses and increase revenues, in order to meet the needs of its enjoyers. It is important to think about how urgently we need to reform and reinvent in the economic and social fields. Changes, strategies for a major reform in the State so that they can give more credibility to the Brazilian people, it is not enough just the economic growth, but together the econo mic development, to germinate the sustainable improvement of the standard of living, since, more and more Brazilians are charging for better products, services with qualities that are more satisfactory in their lives, that is, quality of life more favorable for all.

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9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – A estrutura etária da população no Brasil...22

Figura 2 – O envelhecimento populacional do Brasil...22

Figura 3 – Taxa de natalidade e mortalidade no Brasil...23

Figura 4 – Movimento dos aeroportos brasileiros nacionais e internacionais...37

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10 LISTADEABREVIATURAS

ABAG Associação Brasileira de Aviação Geral ABEAR Associação Brasileira das Empresas Aéreas ACFT AD AIS ANAC ANVISA AOCI CENIPA CBA CLT COMAER DAC DECEA DPF DR FNAC FAA IAC IATA IBGE ICAA ICAO INFRAERO ONU PDAR PIB PPI PND Aeronave Aeródromo

Serviços de Informação Aeronáutica Agência Nacional de Aviação Civil Agência Nacional de Vigilância Sanitária Airport Operators Council Internacional

Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos Código Brasileiro de Aeronáutica

Consolidação das Leis do Trabalho Comando da Aeronáutica

Departamento de Aviação Civil

Departamento de Controle do Espaço Aéreo Departamento de Polícia Federal

Diretoria de Rotas Aéreas

Fundo Nacional da Aviação Civil Federal Aviation Administration Instrução de Aviação Civil

Internacional Air Transport Association Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Internacional Civil Airports Association Internacional Civil Aviation Organization

Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária Organização das Nações Unidas

Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional Produto Interno Bruto

Programa de Parceria de Investimentos Programa Nacional de Desestatização

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11 RF SAC SDA SNA VIGIAGRO VARIG VASP Receita Federal

Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República Secretaria de Defesa Agropecuária

Sindicato Nacional dos Aeroviários Vigilância Agropecuária Internacional Viação Aérea Rio-Grandense S.A. Viação Aérea São Paulo S.A.

(12)

12 SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 13

1.1. PROBLEMA DA PESQUISA ... 15

QUAL A IMPORTÂNCIA DA CONCESSÃO PARA REESTRUTURAÇÃO DO SETOR DE AVIAÇÃO E NO MERCADO FINANCEIRO NO BRASIL? ... 15

1.2. OBJETIVOS... 15

1.2.1. Objetivo geral ... 15

1.2.2. Objetivos específicos ... 15

1.3. JUSTIFICATIVA ... 16

1.4. METODOLOGIA ... 17

1.4.1. Natureza da pesquisa e tipo de pesquisa ... 17

1.4.2. Materiais e métodos ... 17

1.4.3. Procedimentos de coleta de dados ... 18

1.4.4. Procedimentos de análise dos dados ... 18

1.5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ... 19

2. CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA E O CRESCIMENTO ECONÔMICO ... 20

3. ENTRADA DO LIBERALISMO, INÍCIO DAS PRIVATIZAÇÕES NO BRASIL E A LEI QUE FOI PROCLAMADA ... 24

4. UM POUCO DA HISTÓRIA DA AVIAÇÃO CIVIL E SUA REGULAMENTAÇÃO NO BRASIL ... 28

5. AEROPORTOS BRASILEIROS E SUAS CONCESSÕES ... 32

6. A COMPARAÇÃO DOS PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA CONCESSÃO DOS AEROPORTOS PARA ECONOMIA BRASILEIRA ... 43

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 47

REFERÊNCIAS ... 51

ANEXOS ... 56

ANEXO A – TÍTULO DO ANEXO A... 57

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13

1. INTRODUÇÃO

Em países abrangentes geograficamente, politicamente a sua administração torna-se mais difícil. No caso do Brasil, não é muito diferente, pois, é um país com grande extensão territorial. Há várias empresas estatais, o que demanda administradores competentes, para encontrar soluções para os mais diversos problemas. Sabe-se que são administradas que nas quais algumas dessas estatais estão passando por momentos de adversidades, por isso o governo busca algumas soluções para melhorar estas instituições, através das privatizações. Nesse caso, ocorre uma venda dessa estatal para um setor privado para melhor gerenciá-la e tendo os lucros ou prejuízos para responsabilizar-se.

Segundo Ursula Wetzel (2000, p,11.)

O conceito de privatizar é um ato ou efeito de privatizar, ou seja, é um processo de venda de empresas estatais (empresa governamental, é um tipo criada por um estado para exercer uma atividade de interesse público) ou instituição do setor público que integra o patrimônio do estado para o setor privado através de leilões públicos.

Conforme Edilson José Graciolli (2007), no Brasil, desde a década de 1980, já era considerado comum, porém, de forma menos intensa. A partir dos anos 1990 que o nosso país ingressou na “era das privatizações” em que houve direta relação com o Consenso de Washington, realizado em 1989, que visava a divulgar a conduta econômica Neoliberalista, ou seja, doutrina que foi desenvolvida a partir da década de 1970, defendendo a absoluta liberdade de mercado e uma restrição a intervenção estatal sobre a economia para garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.

Esta doutrina defende a pouca intervenção do governo no mercado de trabalho, a política de concessão de empresas estatais, livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização, abertura da economia para entrada de multinacionais etc.

Conforme afirmam Garcia e Freitas (2012), na realidade do Estado brasileiro existem diversas demandas sociais a serem atendidas com os recursos públicos, não é razoável, sob a ótica do princípio da subsidiariedade e da eficiência, que o setor privado se mantenha afastado de investimentos decorrentes das privatizações, contrariando uma tendência que se iniciou na década de 1990 com o processo de desestatização nos principais serviços públicos econômicos.

(14)

14 Existem dois termos utilizados que estão no centro do debate político e econômico atual e a concessão. A diferença entre ambos é que neste ocorre uma venda definitiva, e naquele ocorre uma transferência temporária de um direito de exploração.

Nesta pesquisa, o assunto prevalecerá a concessão dos aeroportos do Brasil, o papel do nosso governo, os pontos altos e baixos para economia junto com a aviação.

Os investimentos feitos nos aeroportos já privatizados melhoraram a infraestrutura aeroportuária, pois se governo continuasse no controle da Infraero, isso não seria possível. Acredita-se que os aeroportos tendem a funcionar melhor e o capital privado é muito mais ágil para fazer os investimentos, aumentando a infraestrutura e facilitaria a entrada de novas empresas aéreas, novas lojas, ou seja, uma maior receita para este aeroporto.

Esse é o objetivo dos nossos governantes com essas privatizações é a ampliação dos investimentos numa tentativa de reaquecer a economia, estimular a criação de empregos, visualizando o lucro e tendo em vista há possibilidade do efeito ao contrário como o prejuízo.

A IATA tem o objetivo de ajudar as companhias aéreas simplificando processos e aumentando a conveniência dos passageiros, reduzindo custos e melhorando a eficiência. Servindo o setor aéreo ajudando as companhias aéreas a operar com segurança, eficiência e economia, sob regras claramente definidas. (AIRINSP, BLOG, 2018).

De acordo com o economista-chefe da Iata1 (Associação Internacional de Transporte Aéreo), Brian Pearce, “Neste ambiente que tende ao monopólio, há maior risco de "abuso do poder de mercado" por parte dos operadores privados, já que o foco está no retorno ao investidor, em detrimento do consumidor e de benefícios econômicos de longo prazo”2.

Conforme o Diário Comércio Indústria e Serviço,

O estudo da Iata mostra que, embora os custos unitários de operação tenham caído para os aeroportos privatizados, o usuário passou a pagar mais caro pelo serviço, o que levou a um aumento expressivo dos lucros. "Claramente, a concessão dos aeroportos vem com um preço, que os consumidores têm de pagar", afirma a entidade. (DCI Diário Comércio Industria e Serviços, 2018).

1

IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo).

2 Conforme DCI Diário Comércio Indústria & Serviços. Disponível em: esse símbolo não é mais usado. https://www.dci.com.br/economia/para-iata-privatizac-es-elevaram-custos-e-n-o-trouxeram-grandes-ganhos- 1.715402. Acesso em: 05 mar. 2019.

(15)

15

Para uma empresa ser cedida à iniciativa privada, é preciso haver órgãos reguladores e fiscalizadores para cobrar que o serviço seja bem-feito, sem prejuízo às pessoas, e que haja contrapartidas de desenvolvimento ao país. Por outro lado, se não houvesse tanta corrupção e interesse político envolvido, as estatais poderiam ser tão eficientes e lucrativas quanto as privadas.

1.1. PROBLEMA DA PESQUISA

QUAL A IMPORTÂNCIA DA CONCESSÃO PARA REESTRUTURAÇÃO DO SETOR DE AVIAÇÃO E NO MERCADO FINANCEIRO NO BRASIL?

1.2. OBJETIVOS

1.2.1. Objetivo geral

Compreender a importância da concessão dos aeroportos no Brasil para reestruturação econômica da aviação.

1.2.2. Objetivos específicos

Comparar os pontos altos (positivos) e baixos (negativos) da concessão dos aeroportos para economia do Brasil.

Dissertar sobre o crescimento da população brasileira e o crescimento econômico. Discorrer sobre concessão, em que situação isso pode ocorrer, que lei regula a concessão (LEI Nº 8.031, DE 12 ABRIL DE 1990);

Identificar quais os aeroportos no país que foram privatizados;

Verificar quais medidas foram tomadas por essas empresas, Inframérica (Brasília e São Gonçalo do Amarante), Consórcio Aeroportos Brasil (Campinas), BH Airport (Confins), RIO galeão (Galeão) e GRU Airport (Guarulhos);

Descrever sobre o processo da concessão dos terminais em bloco em 2019; Apresentar os 12 aeroportos que foram leiloados em 2019;

(16)

16 1.3. JUSTIFICATIVA

Conforme Francisco Ferreira Jorge Neto et al. (2001), a concessão estabelece novos padrões tecnológicos e de competitividade internacional fazendo com que as economias saiam de um longo período de estagnação, estimulando a iniciativa privada. Propicia uma sensível melhora na qualidade dos bens e serviços disponíveis no mercado, outrora prestados pelo Estado, melhoria no déficit público uma vez que elimina os subsídios ás estatais, bem como desobriga o Estado de continuar a investir nessas empresas. A possibilidade que se abre para que os Governos fiquem livres para investir em áreas de sua precípua responsabilidade, tais como: educação, saúde, habitação, saneamento, transporte etc.

Conforme o portal Spotniks3,

Desde o mandado da ex - presidenta Dilma (houve mais concessão em seu governo), o roteiro do plano de privatizar tudo o que for possível já foi escrito por Dilma, que apenas não o cumpriu, pois, a falta de credibilidade do governo afastou investidores. Vender parte da Caixa Econômica e da Caixa Econômica e da BR Distribuidora, a maior empresa da Petrobras, sempre esteve nos planos do atual governo algo que não ocorreu por não encontrar no mercado investidores dispostos a serem seus sócios. Vender ferrovias, rodovias, aeroportos, portos, imóveis da União, distribuidoras de energia e inúmeros outros bens, também fez parte da estratégia para arrecadar recursos. Ainda que não tenha conseguido realizar todas as vendas que planejou, garantiu sem grande esforço seu lugar na história como a presidente que mais vendeu patrimônio público na história do país. (SPOTNIKS, PORTAL, 2017).

As privatizações e concessões, principalmente de aeroportos, são processos que geram muitas discussões e, por isso, como trabalho na aérea da aviação, chamou-me muita atenção e fez com que procurasse explorar mais esse assunto.

Por ser natural do Amazonas, via uma grande diferença do norte esquecido do resto do país. Em 26 de março de 1976, foi inaugurado o aeroporto de Manaus, foi o primeiro aeroporto da rede Infraero a ter pontes de embarque e todo sistema automatizado, fazendo com que se tornasse o mais moderno do país na época.

Em 2004, comecei minha vida profissional na área da aviação em geral. Em 2005, entrei para uma companhia aérea, nos setores de check-in, despacho, loja. Nesta época já era visível que “aquele aeroporto” que um dia foi considerado um dos melhores do país

3

Conforme PORTAL Spotniks.com. Disponível em:

https://spotniks.com/dilma-saira-do-governo-campea-num-quesito-a-presidente-que-mais-privatizou-na-historia/. Acesso em: 09 abr. 2019.

(17)

17 praticamente estava abandonado, setor de Infraestrutura, complexidade para uma nova companhia para se instalar e a capacidade de operação dos aviões. Esta experiência foi o motivo para desenvolver esta pesquisa, no sentindo de que mostrar a importância de uma concessão, e como isso poderia melhorar o país, as empresas e o consumidor.

1.4. METODOLOGIA

1.4.1. Natureza da pesquisa e tipo de pesquisa

Esta pesquisa pode ser caracterizada como descritiva. Conforme Antonio Carlos Gil (2008, p. 28.),

As pesquisas descritivas possuem como objetivo a descrição das características de uma população, fenômeno ou de uma experiência. Uma de suas peculiaridades está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática.

Ressalta-se a utilização da forma de abordagem qualitativa a qual os dados são analisados nos contextos em que os fenômenos são construídos. Conforme os ensinamentos de Tatim e Diehl (2004) os estudos qualitativos podem descrever a complexidade de

determinado problema e a interação de algumas variáveis, compreendendo e classificando os processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no processo de mudança de dado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos.

1.4.2. Materiais e métodos

Os materiais analisados foram:

Livros: Teoria Jurídica da Concessão, Transporte Aéreo no Brasil, Operações Aeronáutica, Economia Brasileira Contemporânea, Retomada do Crescimento, O Brasil Privatizado, Histórias de Recomeço: Concessão e Downsizing, Concessão da CNS da luta de classes à parceira. O Direito Administrativo Contemporâneo.

Lei n

º 7.565, de 12 de dezembro de 1986 – O Direito Aeronáutico;

Lei nº 8.031 de 12 de abril de 1990- Programa Nacional de Desestatização

(PND);

(18)

18

Lei nº 11.182 em 2005- Com a criação da Agencia Nacional de Aviação Civil

(ANAC);

Lei n. 13.019 em 2014 - Legislação das parceiras com o terceiro setor;

Lei nº 13.334 em 2016 - Novo programa de Parceria de Investimentos – PPI que foi criado pela medida provisória n. 727/2016, que acatam os projetos prioritários a serem privatizados;

Lei n. 13.303 em 2016 - Das empresas estatais Documentos:

Documentos da Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC); RBAC- Regulamento Brasileiro de Aviação Civil;

RBHA- Regulamento de Homologação Aeronáutica;

1.4.3. Procedimentos de coleta de dados

O procedimento para coleta de dados caracteriza-se como bibliográfico, definido por Rauen (2002, p. 65) como a “busca de informações bibliográficas relevantes para a tomada de decisão em todas as fases da pesquisa”. Desse modo, a pesquisa em questão visa a uma profunda investigação teórica e prática sobre cada uma das supracitadas abordagens, primordial para a análise proposta inicialmente. O procedimento documental, conforme Gil (2002), tem o objetivo de descrever e comparar dados, características da realidade presente e do passado.

1.4.4. Procedimentos de análise dos dados

Esta pesquisa caracteriza-se como bibliográfica e documental. Conforme Antonio Carlos Gil (2008, p 51.), “a Pesquisa Bibliográfica: é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Não recomenda-se trabalhos oriundos da internet”.

Em relação à pesquisa documental, assemelha-se à pesquisa bibliográfica. Para esses autores:

A diferença está na natureza das fontes, pois esta forma vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa. Além de analisar os documentos de “primeira mão” (documentos de arquivos, igrejas, sindicatos, instituições etc.), existem também

(19)

19 aqueles que já foram processados, mas podem receber outras interpretações, como relatórios de empresas, tabelas etc. (GIL, 2008, p 51.).

A característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias. Estas podem ser feitas no momento em que o fato ou fenômeno ocorre, ou depois. [...] A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas. (MARCONI; LAKATOS, 2003, p 174, 183.).

1.5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Esta pesquisa está dividida em sete capítulos. No primeiro capítulo, apresenta-se a introdução do trabalho. O segundo capítulo trata-se do crescimento da população Brasileira e o crescimento econômico do Brasil. No capítulo 3, é exposto sobre a entrada do Liberalismo, início das privatizações no Brasil, e a Lei que foi proclamada. No quarto capítulo retrata um pouco da história da aviação civil e sua regulamentação no Brasil. O quinto capítulo relata sobre os aeroportos brasileiros e suas privatizações, no sexto capítulo é apresentado a comparação dos pontos altos (positivos) e baixos (negativos) da concessão dos aeroportos para economia do Brasil. Por fim, no sétimo e último capítulo, estão as considerações finais, apesentando todas as conclusões dos resultados obtidas no trabalho.

(20)

20

2. CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA E O CRESCIMENTO

ECONÔMICO

Ao observamos, que o ser humano sempre foi capaz de produzir algo para seu sustento e bem-estar, desde a época da pré-história, com o passar dos tempos foi evoluindo, fazendo seu cultivo para futuras colheitas, estocagem para o inverno e com o tempo houve a necessidade de se produzir mais não só para sua família. Em épocas de feudalismo (grandes senhores com bens, propriedades) usavam servidão dos camponeses para se beneficiar. E após a queda do Feudalismo, na baixa Idade Média, houve a transformação dos regimes de trabalho “escravo” para relações impessoais mediadas pelo dinheiro. Grandes comércios surgiram, mesmo sendo um processo lento, pois era uma sociedade, que estabelecia muitas regras, mal sabiam que isso poderia prejudicar economicamente sua cidade, estado ou país (GREMAUD, VASCONCELLOS, TONETO 2017, p 25.).

Com o tempo houve grandes mudanças e com o surgimento e crescimento de grandes indústrias, avanços tecnológicos e devido a isso houve a necessidade de produção em massa, ou seja, mais pessoas, mais produção, pois, elas rendiam para sociedade, quanto mais geravam, mais empregos, salários, direitos surgiam, representando uma população trabalhadora e ao mesmo tempo consumidora (GREMAUD, VASCONCELLOS, TONETO 2017, p 25.).

Não foi diferente no Brasil, a economia brasileira cresceu e se transformou e devido a isso a população brasileira também cresceu, havendo imigrações como italianos, espanhóis, portugueses e japoneses que colaboraram para este desenvolvimento. Por temos uma vasta extensão demográfica isso foi considerado uma vantagem, pois, grande quantidade de habitantes por aquela região traria mais produção.

Segundo; Lisboa e Scheinkman, (2017, p. 15),

O crescimento no Brasil, nesse período, decorreu, em parte, do bônus demográfico, ou seja, do aumento do porcentual de trabalhadores por habitante, resultado do crescimento demográfico nos anos 1960 e 1970. Cada família, nos anos 1960, tinha, em média, 6,3 filhos. A queda da mortalidade infantil permitiu que, nas décadas seguintes, o país experimentasse um rápido crescimento da população em idade para trabalhar. (LISBOA; SCHEINKMAN, 2017, p15.).

O Governo em nosso país não investia em educação, pois, acreditava-se que o trabalhador brasileiro não precisaria estudar para produzir, e na verdade, como exemplos de muitos países desenvolvidos educação, saúde em primeiro lugar, justamente para garantir seus rendimentos de produção.

(21)

21 Conforme; Paes de Barros (apud LISBOA; SCHEINKMAN, 2017, p.16).

Durante muitas décadas, o pensamento econômico no Brasil acreditou que a educação dos trabalhadores não seria relevante para a geração de renda. Os dados mostram que essa conjectura estava equivocada. Cada ano a mais de educação resulta, em média, em aumento de 7% da renda do trabalhador no Brasil. Esse número, inclusive já foi maior no começo da década passada, quando chegou a mais de 10%.

[...] Parte das dificuldades com os indicadores de educação no Brasil não decorre da falta de experiências bem-sucedidas, mas sim da incapacidade da política pública de copiar melhores práticas. A pouca eficiência do gasto com educação no Brasil se soma ao baixo investimento em capital físico. A deterioração fiscal nos últimos 8 anos reduziu a poupança doméstica, que já era baixa em comparação com os outros países emergentes.

Há no Brasil um registro, na verdade uma organização pública responsável pelos levantamentos e gerenciamentos dos dados e estatísticos brasileiros, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fazendo que toda a população assim como os governantes tenham conhecimentos mais detalhados sobre a realidade brasileira. Analisando, fazendo entrevistas, e divulgando informações demográficas, sociais e econômicas do país, como sobre sua população, por exemplo, sobre seu nascimento, taxa de natalidade, taxas de mortalidade, taxas de mortalidade infantil, taxa de população idosa, como estão seus habitantes? Suas taxas de natalidade estão altas ou baixas.

E a partir daí será feito estudo como pode ser mensurados em caso baixos índices, ou altos- as políticas públicas, referentes, à estrutura, saneamento básico- as doenças, educação e oportunidades de emprego são ineficientes e etc.

Como afirma Lisboa e Scheinkman, (2017, p. 15),

O desempenho econômico no Brasil decepciona desde 1980, com muitos anos de graves desequilíbrios macroeconômicos e baixo crescimento. Nos melhores momentos, como nos anos 2000, crescemos cerca de 4% a.a., a mesma taxa da média mundial, enquanto muitos países emergentes tiveram resultados melhores, como a Índia e a China na Ásia e também como alguns países latino-americanos, como por exemplo, Chile e Peru. (LISBOA; SCHEINKMAN 2017, p. 15.).

Também devemos nos preocupar com a lotação em massa, dependendo de um alto índice de habitantes naquele pequeno espaço (o aumento descontrolado da população), os impactos negativos serão de aumentos de recursos naturais, poluição, desiquilíbrio ambiental. Seus indivíduos de terceira idade cresceu, os cuidados com este grupo, pois, haverá despesas de saúde, a preocupação da “população em idade de trabalhar”, as regras da previdência tudo isso mexerá com o desenvolvimento econômico do país.

(22)

22 Esse processo de envelhecimento também pode ser observado pelo crescimento do índice de envelhecimento do IBGE, isto é, a relação entre a população com mais de 65 anos e a população com menos de 15. Esta passa de 6,4% em 1960, para 16,8% em 2000, e já 30,8% em 2010. Essas modificações vagar, mas têm impactos importantes sobre a economia brasileira, que se farão sentir no decorrer dos próximos anos. A quantidade de pessoas a ingressar no mercado de trabalho ainda é grande e crescente, porém com tendências declinantes, diminuindo assim, por esse lado a pressão relativa sobre o mercado de trabalho ao longo do tempo. Por outro lado, com o crescimento a taxas crescentes da população com idade mais avançada, há uma pressão cada vez maior sobre o sistema previdenciário, já que existirão mais beneficiários e com benefícios a serem auferidos por um prazo mais dilatado, como assistência aos idosos, que exigirão maior atenção e parcela maior de gastos, e sobre o sistema de saúde pública que deverá sofrer modificações de modo para atender a um novo perfil de problemas. (GREMAUD, VASCONCELLOS, TONETO 2017, p 27.).

Como pode ser observado na Figura 1, uma considerável diminuição na taxa de natalidade desde o ano de 1980 e um aumento aprazível no percentual de idosos.

Figura 1- A estrutura etária da população no Brasil.

Fonte: Enem virtual

A Figura 2 representa o crescimento significativo no percentual de idosos desde o ano de 1950.

Figura 2- O envelhecimento populacional do Brasil

(23)

23 Figura 3- Taxa de Natalidade e Mortalidade no Brasil.

Fonte: IBGE, projeção da população do Brasil por sexo e idade: 2000-2060.

A Figura 3 representa o crescimento significativo no percentual da taxa de mortalidade e uma considerável diminuição da taxa de natalidade desde o ano de 2020.

É importante pensar o quanto precisamos de urgência para reformar e reinventar no campo econômico e no campo social. Mudanças, estratégias para uma grande reforma no Estado para que possam dar mais credibilidade ao povo brasileiro, não basta só o crescimento econômico e sim juntamente o desenvolvimento econômico, fazendo germinar a melhora sustentável do padrão de vida, pois, cada vez mais os brasileiros estão cobrando por produtos melhores, serviços com qualidades, para serem mais satisfatório em suas vidas, ou seja, qualidade de vida mais favorável para todos.

Este capítulo tratou sobre a importância do crescimento da população brasileira e como pode afetar no crescimento econômico do país, apresentando as taxas que mostram sinoticamente seu controle populacional juntamente com especificações sobre as mesmas para desenvolvimento econômico no Brasil.

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24 3. ENTRADA DO LIBERALISMO, INÍCIO DAS PRIVATIZAÇÕES NO BRASIL E A LEI QUE FOI PROCLAMADA

Este capítulo irá retratar como foi o desenvolvimento do Liberalismo e sua entrada ao Brasil com sua adaptação e criação de lei para favorecer esta filosofia a economia do país. Como havia mencionado no capítulo anterior, na época da Idade média, havia o feudalismo, o poder da monarquia, o direito absoluto dos reis, e a igreja também que participava deste “aprisionamento” moral e social da população, ditando regras sem que o homem pudesse se expressar, ter suas opiniões, pois era errado se pronunciar, não havia direito de posses, igualdade social. O estudo, os conhecimentos da medicina eram favorecidos somente aos nobres, pois a (plebe), população que não possuía títulos para terem esses benefícios, contudo, houve revoluções, onde havia a necessidade da precisão de seus súditos para que lutassem por territórios, porém, depois das batalhas, dos massacres e por fim consequentemente da conquista no final ou não, tudo voltava como era, às riquezas com seus Reis ou a Igreja (os habitantes eram proibidos de participarem das missas) e a sua população continuavam sofrendo e sendo humilhados. Isso tornara o povo revoltado, pois eram tratados como “ratos”, mesmo sem liberdade de qualquer coisa, passando a conviver nos piores índices de dignidade humana, doenças, miséria e fome. Eram obrigados a servir, com trabalhos de servidão, dando partes de suas colheitas e se não pudesse, perdia seu lar, suas terras, sua propriedade, seu valor, eram desmoralizados, direitos das mulheres, a igualdade de gênero não existia, a igualdade racial então, sabemos que a escravidão foi um fator “pesado” na história da humanidade e não só por

meios dos camponeses, pelos negros e com os nativos, considerados índios (FERNANDES;

PACHECO, 2016, p 199.).

Devido esta trajetória longa e amarga, com a passar dos anos, houve necessidade de mudanças, então foi fundada uma filosofia Liberalista, que defende a ideia de liberdade individual, o direto a vida, a igualdade de gênero, igualdade racial, a liberdade de expressão, a democracia, a liberdade econômica, a abertura de comércios e principalmente a

descentralização da monarquia e política (FERNANDES; PACHECO, 2016, p 199.).

Segundo; Cenci, Bedin e Fischer (2011),

O liberalismo, apesar de comumente analisado a partir do viés econômico, exclusivamente, é uma ideologia global, ampla: abrange os âmbitos político, cultural e econômico. Surge durante o Renascimento – momento histórico em que se constrói uma nova concepção de homem – e pode ser conceituado como um dos paradigmas sustentadores da modernidade. O surgimento do liberalismo está fundamentalmente

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25 vinculado à necessidade de contrapor o absolutismo e a sociedade estamental existentes até o século XVII na Europa. A concepção de liberalismo foi inaugurada por John Locke, na obra “Second Treatise of Government” (“Segundo tratado sobre governo civil”), publicado em 1690, em que ficam nítidas as ideias de que o governo é um “mal necessário”, constituído por indivíduos que se reuniram para compor uma sociedade, cuja finalidade é manter a ordem e proteger a propriedade individual (correspondente à vida, à liberdade e às posses dos sujeitos). (Cenci, Bedin e Fischer, 2011).

O Termo liberalismo segundo dicionário Dicio online de português; “Doutrina econômica que preconiza a livre iniciativa e se opõe a toda intervenção do Estado na economia; Doutrina política que postula a limitação dos poderes do Estado para salvaguardar a liberdade individual; Respeito aos direitos do outro; Tolerância”.

Nos anos 80, houve o surgimento da doutrina Neoliberalista, socioeconômica que resgata ideais da filosofia Liberalista, como a beatitude da população, a educação com as modernizações de escolas e qualidades no ensino, o livre comércio, com a globalização e a evolução da tecnologia junto ao capitalismo. Assegurando que o Estado tenha pouca participação da economia para não ter mais instabilidades financeiras. Para que não haja essas “turbulências” houve estratégias para aumentar a geração da produtividade, privatizando várias empresas estatais (Mânica e Menegat 2017).

O Significado de neoliberalismo segundo dicionário Dicio online de português; “Forma moderna do liberalismo, que permite uma intervenção limitada do Estado, no plano jurídico e econômico”.

O neoliberalismo iniciou-se nos anos 70. Seu objetivo é combater, principalmente, a política do Estado de Bem-Estar social e um dos instrumentos utilizados pelo Keynesianismo, ou seja, que significa a ausência do Estado, as privatizações e com a justificativa que o Estado é um péssimo gestor e que somente atrapalha o bom andamento das leis do mercado fazendo que o mesmo apenas garanta a infraestrutura básica para o bom funcionamento e defluência da geração de mercadorias. (Portal Brasil Escola, 2019).

Conforme Francisco Ferreira Jorge Neto at al. (2001), a concessão estabelece novos padrões tecnológicos e de competitividade internacional fazendo com que as economias saiam de um longo período de estagnação, estimulando a iniciativa privada. Propicia uma sensível melhora na qualidade dos bens e serviços disponíveis no mercado, outrora prestados pelo Estado, melhoria no déficit público uma vez que elimina os subsídios ás estatais, bem como desobriga o Estado de continuar a investir nessas empresas.

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26 O Significado de concessão segundo dicionário Dicio online de português:

Ação de fazer com que alguma coisa passe a pertencer ao setor privado ou particular: convênio inicia concessão do sistema de água. Ação de transferir o que pertence ao Estado para o domínio da iniciativa privada, através da venda de bens, propriedades ou serviços; desestatização: governo iniciará a concessão dos sistemas de comunicação. Ação ou efeito de privatizar, de tornar algo particular ou privado.

De acordo com Fernandes e Pacheco, (2016), no Brasil, a doutrina neoliberalista foi acolhida pelo governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello em 1990-1992 e continuou com o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 1995-2002 e os futuros Governantes também acolheram esta doutrina como Ex-presidente Luiz Inácio da Silva em 2003-2010, a ex-presidenta Dilma Rousseff 2011-2015, o ex-presidente Michel Temer em 2016-2019, e o nosso atual presidente Jair Messias Bolsonaro em 2019-2022.

Afirmam Fernandes e Pacheco (2016):

No Brasil, foi o governo de Fernando Collor de Mello (1990-1992) que as privatizações entraram como parte do programa econômico do governo, em 12 de abril de 1990 foi promulgada no Brasil a Lei que criou o PND- Programa Nacional de Desestatização, pela Lei nº 8.031, de 1990. Este programa teve início, entre 1990 e 1994, tratava da desestatização de empresas do setor Industrial, foram 33 empresas, sendo 18 empresas controladas e 15 participações minoritárias. Com realizações de 8 leilões de participação minoritárias no âmbito do Decreto nº 1.068. (FERNANDES; PACHECO, 2016).

No início dos anos 90, as privatizações, estavam em elevação, porém, início do século XXI, está estratégia não estava dando efeito esperado. Foi graças ao desfecho do Plano Real, que este “revigorou” o equilíbrio da economia do nosso país tanto no campo interno e internacional. Contudo, em 2006 passamos a vivenciar mais uma crise a chamada “ Crise do Sbprime”- Sistema Habitacional Estadunidense que devido a isso, houve protestos por subsídio estatal. Nos anos de 2008 e 2009, devido à redução do incentivo estatal, mais uma vez a crise bate e nossa porta e desta vez com mais força e que, portanto, moderadamente em 2011 estava mais fraca. Em 2014, passamos por uma fase de redução no ciclo econômico, aumento do desemprego, o declínio na renda familiar, redução da taxa de lucro, aumento do número de falências e concordatas, aumento da capacidade ociosa e queda do nível de investimento. Isso foi um grande Déficit Público, ocorre que suas despesas são maiores que as receitas, trazendo prejuízo ao País, na tentativa de diminuir a dívida interna no Brasil. (Mânica e Menegat 2017).

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27 Houve uma grande movimentação de privatizações e concessões com o novo programa de Parceria de Investimentos – PPI que foi criado pela medida provisória n. 727/2016 (convertida na Lei n. 13.334/16) que acatam os projetos prioritários a serem privatizados; pela nova lei das empresas estatais – Lei n. 13.303/2016 e pela nova legislação das parceiras com o terceiro setor – Lei n. 13.019/2014. Todas essas medidas foram criadas para diminuir Déficit público, porém, sem muito sucesso. Outras foram empreendidas ou propostas tendo como a finalidade do reestabelecimento econômico. As principais medidas adotadas para a melhoria da crise foram o novo regime fiscal, para o crescimento dos gastos do Governo Federal por 20 anos, a lei da terceirização, a reforma trabalhista, que houve alteração na (CLT) - consolidação das leis do trabalho e a reforma da Previdência. (MÂNICA; MENEGAT, 2017, p. 41,42.).

Neste capítulo, expôs sobre o Liberalismo e os benefícios que esta filosofia trouxe ao mundo, com a limitação dos poderes do Estado, a liberdade individual. Sua mudança para neoliberalismo e tão logo sua entrada ao Brasil, no governo de Fernando Collor de Mello com o surgimento do PND- Programa Nacional de Desestatização. Sua criação foi devido à proclamação da Lei nº 8.031 em 12 de abril de 1990. Tratava-se da desestatização de empresas do setor Industrial.

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4. UM POUCO DA HISTÓRIA DA AVIAÇÃO CIVIL E SUA

REGULAMENTAÇÃO NO BRASIL

Neste Capítulo, apresentará o sucinto primórdio da aviação civil, seu caminhar com o passar dos anos e logo após, à regulamentação, principalmente no Brasil, para se tornar um meio de transporte seguro e eficaz para a sociedade e comércios.

Desde a Pré-história, o homem aprendeu o básico para sobrevivência, a caçar para alimenta-se, abrigar-se para seu descanso, a controlar o fogo para se proteger. Com o passar dos anos o homem foi evoluindo e procurando adaptar-se melhor em seu habitar para seu bem-estar, desde o cultivo da terra para colheitas, ferramentas desenvolvidas para facilitar sua mão de obra, uso de animais e construção de meios para seu descolamento e assim foi a evolução do ser humano e também tecnológica, desde a criação da carroça. Em seguida a bicicleta, motocicleta, barcos, navios, porém, faltava algo a ser conquistado, o céu, a capacidade de voar como os pássaros, já que não possuímos asas isso se tronara impossível e até desafiador, mas muitos foram atrás deste sonho e ousaram a desafiar as leis da natureza e física, fazendo projetos que quando eram testados no início era decepcionante e com o passar do tempo houve os primeiros progressos.

Em 400 a.C, foi o acontecimento de um dos primeiros registros de um estudioso da Grécia Antiga, Archytas, que construiu um pombo de madeira que podia voar em média 180 metros, Já em 300 a.C. os chineses inventaram a pipa, cerca de 200 a.C. Nesta época, o matemático e inventor Grego Arquimedes descobriu como os objetos poderiam flutuar na água e foi através destas descobertas em 1920, o inglês Roger Bacon iniciou-se estudos que poderiam alavancar a tão sonhada construção de uma máquina que seria capaz de fazer um homem voar. Muitos desenhos foram criados durante estes processos, desenhos como planadores e ornitópteros, porém que nunca saiu do papel. Todos os projetos, mesmo que não bem-sucedidos serviram de base para o aperfeiçoamento, e com os erros do passado o homem conseguiu chegar até o sistema de voo atual. Em 1709, Bartolomeu de Gusmão, construiu voo em com um balão de ar quente. Em 1783, em Paris, o doutor Jean-François Pilâtre de Rozier e o nobre François Laurent d’Arlandes, voaram em voo livre por oito quilômetros em um balão de ar quente inventando pelos irmãos Montgolfier, porém, foi somente no século XIX, em 1852, que o primeiro dirigível foi inventado. A máquina era mais leve que o ar e o seu cursor podia ser controlado através de lemes e motores. Com o passar, desenvolveram os planadores,

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29 equipamentos que eram mais pesados que ar e que pudesse voar através de seus próprios meios e em 1880, nomes como Otto Lilienthal, Percy Pilcher e Octave Chanute ganharam uma ótima reputação com seus planadores. (Portal oficinadanet, 2019)

Afirmam Fernandes e Pacheco (2016, p.3),

A história da aviação no Brasil desde os tempos de Santos Dumont, nascido em 1873 e falecido em 1932 “(suicidou-se, aos 59 anos de idade, devido ao seu grande sonho tornou- se seu maior pesadelo)”, reconhecido pelos brasileiros como Pai da aviação. Seu primeiro vooa bordo de um avião no seu 14-Bis aconteceu no ano de 1906, na França [...]. Porém muitos acreditam que os irmãos Wright, por um voo que teria sido realizado em 1903, em que ganhou publicidade na Europa em 1908. Uma exceção é a França, onde o crédito é dado a Clément Ader, que teria efetuado o primeiro voo em 1890. Importante é que estes mestres da aviação, seus associados e seguidores estavam abrindo um horizonte para o que viria a se tornar um dos principais meios de transportes de pessoas, cargas e correios aos diversos pontos do planeta. (FERNANDES; PACHECO, 2016, p 3.).

A história nos mostra que estas máquinas foram desenvolvidas para quebrar as distâncias neste planeta, facilitando o comércio e com a evolução tecnológica, tornou as melhores maquinas para favorecer o ser humano para fins comerciais, industriais até turísticas, pois sabemos que pelos navios era um processo muito lento e muitas mercadorias chegavam estragadas, viagens para as pessoas duravam meses, correndo riscos de pegar doenças e muitas vezes nem chegavam a completar a viagem devido às enfermidades. Pois bem, aí voltamos ao velho assunto de dominação territorial, caos, guerra este meio de transporte excepcional foi usado como arma e eram vistos como aviões em combate. Com fim da Guerra surgiu a grande evolução do transporte comercial, sendo necessária uma organização no espaço aéreo, pois não havia comunicação, não havia regras estabelecidas e para ser um transporte seguro era necessário ter padrões, pois, infelizmente a aviação foi escrita com sangue e devido a isto houve muitas melhoras em relação à segurança do equipamento, dos bens e principalmente das pessoas (FERNANDES, E. et al., 2016).

De acordo com Fernandes e Pacheco (2016, p.6).

Duas Instituições se destacam como definidores das regras do desenvolvimento da aviação civil. A primeira é a International Civil Aviation Organization (ICAO), que é uma agencia especializada da Organização das Nações Unida (ONU), criada em 1944 junto com a Convenção de Chicago no mesmo ano. A ICAO trabalha com 191 Estados signatários e com representantes de empresas globais e de organizações da indústria de empresas aéreas para desenvolver os Standard and Recommended Practices (SARPs) internacionais. Existem mais de 10 mil SARPs refletidos em 19 anexos, Os SARPs e a ICAO visam a aparelhar os Estados para auditar as capacidades operacionais que garantem uma rede de transporte aéreo segura e eficiente em todas as partes do mundo. A segunda instituição é a International Air Association (IATA),

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30 fundada em Havana em Cuba, 1945.Influenciando significativamente a regulação e o planejamento da aviação civil em todo mundo. (FERNANDES, E. et al., 2016).

Conforme Ribeiro (2002, apud FERNANDES; PACHECO, 2016, p. 8), o marco inicial do processo de regulamentação da aviação civil no Brasil foi à criação do Departamento de Aeronáutica Civil em 1931, junto ao Ministério da Viação e Obras públicas.

Em 1941, esse Departamento de Aeronáutica Civil passou a fazer parte do Ministério da Aeronáutica, mas neste mesmo ano também houve a criação da Diretoria de Rotas Aéreas (DR). Em 1969, seu nome foi modificado para Departamento de Aviação Civil (DAC) com o objetivo de para estudar, orientar, planejar, controlar, incentivar e apoiar as atividades de aviação civil e privada. No ano de 1999 foi criado do Ministério da Defesa e partir daí o DAC passa a fazer parte do Comando da Aeronáutica (COMAER), contudo era necessária uma criação de uma agência reguladora no Brasil, entretanto que fosse vinculada ao comando da aeronáutica, surge então a ANAC, assumindo toda a parte regulatória do DAC e o mesmo foi extinto, o DECEA ficou com a responsabilidade do espaço aéreo e apoia a ANAC com suas caraterísticas de ser também responsável pela regulação, fiscalização, pela prestação dos serviços de auxílio à navegação aérea no Brasil. (FERNANDES, ELTON, 2016.).

Além destes órgãos foram criados outros importantes para o desenvolvimento da viação civil no Brasil com o intuito de proteção do nosso país, em qualquer risco eminente, devido à abertura de fronteiras, os departamentos de segurança nacional, internacional e aduaneira, DPF- Departamento de Policia Federal atuando na segurança e preservação, tanto marítima quanto aeroportuária, contrabando, drogas e etc. e RF- Receita Federal Para o controle de Alfândega - entrada e saída de mercadorias no país, a ANVISA- Agência nacional Sanitária para o controle sanitário como, por exemplo, dos produtos e serviços (nacionais ou importados) como medicamentos, alimentos, cosméticos, produtos médicos e de serviços na aérea da saúde. Foi criada também a Vigilância Agropecuária Internacional (VIGIAGRO), juntamente com o SDA- Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), relacionada ao CENIPA- Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. Foram criados também os órgãos como a INFRAERO- Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, O SAC- Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República que surgiu em 2011. [...] No Brasil, O direito Aeronáutico baseia- se em Tratados, Convenções e Atos Internacionais, a LEI Nº 7565, foi proclama em 19/12/1986 criando CBA- Código Brasileiro de Aeronáutica que aborda voos

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31 domésticos e internacionais em todo território brasileiro e no exterior, até onde se admite extraterritorialidade do controle de tráfego aéreo no nosso país. (PACHECO; FERNANDES, 2016.).

De acordo com Fernandes e Pacheco (2016, p 7.).

No Brasil, em 1933, foi fundada a Associação das Empresas Aeroviárias, por iniciativa de oito companhias: Pan American, Syndicato Condor, Panair do Brasil, Varig, Vasp, Air France, Cia. Aeropostal Brasileira e Aero Lloyd Iguassu. Em 1944, foi fundado o Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), na cidade do Rio de Janeiro. Mais recentemente, surgiu uma nova entidade, que vem representar as principais infraestruturas do lado terra do transporte aéreo: os aeroportos. A Airports Council International (ACI) é a maior representante mundial de aeroportos, com mais de mil membros. Estabelecidas em 1991, a ACI representa os interesses dos aeroportos junto a governos e organizações internacionais com a ICAO. (FERNANDES; PACHECO, 2016, p 7.).

Desde a revolucionária criação do avião não se imaginou que, após desta origem excepcional, poderia ser elaborado algo a mais para se tornar um transporte seguro e eficaz.

Com evolução tecnológica muitas aeronaves foram construídas, céus foram conquistados e hoje são vias de transportes, existem países que são intensos destes “Veículos Voadores”, por isso houve a necessidade de estabelecer padrões, regras, pois se não existissem seria um caos, desastres aconteceriam com muito mais frequência. Além do avião o homem soube conservar este aparelho incrível, porém, em seu primeiro momento, infelizmente foi usado para o lado negativo, das guerras, nas “carnificinas”, mas depois ajustou-se para uma elaboração na aviação melhor e para uso em prol ao Estado e a sociedade, um transporte civil que possui controle do espaço aéreo, vias para navegação, comunicação com a torre de controle. Tudo de forma organizada, possibilitando a crescente demanda no mercado mundial, favorecendo âmbito econômico e social de um determinado país.

Foi apresentado um pouco sobre os primeiros passos da aviação civil e como foi de grande magnitude sua regulamentação para um transporte eficaz e seguro. No Brasil precisou ajustar- se a modernidade e a globalização para fazer parte deste transporte incrível, constituindo normas, Leis e participando de tratados internacionais.

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32 5. AEROPORTOS BRASILEIROS E SUAS CONCESSÕES

Neste Capítulo, irei retratar moderadamente sobre o aeroporto, apresentarei os aeroportos concedidos, identificando as empresas que ganharam os leilões das concessões de 2011, 2012, 2017 e 2019. As medidas que foram tomadas pelas mesmas e minuciarei brevemente sobre o processo de concessão em blocos de 2019.

Após a Guerra, com a evolução da tecnológica da aviação civil aéreo, houve uma grande demanda por este meio de locomoção e foi detectado uma grande necessidade de uma infraestrutura adequada para os clientes, pois, nos anos 30, houve fortes obstáculos a entrada de tecnologias no Brasil, pois a economia do país não beneficiava uma inquirição forte para as empresas nacionais. Havia acomodações inadequadas de passageiros, de serviços oferecidos, como o de despacho de bagagens, compra de passagens aéreas, check-in, embarque e desembarque, até para aqueles que ficavam horas na espera de conexão não havia praça de alimentação ou lanchonete e se houvesse não conseguia atender o público, pois seus serviços eram restritos e ineficientes (apud ASHFORD et al., 2015).

Uma boa pista para decolagem e aterrissagem é muito importante para aviação, pois isso garante o não deterioramento das aeronaves ou até poderia causar algum incidente, pois fases críticas de voo, são em pousos e decolagem, há precisão de pátios para as aeronaves para acomodação das mesmas, pois sem uma boa estrutura não haveria uma quantidade suficiente de voos, fazendo que o nível de demanda naquele aeroporto seja baixíssimo. A solução está em uma estratégia e planejamento para melhorar e transformar este aeroporto em algo a mais para economia local, pois, o aeroporto é essencial do sistema de transporte aéreo. Para gerar renda, para maior movimentação da economia, socioeconômico das regiões, com pessoas e cargas e correios (apud ASHFORD et al., 2015).

O Significado de aeroporto segundo dicionário Dicio online de português: “Conjunto de instalações técnicas e comerciais necessárias à exploração dos transportes aéreos”.

Segundo Ashford et al, (2015 p. 312,342.).

As operações aeroportuárias consistem nas atividades necessárias para se expedir o trafego aéreo, inclusive a movimentação de aeronaves, passageiros, bagagem, carga e correspondências. Para que as operações aeroportuárias sejam bem-sucedidas, essas atividades precisam ser seguras, eficientes e ambientalmente sustentáveis. A principal finalidade de um terminal aéreo é atender a uma conexão entre os meios de transporte terrestre e aéreos, nos quais diferentes constituintes do aeroporto são envolvidos no

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33 processamento de usuários e mercadorias de um modo ao outro. O tamanho das instalações necessárias para acomodar o crescimento desmedido do tráfego aumentou com o passar dos anos e alcançou proporções admiráveis desde o início da década de 1970. (ASHFORD et al., 2015, p 312,342.).

A INFRAERO é a empresa estatal responsável pela administração dos aeroportos do Brasil, porém como nosso país é abrangente geograficamente, politicamente a sua administração torna-se mais difícil. Há várias empresas estatais, o que demanda administradores competentes, para encontrar soluções para os mais diversos problemas. Sabe-se que são administradas que nas quais algumas dessas estatais estão passando por momentos de adversidades, por isso o governo busca algumas soluções para melhorar estas instituições, através das privatizações. Nesse caso, ocorre uma venda dessa estatal para um setor privado para melhor gerenciá-la e tendo os lucros ou prejuízos para responsabilizar-se (apud ASHFORD et al., 2015).

Segundo Thomas 2015 (apud ASHFORD et al., 2015),

Quando um aeroporto é colocado à venda ou quando uma operadora aeroportuária busca fundos para novos desenvolvimentos de infraestrutura, seus impactos ambientais, seu legado ambiental e sua capacidade ambiental podem ter implicações significativas para o valor de mercado ativo.

Vários aeroportos não conseguiram obter a licença para o desenvolvimento de nova infraestrutura em consequência dos encadeamentos ambientais da construção ou do tráfego adicional que dela resultaria. (UPHAM et al, 2003).

Houve uma grande dificuldade de o governo brasileiro encontrar rentabilidade para melhorar a infraestrutura para acompanhar o processo da evolução tecnológica. As empresas aéreas tradicionais do nosso país entraram em colapso e o principal administrador dos aeroportos da aviação regular, a Infraero, não conseguiu tomar as providências necessárias, contudo, passou-se a privatizar ou conceder (venda de participações) a administração para o setor privado para melhorar as condições aeroportuárias para seu público alvo. Esta é uma técnica que possa garantir uma agitação para melhoria também para os negócios da economia do país. (FERNANDES et al, 2016.).

Em 2013 e 2014 a Infraero deixou de ter a concessão total, tendo somente 49% de participação de cinco de cindo grandes aeroportos – Guarulhos, Viracopos, Brasília, Galeão e Confins, sendo cada um destes aeroportos repassados para um consórcio vencedor de um leilão, constituído por empresas privada. (FERNANDES et al, 2016.).

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34 Os aeroportos concedidos em 2011 e 2012 foram: São Gonçalo do Amarante (Natal), Guarulhos (São Paulo), Viracopos (Campinas), Juscelino Kubitschek (Brasília), Galeão (Rio de Janeiro) e Confins (Belo Horizonte). Com exceção de São Gonçalo do Amarante. Os últimos cincos estão entre os principais aeroportos brasileiros, em 2013 foi representando um percentual de 39% do mercado de passageiros domésticos e 90% do mercado de passageiros internacionais de aeroportos além de serem responsáveis 41% da carga doméstica e 87% da carga internacional. Com concessão brasileira a empresa estatal INFRAERO, manteve como maior acionista individual com 49%, mesmo sendo uma das maiores acionista não possui lugar para gestão do aeroporto, havendo participação quando existir apenas nos financiamentos dos recursos da sociedade e nos lucros. A ACI, 2014 (apud FERNANDES; PACHECO, 2016.).

No governo de Luiz Inácio Lula da Silva de 2003 até 2010, houve uma parada relativamente no processo de privatizações, porém antes disso, haviam sido privatizados dois bancos estaduais e fizeram concessão de oito rodovias federais. Com o governo de Dilma Rousseff em 2011 até 2015, houve concessão duas rodovias e marcou início da concessão dos aeroportos com a concessão do novo aeroporto de Natal para o consórcio Inframérica, em 2011. A partir deste ano foram concedidos os cincos grandes aeroportos até o início de 2015, em fevereiro de 2012, foram privatizados os aeroportos, Viracopos (SP), Guarulhos (SP), Juscelino Kubitschek (DF). Em novembro do ano de 2013, o governo passou à iniciativa privada os terminais de Galeão (RJ) e Confins (MG). (FERNANDES et al, 2016.).

Por meio do Decreto n° 6.373, de 14 de fevereiro de 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inseriu, no Programa Nacional de Desestatização (PND), o aeroporto de São Gonçalo do Amarante, situado no município de São Gonçalo do Amarante, no Estado do Rio Grande do Norte. A concessão deste aeroporto se fortificou no governo seguinte, de Dilma Rousseff. O primeiro lote de concessão de aeroportos (Guarulhos, Viracopos e Brasília) foi inserido no PND pelo decreto n° 7.531 de 21 de julho de 2011. Já o segundo lote de aeroportos (Galeão e Confins) foi incluindo no PND pelo decreto n° 7.896, de 1° de fevereiro de 2013. (ANAC, 2012).

O aeroporto de Natal foi arrematado com 170 milhões com o prazo de exploração de 25 anos, o Consórcio Inframérica foi o ganhador da concessão e seu investimento foi de 650 milhões. A pretensão do governo local era que o aeroporto de São Gonçalo do Amarante fosse

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35 um dos maiores da América Latina e grande responsável pela movimentação de cargas e passageiros do Rio Grande do Norte. (Revista Veja, 2012).

O Aeroporto Internacional de Guarulhos, por prazo de 20 anos, foi arrematado por R$ 16,213 bilhões, pelo consorcio Invepar, composto pelas empresas INVEPAR (Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A.) e ACSA, da África do Sul. Com 4,6 bilhões de investimentos. (Portal

GRU Airport

)

O Aeroporto de Viracopos, em Campinas foi privatizado por R$ 3,8 bilhões - quase 160% acima do valor mínimo. Será administrado pelo consórcio Aeroportos Brasil, formado por duas empresas brasileiras e pela francesa Egis. O prazo de concessão é de 30 anos e o investimento total, de R$ 8,7 bilhões. A prioridade também é construir um terminal para 5 milhões de passageiros. Aeroportos Brasil assumiu Viracopos em 2012 e a concessão deveria valer por 30 anos. (G1, 2012.).

O Aeroporto de Brasília foi arrematado por R$ 4,5 bilhões - 673% a mais que o valor mínimo. O consórcio vencedor foi a Inframérica, formado pela empresa brasileira Infravix e pela operadora argentina de aeroportos Corporación America. Durante o prazo de concessão, de 25 anos, o aeroporto vai receber R$ 2,8 bilhões em investimentos. (G1, 2012.).

O Aeroporto de Galeão foi arrematado pelo Consórcio Aeroportos do Futuro, formado, pela Odebrecht e Transport, com participação de 60%, e a Operadora do Aeroporto de Singapura, Changi, com 40%. Esses percentuais se referem à parcela de 51% do consórcio, ganhou a disputa com o lance de 19 bilhões de Reais para operar o aeroporto por 25 anos. (Revista Veja, 2013.).

O Aeroporto de Confins foi arrematado pelo consórcio Aerobrasil, formado pela Cia de Participações em Concessões (CCR), com participação de 75%, Operadora do Aeroporto de Zurique, Flughafen Zürich (AG), com 24%, e Munich Airport International Beteiligungs (GMBH), com 1%. O Consórcio venceu com o lance de R$ 1,8 bilhão, para operar o aeroporto por 30 anos. (G1, 2013.).

De acordo com Elton Fernandes, Ricardo Rodrigues Pacheco, et al. 2016, p 203, 204.).

A partir da assinatura do contrato de concessão, houve um período de transição no qual a administração desses terminais foi realizada em conjunto pela Infraero e a concessionária. Depois desse período, as mesmas assumiram integralmente as

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36 operações de seus respectivos aeroportos. Em 2014, os aeroportos de Brasília, Guarulhos e Campinas estavam em fase de ampliação para adequação da infraestrutura e melhoria do nível de serviços, neste processo é toda responsabilidade das concessionárias. O 2° lote das Concessões contemplou os aeroportos Internacionais do Rio de Janeiro (Galeão Tom Jobim) e o Tancredo Neves (Confins). (FERNANDES et al, 2016, p 203, 204.).

Em 16 de março de 2017, no então governo do Ex-presidente Temer, foi concedido à iniciativa privada com o objetivo do governo era que com as concessões e privatizações iriam ampliar os investimentos numa tentativa de reerguer a economia, estimular a criação de empregos e melhorar a infraestrutura do país. O leilão dos aeroportos certificou ao governo uma arrecadação de R$ 3,72 bilhões em todo o período da concessão, cerca de 23% acima do valor esperado pelo governo, de R$ 3,014 bilhões. Foram concedidos os aeroportos de Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS) e Salvador (BA), em leilões realizados na BMF&BOVESPA. Três grupos estrangeiros, a francesa Vinci, a alemã Fraport e a suíça Zurich levaram as concessões dos quatro aeroportos (G1, 2017.).

A empresa Fraport da Alemanha vence leilão do Aeroporto Internacional Pinto Martins, Fortaleza, pelo lance de R$ 425 milhões. O lance pelo aeroporto cearense foi o segundo maior que teve o prazo da concessão de 30 anos e venceu também o leilão do aeroporto de Porto Alegre, com um lance de R$ 290 milhões com o prazo de 25 anos. O Aeroporto de Salvador foi concedido à rede VINCI Airports em 02 de janeiro de 2018, através de um Contrato de Concessão com duração até 2047. A Floripa Airport assumiu, em 03 janeiro de 2018, o comando da operação do Aeroporto Internacional de Florianópolis. E o ponto de partida foi no atual terminal onde investiu R$ 5 milhões em melhorias para melhorar a eficiência e o conforto. (G1, 2017.).

Neste ano de 2019, houve concessão dos aeroportos também, porém diferente das demais concessões, desta vez os aeroportos foram divididos em blocos, ou seja, três blocos: Nordeste (voltado ao turismo), Centro-Oeste (voltado para agronegócios) e Sudeste (voltado para atividades empresariais - setor de energia, petróleo e gás). (AGÊNCIA BRASIL, 2019.).

O primeiro leilão de concessão do governo de Jair Bolsonaro foi realizado dia 15 de março às 10 horas, na B3 S.A. Brasil, Bolsa, Balcão em São Paulo. Segundo o Diário Oficial da União, o governo federal concedeu 12 aeroportos para a iniciativa privada, o prazo de concessão será de 30 anos para todos os blocos e aeroportos. Esse modelo de concessão foi interessante para o País, pois, geram investimentos, empregos e melhora os serviços prestados

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37 para os consumidores nos terminais de passageiros, diferentemente das primeiras rodadas de concessões e desta vez as novas ofertas não terão a participação da estatal Infraero. (GAZETA DO POVO, 2019.).

No bloco Nordeste estão os aeroportos de Recife (PE), Maceió (AL), João Pessoa e Campina Grande (PB), Aracaju (SE) e Juazeiro do Norte (CE). No bloco Sudeste estão os aeroportos de Vitória (ES) e Macaé (RJ). No bloco do Centro-Oeste estão os aeroportos de Cuiabá, Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta, em Mato Grosso. (ANAC, 2019.).

O bloco Nordeste, foi arrematado pela AENA Desarrollo Internacional SME S∕A por R$ 1,9 bilhão, já o bloco Sudeste, teve como vencedor a ZURICH Airport Latin America LTDA por R$ 437 milhões e o bloco Centro- Oeste foi leiloado pelas empresas SOCICAM Terminais Rodoviários e Representações LTDA e SINART Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico LTDA que pagou R$ 40 milhões. (PORTAL DE MINAS- EM.COM.BR, 2019.).

Figura 4 - Movimento dos aeroportos brasileiros nacionais e internacionais

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38 A figura 4 mostra uma relação de movimentos de pessoas em aeroportos com iniciativa privada e outra com a gestão da INFRAERO.

Figura 5 - Resultados dos leilões de 12 aeroportos em 2019.

Fonte: Portal de Minas- Em.com. br

Na figura 5, mostra um resumo como foi o resultado dos leilões dos 12 aeroportos e sua distribuição em blocos.

Em seguida, irei relacionar os aeroportos juntamente com sua concessionária, as medidas que foram tomadas e as que estão sendo gerenciadas para aquelas que iniciaram o

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