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PROCESSO E PRAZOS DE LICENCIAMENTO DOS FPA

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e d) do nº2, ambas da Constituição da República.

2. Objectivo (artigo 2): Na legislação moçambicana (Decreto nº 51/2015), o

licenciamento tem como finalidade garantir que os FPA realizem suas atividades, em

conformidade com os requisitos legais, procedimentos práticos aplicáveis à prestação

do serviço de abastecimento de água potável e assegurar a coexistência harmoniosa

entre estes e os operadores público, tendo em conta o carácter de complementaridade

destes.

3. Competência para licenciamento (artigo 8): Administrador e Presidente do Município,

consoante as classes.

i. Instrução de processo: Administrador ou Presidente do Município.

ii. Emissão de pareceres: Para efeitos de tomada de decisão: FIPAG, AIAS CRA,

Associação de FPA (caso existam) e outras entidades relevantes à luz da legislação

aplicável (p.e. MISAU).

(3)

Classes Nº Clientes Pessoas Competência

I Até 499 2 645 Administrador do Distrito ou

Presidente do Município (a)

II 500 – 5 000 2 645 – 26

500

III Maior que 5

000

Maior que 26 500

(a) Com prévio consentimento

do Ministro que

superintende a área do área do abastecimento de água (AA) e saneamento.

4. Responsáveis pela monitoria, controlo e avaliação regular do desempenho dos FPA (artigo8): Serviços distritais e municipais

(4)

5. Procedimento de pedido de licença (artigo 9): É feito por requerimento usando o

Modelo do Anexo II do presente Regulamento, devidamente preenchido, assinado e

autenticado, acompanhado pelos seguintes documentos:

a. Identificação completa.

b. Área da localização infra-estrutura, com a indicação da fonte de

captação (subterrânea ou mista).

c. Identificação e aprovação da área a abastecer de acordo com a entidade

licenciadora.

d. Certidão actualizada do registo da entidade legal, para as sociedades e

associações.

e. NUIT.

f. Cópia da procuração conferindo poderes do assinante (se este não for o

empresário, ou designado na certidão de registo como sócio, ou

administrador ou representante autorizado).

(5)

5. Procedimento de pedido de licença (artigo 9, continuação):

h.

Licença de exploração de água subterrânea ou superficial e volumes

autorizados, emitida pela entidade responsável pela administração

regional de águas (ARA).

i.

Resumo descritivo das especificações do sistema de abastecimento de

água.

j.

Boletim de Análise Química e Bacteriologia da Água, emitido ou

certificado há menos de três meses, pelas entidades competentes.

k.

Projecto detalhado de construção das infra-estruturas que conforma os

padrões descritivos das disposições técnicas dos sistemas privados de

distribuição de água potável aplicáveis, aprovadas pelo Ministro que

superintende a área do abastecimento de água e saneamento.

l.

Parecer favorável sobre o impacto ambiental emitido pelas entidades

competentes

(6)

6. Conteúdo da licença (artigo 10):

a. Identificação do titular da licença incluindo NUIT.

b. Identificação do técnico responsável pela inspecção e certificação das obras. c. Identificação da fonte de captação de água (furo, poço, rio, nascente), com a

indicação da província, distrito, localidade, bairro, quarteirão e respectivas coordenadas geográficas.

d. Área da localização da infra-estrutura, com a indicação da fonte de captação de água.

e. Identificação da área a abastecer, de acordo com a entidade licenciadora. f. Identificação da finalidade a ser conferida a licença.

g. Dimensões do furo ou poço, o caudal e o regime de exploração com indicação do volume médio mensal.

h. Características técnicas dos meios de captação e exploração. i. Prazo da licença.

j. Outros requisitos técnicos a serem respeitados em conformidade com o estabelecido nas disposições técnicas.

k. Sujeição às taxas devidas ou sua isenção, conforme os casos e de acordo com a finalidade da infra-estrutura.

(7)

7. Coordenação institucional (artigo 11): Durante a instrução do pedido da licença as

autoridades licenciadoras devem auscultar as instituições previstas no artigo 6, sendo que cada instituição deverá emitir o seu parecer no prazo não superior a quinze dias.

8. Tramitação, decisão e prazos (artigo 12): A recepção para instrução do processo de licenciamento incluindo a renovação da licença devem estar concluídas, proferida a

decisão e notificada ao requerente, no prazo máximo de sessenta dias. Estes é suspenso caso o pedido requerer correcção e/ou junção elementos e documentos complementares.

9. Validade da Licença (artigo 13).

Classes

Nº Clientes

Pessoas

Validade

I

Até 499

2 645

5 anos renovável

II

500 – 5 000

2 645 – 26 500

5 anos renovável

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caducidade da licença, mediante a entrega do requerimento (modelo Anexo II), devidamente preenchido, assinado e autenticado, acompanhado pelos seguintes documentos:

a. Cópia da licença de prestação de serviços de AA.

b. Licença de exploração de água subterrânea ou de superfície e volumes autorizados, emitida pela ARA.

c. Boletim de qualidade de água potável, emitido há menos de três meses. d. Comprovativo do pagamento da taxa de renovação.

A decisão final sobre a renovação da licença está sujeita a confirmação pela autoridade licenciadora do cumprimento dos deveres legais do FPA durante a vigência da licença. 11. Revogação (artigo 15): Constitui motivo para revogação da licença:

a. O incumprimento dos deveres dos titulares.

b. Interrupção por incapacidade, por um período de seis meses. c. O interesse público.

(9)

12. Direitos dos titulares das licenças (artigo 16):

a. Receber os pagamentos devidos pela água fornecida.

b. Ser compensado por motivo de interesse público que determine a revogação antecipada da licença.

c. Usufruir todos os direitos que a legislação vigente lhes confere. 13. Deveres dos titulares das licenças (artigo 17):

a. Na área da licenciada, manter o fornecimento contínuo da água aos clientes durante a vigência do contrato com os mesmos.

b. Observar os padrões técnicos aprovados pelo Ministro que superintende a área de AA e saneamento e os padrões ambientais, de acordo com a lei vigente.

c. Cumprir com as regras e noemas que regem a qualidade dos equipamentos utilizados no AA.

d. Cumprir com as regras e noemas que regem a qualidade de água para consumo humano.

e. Cumprir com as demais legislações que seja aplicável ao sector e manter em arquivo a documentação pertinente aos indicadores regulados.

(10)

f. Sujeitar-se à regulação da qualidade do serviço, avaliação do desempenho, do sistema tarifário e o relacionamento com os consumidores.

g. Informar atempadamente ao cliente sobre qualquer anomalia que altere o fornecimento de água.

h. Colaborar com as autoridades licenciadoras e reguladora, prestando a informação e dados que lhe forem solicitados, no âmbito da fiscalização e monitoria.

i. Interrupção por incapacidade, por um período de seis meses.

14. Contrato de Adesão (artigo 18): Os FPA deverão celebrar contratos com os seus clientes (modelo Anexo IV)

(11)

15. Taxas de Licenciamento (artigo 19): Taxa paga numa única prestação no acto de submissão do requerimento.

Classes Nº Clientes Pessoas Meticais

I Até 499 2 645 2.500 II 500 – 5 000 2 645 – 26 500 5.000 III Maior que 5 000 Maior que 26 500 250.000

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16. Fiscalização e penalidades (artigo 21):Compete a autoridade licenciadora, em coordenação com as demais entidades afins, fiscalizar o cumprimento dos termos e

condições da licença, incluindo a inspecção das infra-estruturas, equipamentos e registos. 17. Infracções (artigo 22): sem prejuízo dos procedimentos criminal e civil que couber, constituem infrações administrativas as seguintes práticas:

a) O exercício da actividade de prestação do serviço de abastecimento de água sem licença.

b) A prestação de serviços a consumidores fora da área licenciada c) Inobservância dos padrões técnicos.

d) Inobservância dos padrões de qualidade de água para consumo humano

e) Incumprimento das obrigações relativas à regulação do serviço, desempenho e protecção dos consumidores

f) Interrupção do fornecimento de água, salvo:

(i) Por avarias comprovadas e imediatamente informadas aos clientes e a entidade licenciadora.

(13)

f) Interrupção do fornecimento de água, salvo (continuação):

(ii) Para intervenções de manutenção e melhoramento com aviso prévio aos clientes e a entidade licenciadora.

(iii) Por factores não voluntários imediatamente informados aos clientes e a entidade licenciadora.

18. Sanções (Artigo 23): Infracções cometidas são sancionadas com multas, suspensão e revogação da licença, como se pode ver na tabela que se segue. A reincidência em

qualquer infracção que possa ser sancionada com a suspensão da actividade é punível com a revogação imediata da licença.

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1. Sem licença.

período até 2 anos. Dado o prazo de 3 meses para

corrigir a situação, contados da data da notificação da infracção

60.000

2. Actividade fora da área da licença.

1ª Advertência registada. - 2ª Verificação / Multa. 15.000 3ª Reincidência / Multa. 20.000 3. Inobservância dos padrões técnicos. Multa 30.000 4. Inobservância dos padrões da

qualidade de água para consumo

humano. Multa 75.000

5. Incumprimento das obrigações relativas à regulação do serviço, desempenho e protecção dos clientes

Multa na 1ª verificação e suspensão até 6 meses na 2ª

verificação. 30.000

6. Interrupção não por avaria

comprovadas; não para intervenções de manutenção e melhoramento e por factores não voluntários (conforme a lineia f) do artigo 22).

Suspensão da licença e intervenção pela entidade licenciadora para garantir a continuidade do serviço. E multa diária de para as classes I e II.

30.000 Multa diária para classe III. 300.000 7. A suspensão por um período superior a

6 meses, sem que a violação tenha sido corrigida.

Revogação automática da licença.

8. Pela 1ª vez: (i) o exercício da

actividade sem licença; (ii) o exercício da actividade fora da área da licença (iii) a inobservância dos padrões técnicos.

Dado o prazo de 3 meses para corrigir a situação, cotados da data da notificação da infracção

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calendário, contadas da data de recepção da notificação. Em caso de não pagamento dentro do prazo, o auto é remetido ao juízo da execução fiscal competente.

20. Garantias dos administrados (Artigo 25): Na sua relação com a autoridade licenciadora, os requerentes e titulares de licenças têm as garantias previstas na legislação sobre a

formação da vontade da administração pública.

21. Duração das licenças dos FPA Actuais (Artigo 28): As licenças emitidas antes da entrada em vigor do Decreto nº 51/2017 são sujeitas as seguintes disposições transitórias:

a. Ao FPA com sistema de canalização domiciliária é atribuído uma licença especial por um

período até dez anos para garantir o retorno do investimento.

b. Ao FPA com sistema de canalização domiciliária mas com risco de contaminação eminente é atribuído uma licença válida por um período até cinco anos. E caso se verificar qualquer

contaminação, a entidade licenciadora reserva-se o direito de suspender imediatamente a licença até a devida regularização.

c. Sem prejuízo do preceituado na alínea a) do número, a integração ou revogação antecipada da licença em referência, desde que seja no interesse público dá origem a uma compensação justa.

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21. Duração das licenças dos FPA Actuais (Artigo 28, continuação): Os sistemas são integrados em conformidade com os diferentes níveis, nomeadamente:

(a) Integração parcial; (b) Integração completa; (c) Coexistência.

As licenças especiais mencionadas acima, são emitidas após uma análise dos investimentos realizados pelos FPA.

22. Compensação (Artigo 29): As compensações são devidas de acordo com a legislação aplicável no direito público. O FPA que tiver a sua licença emitida ao abrigo do presente Regulamento, revogado por motivos de interesse público deve ser compensado pela entidade detentora do interesse, desde que:

(a) Apresente provas de que fornecia água de qualidade através de boletim de análise química e bacteriologia da água com validade não superior a 3 meses.

(b) Apresente registos, evidências, recibos e provas que atestam que o serviço foi efectivamente prestado, que os bens móveis e equipamentos existem e foram utilizados para o serviço.

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Referências

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