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Sumaya Persona de Carvalho. Departamento de Psicologia, PROEG/CPA/UFMT

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(1)

Sumaya Persona de Carvalho

Departamento de Psicologia, PROEG/CPA/UFMT

sumayapersona@ufmt.br

(2)

Era uma vez uma joaninha que nasceu sem

bolinhas...

Por isso, ela era diferente. As outras joaninhas

não davam „bola‟ pra ela. Cada qual com suas

bolinhas, viviam dizendo que ela não era

joaninha.

A joaninha ficava triste, pensando nas bolinhas

e no que poderia fazer... Comprar uma capa

de bolinhas? Ou, quem sabe, ir embora para

longe, muito longe dali?

(3)

Ela pensava e pensava...

Sabia que não seriam as bolinhas que iriam

dizer se ela era uma joaninha verdadeira ou

não. Mas as outras joaninhas não pensavam

assim...

Então, ela resolveu não dar mais importância

ao que as outras joaninhas pensavam e

continuou sua vida de joaninha sem

bolinhas...

(4)

Até que um dia, as joaninhas reunidas

resolveram expulsar do jardim aquela que

para elas não era uma joaninha!

Sabendo que era uma autêntica joaninha,

mesmo sem bolinhas, teve uma ideia...

Contou tudo para o besouro preto, que é

parente distante das joaninhas. Decidiram ir à

casa do pássaro pintor e contaram a ele o

que estava acontecendo.

(5)

O pássaro pintor, então, teve uma ideia. Pintou

com capricho o besouro, que ficou parecendo

uma joaninha de verdade...

E lá se foram os dois para o jardim: a joaninha

sem bolinhas e o besouro disfarçado.

No jardim ninguém percebeu a diferença. E

com festa receberam a nova joaninha.

(6)

A joaninha sem bolinhas, que a tudo assistia

de cima de uma folha, pediu um minuto de

atenção e, limpando a pintura que disfarçava

o besouro preto, perguntou:

- Quem é a verdadeira

joaninha?

(7)

Proponho que, tal como o besouro e o pássaro

pintor, nós (professores ou não) façamos uma

aliança (quase cumplicidade) com a

joaninha-sem-bolinhas, para que ela tenha espaço

para ser e espaço para provar que sendo uma

“verdadeira” joaninha (com ou sem bolinhas)

é sempre capaz de aprender... e de ensinar.

Lígia Amaral: Histórias da exclusão – e de inclusão – na rede pública. Educação em debate. SP, Casa Psicólogo, 1997.

(8)

Por muitos anos e pelas mais variadas

razões, sujeitos com necessidades

especiais não chegavam ao ensino

superior, razão pela qual sua

presença hoje nesse espaço social

pouco foi discutida no passado

mobilizando hoje pré-conceitos e

mitos que a história se incumbiu de

cristalizar.

(9)

Entretanto, essa realidade vem se

alterando...

Um exemplo é este momento!

...que evidencia a preocupação em se

discutir também a educação especial

como uma das diversidades

constitutivas da população brasileira.

(10)

Apresentar aspectos das condições

de acessibilidade no interior da

UFMT, no

campus

de Cuiabá.

(11)

Equipe da pesquisa

Eliza Moura Pereira Silva Mariane Cristine Baicere Queiroz

Curso de Pedagogia, UFMT

Maria Madalena Simões Sumaya Persona de Carvalho

(12)

C

onhecer os aspectos da estrutura física

dos espaços externos da UFMT (

campus

Cuiabá) sob o amparo dos documentos

legais de acessibilidade e de direitos

humanos.

Decreto N° 5.296 (2004)

ABNT NBR 9.050 (2004)

(13)

 O Decreto n° 5.296 de 02/12/2004

“Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de

novembro de 2000, que dá prioridade de

atendimento às pessoas que especifica, e

10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios

básicos para a promoção da

acessibilidade das pessoas portadoras de

deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.”

(14)

 Conforme Decreto n° 5.296, a

acessibilidade

é

“condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida”.

(15)

De acordo com a ABNT,

acessibilidade

“a possibilidade e condição de

alcance, percepção e entendimento

para a utilização com segurança e

autonomia de edificações, espaço,

mobiliário, equipamento urbano e

elementos”.

(16)

De acordo com a ABNT,

acessível

“espaço, edificações, mobiliário,

equipamento urbano ou elemento

que

possa

ser

alcançado,

acomodado, utilizado e vivenciado

por qualquer pessoa, inclusive

aquelas com mobilidade reduzida.

O termo acessível implica tanto

acessibilidade física como de

comunicação.”

(17)

De acordo com a ABNT,

adaptável

“espaço,

edificação,

mobiliário,

equipamento urbano ou elemento

cujas características possam ser

alcançadas para que se torne

acessível.”

(18)

De acordo com a ABNT,

adaptado

“espaço,

edificação,

mobiliário,

equipamento urbano ou elemento

cujas características originais foram

alteradas

posteriormente

para

serem acessíveis.”

(19)

De acordo com a ABNT,

adequado

“espaço,

edificação,

mobiliário,

equipamento urbano ou elemento

cujas

características

foram

originalmente

planejadas

para

serem acessíveis.”

(20)

De acordo com a ABNT,

barreiras

arquitetônicas, urbanística ou ambiental

“qualquer

elemento

natural,

instalado ou edificado que impeça a

aproximação,

transferência

ou

circulação no espaço, mobiliário ou

equipamento urbano.”

(21)

“Inclusão e participação são essenciais à dignidade humana e ao desfrutamento e exercício dos direitos humanos. Dentro do campo da educação, isto se reflete no desenvolvimento de estratégias que procuram promover a genuína equalização de oportunidades.”

(22)

Decreto nº 5296 de 02/12/2004

Art. 24. Os estabelecimentos de ensino de qualquer nível, etapa ou modalidade, públicos ou privados, proporcionarão condições de acesso e utilização de todos os seus ambientes ou compartimentos para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, inclusive salas de aula, bibliotecas, auditórios, ginásios e instalações desportivas, laboratórios, áreas de lazer e sanitários.

(23)

 § 1o Para a concessão de autorização de

funcionamento, de abertura ou renovação de curso pelo Poder Público, o estabelecimento de ensino deverá comprovar que:

 I - está cumprindo as regras de

acessibilidade arquitetônica, urbanística e na comunicação e informação previstas nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT, na legislação específica ou neste Decreto;

(24)

 II - coloca à disposição de professores,

alunos, servidores e empregados portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida ajudas técnicas que permitam o acesso às atividades escolares e administrativas em igualdade de condições com as demais pessoas; e

 III - seu ordenamento interno contém

normas sobre o tratamento a ser dispensado a professores, alunos, servidores e empregados portadores de deficiência, com o objetivo de coibir e reprimir qualquer tipo de discriminação, bem como as respectivas sanções pelo descumprimento dessas normas.

(25)

“A ideia é fomentar a implantação de programas e projetos de ensino, pesquisa e extensão que ampliem as oportunidades educacionais das pessoas com deficiência no contexto das Instituições Federais de Educação Superior (IFES).

O INCLUIR ainda contempla verbas para reformas de cunho estrutural (adaptações dos espaços físicos: elevadores, rampas, etc.) e compra de recursos tecnológios, tais como: computadores, impressoras Braille, softwares

especiais, lupas, etc.” (MIRANDA, 2007, p. 126).

(26)

Neste movimento, a UFMT, com a iniciativa da PROEG e apoio do Núcleo de Inclusão e Educação Especial (NIEE), realizou um mapeamento para analisar a equidade de acesso e permanência das pessoas com deficiência. Esse estudo visou também direcionar os esforços para criar melhores condições de acessibilidade para todos.

(27)

A pesquisa de campo foi realizada ao longo dos meses de outubro e novembro do ano de 2009 e resultou num mapeamento fotográfico

do campus e seus principais acessos externos,

identificando não só as principais barreiras arquitetônicas presentes na universidade, mas também os avanços.

(28)

Foram mapeados os espaços de acessos à UFMT desde os blocos das faculdades e institutos, até os prédios da reitoria, biblioteca central, restaurante universitário, museu Rondon do Índio, parque aquático, quadras, zoológico, ginásio, centro cultural, ADUFMAT, teatro, entre outros.

(29)

Rampas de acesso à calçada. Vagas reservadas para cadeirantes no estacionamento do bloco de Direito.

(30)
(31)
(32)
(33)
(34)

Como resultado das análises dos ambientes acadêmicos, propomos ações que articulem e envolvam todas as pró-reitorias, afinal, as barreiras arquitetônicas podem ser facilmente superadas por meio de reformas e adaptações da estrutura física. No entanto, as atitudinais, por serem intrínsecas

aos sujeitos, exigem procedimentos mais complexos de superação, que, por sua vez, requerem mudanças de concepções e, portanto, a conscientização por parte das pessoas.

(35)

A entrada no ensino superior é, possivelmente, um marco na vida do indivíduo e, logo, precisa ser assegurada não apenas por pilares edificais, mas, principalmente, por planejamentos e ações que garantam sua permanência na universidade.

(36)

“A diferença não é só compatível com o ser humano como é sua própria condição” (PINO, 2007, p.62)

 Tudo isso não parece óbvio?

 Já que é tão óbvio, por que há tanto preconceito e

discriminação?

 Como dizia Darcy Ribeiro, lá pelos idos da década de 1970,

quando a sombra da ditadura militar obscurecia as nossas escolas e as nossas universidades...

(37)

“Acho mesmo que os cientistas trabalham é com o óbvio. Aparentemente, Deus é muito treteiro, faz as coisas de forma tão recôndita e disfarçada que se precisa desta categoria de gente – os cientistas – para ir tirando os véus, desvendando, a fim de revelar a obviedade do óbvio. O ruim deste procedimento é que parece um jogo sem fim. De fato, só conseguimos desmascarar uma obviedade para descobrir outras mais óbvias ainda.” (Ribeiro 1978, p.09)

(38)

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Norma Brasileira 9.050. 2.ed. Rio de Janeiro: [s.m], 2004. 97p.

BERNARDES, Lúcia Helena Garcia. Subjetividade: Um objeto para psicologia comprometida com o social. Coleção História da Psicologia no Brasil. São Paulo: Casa do Psicólogo. 2007.

BRASIL. Decreto Nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Disponível em

<WWW.planalto.gov.br/ccivil/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm>. Acesso em 25 de agosto de 2010.

___________. Projeto Lei 2905 de 2004. Disponível em

<http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/51165.html>. Acesso em 20 de setembro de 2010. Declaração de Salamanca. Sobre Princípios, Política e Prática em Educação Especial. Disponível em <

WWW.cedipod.org.br/salamanc.htm >. Acesso em 25 de agosto de 2010.

DISCHINGER, Marta; MACHADO, Rosângela. Desenvolvendo ações para criar espaços escolares

acessíveis. Inclusão – Revista da Educação Especial, Brasília, ano 2, n.02, p. 36-39, agosto/2006. MIRANDA, Theresinha Guimarães. A inclusão de pessoas com Deficiência na Universidade In JESUS,

Denise Meyrelles de at. AL. (orgs). Inclusão, Práticas Pedagógicas e Trajetórias de Pesquisa. Porto Alegre: Mediação/ Prefeitura Municipal de Vitória/ CDV/FACITEC, 2007.

PIZZI. L.C.V.; FUMES, N. F. (orgs). Formação do pesquisador em Educação: identidade, diversidade, inclusão e juventude. Maceió: EDUFAL, 2007.

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Inclusão – Revista de Educação Especial. Brasília, v.4, n.1, p.7-17, jan/junh. 2008. Edição Especial.

RIBAS, João Baptista Cintra. O que são pessoas deficientes. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Brasiliense, 1983.

(39)
(40)

Dados de pesquisa realizada com

iniciativa da Pró-Reitoria de Ensino de

Graduação - PROEG, em parceria com o

Núcleo de Inclusão e Educação Especial

– NIEE da UFMT

Referências

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