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GESTÃO AMBIENTAL UTILIZANDO QUINTAIS PRODUTIVOS. Rosilene Gomes Nascimento; Hélder Cavalcante Nascimento; Tânia Maria de Andrade

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Academic year: 2021

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GESTÃO AMBIENTAL UTILIZANDO QUINTAIS PRODUTIVOS Rosilene Gomes Nascimento; Hélder Cavalcante Nascimento; Tânia Maria de Andrade

Apresentação: Comunicação Oral

Resumo

Este trabalho traz como perspectiva de abordagem, a temática de análise dos conceitos da gestão ambiental aplicados ao contexto urbano utilizando para essa análise o quintal produtivo como espaço para experiência. Visou proporcionar uma vivência experimental direta com o quintal produtivo, a partir de um recorte geográfico pequeno na escala residencial. Teve como desafio principal encontrar o papel da gestão ambiental a partir da descoberta de variáveis da gestão que melhor se ajustem aos princípios da permacultura, das tecnologias sociais e da sustentabilidade. A pesquisa apresentou como percurso metodológico uma revisão bibliográfica, sendo caracterizado como pesquisa descritiva exploratória, qualitativa, - uma Pesquisa-Ação- na qual o pesquisador é participante e autor. Como resultados foram estabelecidas as áreas de zoneamentos projetadas no plano da gestão do quintal da residência e as suas respectivas zonas e atividades produtivas e adoção de tecnologias sociais. Por fim, pode-se dizer que o plano de gestão para a localidade é outro fator imprescindível para o sucesso da gestão do quintal, isso inclui a definição das zonas delimitadas com base nos critérios permaculturais, onde a acessibilidade, a diversidade e a apropriação do conhecimento são também fatores determinantes para um modelo de gestão ambiental na perspectiva da sustentabilidade.

Palavras-Chave: Quintais produtivos, gestão ambiental, permacultura e sustentabilidade. Introdução

Este trabalho traz como perspectiva de abordagem, a temática de análise dos conceitos de gestão ambiental aplicados ao contexto urbano utilizando para essa análise o quintal produtivo como espaço concreto experiencial. Para tanto, parte-se do pressuposto que gerir o ambiente, transformar o ambiente, garantir segurança alimentar e nutricional, torná-lo sustentável é um exercício cujo laboratório experimental seria a residência de parte da equipe pesquisadora.

A disponibilidade de espaço físico residencial é outro ponto que deve ser considerado, pois é dele que, independentemente do tamanho, ganhará destaque na produção dos alimentos orgânicos. Compreende-se que o cultivo, por meio de estratégias voltadas para a gestão

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ambiental, possibilita a construção de novos relacionamentos e o desenvolvimento da consciência ecológica, pelo menos no contexto familiar.

Nesse sentido, compreende-se que o ser humano precisa ter meios para desenvolver ações utilizando-se dos princípios da permacultura e das tecnologias sociais e que possam ser apropriadas em pequenos espaços urbanos, visando à otimização do uso de seu próprio espaço e por fim, contribuir de maneira direta com o meio ambiente e com o espaço familiar, por meio da agricultura orgânica familiar urbana.

A agricultura orgânica familiar urbana tem sua grande importância, pois pode, de certa maneira, contribuir com a segurança alimentar e nutricional da família, como também para um ambiente moldado na sustentabilidade. Uma vez que nela é observada a diminuição ou até mesmo, em alguns casos, ausência do uso de produtos prejudiciais ao meio ambiente e aos seus habitantes, a exemplo de agrotóxicos e alimentos geneticamente modificados.

Sendo assim, justifica-se o fato deste estudo ser uma residência em contexto urbano recorte geográfico da pesquisa. Terá como desafio principal encontrar o papel da gestão ambiental a partir da descoberta de variáveis da gestão que melhor se ajustem aos princípios da permacultura, das tecnologias sociais e da sustentabilidade.

Fundamentação Teórica

Após a revolução industrial o maciço deslocamento das pessoas do meio rural para os centros urbanos traz consigo uma problemática, a perda do contato com a terra. Muitos não se adéquam a essa nova realidade e tentam por seus próprios esforços a recriação na zona urbana dos mesmos meios produtivos da zona rural.

Apesar de a humanidade ter desenvolvido a capacidade de adaptação e racionalização dos recursos naturais, devido à socialização do conhecimento, ainda vem utilizando os recursos naturais de forma desordenada. Para Lenzi (2006, p. 39) “um dos fenômenos que deveria ser explicado pela sociologia ambiental é, justamente, o impacto que práticas sociais intencionais e não intencionais acabam causando ao meio ambiente”.

À luz de Foster (2005, p. 107) “os seres humanos produzem a própria relação histórica com a natureza em grande parte produzindo os seus meios de subsistência”. A modernização de vida trouxe em seu constructo, a transformação dos insumos tradicionais para insumos modernos. Se por um lado o homem, ou melhor dizendo, o sistema político e econômico hegemônico vigente – o capitalismo, desenvolveu sistemas que aumentaram a produção de alimento, estes mesmos sistemas muitas vezes causam prejuízo a sua própria alimentação, como é o caso dos conservantes alimentares. Somando-se a isso, temos as grandes desigualdades sociais, onde poucos têm acesso a produtos de melhor qualidade.

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Foi em 1990, que o termo “agricultura familiar” ganhou respaldo como quanto movimento que procura resgatar os processos de produção sustentável. Atualmente a procura pela criação de quintais produtivos nos centros urbanos é bem escassa. Neste preâmbulo entra a permacultura como atividade que engloba o planejamento, métodos e técnicas para o desenvolvimento de um ambiente sustentável, uma vez que ela se baseia em premissas, conforme ressalta Pereira (2014, p. 45-46), “Do próximo para o longe [...] Só plantar o que dá para cuidar [...] Utilizar ao máximo o que se tem [...] Criar manejo de menor intervenção [...] Aumentando a mistura de plantas [...].” Neste contexto, entende-se que os preceitos da gestão ambiental se enquadram como variáveis importantes no tocante à segurança alimentar e nutricional e na observação dos impactos que essas variáveis poderão proporcionar na vida de quem pratica esse modo de cultura, essa otimização dos quintais. A gestão ambiental tem como objetivo a busca permanente da melhoria contínua da qualidade ambiental, sejam dos serviços, produtos ou do ambiente de trabalho de qualquer organização pública ou privada, independente do porte até mesmo se tratando de um de um recorte geográfico urbano.

Na prática, segundo a International Organization for Standardization ISO 14001, (2015) “é prover às organizações uma estrutura para a proteção do meio ambiente e possibilitar uma resposta às mudanças das condições ambientais em equilíbrio com as necessidades socioeconômicas.”

Sabe-se que a gestão ambiental aplicada ao espaço urbano, também denominada de gestão ambiental urbana, compreende os processos de desenvolvimento de atividades gerenciadas no contexto urbano, focando as relações entre os espaços sociais e suas demandas e os componentes ambientais, a exemplo dos resíduos sólidos, os recursos hídricos, consumo energético, saneamento ambiental, saúde pública, zonas de Áreas de Proteção Permanente – APP, entre outras.

Vale salientar que no momento em que se migra da zona rural para a zona urbana, os indivíduos que não se adaptam ao estilo de vida urbana, tentam reproduzir neste espaço o ambiente rural buscando resgatar seu modo de vida através da conservação de práticas produtivas imbuídas dos valores herdados pelo modo de vida camponesa. Porém é preciso observar a questão dos que estão do lado oposto, pois o espaço urbano como modo de vida sempre apresentará possibilidades de resistência, revelando uma vida cheia de complexidade e incertezas, segundo Ortigoza (2010).

O contexto urbano, conforme Carlos (2007, p. 11) é dito como o local que reflete interação de pessoa e espaço no modo pelo qual se realiza a vida na cidade, se revelando como condição, meio e produto da ação humana.

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Neste contexto, a cidade pode ser interpretada como um lugar de possibilidades para o desenvolvimento de projetos e ações voltados para o presente e futuro. Como exemplo, podese observar historicamente a existência de espaços de preservação, conservação e produção de alimentos em diversas cidades no mundo inteiro. Em se tratando de alimentos, destacam-se os espaços ao redor das residenciais conhecidos como:

[...] o terreiro, ou quintal, historicamente sempre foi utilizado como um espaço produtivo, porém sempre planejado para atender as necessidades em escala familiar. Boa parte da produção dos alimentos do consumo familiar era produzida nesta área. Alimentos como hortaliças, ervas medicinais além de alguns tubérculos e frutas e pequenos animais faziam parte da utilidade de uso deste espaço (PEREIRA, 2014, p. 7).

Os quintais tem sido uma forma de autoconsumo, pois ela coopera para uma alimentação saudável e mais focada no seio familiar. Segundo Carneiro, Camurça, et al ( (2013) apud Brito e Coelho, 2000, p.137):

No Brasil, quintal é o termo utilizado para se referir ao terreno situado ao redor da casa, definido, na maioria das vezes, como a porção de terra próxima à residência, de acesso fácil e cômodo, na qual se cultivam ou se mantêm múltiplas espécies que fornecem parte das necessidades nutricionais da família, bem como outros produtos, como lenha e plantas medicinais.

É exatamente nesses espaços alternativos que ocorrem o aproveitamento no máximo possível, dos recursos naturais como a água, a radiação solar, nutrientes do solo, práticas de compostagem reutilizando o orgânico fresco e as folhas secas, entre outros insumos. Destacase como estratégia de gestão ambiental em quintais produtivos, a inclusão das práticas permaculturais, sobretudo quando se trata de ambientes pequenos na zona urbana. A permacultura, segundo (MOLLISON, 1998, p. 5) é a “integração harmoniosa entre as pessoas e a paisagem, provendo alimento, energia, abrigo e outras necessidades, materiais ou não, de forma sustentável.

Entende-se que a permacultura sendo um sistema de planejamento para a criação de ambientes humanos sustentáveis e produtivos em equilíbrio e harmonia com a natureza apresenta-se como um fator crucial para o desenvolvimento de quintais produtivos em áreas urbanas. Assim sendo, a permacultura é um método sustentável e é norteada por princípios éticos e de designer e pilares, que rege e direciona o seu desabrochar abrangendo varias dimensões como: sociais, econômicas e ambientais. Costa (2016, p. 21), resume a permacultura como sendo uma metodologia de planejamento dos ambientes, unindo conhecimentos tradicionais e modernos para aplicar os preceitos da sustentabilidade.

Conforme Mendes (2012, p. 111), “uma das chaves para o planejamento energético eficiente é o posicionamento das plantas, das áreas para os animais e das estruturas, sempre levando em consideração o zoneamento e os setores.”

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Segundo Alves (2010, p. 10) o zoneamento de um território é um processo que tem por finalidade:

[...] organizá-lo ou dividi-lo em zonas mais ou menos homogêneas, segundo seus potenciais de uso e ocupação. Efetua-se o zoneamento de um território com o objetivo de otimizar suas capacidades socioeconômicas e produtivas, através do uso/ocupação racional de suas potencialidades e, inversamente, proporcionando condições para impedir que suas porções territoriais mais vulneráveis, ou seja, preservadas, ou seja, utilizadas apenas para processos que estejam de acordo com suas limitações físicas, biológicas e sócio econômico culturais.

Entende-se que para haver sustentabilidade é necessário que ela esteja firmada em bases sólidas de conhecimento do meio ambiente, juntamente com as relações sociais e em comunhão com os meios econômicos formando de forma indissociada, a sustentabilidade. Para obter um meio ambiente ecologicamente equilibrado, conforme Brasil (2015) é necessário que a legislação deva ser respeitada e cumprida para que as gerações presentes e futuras possam usufruir com dignidade do ambiente. Neste sentido, sabe-se que a maioria das experiências executadas pelos homens no uso do meio ambiente tem se demonstrado menos favoráveis ao próprio meio ambiente visto que a bandeira do “progresso” usa a tecnologia como aliada.

Para Coelho (2011, p. 19) “a tecnologia só existe devido ao caráter criativo do homem” e que numa perspectiva ampla no seio da sociedade, ela tanto pode gerar impactos positivos como negativos. Sob a luz da relação com a sustentabilidade, a tecnologia é aplicada de forma a minimizar os impactos que as ações do homem geram no ambiente se traduzindo no uso de Tecnologias Sociais (TS).

Assim, as tecnologias sociais, conforme reforça Fernandes e Maciel (2010, p. 9) visam:

Tratar da concepção de TS significa reconhecer a diversidade de fatores que estão implicados na construção e no desenvolvimento de uma TS; entre eles pode-se citar a transformação social, a participação direta da população, o sentido de inclusão social, a melhoria das condições de vida, o atendimento de necessidades sociais, a sustentabilidade socioambiental e econômica, a inovação, a capacidade de atender necessidades sociais específicas, a organização e sistematização da tecnologia, o diálogo entre diferentes saberes (acadêmicos e populares), a acessibilidade e a apropriação das tecnologias, a difusão e ação educativa, a construção da cidadania e de processos democráticos, a busca de soluções coletivas, entre outros, que são sustentados por valores de justiça social, democracia e direitos humanos.

Partindo dessas considerações, este estudo buscou o uso de tecnologias sociais em um pequeno recorte local na perspectiva de aplicar gestão ambiental.. O recorte residencial opera de modo a conter inputs consumindo recursos como gás, eletricidade, água e alimentos e gerar outputs como consequência das atividades de operação e subprodutos como: calor, resíduos sólidos, efluentes líquidos. A Figura 1 que se segue representa a descrição dos fluxos no recorte residencial.

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Como se observa o recorte local é, basicamente, uma fonte consumidora e os seus fluxos de energias passam pelo sistema e não ficam retidos no local.

No insumo água, vemos que esta é usada para as atividades de assepsia corporal, preparação de alimento e lavagem de utensílios, alimentos, limpeza das residências e roupas gerando efluentes líquidos como as águas cinza e negras.

A fonte fornecedora de água tratada é originaria da rede de distribuição da Companhia de Abastecimento de Água e Esgoto da Paraíba (CAGEPA), sem nenhuma outra fonte secundária de abastecimento. A saída de efluentes é para uma fossa séptica na residência sem conexão com a rede de tratamento de esgoto que se encontra em estado potencial.

Ressalta-se que se for introduzido mais alguma atividade, por exemplo, um cultivo de plantas no recorte local que aumente o consumo de água, esta deve ser planejada para que se torne sustentável.

No recorte local o uso dos inputs é na primeira impressão uma questão obvia direta. Isto é, fica claro que a maneira em que está organizado o sistema consumidor, ele nos deixa totalmente dependente das fontes fornecedoras, mas quando você analisa mais detalhadamente cogita na possibilidade de minimizar o uso das fontes fornecedoras desses inputs.

Diante do exposto definimos planos de gestão ambiental que operem com eficácia, eficiência, efetividade para minimizar os impactos negativos das atividades adicionais e gerar impactos positivos. Entende-se também que dentro do planejamento da gestão definem-se as linhas de ação que atuarão na gestão da água tanto na entrada como na saída; na gestão dos resíduos sólidos e na gestão dos alimentos.

Metodologia

A pesquisa apresentou como percurso metodológico uma revisão bibliográfica, sendo caracterizada como: descritiva exploratória, qualitativa, - uma Pesquisa-Ação - na qual o pesquisador é participante e autor. Para Nunes e Infante (1996)a metodologia Pesquisa-Ação

Figura 1 – Sistema de Entrada (Inputs) e Saídas (Outputs).

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busca desenvolver técnicas e conhecimentos necessários ao fortalecimento das atividades desenvolvidas.

O presente estudo foi realizado numa residência familiar, onde residem duas pessoas, e está localizada no Bairro José Américo de Almeida, na Zona urbana de João Pessoa – PB, o recorte urbano que possui coordenada geográfica a -7°10’5.58" S e 34°51'0.82" O na Zona 25. Foram utilizados: Software Qgis 2.2, Google Earth para gerar o mapa de localização da residência conforme Figura 1.

Figura 3 - Mapa da Paraíba com destaque na área de estudo. Fonte: Alves 2017.

Floorplanner1 para a geração do croqui do espaço estudado para identificar onde haverá

as intervenções e a aplicação das tecnologias sociais. Além do mais serão desenvolvido três planos de ação para serem executados no quintal produtivo, que são eles:

Projeção da gestão das águas residenciais

No primeiro passo foi dada ênfase ao processo de captação de água das chuvas como forma de economia do uso da água da distribuidora convencional, que será utilizada para alimentar o quintal produtivo, através de minicisternas e sistemas de irrigação.

No segundo passo, propõe-se uma tecnologia social, como forma de gerir o efluente residencial oriundos das águas cinza, provenientes de maquinas de lavar ou pia de lavagem de roupa, que passam por um tratamento biológico. Neste processo introduziremos a técnica do círculo de bananeiras (CB) que permite a reutilização dos efluentes líquidos, especialmente, dessas águas cinza para o cultivo dessa variedade frutífera.

Projeção da gestão dos resíduos sólidos:

A proposta é gerir parte dos resíduos de alimentos oriundos da cozinha como os vegetais incluindo também o material proveniente da poda e varrição do quintal. Esse gerenciamento se dará por meio do uso de técnicas de compostagem, empregado duas composteiras. Um dos

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modelos de composteira é o minhocário, onde se utiliza três recipientes sobrepostos, onde o produto da compostagem gera tanto composto sólido e liquido. O outro modelo de composteira é a do tipo holandesa construída de alvenaria que receberá também parte dos restos vegetais somados aos restos das sobras do quintal. O produto resultante dos compostos orgânicos servirá de nutrientes para as plantas a serem cultivadas no quintal.

Os resíduos sólidos recicláveis serão destinados as cooperativas de reciclagem da cidade e os resíduos não recicláveis do local serão destinados à coleta da prefeitura.

Dentre esses materiais sólidos recicláveis abundantes destaca-se a conhecida garrafa PET2 que também tem aplicação no cultivo do quintal.

Projeção da gestão dos alimentos:

Criar um ambiente propício para garantir a segurança alimentar deve-se desenvolver uma projeção de alimentos feita por meio do cálculo de rotatividade da cultura, observando o paladar, a variedade nutricional, a proteção do solo e nutrição das plantas.

A irrigação destes alimentos se dará pelo uso de tecnologias sociais de sistema gravitacional por gotejamento e por capilaridade. Ambos os sistemas permite uma economia hídrica.

Os produtos retirados das projeções anteriores fecham o ciclo da matéria, contribuindo com a sustentabilidade local.

Resultados e Discussão

Baseando-se no zoneamento ficaram definidas as seguintes zonas para intervenção de acordo com o os planos de gestão segue Figura 2:

Figura 2: Zoneamento para intervenção. Fonte: Flooplanner adaptado pelo Autor 2017.

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O plano de implantação do sistema de captação de águas para irrigação das Zona 1 e

na Zona 2 é demonstrado na Figura 3.

Figura 3: Sistema minicisterna para instalação residencial. Fonte:

http://jardimsulacapbairrosustentavel.blogspot.com.br/2017/02/drenagem-urbana-e-manejosustentaveldas.html

O sistema de tratamento de águas cinza contendo o círculo de bananeira recebendo a

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poda do quintal e visto na Figura 4.

Primeiro modelo de composteira minhocário instalado para o tratamento dos resíduos orgânicos recicláveis a seguir, conforme a Figura 5:

Figura 5: Modelo de Minhocario. Fonte: Própria 2017.

Segundo modelo composteira Holandesa, com material de alvenaria. Segue o modelo sugerido conforme Figura 6.

Figura 6:Composteira Holandesa. Fonte: Própria 2017.

O sistema de irrigação gravitacional por capilaridade, com reuso de resíduos sólidos de PET e uso dos compostos orgânicos líquidos e sólidos proveniente das composteiras para nutrição das plantas conforme Figura 7.

Figura 7: Horta vertical. Fonte: Própria 2017.

Horta horizontal definida no zoneamento para irrigação posterior do sistema de gotejamento por gravidade e que se usa dos compostos orgânicos líquidos e sólidos provenientes das composteiras para nutrição das plantas conforme Figura 8.

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Figura 8: Horta horizontal. Fonte: Própria 2017.

Conclusões

A partir dos conceitos de gestão ambiental, permacultura e de tecnologias sociais, mesmo esta última sendo simples, foi possível através da experiência vivenciada nesse pequeno espaço urbano, mostrar um caminho em meio a tantos outros possíveis de intervenção da gestão ambiental na busca da sustentabilidade.

A contribuição da sociedade é de suma importância para o meio ambiente. É necessário conscientizar e tomar as devidas atitudes hoje, para que as futuras gerações não pereçam, mas que possam aprender a conviver harmonicamente com o meio ambiente, retirando dele seu sustento, mas sem prejudicá-lo na medida em que fortalece a autonomia e mais segurança alimentar.

Referências

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