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Terceira ruptura epistemológica: Passagem da Ciência Moderna à Ciência Contemporânea. (séc. XX)

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Academic year: 2021

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(1)

Terceira ruptura epistemológica:

Passagem da Ciência Moderna à

Ciência Contemporânea

(2)

Epistemologia Contemporânea:

Crise nas ciências tradicionais: Teoria da Relatividade (Einstein):

O resultado de uma experiência depende do estado de movimento do observador (ex: não existe peso absoluto)

(3)

Epistemologia Contemporânea:

Revolução na Ciência Contemporânea: Surgimento de novas ciências:

Teoria da evolução (Darwin): o homem é apenas uma macaco esperto.

Psicanálise (Freud): são as forças inconscientes que dominam nossas decisões, o homem não é tão racional quanto pensa.

Sociologia (Weber, Marx): o homem é mero produto das condições históricas, sociais e econômicas em que vive.

(4)

Epistemologia Contemporânea:

Crise nas ciências tradicionais: a) Não podemos conhecer tudo Novas ciências – dois problemas:

(5)

O Círculo de Viena

Epistemologia Contemporânea:

(6)

Positivismo lógico Neopositivismo Empirismo lógico

Neo-empirismo

(7)

Positivismo = toda doutrina que nega a metafísica Só a ciência produz conhecimento

(8)

Empirismo

Empirismo LógicoLógico

Todo conhecimento se fundamenta na

experiência...

… e para descrever essa experiência é necessária uma análise da linguagem

com os instrumentos lógicos desenvolvidos por Frege, Russell e Whitehead

(9)

O Círculo (1922-1934): Moritz Schlick

Rodolf Carnap Otto Neurath

Wittgenstein e Popper (eventuais)

(10)

Só a lógica, a matemática e as ciências

produzem conhecimento legítimo

(11)

A ciência, se quer ser exata, não pode

avançar sem esclarecer seus próprios

conceitos

Esse esclarecimento é a tarefa da

filosofia.

(12)

Para ter significado, a linguagem

cientifica deve ter,

necessariamente, uma relação

com o real.

(13)

Schlick:

o significado de uma palavra pode ser

dado por:

→ definição ostensiva

→ definição comum

→ definindo como ela é usada em

diferentes situações (influência de

Wittgenstein)

(14)

Verificacionismo

Uma proposição só tem significado se

podemos descrever a maneira como

se pode verificá-la, isto é, indicar em

quais condições ela seria verdadeira e

em quais condições ela seria falsa.

(15)

Verificacionismo

Verificabilidade: é a possibilidade da

proposição ser verificada completamente e imediatamente.

Concebilidade: as condições de

verificabilidade ainda não existem, mas

são possíveis.

(16)

Verificacionismo

Uma afirmação tem significado

somente se existe um método para

verificar sua verdade ou falsidade.

(17)

Verificacionismo

Cada proposição deve vir diretamente da experiência podendo, portanto, ser reduzida à uma vivência, ou depender indiretamente de uma experiência possível que a confirmaria ou a contraditaria. Ou seja, ou as proposições são fundadas na vivência, ou são verificáveis. Apenas a filosofia e a teologia contem pretensas proposições que não são concebíveis.

Carnap, Pseudoproblemas em filosofia

(18)

Toda a proposição que não pode ser

verificada é “um ruído sem sentido”

(19)

O empirista não diz ao metafísico;

“suas palavras afirmam algo de falso”,

mas: “suas palavras não afirmam

nada!”. Ele não contradiz o metafísico,

antes lhe diz: “não o entendo”

Schlick, Positivismo e Realismo.

(20)

Todo enunciado é

- analítico (lógica, matemática)

- empírico (sintéticos a posteriori)

não existem enunciados sintéticos a

priori kantianos, que garantiam a

(21)

Epistemologia Contemporânea: Karl Popper

Karl Popper (1902-1994)

A Lógica da Investigação científica (1934; 1959)

Conjecturas e refutações (1963) Conhecimento Objetivo (1972)

(22)

Epistemologia Contemporânea: Karl Popper

Falsificacionismo ou

(23)

a) Resolve o problema da indução

b) Fornece um critério para diferenciar ciência de pseudociência (problema da demarcação)

(24)

Indução:

Argumento que vai do particular para o geral: Observo 1 cisne branco

Observo 2 cisnes brancos Observo 10 cisnes brancos Observo 100 cisnes brancos Observo 1000 cisnes brancos Todos os cisnes são brancos

(25)

Problema da indução:

David Hume (1711-1776):

não temos justificativa racional (lógica) para acreditar que as coisas se comportarão no futuro como o fizeram no passado; é apenas o hábito que nos leva a pensar assim.

Não exsite um número de observações, por maior que seja, que garanta que a próxima observação será semelhante

(26)

Problema é que as teorias científicas se baseiam em generalizações indutivas, o que a torna irracional

(27)

Problema da indução:

Popper: milhares de testes que confirmam uma teoria não garantem que ela seja verdadeira: ela pode ser rejeitada no próximo teste.

→ A teoria de Newton foi testada e confirmada por 350 anos, mas em 1905 Einstein a refutou.

(28)

Popper notou que há uma assimetria entre confirmação e refutação de teorias:

Nenhum número de testes, por maior que seja, é suficientemente grande para confirmar

definitivamente uma teoria.

Mas um único teste que a falsifique é suficiente para rejeitá-la!

(29)

Segundo Popper, nunca poderemos ter certeza que as nossas teorias científicas, por melhores que sejam, são verdadeiras,

Mas podemos ter certeza que são falsas!

(30)

Assim, os cientistas devem lutar não para comprovar que suas teorias são verdadeiras, mas tentar falsificá-las: submetê-las a testes cada vez mais severos, até que tenham que ser substituídas por outras.

(31)

b) Fornece um critério para diferenciar ciência de pseudociência (problema da demarcação)

Uma teoria só é cientiífica, para Popper, se for formulada de tal maneira que possa vir a ser submetida a um teste para ver se é falsa ou verdadeira (potencial falsificação)

(32)

c) O ponto de partida da ciência são as

conjecturas – hipóteses ousadas criadas pela imaginação dos cientistas para tentar solucionar algum problema (e não a observação)

Teorias cientificas não são derivadas (deduzidas) dos fatos observados, mas são inventadas com o

(33)

Exemplo de conjectura ousada: Kekule e a descoberta da estrutura quimica do benzeno.

Durante anos, os químicos se esforçaram para descobrir como os seis átomos de carbono e os seis de hidrogênio estavam ordenados dentro da molécula do benzeno, de uma forma que satisfizesse as propriedades especiais desse composto.

Eem 1865 depois de muito pensar, estudar e fazer proposições, Kekulé sentou-se em uma poltrona e acabou cochilando. Quando teve um sonho no qual uma cobra mordia a própria cauda. Imediatamente, associou a forma da visão com o arranjo de átomos que pesquisava, chegando à fórmula espacial

(34)

Exemplo de conjectura ousada: Kekule e a descoberta da estrutura quimica do benzeno.

(35)

Visão tradicional de ciência

Observação (coleta de dados) → Análise dos dados → Elaboração de uma lei ou teoria por indução →

Experiências para testar a teoria:

→ se passa no teste: a teoria é verdadeira

→ se não passa: um dos passos anteriores deve

(36)

Popper

Problemas → Conjecturas “ousadas” → Experiências para tentar falsificar a teoria:

→ se for falsificada: a teoria é abandonada e busca-se outra.

(37)

Epistemologia Contemporânea: Thomas Kuhn

Thomas Kuhn (1922-1996)

A Estrutura das Revoluções Científicas (1962) A tensão essencial (1977)

(38)

Pré-ciência → período de ciência normal → acúmulo de

anomalias → quebra (abandono) do paradigma =

período de ciência revolucionária → novo paradigma encontrado = novo período de ciência normal → nova

(39)

Paradigma:

- É o conjunto de teorias, leis, técnicas, modelos, exercícios, métodos práticos, etc, aceitos pela maioria dos cientistas de determinada área, como os instrumentos que melhor resolvem os problemas científicos daquela área.

(40)

Paradigma:

- O paradigma de uma ciência está nos manuais, exercícios, práticas de laboratório, etc.

- Os estudantes são treinados no paradigma da sua área.

(41)

-É a existência de um paradigma que diferencia a ciência da pré-ciência e não-ciência.

Para ser ciência, deve ter um paradigma.

(É ciência? Pergunte para os cientistas da área!) Epistemologia Contemporânea: Thomas Kuhn

(42)

Ciência normal:

Caracteriza-se pela presença de um paradigma.

(43)

Ciência normal

o cientista não cria novas teorias, mas se limita a: 1) resolver problemas dentro do paradigma.

2) torná-lo mais preciso (realiza medições mais acuradas, etc.) 3) tenta aplicar o paradigma em outas áreas

O cientista no período de ciência normal é conservador,

(44)

Ciência normal

O paradigma não é questionado.

(45)

Anomalia

= falsificação ou refutação:

o paradigma não passa nos testes

(46)

Ciência revolucionária ou extraordinária

É o período no qual o paradigma vigente acumulou tantas anomalias que os cientistas começam a procurar por teorias alternativas.

(47)

Ciência revolucionária ou extraordinária

Caracteriza-se, portanto, pela existência de vários

paradigmas concorrentes sendo propostos e testados como substitutos do paradigma atual.

(48)

Ciência revolucionária ou extraordinária

Os cientistas não abandonam o paradigma no

primeiro surgimento de uma anomalia (contra Popper).

(49)

Ciência revolucionária ou extraordinária

A maioria das novas teorias já nasce “refutada”. Epistemologia Contemporânea: Thomas Kuhn

(50)

Ciência revolucionária ou extraordinária

Os cientistas só abandonam o paradigma antigo quando surge um novo e melhor que é aprovado pela maioria dos cientistas da área.

(51)

Não existe um paradigma único para todas as ciências – cada área (história, física, psicologia...) tem o seu próprio paradigma.

(52)

A mudança de um paradigma para outro é um caso de mudança de percepção gestáltica

Problema da incomensuralibidade das teorias

(53)

Popper, Kuhn (Feyerabend, Bachelard...) concordam que:

→ Não existe O Método científico, um método que todos os saberes devam usar se quiserem ter o status de ciência.

→ O conhecimento, mesmo o nosso melhor conhecimento é,

inevitavelmente, provisório, sujeito a revisões, melhorias e inclusive, a ser refutado, abandonado e substituído por outro.

→ Nada nos garante que nosso conhecimento atual seja necessariamente verdadeiro, isto é, irrefutável, incorrigível, universal, eterno, etc, etc.

Referências

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